Revitalização do Córrego Seco - Página de Entrada · 6.3 – Plantio de Espécies O método...

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Prefeitura Municipal de NerópolisSecretaria Municipal de Meio Ambiente

SEMMAN

Revitalização do Córrego SecoGil TavaresGil Tavares

Prefeito Municipal

Drª Sonia Maria TeixeiraSecretaria Municipal de Meio Ambiente

Cassiano Mateus Maria Rosa Biólogo Bióloga

Crbio 62736/GO

Devemos Amar e Respeitar Tudo Aquilo Que Faz a Vida Existir...Aquilo Que Faz a Vida Existir...

1. Justificativa

Este Projeto se destina a orientar e especificar as ações quedevem ser realizadas para recuperar a vegetação das nascentes doCÓRREGO SECO, que sofreram grandes impactos ambientais, aolongo dos anos. A utilização da recuperação florestal é uma medidaque visa como objetivo a melhoria do ecossistema, compreendendoa manutenção das especificidades da Flora e da Fauna locais.

As áreas de APPs – (Áreas de Preservação Permanentes ),As áreas de APPs – (Áreas de Preservação Permanentes ),devem ser priorizadas em um PLANO DE RECUPERAÇÃO DEÁREAS DEGRADADAS (PRADE) devido a sua maior importância naproteção dos recursos hídricos e regionais, e devido a sua função decorredores ecológicos interligando as matas ciliares da região.

2. Introdução

A degradação ambiental pode ser definida como sendo “asmodificações impostas pela sociedade aos ecossistemas naturais,alterando as suas características físicas, químicas e biológicas,comprometendo, assim, a qualidade de vida dos seres humanos.”

Atualmente, a restauração florestal em propriedades ruraistem se concentrado principalmente no ambiente ciliar (APPs), poisnas microbacias hidrográficas as matas ciliares desempenhamnas microbacias hidrográficas as matas ciliares desempenhamimportante papel ambiental ao proteger o sistema hídrico.

As matas ciliares fornecem matérias orgânicas para as teiasalimentares dos rios, troncos e galhos que criam microhabitatsdentro dos cursos d’água e protegem espécies da flora e fauna.Essas áreas, uma vez preservadas ou recuperadas, ao longo detodos os cursos d’água, desempenhariam também um papel decorredores ecológicos, interligando a grande maioria dos fragmentosflorestais ainda existentes.

A vegetação tem papel importante na estabilidade do solo. Omanto florístico amortece o impacto das chuvas, regularizando ereduzindo o escoamento superficial e aumentando o tempodisponível para a absorção da água pelo subsolo.

A importância da revisitação das áreas degradadas evita osurgimento de processos erosivos, reduz os assoreamentos e evita osurgimento de processos erosivos, reduz os assoreamentos e evita oaumento da turbidade (redução da qualidade das águas dos rios).

Três Preocupações Principais naRecuperação de Áreas Degradadas

1 - Estabelecer as ações de recuperação , sempreatentando para o potencial de auto recuperação ainda existente naspróprias áreas degradadas.

2 - Devem resultar na reconstrução de uma floresta com2 - Devem resultar na reconstrução de uma floresta comelevada diversidade, garantindo assim a restauração da diversidaderegional.

3 – Todas as ações devem ser planejadas de forma a seconstituir num programa ambiental da respectiva propriedadeagrícola, inibindo assim que outras ações de degradação venham asurgir.

3. Objetivo Geral

Revitalização das nascentes do Córrego Seco

4. Objetivos Específicos

� Promover Educação Ambiental;

� Promover uma melhoria na vazão do Córrego Seco;

� Reduzir o assoreamento nas nascentes do Córrego Seco.

5. Atividades

AVALIAÇÃO DAS ÁREAS DEGRADADAS

A avaliação foi feita através de análise in loco, ondeconstatamos a degradação das áreas a serem preservadas, comoexemplo:

� Assoreamento das nascentes;� Assoreamento das nascentes;

� Pisoteamento provocado por animais;

� Grande acúmulo de lixo nas encostas das nascentes;

�Falta de cobertura vegetal;

�Inadequação vegetal, (presença principal de bambus degradando anascente)

Assoreamento das Nascentes

Pisoteamentos

Grande acúmulo de lixo nas encostas das nascentes

Falta de cobertura vegetal

Falta de cobertura vegetal

Inadequação vegetal (presença principal de bambus degradando a nascente)

Inadequação vegetal, Presença de uma única espécie botânica degradando a

encosta da nascente principal (Bambus)

Inadequação vegetal, Presença de uma única espécie botânica degradando a

encosta da nascente principal (Bambus)

Inadequação vegetal, Presença de uma única espécie botânica degradando a

encosta da nascente principal (Bambus)

6. Técnicas de Restauração

A depender de cada área a ser recuperada, serão utilizadasdiferentes técnicas de restauração e recuperação.

6.1 – Isolamento da área dos principais fatores impactantes

O isolamento da área dos fatores impactantes é o primeiropasso para uma recuperação de área bem sucedida, além de serpasso para uma recuperação de área bem sucedida, além de seruma medida preventiva contra pisoteio e assoreamento – principaisfatores que impedem uma boa regeneração florestal. Esseisolamento será feito através do uso de cercas e locação de curvasde nível.

6.2 – Eliminação de competidores naturais

O controle de gramíneas, cupins e formigas, devera serrealizado com o intuito de promover um melhor desenvolvimentodas espécies vegetais a serem plantadas nas encostas dasnascentes. A eliminação deverá ser feita com o corte das gramínease controle das formigas e cupins através de agentes químicosadequados, sob orientação de técnicos capacitados.

6.3 – Plantio de Espécies

O método mais eficaz e tradicional é o plantio de mudasdiretamente na área a ser restaurada, que envolve a abertura decovas, adubação, correção de solo, plantio, tutoramento e os tratosculturais.

6.3.1 O plantio

O plantio será feito da seguinte forma:

� Espaçamentos de 3 x 3 m entre linhas e colunas.

� Serão plantadas as espécies pioneiras observando a porcentagemde 50%, as secundarias em porcentagem igual a 25% e para aconclusão as clímax na porcentagem de 25 %, conforme mostra odesenho abaixo.

Nesse modelo énecessária a separação daspioneiras em dois subgrupos, asde copa mais densa e as de copamais rala.

É preciso diferenciar assecundárias mais e menosexigentes de luz. O plantio épensado para que seja criado umpensado para que seja criado ummicroclima propício para todos ostipos de plantas. Se bemimplementado, tende a ser melhorque os demais, porém, requer umplanejamento e conhecimento dasespécies bem mais elaborado.

Os tratos culturais serão o roço entre as mudas, coroamentoe adubação das mudas plantadas. O controle de pragas e doençasserá feito sempre que necessário, utilizando produtos de baixatoxidade, sob a orientação técnica.

7 – Áreas a serem recuperadas

O mapa em anexo I, indica quais as áreas a seremrecuperadas neste projeto.

8 – Espécies a serem utilizadas no reflorestamento.

O anexo II indica quais espécies serão utilizadas nacomposição da recuperação das áreas degradadas.

Nome Popular Nome Cientifico Característica da Espécie

Sangra d’água PIONEIRABuriti PIONEIRA

Monjoleiro PIONEIRA

Macaúba PIONEIRA

Caixeta PIONEIRA

Maria mole PIONEIRA

Corticeira PIONEIRA

Anexo II: Listas das espécies a serem usadas no reflorestamento.

Canivete PIONEIRA

Caroba PIONEIRA

Jacarandá PIONEIRA

Ipê-do-brejo PIONEIRA

Peroba-branca SECUNDÁRIA

Eritrina spp SECUNDÁRIA

Tabebuia spp SECUNDÁRIA

Amora SECUNDÁRIA

Guapeva SECUNDÁRIA

Araticum SECUNDÁRIA

Pimenta-de-macaco SECUNDÁRIA

Umburana CLÍMAX

Cerejeira CLÍMAX

Canela-de-velho CLÍMAX

Peroba CLÍMAX

Quina CLÍMAX

Guatambu CLÍMAX

Pau-brasil CLÍMAX

Jequitibá CLÍMAX

Piqui CLÍMAX

Peroba-branca CLÍMAX

Angelim CLÍMAX

Alecrim CLÍMAX

Sapucaia CLÍMAX

Canela CLÍMAX

9 – Indicadores de monitoramento.

Indicadores de monitoramento da recuperação das áreasreflorestadas são necessários para se avaliar em que momento aárea necessita de novas intervenções e o momento em que ela setorna auto-sustentável.

Como indicadores de monitoramento, serão apresentadosrelatórios técnicos que assegurem o andamento das atividades.Nestes relatórios será considerado o número de mudas plantadas eNestes relatórios será considerado o número de mudas plantadas eas repostas; controle de pragas e doenças; presença de faunadispersora e polinizadora (aves, morcegos, insetos); percentual deregeneração natural das áreas; proteção efetiva do solo; produçãode serra pilheira; alem de outros problemas enfrentados. Estesrelatórios também servirão para avaliação do projeto.

10 – CronogramaO anexo III, indica o cronograma para os próximos 12

meses.

Atividades Ano de 2009

Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês

Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

5. Avaliação das áreas degradadas

5.1. Análise da cobertura vegetal X X

5.2. Caracterização das áreas degradas

X X

5.3. Análise das condições do solo X X

5.4. Identificação das áreas a serem X X

O anexo III: Indica o cronograma para os próximos 12 meses.

5.4. Identificação das áreas a serem recuperadas

X X

5.5. Análise Florístico da área X X

6. Técnicas de restauração

6.1. Isolamento da área dos principais fatores impactantes

X X

6.2. Eliminação de competidores naturais

X X X X X X X X

6.3. Plantio de espécies (Plantio e tratos culturais)

X X X X X X X X

11– Fotografias das espécies florísticas a serem introduzidas nasáreas degradadas.

12– Bibliografia

Martins, S. V. 2001. Recuperação de matas ciliares. Viçosa:Aprenda Fácil Editora.

Rodrigues, R. R.; Leitão Filho, H. F. (Eds.) Matas ciliares:Conservação e Recuperação. São Paulo: Edusp-Fapesp.

Secretaria de Meio Ambiente – SP. Teoria e prática emSecretaria de Meio Ambiente – SP. Teoria e prática emrecuperação de áreas degradadas: Plantando a semente deum mundo melhor. Apostila. Disponívelem:http://www.ambiente.sp.gov.br/

Lorenzi, Harri, 1949. Árvores brasileiras: Manual de identificaçãoe cultivo de plantas arbóreas do Brasil , vol. 1 / Harri Lorenzi. 4ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2002.