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Rua 13 de Maio, 797 sala 14 13.400-300 - Piracicaba,SP Fone/Fax ; (0 XX19) 3402-9482 / 19 9782-3997 e-mail: proamb.homero@terra.com.br
RELATRIO DE IMPACTO AMBIENTAL - RIMA
Pirassununga, SP Setembro de 2009
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ndice Geral .................................................................................................................. pgina 1 Objetivos e Justificativas do Empreendimento e sua Relao com os Planos e
Programas Governamentais ................................................................................... 71.1 Dados cadastrais ........................................................................................................ 7
1.2 Objetivos do licenciamento ........................................................................................ 7
1.3 Equipe Tcnica ........................................................................................................... 7
1.4 Os empreendedores ................................................................................................... 8
1.5 Localizao e Vias de Acesso .................................................................................... 9
1.6 Objeto do licenciamento ambiental .......................................................................... 10
1.7 Justificativas do projeto ............................................................................................ 17
1.7.1 Justificativas relacionadas ao empreendimento e seu entorno ................................ 17
1.7.2 Justificativas relacionadas ao setor sucroalcooleiro ................................................ 18
1.7.3 Justificativas relacionadas ao zoneamento agroambiental da cana-de-acar ....... 19
1.7.4 Justificativas relacionadas a alternativas locacionais .............................................. 19
1.8 Aspectos Legais e Institucionais .............................................................................. 20
2 Descrio do Projeto ............................................................................................. 212.1 Obras de ampliao do empreendimento ................................................................ 21
2.2 Atividade de Produo agrcola .............................................................................. 22
2.3 Processo Industrial ................................................................................................... 28
2.4 Produtos finais e subprodutos .................................................................................. 37
2.5 Utilizao de recursos hdricos e efluentes industriais ............................................. 38
2.6 Gerao de Resduos Slidos .................................................................................. 41
2.7 Gerao de Emisses Gasosas na Indstria ........................................................... 44
2.8 Rudos e vibraes ................................................................................................... 46
2.9 Recursos Humanos da Agroindstria ....................................................................... 46
2.10 Investimento e cronograma de obra ......................................................................... 47
2.11 Hiptese de no realizao do empreendimento ..................................................... 48
3 Sntese dos Diagnsticos Ambientais das reas de Influncias do projeto .... 483.1 reas de Influncia do empreendimento .................................................................. 48
3.2 Diagnstico do Meio fsico ....................................................................................... 49
3.2.1 Clima ........................................................................................................................ 49
3.2.2 Geomorfologia, geologia e pedologia ....................................................................... 50
3.2.3 Recursos Hdricos .................................................................................................... 70
3.3 Meio Bitico .............................................................................................................. 75
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3.3.1 Diagnstico da Flora da AID .................................................................................... 75
3.3.2 Diagnstico da Fauna .............................................................................................. 85
3.3.3 Diagnstico das Unidades de Conservao da AII (reas protegidas) .................. 117
3.4 Diagnstico do Meio Socioeconmico ................................................................... 119
3.4.1 Uso do solo ............................................................................................................ 119
3.4.2 Demografia ............................................................................................................. 120
3.4.3 Atendimento a sade ............................................................................................. 121
3.4.4 Trabalho e renda .................................................................................................... 122
3.4.5 Saneamento e Infra-estrutura urbana .................................................................... 122
3.4.6 Educao ............................................................................................................... 123
3.4.7 Habitao ............................................................................................................... 124
3.4.8 Segurana pblica .................................................................................................. 124
3.4.9 Atores sociais e estrutura da organizao social ................................................... 125
3.4.9.1 Pirassununga ......................................................................................................... 125
3.4.9.2 Leme ...................................................................................................................... 131
3.4.9.3 Santa Rita do Passa Quatro: Estncia Climtica ................................................... 134
3.4.10 Percepo ambiental .............................................................................................. 138
3.4.11 Patrimnio Paleolgico, Arqueolgico e Monumentos de Valor Histrico-Cultural 142
4 Descrio dos Impactos Ambientais .................................................................. 1444.1 Impactos na fase de ampliao .............................................................................. 146
4.1.1 Desencadeamento de processos erosivos devido a ampliao do parque industrial146
4.1.2 Alterao do uso e ocupao do solo .................................................................... 147
4.1.3 Empobrecimento da paisagem devido a monocultura canavieira .......................... 148
4.1.4 Destruio de habitats ............................................................................................ 149
4.1.5 Alterao da biodiversidade florstica/faunstica .................................................... 151
4.1.6 Alterao do ambiente sonoro advindo da ampliao do parque industrial ........... 152
4.1.7 Alterao da qualidade do ar devido ao aumento de poeiras fugitivas .................. 153
4.1.8 Assoreamento de cursos dgua ............................................................................ 153
4.1.9 Alterao ou perda de stios arqueolgicos e elementos do patrimnio cultural ... 154
Impactos na fase de operao ............................................................................................. 155
4.1.10 Alterao da qualidade do ar devido ao aumento de gases e material particulado
oriundos da queima de biomassa em caldeiras ..................................................... 155
4.1.11 Alterao da qualidade do ar devido ao aumento de gases e material particulado
oriundos da queima de combustveis fsseis (fumaa preta) ................................ 156
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4.1.12 Contribuio na reduo dos gases de efeito estufa (GEE) .................................. 158
4.1.13 Contribuio na destruio da camada de oznio ................................................. 158
4.1.14 Desencadeamento de processos erosivos do solo devido a expanso e reforma de
canaviais ................................................................................................................ 159
4.1.15 Aumento da compactao do solo agrcola ........................................................... 160
4.1.16 Risco de contaminao do solo por agroqumicos ................................................. 161
4.1.17 Contribuio fertilizao do solo agrcola e produtividade da cultura canavieira
decorrente da aplicao de vinhaa ....................................................................... 162
4.1.18 Risco de contaminao do solo por efluentes industriais ...................................... 163
4.1.19 Risco de contaminao do solo por resduos slidos ............................................ 164
4.1.20 Riscos de derramamento e exploso de lcool (estocagem e expedio) ............ 166
4.1.21 Alterao da qualidade das guas superficiais e subterrneas devido a influncia de
agroqumicos, efluentes industriais, resduos slidos e derramamento de lcool . 167
4.1.22 Supresso de rvores isoladas .............................................................................. 169
4.1.23 Atrao de macrovetores ....................................................................................... 170
4.1.24 Prejuzo da pesca de comunidades ribeirinhas ...................................................... 171
4.1.25 Riscos sade pblica .......................................................................................... 171
4.1.26 Oferta de empregos ............................................................................................... 171
4.1.27 Migrao da mo-de-obra para a colheita da cana ................................................ 174
4.1.28 Riscos de sade do cortador de cana .................................................................... 174
4.1.29 Riscos de contaminao do trabalhador ................................................................ 175
4.1.30 Aumento da especulao imobiliria ...................................................................... 176
4.1.31 Melhoria da renda agrcola ..................................................................................... 176
4.1.32 Alterao do consumo de gua .............................................................................. 177
4.1.33 Presso sobre a infraestrutura dos municpios ...................................................... 179
4.1.34 Contribuio para a integrao regional e a articulao com outros setores ......... 180
4.1.35 Aumento da arrecadao de impostos e economia de divisas .............................. 181
5 Medidas Mitigadoras, compensatrias e Programas ambientais .................... 1825.1.1 Programa de Autofiscalizao de Emisso de Fumaa Preta ............................... 182
5.1.2 Programa de gerenciamento ambiental da obra .................................................... 182
5.2 Plano de Eliminao Gradativa da Queima da Cana ............................................. 184
5.3 Programa de reduo de emisso atmosfrica resultante da queima de bagao em
caldeiras ................................................................................................................. 185
5.4 Programa de Uso, Tratamento e Reuso de gua .................................................. 186
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5.4.1 Sistema de Tratamento de gua de Lavagem de Cana ........................................ 186
5.4.2 Sistema de Resfriamento das guas da Fbrica ................................................... 188
5.4.3 Sistema de Resfriamento das guas da Destilaria ................................................ 188
5.4.4 Tratamento e Recirculao da gua do Retentor de Fuligem ............................... 189
5.4.5 Prticas Agrcolas Conservacionistas .................................................................... 190
5.4.6 Rotao de Cultura ................................................................................................ 192
5.4.7 Plano Logstico de Trfego e de Conservao das Estradas ................................ 192
5.4.8 Programa de Gerenciamento de Resduos Slidos ............................................... 194
5.4.8.1 Resduos Slidos Industriais .................................................................................. 194
5.4.8.2 Resduos Slidos Agrcolas ................................................................................... 195
5.4.8.3 Resduos Slidos Domsticos ................................................................................ 195
5.4.9 Parque de Tanques de lcool ................................................................................ 196
5.4.10 Projeto de Aplicao de Vinhaa na Lavoura......................................................... 196
5.4.11 Controle Biolgico de Pragas ................................................................................. 198
5.4.12 Recuperao de APP, de Fragmentos Queimados Acidentalmente e corredores
ecolgicos .............................................................................................................. 198
5.4.13 Planos para implantao de Corredores Ecolgicos .............................................. 199
5.4.14 Plano para preservao de remanescentes florestais (demonstrao) ................. 200
5.4.15 Programa de Melhoria da Segurana e Condies de Trabalho ........................... 201
5.4.16 Programas de Gesto do Patrimnio Arqueolgico ............................................... 203
5.4.17 Programa de aes de responsabilidade social ..................................................... 206
5.5 Programa de monitoramento ambiental ................................................................. 210
5.5.1 Programa de Monitorao de Emisses Atmosfricas........................................... 210
5.5.2 Programa de Monitoramento das Caractersticas Fsico-Qumicas da Vinhaa .... 211
5.5.3 Programa de Monitoramento do Solo .................................................................... 211
5.5.4 Programa de Monitoramento da Qualidade da gua Superficial ........................... 212
5.5.5 Programa de Monitoramento da Avifauna .............................................................. 213
5.5.6 Programa de Monitoramento da Fauna terrestre ................................................... 214
5.5.7 Programa de controle de rudo ............................................................................... 214
6 Concluses ........................................................................................................... 215
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RELATRIO DE IMPACTO AMBIENTAL - RIMA - BALDIN BIOENERGIA SA
1 Objetivos e Justificativas do Empreendimento e sua Relao com os Planos e Programas Governamentais
1.1 Dados cadastrais
Nome : Baldin Bioenergia S/A Endereo : Rodovia Anhanguera Km 209 Sitio Taboo
Pirassununga, SP CEP 13630-970
Fone: (xx19) 3565-5900
CNPJ : 54.844.360/0001-07 Cadastro na CETESB 536-65-5 Diretores : Fernando Baldin
Fabiano Baldim
Vera Baldin
1.2 Objetivos do licenciamento
A Baldin Bioenergia visando aumentar sua capacidade de processamento de cana
e produo de lcool e acar busca obter Licena Prvia (LP) , considerando
moagem futura de 2.500.000 TC/safra.
1.3 Equipe Tcnica
PROAMB Engenharia. Correspondncia e contato:
PROAMB Engenharia Qumica S/S. Ltda. Rua 13 de Maio, 797 sala 14 CEP 13.400-300 - Piracicaba, SP E-mail: proamb.homero@terra.com.br
Responsvel: Homero Tadeu de Carvalho Leite
Engenheiro Qumico(Coordenador do EIA/Rima)
CREA 0600889484
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Experincia: Elaborao de projetos ambientais, projetos de tratamento de guas industriais,
guas de abastecimento e de tratamento de efluentes, com forte atuao no
setor sucroalcooleiro. Seus scios so ex-funcionrios do CTC - Centro de
Tecnologia Canavieira (antigo Centro de Tecnologia Copersucar), tendo atuando
em inmeros processos de licenciamento atravs de EIA/Rima e RAP, com
experincia profissional de 29 anos na rea ambiental ligada ao setor
sucroalcooleiro.
1.4 Os empreendedores
A BALDIN BIOENERGIA S/A uma empresa do setor sucro-alcooleiro, voltada
produo de cana-de-acar para o processamento industrial com vista a obter os
seguintes produtos: xarope de cana-de-acar (podendo produzir acar), lcool
hidratado carburante e aguardente de cana.
A empresa foi fundada em 1956 por Jlio Baldin, beneficiando cerca de 1.000t de
cana-de-acar para produo exclusiva de aguardente artesanal, vendida tanto
para a Companhia Mller como no varejo. Na dcada de 70, os filhos assumem o
controle do empreendimento, iniciando-se o processo de ampliao do
empreendimento com dois eventos marcantes : a aquisio de uma nova caldeira e
assinatura de contrato com fornecedores de cana, o que levou a aumento de
produo de aguardente. Posteriormente a empresa procura a diversificao da
produo em funo da queda no consumo de aguardente, que perde mercado
para as bebidas fermentadas, comeando a produzir lcool hidratado carburante
(AHC), xarope para a fabricao de glutamato monosdico e acar, o que se
conseguiu atravs da aquisio de novos equipamentos, tais como: caldeira,
moenda, destilaria, evaporadores e outros equipamentos de processo.
A composio acionaria da empresa indica como proprietrios, com participao
igualitria: Osvaldo Baldin, Aristeu Baldim e Flvio Baldim, filhos de Jlio de Baldin.
A produo atual est direcionada para a Indstria Muller (aguardente) e Ajinomoto
(xarope), havendo ainda parceria com a Indstria Dulcini para fornecimento de
acar.
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1.5 Localizao e Vias de Acesso
O acesso para a Baldin
Bioenergia SA feito atravs da
Rodovia Anhanguera (SP 330) na
altura do km 209, no municpio de
Pirassununga. Na Figura 1,
indica-se o acesso para a Baldin
Bioenergia. Partindo-se de So
Paulo toma-se a Rodovia
Anhanguera at o municpio de
Pirassununga, devendo, aps
passar o posto da Polcia
Rodoviria, fazer o retorno com
sentido a So Paulo. Neste trevo
h o acesso para a Fazenda
Taboo. Figura 1 Via de Acesso
No Desenho 1 apresenta-se a localizao do empreendimento, situando-o em
relao regio e s principais vias de acessos.
A Usina encontra-se na Bacia Hidrogrfica do Mogi-Guau UGRHI 9, com rea de
drenagem de 18.938Km, com forma retangular no sentido Sudoeste-Noroeste.
Esta Bacia se encontra na regio nordeste do Estado de So Paulo e tem com
limites o Estado de Minas Gerais e as Bacias do Pardo, Piracicaba/Capivari/Jundia,
Tiet/Jacar, Baixo Pardo/Grande, Turvo/Grande e Tiet/Batalha. O Rio Mogi-
Guau nasce no Estado de Minas Gerais no municpio de Bom Repouso e
compreende mais 9 cidades no Estado Mineiro, atendendo uma populao de cerca
de 155.201 habitantes. No Estado de So Paulo a Bacia do Mogi-Guau
compreende 38 municpios e um total de cerca de 1.209.008 habitantes.
O Crrego Descaroador, rio de classe 2, de acordo com a legislao vigente, o
local onde a Usina faz captao de gua superficial..
Na Figura 2 indica-se a localizao da Usina, principais vias de acesso e
empreendimentos similares.
Baldin
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Fonte: UDOP
Figura 2 Localizao do empreendimento e demais usinas e destilarias
1.6 Objeto do licenciamento ambiental
A Tabela 1 resume as caractersticas atuais e futuras (aps ampliao) do
empreendimento.
134 - Abengoa Bioenergia (So Luis); 135 - Ferrari Agroindstria;
136 Baldin Bioenergia ; 137 - LDC Bioenergia; 200 - Alfa Agroenergia.
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Desenho 1 - Localizao
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Tabela 1 Caractersticas do Empreendimento
Descrio Situao Atual Situao Futura
rea Agrcola
- rea total de cana (ha) 9.000 35.200
rea Industrial
- Terreno (m2) 268.862 268.862
- Construda (m2) 7.122,65 12.695,84
- Atividade ao ar livre (m2) 8.951,61 11.100,00
Capacidade e produo
- cana-de-acar (t/safra) 590.000* 2.500.000
- Aguardente (m3/safra) 25.000 0
- Acar (t/safra) 22.800* 252.646
- lcool (m3/safra) 18.000 62459
- Xarope (t/safra) 190.000 0
Mo de Obra
- Agrcola + indstria+ administrativo 590 920
- Sazonalidade 1,1 1,1
Diversos
- Dias safra 204 204
- Bagao (t/safra) 162.000 675.000
- Captao (m3/h) 74 231,7
Fonte: Baldin Bioenergia * Com a LP/LI processo 43/00056/09 780.000TC e mais 22.800 T acar
Na ampliao e reformulao do empreendimento a empresa busca diversificar a
produo, pretendendo:
- produzir acar para fornecer Dulcini, empresa com instalaes vizinhas rea
industrial da Baldin Bioenergia, que produz acar lquido, acar lquido invertido
(com maior teor de acar) e xarope de caramelo;
- vender bagao para a CPFL Bioenergia, empresa criada com o objetivo de
cogerao de energia eltrica para exportao, sendo a primeira unidade da CPFL
na rea de energia renovvel;
- vender xarope para a Ajinomoto produzir glutamato monossdico, ou
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- produzir lcool carburante para uso veicular.
Os setores a serem ampliados sero:
- Extrao de Caldo e gerao de bagao
- Tratamento do Caldo
- Produo de lcool
- Produo de Acar
No desenho apresentado na sequencia mostra-se o lay-out do empreendimento.
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Desenho 2 Lay-out
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1.7 Justificativas do projeto
A Baldin Bioenergia pleitea ampliao por considerar que os fatores
mercadolgicos, tecnolgicos, bem como relativos ao cenrio da agroindstria
canavieira e locacionais so favorveis a tal finalidade. Tambm, por encontrar
respaldo na poltica energtica nacional, polticas pblicas ambientais e de gesto
de bacia hidrogrfica, exemplo de cenrio favorvel.
Na sequncia passamos a discutir a justificativa do projeto em funo do estudo
de alternativas.
1.7.1 Justificativas relacionadas ao empreendimento e seu entorno
Vrios so os fatores que motivam a expanso da Baldin Bioenergia, sendo o
principal deles o crescente mercado mundial de acar e tambm de lcool,
produto considerado como combustvel limpo, que continua na pauta do Japo,
dos Estados Unidos e de pases europeus como sada para os altos preos do
petrleo.
Ressalta-se que a proposta da empresa, de voltar-se principalmente para a
produo de acar, visando aproveitar a instalao da empresa vizinha ao
parque industrial para produo de acar lquido.
Pensando na diversificao de produtos e formas de melhor aproveitar os
recursos disponveis como fonte incremental de receita, alm do acar e lcool, a
Baldin ir fornecer bagao de cana-de-acar (resduo de sua fabricao), para
gerar energia eltrica nas instalaes da CPFL Bioenergia, anexa Baldin.
Para atingir a capacidade mxima de processamento da produo, prevista pela
nova planta industrial (2.500.000 toneladas de cana-se-acar/safra), meta a ser
atingida em 2012, o empreendedor no encontrar entraves na conquista de
terras agricultveis com vistas expanso da rea agrcola da Usina, permitindo
ao empreendedor obter cana de terras prximas mesma, de fornecedores que
atualmente trabalham no mercado spot (vendem para quem pagar melhor preo).
Outro fator a considerar no processo de ampliao da Baldin a gerao de
novos postos de trabalho, envolvendo aproximadamente 350 rurcolas at 2010,
elevando a oferta de empregos primrios na regio. Contribuir sobretudo, para
diminuir a taxa de desemprego, principalmente nos municpios de Leme e
Pirassununga, onde se prev a maior absoro de mo-de-obra agrcola.
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O empreendimento dever desconsiderar para o uso agrcola as reas de reserva
legal (RL), como tambm, as reas de preservao permanente (APP). As
alteraes ambientais e os impactos desencadeados pelo empreendimento em
sua fase de ampliao, desde o cultivo da cana at a colocao dos produtos,
embora diversificados, sero previstos e mitigados.
1.7.2 Justificativas relacionadas ao setor sucroalcooleiro
Com relao ao setor, as perspectivas so tambm extremamente vantajosas
para que o empreendedor leve adiante a proposta de ampliao da Baldin. Com
base no mapa da produo do setor sucroenergtico elaborado pelo NIPE-
Unicamp, IBGE e CTC, pode se ter idia (em vermelho) das reas onde se
concentram as plantaes e usinas produtoras de acar, lcool e bioeletricidade
nas regies Centro-Sul e Nordeste do pas (Figura 3).
Figura 3 - reas de concentrao do polo sucroenergtico do pas (Unica, 2008c).
O Brasil produz com tecnologia e gesto avanadas 1/3 de todo o lcool
consumido no mundo. Os nmeros em torno do setor so extremamente
convidativos considerando-se os dados das ltimas safras canavieiras no pas.
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Por exemplo, na safra 2006/2007 o mesmo envolveu: 72.000 agricultores, 4
milhes de empregos diretos e indiretos, recolheu 12 bilhes em impostos e taxas,
investiu 5 bilhes/ano, movimentou 41 bilhes de reais, representando 3,65% do
PIB do estado (ProCana, 2008).
H consenso de que o Brasil produz o acar mais barato do mundo. As
vantagens so obtidas na fase agrcola e no processamento da cana, refletindo-se
no bom desempenho do pas no mercado mundial. Quanto ao lcool o Brasil o
pas com maior vantagem competitiva neste produto,sendo a cana-de-acar o
insumo mais interessante economicamente para sua obteno. A quantidade de
bagao disponvel para a cogerao, que no presente caso se dar atravs da
CPFL Bioenergia, tem relao direta com a definio do tamanho dos mercados
de acar e lcool e estes dependem da definio da matriz energtica do pas.
Pelas vantagens apresentadas neste estudo de alternativas, a ampliao do
empreendimento interessante ao empreendedor, ao estado e ao pas, motivo
pelo qual se pleiteia o licenciamento ambiental desta unidade fabril e rea agrcola
correlata.
1.7.3 Justificativas relacionadas ao zoneamento agroambiental da cana-de-acar
A ampliao do empreendimento face s recentes resolues da SMA sobre o
zoneamento de cana para o Estado de So Paulo, ressaltando-se que a Baldin
Bioenergia situa-se, conforme podemos verificar na figura abaixo, em rea
classificada como: adequada com limitao ambiental (colorao verde claro),
segundo a Resoluo Conjunta SMA/SAA 04/08, de 18 de dezembro de 2008.
Possuindo portanto aptido para o plantio de cana, no havendo, sob o aspecto
do zoneamento agroambiental da cana, impedimento para a ampliao da
capacidade de moagem do empreendimento.
1.7.4 Justificativas relacionadas a alternativas locacionais
Por trata-se de uma ampliao de indstria existente, a avaliao de alternativas
locacionais fica limitada, uma vez que busca-se aumentar a produo e a
produtividade, na busca de lucratividade que permita a continuidade do negcio, o
que se obtm aumentando a escala de produo, para reduzir custo, e desta
forma viabilizar o negcio.
Adicionalmente, deve-se salientar que a indstria est instalada em uma regio
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canavieira tradicional, com ocupao significativa do solo com a cultura
canavieira, solo adequado para a agricultura e possibilidade de ocupao de
reas j impactadas por aes antrpicas .
Figura 4 - Detalhe da localizao da usina em relao ao zoneamento da cana.
1.8 Aspectos Legais e Institucionais
A Baldin Bioenergia possui atualmente os instrumentos legais relativos ao
licenciamento ambiental da atividade atualmente empreendida, tendo recebido da
Cetesb, em 2009, a renovao de sua licena de operao.
Em relao a outorgas de uso de gua, lanamento e barramento, a empresa
possui todos as outorgas (licenas) emitidas pelo DAEE, em funo de ser a
captao da usina feita em corpo dgua classificado como de domnio estadual.
Para as ampliaes pretendidas a usina far uso de captao de gua
subterrnea, possuindo despacho do superintendente do DAEE datado de
20/02/09, aprovando os estudos para captao de gua subterrnea..
A usina apresentou no Estudo Ambiental as certides de uso do solo emitidas
pelos municpios nos quais haver plantio de cana, certificando no haver
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oposio cultura de cana-de-acar. Municpios de: Pirassununga, Santa Cruz
da Conceio, Leme, Casa Branca, Santa Rita do Passa Quatro, Santa Cruz das
Palmeiras Descalvado e Agua.
2 Descrio do Projeto
2.1 Obras de ampliao do empreendimento
A ampliao em avaliao neste licenciamento partiu de um anteprojeto realizado
pela empresa Tecnosugar, envolvendo nesta fase: a avaliao das instalaes
existentes, realizao de estudos considerando o layout atual e futuro, bem como
estudo de viabilidade econmica. Neste estudo esteve envolvido o corpo tcnico
daquela empresa, constitudo por engenheiros, projetistas e desenhistas,
resultando em um projeto bsico, que serviu de suporte para as discusses
internas na usina e para embasamento desta avaliao ambiental.
Terraplenagem: No que tange a servios de terraplenagem, no se prev grande
movimentao de terra, por estarem as ampliaes em reas j edificadas.
Mo de obra necessria: A usina ir contratar empresa especializada para a
implementao das construes, estando prevista a utilizao de mo de obra
destas empresas, ou seja no haver servios executados pela prpria usina
mo de obra prpria. A ampliao implicar no trabalho de cerca de 200
profissionais, nas diferentes fases da construo, que no estaro trabalhando
simultaneamente.
Sanitrios: Embora esteja prevista a utilizao de sanitrios, do tipo qumico,
deve-se ressaltar a existncia de sanitrios na rea industrial, que podero
atender plenamente os trabalhadores da obra.
Alojamentos: No haver alojamentos da empresa para trabalhadores durante a
construo e/ou operao da usina (trabalhadores da indstria e/ou trabalhadores
rurais).
Alimentao: Para a alimentao est prevista a utilizao do refeitrio da Baldin,
local onde servida alimentao para os atuais funcionrios da empresa.
Abastecimento de gua na fase de ampliao, fornecimento de energia eltrica,
coleta de lixo e tratamento de esgoto domstico, registra-se a utilizao integral da
estrutura atualmente existente na usina.
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Figura 5 Ala de acesso direo Ribeiro Preto
Figura 6 Acesso Rod. Anhanguera sada da usina
Resduos slidos da construo civil: sero gerenciados tomando por base
legislao prpria, devendo o empreendedor e/ou as empresas contratadas adotar
procedimento adequado para tanto.:
2.2 Atividade de Produo agrcola
O fluxograma do processo agrcola apresentado na Figura 7, estando
circundado em linhas pontilhadas as operaes nas quais se utiliza algum tipo de
insumo agrcola, incluindo-se fertilizantes, herbicidas, cal e outros.
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Na colorao vermelha apresenta-se o ciclo da cana planta, ou seja, a cana de
primeiro corte, havendo utilizao de insumos nas operaes de fertilizao do
solo, calagem do solo, controle de plantas daninhas e de pragas, ressaltando-se
que em relao a estas se adota, preferencialmente, o controle biolgico.
Na colorao verde temos o ciclo de soqueiras, ou seja, brotao da cana, que se
repete de 4 a 5 vezes.
Na colorao amarela apresentamos a renovao do canavial, que feita em
funo de ter-se obtido rendimento agrcola baixo no ltimo corte. Quando isto
ocorre feita a limpeza do terreno, plantio de cultura em rotao ou adubo verde
crotalria juncea.
Figura 7 Fluxograma do processo agrcola simplificado
Na sequncia apresentamos de forma resumida as operaes agrcolas:
Gradagem do solo:
Realizada com o objetivo de erradicar a soqueira da cana, eliminar a compactao
superficial do solo, melhorar a aerao do mesmo e infiltrao de gua.
Terraceamento
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Nesta operao realizada a manuteno dos terraos existentes ou a construo
de novos terraos, com o objetivo de controle de eroso e preservao do solo.
Aplicao e incorporao de corretivos
Seguindo recomendao baseada nas anlises do solo, quanto necessidade de
calcrio para correo do pH ou como fonte de clcio e magnsio para a cana,
realiza-se a aplicao do mesmo atravs de distribuio a lano.
Arao com aiveca ou subsolagem
A descompactao total do solo se faz atravs do uso de subsoladores equipados
com hastes que atingem uma profundidade de at 50cm, se necessrio, ou com
arado de aiveca, quando a subsolagem no permite uma boa descompactao do
solo devido a sua alta umidade. Com esta operao elimina-se qualquer
compactao do solo, melhorando a capacidade de infiltrao e reteno de gua
e formao das razes das plantas.
Figura 8 Sulcao e aplicao de fertilizante
Rotao de culturas
Com o objetivo de alternar o ciclo da cana, faz-se a rotao de cultura com
leguminosas como soja, amendoim, crotalria ou mucuna, visando-se a melhoria
das caractersticas fsicas e biolgicas do solo, bem como a fixao de nitrognio
e incorporao de matria orgnica.
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Figura 9 Rotao de cultura com crotalria
Aplicao da torta de filtro
A torta de filtro retirada da indstria e depositada em rea prxima usina, de tal
forma a obter-se um fertilizante atravs do processo de compostagem, sendo
ento remanejada (transportada) para pequenos depsitos localizados nas reas
de reforma do canavial e aplicada nos sulcos de plantio.
Aplicao de herbicida no plantio:
Para controle de ervas daninhas so utilizados herbicidas aplicados atravs de
pulverizadores acoplados a tratores. Esta operao acompanhada por tcnico
responsvel e por tratoristas devidamente treinados, sendo seguidas normas de
segurana.
Viveiro de muda de cana-de-acar
Os viveiros de cana utilizados para muda sero plantados no ano anterior sua
utilizao, de acordo com planejamento prvio da poca de plantio, da variedade
de cana a ser plantada e do tipo de solo, entre outros fatores.
Carregamento e transporte das mudas de cana
O carregamento ser feito mecanicamente por carregadeira, sendo transportadas
as mudas por caminhes, com capacidade de 12 toneladas, at o local de plantio,
onde haver descarregamento manual e distribuio no sulco de plantio.
Distribuio das mudas
O caminho entrar no talho de cana em local previamente demarcado, chamado
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de banqueta. A distribuio, colocao da muda no sulco de plantio e picao ser
feita manualmente por uma equipe composta por 19 pessoas Aps a distribuio
da muda ser realizado o fechamento do sulco de plantio, com colocao de terra
sobre a muda, operao feita mecanicamente com um trator de pequeno porte e
implemento denominado cobridor.
Figura 10 Plantio manual
Controle de pragas da cana-de-acar
Controle biolgico da cigarrinha das razes (Mahanarva fimbriolata)
Os levantamentos sero realizados nos canaviais no perodo de outubro a maio.
Constatando-se a presena do inseto, calcula-se o ndice de infestao para
definio do sistema de controle. O procedimento de controle estabelece que a
partir de trs ninfas por metro linear deve-se realizar a aplicao do fungo
Metarhizium anisopliae A utilizao deste fungo parasita apresenta como
vantagem o fato de que sucessivas aplicaes provocam o aumento do inculo no
campo, tendo como conseqncia a reduo da infestao da praga e de futuras
aplicaes, pois cumulativo. Apresenta como vantagem ainda o fato de no
causar desequilbrio em outros inimigos naturais da cultura.
Controle Biolgico da Broca
Sero realizados levantamentos objetivando determinar os locais com populao
da broca, a fim de que se possa priorizar as liberaes dos parasitides (Cotsia
flavipes), a serem produzidos em laboratrio. A utilizao do controle biolgico
possui a vantagem de preservar as populaes de inimigos naturais da prpria
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praga, no desequilibrando populaes de outros insetos.
Controle de formigas cortadeiras
As formigas cortadeiras de plantas, transportam o vegetal cortado para seu
ninho, utilizando-o como substrato para o cultivo de fungo usado na sua
alimentao. So insetos sociais, com colnias extremamente organizadas, nas
quais cada indivduo ou casta tem uma funo definida. A rainha a fundadora da
colnia, sendo sua funo principal a procriao. O controle das formigas
realizado por termonebulizao, tcnica que se desenvolveu nos ltimos anos,
alcanando nveis adequados em relao eficincia e segurana.
Sistema de fertirrigao
A vinhaa resfriada em torres de resfriamento e bombeada para a plataforma de
carregamento dos caminhes que faro o transporte para a lavoura. Os
caminhes transportaro a vinhaa at o local de aplicao, sendo utilizados para
a distribuio do efluente os roles ou sistema de asperso com autopropelido,
equipamento que permite estabelecer a vazo de aplicao a partir da escolha do
canho e da rotao imposta ao motor da motobomba.
A conduo do efluente at o local de aplicao ser feita exclusivamente por
caminhes, havendo atualmente quatro conjuntos mecanizados para transporte de
vinhaa, sendo um de reserva.
Figura 11 Rolo para aplicao de vinhaa
As doses de vinhaa sero estabelecidas de acordo com a anlise do teor de
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potssio, havendo estrito atendimento ao preconizado pela Norma CETESB
P4.231, ou seja, dosagem de vinhaa de tal forma a considerar a capacidade de
absoro de potssio pela planta.
Como segurana, na aplicao de vinhaa, a usina adota as melhores tcnicas
agronmicas de conservao de solo, visando a proteo das reas, respeita os
aceiros e no aplica em reas prximas a corpos dgua (200m de distncia). As
guas residuais podero ser aplicadas junto com a vinhaa .
Colheita da Cana
Etapa que envolve a colheita, carregamento e transporte da cana para a indstria.
A colheita da cana-de-acar pode ser manual ou mecnica, de acordo com a
topografia da plantao e atendimento da legislao atravs do PEQ (Programa
de Eliminao da Queimada da Cana).
Armazenamento de Produtos Qumicos
Os agro-qumicos utilizados na lavoura so armazenados em almoxarifado, local
fechado, com restrio de entrada de pessoas, sendo a manipulao de produtos
realizada estritamente de acordo com o recomendado pela ANDEF, e como
segurana o local dotado de alarme, acionado em horrio pr-estabelecido, no
havendo possibilidade de retirada de produtos aps este horrio sem que o
sistema seja acionado.
As embalagens utilizadas sofrem processo de triplice lavagem, conforme relatado
em item apropriado, sendo devolvidas ao fornecedor, em processo registrado.
A manipulao feita por operadores qualificados, sendo condio a utilizao de
equipamentos de segurana, conforme relatado em programa especfico, relatado
no item especifico deste estudo.
2.3 Processo Industrial
Na Figura apresentada na sequncia mostra-se o fluxograma do
processamento industrial de fabricao dos produtos finais da Usina, ou seja,
acar, xarope e lcool.
Recebimento, alimentao e preparo da cana
O transporte da cana at a usina do tipo rodovirio, com o emprego de
caminhes que carregam cana inteira (colheita manual) ou picada em toletes.
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Fluxograma
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Atravs de um guincho (hilo), faz-se o descarregamento das cargas dos
caminhes na mesa alimentadora. A limpeza pode ser efetuada sobre a mesa
alimentadora, se necessrio, para retirar matria estranha, como: terra, areia,
etc., com a finalidade de obter um caldo de melhor qualidade e aumentar a vida
til dos equipamentos pela reduo do desgaste.
A mesa alimentadora controla a quantidade de cana sobre uma esteira metlica
que a transfere ao setor de preparo, constitudo por um picador e um
desfibrador.
Figura 12 Preparo de cana
Figura 13 Cana desfibrada Extrao
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A cana constituda, basicamente, de caldo e fibra. Como o acar est
dissolvido no caldo, precisamos extrair a maior parte possvel desse caldo. Esta
extrao conseguida fazendo a cana passar entre dois rolos, submetidos
determinada presso e rotao, sendo o volume gerado menor que o volume da
cana. O nmero de ternos utilizados no processo de moagem varia de quatro
(situao atual), a cinco (situao futura), e cada um deles formado por trs
rolos principais denominados: rolo de entrada, rolo superior e rolo de sada
(Figura 14).
Figura 14 Moenda
Figura 15 Caldo e bagao do ltimo terno
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Da extrao do caldo nas moendas resulta um resduo slido, bagao, que serve
como cobustvel para gerao de vapor.
Tratamento do caldo
O caldo de cana apresenta impurezas, que devem ser eliminadas para aumenta
a eficincia e a vida til dos equipamentos instalados, e tambm, para a
obteno de produtos finais de melhor qualidade. O primeiro equipamento
equipamento utilizado neste tratamento a peneira rotativa.
Figura 16 Peneira rotativa
O tratamento qumico consiste na precipitao das impurezas, que so
eliminadas por sedimentao.
Para retirar cor do acar temos a sulfitao, e aps a sulfitao, temos a
calagem que se trata do processo de adio do leite de cal (Ca(OH)2) ao caldo.
O caldo tratado pode ser enviado fabricao de acar ou de lcool. No
segundo caso, a etapa de sulfitao, descrita a seguir, no realizada.
Aquecimento O aquecimento do caldo ser realizado em equipamentos denominados
trocadores de calor, por onde passa o caldo e circula vapor de gua. O caldo
aquecido a aproximadamente 105C.
Decantao O caldo aquecido enviado para o decantador para remoo das impurezas
floculadas nos tratamentos anteriores. O caldo decantado enviado ao setor de
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evaporao, no caso da produo de acar, e para a fermentao, no caso de
produo de lcool. As impurezas sedimentadas constituem o lodo, que
retirado do decantador pelo fundo e enviado ao setor de filtrao, para
recuperao do acar nele contido.
O material retido no filtro recebe o nome de torta e enviado lavoura para ser
utilizado como condicionante de solo.
Fabricao de lcool
Preparo do Mosto Denomina-se mosto as solues aucaradas aptas a sofrer fermentao
alcolica. Sua composio varivel, pois est atrelada ao processo de
fabricao de acar.
Fermentao O lcool obtido aps a fermentao do caldo ou de uma mistura de melao e
caldo, portanto atravs de um processo bioqumico..
O processo de fermentao mais comumente utilizado nas destilarias do Brasil
o Melle-Boinot, cuja caracterstica principal a recuperao de leveduras atravs
da centrifugao do vinho ( Figura 17).
Figura 17 - Fermentao
Esta levedura recuperada, antes de retornar ao processo fermentativo, recebe
um tratamento cido.
O processo de transformao dos acares em lcool ocorre em tanques,
denominados dornas de fermentao. O tempo de fermentao varia de 6 a 8
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horas. Ao final deste perodo, praticamente, todo o acar consumido.
Devido a grande quantidade de calor liberado durante o processo e a
necessidade da temperatura ser mantida baixa, preciso realizar o
resfriamento do vinho em trocadores de calor, nos quais o vinho bombeado
continuamente com gua em contracorrente. Esta gua circula em circuito
fechado com resfriamento atravs de torres com ventilao forada.
Aps a fermentao, o vinho enviado s separadoras centrfugas para
recuperao do fermento. A fase leve da centrifugao, ou vinho delevedurado,
enviada para as colunas de destilao.
Destilao O vinho que vem da fermentao possui, em sua composio, 5 a 9GL (% em
volume) de lcool, alm de outros componentes de natureza lquida, slida e
gasosa.
O lcool presente neste vinho recuperado por destilao, processo que se
utiliza dos diferentes pontos de ebulio das diversas substncias volteis
presentes, separando-as.
Figura 18 - Destilaria
A coluna A (primeira) tem por finalidade esgotar a maior quantidade possvel de
lcool do seu produto de fundo, que denominado vinhaa. A vinhaa retirada a
uma proporo aproximada de doze (12) litros para cada litro de lcool
produzido, constituda principalmente de gua, sais slidos em suspenso e
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solveis e utilizada na lavoura, como fertilizante.
Na coluna B, a felgma concentrada e purificada, sendo retiradas, sob a forma
de lcool hidratado, que ser enviado continuamente aos tanques de
armazenamento, de onde sair para os tanques de armazenamento.
Fabricao do acar
Evaporao O caldo clarificado obtido nos decantadores submetido a um processo de
concentrao atravs da eliminao da gua presente.
A primeira etapa da concentrao realizada no equipamento chamado
evaporador, formado por caixas, ligadas em srie, de maneira que o caldo sofre
uma concentrao progressiva da primeira ltima (Figura 19).
O caldo apresenta, inicialmente, uma concentrao de 14 - 16Brix chegando, no
final, a 60 - 65Brix, quando recebe a denominao de xarope, que segue para o
cozimento.
Cozimento So utilizados equipamentos denominados cozedores ou tachos, que trabalham
individualmente sob vcuo. A evaporao da gua d origem a uma mistura de
cristais envolvidos em mel (soluo aucarada), que recebe o nome de massa
cozida.
Figura 19 - Evaporao
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Figura 20 - Cozimento
Cristalizao A massa cozida descarregada dos cozedores nos chamados cristalizadores,
dotados de agitadores, onde ir ocorrer o resfriamento lento, com auxlio de
gua.
Centrifugao do acar Dos cristalizadores, a massa cozida resfriada segue para o setor de
centrifugao e descarregada nas centrfugas, que retm o cristal de acar e
deixa passar o mel. O acar descarregado das centrfugas apresenta alto teor
de umidade (0,5% a 2%), bem como temperatura elevada (65-95C).
Secagem O resfriamento e a secagem do acar sero realizados em um secador, um
tambor metlico atravs do qual passa, em contracorrente, um fluxo de ar
succionado por um exaustor.
2.4 Produtos finais e subprodutos
Os produtos principais desta unidade so: acar, xarope e lcool. A Tabela 2
apresenta estimativa de produo da unidade, atual e aps ampliao.
Tabela 2 - Quantidade de produtos
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Produtos Anterior Aps ampliao
Dirio Safra Dirio Safra Acar (ton) - - 1.458 252.646
Xarope (ton) 931 190.000 - -
lcool etlico (m3) 88 18.000 377 62.459
Aguardente (m3) 122 25.000 - -
A CPFL Bioenergia uma SPE (Sociedade de Propsitos Especficos) da CPFL
energia, brao da Companhia Paulista de Fora e Luz para a rea energtica. A
relao entre a CPFL bioenergia e a Baldin Bioenergia se dar atravs de um
consrcio no qual a Baldin entra com bagao e gua, a SPE entra com os
equipamentos para gerao de vapor e energia, fornecendo vapor de escape e
energia eltrica para processo da Baldin.
Na Figura 21 mostramos o esquema de operao da Baldin Bioenergia / CPFL
Bioenergia.
Assim, a associao da Baldin Bioenergia com a CPFL Bioenergia
exclusivamente para Cogerao de energia eltrica, ressaltando-se que a CPFL
BIOENERGIA SA est localizada no site da Baldin Bioenergia.
2.5 Utilizao de recursos hdricos e efluentes industriais
Captao Atualmente, a captao de gua na Baldin Bioenergia realizada unicamente
atravs de gua superficial, havendo dois pontos de captao: o primeiro
localizado no Crrego do Descaroador e o segundo no Crrego Taboo,
afluente do Ribeiro Laranja Azeda, local onde existe um represamento do rio.
Estas guas so recalcadas para a unidade, onde h um reservatrio que
distribui para os diversos usos industriais. Para a situao futura, a usina
pretende continuar a captar nos pontos acima mencionados, sendo o acrscimo
de captao realizado atravs de captao de gua subterrnea.
Na Figura 22 e Figura 23 mostra-se o local de captao de guas no
represamento do Crrego afluente do Ribeiro do Ouro ou Laranja Azeda
(Crrego Taboo).
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e Maio, 797 sa; (0 XX19) 3402oamb.homero@
Figura 2
F
PROAMB Projetos Am
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1 Esquem
Figura 22 - T
Engenharmbientais
0-300 - Piracic9782-3997
ma operacio
Talude do R
ria
caba,SP
onal Baldin
Represamen
Bioenergia
nto Crrego
CPFL Bio
o Taboo
oenergia
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Figura 23 - Represamento do Crrego Taboo
Usos de gua na Usina A ampliao pretendida resultou em aumento do volume horrio de gua para o
processo. Embora todos os circuitos estejam fechados, haver aumento de
captao para 231,7m3/h. Desta forma, para a nova situao, a captao efetiva
de gua leva a uma taxa de captao de gua de 0,62m3/t.cana.
Na Tabela 3 destacam-se os circuitos que esto fechados, resultando em
reduo de captao.
Tabela 3 - Circuitos de gua fechados (recirculao)
Circuito Vazo (m3/h)
Atual Futuro - gua de lavagem de cana e/ou esteira (Decantao) 400 1200
- guas resfriamento dornas e condensadores (torres) 950 3000
- gua dos retentores de fuligem (Decantao) 100 280
- guas dos multijatos evaporao (aspersores) 360 2258
- guas de resfriamento turbo-geradores - 2000
Total de gua recirculada 1810 8738 Fonte: Baldin Bioenergia
Gerao de Efluentes Lquidos Os sistemas esto projetados adotando-se a recirculao e reso, de tal forma a
gerar mnimo volume de efluentes industriais, que so totalmente aplicados na
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lavoura. A quantidade de efluentes gerados e enviados para a lavoura est
relacionada na Tabela 4.
Tabela 4 - Destino e vazo de efluentes lquidos industriais
Efluente Vazo (m3/h) Tratamento Disposio
Atual Futuro - lavagem equipamentos automotiva 1,25 7,5 SAO Lavoura
- purga da lavagem de cana 1,50 5,0 Decantao Lavoura
- esgoto sanitrio 2,50 2,5 Fossa e Filtro Anaerbio
Lavoura
- descarte ETA 3,20 15,5 Decantao Lavoura
- lavagem piso - 7,5 Decantao Lavoura
- vinhaa 98,6 154,2 Resfriamento Lavoura
total p/ lavoura 107,05 192,2 - - Fonte: Baldin Bioenergia
2.6 Gerao de Resduos Slidos
Os resduos slidos gerados na indstria so apresentados na Tabela 5,
destacando-se os seguintes resduos:
Bagao O Bagao de cana um resduo originado da extrao do caldo de cana das
moendas, sendo obtido a partir do ltimo terno de moenda. A produo de
bagao pode se apresentar varivel, dependendo da fibra da cana processada
na usina.
Torta de filtro O sistema de tratamento de caldo gera lodo, que carrega uma certa quantidade
de acar. Para recuperar este acar utiliza-se um filtro rotativo a vcuo, sendo
ao lodo adicionado bagacilho (bagao de fibra fina) como meio filtrante. A
filtrao realizada criando-se uma presso negativa abaixo deste meio filtrante,
lavando-se com jatos finos de gua. O filtrado resultante, contendo o acar
retorna para o processo e o resduo obtido (torta de filtro) enviado para a
lavoura, como condicionante de solo.
Lixo comum Trata-se de resduo slido resultante das atividades do escritrio, W.C. e
varrio, compostos principalmente de papis, bagacilhos e plsticos. Estes
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resduos so separados seletivamente de tal forma a possibilitar a reciclagem. O
lixo orgnico enviado para aterro municipal.
Lixo do laboratrio Composto por embalagens e papis de filtro utilizados nas anlises do caldo.
Estes resduos de laboratrio so acondicionados em tambores e dispostos de
acordo com a sua classificao.
Sucatas ferrosas e no ferrosas Estes resduos so resultantes da manuteno da indstria, troca de
equipamentos, tubos e chaparias. As ferrosas, principalmente ao carbono e ao
inox so dispostas a granel em local aberto. As no ferrosas, principalmente
cobre e bronze, sero armazenadas em tambores em local prprio. Este material
comercializado no decorrer da safra.
Terra da lavagem de esteira A terra decantada nas caixas de areia ser removida por ps carregadeiras e
transportada por caminhes basculantes para a lavoura, visando recuperar reas
erodidas, aterros, acertos de terrenos e taludes, bem como incorporao no solo
conjuntamente com a torta, quando no houver necessidade de acerto de
terreno.
leos lubrificantes usados O leo usado restante armazenado em local prprio e enviado para empresa
de recuperao, devidamente credenciada.
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Tabela 5 - Resduos slidos industriais
Resduos Slidos Produo Especfica
Qde. (t/dia)
Freqncia
Classificao
Acondicionamento
Armazenamento
Tratamento , Reutilizao , Disposio
Atual Futura bagao 0,27t/t cana 1.032 3.308 contnua IIa granel cu aberto Combustvel
torta 40kg/t cana 153 490 contnua IIa moega granel Lavoura
lixo comum 0,02kg/t cana 0,076 0,24 diria IIa tambor granel Coleta seletiva
lixo laboratrio 0,002kg/t cana 0,007 0,02 diria IIa tambor - Coleta seletiva
sucatas ferrosas - varivel varivel anual IIb granel cu aberto Comercializao
sucatas no ferrosas - varivel varivel anual IIb tambor almoxarife comercializao
terra lavagem cana 8kg/t cana 30,58 96 anual IIb granel lavoura reas de reforma/aterro
(lavoura)
leos lubrificantes
usados
- varivel varivel anual I tambor almoxarife Envio para refino
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2.7 Gerao de Emisses Gasosas na Indstria
Gases da fermentao alcolica: O gs carbnico (CO2) resultante do processo fermentativo contm vapores
alcolicos que seriam lanados para a atmosfera. A usina possui dornas
fechadas que permitem a captao deste gs e envio para um sistema de
recuperao atravs de lavagem.
Figura 24 Coluna de lavagem de gases da fermentao
Gases da enxofreira: A sulfitao do caldo para produo de acar feita pela queima de enxofre em
estado slido no forno rotativo, gerando-se SO2 , que injetado em uma coluna
de sulfitao que recebe caldo em contracorrente, sendo esta controlada pelo
operador.
P de acar. A emisso de p de acar ocorre no secador, pelo qual passa um fluxo de ar
aquecido para promover a secagem do produto final acar. O projeto prev a
instalao de um sistema de reteno de p, que consiste em um sistema de
lavagem do ar na sada do secador (gua recirculada), visando minimizar a
quantidade de acar. Periodicamente, esta gua em circulao enviada para
o processo, promovendo a recuperao do acar.
Emisses atmosfricas das caldeiras Embora as caldeiras estejam sob responsabilidade operacional da CPFL
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Bioenergia, estamos apresentando uma anlise da situao atual e futura do
setor de gerao de vapor.
A empresa vem operando com uma caldeira a bagao de cana de 100 toneladas
de vapor por hora (t/h), provida de lavador de gases como sistema de controle
de poluentes e as emisses residuais encaminhadas para chamin. A situao
futura em termos de gerao de vapor ser a operao da caldeira a bagao de
cana de 200t/h de vapor, totalizando a capacidade de 300t/h de vapor. As
caldeiras sero providas de lavadores de gases independentes como sistemas
de controle de poluio atmosfrica e as emisses residuais sero
encaminhadas para as chamins independentes.
Aps avaliao do sistema, atravs de programa aceito pela Cetesb, concluiu-se
que o empreendimento operando com sistemas de controle de poluio do ar
(lavadores de gases), tem viabilidade ambiental com contribuies de poluentes
em valores menores que os padres primrios de qualidade do ar da Resoluo
CONAMA 03/90, nas reas urbanas da rea de influncia.
Para tanto a indstria instalar o sistema de reteno duplo, com uma primeira
retirada por via seca e uma segunda retirada de material particulado por via
mida. Na Figura 25 mostra-se um esquema do sistema instalado.
Figura 25 Esquema do ECP instalado (via seca + via umida)
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Ressalta-se que o sistema duplo de abatimento de particulados multiciclone
mais lavador, classificado como um dos dois sistemas com melhor tecnologia
prtica para remoo de particulados da queima de bagao em caldeiras.
2.8 Rudos e vibraes
Na especificao de equipamentos industriais h exigncia em relao a gerao
de rudo, de tal modo a atender as exigncias da legislao trabalhista, ou seja, o
nvel de rudo mximo, a uma distncia de 2 metros, ser de 95 dBA.
Alm disto, o empreendimento estar localizado em zona rural, sendo previsto que
a exigncia em termos de atendimento ao nvel de rudo no ambiente de trabalho,
implicar no atendimento ao especificado na legislao ambiental - Resoluo
CONAMA 1 de 08/03/1990.
A empresa possui monitoramento de rudo nas suas instalaes atuais, visando
tanto o atendimento a legislao ambiental quanto legislao trabalhista. As
emisses sonoras da rea industrial resultam da operao de equipamentos e
trnsito interno de veculos. A aquisio dos novos equipamentos prev controle do
nvel de emisso sonora de tal forma a minimizar o efeito de rudos.
2.9 Recursos Humanos da Agroindstria
Os recursos humanos necessrios ao empreendimento esto detalhados na Tabela
6, tanto para a situao atual quanto futura. A ampliao implicar em 35 novos
empregos na rea industrial, 5 na rea administrativa e na rea agrcola 290
funcionrios.
Tabela 6 - Recursos humanos atuais e projetados
Setor Quantidade de Funcionrios
Atual Futura
Safra Entressafra Safra EntressafraIndustrial 95 79 130 105
Administrativo 15 15 20 20
Agrcola 480 434 770 695
Total 590 528 920 820
Sazonalidade mo-de-obra (*) 1,11 1,11 (*) ndice de Sazonalidade igual ao n de empregados na safra/n de empregados na entressafra.
Durante o perodo da safra a produo industrial funciona continuamente em 3
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turnos de trabalho, enquanto que na entressafra h um nico turno de trabalho, das
7:00 s 17:00 horas. O setor administrativo funciona o ano todo no horrio da 7:00
s 11:00 horas e das 12:00 s 17:00 horas.
NR-31
Em relao norma NR 31, a informao da usina de que todos os itens
previstos nesta norma esto atendidos, ressaltando-se que o Ministrio do Trabalho
em inspeo realizada em toda a regio, fiscalizou a empresa no encontrando
qualquer irregularidade.
2.10 Investimento e cronograma de obra
A ampliao da Baldin Bioenergia envolve o custo de R$23.553.000,00 (Vinte e
tres milhes, quinhentos e cinquenta e tres mil reais), com a aquisio de
equipamentos montagem e instalaes industriais.
Na Figura 26 apresentamos o cronograma de implantao do empreendimento.
Figura 26 Cronograma
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2.11 Hiptese de no realizao do empreendimento
Na anlise das ampliaes da Baldin consideramos a hiptese de no ampliao da
usina no local, prevendo-se neste caso a estagnao na atividade industrial da
Baldin, com previso de dificuldade de manter-se na regio, face a moagem atual
da empresa, existindo ainda problemas para atender os novos parceiros do
empreendedor. Assim o espao ou lacuna criada em decorrncia da no-
implementao, teria que ser preenchido por outros empreendimentos similares, de
Pirassununga ou municpios vizinhos. Por conta disto, as presses para o plantio de
cana na regio continuaro, atravs de outras usinas existentes na regio que
tenderiam a ocupar o espao deixado pelo empreendimento.
A no-ampliao da Baldin no contribuir para se estabelecerem melhorias dos
ambientes fsico, biolgico e scio-econmico, uma vez que seria substituda por
outra unidade, que talvez j esteja licenciada e que no passe por um processo de
anlise ambiental.
3 Sntese dos Diagnsticos Ambientais das reas de Influncias do projeto
3.1 reas de Influncia do empreendimento
As reas de influncia so os limites geogrficos do presente estudo, sendo
definidas reas diferenciadas dependendo do meio em anlise, assim temos:
rea Diretamente Afetada (ADA): Para o meio fsico/bitico e socieconmico a rea de Influncia Direta foi definida
como sendo a rea na qual encontra-se: a planta industrial existente e onde
haver expanso, incluindo-se as reas do canteiro de obras, rea ao longo do
sistema de abastecimento de gua (duto) e reas agrcolas existentes e futuras.
rea de Influncia Direta (AID) A AID do meio fsico/bitico foi definida pelas sub-bacias hidrogrficas que
contm as reas de canaviais, a rea da indstria, bem como de
empreedimentos correlatos.
Em relao a AID para o meio socieconmico adotou-se a rea ocupada pelos
municpios afetados pelos impactos das atividades agrcolas e industrial, a
saber: Pirassununga, Santa Cruz da Conceio, Leme, Aguai, Casa Branca,
Santa Cruz das Palmeiras, Analandia e Santa Rita do Passa Quatro.
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rea de Influncia Indireta (AII): Para o meio fsico/bitico consideramos a bacia hidrogrfica em que est o
empreendimento (rea agrcola, industrial e empreendimentos correlatos),
configurando, portanto a Bacia do Rio Mogi-Gua.
Para o meio socieconmico consideramos as regies de governo nas quais
podem ser sentidos os impactos ambientais decorrentes da ampliao do
empreedimento, englobando a Regio de Governo de Limeira, de So Carlos e
de Rio Claro.
Os desenhos apresentados a seguir mostram as reas de influncia do
empreendimento.
3.2 Diagnstico do Meio fsico
3.2.1 Clima
Na AID predomina largamente o tipo climtico, definido a seguir: clima mesotrmico
de inverno seco em que a temperatura mdia do ms mais frio inferior a 18C e a
do ms mais quente ultrapassa 22C. O total das chuvas do ms mais seco no
ultrapassa 30 mm. O ndice pluviomtrico desse tipo climtico varia entre 1100 e
1700 mm diminuindo a precipitao de leste para oeste. A estao seca nessa
regio ocorre nos meses de abril a setembro, sendo julho o ms em que atinge a
mxima intensidade. O ms mais chuvoso oscila entre janeiro e fevereiro. A
temperatura do ms mais quente est prxima a 25C.
Vento Verifica-se que, independentemente da poca do ano, o vento predominante
provm da direo SE, dirigindo-se para NW.
No inverno as velocidades so menores; em outras estaes as velocidades so
maiores. Nos meses de setembro/outubro e maro/abril ocorrem as maiores
velocidades mximas ou rajadas de ventos. A taxa de ventilao ao longo do ano
varia entre moderada a forte. No inverno ocorre enfraquecimento da velocidade.
Chuva e Evaporao A pluviometria mdia da regio se situa em torno de 1.150mm/ano. No perodo de
dezembro a fevereiro, a mdia mensal igual ou superior a 180mm, nos meses de
inverno so inferiores a 30mm.