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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL - PDE
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA
ROSANGELA BRAMBILA YASUTAKE
QUINZE ANOS DE HISTÓRIA:
MUDANÇAS E PERMANÊNCIAS EM RAÇA BRASIL
Londrina 2011
ROSANGELA BRAMBILA YASUTAKE
QUINZE ANOS DE HISTÓRIA:
MUDANÇAS E PERMANÊNCIAS EM RAÇA BRASIL
Unidade Didática, apresentado ao PDE – Programa de Desenvolvimento Educacional, ofertado pela Secretaria de Educação do Estado do Paraná, em parceria com a Universidade Estadual de Londrina - UEL
Orientadora: Profª. Dra. Edméia Ribeiro
Londrina 2011
SUMARIO
APRESENTAÇÃO................................................................................................ 05 1 ROTEIRO DO PRIMEIRO ENCONTRO......................................................... 07 1.1 Introdução.................................................................................. ..................... 07 1.2 Tema............................................................................................................... 08 1.3 Objetivos......................................................................................................... 08 1.4 Estratégias................................................................................. ..................... 08 1.5 Atividades.................................................................................. ..................... 09 1.6 Recursos......................................................................................................... 09 1.7 Duração..................................................................................... ..................... 09 1.8 Texto: Uma abordagem conceitual das noções de Raça, Racismo, Identidade e Etnia.................................................................................. .......................................09 1.9 Referências..................................................................................................... 16
2 ROTEIRO DO SEGUNDO ENCONTRO................................... ..................... 17 2.1 Introdução................................................................................. ...................... 17 2.2 Tema............................................................................................................... 18 2.3 Objetivos........................................................................... .............................. 18 2.4 Estratégias................................................................................ ...................... 18 2.5 Atividades.................................................................................. ..................... 19 2.6 Recursos......................................................................................................... 19 2.7 Duração.................................................................................... ...................... 19 2.8 Referências..................................................................................................... 19
3 ROTEIRO DO TERCEIRO ENCONTRO................................... ..................... 20 3.1 Introdução.................................................................................. ..................... 20 3.2 Tema............................................................................................................... 21 3.3 Objetivos............................................................................ ............................. 21 3.4 Estratégias................................................................................. ..................... 21 3.5 Atividades.................................................................................. ..................... 21 3.6 Recursos......................................................................................................... 22 3.7 Duração..................................................................................... ..................... 22 3.8 Roteiro para análise de revista I............................................... ...................... 22 3.9 Referências..................................................................................................... 23 4 ROTEIRO DO QUARTO ENCONTRO.............................. ............................. 24 4.1 Introdução.................................................................................. ..................... 24 4.2 Tema............................................................................................................... 25 4.3 Objetivos............................................................................ ............................. 25 4.4 Estratégias................................................................................. ..................... 25 4.5 Atividades.................................................................................. ..................... 26 4.6 Recursos......................................................................................................... 26 4.7 Duração..................................................................................... ..................... 26 4.8 Roteiro para análise de revista II............................................... ..................... 26 4.9 Referências..................................................................................................... 27
5 ROTEIRO DO QUINTO ENCONTRO...................................... ....................... 29 5.1 Introdução........................................................................................................ 29 5.2 Tema........................................................................................... .................... 30 5.3 Objetivos.......................................................................................................... 30 5.4 Estratégias....................................................................................................... 31 5.5 Atividades................................................................................... ..................... 31 5.6 Recursos............................................................................ ............................. 31 5.7 Duração...................................................................................... ..................... 31 5.8 Roteiro para análise da Revista Raça Brasil (III)............................................. 31 5.9 Referências................................................................................. .................... 32
6 ROTEIRO DO SEXTO ENCONTRO.................................. ............................. 33 6.1 Introdução........................................................................................................ 33 6.2 Tema........................................................................................... .................... 34 6.3 Objetivos.......................................................................................................... 34 6.4 Estratégias....................................................................................................... 34 6.5 Atividades................................................................................... ..................... 34 6.6 Recursos..................................................................................... .................... 34 6.7 Duração...................................................................................... ..................... 34 6.8 Referências................................................................................. .................... 35
FICHA PARA CATÁLOGO - PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA
Título: QUINZE ANOS DE HISTÓRIA: MUDANÇAS E PERMANÊNCIAS EM RAÇA BRASIL
Autor Rosangela Brambila Yasutake
Escola de Atuação Escola Estadual Profª Cléia de Godoy Fabrini da Silva – Ensino Fundamental e Médio.
Município da escola Londrina
Núcleo Regional de Educação Londrina
Orientador Profª Drª Edméia Ribeiro
Instituição de Ensino Superior Universidade Estadual de Londrina - UEL
Disciplina/Área História
Produção Didático-pedagógica Unidade Didática
Relação Interdisciplinar Artes
Público Alvo Alunos e alunas da oitava série do Ensino Fundamental.
Localização Escola Estadual Profª Cléia de Godoy Fabrini da Silva- Ensino Fundamental e médio.
Rua Antônio Theodoro de Almeida Camargo nº 315 – Jd. Tarobá.
Apresentação:
O ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na Educação Básica tornou-se obrigatório a partir da implementação da lei 10.639/03. Este trabalho intitulado “Quinze Anos de História: Mudanças e permanências em Raça Brasil”, tematizando as transformações e permanências de cunho editorial e de conteúdo na Revista Raça Brasil. Figura como objeto e fonte desta pesquisa a Revista Raça Brasil. O interesse em trabalhar com este periódico se deu ao perceber que este meio de comunicação é direcionado especificamente ao público afro e, ainda mais, a transformação no seu perfil, que tinha um caráter mais voltado para o entretenimento e comportamento e que, ao longo dos anos, procurou mudar seu foco e privilegiar a informação. Os objetivos são: analisar conteúdos, propagandas, transformações nas seções da Revista Raça Brasil; refletir sobre a imprensa específica para afro-descendentes; perceber com alunos/as as transformações de conteúdo e editorial da Revista Raça Brasil; e analisar com os/as alunos/as, a produção deste veículo de comunicação. A metodologia utilizada em um primeiro momento será de leitura de texto e debate sobre o conceito de raça, e sobre a lei 10.639/03 e 11.645/08. Em seguida os alunos/as farão uma análise de uma revista de sua preferência. Depois desta analise os mesmos farão uma analise da Revista Raça Brasil, sempre seguindo um roteiro preparado pelo/a professor/a.
Palavras-chave Afrodescendentes. Revista. Raça. Preconceito. Auto-estima.
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APRESENTAÇÃO
Com a publicação da lei 10.639/03 e sua obrigatoriedade, o professor/a
tem que trabalhar a História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na Educação Básica
o/a professor/a da Educação Básica, têm que ter o cuidado de não privilegiar, seja a
cultura africana, ou a cultura européia, de uma não sobrepor a outra; cada uma deve
ser entendida em seu momento histórico, este é o papel do professor mediador do
conhecimento histórico.
O/a professor/a sendo o mediador do conhecimento histórico busca
outros elementos como a linguagem, fontes documentais, imagens, etc., que possa
ajudar-lhe nessa ação mediadora do ensino/aprendizagem. Uma das fontes
documentais que, o/a professor/a, de História, da Educação Básica, pode utilizar em
suas aulas são as revistas, ao usá-las o educador/a, pode levar o/a aluno/a, a
dialogar com o passado, a refletir sobre as manifestações sociais, econômicas e
políticas. Também a fazer uma reflexão sobre mudanças e permanências,
oferecendo ao educando/a uma leitura crítica das mensagens que este veículo de
comunicação trás.
As revistas estão presentes no dia-a-dia de nossos/as alunos/as, elas
utilizam de uma linguagem simples e de certa forma acabam influenciando o modo
de vestir, falar, embutindo valores aos nossos/as alunos/a, então porque não trazê-
las para sala de aula.
Foi pensando nisso e também de cumprir a lei 10.639/03 que este esta
Unidade Didática será desenvolvida em cima da Revista Raça Brasil, que é um
periódico destinado ao público afrodescendente com poder de compra. A revista
Raça Brasil foi lançada em setembro de 1996, que tinha por filosofia incentivar a
auto-estima da população afro-brasileira.
O trabalho proposto nesta Unidade Didática não é pronto e acabado, é
apenas uma proposta de como trabalhar com revista em sala de aula, de oferecer
aos educandos/as uma leitura mais crítica destes periódicos.
Esta Unidade Didática está dividida em seis encontros, é como que se
cada encontro fosse um plano de aula. Cada aula recebe o título de Roteiro do
(Primeiro, Segundo...) Encontro. Cada encontro trás um texto de introdução,
objetivos, estratégias, atividades, texto para trabalhar com os/as alunos/as, roteiros
de análise para revista, e referências.
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Quando o/a professor/a for trabalhar com análise de revista vai
encontrar neste material, não só um roteiro de trabalho, mas e porque não um plano
de aula, com previsão de duração para cada tema abordado, e referências para
leitura, que poderá ajudar a direcionar o seu trabalho em sala de aula.
Como já foi dito, está Unidade Didática não está pronta e acabada, e
como o próprio nome trás é apenas um roteiro, mas, que pode auxiliar o/a
professor/a no seu dia-a-dia, caso venham trabalhar com revistas como fonte
histórica em sala de aula.
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1. ROTEIRO DO PRIMEIRO ENCONTRO DISCIPLINA/ÁREA PDE: História
IES: Universidade Estadual de Londrina – UEL
NRE: Londrina
ESCOLA DE IMPLEMENTAÇÃO: Colégio Estadual Profª Cléia de Godoy Fabrini da
Silva – Ensino Fundamental e Médio.
PÚBLICO ALVO: Alunos e alunas da oitava série do Ensino Fundamental
PROFª: Rosangela Brambila Yasutake
ORIENTADORA: Profª e Drª Edméia Ribeiro
1.1 INTRODUÇÃO
Quando utilizamos a palavra raça, podemos dar a ela uma infinidade
de significados. Segundo Kabengele Munanga (2003) etimologicamente, o conceito
de raça veio do italiano “razza”, que por sua vez veio do latim “ratio” que significa
sorte, categoria, espécie. O conceito de raça foi utilizado primeiro na Botânica e na
Zoologia para classificar espécies de animais e vegetais.
Na Idade Média o conceito de raça era utilizado para se referir a uma
descendência, que tem um ancestral comum, que possuem alguma característica
física comum.
O conceito de raça utilizada pela antropologia foi inspirado na Botânica
e na Zoologia, sendo usada para dividir a raça humana em três grupos: a raça
branca, a raça negra e a raça amarela.
De acordo com esta divisão a raça branca é tida como superior e
partindo dessa premissa, os/as europeus/as se julgando superiores por pertencerem
à raça branca acabam submetendo os/as negros/as à escravidão por serem
considerados/as inferiores. Mas na verdade está divisão não existe, o que de fato
existe é a raça humana, com sua diversificação na cor da pele, tipo de cabelo,
aspectos físicos, etc.
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A palavra raça também pode ser empregada no sentido de quem tem
vontade, força, garra para atingir um determinado objetivo.
Os/as africanos/as que foram trazidos para o Brasil pelos/as
portugueses/as como escravos/as, e desde sua chegada nesta terra, a sua história é
de luta pela liberdade, reconhecimento e visibilidade dentro da sociedade e da
cultura brasileira. Uma luta que foi determinante muita “raça”, e a “raça Negra”
tiveram e tem, e não foi pouca, mas sim muita “raça” para obter algum
reconhecimento e visibilidade dentro da sociedade e da cultura brasileira, e uma
dessas conquistas é a lei 10.639/03.
1.2 TEMA
Os vários sentidos da palavra “raça”. 1.3 OBJETIVOS
a) Refletir/debater sobre os vários conceitos da palavra “raça”.
b) Elaborar um conceito sobre a palavra raça
c) Discutir os diversos conceitos de raça pelos/as alunos/as
pesquisados.
d) Leitura do texto Uma abordagem conceitual das noções de raça,
racismo, identidade e etnia, e discussão do mesmo.
1.4 ESTRATÉGIAS
Apresentar os/as alunos/as o projeto, explicando aos/as mesmos/as
sobre o tema, título e objetivos do trabalho que será desenvolvido durante o
segundo semestre de 2011.
Os alunos serão divididos em grupo, que será solicitado aos mesmos
que façam uma pesquisa sobre a lei 10.639/03 e 11.645/08 para o nosso próximo
encontro.
Os/as alunos/as procurarão no dicionário o significado da palavra raça,
em seguida farão a leitura do texto Uma abordagem conceitual das noções de raça,
racismo, identidade e etnia. Após a leitura do texto iniciaremos um debate sobre os
vários conceitos da palavra “raça. Em seguida os grupos farão cartazes com os
significados da palavra raça assimilados por ele/as.
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1.5 ATIVIDADES
a) Apresentação do projeto de intervenção do PDE.
b) Procurar no dicionário o significado da palavra raça.
c) Leitura do texto Uma abordagem conceitual das noções de raça,
racismo, identidade e etnia, e discussão do mesmo.
d) Debate sobre os vários conceitos da palavra “raça”.
e) Elaboração de cartazes em grupos, sobre os diversos conceitos de
raça, pesquisados pelos alunos/as.
f) Relatório dos grupos sobre as atividades desenvolvidas, com suas
opiniões.
1.6 RECURSOS
TV Multimídia, textos, dicionários, cartolina, quadro de giz.
1.7 DURAÇÃO
Tempo previsto: 04 aulas
1.8 TEXTO
UMA ABORDAGEM CONCEITUAL DAS NOÇÕES DE RACA, RACISMO, IDENTIDADE E ETNIA*
Prof. Dr. Kabengele Munanga (USP)
Etmologicamente, o conceito de raça veio do italiano razza, que por
sua vez veio do latim ratio, que significa sorte, categoria, espécie. Na história das
ciências naturais, o conceito de raça foi primeiramente usado na Zoologia e na
Botânica para classificar as espécies animais e vegetais. Foi neste sentido que o
naturalista sueco, Carl Von Linné conhecido em Português como Lineu (1707-1778),
o uso para classificar as plantas em 24 raças ou classes, classificação hoje
inteiramente abandonada.
Como a maioria dos conceitos, o de raça tem seu campo semântico e
uma dimensão temporal e especial. No latim medieval, o conceito de raça passou a
designar a descendência, a linhagem, ou seja, um grupo de pessoa que têm um
ancestral comum e que, ipso facto, possuem algumas características físicas em
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comum. Em 1684, o francês François Bernier emprega o termo no sentido moderno
da palavra, para classificar a diversidade humana em grupos fisicamente
contrastados, denominados raças. Nos séculos XVI-XVII, o conceito de raça passa
efetivamente a atuar nas relações entre classes sociais da França da época, pois
utilizado pela nobreza local que si identificava com os Francos, de origem germânica
em oposição ao Gauleses, população local identificada com a Plebe. Não apenas os
Francos se considerava como uma raça distinta dos Gauleses, mais do que isso,
eles se consideravam dotados de sangue “puro”, insinuando suas habilidades
especiais e aptidões naturais para dirigir, administrar e dominar os Gauleses, que
segundo pensavam, podiam até ser escravizados. Percebe-se como o conceitos de
raças “puras” foi transportado da Botânica e da Zoologia para legitimar as relações
de dominação e de sujeição entre classes sociais (Nobreza e Plebe), sem que
houvessem diferenças morfo-biológicas notáveis entre os indivíduos pertencentes a
ambas as classes.
As descobertas do século XV colocam em dúvida o conceito de
humanidade até então conhecida nos limites da civillização ocidental. Que são esses
recém descobertos (ameríndios, negros, melanésios, etc.)? São bestas ou são seres
humanos como “nós”, europeus? Até o fim do século XVII, a explicação dos “outros”
passava pela Teologia e pela Escritura, que tinham o monopólio da razão e da
explicação. A península ibérica constitui nos séculos XVI-XVII o palco principal dos
debates sobre esse assunto. Para aceitar a humanidade dos “outros”, era preciso
provar que são também descendentes do Adão, prova parcialmente fornecida pelo
mito dos Reis Magos, cuja imagem exibe personagens representes das três raças,
sendo Baltazar, o mais escuro de todos considerado como representante da raça
negra. Mas o índio permanecia ainda um incógnito, pois não incluído entre os três
personagens representando semitas, brancos e negros, até que os teólogos
encontraram argumentos derivados da própria bíblia para demonstrar que ele
também era descendente do Adão.
No século XVIII, batizado século das luzes, isto é, da racionalidade, os
filósofos iluministas contestam o monopólio do conhecimento e da explicação
concentrado nas mãos da Igreja e os poderes dos príncipes. Eles se recusam a
aceitar uma explicação cíclica da história da humanidade fundamentada na idade de
“ouro”, para buscar uma explicação baseada na razão transparente e universal e na
história cumulativa e linear. Eles recolocam em debate a questão de saber que eram
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esses outros, recém descobertos. Assim laçam mão do conceito de raça já existente
nas ciências naturais para nomear esses outros que se integram à antiga
humanidade como raças diferentes, abrindo o caminho ao nascimento de uma nova
disciplina chamada História Natural da Humanidade, transformada mais tarde em
Biologia e Antropologia Física.
Por que então, classificar a diversidade humana em raças diferentes?
A variabilidade humana é um fato empírico incontestável que, como tal merece uma
explicação científica. Os conceitos e as classificações servem de ferramentas para
operacionalizar o pensamento. É neste sentido que o conceito de raça e a
classificação da diversidade humana em raças teriam servido. Infelizmente,
desembocaram numa operação de hierarquização que pavimentou o caminho do
racialismo. A classificação é um dado da unidade do espírito humana. Todos nós já
brincamos um dia, classificando nossos objetos em classes ou categorias, de acordo
com alguns critérios de semelhança e diferença. Imagine-se o que aconteceria numa
biblioteca do tamanho da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. Sem classificação
por autor e ou por assunto, seria muito complicado a busca de um documento. Com
a preocupação de facilitar a busca e a compreensão, parece que o ser humano
desde que começou a observar desenvolveu a aptidão cognitiva de classificação. A
primeira tentativa consiste em distinguir os seres animados dos inanimados; os
minerais dos vegetais e os vegetais dos animais. Entre os animais, não há como
confundir um elefante com um leopardo, uma cobra com uma tartaruga. São todos
animais, mas, porém diferentes.
Na história da ciência, a classificação dos seres vivos começa na
Zoologia e na Botânica. Era importante encontrar categorias maiores por sua vez
subdivididas em categorias menores e subcategorias e assim adiante. Os termos
para designar as categorias são como todos os fenômenos lingüísticos
convencionais e arbitrários. Assim as principais categorias foram as divisões filo e
sub-filo, a classe, a ordem e a espécie. Como homens, pertencemos ao filo dos
cordados, ao sub-filo dos vertebrados (como os peixes), à classe dos mamíferos
(como as baleias), à ordem dos primatas (como os grandes símios) e à espécie
humana (homo sapiens) como todos os homens e todas as mulheres que habitam
nossa galáxia. Somos espécie humana porque formamos um conjunto de seres,
homens e mulheres capazes de constituir casais fecundos, isto é, capazes de
procriar, de gerar outros machos e outras fêmeas. Sem a classificação, não é
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possível falar de milhões de espécies de animais do universo conhecido. Apenas, no
seio da espécie homo-sapiens (homo sábio), a que pertencemos, somos hoje cerca
de 6 bilhões de indivíduos. Nessa enorme diversidade humana que somos, da
mesma maneira que distinguimos o babuíno do orangotango, não podemos
confundir o chinês com o pigmeu da África, o norueguês com o senegalês, etc.
Em qualquer operação de classificação, é preciso primeiramente
estabelecer alguns critérios objetivos com base na diferença e semelhança. No
século XVIII, a cor da pele foi considerada como um critério fundamental e divisor
d’água entre as chamadas raças. Por isso, que a espécie humana ficou dividida em
três raças estancas que resistem até hoje no imaginário coletiva e na terminologia
científica: raça branca, negra e amarela. Ora, a cor da pele é definida pela
concentração da melanina. É justamente o degrau dessa concentração que define a
cor da pele, dos olhos e do cabelo. A chamada raça branca tem menos
concentração de melanina, o que define a sua cor branca, cabelos e olhos mais
claros que a negra que concentra mais melanina e por isso tem pele, cabelos e
olhos mais escuros e a amarela numa posição intermediária que define a sua cor de
pele que por aproximação é dita amarela Ora, a cor da pele resultante do grau de
concentração da melanina, substância que possuímos todos, é um critério
relativamente artificial. Apenas menos de 1% dos genes que constituem o patrimônio
genético de um indivíduo são implicados na transmissão da cor da pele, dos olhos e
cabelos. Os negros da África e os autóctones da Austrália possuem pele escura por
causa da concentração da melanina. Porém, nem por isso eles são geneticamente
parentes próximos. Da mesma maneira que os pigmeus da África e da Ásia não
constituem o mesmo grupo biológico apesar da pequena estatura que eles têm em
comum.
No século XIX, acrescentou-se ao critério da cor outros critérios
morfológicos como a forma do nariz, dos lábios, do queixo, do formato do crânio, o
angulo facial, etc. para aperfeiçoar a classificação. O crânio alongado, dito
dolicocéfalo, por exemplo, era tido como característica dos brancos “nórdicos”,
enquanto o crânio arredondado, braquicéfalo, era considerado como característica
física dos negros e amarelos. Porém, em 1912, o antropólogo Franz Boas observara
nos Estados Unidos que o crânio dos filhos de imigrados não brancos, por definição
braquicéfalos, apresentavam tendência em alongar-se. O que tornava a forma do
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crânio uma característica dependendo mais da influência do meio, do que dos
fatores raciais.
No século XX, descobriu-se graças aos progressos da Genética
Humana, que haviam no sangue critérios químicos mais determinantes par
consagrar definitivamente a divisão da humanidade em raças estancas. Grupos de
sangue, certas doenças hereditárias e outros fatores na hemoglobina eram
encontrados com mais freqüência e incidência em algumas raças do que em outras,
podendo configurar o que os próprios geneticistas chamaram de marcadores
genéticas. O cruzamento de todos os critérios possíveis (o critério da cor da pele, os
critérios morfológicos e químicos) deu origem a dezenas de raças, sub-raças e sub-
sub-raças. As pesquisas comparativas levaram também à conclusão de que os
patrimônios genéticos de dois indivíduos pertencentes à uma mesma raça podem
ser mais distantes que os pertencentes à raças diferentes; um marcador genético
característico de uma raça, pode, embora com menos incidência ser encontrado em
outra raça. Assim, um senegalês pode, geneticamente, ser mais próximo de um
norueguês e mais distante de um congolês, da mesma maneira que raros casos de
anemia falciforme podem ser encontrados na Europa, etc. Combinando todos esses
desencontros com os progressos realizados na própria ciência biológica (genética
humana, biologia molecular, bioquímica), os estudiosos desse campo de
conhecimento chegaram a conclusão de que a raça não é uma realidade biológica,
mas sim apenas um conceito alias cientificamente inoperante para explicar a
diversidade humana e para dividi-la em raças estancas. Ou seja, biológica e
cientificamente, as raças não existem.
A invalidação científica do conceito de raça não significa que todos os
indivíduos ou todas as populações sejam geneticamente semelhantes. Os
patrimônios genéticos são diferentes, mas essas diferenças não são suficientes para
classificá-las em raças. O maior problema não está nem na classificação como tal,
nem na inoperacionalidade científica do conceito de raça. Se os naturalistas dos
séculos XVIII-XIX tivessem limitado seus trabalhos somente à classificação dos
grupos humanos em função das características físicas, eles não teriam certamente
causado nenhum problema à humanidade. Suas classificações teriam sido mantidas
ou rejeitadas como sempre aconteceu na história do conhecimento científico.
Infelizmente, desde o início, eles se deram o direito de hierarquizar, isto é, de
estabelecer uma escala de valores entre as chamadas raças. O fizeram erigindo
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uma relação intrínseca entre o biológico (cor da pele, traços morfológicos) e as
qualidades psicológicas, morais, intelectuais e culturais. Assim, os indivíduos da
raça “branca”, foram decretados coletivamente superiores aos da raça “negra” e
“amarela”, em função de suas características físicas hereditárias, tais como a cor
clara da pele, o formato do crânio (dolicocefalia), a forma dos lábios, do nariz, do
queixo, etc. que segundo pensavam, os tornam mais bonitos, mais inteligentes, mais
honestos, mais inventivos, etc. e conseqüentemente mais aptos para dirigir e
dominar as outras raças, principalmente a negra mais escura de todas e
conseqüentemente considerada como a mais estúpida, mais emocional, menos
honesta, menos inteligente e, portanto a mais sujeita à escravidão e a todas as
formas de dominação.
A classificação da humanidade em raças hierarquizadas desembocou
numa teoria pseudo-científica, a raciologia, que ganhou muito espaço no início do
século XX. Na realidade, apesar da máscara científica, a raciologia tinha um
conteúdo mais doutrinário do que científico, pois seu discurso serviu mais para
justificar e legitimar os sistemas de dominação racial do que como explicação da
variabilidade humana. Gradativamente, os conteúdos dessa doutrina chamada
ciência, começaram a sair dos círculos intelectuais e acadêmicos para se difundir no
tecido social das populações ocidentais dominantes. Depois foram recuperados
pelos nacionalismos nascentes como o nazismo para legitimar as exterminações
que causaram à humanidade durante a Segunda guerra mundial.
Podemos observa que o conceito de raça tal como o empregamos
hoje, nada tem de biológico. É um conceito carregado de ideologia, pois como todas
as ideologias, ele esconde uma coisa não proclamada: a relação de poder e de
dominação. A raça, sempre apresentada como categoria biológica, isto é natural, é
de fato uma categoria etnosemântica. De outro modo, o campo semântico do
conceito de raça é determinado pela estrutura global da sociedade e pelas relações
de poder que a governam. Os conceitos de negro, branco e mestiço não significam a
mesma coisa nos Estados Unidos, no Brasil, na África do Sul, na Inglaterra, etc. Por
isso que o conteúdo dessas palavras é etno-semântico, político-ideológico e não
biológico. Se na cabeça de um geneticista contemporâneo ou de um biólogo
molecular a raça não existe, no imaginário e na representação coletivos de diversas
populações contemporâneas existem ainda raças fictícias e outras construídas a
partir das diferenças fenotípicas como a cor da pele e outros critérios morfológicos.
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É a partir dessas raças fictícias ou “raças sociais” que se reproduzem e se mantêm
os racismos populares.
Alguns biólogos anti-racistas chegaram até sugerir que o conceito de
raça fosse banido dos dicionários e dos textos científicos. No entanto, o conceito
persiste tanto no uso popular como em trabalhos e estudos produzidos na área das
ciências sociais. Estes, embora concordem com as conclusões da atual Biologia
Humana sobre a inexistência científica da raça e a inoperacionalidade do próprio
conceito, eles justificam o uso do conceito como realidade social e política,
considerando a raça como uma construção sociológica e uma categoria social de
dominação e de exclusão.
A questão mais importante do ponto de vista científico não é apenas
observar e estabelecer tipologias, mas sim principalmente encontrar a explicação da
diversidade humana. Antes de Darwin e seus predecessores (Lamarck), a
representação do mundo tido como criado, era estática e imóvel. As variações entre
os organismos tinham uma explicação metafísica.
Mas Darwin demonstrou a partir dos princípios da seleção natural (A
Evolução da Espécie,1859), que os organismos vivos evoluíram gradativamente a
partir de uma origem comum e se diversificaram no tempo e no espaço, adaptando-
se a meios hostis, diversos e em perpétua transformação. A variação dos caracteres
genéticos, fisiológicos, morfológicos e comportamentais hoje observados, tanto entre
as populações vegetais e animais como humanas, correspondem em grande medida
a um fenômeno adaptativo. Exemplos: uma pele escura concentra mais melanina
que uma pele clara, pois protege contra a infiltração dos raios ultravioletas nos
países tropicais; uma pele clara é necessária nos países frios, pois auxilia na síntese
da vitamina D. Graças aos progressos da ciência e da tecnologia, a adaptação ao
meio ambiente não precisa mais hoje de mutações genéticas necessárias no
longínquo passado de nossos antepassados
A diversidade genética é absolutamente indispensável à sobrevivência
da espécie humana. Cada indivíduo humano é o único e se distingue de todos os
indivíduos passados, presentes e futuros, não apenas no plano morfológico,
imonológico e fisiológico, mas também no plano dos comportamentos. É absurdo
pensar que os caracteres adaptativos sejam no absoluto “melhores” ou “menos
bons”, “superiores” ou “inferiores” que outros. Uma sociedade que deseja maximizar
as vantagens da diversidade genética de seus membros deve ser igualitária, isto é,
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oferecer aos diferentes indivíduos a possibilidade de escolher entre caminhos, meios
e modos de vida diversos, de acordo com as disposições naturais de cada um. A
igualdade supõe também o respeito do indivíduo naquilo que tem de único, como a
diversidade étnica e cultural e o reconhecimento do direito que tem toda pessoa e
toda cultura de cultivar sua especificidade, pois fazendo isso, elas contribuem a
enriquecer a diversidade cultural geral da humanidade.
1.9 REFERÊNCIAS
MUNANGA, Kabengele. Uma abordagem conceitual das noções de raça, racismo, identidade e etnia. In: SEMINÁRIO NACIONAL RELAÇÕES RACIAIS E EDUCAÇÃO, 3., 2003, Rio de Janeiro. Palestra.
ORTIZ, Renato. Cultura Brasileira & Identidade Nacional. 5. ed. São Paulo. Brasiliense, 2005.
PARANÁ. Secretaria de Estado de Educação. Departamento de Ensino fundamental. Cadernos Temáticos Lei 10.639/03: A inserção dos conteúdos de história e cultura afro-brasileira e africana nos currículos escolares. Curitiba, 2005.
PARANÁ. Secretaria de Estado de Educação. Departamento de educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica História. Curitiba, 2008.
PEREIRA, Júnia Sales. Reconhecendo ou construindo uma polaridade étnico-identitária? Desafios do ensino de história no imediato contexto pós lei 10.639. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, v. 21, n. 41, p.21-43, jan.-jun., 2008.
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2 ROTEIRO DO SEGUNDO ENCONTRO DISCIPLINA/ÁREA PDE: História
IES: Universidade Estadual de Londrina – UEL
NRE: Londrina
ESCOLA DE IMPLEMENTAÇÃO: Colégio Estadual Profª Cléia de Godoy Fabrini da
Silva – Ensino Fundamental e Médio.
PÚBLICO ALVO: Alunos e alunas da oitava série do Ensino Fundamental
PROFª: Rosangela Brambila Yasutake
ORIENTADORA: Profª e Drª Edméia Ribeiro
2.1 INTRODUÇÃO
O Brasil é um país que tem uma mistura racial muito grande. Em seus
511 anos de existência, para cá vieram pessoas de várias partes do planeta, temos
o europeu, os asiáticos, os africanos, os vários povos do Oriente Médio, e os
indígenas que aqui viviam quando da chegada dos primeiros portugueses/as nesta
terra. Todos estes povos contribuíram para a formação cultural deste país, porém,
de todos, os que mais contribuíram foram os/as portugueses/as, os/as africanos/as e
os/as indígenas. Os/as portugueses/as eram os/as colonizadores/as, os/as
indígenas aqui estavam e foram submetidos aos/as “colonizadores/as”, e os/as
africanos/as que vieram como escravos/as e também foram submetidos aos/as
portugueses/as, porém os/as africanos/as souberam com muita luta preservar os
seus costumes, crenças e cultura.
Os/as africanos/as, de diferentes regiões da África que desembarcaram
no Brasil, além de trazer na bagagem contribuições de crenças, costumes, danças,
músicas, e que na troca com os/as portugueses/as, e os/as indígenas deram o
contorno cultural do Brasil, é o que se chama de cultura afro-brasileira. Esse povo
que para cá vieram e também os seus descendentes travaram e travam uma luta
constante pelo seu reconhecimento e, pela sua visibilidade dentro da sociedade
brasileira, como afirma Fraga e Albuquerque,
18
A vida como escravo e mesmo como liberto significava lutar cotidianamente contra muitos limites que impediam o acesso dos africanos e de seus descendentes ao exercício da cidadania. (FRAGA; ALBUQUERQUE, 2009, p.120).
A luta dos/as afro-descendentes não foi em vão, pois o governo
brasileiro, ao longo dos anos, foi criando leis onde preconceito e racismo é tratado
como crime, liberdade religiosa para o candomblé, cotas para afro-descendentes
nas universidades e concursos públicos e outras políticas de ações afirmativas.
Dentro das políticas de ações afirmativas temos também a lei 10.639/03 que
estabelece a obrigatoriedade do ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e
Africana na Educação Básica. Esta lei fez com que as secretarias de educação
estaduais e municipais implementassem esta lei em suas diretrizes educacionais e
também ofereceram cursos para os professores da Educação Básica sobre a
obrigatoriedade e seu cumprimento nos estabelecimentos de ensino.
2.2 TEMA
A lei 10.639/03 e sua obrigatoriedade na Educação Básica.
2.3 OBJETIVOS
a) Levar os/as alunos/as da oitava série a conhecer a lei 10.639/03 e a
lei 11.645/08.
b) Elaborar um texto sobre a questão racial.
2.4 ESTRATÉGIAS
Os grupos deverão em plenária apresentar suas pesquisas sobre as
leis 10.639/03 e 11.645/08, bem como suas conclusões.
Com base na pesquisa e nas discussões realizada pelos/as alunos/as
sobre as leis 10.639/03 e 11.645.08 e também nos conceitos discutidos (aprendidos)
no primeiro encontro os/as alunos/as deverão elaborar um texto sobre a questão
racial e apresentar aos demais grupos.
19
2.5 ATIVIDADES
a) Debate sobre a lei 10.639/03 e 11.645/08 e sua aplicabilidade.
b) Elaboração de um texto sobre a questão racial
2.6 RECURSOS
TV Multimídia
Quadro e giz
2.7 DURAÇÃO
Tempo previsto: 02 aulas
2.8 REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Educação e Cultura. Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade Subsecretaria de Políticas de Ações Afirmativas. Plano Nacional de Implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação das Relações Etnicorraciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana. Disponível em: <www.mp.pe.gov.br/uploads/ .../ planonacional_10.6391.pdf>. Acesso em: 7 abr. 2011.
FRAGA, Walter; ALBUQUERQUE, Wlamyra R. de. Uma história da cultura afro brasileira. São Paulo: Editora Moderna, 2009.
LAUREANO, Marisa Antunes. O Ensino de História da África. Ciências e Letras, Porto Alegre, n. 44, jul. /dez. 2008. Disponível em:<http://www1.fapa.com.br/ cienciaseletras/pdf/revista44/artigos17.pdf>. Acesso em: 20 set. 2010.
FERREIRA, Junia Sales. Reconhecendo ou construindo uma polaridade étnico-idenditária? Desafios do Ensino de História no imediato Contexto Pós Lei 10.639. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, v.21, n. 41, p.21-43, 2008.
PARANÁ. Secretaria De Estado De Educação. Departamento de educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica História. Curitiba, 2008.
20
3 ROTEIRO DO TERCEIRO ENCONTRO DISCIPLINA/ÁREA PDE: História
IES: Universidade Estadual de Londrina – UEL
NRE: Londrina
ESCOLA DE IMPLEMENTAÇÃO: Colégio Estadual Profª Cléia de Godoy Fabrini da
Silva – Ensino Fundamental e Médio.
PÚBLICO ALVO: Alunos e alunas da oitava série do Ensino Fundamental
PROFª: Rosangela Brambila Yasutake
ORIENTADORA: Profª e Drª Edméia Ribeiro
3.1 INTRODUÇÃO
Hoje se discute em como deixar as aulas de História mais dinâmicas,
atraentes e interessantes para os (as) alunos/as. O/a professor/a sendo o/a
mediador/a do processo ensino-aprendizagem é fazer o aluno sentir que parte da
história e para isso uma das sugestões é o uso de fontes históricas.
O/a professor/a pode utilizar como fonte histórica fragmentos de
documentos, objetos, fotografias, e porque não revistas, já que este veículo de
comunicação exerce uma atração muito grande ao leitor/consumidor, e como diz
Jorge Luiz Romanello (2006, p. 240) “em país capitalista, a imprensa significa
também poder”.
Ao utilizar uma revista como fonte deve-se observar e tomar alguns
cuidados, pois este veículo de comunicação tem um público alvo, visa lucro. O/a
professor/a, ao usar uma revista como fonte histórica tem que terem bem claro quais
são os seus objetivos, o que deseja que seja pesquisado, suas intenções.
O seu objeto de pesquisa deve estar bem claro, exemplo: trabalhar os
textos das revistas (reportagens), propagandas, capa, editorial, etc., tudo tem que
estar bem definido, tanto para o/a professor/a e também para os/as alunos/as, desta
forma evita-se que ambos/as desvie dos seus objetivos e do seu objeto de pesquisa.
21
Trabalhar revista como fonte documental, o/a professor/a, de História
pode levar o/a aluno/a, a refletir sobre as manifestações sociais, políticas
governamentais, questões econômicas, de uma determinada época e conduzi-los
(as) a fazer reflexões sobre mudanças e permanências, oferecendo ao/a
educando/a, uma leitura crítica das mensagens que este veículo de comunicação
trás.
3.2 TEMA
O uso de revista nas aulas de história, como fonte de pesquisa.
3.3 OBJETIVOS
a) Levar os/as alunos a refletir sobre os conteúdos que as revistas
trazem.
b) Levar o aluno/a sentir que ele faz parte da História.
c) Analisar de forma critica uma revista.
3.4 ESTRATÉGIAS
Os/as alunos/as deverão trazer de casa uma revista que ele/as, ou
familiares costumam ler com freqüência. Deverão fazer uma leitura simples da
revista sem interferência do professor/a.
Em seguida, com o direcionamento do/a professor/a, seguindo um
roteiro, deverão pesquisar nestas revistas se aparecem modelos afrodescendentes,
propagandas e entrevistas com pessoas famosas ou comuns que sejam
afrodescendentes, se aparecem em qual situação. Em seguida abriremos um debate
sobre o que pesquisaram e que conclusões chegaram. Estas conclusões também
deverão ser entregues ao/a professor/a por escrito.
3.5 ATIVIDADES
Levar os/a alunos/as a ler, manusear revistas de modo crítico.
Em grupo, fazer uma analise por escrito da revista.
Em seguida, fazer uma analise por escrito da revista, seguindo o roteiro
de análise.
22
3.6 RECURSOS
Revistas diversas.
Roteiro para analise da revista.
3.7 DURAÇÃO
Tempo previsto: 04 aulas.
3.8 ROTEIRO PARA ANÁLISE DA REVISTA I
1) Informações/apresentação da revista (nome, edição, número, mês
ano e editora, etc.)
2) Sobre a capa da revista responda:
a) Quem são os personagens
b) Pessoas famosas ou comuns
c) Negros ou brancos
d) As cores utilizadas na capa
e) São atraentes
f) Muito colorida
g) Opinião sobre as cores utilizadas nesta capa.
h) As reportagens de destaque que está na capa
3) Folheie a revista e verifique:
a) Aparece afrodescendentes na revista (Muitos, poucos, nenhum)
b) Se aparece, em qual seção
c) Anônimo/a ou famoso/a
d) A reportagem de destaque da capa é interessante
e) Assunto tratado
f) Idéia central
g) Chamou mais a sua atenção
4) Sobre as propagandas
a) Tipos de propaganda que aparece em sua revista
b) Propagandas são realizadas por afrodescendentes (tipo, Sobre
o que).
23
5) Sobre as reportagens/entrevistas
a) Tipos de reportagem da revista
b) Tema central dessas reportagens
c) Tipo de entrevista
d) Pessoas entrevistas (quem são famosos/anônimos,
afrodescendente/branco, tema central da entrevista)
6) Faça uma analise critica da revista que você que você escolheu.
3.9 REFERÊNCIAS
CAINELLI, Marlene. Educação histórica: perspectivas de Aprendizagem da História no Ensino Fundamental. Educar em revista. Curitiba, n. Especial, p. 57-72, 2006. (Dossiê Educação Histórica).
PARANÁ. Secretaria de Estado de Educação. Departamento de educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica História. Curitiba, 2008.
RAMOS, Márcia Elisa Teté. O ensino de história na revista nova escola (1986-2002): cultura midiática, currículo e ação docente. 2009. Tese (Doutorado em Educação) - Universidade Federal do Paraná, Curitiba.
ROMANELLO, Jorge Luís. A natureza no discurso fotográfico da revista o cruzeiro: paisagens e imaginários no Brasil desenvolvimentista. 2006. Tese (Doutorado em História) - Faculdade de Ciências e Letras, UNESP, Campos de Assis. Assis.
24
4 ROTEIRO DO QUARTO ENCONTRO DISCIPLINA/ÁREA PDE: História
IES: Universidade Estadual de Londrina – UEL
NRE: Londrina
ESCOLA DE IMPLEMENTAÇÃO: Colégio Estadual Profª Cléia de Godoy Fabrini da
Silva – Ensino Fundamental e Médio.
PÚBLICO ALVO: Alunos e alunas da oitava série do Ensino Fundamental
PROFª: Rosangela Brambila Yasutake
ORIENTADORA: Profª e Drª Edméia Ribeiro
4.1 INTRODUÇÃO
As revistas, que faz parte dos meios midiáticos, estão presentes no dia
a dia do alunado (a), utilizando-se de uma linguagem mais simples, de uma
representação gráfica, de coloridos, que chamam a atenção deste público
consumidor. Esses periódicos de certa forma acabam influenciando na maneira de
ser, pensar, vestir, embute valores a esses alunos e alunas, como afirma Ramos
(2009, p. 2):
Sobre as conexões entre mídia e escola, são mais recorrentes as pesquisas que consideram a influência dos artefatos midiáticos no modo do alunado construir as noções de classe, etnia, gênero, nacionalidade sexualidade e raça.
Se as revistas conseguem exercer um fascínio sobre seus leitores e
leitoras, influenciando em comportamentos, porque não trazê-la para o nosso lado?
Afinal podemos utilizá-las em nosso favor, ensinando nossos/as alunos/as a terem
uma postura mais crítica com este veiculo de comunicação, com a sociedade em
que vive, com a economia e com a política de seu país e do mundo.
Em janeiro de 2003, no governo de Luis Inácio Lula da Silva, foi
regulamentada a Lei 10.639/2003, que estabelecia as Diretrizes Curriculares
Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História
25
e Cultura Afro-Brasileira. Em março de 2008 a Lei 10.639/2003, foi alterada pela Lei
11.645/2008 que estabelece a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-
Brasileira e Indígena.”
Levando em consideração as questões anteriormente mencionadas,
neste trabalho, será analisada a Revista Raça Brasil, como fonte e objeto de
pesquisa. O foco de análise são suas mudanças e permanências editoriais ao longo
de seus 15 anos de existência. Este interesse deu-se ao perceber a transformação
no seu perfil, que no início tinha um caráter mais voltado para o entretenimento e
comportamento, e que ao longo dos anos optou-se por privilegiar a informação.
4.2 TEMA
A Revista Raça Brasil como fonte histórica em sala de aula: suas mudanças e
permanências.
4.3 OBJETIVOS
a) Levar os/as alunos/as a observar as mudanças e permanências da
Revista Raça Brasil.
b) Levar os/a alunos/as a ler, manusear a revista Raça Brasil de modo
critico.
c) Fazer uma analise por escrito da revista, seguindo o roteiro de
análise.
4.4 ESTRATÉGIAS
Será entregue aos grupos de alunos/as dois ou mais exemplares da
Revista Raça Brasil, sendo um exemplar mais antigo e outro atual, para analise da
mesma.
Os grupos deverão fazer uma analise geral da revista, destacando as
impressões que tiveram sobre o periódico, seguindo um roteiro de analise.
26
4.5 ATIVIDADES
Os/as alunos/as irão analisar a Revista Raça Brasil, seguindo um
roteiro de analise fornecido pelo/a professor/a.
Em seguida será aberto um debate onde os alunos/as deverão expor o
resultado da análise feita sobre a revista, fazendo uma comparação com os
periódicos mais antigos com os atuais, essas análises deverão também ser entregue
por escrito para o/a professor/a.
4.6 RECURSOS
Revista Raça Brasil.
Roteiro para analise da revista Raça Brasil.
4.7 DURAÇÃO
Tempo previsto: 05 aulas.
4.8 ROTEIRO PARA ANÁLISE DA REVISTA II
Sobre a Revista Raça Brasil responda:
1) O ano, mês, edição da Revista Raça Brasil que você tem em mãos
2) Nome da editora da revista
3) Responsável pela revista, Sobre o que escreve
4) Sobre a capa da Revista Raça Brasil, responda;
a) Significado da palavra “raça”, que a revista utiliza
b) As cores predominantes desta capa, em sua opinião, porque
utilizaram essas cores
c) Personagens da capa
d) Famosos, ou pessoas comuns (anônimos)
e) Negros ou brancos
f) Reportagem de destaque da capa
g) Tema central desta reportagem (interessante, era o que você
esperava?)
27
5) Sobre as propagandas
a) Tipos de propaganda que aparece revista Raça Brasil
b) Propagandas que são realizadas por afrodescendentes (Que
tipo, Sobre o que)
c) propagandas realizadas por brancos (Que tipo, produto)
d) Faça uma analise sobre as propagandas que aparecem
afrodescendentes e as que aparecem brancos, faça uma
comparação.
6) Sobre as reportagens/entrevistas
a. tipo de reportagem a revista traz
b. O tema central dessas reportagens
c. Essas reportagens estão relacionadas com brancos ou
afrodescendentes
d. Tipo de entrevista a revista traz
e. As pessoas entrevistas (Algum afrodescendente? Algum
branco? É anônimo/a ou famoso/a? Qual foi o tema central
dessa entrevista?
f. De maneira geral, os temas das entrevistas
7) Sobre o sumário da revista (Como vem organizado?
4.9 REFERÊNCIAS ABREU, Martha; MATTOS, Hebe; DANTAS, Carolina Vianna. Em torno do passado escravista: As Ações Afirmativas e os Historiadores. Antíteses, Ahead of Print, .v.3, n.5, jan.-jun. de 2010. Disponível em:<http:/www.uel.br/revistas/uel/index.php/ antiteses>. Acesso em: 10 mar. 2010.
CADERNOS PAGU (6-7). Gênero e raça, em revista: debate com os editores da Revista Raça Brasil. 1996
BRASIL. Ministério da Educação e Cultura. Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade Subsecretaria de Políticas de Ações Afirmativas. Plano Nacional de Implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação das Relações Etnicorraciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana. 2009. Disponível em: <www.mp.pe.gov.br/uploads/ .../ planonacional_10.6391.pdf>. Acesso em: 7 abr. 2011.
28
PARANÁ. Secretaria de Estado de Educação. Departamento de educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica História. Curitiba, 2008.
RAMOS, Márcia Elisa Teté. O ensino de história na revista nova escola (1986-2002): cultura midiática, currículo e ação docente. 2009. Tese (Doutorado em Educação) - Universidade Federal do Paraná, Curitiba.
29
5 ROTEIRO DO QUINTO ENCONTRO
DISCIPLINA/ÁREA PDE: História
IES: Universidade Estadual de Londrina – UEL
NRE: Londrina
ESCOLA DE IMPLEMENTAÇÃO: Colégio Estadual Profª Cléia de Godoy Fabrini da
Silva – Ensino Fundamental e Médio.
PÚBLICO ALVO: Alunos e alunas da oitava série do Ensino Fundamental
PROFª: Rosangela Brambila Yasutake
ORIENTADORA: Profª e Drª Edméia Ribeiro
5.1 INTRODUÇÃO
As revistas, que faz parte dos meios midiáticos, estão presentes no dia
a dia do alunado (a), utilizando-se de uma linguagem mais simples, de uma
representação gráfica, de coloridos, que chamam a atenção deste público
consumidor. Esses periódicos de certa forma acabam influenciando na maneira de
ser, pensar, vestir, embute valores a esses alunos e alunas, como afirma Ramos
(2009, p. 2):
Sobre as conexões entre mídia e escola, são mais recorrentes as pesquisas que consideram a influência dos artefatos midiáticos no modo do alunado construir as noções de classe, etnia, gênero, nacionalidade sexualidade e raça.
Se as revistas conseguem exercer um fascínio sobre seus leitores e
suas leitoras, influenciando em comportamentos, porque não trazê-la para o nosso
lado? Afinal podemos utilizá-las em nosso favor, ensinando nossos alunos e alunas
a terem uma postura mais crítica com este veiculo de comunicação, com a
sociedade em que vive, com a economia e com a política de seu país e do mundo.
Em janeiro de 2003, no governo de Luis Inácio Lula da Silva, foi
regulamentada a Lei 10.639/2003, que estabelecia as Diretrizes Curriculares
30
Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História
e Cultura Afro-Brasileira. Em março de 2008 a Lei 10.639/2003, foi alterada pela Lei
11.645/2008 que estabelece a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-
Brasileira e Indígena.”
Levando em consideração as questões anteriormente mencionadas,
neste trabalho, será analisada a Revista Raça Brasil, como fonte e objeto de
pesquisa. O foco de análise são suas mudanças e permanências editoriais ao longo
de seus 15 anos de existência. Este interesse deu-se ao perceber a transformação
no seu perfil, que no início tinha um caráter mais voltado para o entretenimento e
comportamento, e que ao longo dos anos optou-se por privilegiar a informação.
5.2 TEMA
A Revista Raça Brasil como fonte histórica em sala de aula: suas mudanças e
permanências.
5.3 OBJETIVOS
a) Levar os/as alunos/as a observar as mudanças e permanências da
Revista Raça Brasil
b) Elencar as mudanças e permanências da Revista Raça Brasil
c) Fazer uma analise critica das mudanças e permanências da revista
Raça Brasil, levantando seus aspectos positivos e negativos.
d) Fazer uma analise por escrito da revista, seguindo o roteiro de
análise.
5.4 ESTRATÉGIAS
Os/as alunos/as em grupos irão analisar a totalidade das revistas, no
sentido de perceber mudanças e permanências no aspecto editorial da Revista Raça
Brasil, seguindo um roteiro que será fornecido pelo professor.
Eles receberão duas revistas: uma antiga e outra atual para fazer a
analise de mudanças e permanências da Revista Raça Brasil em seus quinze anos
de história.
31
5.5 ATIVIDADES
Os/as alunos/as deverão fazer uma analise da revista Raça Brasil
seguindo o roteiro proposto pelo/a professor/a, e depois de responder roteiro, os
mesmos/as deverão fazer uma analise sobre o periódico, destacando suas
mudanças e permanências e a impressão que tiveram do mesmo.
Nesta atividade será aberta uma discussão, e os discentes também deverão
entregar suas anotações por escrito ao professor.
5.6 RECURSOS
Revista Raça Brasil.
Roteiro para analise da Revista Raça Brasil.
5.7 DURAÇÃO
Tempo previsto: 04 aulas.
5.8 ROTEIRO PARA ANALISE DA REVISTA RAÇA BRASIL (III)
Sobre a Revista Raça Brasil responda:
1) O ano, mês, edição, editora da Revista Raça Brasil que você tem
em mãos,
2) Analisando o sumário da revista, o que mudou o que permanece?
3) Faça uma analise comparativa das capas e destaque suas
mudanças e permanências.
4) Sobre as entrevistas, faça uma comparação sobre os temas
centrais, pessoas que são entrevistadas
5) Com relação às reportagens, existe alguma diferença entre os
periódicos (mais antigos e atuais)
6) Sobre as matérias que a revista traz o que permanece, o que não
faz mais parte da revista
7) Tipo de público que a revista atendia nos exemplares mais antigos,
e nos atuais.
32
8) Com relação às propagandas percebe-se alguma mudança.
Descreva.
9) Faça uma analise geral sobre a revista Raça Brasil, destacando
suas mudanças e permanências.
10) Em sua opinião, em que momento a revista é mais interessante:
primeiras ou atuais. Por que.
11) Faça um quadro comparativo sobre os exemplares analisados
5.9 REFERÊNCIAS
ABREU, Martha; MATTOS, Hebe; DANTAS, Carolina Vianna. Em torno do passado escravista: As Ações Afirmativas e os Historiadores. Antíteses, Ahead of Print, v.3, n.5, jan.-jun. de 2010. Disponível em:<http:/www.uel.br/revistas/uel/index.php/ antiteses>. Acesso em: 10 mar. 2010.
CADERNOS PAGU (6-7). Gênero e raça, em revista: debate com os editores da Revista Raça Brasil. 1996
HADDAD, Fernando; SANTOS, Edson. Plano Nacional de Implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação das Relações Etnicorraciais e para o Ensino de História e Cultura Afrobrasileira e Africana. Brasília: Secad/MEC, 2009. Disponível em:<www.mp.pe.gov.br/uploads/.../planonacional_ 10.6391.pdf>. Acesso em: 7 abr. 2011.
PARANÁ. Secretaria de Estado de Educação. Departamento de educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica História. Curitiba, 2008.
RAMOS, Márcia Elisa Teté. O ensino de história na revista nova escola (1986-2002): Cultura Midiática, Currículo e Ação Docente. 2009. Tese (Doutorado em Educação) - Universidade Federal do Paraná, Curitiba.
33
6 ROTEIRO DO SEXTO ENCONTRO DISCIPLINA/ÁREA PDE: História
IES: Universidade Estadual de Londrina – UEL
NRE: Londrina
ESCOLA DE IMPLEMENTAÇÃO: Colégio Estadual Profª Cléia de Godoy Fabrini da
Silva – Ensino Fundamental e Médio.
PÚBLICO ALVO: Alunos e alunas da oitava série do Ensino Fundamental
PROFª: Rosangela Brambila Yasutake
ORIENTADORA: Profª e Drª Edméia Ribeiro
6.1 INTRODUÇÃO
No dia 20 de novembro comemora-se o Dia Nacional da Consciência
Negra, em homenagem à morte de Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares. A
semana dentro da qual esse dia está inserido, recebe o nome de Semana da
Consciência Negra.
Esta data foi estabelecida pelo projeto lei número 10.639, no dia 9 de
janeiro de 2003. Foi escolhida a data de 20 de novembro, pois foi neste dia, no ano
de 1695, que morreu Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares.
O dia é celebrado desde a década de 1960, embora só tenha ampliado
seus eventos nos últimos anos.
O dia da consciência negra é uma forma de lembrar o sofrimento dos
negros ao longo da história, desde a época da colonização do Brasil, tentando
garantir seus direitos sociais.
O objetivo da homenagem é promover a reflexão sobre a inserção do
negro na sociedade brasileira, como modo de reduzir o racismo e a discriminação.
O dia da consciência negra também é marcado pela luta contra o
preconceito racial, contra a inferioridade da classe perante a sociedade, além de
temas como mercado de trabalho, discriminação política, moda e beleza negra,
etnias, homenagens a negros que se destacaram.
34
Dos 5.564 municípios brasileiros, 757 adotam o dia 20 de novembro,
dia da Consciência Negra, como feriado, segundo a Secretaria Especial de Políticas
de Promoção da Igualdade Racial. Além dos que decretaram feriado, outros
municípios transformaram a data em ponto facultativo.
6.2 TEMA
A Revista Raça Brasil como fonte histórica em sala de aula: suas
mudanças e permanências.
6.3 OBJETIVOS
Socializar com a comunidade escolar o trabalho realizado com os/as
alunos/as sobre a Revista Raça Brasil.
6.4 ESTRATÉGIAS
Os/as alunos/as farão uma exposição oral e escrita a comunidade
escolar na comemoração do Dia Nacional da Consciência Negra.
Os/as alunos/as apresentarão uma revista confeccionada pelos
mesmos sobre os temas trabalhados em sala: A Lei 10.639/03 e a Lei 11.645/2008,
conceito, de raça, preconceito, e outros temas escolhidos pelos próprios alunos/as.
Também apresentarão a comunidade escolar, a análise da revista
escolhida pelos/as próprios/as alunos/as, e análise da Revista Raça Brasil.
6.5 ATIVIDADES
Elaboração de uma revista
Exposição oral e escrita dos temas estudados
6.6 RECURSOS
Cartolinas, Revista Raça Brasil, revistas diversas, papel sulfite.
6.7 DURAÇÃO
Tempo previsto: 10 aulas
35
6.8 REFERÊNCIAS
DIA da consciência negra: o que falta para superar o preconceito? Disponível em:<http://www..jornaldedebates.uol.com.br/.../dia-consciencia-negra.../11879?...>. Acesso em: 14 maio 2011.
DIA NACIONAL DA CONSCIENCIA NEGRA. 20 de novembro. Brasil Escola. Exposição de uma história de discriminação. Disponível em: <http://www.brasilescola.com>. Acesso em: 14 maio 2011.
EM QUANTAS cidades é feriado dia 20 de novembro? Por editores Howstuffworks Brasil. Disponível em:<http://www.pessoas.hsw.uol.com.br>. Acesso em: 15 maio 2011.
WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. Dia da consciência negra. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Dia da Consciência negra>. Acesso em: 14 maio 2011.