Segunda-Feira, 7deMarço de 2016 B9 saúde ciência Consumo de remedio sem... · DIRETO DA...

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DIRETO DA PRATELEIRANúmeros e fatos da indústria de medicamento isentos de prescrição

MIPMedicamentos isentos deprescrição ou OTC (over-the--counter, sobre o balcão, na siglaem um inglês) são aquelesque podem ser vendidossem receita médica e que,

para isso, deve serbastante conhecido

FacilidadePodem tratar uma

série de casos simplescomo resfriados,

pancadas e dores decabeça, por exemplo.Geralmente não são de

uso contínuo

PerigoMesmo com baixa chancede dar algo de errado,

ainda existem riscos comoreações alérgicas e efeitos

indesejados. Nessescasos, o ideal é buscar

auxílio médico

TIPOS DE MEDICAMENTOS MAISVENDIDOS EM 2015(em unidades)

Ranking

12345678910

Finalidade/aplicação

Dor em geralRelaxamentomuscular (tópico)Gripes e resfriadosDoenças gástricasCombater a tosseLaxantesDesinfecção de pele e feridasCuidado com os olhosVitamina CAlergia e problemas respiratórios

PRODUTOSMAIS VENDIDOS EM 2015(em unidades)

Ranking

12345678910

Medicamento (Fabricante)

Dorflex (Sanofi)Salonpas (Hsamitsu)Dipirona sódica (Hypermarcas)Buscopan composto (Boehringer Ing)Dipimed (Medquímica)Histamin (Hypermarcas)Vick Vaporub (Procter & Gamble)Expec (EMS)Maxalgina (Natulab)Neosaldina (Takeda)

UNIDADES VENDIDAS, emmilhões

600

737

874

1.011

20152014201320122011

705765

868930

1.01130%

é o que representaa venda dos MIPs

nomercadofarmacêutico

saúde+ciênciaEF

Segunda-Feira, 7 de Março de 2016 B9

GABRIEL ALVESde SÃOPAULO

Todo mundo sabe de coruma lista de seus medica-mentos isentosdeprescriçãofavoritos: temaqueleparadorde cabeça, o que alivia a dormusculareosqueservempa-raaqueimaçãonoestômago.A busca por essas drogas

sóvemcrescendonopaís—ehá a expectativa de que au-mente aindamais, com umanova regra da Anvisa (Agên-ciaNacionaldeVigilânciaSa-nitária) em vista.De2014para2015,oconsu-

mo dos remédios conhecidoscomo OTC (over the counter,quesignifica“emcimadobal-cão”, ou seja, sem o intermé-diodeumfarmacêutico)subiu14%. Em anos anteriores, ocrescimentotambémsuperoudoisdígitos (veja infográfico).Essemercadocorresponde

hoje a R$ 16,4 bilhões e ven-demaisde 1bilhãodeunida-

des anuais —corresponden-tesaumterçodo totaldeven-das demedicamentos.Caso a Anvisa aprove uma

nova regra que facilite atransformação de medica-mentos tarja vermelha (queprecisam de receita médica)emOTCs, essa fatia pode au-mentar mais, segundo JonasMarques, presidente da Abi-mip (Associação Brasileiradas Indústrias de Medica-mentosIsentosdePrescrição)—aindaquemuitasdrogasdetarja vermelha já sejam ven-didas na prática sem receita.A nova resolução pode

ainda acelerar a entrada denovos medicamentos semprescrição no mercado, jáqueelaprevêaaprovaçãodoprincípio ativo —desse mo-do, não seria necessário quecada fabricanteentrassecomum pedido diferente.

riscosUm candidato amudar de

categoria para OTC é o ome-prazol,medicamentobastan-te utilizado para desconfor-tos estomacais.No entanto, seu uso pro-

longado pode causar o cha-mado efeito rebote: quandoé interrompido, os sintomas

voltam agravados.Especialmente em idosos,

ouso crônicodadroga leva àdiminuição da absorção devitaminaB12, causandodefi-cit de concentração, confu-são mental, anemia e até al-terações de ritmo cardíaco.Alémdisso,algunsanalgé-

sicoseanti-inflamatóriospo-demcausar alergias, sangra-mentos (especialmente emhipertensos) e trazer prejuí-zos à saúde de pacientes re-nais, comproblemasde fíga-do e diabéticos.“Se o médico receitou, a

pessoapodeusar.Mas é fun-damental se consultar detempos em tempos para ga-rantir que os medicamentossem prescrição que são usa-dos regularmente podem seringeridos sem risco”, dizAn-tonioCarlosLopes,professortitulardaUnifespepresiden-tedaSociedadeBrasileiradeClínica Médica.Ocrescimentodomercado

dosOTCs,avaliaLopes,acon-teceupor causadeumadete-rioraçãodosistemadesaúde—não hámédicos para aten-der a todos.Já a indústria defende a

ideia de “autocuidado”, se-gundo a qual o paciente, co-

nhecendooprópriocorpo,se-ria capaz de tomar decisõescomo a de escolher um anal-gésico para dor de cabeça.“A classe médica se inco-

modacomadivulgaçãodein-formações sobre remédiospara o consumidor, e nós se-guimos as regras da Anvisadequeotomtemquesermui-to mais explicativo do quevendedor”,dizCesarBentim,diretor da unidade de medi-camentos isentos de prescri-ção do Aché Laboratórios.Mas é certo que ampliar a

oferta de OTCs significa emaumento na receita. Hoje,11% da receita do Aché pro-vém destes remédios, masBentim diz que essa parcelapodechegarnacasados25%.Apesardobaixorisco,exis-

te uma série de recomenda-çõespara evitar problemas.Aprimeira, por mais óbvia quepareça,é lerabula.Outraésótomar o medicamento en-quantohouversintoma.Ater-ceira, menos conhecida, énunca tomar dois remédioscomomesmoprincípio ativo.Na piora dos sintomas ou

noaparecimentodedoresagu-das ou de efeitos indesejados(comomanchasnapele),ousodeve ser interrompido.

Há, no entanto, riscosrelacionados à ingestãodosmedicamentossem receita, comosangramento e alergia

Segurança é critériomais forte para inclusãodeumanovadrogana categoria

Consumode remédio semprescrição cresce no país

de SÃO PAULO

Um jogo sem fime semga-nhadores que levaria quatrobilhõesdeanosparasercom-pletamente explorado é umdos lançamentosmaisaguar-dados da indústria do video-game nas últimas décadas.Desenvolvidopeloestúdio

independente Hello Games,o jogo “No Man’s Sky” [Céudeninguém,R$130,disponí-vel para Windows e Playsta-tion 4] trabalha comumuni-verso aberto —quando os jo-gadores podem fazer seuspróprios caminhosnomapa,semseguirumroteiroestabe-lecido—commaisde18quin-tilhões (1.8×1019) de plane-tas, muitos deles com a suaprópria fauna, flora e especi-ficidades geológicas.Em “No Man’s Sky”, você

joga como um astronauta abordo de uma espaçonave epercorre cenários que são aomesmo tempo nostálgicos efuturistas —são uma versãonostálgica sobre o futuro.Cada jogador inicia sua

viagem em um planeta des-conhecidoeéaprimeirapes-soaacaminharsobreasuper-fície daquele planeta.A partir daí, fica a critério

do jogador: é possível explo-

rar o planeta ou seguir parao próximo. As estrelas vistasna tela não sãomero enfeite,são planetas “reais” onde ojogador pode pousar (tudosema interrupçãodeuma te-la de carregamento).Oceanos profundos e de-

sertos habitados por larvascarnívorasgigantes sãoalgu-mas das coisas que os explo-radorespodemencontrarnosplanetas virtuais.Mesmo assim, há uma do-

se de realismo e poucos pla-netas possuem formas de vi-da. Além disso, o que deter-minaaexistênciadevidasãofatores lógicos:planetasmaispróximos do Sol provavel-mente serão desérticos, en-quanto os mais distantes se-rão frios demais para abrigarvida e assim por diante.O universo do jogo é gera-

do processualmente, isto é,os planetas não existem atéque se chegue a eles, e sãoconstruídosaospoucos, comum processador 64-bit.

O jogo não temumobjeti-vo final, mas a ideia é alcan-çaro centrodagaláxia, oquelevaria40horassemfazerne-nhumaatividadeextranoca-minho, segundooprograma-dor Sean Murray, criador de“NoMan’s Sky”.

Jogo levaria quatrobilhões de anospara ser exploradoCommapa quase sem limites, “NoMan’sSky” será lançado noBrasil no dia 24/06

Com um quintilhão demundos diferentes a serem explorados, jogadores provavelmente nunca se encontrarão

divulgação

marcia.aparecida
Highlight
marcia.aparecida
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