Seminário 01 - Para além do autoritarismo

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Avaliação Educacional Escolar: para além do autoritarismo

Universidade Federal da Paraíba Campus IV – Litoral Norte

Licenciatura em Ciência da computação

Avaliação Educacional Escolar: para além do autoritarismo

Jonnathan FinizolaRobson Soares de Lima

Disciplina: Avaliação da aprendizagemProfessor: Joseval Miranda

Abordagem da apresentação

• Pedagogia tradicional.• Pedagogia renovada ou escanovista.• Pedagogia tecnicista.• Pedagogia libertadora.• Pedagogia libertária.• Pedagogia dos conteúdos

socioculturais.

4. Autoridade x autoritarismo

2. Pedagogias hegemônicas

3. Domesticação x humanização

1. Introdução

5. A atual prática da avaliação educacional escolar6. Conclusão

Introdução

4

• A avaliação da aprendizagem e a avaliação educacional são meios e não fins entre si .

• Elas não são aplicadas gratuitamente, estão a serviço de uma pedagogia(concepção teórica da educação).

• Atualmente, elas são aplicadas de maneira ingênua e inconsciente sendo apenas considerada uma atividade neutra, sem está a serviço de um modelo teórico de sociedade e educação.

• A prática escolar predominante hoje se realiza dentro de um modelo teórico de compreensão que pressupõe a educação como um mecanismo de conservação e reprodução da sociedade.

• O autoritarismo entra como fator necessário para a garantia desse modelo social e consequentemente, a prática da avaliação se manifesta de forma autoritária.

Pedagogias hegemônicas

• As pedagogias hegemônicas se difundiram historicamente nos períodos subsequentes à Revolução Francesa e ainda estão a serviço desse modelo social .

• A avaliação educacional em geral e a da aprendizagem em específico, contextualizadas dentro dessas pedagogias, estiveram e estão instrumentalizadas pelo mesmo entendimento teórico-prático da sociedade.

• Simplificando, podemos dizer que o modelo liberal conservador da sociedade produziu três pedagogias diferentes, mas relacionadas entre si com o mesmo objetivo: conservar a sociedade na sua configuração e estão divididas em:

• A pedagogia tradicional: centrada no intelecto e na transmissão de conteúdo.• Pedagogia renovada ou escolanovista: centrada nos sentimentos, na

espontaneidade da produção do conhecimento. • Pedagogia tecnicista: centrada na prática dos meios técnicos de transmissão e

apreensão dos conteúdos e no princípio do rendimento.

Pedagogia tradicional

• A tendência tradicional predomina predomina há quatro séculos e meio de existência da nação brasileira que sempre se caracterizou pelo intelectualismo.

• A pedagogia tradicional preocupa-se como universalização do conhecimento.

• Treinos intensivos, a memorização e a repetição são as formas pelas quais o professor, considerado detentor de todo o saber, transmite o conhecimento.

• O aluno é quem toma uma postura passiva nesse modelo de pedagogia, pois ele é considerado uma folha em branco que gradativamente vai ser preenchida com os conteúdos transmitidos pelo professor.

• A aprendizagem se torna artificial, seguindo a filosofia: “memorizar e reproduzir do mesmo jeito para ganhar nota”.

• A avaliação é centrada no produto odo trabalho.Imagem 1. Escola não é lugar dessas coisas.

Pedagogia renovada ou escanovista

• A pedagogia renovada é também conhecida como Pedagogia Nova, Escolanovista ou Escola Nova.

• A necessidade de democratizar a sociedade fez com que o movimento da escola nova acontecesse paralelamente a pedagogia tradicional nas urgente de reformas educacionais.

• Seu principal objetivo é o desenvolvimento da criatividade.• Procura desenvolver a inteligência, priorizando o sujeito,

considerando-o inserido numa situação social• Porém na tentativa da busca exagerada da criatividade do aluno,

muitos professores desviam-se da real proposta da Escola Nova.• O professor atua como facilitador.• Atenção ao método na combate ao diretivismo, à qualidade e não

a quantidade, ao processo e não ao produto.

Imagem 2. Valorização do saber do aluno.

Pedagogia tecnicista

• Surge nos Estados Unidos na segunda metade do século XX e chega ao Brasil entre as décadas de 60 e 70, inspiradas nas teorias behavioristas da aprendizagem.

• Tinha o objetivo de moldar a sociedade à demanda industrial e tecnológica da época.

• Encontrava-se de acordo com o modelo capitalista, fazendo-o parte de sua engrenagem proporcionando, dentro desse sistema, formar “indivíduos competentes para o mercado de trabalho.

• O professor não era valorizado assim como o aluno não era, mas, sim, a tecnologia, a indústria e o capital.

• O professor torna-se o especialista, responsável por “passar” ao aluno verdades científicas e incontestáveis.

• Essa proposta foi utilizada durante o regime militar do país, onde era necessário qualificar tecnicamente pessoas para as indústrias.

Imagem 3. Aprendizado técnico.

Pedagogia tecnicista

• Nesse modelo temos o formato behaviorista de ensino onde eram utilizados estímulos, reforços negativos e positivos para se obter a resposta desejada.

• O comportamento do sujeito era moldado e também era controlada sua conduta individual.

• Era ensinado apenas o necessário para que os indivíduos pudessem atuar de maneira prática em suas atividades.

• Os conteúdos estavam embasados na objetividade do conhecimento e os métodos eram programados passo-a-passo com uso de livros didáticos.

• O diálogo entre professor e aluno era apenas técnico, com o intuito de transmitir o conhecimento de maneira eficaz.

• A avaliação estava pautada na verificação formal, analisando a realização dos objetivos propostos.

• Esse tipo de pedagogia ainda é utilizado nos dias de hoje.

Imagem 3. Aprendizado técnico.

Pedagogia libertadora

Imagem 4. Paulo Freire e a organização políticados alunos.

Possui como foco nos estudos de Paulo Freire pela emancipação das classes populares através da conscientização cultural e política fora dos muros da escola; por isso mesmo, destinada fundamentalmente à educação de adultos.

Pedagogia libertadora

Imagem 4. Paulo Freire e a organização políticados alunos.

• Nesse modelo, o homem cria a cultura na medida em que, integrando–se na condições de seu contexto de vida, reflete sobre ela e dá respostas aos desafios que são encontrados.

• Também conhecida como Pedagogia do Oprimido: fazer da opressão e suas causas o objetivo de sua reflexão.

• Abordagem interacionista.

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Pedagogia libertadora

Imagem 4. Paulo Freire e a organização políticados alunos.

• Alunos e professor dialogam em  condições de igualdade, desafiados por situações-problemas que devem compreender e solucionar; libertação de opressões, identidade cultural de aluno; estética do cotidiano; educação artística abrange aspectos contextualistas.

• Auto avaliação ou avaliação mútua. • O conhecimento é construído através da interação entre

professores e alunos.

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Pedagogia libertária

Imagem 5. Educando e sua auto gestão.

A pedagogia libertária espera que a escola exerça uma transformação na personalidade dos alunos, num sentido libertário e autogestionário em que ela o institui, com base na participação dos grupos, mecanismos institucionais de mudança, através de assembleias, conselhos, eleições, reuniões e associações.

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Pedagogia dos conteúdos socioculturais

Imagem 4. Professor Dermeval Saviani.

Representada pelo grupo do professor Dermeval Saviani, centrada na ideia de igualdade, de oportunidade para todos no processo de educação e compreensão de que a prática educacional se faz pela transmissão e assimilação dos conteúdos de conhecimentos sistematizados pela humanidade e na aquisição de habilidades de assimilação e transformação desses conteúdos.

Domesticação X Humanização

• Pedagogia libertadora• Pedagogia libertária• Pedagogia sociocultural

• Pedagogia tradicional• Pedagogia renovada ou escolanovista• Pedagogia tecnicista

• De um lado, as pedagogias que pretendem a conservação da sociedade e, por isso, propõem um adaptação e o enquadramento dos educandos no modelo social e, de outro, as pedagogias que pretendem oferecer ao educando meios pelos quais possa ser sujeito desse processo e não objeto de ajustamento.

• Esses dois grupos de pedagogias, circunstâncializados pelos dois modelos sociais, exigem duas práticas diferentes de avaliação:• A prática da avaliação dentro do modelo liberal conservador terá de ser obrigatoriamente

autoritária.• A prática da avaliação nas pedagogias preocupadas com a transformação social deverá

está atenta a modos de superação dos autoritarismo e ao estabelecimento da autonomia do educando.

Autoridade X Autoritarismo

Video 1. Ivanilde Moreira é Pós-graduada em Docência Universitária. Mestre em Linguística Aplicada (Unicamp). 

A atual prática da avaliação educacional escolar

• A avaliação, de maneira geral, pode ser caracterizada como forma de ajuizamento da qualidade do objeto avaliado.

• (Luckesi, 1978) “define a avaliação como um julgamento de valor sobre manifestações relevantes da realidade, tendo em vista uma tomada de decisão”.

• Em primeiro lugar ela é juízo de valor o que significa uma afirmação qualitativa sobre o dado objeto a partir de critérios pré-estabelecidos;

• Em segundo lugar, esse julgamento se faz com base nos caracteres relevantes da realidade (do objeto da avaliação);

• Em terceiro lugar, a avaliação conduz a uma tomada de decisão (quando se trata de um processo, como é o caso da aprendizagem).

• A avaliação com função classificatória constitui e um instrumento instrumento estático e frenador no processo de crescimento.

• A avaliação com função diagnóstica será o momento dialético de senso, onde pode ser encontrado meios para direcionar o indivíduo ao crescimento.

Conclusão

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• Um educador que se preocupe com que a sua prática educacional esteja voltada para a transformação não poderá agir inconsciente e irrefletidamente.

• Cada passo de sua ação deverá está marcado por uma decisão clara e explícita do que está fazendo e para onde possivelmente está caminhando os resultados de sua ação.

• A avaliação nesse contexto não poderá ser uma ação mecânica, ao contrário, terá de ser uma atividade racionalmente definida dentro de um encaminhamento político e decisório a favor da competência de todos para a participação democrática da vida social.

Referências

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• http://www.cedap.assis.unesp.br/cantolibertario/textos/0145.html. Acessado em 01 de julho de 2014.

• LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação Educacional Escolar: para além do autoritarismo. In: LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e proposições.22.Ed. São Paulo: Cortez, 2011, p.61-65.

• Video 1. Ivanilde Moreira. Autoridade x autoritarismo(2012). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=OVawHECyEtM. Acesso em: 29 de junho de 2014.