Sistem Assx

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• O sistema financeiro

Compreende o conjunto de instituições financeiras que asseguram, essencialmente, a canalização da poupança para o investimento nos mercados finananceiros, através da compra e venda de produtos financeiros.

Estas instituições asseguram um papel de intermediação entre os agentes económicos que, num dado momento, se podem assumir como aforradores e, noutros momentos, como investidores.

Importância na Actividade Económica

As sociedades inventaram a moeda para facilitar a actividade económica.

A moeda permite que alguém ceda algo sem que tenha que receber em troca um produto específico. A inexistência de um sistema bancário bem estruturado não permitiria a circulação da moeda, sendo também mais difícil a criação de mercados de bens e serviços, bem como a circulação de pessoas e bens.

Os Agentes Económicos

Os agentes económicos são todos os indivíduos, instituições ou conjunto de instituições que, através das suas decisões e acções, tomadas racionalmente, intervêm num qualquer circuito económico. Apesar de terem funções diferenciadas no circuito económico, de produção, de consumo ou de investimento, estabelecem entre si relações económicas essenciais:

EstadoQue toma decisões de consumo, de investimento e de política económica;

FamíliasQue tomam decisões sobre o consumo de bens e serviços e de poupança, mediante os rendimentos auferidos;

EmpresasQue tomam decisões sobre investimento, sobre produção e a oferta de trabalho.

Estes três agentes, em conjunto com as instituições financeiras, fazem parte de uma Economia Fechada. Contudo, e cada vez mais, deve considerar-se um quarto agente, o Exterior, com os quais os restantes agentes económicos nacionais estabelecem, num quadro de Economia Aberta, relações económicas intensas.

Como funciona?Rendimento, Poupança e Consumo

Nas sociedades modernas, todas as entidades que intervêm nas relações económicas são chamadas de Agentes Económicos. Todos estes agentes – Estado, Famílias e Empresas – auferem rendimentos.

A que se destinam os rendimentos destes agentes económicos?

Em primeiro lugar, destinam-se ao pagamento das denominadas contribuições obrigatórias que são, essencialmente, para as empresas e para as famílias, os impostos e a segurança social.

Ao rendimento que sobra, depois de pagas estas contribuições, chama-se Rendimento Disponível (RD). Assim:

Rendimentos dos Agentes Económicos (RAE) – Contribuições Obrigatórias (CO) = Rendimento Disponível (RD)

Rendimento, Poupança e Consumo

Se o Estado, as Famílias e as Empresas não consumirem todo o seu rendimento disponível (RD), o rendimento que sobra é Poupança (P). Os agentes que criam poupança chamam-se aforradores. Por vezes, os agentes económicos pretendem realizar diversos projectos e não possuem o rendimento disponível necessário à sua prossecução, precisando, neste caso, de financiamento.

Produtos Financeiros e Mercados Financeiros.

A poupança é, numa primeira fase, aquilo a que chamamos dinheiro (moeda).

Se os aforradores guardarem a sua poupança e não a canalizarem para o investimento, por exemplo, guardando-a em casa ou num cofre, esta não desempenha o seu papel de financiamento da economia. Além disso, devido à inflação, essa poupança vai perder valor.

Ao contrário, se os aforradores confiarem as suas poupanças ao sistema financeiro, não só vão ajudar a financiar a economia, como obtêm um rendimento (uma rendibilidade) que lhes vai permitir manter ou aumentar o valor da sua poupança. O sistema financeiro vai transformar as poupanças em produtos financeiros

No sentido de captar poupanças o sistema financeiro emite produtos, tais como:

Um depósito à ordem ou a prazo;

Um PPR;

As participações em fundos de investimento.

Os recursos assim captados são posteriormente canalizados para investimento, por via de outros produtos financeiros, de que são exemplo:

Um empréstimo (crédito) para aquisição de habitação própria por 30 anos;

Um empréstimo obrigacionista a uma empresa;

Um empréstimo em project finance ao Estado para construção de uma nova infra-estrutura rodoviária.

Instituições Financeiras

As instituições financeiras exercem actividades específicas distintas que, para além de as caracterizar, permitem classificá-las com base no papel que desempenham. O Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras (RGICSF) divide as entidades financeiras em dois grupos principais:

Instituições de Crédito;

Sociedades Financeiras.

Instituições de Crédito

O RGICSF classifica como Instituições de Crédito (IC):

As empresas cuja actividade consiste em receber do público depósitos ou outros fundos reembolsáveis, a fim de os aplicarem por conta própria mediante a concessão de crédito;

As empresas que tenham por objecto a emissão de meios de pagamento sob a forma de moeda electrónica.

Instituições de Crédito

Bancos

Instituições Financeiras de Crédito

Caixas de Crédito Agrícola Mútuo

Instituições de Crédito Hipotecário

Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo

Sociedades de Investimento

Caixas Económicas

Sociedades de Locação Financeira

Instituições monetárias (criam Moeda)

Sociedades de Factoring

Sociedades Financeiras para Aquisições a Crédito

Sociedades de Garantia MútuaInstituições de Moeda Electrónica

De entre as Instituições de Crédito, destacam-se os: Bancos e as Caixas cuja actividade inclui a recepção de depósitos ou outros fundos reembolsáveis.

Sociedades Financeiras

O RGICSF classifica como Sociedades Financeiras (SF) as empresas que não sejam instituições de crédito e cuja actividade principal consista em exercer uma ou mais das seguintes actividades:

Operações de crédito, incluindo concessão de garantias e outros compromissos;

Emissão e gestão de outros meios de pagamento;

Transacções, por conta própria ou da clientela, sobre instrumentos do mercado monetário e cambial, instrumentos financeiros a prazo, opções e operações sobre divisas, taxas de juro, mercadorias e valores mobiliários;

Participações em emissões e colocações de valores mobiliários e prestação de serviços correlativos;

Actuação nos mercados interbancários;

Consultoria, guarda, administração e gestão de carteiras de valores mobiliários;

Gestão e consultoria em gestão de outros patrimónios