Post on 23-Feb-2018
SISTEMAS DE PRODUÇÃO:
INTRODUÇÃO
Prof. Eduardo Pécora
Eduardo Pécora
GESTÃO DE PRODUÇÃO E OPERAÇÕES
A gestão de operações ocupa-se da atividade de gerenciamento estratégico dos recursos escassos (humanos, tecnológicos, de informação e outros), de sua interação e dos processos que produzem e entregam bens e serviços visando a atender necessidades e ou desejos de qualidade, tempo e custo de seus clientes.
Além disso, deve também compatibilizar este objetivo com as necessidades de eficiência no uso dos recursos que os objet ivos estratégicos da organização requerem.
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EVOLUÇÃO DA ÁREA
• Área nasce manufatureira e detalhista
• Expande-se para tornar-se estratégica
• Incorpora o tratamento de serviços
• Passa a tratar de redes de operações
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ORIGENS DA ÁREA: DIFÍCEIS DE RASTREAR
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PRIMEIRAS MENÇÕES NA LITERATURA: GESTÃO DE PROJETOS
“A construção da torre de Babel foi de fato um projeto, pois a definição mais recentemente aceita (em cerca de 1693) de um projeto é, como dito antes, um vasto empreendimento, grande demais para ser gerenciado e, portanto, provável de não chegar a nada” (Defoe, 1697)
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AMERICAN SYSTEM OF MANUFACTURE
Watt, 1776 e seumotor a vapor
Eli Whitney
Mosquete “Charleville” 1763, produzido em 1798por Eli Whitney com peças intercambiáveis
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AMERICAN SYSTEM OF MANUFACTURE
Máquina de costuraSinger (1854)
Samuel Colt e seu“revolver” Colt 1885
Lançadas as bases para o surgimento da industria automobilística
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SÉCULO XX – TAYLOR E ALGUNS “PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA”
Desenvolver uma ciência que pudesse aplicar-se a cada fase do trabalho humano (divisão do trabalho), em lugar dos velhos métodos rotineiros;
Selecionar o melhor trabalhador para cada serviço, passando em seguida a ensiná-lo, treiná-lo e formá-lo, em oposição à prática tradicional de deixar para ele a função de escolher método e formar-se;
Separar as funções de preparação e planejamento da execução do trabalho, definindo-as com atribuições precisas;
Especializar os agentes nas funções correspondentes;
Predeterminar tarefas individuais ao pessoal e conceder-lhes prêmios quando realizadas;
Controlar a execução do trabalho.
Frederick Taylor
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HENRY FORD
Quadriciclo Ford (1896)Ford e seu Modelo T
(1907 – 1925)
Linha de montagemmóvel (1913) Ford Highland Park
(1918)
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ALFRED SLOAN (GM) E DIVERSIFICAÇÃO: UM BAQUE PARA FORD
• Chevrolet (dois modelos bem diferentes entre si)
• Oakland (antecessor do Pontiac)
• Olds (mais tarde Oldsmobile)
• Scripps-Booth
• Sheridam
• Buick e,
• Cadillac
Trade-offs ficam clarosMas a quebra da bolsa americana em 1929
mascara o efeito
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II GRANDE GUERRA E ANOS 50
• Pesquisa Operacional surge e desenvolve-se; torna-se civil
• Logística evolui
• Controle estatístico do processo evolui (origem por Shewart, 1927)
• Planejamento da produção
• Surge o JIT
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PÓS GUERRA
• Estados Unidos beneficiam-se de não ter tido seu parque industrial bombardeado
• Demanda reprimida pela guerra
• “Seller´s market”
• Mass production sofre outro impulso
• Afluência, crescimento e certa complacência que dura até os anos ´60
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ANOS 60
• JIT, da Toyota, espalha-se pelo mundo
• Deming e o movimento de Qualidade no Japão
• Japão torna-se um player importante
• Computadores surgem e, com eles, o MRP na IBM, e outros desenvolvimentos
Tahiichi Ohno,o “pai” do JIT
Deming
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ANOS 70 – INÍCIO DA REAÇÃO OCIDENTAL
• Primeira crise do petróleo (1973)
• Estratégia de operações
• Gestão de operações de serviços
• MRPII (Manufacturing Resource Planning)
• Celularização
• Automação desenvolve-se
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ANOS 80 E 90
• Os ´80 são anos da Qualidade Total
• MRPII espalha-se
• Visão por processos (re-engenharia)
• ERPs
• Gestão de redes de suprimentos
• Lean production & agile manufacturing
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ANOS 2000 E ADIANTE
• Nova economia
• Transição importante
• Unidades de análise muda; novos atores
• Custos fixos vs. variáveis
• Furos e não brocas
• Large data sets: universo e não amostras
• ?
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IMPORTÂNCIA
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Processo
Percurso realizado por um material desde que entra na empresa até que dela sai com um grau de transformação/beneficiamento.
Operação
Trabalho desenvolvido sobre o material por homens ou máquinas em um determinado tempo.Processo é um conjunto de operações diferentes.
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NÍVEL DE SERVIÇO
“Habilidade da empresa em endereçar as necessidades, perguntas e solicitações dos consumidores. Uma medida da entrega de um produto no tempo especificado pelo cliente” (Dicionário APICS , 10ª Edição)
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TIPOS DE PROGRAMAÇÃO
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AMBIENTES DE MANUFATURA
Na manufatura discreta o sistema PPCP é função dos ambientes de produção que podem ser vistos sob o aspecto do ponto de desacoplamento ou CODP – Customer order decopling point – a partir do qual o material é identificado com um pedido específico de certo cliente. Este ponto define o que será produzido com base em pedidos em carteira.
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TIPOS DE AMBIENTE DE MANUFATURA
MTS – make to stock – fabricação para estocagem
ATO – assemble to order – montagem sob encomenda
MTO – make to order – fabricação sob encomenda
ETO – engineering to order – engenharia sob encomenda
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AMBIENTES DE MANUFATURA
MTS
• produtos padronizados com base em previsões de demanda e sem customização;
• rapidez na entrega; • altos estoques de produtos acabados;
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AMBIENTES DE MANUFATURA
ATO
• Subconjuntosprontos para configurar o produto que é pedido (especificação) pelo cliente;
• Estoques de subconjuntos;• Após pedidodo cliente, monta-se o produto
solicitado.
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AMBIENTES DE MANUFATURA
MTO (DTO – design to order)
• O produto é desenvolvido a partir do pedido/contato com o cliente;
• Prazos de entrega mais longos;• Projeto e execução de produtos ao mesmo tempo
(semelhante ao ETO);• Exclusividade de produto final com subconjuntos
existentes.
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AMBIENTES DE MANUFATURA
ETO
• Projeto, produção de componentes (subconjuntos) e montagem final feitos a partir de decisões do cliente;
• Não há estoques;• Extensão do MTO.
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Fases do produto
Projeto Fabricação Montagem Expedição
Ciclo Produtivo
Clientes
Personalização
Forn
eced
ores
Matéria prima Componentes Semi acabados
Produtosacabados
ETO
ATO
Produção sobPrevisões
Produção sobPedidos
MTO
MTS
GRAU DE INFLUÊNCIA DO CLIENTE
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PONTO DE DESACOPLAMENTO PARA OS 4 AMBIENTES DE MANUFATURA
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PONTO DE DESACOPLAMENTO PARA OS 4 AMBIENTES DE MANUFATURA
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EVOLUÇÃO DO OBJETIVOS/DESAFIOS
• Pré-guerra :
• Anos 20 - quantidade
• Pós-guerra:
• Anos 50 - funcionalidade
• Anos 60 - custo
• Anos 70 – qualidade
• Anos 80 - prazo de entrega
• Anos 90 – flexibilidade, resposta rápida
• Anos ... – inovação, agilidade, cooperação
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EVOLUÇÃO DOS MODELOS DE NEGÓCIO
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O papel da tecnologia
Produção em massa -Buffer (arm. de fábrica, atac./var.)
FMS - Flexible Manufacturing Systems CIM - Computer Integrated Manufacturing TIC - Technology Innovation Centre
Produção unitária
Produtos personalizados em massa (grandes quantidadestotais de produtos)
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EVOLUÇÃO DOS MODELOS DE PRODUÇÃO
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EVOLUÇÃO DOS MODELOS DE PRODUÇÃO
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A evolução da localização do ponto de desacoplamento da encomenda do cliente no processo de produção
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EVOLUÇÃO DOS MODELOS DE PRODUÇÃO
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MODELOS PUSH/PULL: MECANISMOS DE CONTROLE
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SISTEMA TRADICIONAL TIPO “PUSH” ( PRODUÇÃO EMPURRADA )
• No sistema de fabricação tradicional, um artigo é lançado em produção num instante de tempo específico e com uma data bem definida
• O artigo, a partir do instante de lançamento, fica sujeito a uma seqüência de operações
• Quando uma operação termina, o “output” é empurrado para a operação seguinte
• Existe a esperança de, no fim de tudo, se conseguir satisfazer a data pré-definida!!!!
• ...abordagem incorporada no MRP...
• Filosofia JIC (just in case)
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SISTEMA DE PRODUÇÃO TIPO “PULL” ( PRODUÇÃO PUXADA )
• Ênfase na saída
• Os produtos finais são “puxados” a partir da última operação, como resposta à colocação de encomendas de clientes
• Cada posto produtivo “puxa” a saída do posto precedente, originando uma reação em cadeia
• Esta filosofia de produção recorre a um processo de controle do fluxo de produção que permite imitar e controlar o WIP (work in process) ao longo da linha
• Filosofia JIT(just in time)
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Ordem = programa
Empurrado pela previsão
Demanda
“Kanban” = ordem
Puxado pela demanda
SISTEMAS EMPURRADOS (PUSH) E SISTEMAS PUXADOS (PULL)
Quadro kanban