Slides da apresentação do Professor Doutor Cristiano Alberto Muniz

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Transcript of Slides da apresentação do Professor Doutor Cristiano Alberto Muniz

Toda criança que nasce é um SER MATEMÁTICO,

Se quando cresce ela não sabe ou não gosta de matemática, é porque não

soubemos trabalhar este ser

O que fazer para ajudar na aprendizagem das matemáticas ?

Ter um bom domínio em matemática implica em possuir habilidades que vão bem além de saber recitar os números até 1.000, identificar os algarismos ou fazer continhas. Tais habilidades têm papel fundamental na alfabetização matemática de nossas crianças, mas não bastam pra que possam elas desenvolver todo o potencial matemático que todo educador deseja.

Ajudar nossas crianças a terem um bom relacionamento com a matemática significa

favorecer o desenvolvimento de estruturas do pensamento operatório.

O fazer matemática não é exclusivo ao contexto didático-pedagógico da escola. O mundo extra-escolar pode em muito contribuir para que uma criança seja uma excelente matemática. Podemos até ser mais extremistas: as experiências matemáticas realizadas fora da escola podem ser decisivas no desenvolvimento matemático da criança e do jovem

A importância do contexto familiar no desenvolvimento do ser matemático que é

nossa criança

A natureza das relações que os adultos têm com a criança influencia sobre a estruturação do pensamento infantil, o que vai repercutir no potencial no pensar matemática da criança.

o que nós podemos fazer para uma participação efetiva no desenvolvimento matemático das

crianças. Equivocadamente muitos buscam alternativas que são

inadequadas e, por vezes, desastrosas. Treinar continhas, passando mais exercícios além dos estipulados pela escola, colocar em professores particulares, se não chega mesmo a prejudicar, em muito pouco ajuda o desenvolvimento matemático da criança. Tomemos o cuidado para observar que não falamos aqui em treinar a criança para tirar nota nas provas. Falamos aqui do pleno desenvolvimento do espírito matemático da criança. Pior que tudo isso é inscrever o filho em métodos ditos orientais que se fundamentam em princípios comportamentais e de treinamento.

A participação dos adultos...

... como tem demonstrado as pesquisas no campo da educação matemática, e mais especificamente, da psicologia cognitiva, pode ser, ao olhar do adulto, extremamente simples, mas que poderá fazer a diferença para a criança entre “gostar e odiar a matemática”. Essa participação se realiza através da oferta à criança de situações matemáticas que, por vezes, ao professor e à escola é difícil ou mesmo inviável de propor.

Contar e contar ... é a base de tudo...desde que em situações significativas

Correspondências, recitação, zoneamento, nomeação da coleção, conservação... Se constrói e não se ensina. E qual o papel do educador? Eis a grande questão!!!

Alguns exemplos que podem revelar a natureza de tais atividades:

• Contar nos dedos – utilização dos dedos para testemunhar as quantidades, realizar operações aritméticas, medir, ....

• Medir distâncias com passos – caminhando junto, medir distâncias, contar degraus, sempre em voz alta e compassada, ....

Foi contando objetos com outros objetos que a humanidade começou a construir o conceito de número. 

        Para o homem primitivo o número cinco, por exemplo, sempre estaria ligado a alguma coisa concreta: cinco dedos, cinco peixes, cinco bastões, cinco animais, e assim por diante.          A idéia de contagem estava relacionada com os dedos da mão.          Assim, ao contar as ovelhas, o pastor separava as pedras em grupos de cinco.          Do mesmo modo os caçadores contavam os animais abatidos, traçando riscos na madeira ou fazendo nós em uma corda, também de cinco em cinco. 

Subtração pelo processo da compensação de Vivi

Luan: se é pra multiplicar...pra que complicar?

• Registrar a passagem do tempo com o movimento de uma sombra – registrar a passagem do tempo através do deslocamento da sombra da janela no chão do quarto ou da sala, colando uma fita, colocando uma graduação de hora em hora, de 30 em 30 minutos, explorando a ampulheta em jogos, ensinado a usar calendários, ....

• Participação em pequenas atividades domésticas – colocando a mesa, pondo pratos e talheres de acordo com o número de pessoas, fazendo junto pequenas receitas, medindo os ingredientes e medindo o tempo e temperatura de cozimento....

• Participando das compras – acompanhando a composição da lista de compras, lendo junto as indicações das embalagens, vendo o preço de cada produto e comparando, tentando prever o custo total da lista, “ajudando a pagar, fazendo composições aditivas das cédulas e conferindo o troco, participando do preenchimento do cheque, ....

• Manipular pequenas quantias de dinheiro – possibilitar a manipulação de pequenos valores, estimulando a realização de pequenas economias, realizar pequenos projetos, juntando “dinheirinho” para compras simbólicas, sempre contabilizando o que já conseguiu e o quanto ainda falta ....

Explorar jogos matemáticos, oferecer jogos ...

... de plataforma, de cartas e outros, onde ferramentas matemáticas, tais como números, operações, medidas, proporcionalidades, possibilidades, fazem parte da estrutura lúdica do jogo. Importante também, além da oferta, é a participação do adulto no jogo, quando ele poderá colocar questões para que a criança realize uma reflexão sobre sua própria aça, que a criança tenha de justificar e explicar suas ações, que se criem situações mais complexas. Brincar com jogos onde tenha relações dos algarismos com as quantidades numéricas, comparação de quantidades,...

Explorando as matemáticas nos esportes

• ... na análise das tabelas de campeonatos, comparando os pontos de cada equipe, na medição de tempos e espaços, ...

• Construindo e participando de jogos culturais e construção de brinquedos – propondo e participando de jogos e brincadeiras tais como a amarelinha (que trabalha conceitos topológicos, ordem crescente e decrescente, os algarismos, etc); bolinha de gude, construção de pipa, carrinho de rolimã, realização de pequenas receitas, confecção de roupas, construção de acampamentos,....

• Cantar músicas que possuem a sucessão numérica – ensinar e cantar junto com a criança cujas letras e compassos baseiam-se na contagem dos números, seja em ordem crescente seja em ordem decrescente, tais como Mariana conta.... Um elefante incomoda muita gente, Um elefante se pendurou numa teia de aranha,....

• Quantificar e comparar conjuntos de objetos – como pequenas coleções, figurinhas, carros amarelos que passam, dias que faltam para o aniversário, pessoas da família, peças de vestimento,...

• Realizar classificações – através das cores, das funções, por tamanho, tipo de material,...

• Manipular instrumentos de medidas- uso da régua e trena, da balança, do relógio, de calendários, do termômetro, do velocímetro, ....

• Explorando os números no endereço, no telefone, nas placas dos veículos, nos canais de TV ou rádio, nas programações, na numeração da roupa, nas placas de trânsito e no odômetro do carro, ...

pensamento autônomo

Mais importante que desenvolver tais atividades com a criança, é compreender que a capacidade da criança em realizar atividade matemática esta estritamente ligada ao pensamento autônomo que a criança possui, ou seja, a sua capacidade de desenvolver e aplicar estratégias operatórias de resolução de situações de impasse e de desafio.

Portanto, este pensamento autônomo, base da construção do pensamento

matemático,...... além de traduzir a autonomia cognitiva que a

criança porta, ele está profundamente enraizado no desenvolvimento da autonomia moral da criança. A autonomia moral, condição primária para a autonomia intelectual, diz respeito à condição que a criança tem de tomar decisões por si só, de agir de acordo com suas percepções acerca da situação, de liberdade de cometer erros, de criar e de testar as próprias hipóteses, se ser o primeiro e o principal responsável pelas suas descobertas, realizações e aprendizagens.

criança que vive e se desenvolve num contexto onde prevalece a proteção

exagerada ...

... numa infância sem participação nas atividades domésticas, sem manipulação de valores, cédulas e moedas, sem jogos, sem a necessidade de explicar e de justificar suas ações e pensamentos; essa criança esta fadada a, na escola, ter dificuldades na realização de atividades matemáticas.

Essa posição teórica sobre a participação do adulto na constituição do ser matemático vem ao

encontro do próprio significado da palavra matemática :

matema = compreender e explicar e tica = arte e técnica, ou seja, a técnica de compreender e explicando a natureza e a relação do homem na sua exploração e conservação. Isso posto, contribuir com o desenvolvimento matemático do nosso filho requer que estejamos sempre a estimulá-lo no processo de compreensão e explicação, a todo momento, em todas oportunidades, criando situações onde possa a criança criar suas próprias hipóteses, testá-las, revê-las, ou simplesmente, abandonando-as.

O mais importante é que, junto com os pais, a criança possa a cada dia, acreditar nela própria em criar e resolver situações matemáticas, cujas atividades permitirão fazer nascer a crença que todos nós podemos, de certa forma, sermos matemáticos e descobrir o quanto ela pode ser

lúdica.

• Favorecer o desenvolvimento da autonomia intelectual e moral da criança, esta é a melhor forma de favorecer o florescimento do ser matemático que pulsa no espírito de nosso filho. É preciso que compreendamos que a matemática não é apenas uma ciência, mas é antes de tudo, uma atividade humana que deve participar da constituição do ser.

Avaliação e rendimentos na educação matemática

• Nem sempre o que a criança registra revela seu saber matemático• Muitas das vezes a criança não revela seu conhecimento nos

instrumentos formais• O que cobramos da criança muitas das vezes não é associado ao

seu saber ou é desprovido de significado para a criança• A vivência matemática é mais ampla que o currículo.• A não expressão não significa não saber matemático, que está

atrelado a resolução de problemas• Expressar palavras não significa possuir o conhecimento, e vice-

versa.• Em que consistiria o verdadeira trabalho de avaliação e mediação

pedagógica para a educação matemática das crianças???• NA AÇÃO EFETIVA, SIGNIFICATIVA, SOLIDÁRIA E CONCRETA,

COM MUITA A L E G R I A !!!!!!