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UNAC – UNIÃO DA FLORESTA MEDITERRÂNICA
R. Mestre Lima de Freitas, n.º 11549 - 012 LisboaTel.: + 351 21 710 00 14Fax: + 351 21 710 00 37E-mail: geral@unac.ptwww.unac.pt
FICHA TÉCNICA
Edição: UNAC – União da Floresta MediterrânicaDesign Gráfico, Paginação e Preparação Gráfica: WhitespaceImpressão e Acabamento: WhitespaceTiragem: 1500 exemplaresLisboa, Setembro 2018
AÇÕES DE INFORMAÇÃO E DIVULGAÇÃO
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CURIOSIDADES
• Existem cerca de 3.000 espécies de coleópteros que recorrem a estratégias “ambrósia”, ou seja cultivo de fungos nas galerias que abrem nas árvores não só para se alimentarem mas também para enfraquecerem o hospedeiro;
• A maioria destes insectos apenas ataca árvores mortas ou enfraquecidas, sendo que apenas um pequeno número de espécies ataca árvores sãs e tem impacto económico negativo;
• Das 1000 espécies conhecidas pertencentes à família Platypodidae (à qual pertence o plátipo) apenas 2 se encontram na região paleártica (onde se inclui a Europa) e 4 na região neoártica. A grande maioria está confinada à região tropical.
Infografia
Fonte: adaptado de Sousa e Debouzie, 1999 ( 5)
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
1) Henriques, J.; Inácio, M.L.; Sousa, E. (2009). Fungi associated to Platypus cylindrus. Fab. (Coleptera: Platypodidae) in cork oak. Revista de Ciências Agrárias 32(2): 56-66.
2) Inácio, M.L.; Henriques, J.; Sousa, E. (2005). Atas das Comunicações do 5º Congresso Florestal Nacional, Viseu.
3) Inácio, M.L.; Henriques, J.; Sousa, E. (2015). As relações mutualistas entre fungos e insetos: sua influência no estado sanitário da floresta em Portugal: Research Gate.
4) ICNF, 2018 – Plano de Controlo para o Insecto Platypus cilindrus.
5) Sousa, E. M. R.; Debouzie, D. (1999): Spatio-temporal distribution of Platypus cylindrus F.(Coleoptera: Platypodidae) attacks in cork oak stands in Portugal. IOBC / wprs Bull., 22(3), 47-58.
6) Sousa, E.; Inácio M.L. (2005). New aspects of Platypus cylindrus FAB. (Coleoptera: Platypodidae) Life History on Cork Oak Stands in Portugal: Research Gate.
A UNAC – UNIÃO DA FLORESTA MEDITERRÂNICA
A UNAC representa os interes-ses dos produtores florestais do espaço mediterrânico português junto das instituições nacionais e europeias, através de uma estratégia de intervenção de cariz técnico-político. Através da UNAC, as organizações de produtores florestais do espaço mediterrânico definem posições comuns sobre temas estratégicos e transversais, desenvolvendo contributos e par-ticipações válidas, construtivas e tecnicamente fundamentadas. Tem uma área territorial de influên-cia de dois milhões de hectares, representando cerca de 700.000 hectares de áreas agroflorestais e cerca de 16.000 produtores.
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Edição: UNAC – União da Floresta MediterrânicaFotografias da capa: APFC | INIAV | ICNFDesign Gráfico, Paginação e Preparação Gráfica: WhitespaceImpressão e Acabamento: WhitespaceTiragem: 1500 exemplaresLisboa, Setembro 2018
PLÁTIPOPlatypus cilindrus
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Coeficiente de Descortiçamento
30
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9
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29
130
a 1
90
> 1
90
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PAP (cm)
Sem plátipo
Com plátipo
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
1) Augusto Mateus e Associados, 2005 – PRIA – Plano Regional de Inovação do Alentejo. CCDR Alentejo. ISBN 972-644-112-9.
2) Lopes, M.V., 2018 - Fileira da cortiça: Estratégias diferenciadoras na fase pós colheita. FICOR – Feira Internacional da Cortiça.
3) Sorensen, C.A., Larsen, P.G., 2017 – Off-line and on-line logistics planning of harvesting processes.
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LOGÍSTICA PÓSEXTRACÇÃO DE CORTIÇA
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Figura 2: Distribuição percentual da forma de comercialização da cortiça – carregamento para a fábrica ou empilhamento na propriedade entre os anos de 2013 e 2017. Fonte: Inquéritos à produção realizados pela UNAC (dados não publicados).
Fonte: Costa, A., 2012 [1].
2017
43% 57%
34% 66%
55% 45%
46% 54%
40% 60%
CARREGAMENTO EMPILHAMENTO
2013
CURIOSIDADES
• Nem sempre as árvores mortas representam um perigo em termos de dispersão de pragas e doenças. Em florestas sem problemas de vitalidade, árvores sem sinais evidentes de pragas e doenças podem representar um benefício em termos da biodiversidade do ecossistema. Este benefício consiste na disponibilização de novos nichos ecológicos e habitats, dos quais são exemplo as cavidades, que existem apenas nas árvores mais velhas, para nidificação de aves e abrigos de morcegos ou a madeira morta, onde novos fungos e bactérias decompositores asseguram o retorno dos nutrientes ao solo.
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
1) Allen, C.D.; Macalady, A.K.; Chenchouni, H.; Bachelet, D.; McDowell, N.; Vennetier, M.; Kitzberger, T.; Rigling, A.; Breshears, D.D.; Hogg, E.H.T.; Gonzalez, P.; Fensham, R.; Zheng, Z; Castro, J.; Demidova, N.; Lim, J.; Allard, G.; Running, S.W.; Semerci, A.; Cobb, N.,2009 – A global overview of drought and heat-induced tree mortality reveals emerging climate change risks for forests. Forest Ecology and Management, n.º 259 pp.660-684.
2) David, T.S.; Pinto, C.A.; Nadezhdina, N.; David, J.S., 2016 – Water and forests in the Mediterranean hot climate zone: a revies based on a hydraulic interpretation of tree functioning. Forest Systems, Vol. 25.Issue 2.eR02. INIA.
3) Hartmann, H., 2015 – Carbon starvation during drought-induced tree mortality – are we chasing a myth? Journal of plant hydraulics 2: e-005.
4) Sousa, E.; Santos, M.N.; Varela, M.C.; Henriques, J., 2007 – Perda de vigor dos montados de sobro e azinho: análise da situação e perspectivas. Ed. DGRF e INIAV.
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GESTÃO DA MORTALIDADE
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Gestão da mortalidade associada às pragas e doenças mais comuns
Plátipo (também aplicável ao Xileboro)• Rápida remoção da madeira cortada; • Em caso de permanência no interior da propriedade, abrir o tronco
para expor as galerias do plátipo;• Cobrir as pilhas de madeira em estaleiro na propriedade com polietileno
(efeito de solarização); • Tapar os cepos com terra ou pincelar/ pulverizar com insecticida.
Carvão do entrecasco• Minimizar o transporte da madeira cortada pelo interior da propriedade; • Destruição cuidada dos resíduos de abate (ramos e raminhos) através da queima;• Minimizar movimentações do material afectado
para reduzir a disseminação dos esporos.
Fitoftora• Deixar para último a realização dos abates em zonas infectadas com fitoftora; • Não realizar o abate em condições de solo muito húmido para minimizar
o transporte de partículas de solo nas rodas dos tratores e no calçado dos operadores para as zonas não infectadas;
• Minimizar a circulação dos veículos fora dos caminhos e dos trilhos de extracção;• O arranque dos cepos não combate a dispersão da fitoftora, podendo
até aumentar o risco de dispersão associado à movimentação das terras.
CURIOSIDADES
Com base em dados recolhidos em duas proprie-dades, ao longo de 9 e 12 anos, apresenta-se nos gráficos (ver figuras 1 e 2) a evolução do peso médio da pinha entre 2005 e 2017 (local A – origem seminal, idade – 55 a 60 anos) e entre 2008 e 2017 (local C – clonal, idade – 17 anos), juntamente com o número de pinhas produzidas. Considerando ainda monitori-zações feitas em 9 locais distintos (1 parcela perma-nente de 30 árv/ local), mantidas desde 2015 a 2017, verifica-se que a maioria dos pesos médios anuais varia entre os 200g – 350g/pinha, com situações excepcionais em 2015, onde ocorreram pesos médios superiores a 400g/pinha.
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
1) Calama, R., Montero, G., 2005 – Cone and seed production from stone pine (Pinus pinea L.) stands in Central Range (Spain). European Journal Forest Research.
2) Magini, E., Giannini, R., 1971 - Prime osservazioni sulla produzione di strobili e semi di un parco di cloni di pino domestico (Pinus pinea L.). Italia Forestale e Montana 26(2):63–78.
3) Montero, G., Candela, J.A., Ruiz-Peinado, R., Gutiérrez, M., Pavón, J., Bachiller, A., Ortega, C., Cañellas, I., 2000 - Age and density influence in flowering and kernel quality in Pinus pinea L. forests in the south of Huelva. International Field Trip Meeting Mediterranean Silviculture. Sevilla. IUFRO—INIA, pp 99–116.
1) Silva, C.S., 2018 – Influência do clima no crescimento da pinha. Workshop Gestão florestal adaptativa em alterações climáticas. Ponte de Sor. http://www.unac.pt/index.php/eventos-noticias/eventos?start=4
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DIMENSÃO DA PINHA
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Figura 1: Variação anual do peso médio da pinha relacionado com a precipitação acumulada do mês de Abril (parâmetro que teve maior relevância no peso da pinha no local A)
Figura 2: Variação anual do peso médio da pinha relacionado com o número de pinhas anualmente produzidas no local C
A dimensão das bolas representa proporcionalmente o peso médio das pinhas em cada ano, tendo no local A sido atingido um máximo de 336g (ano 2006 e uma precipitação acu-mulada no mês de Abril de 60 mm) e um mínimo de 152g (ano 2017 e uma precipitação acumulada do mês de Abril de 2,8 mm).
Já no caso do local C, o peso máximo corresponde ao ano de 2016 (379 g para uma produção total de 5,6 ton) e o peso mínimo ao ano de 2012 (230g para uma produção total de 3 ton).
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0
20
80
40
100
140
60
120
160
Precipitação acumulada
mês de Abril (mm)
Peso médio anual da pinha
Local A
191
170 296
331
272266
152
308
252221
314
336
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2008 2010 20162009 2012 20152011 20142013 2017 2018
20000
16000
12000
6000
2000
18000
14000
8000
10000
4000
0
N.º Pinhas
Peso médio anual da pinha
Local C
276
333379
230 285281 285
238
356
GLOSSÁRIO
• Declive — corresponde ao grau de inclinação de uma superfície. Na floresta condiciona a operacionalidade das máquinas e é quantificado em percentagem. Facilmente mensurável através de aplicações para telemóvel ou com equipamentos específicos.
• Espessura efectiva de solo — profundidade máxima a que as raízes penetram livremente no solo. Mensurável através da abertura de um perfil de solo.
• Textura do solo — proporção relativa das partículas minerais de diferentes dimensões (areia, limo e argila). É obtida em laboratório por análise granulométrica de uma amostra de solo.
adaptado de Barros et al., 2006 (2)
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
1) Aronson, J.; Pereira, J.S.; Pausas, J.G. (Eds), 2009 – Cork Oak Woodlands on the Edge – Ecology, Adaptative Management, and Restoration. Island Press.
2) Barros, M.C.O.; Calado, N.; Gomes, A.A.; Inácio, M.L., Lopes, F.J.; Marcelino, A.C.; Sousa, E.; Varela, M.C., 2006 – Boas práticas de gestão em sobreiro e azinheira. DGRF. LISBOA.
3) David, T.S., Pinto, C.A., Nadezhdina, N., Kurz-Besson, C., Henriques, M.O., Quilhó, T., Cermak, J., Chaves, M.M., Pereira, J.S. & David, J.S., 2013 – Root functioning, tree water use and hydraulic redistribution in Quercus suber trees: A modeling approach based on root sap flow. Forest Ecology and Management 307: 136–146.
4) David, T.S., Pinto, C.A., Nadezhdina, N., David, J.S. 2016 - Water and forests in the Mediterranean hot climate zone: a review based on a hydraulic interpretation of tree functioning. Forest Systems 25 (2) e R02. 14p.
5) Dinis, C., 2015 – Análise das estruturas dos sistemas radiculares de sobreiro: modelação da arquitectura e da interface solo-água. Comunicação na FICOR.
6) ICAAM,2013 – Livro verde dos montados. Universidade de Évora.
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GESTÃO DO SOB COBERTO NO MONTADO
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Figura 3: Opções de controlo mecanizado da vegetação espontânea, consoante o declive, espessura e textura do solo do local a intervencionar
EM QUALQUER ESPESSURA DE SOLO
EM QUALQUER ESPESSURA DE SOLO
SOLOS COM ESPESSURA
> 10 CMTO
DA
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CM
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CORTA MATOS
CORTA MATOS
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trabalhar na linha de
maior declivetexturas finas
e médias
trabalhar naslinhas de
menor declive nas texturasgrosseiras
sem limitações
só em solos de textura fina a média
trabalhar à curva de nível
só em solos de textura fina a média
trabalhar na linha de menor declive
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CURIOSIDADES
• É possível enxertar garfos de pinheiro manso em porta enxertos de outras espécies de pinheiros, nomeadamente de pinheiro bravo ou pinheiro de Alepo. Em relação a este último o objectivo é alargar a distribuição do pinheiro manso a solos calcários, onde esta espécie tem dificuldade em desenvolver-se, mas onde o pinheiro de Alepo está bem estabelecido. Já foi confirmada a produção de pinhas nestes enxertos, porém quando comparada com a produção do pinheiro manso, há dados contraditórios em diferentes regiões, nomeadamente em Espanha e na Tunísia. [4]
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
1) Alpuim, M., Carvalho, M.A., Carneiro, A., 2006 – A técnica da enxertia. Seminário O pinheiro manso para produção de pinhão. Ponte de Sor.
2) APFC, 2015 – Enxertia do pinheiro manso. Coruche.
3) Carneiro, A., Alpuim, M., Carvalho, M.A, 2007 - Manual ilustrado enxertia do pinheiro manso. Estação Florestal Nacional. Oeiras.
4) Pique, M., Coello, J., Ammari, Y., Alèta, N., Sghaier, T., Mutke, S., 2017 – Grafted stone pine plantations for cone production: trials on Pinus pinea and Pinus halepensis rootstocks from Tunisia and Spain. Options Méditerranéennes, A, 122.
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ENXERTIA DE PINHEIRO MANSO
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Figura: Calendário da enxertia de pinheiro manso
J DF M A M J J A S O N
DNJ F M A M O
REMOÇÃOSACO PAPEL
REMOÇÃOSACO PLÁSTICO
RETIRAR FITA DO ENXERTO
DESRAMAÇÕES DE CIMA PARA BAIXO
ENXERTIA
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CURIOSIDADES
• A distribuição da água nas pranchas de cortiça à extracção não é uniforme. O conteúdo em água é superior no interior junto ao entrecasco (barriga da prancha) e diminui radialmente até atingir o equilíbrio na parte exterior (costas da prancha). As condições climatéricas, nomeadamente a temperatura e a humidade do ar, bem como a velocidade do vento podem acelerar ou atrasar o processo de secagem [1].
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
1) Costa, A., Pereira, H., 2012 – Drying kinetics of cork planks in a cork pile in the field. Food Bioprod Processhttp://dx.doi.org/10.1016/j.fbp.2012.08.002
2) Reis, A., 1995 – Conhecimento da humidade a que se referem a quantidade e o preço da cortiça acordados para efeitos de transacção comercial. Um importante passo no sentido do aumento da transparência do processo de comercialização da cortiça no mato. Divisão de Estatística e Estudos Económicos.Instituto Florestal. Lisboa.
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HUMIDADE DA CORTIÇA
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Figura 2: Teor de humidade (%) de 97 pranchas de cortiça (linhas cinzentas) durante 20 dias de secagem, com o valor médio de humidade (%) (linha preta) e o valor de referência de 14% (linha reta).
Fonte: Costa, A., 2012 [1].
Número de dias depois da extracção
Te
or
de
hu
mid
ad
e (
%)
CURIOSIDADES
• O gaio (Garrulus glandarius) é o principal agente de dispersão da bolota de sobreiro, colhendo a bolota na copa e enterrando-a no solo para consumo posterior. Normalmente escolhe áreas abertas, campos abandonados, ou com reduzido coberto arbustivo para enterrar as bolotas. Evita áreas arbustivas com elevado desenvolvimento e grau de cobertura do solo (Bossema 1979; Frost and Rydin 2000; Gómez 2003; Pons and Pausas 2007a in (1)). O seu habitat corresponde a ecossistemas florestais com elevado número de árvores, condições actualmente inexistentes na maioria dos montados (ecossistema agro-florestal de baixa densidade).
• Arbustos do género Retama spp. (nome comum: piorno ou piorneira) e Ulex spp. (nome comum: tojo) podem melhorar as condições para a regeneração natural em situações de elevada temperatura e luminosidade, enquanto que outras espécies, como por exemplo a esteva, competem com as plântulas e diminuem a sua sobrevivência (Acácio et al., 2007 in (1)).
• Recrutamento: é a terminologia vulgarmente utilizada para exprimir a chegada de novos indivíduos ao povoamento, através de regeneração natural.
Figura 2: Modelo simplificado do processo de regeneração natural em montados de sobro (as linhas azuis representam o caminho de sucesso para a regeneração)
adaptado de Aronson, 2009 (1)
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
1) Aronson, J.; Santos Pereira, J.; Pausas, J.G. (Eds), 2009 - Cork Oak Woodlands on the Edge – Ecology, Adaptative Management, and Restoration. Island Press.
2) Caldeira, M.C.; Ibáñez, I.; Nogueira, C.; Bugalho, M.; Lecomte, X.; Moreira, A.; Santos Pereira, J., 2014 - Direct and indirect effects of tree canopy facilitation in the recruitment of Mediterranean oaks. Journal of Applied Ecology 2014, 51, 349-358.
3) Correia, A.; Santos Pereira, J.; Silva, F.C.; Almeida, M.H.; Pinheiro, C.2015 - Vitalidade do Sobreiro. Revisão do conhecimento. FILCORK.
4) Dias, F.; Miller, D.L.; Marques, T.A.; Marcelino, J.; Caldeira, M.C.; Cerdeira, J.O.; Bugalho, M.N., 2016 - Conservation zones promote oak regeneration and shrub diversity in certified. Mediterranean oak woodlands. Biological Conservation 2016, 195, 226 – 234. · March 2016.
A UNAC – UNIÃO DA FLORESTA MEDITERRÂNICA
A UNAC representa os interes-ses dos produtores florestais do espaço mediterrânico português junto das instituições nacionais e europeias, através de uma estratégia de intervenção de cariz técnico-político. Através da UNAC, as organizações de produtores florestais do espaço mediterrânico definem posições comuns sobre temas estratégicos e transversais, desenvolvendo contributos e par-ticipações válidas, construtivas e tecnicamente fundamentadas. Tem uma área territorial de influên-cia de dois milhões de hectares, representando cerca de 700.000 hectares de áreas agroflorestais e cerca de 16.000 produtores.
R. Mestre Lima de Freitas, n.º 11549 - 012 LisboaTel.: + 351 21 710 00 14Fax: + 351 21 710 00 37E-mail: geral@unac.ptwww.unac.pt
FICHA TÉCNICA
Edição: UNAC – União da Floresta MediterrânicaDesign Gráfico, Paginação e Preparação Gráfica: WhitespaceImpressão e Acabamento: WhitespaceTiragem: 1500 exemplaresLisboa, Setembro 2018
REGENERAÇÃO NATURAL DE SOBREIRO
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Bolota na copa
Bolota no solo
Sobreiro adulto Sobreiro jovem
FogoHerbívoria
Mortalidade por stress hídrico
Predação pós dispersão
Crescimento Banco de plântulas
Plântulas
Germinação
Dispersãocurta
distância
Insectos
Gaios
Esquilos
Outras aves
Insectos
Ratos
Aves
Mamíferos
Dispersãomédia
distância
Dispersãolonga
distância
CURIOSIDADES
• O pinheiro manso é a única espécie de entre os pinheiros, cuja duração do ciclo reprodutivo é de 3 anos. No caso do pinheiro bravo, a formação e abertura da pinha ocorre num período de 2 anos.
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
1) Calama, R., Gordo, J., Madrigal, G., Mutke, S., Conde, M., Montero, G., Pardos, M., 2016 – Enhanced tools for predicting annual stone pine (Pinus pinea L.) cone production at tree and forest scale in Inner Spain. Forest Systems (25). INIA.
2) Costa, R., Evaristo, I., Batista, D., Afonso, S., Carrasquinho, I., Sousa, E., Inácio, L., Capelo, J., Santos, L., 2008 - Condução de povoamentos de pinheiro manso e características nutricionais do pinhão. Instituto Nacional do Recursos Biológicos, I.P.. Oeiras.
3) Loewe, V., Delard, C., 2016 – Producción de piñón mediterráneo (Pinus pinea L.). Instituto Florestal. Chile.
4) Marcelo, M.E., Jordão, P., Calouro, F., 2017 - A fertilização do pinheiro manso - algumas notas. Vida Rural Setembro pp 32-33.
5) Moreno-Fernández, D., Cañellas, I., Calama, R., Gordo, J., Sánchez-González, M., 2013 - Thinning increases cone production of stone pine (Pinus pinea L.) stands in the Northern Plateau (Spain). Annals of Forest Science, Springer Verlag/EDP Sciences, 70 (8), pp.761-768.
6) Pimpão, M., 2014 – Leptoglossus occidentalis – Bioecologia e previsão de impacte económico em Portugal. Dissertação para a obtenção do Grau de Mestre em Engenharia Florestal e Gestão dos Recursos Naturais. Instituto Superior de Agronomia. Lisboa
A UNAC – UNIÃO DA FLORESTA MEDITERRÂNICA
A UNAC representa os interes-ses dos produtores florestais do espaço mediterrânico português junto das instituições nacionais e europeias, através de uma estratégia de intervenção de cariz técnico-político. Através da UNAC, as organizações de produtores florestais do espaço mediterrânico definem posições comuns sobre temas estratégicos e transversais, desenvolvendo contributos e par-ticipações válidas, construtivas e tecnicamente fundamentadas. Tem uma área territorial de influên-cia de dois milhões de hectares, representando cerca de 700.000 hectares de áreas agroflorestais e cerca de 16.000 produtores.
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FORMAÇÃO DA PINHA
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Formação da pinha ao longo do ciclo de 3 anos
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ÁPICES REPRODUTIVOS
CRESCIMENTO PINHA 1º ANO
CRESCIMENTO PINHA 3º ANO
MATURAÇÃO DA PINHA 3º ANO
FLORAÇÃO MASCULINAFLORAÇÃO FEMININA
POLINIZAÇÃO
FECUNDAÇÃO
CURIOSIDADES
• As pastagens podem contribuir na recuperação da fertilidade dos solos do montado, porque a ausência de mobilização do solo permite a sua proteção contra a erosão e ainda o aumento do teor de matéria orgânica [2];
• A maior capacidade fotossintética decorrente da biodiversidade tem igualmente um enorme impacto ambiental, ao permitir uma maior remoção de CO
2 da atmosfera potenciando a
capacidade de sequestro das pastagens [5].
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
[1] Alves, A.M.; Pereira, J.S.; Correia, A.V, 2018 - Silvicultura – A gestão dos ecos-sistemas florestais. 2ªEdição. Fundação Calouste Gulbenkian. 597 pp, Lisboa.
[2] Carvalho, M., 2018 - Gestão de pastagens e conservação do solo http://unac.pt/images/06_GEST%C3%83O_PASTA-GENS_E_CONSERVA%C3%87%C3%83O_SOLO_M%C3%A1rio_Carvalho.pdf
[3] Carvalho, M., 2018 - O papel da pasta-gem na recuperação do solo no Monta-do. ICAAM (https://dspace.uevora.pt/rdpc/bitstream/10174/10984/1/O%20papel%20da%20pastagem%20na%20recupera%C3%A7%C3%A3o%20do%20solo%20no%20Montado.pdf).
[4] Crespo, D., 2015 - Portugal, um país de solos diversos mas pobres. O papel das pastagens biodiversas na sua recuperação e uso sustentável. INIAV, Oeiras http://www.iniav.pt/fotos/editor2/1_papel_pastagens_biodiver-sas_david_crespo.pdf
[5] Domingos, T., 2015 - Pastagens Semeadas Biodiversas. Seminário “Currículos de nível elevado no ensino das ciências: Construção da ciência e literacia científica” http://www.cnedu.pt/content/iniciativas/seminarios/Pas-tagensSemeadasBiodiversas_CNE_2_marco_2015.pdf
[6] Domingos, T., 2016 - O Pecado da Carne? O Papel dos Ruminantes e das Pastagens na Agricultura Sustentável. Instituto Superior Técnico, Universida-de de Lisboa http://www.ciencia2016.pt/files/04_1130_32_CM_SB_Tiago%20Domingos.pdf
[7] Freixial, R. e Carvalho, M., 2013 - A agricultura de conservação e a semen-teira directa em pastagens. Vida Rural, Dossier Técnico, pp 32-33.
[8] Moreira, N., 2002 - Agronomia das forragens e pastagens. UTAD, Vila Real.
[9] Santos, J. P., 2014 - O Futuro da Floresta em Portugal. Fundação Francisco Manuel dos Santos. 110pp. Lisboa.
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USO MÚLTIPLO
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Visão integrada dos benefícios das Pastagens Semeadas Biodiversas – PSB (adaptado[6])
Emissões da calagem
Menor uso de fertilizantes
azotados
Menor invasãodos arbustos
Acima do solo
Abaixo do solo
Aumento daprodutividade
Aumento da MOS
PSB
Aumento do sequestro de carbono
Emissões das leguminosas
Menor uso defertilizantes
azotados
Aumento da viabilidade
económica
Maior regulação
hídrica
Diminuição damortalidadedas árvores
Aumento do valor dos
produtos
Aumento da retenção
de água
Biodiversidade selvagem
Diminuiçãoda erosão
Aumento sustentável
encabeçamento
Emissões do gado
CURIOSIDADES
• O cálculo da humidade da pinha é realizado considerando a diferença entre o peso inicial e o peso final sobre o peso inicial [ Hpinha (%) = ((peso inicial – peso final)/peso inicial) *100 ].
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
1) Song, K., Yeom, E., Seo, S.J., Kim, K., Kim, H., Lim, J.H., Lee, S.J., 2015 – Journey of water in pine cones. Nature Scientific Reports. DOI:10.1038/srepo9963.
2) UNAC, 2014 - Guia de colheita e comercialização da pinha. Lisboa http://www.unac.pt/index.php/documentos/publicacoes/46-guia-de-colheita-e-comercializacao-de-pinha/file
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COMERCIALIZAÇÃO
E HUMIDADE DA PINHA
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Figura: Curva de perda de humidade da pinha (Jan a Abril de 2016)
0%
94
96 95
8986
8072
Perda de humidade (telheiro aberto)
Perda de humidade (armazém fechado)
Humidade do ar (%)
93
86
74
30
/jan
16/j
an
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ev
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an
6/f
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/jan
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/fev
27/
fev
5/m
ar
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19/m
ar
2/a
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16/a
br
26
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9/a
br
23
/ab
r
30
/ab
r
10%
20%
5%
15%
25%
30%
Perda de humidade na pinha
(%)
Comparação da perda de humidade da pinha armazenada em telheiro e em armazém
Fonte: APFC
Armazém
02/01/2016 11/01/2016 18/01/2016 27/01/2016 06/02/2016 13/02/2016 22/02/2016 28/02/2016 19/03/2016 09/04/2016 23/04/2016 30/04/2016
1,33% 1,99% 2,99% 3,98% 5,64% 6,80% 8,13% 8,96% 12,77% 16,75% 18,57% 20,56%
1,79% 2,94% 4,24% 5,55% 7,83% 8,81% 12,23% 16,80% 19,41% 22,51% 23,00% 24,47%
94 96 89 93 86 95 74 86 80 80 80 72
Telheiro
HR med(%)
CURIOSIDADES
• Existem várias espécies de árvores cuja casca é explorada a nível mundial, mas apenas no sobreiro e na cerejeira africana (Prunus africana), nesta última para fins medicinais, a remoção da casca é feita de forma repetida e sustentável. Nos outros casos, como por exemplo a extracção do pau de canela, ocorre normalmente a destruição do ramo ou do tronco para que seja possível a remoção da casca.
figura 3
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
1) Aronson, J.; Santos Pereira, J.; Pausas, J.G. (Eds), 2009 - Cork Oak Woodlands on the Edge – Ecology, Adaptative Management, and Restoration. Island Press.
2) Catry, F.X.; Moreira, F.; Pausas, J.G.; Fernandes, P.M.; Rego, F.; Cardilllo, E.; Curt, T., 2012 - Cork Oak Vulnerability to Fire: The Role of Bark Harvesting, Tree Characteristics and Abiotic Factors. PLoS One.
3) Costa, A., 2016 - Descortiçamento dos sobreiros. Algumas noções para uma exploração racional. INIAV, I.P. 25 pp.
4) Costa, A.; Pereira, H.; Oliveira,
A., 2004 – The effect of cork-stripping damage on diameter growhth of Quercus suber L.. Forestry: An International Journal of Forest Research, Vol. 77, pp. 1-8.
5) Hall, J.B. – Literature review of bark characteristics, wound response and harvesting. School of Agriculture and Forest Sciences, University of Wales Bangor. United Kingdom.
6) Moricca, S.; Linaldeddu, B.T.; Ginetti, B.; Scanu, B.; Franceschini, A.; Ragazzi, A., 2016 – Endemic and emerging pathogens threatening cork oak trees: management options for conserving a unique forest ecosystem. Plant Disease, Vol. 100, n.º 11, pp. 2184-2193.
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CONTROLO DE DANOS
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ÁREA DE EXCLUSÃO
• Evite circular com o tractor debaixo da copa dos sobreiros
• Diminui a compactação do solo
• Promove melhores condições para as raízes
• Diminui o risco de danos no tronco
• Evita quebra de ramos
DESCORTIÇAMENTO
CORTIÇA NÃO DÁ
CURIOSIDADES
• Há mais de dois séculos que Knight [5] descreveu o efeito das perturbações mecânicas nas árvores: o crescimento em diâmetro aumentava e o crescimento em altura diminuía por efeito do vento (tigmomorfogénese). A vibração e o vento têm efeitos similares nas plantas: interrompem o crescimento da parte áerea e estas dedicam mais recursos ao crescimento das raízes para garantir a função de suporte. Se a vibração ocorrer no período de repouso vegetativo, este efeito é menos notório [5].
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
1) Alpuim, M., Carvalho, M.A., Carneiro, A., 2006 – A técnica da enxertia. Seminário O pinheiro manso para produção de pinhão. Ponte de Sor.
2) APFC, 2015 – Enxertia do pinheiro manso. Coruche.
3) Carneiro, A., Alpuim, M., Carvalho, M.A, 2007 - Manual ilustrado enxertia do pinheiro manso. Estação Florestal Nacional. Oeiras.
4) Pique, M., Coello, J., Ammari, Y., Alèta, N., Sghaier, T., Mutke, S., 2017 – Grafted stone pine plantations for cone production: trials on Pinus pinea and Pinus halepensis rootstocks from Tunisia and Spain. Options Méditerranéennes, A, 122.
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COLHEITA DA PINHA
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Figura: Comparação da produção média de pinha, em número e em peso, em talhões de pinhal manso com 5.000 m2, com colheita manual (Campo 1_Ma e Campo 4_Ma) e com colheita mecânica (Campo 3_Mec e Campo 5_Mec) localizados na Chamusca. Idade do povoamento: 50-60 anos.
N.º
de
pin
ha
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árv
ore
Produção média(Número de pinhas / árvore)
Produção média(Kilos de pinhas / árvore)
N.º
de
pin
ha
s /
árv
ore
120
Campo 1_Ma
Campo 1_Ma
Campo 4_Ma
Campo 4_Ma
Campo 3_Mec
Campo 3_Mec
Campo 5_Mec
Campo 5_Mec
2002 2004 20102007 20172003 20092006 2012 20162005 2011 20152008 2014 2018 2019
2002 2004 20102007 20172003 20092006 2012 20162005 2011 20152008 2014 2018 2019
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UNAC – União da Floresta MediterrânicaA UNAC representa os interesses dos produtores florestais do espaço mediterrânico português junto das instituições nacionais e europeias, através de uma estratégia de intervenção de cariz técnico-político. Através da UNAC, as organizações de produtores florestais do espaço mediterrânico definem posições comuns sobre temas estratégicos e transversais, desenvolvendo contributos e participações válidas, construtivas e tecnicamente fundamentadas. Tem uma área territorial de influência de dois milhões de hectares, representando cerca de 700.000 hectares de áreas agroflorestais e cerca de 16.000 produtores.
ENQUADRAMENTO
No passado recente a produção florestal e a investigação trabalharam em conjunto para melhorarem os fluxos de informação em ambos os sentidos, resolvendo desconfianças mútuas decorrentes de décadas passadas de costas viradas.
Só melhorando este fluxo, através da dinamização de redes de contato activo, se criam as relações e os filtros que permitem que os produtores florestais consigam expressar adequadamente o que são os estrangulamentos à sua actividade e os investigadores possam responder com mais conhecimento, contribuindo para sua resolução.
Esta realidade é ainda mais determinante quando estamos em sectores em que os drivers de inovação estão essencialmente localizados em Portugal, não sendo possível aceder a conhecimento gerado em outras localizações.
Entre 2015 e 2017 as associações de produtores ligadas dos sistemas agro-florestais mediterrânicos promoveram um debate consistente e frutuoso com o sector científico que teve como culminar a publicação das agendas de investigação e inovação do sobreiro e da cortiça e do pinheiro manso e do pinhão.
Este processo permitiu perceber que existia muito conhecimento científico produzido e publicado por várias instituições de investigação, nacionais
FICHAS TEMÁTICAS — SOBREIRO
01 PLÁTIPO
02 REGENERAÇÃO
03 GESTÃO DO SOB COBERTO
04 CONTROLO DE DANOS
05 GESTÃO DA MORTALIDADE
06 USO MÚLTIPLO
07 HUMIDADE DA CORTIÇA
08 LOGÍSTICA DA EXTRAÇÃO
FICHAS TEMÁTICAS — PINHEIRO MANSO
09 FORMAÇÃO DA PINHA
10 ENXERTIA
11 COLHEITA DA PINHA
12 DIMENSÃO DA PINHA
13 HUMIDADE DA PINHA
e europeias. Este enorme acervo de conhecimento não estava no entanto facilmente disponível ao seu utilizador final, quer em forma quer em acessibilidade.
É preciso descodificar o que está cientificamente validado e elaborar fichas de extensão. Trabalho a que nos propusemos nesta iniciativa.
Estas fichas de extensão, com um formato que se pretende claro e acessível, serão um indutor de inovação, ao nível dos processos e dos modelos de gestão, contribuindo para resolver problemas com que recorrentemente nos deparamos.
Este era um anseio antigo dos produtores, uma página que era preciso virar.
Muito fica ainda por estudar nos sistemas agro-florestais mediterrânicos e novos desafios surgem todos os dias fruto das dinâmicas naturais que enquadram a nossa actividade.
O trabalho em conjunto entre produtores e investigadores e a evolução de meios e processos que a ciência incorpora na monitorização e análise permitem no entanto olhar para o futuro com optimismo.
Os sistemas agro-florestais mediterrânicos ocupam espaços de fronteira, estando mais expostos às dinâmicas naturais, são no entanto a solução que pode oferecer mais salvaguardas em termos ecológicos e territoriais.