Post on 08-Nov-2018
MAGNETISMO e
ESPIRITISMO
Sociedade Espírita Os Mensageiros da Paz
Departamento Doutrinário
GRUPO de ESTUDO
ANO 3 – 2016
Aula 19
Revista Espírita – novembro de 1867
Artigo “O zuavo Jacob” – 2° artigo
Nos fatos concernentes ao Sr. Jacob, por assim
dizer, ele não fez menção do Espiritismo, ao passo
que toda atenção se concentrou sobre o
magnetismo; isto tinha sua razão de ser e sua
utilidade. Se bem que o concurso de Espíritos
desencarnados nessas espécies de fenômenos
seja uma fato constatado, sua ação não é aqui
evidente porque disso fazemos abstração.
Pouco importa que os fatos sejam explicados com
ou sem a intervenção de Espíritos estranhos; o
magnetismo e o Espiritismo se dão a mão; são
duas partes de um mesmo todo, dois ramos de
uma mesma ciência que se completam e se
explicam um pelo outro. Acreditar o magnetismo é
abrir o caminho ao Espiritismo, e reciprocamente.
ÁGUA FLUIDIFICADA ou MAGNETIZADA?
Baseado no texto de Jacob Melo (notebook, site)
Tanto Allan Kardec como todos os ancestrais
magnetizadores haviam empregado o termo
“água magnetizada”. Todavia, no Movimento
Espírita, criou-se um termo que não aparece nas
obras do Codificador – água fluidificada. Para os
leigos, a água já é um fluido, isto é, um líquido,
portanto torna-se redundante. Que temos feito
nós com esse termo e essa prática?
Simplesmente desprezamos a base: seja a espírita,
seja a magnética. Então, quando queremos dizer
ao mundo médico que temos recursos positivos e
que estes podem auxiliar, em muito, na terapia de
diversas patologias, simplesmente caímos no
ridículo, pois o termo ao ser traduzido para o
inglês, por exemplo, fica parecendo “água líquida”.
“Hoje vejo claramente que essa mudança - de água
magnetizada para água fluidificada - praticamente
desintegrou as possibilidades da primeira.” Jacob
Na água magnetizada não temos como eliminar a
presença do magnetizador, conforme propõe
Allan Kardec em O Livro dos Médiuns, Cap. VIII –
“Do laboratório do mundo invisível” – Item 131
(visto na Aula 9): “O Espírito atuante é o do
magnetizador, quase sempre assistido por outro
Espírito. Ele opera uma transmutação por meio do
fluido magnético que, como atrás dissemos, é a
substância que mais se aproxima da matéria
cósmica, ou elemento universal.
Ora, desde que ele pode operar uma modificação
nas propriedades da água, pode também produzir
um fenômeno análogo com os fluidos do
organismo, donde o efeito curativo da ação
magnética, convenientemente dirigida”.
Na água fluidificada, pretensamente “transferi-
mos” essa ação para os Espíritos, os quais,
segundo nos afirma Kardec, estão apenas “quase
sempre” dando assistência, o que não garante que
“estejam sempre presentes” no processo.
Qual a razão de o Movimento Espírita oficial não
esclarecer que nós, os humanos, temos sim o
poder de promover as mudanças nas proprieda-
des da água, no intuito de que ela seja mais do
que fluida (o que já por sua própria natureza), de
que seja terapêutica? E enquanto distribuirmos
apenas água fluidificada estaremos, mesmo sem
perceber, desconfigurando a proposta de Kardec
e, pior ainda, não fornecendo aos que buscam,
toda a nossa parte e capacidade de ajuda.
As hemácias ou glóbulos vermelhos têm uma
forma discal, com uma depressão central e sem
núcleo, com citoplasma rico de uma proteína
chamada HEMOGLOBINA.
Sua função principal é transportar o OXIGÊNIO
(O2) do ar que chega aos pulmões para as células
do corpo, e o GÁS CARBÔNICO (CO2), resultado
do trabalho celular (metabolismo), para os
pulmões, daí sendo eliminado para a atmosfera no
processo da respiração.
Os leucócitos ou glóbulos brancos (neutrófilos,
linfócitos, monócitos, basófilos e eosinófilos)
têm formas diferenciadas, com núcleos
multiformes, e que estão relacionados
basicamente com a função de defesa e imunidade
do organismo.
As plaquetas são células relacionadas com a
coagulação do sangue, ativadas pela formação de
FIBRINA nos casos de ferimentos, por exemplo.
Formação do sangue
Intra útero: baço, fígado e medula óssea.
Após o nascimento:
-Série vermelha, série mielóide e plaquetas: só na
medula óssea vermelha
-Série linfóide: na medula óssea vermelha, no
baço e nos linfonodos.
Medula óssea vermelha
Até os 7 anos: todos os ossos
Adulto: ossos chatos (quadril, esterno) e
extremidades dos ossos longos. O restante se
transforma em medula amarela (tutano).
Exemplos de doenças do sangue:
ANEMIA – há um baixo número de hemácias.
CAUSAS
- PERDA: hemorragias agudas ou crônicas
- FALTA de NUTRIENTES:
Microcítica: ferropriva;
Macrocítica: falta de ácido fólico, de Vit. B12, etc.
- DESTRUIÇÃO AUMENTADA (anemia hemolítica):
por deformidade da hemácea, geralmente
hereditárias: talassemia, anemia falciforme
Hemácea falciformeHemáceas na talassemia
Anemia hemolítica:
-Anemia (palidez de pele e mucosas)
-Esplenomegalia (aumento do baço)
-Icterícia (pela destruição exagerada das
hemáceas)
LEUCEMIA- doença cancerígena da medula óssea
em que há uma produção exagerada e
descontrolada dos glóbulos brancos. O paciente
tem sua imunidade e defesa orgânicas
comprometidas, sendo vítima de infecções.
PLAQUETOPENIA - diminuição do n° de plaquetas
Púrpura trombocitopênica (<50.000): sangramento
-Idiopática Baço aumentado
-Autoimune e outras
SISTEMA IMUNOLÓGICO
O sistema imunológico é comparado a um grande
exército de defesa ativa e passiva para o
organismo humano; possui uma arquitetura de
múltiplas camadas,
com mecanismos de
regulação e defesa
espalhados em
vários níveis.
a) Barreiras físicas: a pele funciona como uma
espécie de escudo protetor contra os invasores,
sejam maléficos ou não. O sistema respiratório
também ajuda na manutenção dos antígenos
distantes. Seus mecanismos de defesa incluem a
apreensão de pequenas partículas nos pêlos e
mucosas nasais e a remoção de elementos via
tosse e espirros. A pele e as membranas que
fazem parte do sistema respiratório e digestório
também contêm macrófagos e anticorpos.
b) Barreiras bioquímicas: fluidos como a saliva, o
suor e as lágrimas contêm enzimas como a
lisozima. Os ácidos estomacais eliminam grande
parte dos microrganismos ingeridos junto com a
comida e a água. O pH e a temperatura corporais
podem apresentar condições desfavoráveis de
vida para alguns microrganismos invasores.
c) Sistema imune inicial: é a primeira linha de
defesa contra muitos microrganismos comuns. Ele
é formado por células fagocitárias, como os
macrófagos e os neutrófilos, além de fatores solú-
veis, como complemento e algumas enzimas. As
células que pertencem a este sistema destroem e
captam as informações dos agressores,
repassando-as para as células do sistema
adaptativo (linfócitos), que demora alguns dias
para agir.
d) Sistema imune adaptativo ou específico: os
animais vertebrados desenvolveram um sistema
de defesa com a característica principal de ser
preventivo, ou seja, ele é capaz de se prevenir
contra qualquer tipo de antígeno. Os linfócitos são
as principais células deste sistema imune,
produzindo os anticorpos (imunoglobulinas) que
servirão para atacar de modo mais eficaz todas as
vezes que o mesmo tipo de agressor (antígeno)
aparecer (vacinas).
APLICAÇÕES PRÁTICAS
1- ALERGIAS: são reações imunológicas despro-
positadas a um antígeno estranho. No alérgico, o
sistema imunológico não distingue o antígeno
nocivo do que é inócuo para o indivíduo (grão de
pólen, por exemplo) e desencadeia uma reação
colossal a estímulos que não fariam mal à
integridade do ser.
2- DOENÇAS AUTOIMUNES: o sistema
imunológico ataca as próprias células do corpo,
julgando-as invasoras. Exemplos: lupus
eritematoso (LE), artrite reumatoide, esclerose
múltipla, todas essas mais comuns nas mulheres.
Nos homens é mais comum a espondilite
anquilosante.
3 - REJEIÇÃO DE TRANSPLANTES: a rejeição de
transplantes deve-se ao fato de as proteínas
celulares de membrana da pessoa que doa o
órgão serem diferentes daquelas do receptor. Os
linfócitos atacam e matam as células do órgão
transplantado. Este problema pode ser reduzido
pela escolha de pessoas doadoras pertencentes
ao mesmo laço familiar (pais, irmãos, filhos) e com
uso de substâncias imunossupressoras, como os
corticoides.
4 - IMUNODEFICIÊNCIA: é causada por uma baixa
do número de linfócitos ou por deficiência das
células fagocitárias (neutrófilos e macrófagos).
Pode ser congênita ou adquirida. Na congênita, o
tratamento é o transplante de medula óssea. Na
imunodeficiência adquirida, como na AIDS, há
diminuição do número de linfócitos T e o indivíduo
fica propenso às infecções e doenças oportunistas,
que em outra pessoa não teriam consequências
mortais.