Post on 27-Jul-2015
Maio 20042.ª Série N.º 61Mensal
Padre Francisco CrespoDirector
Nesta extensa entrevista, o Mi-nistro do Emprego e da Solida-riedade fala abertamente dasrelações com as IPSS. A difer-enciação positiva é aposta quequer ganhar.Municipalização da acção so-cial? Traz ganhos e perdas, dizo governante. Bagão Félix revela que a procu-ra do Rendimento Social de In-serção tem aumentado, aumen-
to provocado pela recessão;quer dar combate sem tréguasàs baixas fraudulentas e à sub-sidiodependência. Tempo ainda para falar da crise,das debilidades do sistema fis-cal, até para elogiar algumasmedidas do anterior governo. E para deixar um aviso: a ad-versidade demográfica só seconseguirá combater com o au-mento da produtividade.
Página 3
Fisiocar de ouro
Fernando Gonçalves inven-tou um veículo de transportee terapia para deficientes outraumatizados motores epessoas que tenham dificul-dades motoras. O Fisiocar ganhou a meda-lha de ouro no Salão Interna-cional de Invenções, que de-correu recentemente em Ge-nebra.Este inventor do Fundão
espera agora que algumaempresa ligada ao sector ocontacte, para avançar coma produção do veículo.
Mensário da
Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade
CNIS
MINISTRO BAGÃO FÉLIX EM ENTREVISTA
Padre MaiacomentaA Paixãode MelGibson
Página 16
Em entrevista ao Solida-riedade, Paulo E. Correia,Juiz dos Tribunais de Famí-lia e Menores, diz que o al-coolismo dos casais é causade muitos mais males que atoxicodependência. As crian-ças das zonas rurais estãomais desprotegidas que asdas cidades, por maiores di-ficuldades na denúncia demaus tratos. Condena práti-ca que sobe em flecha, a daarguição dos abusos sexu-ais como arma de arremes-so em processos de divór-cio.
Página 5
Quero gerar alguma inquietude nas instituições
Maquete do Fisiocar
Páginas 11 a 14
Auto
riza
do p
elos
CTT
a c
ircu
lar
em invó
lucr
o f
echad
o d
e plá
stic
o. A
uto
riza
ção D
EO
/415/2
04004/D
CN
Junho 20042.ª Série N.º 62Mensal
Padre Francisco CrespoDirector
No encerramento doseminário A família faceà exclusão, o Presidenteda CNIS lembrou nãoestarem as soluções pa-ra os momentosos pro-blemas invocados, to-dos "do lado de lá doEstado": "Nós tambémtemos uma quota partede responsabilidade, amudança passa por ca-da um de nós".
E vontade não falta,segundo o Padre Fran-cisco Crespo. Mas não étudo:
"Ainda há dias, emconversa com o Sr. Mi-nistro, o avisei - Cuida-do! Se este governo nãose volta para o social, écapaz de perder as pró-ximas eleições. Podehaver outras preocupa-ções, como baixar o dé-fice, mas isso já é umafrase feita. No meiodisto tudo, quem perdesão sempre os pobres".
O Presidente da CNIS
deixa outro aviso ao go-vernante: “Assinámosum protocolo que noscustou imenso a nego-ciar. Deus nos livre depensar que assinámosum papel sem que depoisaconteça nada".
Apesar de se manifes-tar esperançado em "diasmelhores", o Padre Cres-po foi categórico: "Se asverbas prometidas nãochegarem até Junho,nós temos que fazer ba-rulho. Para evitar maisexclusões, porque nósqueremos trabalhar, e játrabalhamos, para a in-clusão...".
Na entrevista que pu-blicamos nas páginascentrais, o Presidenteda CNIS aprofunda o rela-cionamento mantido como Ministério da Seguran-ça Social e do Trabalho,abordando também ou-tros assuntos de actuali-dade para o futuro dasInstituições.
PRESIDENTE DA CNIS EM ENTREVISTA
Evgen Bavcar
A surpreendente históriade um fotógrafo cego
Página 16
Em Fátima discutiu-se A fa-mília face à exclusão. A ini-ciativa da CNIS trouxe aodebate um sem-número dedesafios que os dias de hojecolocam aos agregados fa-miliares portugueses.Entre as exigências acresci-das e os apoios que faltam,a Família, esse Sítio da Fe-licidade, resiste por vezescom denodo, soçobrandonoutras situações, e aquicada vez com maior fre-quência.Nas páginas interiores da-mos amplo destaque a esteencontro.
Páginas 3 a 6
Nas Instituições, é tempo de separaro trigo do joio
Ânimas intervém com animais de ajuda social Utentes da SCM de Chaves expõem artesanato
ADFP pede livros para a sua Biblioteca Itinerante UDIPSS de Santarém aposta na formação
Associação de Moradores das Lameiras (Famalicão) comemora 20 anos ao serviço da comunidade
Espaço deOpinião
José LeiriãoManuel Antunes da LombaPadre José Maia Paulo Eduardo Correia
Autorizado pelos CTT a circular em invólucro fechado de plástico. Autorização DEO/415/204004/DCN
Preço: 0,50 euros
Mensário da
Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade
CNIS
Julho 20042.ª Série N.º 63Mensal
Cónego Francisco CrespoDirector
Dom Manuel Martins é uma personalidadeinvulgar da vida democrática portuguesa. Foi oprimeiro Bispo de Setúbal, durante 23 anos, enessa qualidade ganhou o respeito dos dioce-sanos locais e dos políticos do país. Defendeu sempre os mais fracos, carentes,
marginalizados e nunca se calou perante as in-justiças. Ouviu, muitas vezes, chamaram-lhe"vermelho", de comunista, e considerou a alcu-nha como o melhor elogio que pode ser dado aum pastor da Igreja Católica. Hoje, com 77 anos, é um Bispo Resignatário
que não abdica da evangelização. É presidente da Fundação SPES, mas anda de
autocarro para fugir ao trânsito e sentir o povo.Durante mais de duas horas de conversa com o
jornal Solidariedade Dom Manuel Martins mos-trou a sua jovialidade, inteligência, simpatia e airreverência que sempre o caracterizou. CriticaDurão Barroso por ter abandonado a barca dagovernação e diz que o Euro 2004 foi uma espé-cie de bebedeira colectiva. Afirma que o neo-li-beralismo é uma religião fundamentalista. Das IPSS garante que só podem singrar e
desenvolver-se porque este modelo de socie-dade promove a solidariedade organizada. Na entrevista confirmou o que se escreveu na
capa de um dos cinco livros sobre a sua vida:Dom Manuel Martins é um Bispo Resignatáriomas não Resignado.
D. MANUEL MARTINS EM ENTREVISTA
Foram os pobres que encheramos estádios do Euro
Novos Rostos... Novos Desafios 75 anos da Misericórdia de Gaia
Avós e netos em são convívio A nova família UDIPSS de Aveiro em destaque
Do apetite para a municipalização das IPSS O Modelo Social Europeu
Autorizado pelos CTT a circular em invólucro fechado de plástico. Autorização DEO/415/204004/DCN
Preço: 0,50 euros
Mensário da
Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade
CNIS
Agosto 20042.ª Série N.º 64Mensal
Cónego Francisco CrespoDirector
JOAQUINA MADEIRA EM ENTREVISTA
Queremos reduzir parametade o tempo médiode atribuição do RSI
Espaço deOpinião
Cónego Francisco Crespo:
Será que o Presidente
da República se
enganou?
Padre José Maia:
Governo esqueceu
políticas sociais
Crónicas de:
Henrique Rodrigues
José Leirião
Mafalda Santos
Paulo Eduardo Correia
Preço: 0,50 euros
Mensário da
Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade
CNIS
Autorizado pelos CTT a circular em invólucro fechado de plástico. Autorização DEO/415/204004/DCN
Acordos assinados com 18 Câmaras do distrito
Centro Social eParoquial de Bobadela denuncia:Em Portugal morre-sse à fome!
Dia histórico para a UDIPSS do Porto
Entrevista com oPresidente da UDIPSS de Braga
Setembro 20042.ª Série N.º 65Mensal
Cónego Francisco CrespoDirector
FERNANDO RUAS EM ENTREVISTA
Onde há promotores privados
as autarquias não se devem meter
Espaço deOpinião
Joaquim Guarda:
O novo ano escolar
Padre José Maia:
Creches:
Casa cheia!
Crónicas de:
Henrique Rodrigues
José Leirião
Paulo Eduardo Correia
Preço: 0,50 euros
Mensário da
Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade
CNIS
Autorizado pelos CTT a circular em invólucro fechado de plástico. Autorização DEO/415/204004/DCN
Concha Tello:Uma Le igaUma Le igaMiss ionár iaMiss ionár iano Niassa no Niassa esquecidoesquecido
Entrevista com o Presidente daUDIPSS de Castelo Branco
Solidariedadevai estar online
Há ainda muito a fazer para me-lhorar a vida dos deficientes emPortugal. A principal batalha passapor uma alteração das mentalida-des, considera o Presidente daAssociação Nacional de Muni-cípios.
Nesta extensa entrevista, o eco-nomista Fernando Ruas abordaoutras questões sensíveis da vidaportuguesa.
Considera fundamental a criaçãodos Conselhos Locais de AcçãoSocial, a par de uma maior munici-palização no campo da solida-riedade.
Mais competências para as au-tarquias, exige Ruas, que lidera omunicípio viseense há 14 anos.
No que reporta à economia so-cial, o edil considera que tem sido“um refúgio de combate ao de-semprego”.
Outubro 20042.ª Série N.º 66Mensal
Cónego Francisco CrespoDirector
CARVALHO DA SILVA EM ENTREVISTA
Com este governo, o sector social Com este governo, o sector social
é dominado pelo poder económicoé dominado pelo poder económico
Preço: 0,50 euros
Mensário da
Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade
CNIS
Autorizado pelos CTT a circular em invólucro fechado de plástico. Autorização DEO/415/204004/DCN
FFaltam lares nas zonas mais altam lares nas zonas mais
populosas do distritopopulosas do distrito
Manuel Carvalho da Silva é uma das personalidades mais reconhecidas noespectro político português. Graças a uma alta definição, da imagem e da inter-venção social, o líder da CGTP é identificado com a defesa intransigente dosdireitos dos trabalhadores portugueses.
Nesta primeira entrevista ao jornal Solidariedade, Manuel Carvalho da Silva éo mesmo de sempre. Critica a substituição de Durão Barroso por Santana Lopesna chefia do governo e afirma estar muito preocupado com o agravamento datendência neo-liberal que este executivo representa.
Carvalho da Silva teme que todo o sector social seja subjugado pelo reforço dainfluência do poder económico e financeiro na condução do país. Sinal evidentedessa tendência é a designação do novo ministério da Segurança Social e aescolha do ministro. Nada tendo contra Fernando Negrão, enquanto pessoa, olíder da CGTP suspeita que o titular da pasta não conheça a dimensão das mis-sões para que foi requisitado.
Não é de espantar que nesta entrevista o maior destinatário da mordacidadecaracterística de Carvalho da Silva seja Bagão Félix, o ministro das Finanças.
Uma grande entrevista a não perder, nas páginas centrais.
Virgílio Mendes
Ardérius,
Presidente
da UDIPSS
da
Guarda
Vítimas da violência domésticaVítimas da violência doméstica
vão ter Casa Abrigovão ter Casa Abrigo
Centro Social e Paroquial da Vera Cruz
Solidariedade OnlineSolidariedade Online
com mais de 1000 com mais de 1000
visitas por diavisitas por dia
Henrique
Rodrigues
exige:
Pensão mínima de3.500 contos, já!
Novembro 20042.ª Série N.º 67Mensal
Cónego Francisco CrespoDirector
DULCE ROCHA EM ENTREVISTA
Todos os cidadãos têm o Todos os cidadãos têm o dever ético da denúnciadever ético da denúncia
Mário Nunes:
Liberdade,
Igualdade,
Solidariedade
Preço: 0,50 euros
Mensário da
Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade
CNIS
Autorizado pelos CTT a circular em invólucro fechado de plástico. Autorização DEO/415/204004/DCN
Mais voluntariadode execução, precisa-sse!
Entrevista com
o Presidente da
UDIPSS de
Leiria
Há 120 mil crianças em risco em Portugal. Sãoassim consideradas, por exemplo, aquelas quevivem em habitações degradadas, aquelas cujospais são toxicodependentes ou alcoólicos, aque-las que faltam à escola sucessivamente, aquelasque têm consultas marcadas e nunca aparecem.Dessas, um terço estão numa situação de perigo.Estão devidamente referenciadas e já houve ten-tativas, falhadas, de intervenção de entidadespúblicas ou privadas. Estão em perigo face àsaúde, segurança, educação e bem-estar. Aotodo, foram comunicados 23 mil destes casos,mas haverá outros tantos sem acompanhamentopor parte das 245 Comissões de Protecção deCrianças e Jovens espalhadas pelo país.
Com o julgamento do caso Casa Pia prestes acomeçar, com a mediatização das mortes deJoana, no Algarve e de Catarina, em Ermesinde,tem-se equacionado o papel que as Comissõesde Protecção da Crianças e Jovens devem ter naidentificação, avaliação, acompanhamento e de-cisão de casos em que as famílias naturais nãocumprem os deveres a que estão obrigadas.
A magistrada Dulce Rocha é a presidente daComissão Nacional de Protecção das Crianças eJovens em Risco. Em entrevista ao Solidariedadesublinha que a mediatização tem, pelo menos, umaspecto positivo: o de promover a denúncia desituação de crianças em perigo. Nesta entrevistaDulce Rocha afirma que o Ministério Público deveassumir cabalmente as funções de fiscalização eacompanhamento, que lhe estão atribuídas porlei, junto das Comissões locais. Para ler nas pági-nas centrais.
IPSIPSS com mais S com mais
leigos e menosleigos e menos
padres - defendepadres - defende
Virgílio FrVirgílio Franciscoancisco
Seminário IPSS e Voluntariado
Mensal
Cónego Francisco CrespoDirectorAutorizado pelos CTT a circular em invólucro fechado de plástico. Autorização DEO/415/204004/DCN
PRESIDENTE DO INSTITUTO DA DROGA E DA TOXICODEPENDÊNCIA
Há exploração das famíliasHá exploração das famíliasnos sistemas de tratamentonos sistemas de tratamento
Irmã Maria Isabel:
“A espera que se
traduz em esperança”
Mensário da
Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade
CNIS
Entrevista com Lino
Maia, Presidente da
UDIPSS-Porto
Nuno Freitas é o Presidente do Instituto da Droga e da
Toxicodependência. Médico de profissão, com 33 anos,
estava a trabalhar na Câmara de Coimbra, na equipa de
Carlos Encarnação, quando foi convidado pelo Primeiro-
ministro e pelo Ministro da Saúde para assumir a lider-
ança do IDT.
Foi substituir Fernando Negrão que ascendeu a Ministro
da Segurança Social da Família e da Criança.
No combate diário à toxicodependência, há ganhos e
perdas, avanços e recuos. Há notícias animadoras, a par
de dados negativos.
Em Grande Entrevista, Nuno Freitas traça um retrato do
sector.
“O Estado não“O Estado não
pode ser vistopode ser visto
como uma espéciecomo uma espécie
de Pde Pai Natal”ai Natal”
Dezembro 20042.ª Série N.º 68Preço: 0,50 euros
“É muito cedo para “É muito cedo para
fazermos previsões”fazermos previsões”
D. XIMENES BELO, SOBRE
O NOVO PAPA:
D. Ximenes Belo esteve em Miranda do Corvo, para
uma homenagem prestada pela ADPF, associando-se
ao XVII aniversário desta IPSS.
Vindo de Moçambique, em trânsito para Roma, para
participar numa reunião dos laureados com o Prémio
Nobel da Paz, D. Ximenes Belo aceitou responder a
algumas perguntas do Solidariedade.
“O recluso espera “O recluso espera
sempre que asempre que a
sociedade lhe perdoe”sociedade lhe perdoe”
PADRE JOÃO GONÇALVES,
COORDENADOR NACIONAL
DA PASTORAL DAS PRISÕES:
Mensal
Cónego Francisco CrespoDirectorAutorizado pelos CTT a circular em invólucro fechado de plástico. Autorização DEO/415/204004/DCN
TRAGÉDIA NA ÁSIA DEIXA O MUNDO EM CHOQUE
CCnniiss aabbrree ccoonnttaa ssoolliiddáárriiaaCCnniiss aabbrree ccoonnttaa ssoolliiddáárriiaa
Soares Pereira
escreve sobre
crianças em risco
Mensário da
Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade
CNIS
Entrevista com José
Joaquim Painho,
Presidente da
UDIPSS-Santarém
Participando numa grande onda de Solidariedade que minimize os efeitos dessas ondas
assassinas e devastadoras, o Presidente da CNIS apela a todas as Instituições Particulares
de Solidariedade Social para, com o seu dinamismo próprio contribuirem generosamente,
ajudando quem, neste momento, precisa da nossa solidariedade efectiva.
União escalabitanaUnião escalabitana
muito solicitadamuito solicitada
pelas IPSpelas IPSSS
Janeiro 20052.ª Série N.º 69Preço: 1 euro
UNICEF pede 60 UNICEF pede 60
milhões de euros demilhões de euros de
ajudaajuda
Governo de PortugalGoverno de Portugal
promove campanha promove campanha
de solidariedadede solidariedade
Caritas portuguesa jáCaritas portuguesa já
aplica donativosaplica donativos
Laboratório portuguêsLaboratório português
oferece 120 miloferece 120 mil
antibióticos ao antibióticos ao
Sri LankaSri Lanka
Deposite os seus donativos
na conta da CNIS do
Banco Montepio Geral:
NIB: 0036 0093 9910 0067797 10
Mensal
Cónego Francisco CrespoDirectorAutorizado pelos CTT a circular em invólucro fechado de plástico. Autorização DEO/415/204004/DCN
PROGRAMAS ELEITORAIS
PParar tidos temem falênciatidos temem falênciado sistema socialdo sistema social
Florinhas do Vouga
Mensário da
Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade
CNIS
Entrevista com José
Carlos Batalha,
Presidente da
UDIPSS de Lisboa
O Estado vai abdicar de gerir as unidades de acolhimento de crianças em risco, porque muitas delas apresentamcondições "indignas". O anúncio, feito pelo ministro da Segurança Social, está a causar polémica. O Presidente da CNISalerta para a possibilidade de se tratar de “um presente envenenado”. O Presidente da UDIPSS de Lisboa defende queo Estado devia ter chamado primeiro a CNIS à mesa das negociações.
“IPS“IPSS precisam S precisam
de um de um
choque cívico”choque cívico”
Fevereiro 20052.ª Série N.º 70Preço: 1 euro
CONTRA A ADVERSIDADE
Uma história de perseverança,de grande coragem contra aadversidade, a estória de umjovem que não quis nem querparar, porque parar não é viver.
VVaassccoo vvaaii VVaassccoo vvaaii àà lluuttaaàà lluuttaaUma instituição no
coração de Aveiro
A campanha eleitoral está na rua. Cartazes, promessas, declarações, discursos, imagens, debates, palavras, símbolos,mensagens… Os partidos estão em plena batalha democrática pela conquista dos votos. Convencer é o verbo a con-jugar até dia 20. Esclarecer é a prática tantas vezes soterrada pelo imediatismo das estratégias das campanhas vaziasde ideias e grávidas de poder. Para que a escolha seja consciente e responsável o Solidariedade foi aos programas dos partidos e folheou os capítu-los sobre as políticas sociais. Nas centrais pode encontrar o essencial das propostas dos partidos no que diz respeitoà acção social, ao papel das IPSS e às medidas de cariz social. Se quiser saber ainda mais pode consultar, na íntegra,os programas partidários no nosso site: Solidariedade Online
DECISÃO ENVOLTA EM POLÉMICA
Estado entrega unidades de acolhimento Estado entrega unidades de acolhimento
de crianças em risco às IPSSde crianças em risco às IPSS
Mensal
Cónego Francisco CrespoDirectorAutorizado pelos CTT a circular em invólucro fechado de plástico. Autorização DEO/415/204004/DCN
RUI CUNHA, EX-SECRETÁRIO DE ESTADO-ADJUNTO DO MINISTRO DO TRABALHO E DA SOLIDARIEDADE
Seria irSeria ir responsável diminuirresponsável diminuiro papel das IPSSo papel das IPSS
Entrevista com José
Marques Fernandes,
Presidente da
UDIPSS de Setúbal
Março 20052.ª Série N.º 71Preço: 1 euro
Há uma grande expectativa no sector social para decifrar as
grandes orientações políticas que o governo PS vai adoptar.
Os tempos continuam a fazer correr o rio da crise que atira
para as margens um número cada vez maior de desempre-
gados. As famílias sentem de forma mais intensa e prolonga-
da os efeitos da instabilidade; jovens e idosos lideram o rol
dos mais desprotegidos. O efeito de bola de neve tem uma
expressão muito adequada quando se trata de caracterizar
o impacto social da crise económica portuguesa. A mudança
de governo trouxe a esperança.
Com esta entrevista a Rui Cunha, um dos dirigentes do PS que
melhor pode traduzir e interpretar a ansiedade social, o
Solidariedade tentou antecipar algumas das políticas que o
Governo de José Sócrates pretende levar a efeito.
Costa Fernandes
escreve sobre as
PRIORIDADES
DA CNIS
VIEIRA DA SILVA É O MINISTRO DO TRABALHO E DA SOLIDARIEDADE SOCIAL
Um repetente na SolidariedadeA escolha de José Sócrates para a pasta do Trabalho e Solidariedade
Social recaiu em José Vieira da Silva. É um governante repetente já quefoi adjunto do ministro da Solidariedade, secretário de Estado daSegurança Social e secretário de Estado das Obras Públicas, das duasvezes tendo como ministro Ferro Rodrigues. Depois do afastamento dePaulo Pedroso, Vieira da Silva tornou-se mesmo na segunda figura socia-lista. No último congresso, que levou Sócrates à liderança, manteve-sediscreto. Valeu-lhe a manutenção no secretariado nacional e a perma-
nência na "entourage" dos que desenha-ram a estratégia que levou Sócrates aopoder.
Vieira da Silva, 53 anos, é licenciado emEconomia pelo ISEG e assistente convi-dado do Instituto Superior das Ciênciasdo Trabalho e da Empresa (ISCTE), ondefoi responsável pela cadeira de Economiae Política Económica Portuguesa.
Mensal
Cónego Francisco CrespoDirectorAutorizado pelos CTT a circular em invólucro fechado de plástico. Autorização DEO/415/204004/DCN
MMOORRRREEUU JJOOÃÃOO PPAAUULLOO II II
O PO Papa que mudou o mundoapa que mudou o mundo
Entrevista com Manuel
Domingos, Presidente
da UDIPSS de Viana
do Castelo
Abril 20052.ª Série N.º 72Preço: 1 euro
João Paulo II morreu aos 84 anos de idade, após quase 27 anos de pontificado.Karol Wojtyla foi eleito Papa em Outubro de 1978, iniciando o terceiro mais longopontificado da história da Igreja Católica. Os 26 anos de pontificado ficam marca-dos por muitas viagens, pelo ecumenismo e pela abertura a um mundo em con-vulsão. Poliglota e carismático, os discursos que faz cativam as multidões que reúne noslocais por onde passa. Interventivo, as palavras de João Paulo II não esquecemo mundo em convulsão, apelando incansavelmente à paz e ao combate àpobreza. Ao todo, escreveu 14 encíclicas (documentos doutrinais) e mais de dezmil discursos, abordando temas que vão do ambiente, à economia, passandopela segurança. Proclamou 1.338 beatos, canonizou 482 santos, mais do que em todos osPontificados desde a criação da Congregação dos Ritos, em 1588. Convocou 9 consistórios para a criação de cardeais e nomeou 232 cardeais. Realizou 104 viagens apostólicas fora da Itália, a que se juntam 146 nesse país. Visitou 129 países diferentes e mais de mil cidades, num total de quase 1.300 milquilómetros percorridos, suficientes para mais de três viagens entre a terra e a luae 29 voltas à terra. Nestas viagens pronunciou 3.288 discursos e esteve fora do Vaticano um total dedias correspondentes a dois anos e três meses. Escreveu 14 encíclicas, 15 exortações apostólicas, 11 constituições apostólicas,46 cartas apostólicas.pelo Vaticano.
PPADRE RUI PEDRO:ADRE RUI PEDRO:
Somos ainda um Somos ainda um
país de emigrpaís de emigrantesantes
Portugal tem cinco milhões de emiPortugal tem cinco milhões de emi--grantes dispersos por 121 pgrantes dispersos por 121 países deaíses detodo o mundo. todo o mundo. Ao contrário do que muitoAo contrário do que muitodiscurso político quer fazer crerdiscurso político quer fazer crer, o fluxo, o fluxode saída não estde saída não estancou com a integraçãoancou com a integraçãona União Europeia. Pelo contrário, estina União Europeia. Pelo contrário, esti --ma-se que cem mil pessoas continuem ama-se que cem mil pessoas continuem aemigrar em cada ano que pemigrar em cada ano que passa. assa. AoAomesmo tempo, recebemos imigrantes domesmo tempo, recebemos imigrantes doLeste da EuropLeste da Europa, de África e da a, de África e da AméricaAméricaLatina cada vez em maior número. ÉLatina cada vez em maior número. Éuma estranha realidade aqui analisadauma estranha realidade aqui analisadapelo Director da Obra Católica Portupelo Director da Obra Católica Portu--guesa das Migrações, pguesa das Migrações, padre Rui Pedro. adre Rui Pedro.
Mensal
Cónego Francisco CrespoDirector
Mensário da
Confederação Nacional das Instituições deSolidariedade
CNIS
Autorizado pelos CTT a circular em invólucro fechado de plástico. Autorização DEO/415/204004/DCN
EENNTTRREEVVIISSTTAA AA DD.. JJOORRGGEE OORRTTIIGGAA,, PPRREESSIIDDEENNTTEE DDAA CCOONNFFEERRÊÊNNCCIIAA EEPPIISSCCOOPPAALL PPOORRTTUUGGUUEESSAA
PPeessssooaass nnaa ““bbeerrmmaa ddaa eessttrraaddaa””PPeessssooaass nnaa ““bbeerrmmaa ddaa eessttrraaddaa””ssããoo oo nnoovvoo ddeessaaffiioo ppaarraa aa IIggrreejjaassããoo oo nnoovvoo ddeessaaffiioo ppaarraa aa IIggrreejjaa
Entrevista com Nuno
Rodrigues, Presidente
da UDIPSS de Vila Real
Maio 20052.ª Série N.º 73Preço: 1 euro
AA grande entrevistgrande entrevista do Solidariedade escolheu o a do Solidariedade escolheu o Arcebispo deArcebispo deBraga, D. Jorge Ortiga que é, desde Braga, D. Jorge Ortiga que é, desde Abril, novo presidente daAbril, novo presidente daConferência EpiscopConferência Episcopal Portuguesa, tendo sucedido ao Cardeal D.al Portuguesa, tendo sucedido ao Cardeal D.José Policarpo.José Policarpo.
AA Conferência dos Bispos Portugueses tem vindo a assumir umConferência dos Bispos Portugueses tem vindo a assumir umprotprotagonismo evidente que D. Jorge Ortiga promete manteragonismo evidente que D. Jorge Ortiga promete manter, a bem, a bemdas causas da Igreja. das causas da Igreja.
EstEsta entrevista entrevista serve ta serve também pambém para confrontara confrontar a acção social daar a acção social daIgreja com os novos desafios das marginalidades emergentes. "AsIgreja com os novos desafios das marginalidades emergentes. "Asnovas pobrezas não se resolvem dando de comer ou de vestirnovas pobrezas não se resolvem dando de comer ou de vestir. . AAIgreja devia percorrer o caminho de Damasco ao encontro do pobre,Igreja devia percorrer o caminho de Damasco ao encontro do pobre,vendo o samaritvendo o samaritano e não olhando pano e não olhando para o lado. ara o lado. AA missão da Igrejamissão da Igrejaestá aí." está aí."
AA recente publicação, pela Conferência Episcoprecente publicação, pela Conferência Episcopal, de uma Cartal, de uma Cartaade Princípios da de Princípios da Acção Social e CaritAcção Social e Caritativa da Igreja serviu tativa da Igreja serviu tambémambémppara compara comparar o desempenho das instituições que a Igreja tutelaarar o desempenho das instituições que a Igreja tutelacom as restcom as restantes IPSS e o pantes IPSS e o papel do Estapel do Estado na promoção social. Daado na promoção social. Daleitura da entrevistleitura da entrevista fica-se a saber que pode surgira fica-se a saber que pode surgir, a devido, a devidotempo, uma organização que congregue as instituições de orientempo, uma organização que congregue as instituições de orien--ttação cristã pação cristã para melhor direccionar a intervenção e aumentara melhor direccionar a intervenção e aumentar oar opeso reivindicativo, mas sempre em sintonia com a CNIS. peso reivindicativo, mas sempre em sintonia com a CNIS.
D. Jorge Ferreira da CostD. Jorge Ferreira da Costa Ortiga nasceu em Brufe, concelho dea Ortiga nasceu em Brufe, concelho deVVila Nova de Famalicão, no dia 5 de Março de 1944. Cursou osila Nova de Famalicão, no dia 5 de Março de 1944. Cursou osseminários da seminários da Arquidiocese de Braga entre 1955 e 1967, ordenanArquidiocese de Braga entre 1955 e 1967, ordenan--do-se sacerdote em 9 de Julho deste mesmo ano. Em 1987, o Papdo-se sacerdote em 9 de Julho deste mesmo ano. Em 1987, o PapaaJoão Paulo II nomeou-o Bispo titular de Novabárbara e João Paulo II nomeou-o Bispo titular de Novabárbara e Auxiliar deAuxiliar deBraga, tendo recebido a ordenação episcopBraga, tendo recebido a ordenação episcopal na Basílica doal na Basílica doSameiro, em 1988. Em 1999 foi nomeado pSameiro, em 1988. Em 1999 foi nomeado para ara Arcebispo de Braga. Arcebispo de Braga.
CENTRO PCENTRO PAROQUIAL SOCIAL DE SAROQUIAL SOCIAL DE SAZES DA BEIRAAZES DA BEIRA
Carmita e Maria Palmira no Carmita e Maria Palmira no
Clube das 100+Clube das 100+Conclu ído o processoConc lu ído o processo
negocia l de um novonegocia l de um novo
Contrato Colect ivo deContrato Colect ivo de
TrabalhoTrabalho
ENTRE A CNIS E A FRENTE
DE SINDICATOS DA UGT
Mensal
Cónego Francisco CrespoDirectorAutorizado pelos CTT a circular em invólucro fechado de plástico. Autorização DEO/415/204004/DCN
Junho 20052.ª Série N.º 74Preço: 1 euro
MANUEL BRANDÃO ALVES, PRESIDENTE DA ANDC EM ENTREVISTA
O Microcrédito é umaO Microcrédito é umamaneira de cada um semaneira de cada um seajudar a si próprioajudar a si próprio
Espaço deOpinião
Padre José Maia:
Portugal: um grande
desafio
Crónicas de:
Henrique Rodrigues
José Leirião
Paulo Eduardo Correia
Publicamos, na íntegra, o texto donovo ContratoColectivo de Trabalhopara as IPSSsuplemento com 64 páginas
Entrevista com BatalhaMachado, Presidente da UDIPSS de Viseu
Mensário da
Confederação Nacional das Instituições deSolidariedade
CNIS
O Microcrédito é um instrumento da designada Finança Ética que teve a sua origem há cerca de 20O Microcrédito é um instrumento da designada Finança Ética que teve a sua origem há cerca de 20anos no Bangladesh. O economistanos no Bangladesh. O economista Muhammad a Muhammad YYunus acreditou que era possível fazer um "bancounus acreditou que era possível fazer um "bancodos pobres" desde que se acreditdos pobres" desde que se acreditasse na capasse na capacidade do homem se ajudar a si próprio. Em vez deacidade do homem se ajudar a si próprio. Em vez degarantias as instituições de crédito pgarantias as instituições de crédito passam a acreditassam a acreditar nas pessoas. ar nas pessoas.
Em Portugal é a Em Portugal é a Associação Nacional de Direito ao Crédito, em pAssociação Nacional de Direito ao Crédito, em parceria com o Millennium e o IEFParceria com o Millennium e o IEFP,,quem leva à prática estquem leva à prática esta nova modalidade bancária em que o lucro não vem em primeiro lugara nova modalidade bancária em que o lucro não vem em primeiro lugar..
Em termos simples, o Microcrédito é um empréstimo, com limite máximo de 5.000 euros, destinadoEm termos simples, o Microcrédito é um empréstimo, com limite máximo de 5.000 euros, destinadoa quem vive em situação de exclusão social. Destina-se a ser um investimento, um começo de vida.a quem vive em situação de exclusão social. Destina-se a ser um investimento, um começo de vida.E é por isso que a maioria dos candidatos ao microcrédito vai de mãos a abanarE é por isso que a maioria dos candidatos ao microcrédito vai de mãos a abanar. Os pedidos de. Os pedidos deempréstimo pempréstimo para consumo não são contemplados. ara consumo não são contemplados.
Mesmo assim, o balanço feito pela Mesmo assim, o balanço feito pela Associação Nacional de Direito ao Crédito é muito positivo.Associação Nacional de Direito ao Crédito é muito positivo.NoventNoventa por cento dos candidatos a um pequeno negócio que recorrem ao microcrédito obtêm finana por cento dos candidatos a um pequeno negócio que recorrem ao microcrédito obtêm finan--ciamento. E desses apenas vinte por cento falham nos objectivos de regressarem a uma vida prociamento. E desses apenas vinte por cento falham nos objectivos de regressarem a uma vida pro--dutiva. Em cinco anos de actividade a dutiva. Em cinco anos de actividade a ANDC já apoiou a criação de 425 pequenos negócios, que geANDC já apoiou a criação de 425 pequenos negócios, que ge--raram mais de 500 postos de trabalho, com um financiamento totraram mais de 500 postos de trabalho, com um financiamento total de 1,8 milhões de euros. al de 1,8 milhões de euros.
Na Grande EntrevistNa Grande Entrevista que concedeu ao SOLIDARIEDADE o presidente da a que concedeu ao SOLIDARIEDADE o presidente da ANDC explica o que é oANDC explica o que é oMicrocrédito, pMicrocrédito, para que serve e a quem se destina. Manuel Brandão ara que serve e a quem se destina. Manuel Brandão Alves é Professor Catedrático naAlves é Professor Catedrático naUniversidade Técnica de Lisboa. Universidade Técnica de Lisboa. Assumiu a presidência da Assumiu a presidência da ANDC há cerca de dois meses. ANDC há cerca de dois meses.
Mensal
Cónego Francisco CrespoDirectorAutorizado pelos CTT a circular em invólucro fechado de plástico. Autorização DEO/415/204004/DCN
Julho 20052.ª Série N.º 75Preço: 1 euro
PADRE ANTÓNIO VAZ PINTO EM ENTREVISTA:
HHáá pprroobblleemmaass ggrraavveess HHáá pprroobblleemmaass ggrraavveess ddee eexxcclluussããoo eemm PPoorrttuuggaallddee eexxcclluussããoo eemm PPoorrttuuggaall
Entrevista com JoséCarreiro, Presidente da URIPSS do Algarve
Mensário da
Confederação Nacional das Instituições deSolidariedade
CNIS
Cáritas
Diocesana
de Aveiro
promove
comunidade
cigana
Padre José Maia propõeHIPOTECA SOCIAL
Henrique Rodriguescomenta as declaraçõesde A. João Jardim
Paulo Correia reflectesobre os dramas dosjuízes de Menores
O pO padre adre António VAntónio Vaz Pinto foi um dos primeiros aaz Pinto foi um dos primeiros adenunciar o exagero do "arrastão" de Carcavelos. Edenunciar o exagero do "arrastão" de Carcavelos. Efê-lo na qualidade de fê-lo na qualidade de Alto Comissário pAlto Comissário para aara aImigração e Minorias Étnicas. NestImigração e Minorias Étnicas. Nesta grande entrea grande entre--vistvista ao Solidariedade, a ao Solidariedade, António VAntónio Vaz Pinto voltaz Pinto volta aa afazer a prova da histeria mediática que se geroufazer a prova da histeria mediática que se gerouquando um grupo de jovens negros se concentrou equando um grupo de jovens negros se concentrou eprovocou desacatos na praia de Carcavelos. Oprovocou desacatos na praia de Carcavelos. OACIME garante que o pACIME garante que o pseudo-arrastão demonstrouseudo-arrastão demonstroua existência de problemas gravíssimos de exclusãoa existência de problemas gravíssimos de exclusãoem Portugal.em Portugal.NestNesta entrevista entrevista, a, António VAntónio Vaz Pinto afirma que,az Pinto afirma que,muito mais do que as manifestmuito mais do que as manifestações fascistações fascistas eas enazis, a ideia de que "os imigrantes vêm tirar onazis, a ideia de que "os imigrantes vêm tirar oemprego" aos nacionais pode acender o rastilho daemprego" aos nacionais pode acender o rastilho daxenofobia e do racismo. xenofobia e do racismo. António VAntónio Vaz Pinto, que exerce desde 2002 o cargoaz Pinto, que exerce desde 2002 o cargode de Alto Comissário pAlto Comissário para a Imigração e Minoriasara a Imigração e MinoriasÉtnicas afirma, na grande entrevistÉtnicas afirma, na grande entrevista, que o actuala, que o actualgoverno tem plena consciência dos verdadeirosgoverno tem plena consciência dos verdadeirosproblemas da imigração. Por isso, acreditproblemas da imigração. Por isso, acredita que aa que anova lei da nacionalidade, a desburocratização e asnova lei da nacionalidade, a desburocratização e asalterações nos processos de legalização podemalterações nos processos de legalização podemmudar a realidade.mudar a realidade.Está preocupEstá preocupado com a exploração dos ilegais eado com a exploração dos ilegais edefende que as IPSS e a Igreja têm um pdefende que as IPSS e a Igreja têm um papel imporapel impor--ttante a desempenharante a desempenhar. . António VAntónio Vaz Pinto nasceu em Lisboa em 1942.az Pinto nasceu em Lisboa em 1942.Concluiu a licenciatura em Filosofia em 1970 e,Concluiu a licenciatura em Filosofia em 1970 e,entre 1971 e 1975, completou entre 1971 e 1975, completou TTeologia numa unieologia numa uni--versidade alemã. Foi ordenado sacerdote em 1974.versidade alemã. Foi ordenado sacerdote em 1974.É Superior da Residência do Porto da CompÉ Superior da Residência do Porto da Companhiaanhiade Jesus e membro fundador do Banco de Jesus e membro fundador do Banco AlimentAlimentararcontra a Fome.contra a Fome.
Mensal
Cónego Francisco CrespoDirectorAutorizado pelos CTT a circular em invólucro fechado de plástico. Autorização DEO/415/204004/DCN
Agosto 20052.ª Série N.º 76Preço: 1 euro
MARIA JOÃO FREITAS, INVESTIGADORA DE ECOLOGIA SOCIAL DO LNEC
�É preciso política social de�É preciso política social dehabitação, em vez de políticahabitação, em vez de políticade habitação social�de habitação social�
Publicamos, na íntegra, em suplemento, o textodo Protocolo deCooperação para2005
Em Coimbra há fotos nacadeia - Pág. 22
Mensário da
Confederação Nacional das Instituições deSolidariedade
CNIS
Os Protocolos de Cooperação para 2005, anualmente celebrados entre o Ministério do Trabalho e da Solidarieda-de Social e as entidades representativas das Instituições de Solidariedade, das Misericórdias e das Mutualidades,foram assinados em finais de Julho, no Salão Nobre do Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social.Estes protocolos têm, designadamente, por objectivo principal fixar os valores da comparticipação financeira daSegurança Social relativamente ao custo das respostas sociais. Na cerimónia estiveram presentes o Ministro do Trabalho e da Solidariedade Social, o Secretário de Estado daSegurança Social, os presidentes da União das Misericórdias Portuguesas e da União das Mutualidades, algunsdirigentes da Segurança Social, os presidentes da Mesa da Assembleia Geral e do Conselho Fiscal da CNIS e opresidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade, o cónego Francisco Crespo.Leia a detalhada reportagem que publicamos na página 3.
A grande entrevista do Solidariedade destaedição revela uma Investigadora Auxiliar e Chefedo Núcleo de Ecologia Social do LaboratórioNacional de Engenharia Civil. Maria João Freitasnasceu no Porto, em Campanhã, em 1964, masa vida, a profissão e os estudos levaram-na aescolher Lisboa para viver.
É Doutorada em Sociologia, pelo ISCTE, com atese subordinada ao Tema "Habitação eCidadania - no trilho da complexidade de proces-sos relacionais generativos"; tem o Mestrado deSociologia na área de especialização deSociologia Urbana e Rural, também pelo ISCTE,com a tese subordinada ao tema "Acções deRealojamento e Transformação dos Modos deVida", concluído em Março de 1993; é licenciadaem Sociologia pela Faculdade de CiênciasSociais e Humanas da Universidade Nova deLisboa .
No LNEC tem desenvolvido e participado,desde 1986, em vários projectos de investigaçãosobre áreas degradadas e contextos residen-ciais de realojamento, sociabilidades locais e re-des de vizinhança, satisfação residencial, quali-dade do habitat, exclusão social, governância,desenvolvimento de sistemas de acção, planea-mento, avaliação e gestão de projectos; análisede dados e intervenção no quadro do desen-volvimento sócio-territorial e de apoio à decisão.
Maria João Freitas é, além da competência eda experiência, uma pessoa que irradia simpatiae gosta de conversar sobre temas sociais. Oresultado condensado da conversa com oSolidariedade está nas páginas centrais.
Mensal
Cónego Francisco CrespoDirectorAutorizado pelos CTT a circular em invólucro fechado de plástico. Autorização DEO/415/204004/DCN
Setembro 20052.ª Série N.º 77Preço: 1 euro
PROFESSOR ALBERTO BARROS, CATEDRÁTICO EM GENÉTICA MÉDICA
��NNããoo ddeevvee hhaavveerr lliimmiitteess àà��NNããoo ddeevvee hhaavveerr lliimmiitteess ààiinnvveessttiiggaaççããoo cciieennttííffiiccaa��iinnvveessttiiggaaççããoo cciieennttííffiiccaa��
Como é difícil ser-sesolidário no Alentejo
César Fatela escrevesobre o PortugalSolidário Página 7
Mensário da
Confederação Nacional das Instituições deSolidariedade
CNIS
UNIDADE E CORRESPONSABILIDADEEditorial do Presidente da CNIS, Cónego Francisco Crespo
�Nunca como hoje as instituições particulares de solidariedade social precisam de uma organizaçãoque garanta a defesa dos seus interesses, nomeadamente, perante quem considera esgotado o seumodelo de intervenção.
Ao invés, continuamos a apostar na exigência do reconhecimento público do papel das IPSS nodesenvolvimento sustentado do país e na necessidade de actualização e revitalização do Pacto deCooperação para a Solidariedade Social. Na valorização do trabalho voluntário e no aprofundamentode uma politica de cooperação com o Estado que, no respeito pela identidade e autonomia institu-cionais, garanta a introdução de factores de qualidade e segurança no funcionamento e na gestão darede solidária de equipamentos e serviços�. Página 2
Num momento em que a questão do aborto estáde regresso à ribalta; numa altura em que, maisdo que nunca, os avanços científicos relacionadoscom a engenharia genética e a clonagem, são te-mas de discussão corrente, o Solidariedade con-vidou para a Grande Entrevista desta edição o pio-neiro da introdução em Portugal de grande partedas técnicas de Reprodução Medicamente Assis-tida. É um terreno de definição legal ainda muitovaga e de conhecimento difuso.O Professor Alberto Barros é o director do Serviçode Genética da Faculdade de Medicina do Porto, éprofessor catedrático de Genética e é o DirectorClínico do Centro de Genética de Reprodução,uma clínica privada do Porto. Tem 48 anos, é casa-do e tem dois filhos. Alberto Barros foi o introdutor em Portugal dainseminação artificial, intraconjugal e com esper-matozóides de dador, em 1985. Em 1994 foi quemcomeçou a prática da utilização da Injecção Intra-citoplasmática. Era ele o director da equipa res-ponsável pela introdução em Portugal, em 1998,do diagnóstico genético de pré-implantatório. Licenciou-se e doutorou-se na Faculdade de Medi-cina do Porto. Trabalhou no Serviço de Obstetríciado Hospital de S. João até 1989. É católico, assu-mido e praticante, tendo sido catequista até aos 26anos. Nesta entrevista ao Solidariedade Alberto Barrosassume algumas posições polémicas designada-mente em relação ao aborto, à clonagem e àadopção. Para ler nas páginas centrais.
Entrevista a CremildeVermelho, Presidente daDelegação Distrital de Évorada CNIS
Páginas 4 e 5
Henrique Rodrigues pergunta:�Que farei quando tudoarde?�
Página 19
Mensal
Cónego Francisco CrespoDirectorAutorizado pelos CTT a circular em invólucro fechado de plástico. Autorização DEO/415/204004/DCN
PRESIDENTE DO INSTITUTO DA DROGA E DA TOXICODEPENDÊNCIA
Há exploração das famíliasHá exploração das famíliasnos sistemas de tratamentonos sistemas de tratamento
Irmã Maria Isabel:
�A espera que se
traduz em esperança�
Mensário da
Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade
CNIS
Entrevista com
Eleutério Alves,
Presidente da
UDIPSS-Bragança
� T� Te m o s a l d e i a se m o s a l d e i a s
q u e s ã o q u e s ã o
a u t ê n t i c o s a u t ê n t i c o s
c e n t r o s d ec e n t r o s d e
d i a !d i a ! ��
Outubro 20052.ª Série N.º 78Preço: 1 euro
D. Ximenes Belo esteve em Miranda do Corvo, para uma homenagem prestada pela ADPF, associando-se ao XVII aniversário desta
IPSS.
Vindo de Moçambique, em trânsito para Roma, para participar numa reunião dos laureados com o Prémio Nobel da Paz, D. Ximenes
Belo aceitou responder a algumas perguntas do Solidariedade.
Encontro de Encontro de gerações v iv idogerações v iv idono d ia-aa-ddiano d ia-aa-ddia
CENTRO SOCIAL PAROQUIAL S. MARTINHO - TAVAREDE
Mensal
Cónego Francisco CrespoDirectorAutorizado pelos CTT a circular em invólucro fechado de plástico. Autorização DEO/415/204004/DCN
Novembro 20052.ª Série N.º 79Preço: 1 euro
CARACTERIZAÇÃO SOCIAL, ECONÓMICA E CULTURAL DAS FREGUESIAS
Mapa social das Mapa social das freguesias pode ajudar freguesias pode ajudar a transformar o Paísa transformar o País
UIPSS/Madeirarealizou o seu
primeiro congresso
Cónego FranciscoCrespo e Padre JoséMaia escrevem sobreo estudo em destaquenesta edição Páginas 2 e 16
Espaços de opinião de:Henrique RodriguesJosé LeiriãoPaulo Eduardo Correia
Mensário da
Confederação Nacional das Instituições deSolidariedade
CNIS
O estudo "Caracterização Social, Económica e Cultural das Freguesias" é um mapO estudo "Caracterização Social, Económica e Cultural das Freguesias" é um mapa social dea social dePortugal que deve servir pPortugal que deve servir para identificar a evolução das problemáticas sociais no nosso para identificar a evolução das problemáticas sociais no nosso país e equaaís e equa--cionar as respostcionar as respostas dadas ao nível territorial mais básico - o da freguesia. as dadas ao nível territorial mais básico - o da freguesia. É um instrumento fundamentÉ um instrumento fundamental pal para as IPSS que estão instara as IPSS que estão instaladas no terreno e um guião de necesaladas no terreno e um guião de neces--sidades psidades para quem pretende intervir no desenvolvimento social local. ara quem pretende intervir no desenvolvimento social local. O estudo dá um cariz científico a um campo de intervenção normalmente pO estudo dá um cariz científico a um campo de intervenção normalmente pautautado pela iniciativa,ado pela iniciativa,"carolice", desafio, intuição, boa-vont"carolice", desafio, intuição, boa-vontade, oportunidade e, infelizmente nalguns casos, oportunismo. ade, oportunidade e, infelizmente nalguns casos, oportunismo. AA "Caracterização Social, Económica e Cultural das Freguesias" permite perceber que em muitos"Caracterização Social, Económica e Cultural das Freguesias" permite perceber que em muitoscasos existe desadequação entre a ofertcasos existe desadequação entre a oferta e a procura no "mercado social"; permite concluir que háa e a procura no "mercado social"; permite concluir que hánovos problemas que estão a descoberto da solidariedade e da iniciativa quer do Estnovos problemas que estão a descoberto da solidariedade e da iniciativa quer do Estado quer daado quer dasociedade civil; permite corroborar o diagnóstico das doenças de um desenvolvimento desequilisociedade civil; permite corroborar o diagnóstico das doenças de um desenvolvimento desequili--brado que favorece o litoral e o urbano. brado que favorece o litoral e o urbano. Algumas das conclusões são apresentAlgumas das conclusões são apresentadas nestadas nesta edição do a edição do SolidariedadeSolidariedade . . AA extensão, a complexiextensão, a complexi--dade e a competência científica do estudo merecem uma análise cuidada e profunda por pdade e a competência científica do estudo merecem uma análise cuidada e profunda por parte dosarte dospromotores sociais e decisores políticos. promotores sociais e decisores políticos. O estudo é, de facto, um mapO estudo é, de facto, um mapa social. É preciso arranjar forma de o disponibilizar às IPSS pa social. É preciso arranjar forma de o disponibilizar às IPSS para queara queencontrem o melhor caminho pencontrem o melhor caminho para a sua função social. ara a sua função social.
Mensal
Cónego Francisco CrespoDirectorAutorizado pelos CTT a circular em invólucro fechado de plástico. Autorização DEO/415/204004/DCN
Dezembro 20052.ª Série N.º 80Preço: 1 euro
AASSEMBLEIA GERSSEMBLEIA GERAL DAL DA CNIS, EM FÁTIMAA CNIS, EM FÁTIMA
Uma prova deUma prova degrande v i ta l idadegrande v i ta l idade
Padre José Maia
Paulo Correia fala-nosdo �gato borralheiro�
Mensário da
Confederação Nacional das Instituições deSolidariedade
CNIS
IRMÃ MARIA ISABEL MONTEIRO:
"A acção social não é monopólio de ninguém nem podeser politizada; no momento em que se transformar embandeira política, acaba a acção social."
Este é o alerta deixado pela Irmã Maria Isabel Monteiro,directora da Casa Nossa Senhora do Rosário, daFigueira da Foz, em conversa com o Solidariedade. Elogo adianta não podermos admitir �que as populaçõessejam exploradas nas campanhas eleitorais�.
A Assembleia Geral da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS), realizada no passado dia 26 deNovembro, contou com a participação de 186 associadas, tendo juntado em Fátima perto de meio milhar de pessoas rela-cionadas com as Instituições Particulares de Solidariedade Social.
Este nível de participação é um sinal de grande vitalidade do movimento social e permite antever um Congresso, marcadopara Fátima em 27 e 28 de Janeiro de 2006, de superior importância para o futuro.
Parabéns à CNIS
O PNAC e as IPSS, naóptica de José Leirião
BOAS Festas para todosos nossos leitores
Soraia Dias