Sophie Calle

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Sophie Calle

Uso da fotografia em práticas artísticas

“Sempre precisei de imagens, nunca fiz

um projeto sem imagens"

Procedimento artístico

Limite tênue entre ficção e verdade.

Literatura fora de si/ projetos não classificáveis.

Não há compromisso com a verdade.

Textos curtos construídos a partir de imagens.

Fotografias assumem sentidos diversos sem o apoio do

texto.

Aproveita-se da condição documental da fotografia.

Fotografia como memória da performance, arquivo e

exposição do trabalho.

Vida Performance

Necessita de ações para produzir narrativas.

Firma pactos consigo mesma.

Jogador que cria suas próprias regras – outra relação cm

o cotidiano.

“Fotógrafo-performer” - prova da performance

Vida como uma sequência de jogos. Viver e

fazer arte.

Afeto, fotografia e experiência

É ela quem fala, escreve, atua. Ela é autora, narradora,

personagem.

Narrativa é recontada / reforçada.

Esgotamento da experiência

afetiva. Relação com a fotografia é afetiva. / Tentativa de esgotar

um significado.

Voltar os olhos às possibilidades que os objetos

sem significado remetem.

Cria um “método”

Sem motivação “consciente” começa a seguir

desconhecidos nas ruas.

Acaso e atos “sem nenhum significado, feito de forma

arbitrária” tornam-se método para encontrar ideias.

Superação de vazio.

Biografias imaginárias.

Ritual de investigação.

Gesto apaixonado pelo risco.

“Como acordava de manhã e não

conseguia decidir nada, pensei em

deixar que elas decidissem por mim”.

Busca pessoal : fuga do vazio.

“Meus projetos nascem da frustração e da

impossibilidade”

Uma “ritualização” da vida cotidiana.

Domesticar a desordem.

Ela não se entrega à arbitrariedade do real, transforma o

acaso em aliado.

Acaso – eixo determinante de suas ações.

Personagem de si mesma.

Autoficção como processo e/ou procedimento de

escrita.

Paul Auster Calle concretiza rituais inventados por

Auster

Ações necessitam sempre da

existência do outro.

Incorpora as ficções de Auster à sua

realidade.

Torna-se, pela via ficcional, um autor

programado por outro autor.

Concepção da vida como uma

performance contínua, de situações

arbitrárias que assumem formas de

rituais.

“Leviatã” (1992) Paul Auster

“Instruções pessoais para Sophie Calle a fim de melhorar a vida em NY. (A seu pedido)”

“Sorrir em todas as circunstâncias, tomando o cuidado de não dirigir-se a homens e contabilizando as respostas positivas;

Falar com desconhecidos, tendo como pretexto comentários sobre as condições metereológicas.

Oferecer sanduíches e cigarros a mendigos.

Adotar um lugar e transformá-lo em extensões da sua própria personalidade”.

Obras

Suite Vénitienne (1979)_ livro

“Please follow me”_ Jean Baudrillard

“ Seguir o outro é controlar seu itinerário; é tomar conta da

sua vida sem que ele saiba. É representar o papel mítico da

sombra, que tradicionalmente segue você e protege

você do sol – o homem sem sombra é exposto à

violência da vida sem mediação – é para aliviar ele

desse fardo existencial, a responsabilidade pela sua

própria vida. Simultaneamente, ela, que segue, é ela própria

liberada da responsabilidade pela sua própria vida,

seguindo cegamente os passos de outros(...) Seguindo-o, ela o

substitui, troca de vida com ela, troca paixões, desejos, se

transforma no outro. (...) Tudo está ali, a pessoa nunca deve

entrar em contato, deve seguir, nunca deve amar, deve estar

mais perto do outro que sua própria sombra. E deve

desaparecer na paisagem antes que o outro olhe para trás”

[p.22-25]

La Filature (1981)

“Evidência fotográfica da própria existência”

Hotel, quarto 47 (1981)

Hotel, quarto 29 (1981)

Hotel, quarto 28 (1981)

Double Blind, No Sex Last Night (1992) Sophie Calle e Greg Shephard

Caderneta de endereços (1983)

Les Dormeurs

"Eu queria que a minha cama estivesse ocupada 24 horas por dia, como essas

fábricas que nunca param. Pedi às pessoas que se sucedessem em turnos de

oito horas durante oito dias. Eu fotografei todas as horas. Eu assisti ao meus

convidados dormirem"

Prenez Soin de Vous (2007)

“Dernière Image” (2010)

* Qual o papel da fotografia nas

narrativas de Calle, nas quais ela é

personagem de si mesma?

* Como dialoga a obra Lumpérica, de

Diamela Eltit, e Histórias Reais, de

Sophie Calle?