Post on 03-Sep-2020
SP FAZ ESCOLA CADERNO DO PROFESSOR
ARTE
ENSINO FUNDAMENTAL
VOLUME 3
Governo do Estado de São Paulo
Governador João Doria
Vice-GovernadorRodrigo Garcia
Secretário da EducaçãoRossieli Soares da Silva
Secretário ExecutivoHaroldo Corrêa Rocha
Chefe de GabineteRenilda Peres de Lima
Coordenador da Coordenadoria PedagógicaCaetano Pansani Siqueira
Presidente da Fundação para o Desenvolvimento da EducaçãoNourival Pantano Junior
SP FAZ ESCOLA CADERNO DO PROFESSOR
ARTE
ENSINO FUNDAMENTAL – 6º ANO
VOLUME 3
Caderno do Professor - Teatro - 6º ano
Prezado Professor,
Este material é o resultado do trabalho colaborativo entre os técnicos da Equipe
Curricular de Arte da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo e de Professores
Coordenadores de Arte de Núcleos Pedagógicos de diferentes regiões do Estado de São
Paulo. O documento é constituído por Situações de Aprendizagem com atividades a serem
livremente analisadas pelos docentes e postas em prática em sala de aula, na perspectiva de
uma abordagem investigativa que requer conhecimento relativo à Linguagem do Teatro,
visando possibilitar diferentes processos cognitivos relacionados aos objetos de
conhecimento (conteúdos, conceitos e processos). O foco principal das atividades é o
desenvolvimento de habilidades, ou seja, aquilo que se espera que o estudante aprenda nesta
etapa de ensino, iniciando a implementação do Currículo Paulista.
Antes de iniciar as Situações de Aprendizagem, apresentamos algumas considerações
sobre o teatro e um aporte sobre a Educação Inclusiva, Avaliação e Recuperação.
A Linguagem Teatral
Como linguagem artística, o teatro pode se valer de variados elementos de
significação para comunicar algo aos espectadores, utilizando-se, principalmente, de signos
visuais (os gestos do ator, os adereços de cena, os figurinos, o cenário, a iluminação) e
sonoros (o texto, as canções, as músicas, os efeitos sonoros). Há encenações teatrais que
utilizam signos olfativos (aromas de perfumes ou essências, cheiro de defumador, odor de
alimentos conhecidos etc.) ou signos táteis (em que a realização cênica, – por meio de atores
ou de objetos cenográficos, estabelece algum tipo de contato corporal com os espectadores).
As situações de aprendizagem aqui organizadas, por meio de atividades específicas,
propõem aos estudantes, fundamentalmente, que apreciem, analisem, identifiquem,
reconheçam, investiguem, relacionem e experimentem objetos de conhecimento que se
articulam na linguagem teatral, convidando-os a conhecer e a se apropriarem de suas
possibilidades comunicacionais, de forma individual, coletiva e colaborativa.
Os diversos objetos de conhecimento, que constituem a arte teatral, tornam-se
materiais a serem explorados nos processos de investigação da comunicação que se
estabelece entre palco e plateia, entre os que agem em cena e os que observam da sala. Os
objetos cenográficos, a sonoplastia, a iluminação, os gestos, as construções corporais e
vocais, entre outros, são tratados enquanto elementos que participam da constituição de um
discurso cênico, e que, como a palavra, tem algo a dizer.
Propõe-se, gradativamente, aos estudantes a percepção de que a linguagem não é só
verbal, trabalhando o apuro em mostrar teatralmente uma situação, utilizando elementos de
significação para se elaborar uma escrita cênica.
As situações de aprendizagem são, geralmente, programadas com claro
encadeamento entre uma atividade e outra, organizando um processo em que um
determinado aspecto da linguagem (a palavra, as sonoridades, os objetos, o espaço cênico, a
iluminação, as diferentes funções e gêneros teatrais, a construção de personagens etc.), ou
um material, ou um tema, ou uma obra de arte será especificamente explorado naquele
encontro, fazendo com que esse aspecto específico seja o fio condutor entre as diversas
atividades propostas. Assim, o planejamento das atividades pode estimular o estudante a se
voltar para um aspecto da linguagem, que será especificamente explorado naquele dia, e
estabelecer um rastro perceptível na investigação empreendida, possibilitando que o grupo
tenha noção e se aproprie do processo de aprendizagem.
Nas avaliações, os estudantes, seguindo as diretrizes do professor, podem conversar
tanto sobre questões relativas às dimensões da vida, problematizando as situações do dia a
dia, quanto sobre as resoluções artísticas apresentadas em aula com o intuito de aprimorar a
aptidão do grupo para compreensão dos discursos cênicos, de forma mais ampla. Assim, dar
a palavra aos estudantes torna-se tão indispensável quanto as próprias atividades, já que eles,
com seus comentários e sugestões, colaboram para a produção de conhecimentos. A
avaliação vai propiciando aos alunos, aos poucos, apropriação da linguagem teatral,
efetivando análises mais criteriosas e refinando a qualidade da sua comunicação com o
mundo.
A partir das sondagens e apreciações, o professor pode elencar questionamentos
relacionados aos momentos de aprendizagem e, gradualmente, no decorrer do processo,
torná-los mais complexos. Aos poucos, os estudantes se sentirão estimulados a conduzir os
debates, apropriando-se do processo de aprendizagem.
Nas aulas, deve vigorar um espírito aberto para as ideias dos estudantes. Para isso, o
professor precisa reforçar a importância do respeito aos diferentes pontos de vista e à
diversidade criativa, contudo não significa que o professor não possa intervir e sugerir outro
rumo quando considerar necessário.
A experiência teatral desafia o estudante a analisar e compreender diversos signos
presentes em uma encenação. Esse mergulho, na linguagem teatral, provoca a percepção, a
criatividade e mobiliza a capacidade de simbolizar. Podemos conceber, assim, que a tomada
de consciência se efetiva como leitura de mundo. Apropriar-se da linguagem é ganhar
condições para essa leitura.
Arte como experiência da arte.
A percepção sensível do indivíduo, desde a instauração dos ditames da vida moderna,
está premida por uma vivência urbana marcada pelos choques do cotidiano, pela
padronização gestual, pelo consciente assoberbado e pelo desestímulo à atuação de outras
formações da psique. Resta-lhe o empobrecimento da experiência e da linguagem.
As alterações na percepção solicitam procedimentos artísticos modificados para
provocar a irrupção da memória involuntária. Somente uma recepção livre de
condicionamentos, cujo consciente seja surpreendido, poderia se deixar atingir pelo instante
significativo em que, na relação com o objeto artístico, o olhar nos é retribuído, nos toca o
íntimo e faz surgir o inadvertido, trazendo à tona experiências cruciais, ou, quem sabe,
vislumbres de um futuro proveitoso. O encontro com a arte pode ser pensado, desde então,
como intrinsecamente relacionado com a proposição e a produção de experiências.
Educação Inclusiva - Estudantes com Necessidades Especiais
Todos os estudantes são capazes de aprender. Esse processo é individual e o
professor deve estar atento às necessidades individuais e coletivas. Estudantes com
deficiência visual e auditiva desenvolvem a linguagem e pensamento conceitual.
Os estudantes com deficiência intelectual podem enfrentar mais dificuldade no
processo de alfabetização teatral, mas são capazes de desenvolver oralidade, reconhecer sinais
gráficos, trabalhar sua gestualidade e a sonoridade dependendo do grau de dificuldade das
atividades.
É importante valorizar a diversidade e estimular o desempenho sem fazer uso de um
único nivelador. A avaliação deve ser feita em relação ao avanço do próprio estudante sem
usar critérios comparativos. O princípio de inclusão parte dos direitos de todos à educação,
independentemente das diferenças e necessidades individuais, inspirado nos princípios da
Declaração de Salamanca (Unesco, 1994) e presente na Política Nacional de Educação
Especial na Perspectiva de Educação Inclusiva, de 2008.
Todos devem saber o que diz a Constituição, mas é essencial conhecer o Plano
Nacional de Educação (PNE), que estabelece a obrigatoriedade de pessoas com deficiência
e com qualquer necessidade especial de frequentarem ambientes educacionais inclusivos.
A Lei nº 7.853 estipula a obrigatoriedade de todas as escolas em aceitar matrículas de
estudantes com necessidades especiais – e transforma em crime a recusa a esse direito.
Aprovada em 1989 e regulamentada em 1999, a lei é clara: todas as crianças têm o mesmo
direito à educação. Neste contexto, o professor(a) precisa realizar uma adaptação curricular
para atender à diversidade em sala de aula.
Para saber mais:
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva
da Educação Inclusiva. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.
php?option=com_docman&view=download&alias=16690-politica-nacional- -de-educacao-
especial-na-perspectiva-da-educacao-inclusi - va-05122014&Itemid=30192. Acesso em: 23
out. 2019.
LEI Nº 7.853, DE 24 DE OUTUBRO DE 1989. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l7853.htm. Acesso em: 03/jun./2020.
BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Disponível em: http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9394.htm. Acesso em: 23 out. 2019.
Deficiência auditiva
Estudantes com deficiência auditiva podem ter lacunas na aprendizagem pela
ausência de informações. Certamente possuem conhecimentos prévios, são capazes e têm
condições de prosseguir aprendendo, se forem informados e estimulados de forma
sistemática, levando em conta sua diversidade linguística e possibilidades de comunicação.
Ao dar explicações ou dirigir-se aos estudantes, verifique se estão olhando para você. A
maioria se comunica em Libras e pode haver aqueles que fazem uso de aparelhos de
ampliação sonora e leitura labial. Durante a apresentação das atividades, caso não haja um
intérprete, você pode explicar para a classe toda utilizando desenhos na lousa para a
apropriação dos objetos de conhecimento. Convide um estudante para demonstrar o que
deve ser feito, fale olhando de frente sempre que possível. Nas atividades de apreciação
teatral, incentive os estudantes a colocarem as mãos sobre a caixa de som para sentir as
vibrações da sonoplastia. Um intérprete pode traduzir a fala dos atores.
Faz parte da escolarização a ampliação de tempos, disponibilização de comunicação
adequada, adequação curricular, acesso às novas tecnologias de informação e comunicação e
diferentes formas de avaliação.
Para saber mais:
Processo de compreensão e reflexão sobre a iniciação teatral de surdos. Disponível
em:https://repositorio.unb.br/bitstream/10482/15606/1/2014_CileneRodriguesCarneiro
Freitas.pdf. Acesso em: 30 jan. 2020.
Alunos surdos cantam, dançam e interpretam na aula de Arte. Disponível em:
https://novaescola.org.br/conteudo/1370/alunos-surdos-cantam-dancam-e-interpretam-
na-aula-de-arte. Acesso em: 30 jan. 2020.
Teatro e deficiência: em busca de uma metodologia inclusiva. Disponível em:
http://www.pe.senac.br/congresso/anais/2015/arquivos/pdf/poster/TEATRO%20E%2
0DEFICI%C3%8ANCIA%20em%20busca%20de%20uma%20metodologia%20inclusiva.
pdf. Acesso em: 30 jan. 2020.
Deficiência visual
Todo estudante precisa desenvolver habilidades cênicas. É importante para o
planejamento das aulas e a adaptação curricular das atividades, buscar em literatura
especializada informações a respeito da multiplicidade de aspectos relacionados às causas da
cegueira, ao grau de acuidade visual, à idade de incidência da perda visual, às experiências
educacionais vivenciadas e às características pessoais e familiares. Existe uma enorme
quantidade de gestos, que são habitualmente utilizados por pessoas que enxergam
normalmente, porém o estudante com deficiência visual não é capaz de utilizar esses códigos
para sua comunicação durante o trabalho com a linguagem teatral, mas pode criar e utilizar
vocabulário próprio – auditivo/tátil, desenvolvido a partir da semiótica teatral: gesto,
expressão facial, movimentação corporal, voz etc.
Teatro Cego. Disponível em: http://caleidocultura.com.br/teatro-cego/. Acesso em: 31
jan.2020.
Teatro-Educação: uma Experiência com Jovens Cegos. Disponível em:
http://www.deficienciavisual.pt/txt-teatro-educacao_jovens_cegos.htm. Acesso em: 31
jan.2020.
Deficiência intelectual
O Componente Curricular Arte, por meio das suas diferentes linguagens, torna
possível a manifestação de sentimentos e pensamentos colaborando com o desenvolvimento
da comunicação, transformando e enriquecendo as vivências teatrais por meio de
experimentações significativas. Estimular as relações cognitivas, emocionais e lógicas são
importantes e necessárias para o desenvolvimento global. Nem todos os estudantes poderão
formular os registros de maneira autônoma. Nesses casos, o professor pode ser o escriba ou
propor outras formas, como desenhos ou imagens recortadas. Essa adaptação curricular
garante a participação efetiva do estudante nas atividades.
Como Trabalhar com Alunos com Deficiência Intelectual – Dicas Incríveis para Adaptar
Atividades. Disponível em: - https://institutoitard.com.br/como-trabalhar-com-alunos-
com-deficiencia-intelectual/ . Acesso em: 23 out. 2019.
Arte e Deficiência Intelectual: caminhos, possibilidades. Disponível
em: http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_p
de/2016/2016_artigo_edespecial_uem_vilmasayurimarubayashi.pdf. Acesso em: 31 jan.
2020.
Avaliação e recuperação
A avaliação e recuperação, proposta neste material, é diagnóstica, iniciando com a
ação do professor ao investigar o que os estudantes conhecem ou não conhecem acerca dos
objetos de conhecimento que serão abordados e processual em todos os momentos de
prática pedagógica, nos quais podemos incluir diferentes maneiras de acompanhar, avaliar e
recuperar as aprendizagens. Nesta concepção de avaliação e recuperação em Arte, é
importante adotar a postura de não estabelecer critérios de comparação, oferecer
possibilidades para que os estudantes alcancem os objetivos esperados, estar atento às
dificuldades expostas na realização das atividades e propor soluções.
O fator socioemocional, presente em todos os momentos de aprendizagem em
agrupamentos produtivos, tem em vista a formação integral do estudante. É importante frisar
que o tempo necessário para o desenvolvimento das habilidades, por meio de situações de
aprendizagem, pode variar entre uma turma e outra mesmo que da mesma etapa.
Recomendamos a prática diária do registro, em um portfólio, como importante
ferramenta para acompanhar os avanços e dificuldades no desenvolvimento de habilidades e
apropriação dos conhecimentos, observação dos processos criativos, relação com os colegas,
participação, empenho, respeito pela produção individual, coletiva e colaborativa,
autoconfiança, valorização das diferentes expressões artísticas . Esse tipo de registro é
essencial para o reconhecimento de que todos os obstáculos e desacertos podem ser
superados. Também é uma ferramenta importante para a retomada das aulas anteriores, para
recuperar e avaliar a turma, proporcionando aos estudantes com dificuldades, deficiência
ou até mesmo aos faltosos, a oportunidade de construir e ampliar sua própria aprendizagem,
em colaboração com toda a turma e a mediação professor, além de propiciar aos estudantes,
com altas habilidades ou superdotação, a participação na aprendizagem dos demais colegas .
Nessa prática, você poderá registrar as considerações e suposições inteligentes
estudantes, que ocorrerão durante as rodas de conversas iniciais ou fechamento das aulas,
considerando, alinhando e direcionando o desenvolvimento produtivo das atividades.
Dessa forma, o resultado das avaliações oferecerá os elementos necessários para
analisar seu planejamento, replanejar, se necessário, e para o acompanhamento individual e
elaboração de propostas de recuperação das aprendizagens durante todo o ano letivo.
Antes de iniciar as situações de aprendizagem, apresentamos o Organizador
Curricular:
No quadro estão dispostas todas as habilidades, que expressam as aprendizagens
essenciais que devem ser asseguradas aos estudantes nesta etapa. Para tanto, são descritas de
acordo com uma determinada estrutura, conforme o exemplo a seguir:
Código Alfanumérico: EF06AR24 – semelhante à numeração apresentada na BNCC.
EF = Ensino Fundamental - 06 = 6º ano - AR = Arte - 24 = número da habilidade.
Habilidade (EF06AR24): Reconhecer e apreciar artistas, grupos e coletivos cênicos de
circo-teatro (teatro circense) e circo paulistas, brasileiros e estrangeiros de diferentes épocas,
investigando os modos de criação, produção, divulgação, circulação e organização da atuação
profissional.
Verbos - explicitam os processos cognitivos envolvidos na habilidade: Reconhecer, apreciar
e investigar.
Objetos de conhecimento - mobilizados na habilidade: artistas, grupos e coletivos cênicos
de circo-teatro (teatro circense) e circo paulistas, brasileiros e estrangeiros de diferentes
épocas.
Modificadores dos objetos de conhecimento - explicitam o contexto e/ou uma maior
especificação da aprendizagem esperada: os modos de criação, produção, divulgação,
circulação e organização da atuação profissional.
Em outras habilidades, também existem modificadores de verbos, por exemplo,
“experimentar” e “utilizando”.
Condições didáticas e indicações para o desenvolvimento das atividades:
Demonstram as ações necessárias para alcançar o desenvolvimento das habilidades,
articuladas aos tipos de conteúdo: Conceitual, Atitudinal, Procedimental e Factual.
Observar se o estudante: Indicações que auxiliarão nos processos de avaliação e
recuperação.
Habilidades integradoras: São habilidades que propõem conexões entre duas ou mais
linguagens artísticas, para ampliação das possibilidades criativas, de compreensão de
processos de criação e fomento da interdisciplinaridade.
Organizador Curricular
Habilidades Condições didáticas e
indicações para o
desenvolvimento das
atividades
Observar se o
estudante
(EF06AR24) Reconhecer e apreciar
artistas, grupos
e coletivos cênicos de circo-teatro
(teatro circense) e circo paulistas,
brasileiros e estrangeiros de diferentes
épocas, investigando os modos de
criação, produção, divulgação,
circulação e organização da atuação
profissional.
Organizar momentos de
sondagem, apreciação,
reconhecimento, e
investigação dos objetos
de conhecimento.
Aprecia, reconhece e
investiga os objetos
de conhecimento.
(EF06AR25) Investigar, identificar e
analisar a comédia e a farsa como
gêneros teatrais e a relação entre as
linguagens teatral e circense em
diferentes tempos e espaços,
Organizar momentos de
sondagem, apreciação,
investigação, identificação
e análise dos objetos de
conhecimento.
Aprecia, investiga e
identifica e analisa os
objetos de
conhecimento.
aprimorando a capacidade de
apreciação estética teatral.
(EF06AR26) Explorar diferentes
elementos envolvidos na composição
de acontecimentos cênicos da
comédia e da farsa, do circo-teatro
(teatro circense) e do circo (figurinos,
adereços, maquiagem/visagismo,
cenário, iluminação e sonoplastia) e
reconhecer seus vocabulários.
Organizar momentos de
sondagem, apreciação
exploração dos objetos de
conhecimento.
Aprecia e explora os
objetos de
conhecimento,
reconhecendo seus
vocabulários.
(EF06AR28) Investigar e
experimentar diferentes funções
teatrais (ator, figurinista, aderecista e
maquiador/visagista etc.) e
compreender a relação entre elas nos
processos de criação de personagem.
Organizar momentos de
sondagem, apreciação,
investigação e
experimentação dos
objetos de conhecimento.
Aprecia, investiga e
experimenta os
objetos de
conhecimento.
Compreende a
relação entre eles
nos processos de
criação de
personagem.
(EF06AR29) Experimentar, de
maneira imaginativa na improvisação
teatral e no jogo cênico, a gestualidade
e as construções corporais e vocais de
personagens da comédia e da farsa.
Organizar momentos de
sondagem, apreciação e
experimentação dos
objetos de conhecimento.
Aprecia e
experimenta os
objetos de
conhecimento.
(EF06AR30) Compor cenas,
performances, esquetes
e improvisações com base em textos
dramáticos ou
outros estímulos (música, imagens,
objetos etc.),
explorando a comédia e a farsa como
gêneros teatrais
e a relação entre as linguagens teatral
e circense, caracterizando
personagens (com figurinos, adereços
e maquiagem), cenário, iluminação e
sonoplastia e considerando a relação
com o espectador.
Organizar momentos de
sondagem, apreciação,
composição, exploração e
caracterização dos objetos
de conhecimento,
considerando a relação
com o espectador.
Aprecia, compõe,
explora e caracteriza
os objetos de
conhecimento,
considerando a
relação com o
espectador.
Habilidade Articuladora Condições didáticas e
indicações para o
desenvolvimento das
atividades
Observar se o
estudante
(EF69AR31) Relacionar as práticas
artísticas às diferentes dimensões da
vida social, cultural, política, histórica,
econômica, estética e ética.
Organizar momentos de
sondagem, apreciação e
relação dos objetos de
conhecimentos às
diferentes dimensões da
vida.
Aprecia e relaciona
os objetos de
conhecimento às
diferentes
dimensões da vida.
Situação de Aprendizagem I
Habilidade (EF06AR29): Experimentar, de maneira imaginativa na improvisação teatral e
no jogo cênico, a gestualidade e as construções corporais e vocais de personagens da comédia
e da farsa.
Objetos do conhecimento: Processos de criação
● Improvisação teatral
● Jogo Cênico
● Gestualidade
● Personagens da comédia e da farsa
● Construções corporais e vocais
Habilidade (EF06AR30): Compor cenas, performances, esquetes e improvisações com
base em textos dramáticos ou outros estímulos (música, imagens, objetos etc.), explorando a
comédia e a farsa como gêneros teatrais e a relação entre as linguagens teatral e circense,
caracterizando personagens (com figurinos, adereços e maquiagem), cenário, iluminação e
sonoplastia e considerando a relação com o espectador.
Objetos do conhecimento: Processos de criação
● Cenas
● Performance
● Esquetes
● Improvisação
● Gêneros - comédia e farsa
● Personagens da comédia e da farsa.
● Figurinos, adereços, maquiagem, cenário, iluminação e sonoplastia
● Relação entre as linguagens teatral e circense
● Relação das linguagens teatral e circense com o espectador
Professor, nesta situação de aprendizagem estão previstas cinco atividades. Nelas,
você vai conversar com os estudantes para explorar os seus conhecimentos prévios, colocá-
los em contato com as linguagens teatral e circense, com a caracterização de personagens
desde os figurinos até os adereços e maquiagem, como também com o cenário, a iluminação
e a sonoplastia. Além disso, os estudantes poderão se familiarizar com a improvisação teatral,
o jogo cênico, a gestualidade e as construções corporais e vocais de personagens tanto da
comédia quanto da farsa. É importante que você realize registros durante o desenvolvimento
das atividades, a fim de colaborar com os momentos de avaliação e recuperação. Para
ampliação de seu repertório, foram elencados alguns conceitos importantes .
Ação física: Ação executada pelos atores (teatro/dança/circo) envolvendo voz, gestos e
movimentos. Esta ação, aliada a aspectos como cenografia, texto, iluminação, sonoplastia,
maquiagem, figurino etc., gera a atuação, que é lida e interpretada pelo espectador, que lhe
atribui sentido a partir de seu conhecimento de mundo e de suas experiências anteriores,
sentimentos, sensações e emoções.
Adereço: Acessório que compõem o conjunto estético de um personagem.
Comédia: Gênero que explora situações do dia a dia, exagera particularidades do
comportamento humano e critica costumes de forma bem-humorada, provocando risos no
público.
Cena: Trecho, recorte, fração ou acontecimento dramático.
Cenário: Conjunto de elementos que, combinados, mimetizam ambientes reais, para
reforçar a atmosfera onírica do palco.
Construções corporais e vocais: Conjunto de características físicas e vocais pesquisadas,
experimentadas e assumidas pelo ator, para a configuração de uma personagem no fazer
teatral.
Espectador: Aquele que assiste a um espetáculo.
Esquetes: é uma cena curta (no máximo tem duração de dez minutos). Em sua maioria, os
atores atuam e improvisam uma cena com teor cômico.
Farsa: Gênero que, apesar de ser dramático, é cômico, exagerado e extravagante na
abordagem de situações cotidianas, valores e relações sociais. Seus personagens são
excêntricos e caricatos.
Figurino: Vestimenta utilizada pelos atores para a caracterização de personagens, que
identifica suas características, idade, sexo, idade, classe social, profissão, nacionalidade,
religião etc. Pode também, indicar uma época, região, estação do ano.
Gestualidade: Conjunto de gestos que caracteriza determinado personagem.
Iluminação: Infinitos recursos que participam e colaboram com a produção de sentido do
acontecimento teatral.
Improvisação: Essa técnica possibilita ações espontâneas para o trabalho do ator e do não
ator. O improvisador explora seus limites criativos e agilidade criativa. Ela pode ser realizada
tanto individualmente quanto em equipe.
Jogo Cênico ou Jogo Dramático: Os jogos cênicos, geralmente, são realizados para
explorar a gestualidade e a voz, a partir de temas, desafios e situações corriqueiras.
Desenvolvidos em grupo, onde cada indivíduo elabora por si e com os outros, situações
cênicas, utilizando-se de diversos signos visuais, sonoros e corporais.
Maquiagem: Possui diversas funções. No nosso caso, servirá apenas como forma de
teatralização da fisionomia.
Personagem: Papel assumido por um ator ou uma atriz a partir de um esboço criado por
um autor. Como exemplo, utilizaremos alguns personagens da Commedia Dell’arte.
Personagens da comédia e da farsa: Estes gêneros teatrais não possuem personagens
específicos, porém, há particularidades e semelhanças entre eles, como por exemplo: o
exagero, a imitação de costumes, a intriga, a paródia, os estereótipos e o deboche.
Performance: Manifestação artística que ocorre em determinado momento (ao vivo),
geralmente, em espaços não convencionais para o teatro. Nela, o ator interpreta ideias com
liberdade, associa diferentes linguagens, produzindo algo híbrido e impactante.
Relação com o espectador: Por muito tempo, foi esquecido ou considerado sem
importância no seu processo de desenvolvimento, mas, atualmente, é visto como parte da
obra, afetando-a e sendo afetado por ela. O efeito da atuação do artista sobre o espectador
está fortemente ligado ao efeito do espectador sobre o artista.
Relação entre as linguagens teatral e circense: A principal característica a ser observada
é a presença do ser humano em estado espetacular, que utiliza recursos dramáticos e
expressivos na condução da performance cênica. Há a utilização de roteiros pré-definidos,
de improvisação, de personagens, de construções corporais e vocais, de figurinos, de
adereços, de iluminação, de sonoplastia específica etc. Embora a formatação do espetáculo
seja distinta, ambos podem utilizar espaços diferentes, por exemplo, uma apresentação teatral
pode “caber” em espaços nos quais uma apresentação de determinados números circenses,
não.
Sonoplastia: Este termo é recorrente em teatro, circo, cinema, rádio e televisão.
Compreende a recriação de sons da natureza, de animais e objetos, de ações e movimentos,
ilustrados ou sugeridos sonoramente em cada cena. Contemplava, também, a gravação e a
montagem de diálogos, bem como a seleção, a gravação e o alinhamento de música com
função dramatúrgica.
Texto dramático: Textos escritos ou adaptados com o objetivo de serem encenados.
Para saber mais:
Jogo cênico: elaboração da cena circense. Disponível em:
https://www.institutonetclaroembratel.org.br/educacao/para-ensinar/planos-de-
aula/jogo-cenico-elaboracao-da-cena-circense/. Acesso em 18 fev. 2020.
OBS. Vale a pena discutir com os alunos a situação dos artistas e dos espetáculos teatrais em
épocas de isolamento social.
Sugestões de leitura:
https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2020/05/teatro-feito-na-pandemia-marca-
retorno-a-era-dos-autores-e-dramaturgos.shtml. Acesso em: 22 jun. 2020.
http://www3.eca.usp.br/noticias/teatro-e-pandemia-novas-possibilidades-de-exist-ncia-
para-os-palcos. Acesso em: 22 jun. 2020.
Atividade 1: Sondagem
Nesta atividade, é importante que você organize uma roda de conversa com os
estudantes, a fim de levantar seus saberes prévios e instigar sua curiosidade sobre os
conceitos: improvisação teatral, jogo cênico, gestualidade, personagem, construções
corporais e vocais, cenas, performance, esquetes, gêneros teatrais - comédia e farsa, figurinos,
adereços, maquiagem, cenário, iluminação e sonoplastia, fazendo-os refletir sobre a relação
entre as linguagens teatral e circense, bem como a relação do personagem com o espectador.
O caderno do estudante, páginas 06 e 07, apresenta um conjunto de questões para auxiliar
nesta atividade de sondagem, deixando-os à vontade para se colocar livremente durante a
conversa. À medida em que as respostas forem surgindo, vá anotando palavras chave na
lousa para, ao final, elaborar um fechamento sobre tudo o que foi conversado. Solicite que
os estudantes anotem este conjunto de informações e respondam as questões no caderno.
Por conta do grande número de conceitos, esta conversa poderá se estender por mais de uma
aula.
1. Quem já foi ao teatro? Qual peça viram?
2. Lembram de algum personagem? Como era a roupa dele (figurino)? Algum
personagem usava chapéu, bengala, guarda-chuva, ou outro objeto (adereço)?
3. Como ele andava? Como eram seus gestos? (gestualidade) Como era a voz dele
(era normal ou diferente)? Ele usava maquiagem ou máscara? Como eram?
4. Como era o cenário da peça? Tinha uma iluminação contínua (como a da sala de
aula) ou ela mudava?
5. Havia música e/ou ruídos durante a apresentação? O que pensam sobre o que
ouviram? A música e os ruídos ajudaram ou atrapalharam as cenas?
6. Sabem o que é Improvisação teatral? E jogo cênico? Justifique sua resposta.
7. O que acham que é uma performance?
8. Existem diversos gêneros teatrais. Sabendo disso, vocês sabem quais são as
diferenças e semelhanças entre comédia e farsa? Justifique sua resposta.
9. O que é um esquete? Qual a diferença entre cena e esquete?
10. Alguém já foi ao circo? Conhecem o personagem palhaço? Já viram este
personagem em algum outro lugar?
11. Existem relações entre o teatro e o circo? (retome algumas perguntas já feitas
acima, para que compreendam que as linguagens do teatro e do circo se
relacionam e o conceito de esquete, normalmente utilizada pelo circo).
Para saber mais:
O caderno do estudante apresenta a indicação de dois links para acesso, caso o
estudante nunca tenha ido ao teatro. Se preferir, você pode apresentar os vídeos antes de
realizar a conversa.
Esquete Teatral "Milho aos Pombos" Festival Cenas Curtas de Niterói 2012.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=c4ofEKuTrHw. Acesso em 19 jan.
2020.
Esquete de Marcos Casuo. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=IlxI7QgONeU&t=347s. Acesso em 18 fev. 2020.
OBS.:A Sugestão é apresentar o vídeo até 5:37.
Atividade 2: Apreciação
Apresente as imagens e vídeos indicados a seguir, para ilustrar os conceitos
conversados anteriormente: 1) improvisação teatral, jogo cênico, 2) gestualidade, 3)
personagem (figurinos, adereços, maquiagem), 4) construções corporais e vocais, 5) cenas, 6)
performance, 7) esquete, 8) gêneros teatrais - comédia e farsa, 9) cenário e iluminação, 10)
iluminação e sonoplastia.
Durante a apreciação, faça perguntas abertas sobre o que eles conseguem identificar
de cada um dos conceitos específicos. Diga que eles podem recorrer às anotações feitas na
atividade anterior. Se necessário, a partir das respostas da turma, pontue e reforce os
conceitos. É importante analisar as fotos e assistir aos vídeos antecipadamente.
1. Improvisação/jogo cênico:
Só Perguntas - Barbixas. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=dWYRzJ3LKMU. Acesso em 06 dez. 2019.
2. Gestualidade:
2a 2b 2c
2a) Brava-2840242_1920 Imagem de Robin Higgins por Pixabay;
2b) Chateada-2681502_1920 Imagem de Robin Higgins por Pixabay;
2c) Surpresa-2840248_1920 Imagem de Robin Higgins por Pixabay
3. Personagens: (além da análise dos personagens, também é possível trabalhar Figurinos,
Adereços e Maquiagem)
3a 3b 3c
3a. Fonte: Arlequim. “Disponível em: https://pixabay.com/pt/photos/arlequim-palha%C3%A7o-
praga-887221/. Acesso em: 05/ mar./ 2020”.
3b. Fonte: “Disponível em https://pixabay.com/pt/photos/pessoas-celebra%C3%A7%C3%A3o-
partido-traje-3118261/. Acesso em: 05/ mar./ 2020”.
3c. Fonte: Palhaço: “Disponível em https://pixabay.com/pt/photos/palha%C3%A7o-
comediante-nariz-circo-365377/. Acesso em: 05/ mar./ 2020”.
4. Construções corporais e vocais: (Utilize trechos do vídeo “Os Saltimbancos” ou” Milho
aos Pombos".)
5. Cenas - Selecione cenas do vídeo “Os Saltimbancos”.
6. Performance:
CEGOS - Performance na Virada Cultural 2015. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=ZVfnS4UWeRE. Acesso em 06 dez. 2019.
Para saber mais sobre a performance “Cegos”: https://www.desviocoletivo.com.br/cegos.
Acesso em 06 dez. 2019.
7. Esquete:
Que remédio? – Parafernalha. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=n9iTaU498d4. Acesso em 06 dez. 2019.
8. Comédia e Farsa:
Farsa Teatral - MOLIÉRE - O Médico Saltador. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=aiGtcnWk80E. Acesso em 06 dez. 2019.
Commedia Dell’Arte - Arlequim, Servidor de Dois Patrões (parte 9/11) - (trecho).
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=y-C08sJr9D4. Acesso em 06 dez.
2019.
Para saber mais sobre os gêneros teatrais - (Vídeos para o Professor):
Comédia - Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=llJcrM7O90s. Acesso em 06 dez. 2019.
Farsa – Disponível no youtube no canal Duvidando:
https://www.youtube.com/watch?v=GeZ_f6UUZxw. Acesso em 06 dez. 2019.
9. Cenários/Iluminação:
Fonte: Todas imagens são Cenas Da Peça “Minha Vida de Menina”. EE Profa. Hilda
Prates Gallo. V Mostra de teatro DER Guarulhos Norte. Marcelo Baldoíno/
Guarulhos/2019. “Disponível em
https://photos.google.com/share/AF1QipNEBHZX84xcERStSkXSPb9-
eqypM5oanI4nD7GeRC-cE5lyp3K26Dh9BcWkNKKhBQ?key=NkVPcFNPd2
RXUk1LTU1uWXFrTU9Rdk1tenZNVWZR Acesso em 28. fev. 2020”.
10. Iluminação e Sonoplastia: (Construções corporais e vocais, Figurinos, Adereços e
Maquiagem também podem ser trabalhados, a partir do vídeo abaixo).
Espetáculo "Os Saltimbancos" - Odeon Companhia Teatral. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=WSuwCY7YPf0. Acesso em 06 dez. 2019.
Cirque du Soleil - Ovo. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=aAh5XA_4S3o. Acesso em 06 dez. 2019.
A partir da análise dos dois vídeos acima, pergunte quais as semelhanças e diferenças sobre
a relação entre as linguagens teatral e circense, bem como a relação do personagem com o
espectador.
Atividade 3: Ação Expressiva I
A proposta desta atividade é propiciar momentos de experimentação da
improvisação teatral por meio de dois jogos, utilizando a leitura dramática e gestualidade.
Organize o espaço da sala de aula, ou agende a quadra da escola. Ao final da atividade,
converse com os estudantes sobre o que foi vivenciado e solicite que cada um escreva um
relato de autoavaliação, registrando o que e como aprendeu nessa experiência.
Jogo 1: Elabore, antecipadamente, dez filipetas com frases retiradas de poemas, letras de
músicas, textos dramáticos etc. Divida a turma em grupos com até seis componentes e
distribua uma filipeta para cada grupo. O desafio é que cada integrante do grupo deve
trabalhar a mesma frase de uma forma diferente, modificando sua voz natural e utilizando o
corpo e os gestos, experimentando interpretá-la de forma dramática, cômica, sussurrando,
por exemplo. (Se necessário retome as imagens 2a, 2b e 2c, da atividade de Apreciação,
fazendo-os pensar, qual é a frase que ela está dizendo.)
Após as experimentações, forme um círculo com todos, solicitando que cada um
apresente sua interpretação da frase. Depois que todos tiverem se apresentado, proponha
uma apresentação coletiva, na qual todos ao mesmo tempo, ao seu sinal, interpretarão suas
frases. Aproveite a organização em círculo e converse com a turma para saber como foi
realizar este jogo.
Jogo 2: Organize os estudantes e explique que o jogo será realizado, inicialmente, por uma
dupla (sucessivamente outras duplas serão formadas para participar da atividade). A atividade
consiste em um diálogo improvisado, baseado em perguntas e respostas, porém utilizando
gestos exagerados e voz “estranha”. O desafio é desenvolver o diálogo seguindo a ordem
alfabética. Sendo assim, a primeira palavra da primeira pergunta deve iniciar com a letra “A”,
e a primeira palavra da resposta deve iniciar com a letra “B”. O diálogo deve prosseguir até
alguém errar, ou não conseguir ir adiante. Quando isso acontecer, recomece o jogo, voltando
para a letra “A” com uma nova dupla.
Exemplo:
jogador 1 - Amigo, você por aqui?
jogador 2 - Beleza! Sim e você o que faz por aqui?
jogador 1 - Comecei a trabalhar nesta loja hoje!
jogador 2 - “Da hora mano!”
jogador 1 - Então, vamos tomar um suco, qualquer dia desses?
jogador 2 - Faz tempo que não fazemos isso.
jogador 1 - Gosta de que tipo de suco?
jogador 2 - Hortelã com abacaxi.
Para saber mais:
Vários exemplos de como a improvisação pode gerar cenas e textos bem interessantes para
uma produção teatral. Barbixas. Disponível em:
https://www.youtube.com/channel/UCZbgt7KIEF_755Xm14JpkCQ. Acesso em: 22 jan.
2020.
Atividade 4: Ação Expressiva II
Agora que já foram experimentadas as construções corporais e vocais, esta atividade
será direcionada à caracterização de personagens e apresentação de um esquete.
Antecipadamente, solicite aos estudantes que tragam alguns objetos (garrafa pet, relógio,
lanternas, celular etc.), adereços (chapéu, colares, pulseiras, bengala etc.) fantasias, papéis
(pardo, crepom, jornal), fita crepe, tesoura, barbante, tecidos etc. Esses materiais serão
utilizados na confecção dos figurinos das personagens e iluminação das apresentações. É
importante que você, também, traga alguns materiais, para serem utilizados se necessário.
Esquete: Para realização desta atividade, antecipadamente, selecione, apresente e adapte, se
necessário, pequenos textos dramáticos ou não (jornais/revistas com situações do cotidiano),
músicas, imagens, objetos etc. Divida a turma em grupos de até seis componentes e proponha
a criação e vivência de um esquete. Explique que a cena deve ser curta, com no máximo
cinco minutos de duração, e deve utilizar personagens (excêntricos e/ou caricatos) e
características do gênero “farsa”. Deverão, também, caracterizar os personagens e usar
diferentes entonações de voz.
Converse com a turma a respeito da importância dos registros de todo o processo de
construção do esquete. Nesse caso, combine com os estudantes como será a organização dos
ensaios e das apresentações dos grupos, e se necessário, combine também com a gestão da
escola um espaço para a turma se apresentar fora da sala de aula.
Para saber mais:
A Farsa da boa preguiça - Cena - Ariano Suassuna. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=gs92sjgYTAk. Acesso em: 31 jan. 2020.
Farsa da Boa Preguiça - Completo - Grupo de Teatro Guará. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=OybExVH9NrM. Acesso em: 31 jan. 2020.
A Farsa de Inês Pereira. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=ZrqaYPrOvcY. Acesso em: 31 jan. 2020.
Atividade 5: Ação Expressiva III
Para explorar a comédia e as relações existentes entre as linguagens teatral e circense,
divida a turma em dois grupos e oriente a apresentação dos espetáculos. Para cada
apresentação, os estudantes precisam confeccionar um cenário, pensar na iluminação,
sonoplastia, figurino e refletir sobre a relação do espetáculo com o espectador. Deixe claro
que os grupos farão as apresentações e ocuparão a posição de plateia.
Oriente os estudantes sobre a utilização da ficha de organização de tarefas e das
informações sobre as personagens da Commedia dell’arte e do circo para planejar as ações.
Ficha de organização de tarefas
Função Tarefa
Direção artística Organizar toda elaboração e execução; pesquisar informações sobre
personagens.
Roteirista (s) Escrever o roteiro de produção, a partir das indicações do Diretor.
Ator (es) Ensaiar e encenar o texto nos gêneros comédia e farsa.
Sonoplasta (s) Pesquisar e selecionar músicas e efeitos sonoros para produzir a Trilha.
Manipular equipamentos e aparelhagem de som.
Maquiador (es) Executar a maquiagem, cabelo e caracterização das personagens.
Figurinista (s) Criar e confeccionar os figurinos.
Aderecista (s) Confeccionar máscaras, perucas, chapéu etc.
Iluminador (es) Criar um esquema de utilização da luz e operar todo o sistema de
iluminação.
Finalizadas as apresentações, organize uma roda de conversa e incentive os grupos a
comentar como foi vivenciar os dois lados da apresentação de um espetáculo, a relação entre
quem apresenta e quem assiste e quais as semelhanças entre as linguagens teatral e circense.
Solicite que registrem, em seus cadernos, o que e como aprenderam.
Grupo 1: Personagens da Commedia dell’arte. São divididos em três categorias:
Zanni - representam os servos, a classe social mais baixa.
Vecchi - representam a classe social mais alta.
Alguns deles são:
Arlequim: Zanni - cômico, atrapalhado, malandro, brincalhão, ingênuo e gentil.
Colombina: Zanni - graciosa e esperta, pois, sempre tenta tirar proveito das situações,
apaixonada por Arlequim.
Pantaleão: Vecchi - rico, comerciante, galanteador, conservador, desajeitado, autoritário e
avarento.
Brighella: Zanni - trapaceiro, fingido, egoísta, malandro e cínico.
Pierrô: Zanni - palhaço triste, honesto e apaixonado por Colombina;
Pulcinella: Zanni - corcunda, ambicioso, glutão e barrigudo.
Doutor: Vecchi - rico, charlatão e avarento.
Capitão: Vecchi - fanfarrão, mentiroso, preguiçoso, forte e medroso.
Grupo 2: Personagens do Circo
Bailarina: entretém o público por meio da dança e coreografias simples;
Contorcionista: trabalha com técnicas de flexibilidade corporal, torcendo e dobrando o
corpo;
Equilibrista: trabalha com diferentes técnicas de equilíbrio. Personagem que consegue
equilibrar objetos sobre si, enquanto se apoia/equilibra sobre diferentes partes do seu corpo,
por exemplo;
Palhaço: personagem que utiliza linguagem verbal e não verbal para expressar o cômico.
Mágico (ou ilusionistas): entretém o público utilizando truques, recursos
mecânicos/tecnológicos para criar ilusões. Necessita de extrema agilidade com as mãos.
Malabarista: exige muita atenção, concentração e habilidade em manusear diversos
elementos ao mesmo tempo. Pode trabalhar com técnicas de equilíbrio e manuseio de
objetos, ao mesmo tempo.
Sugerimos que você assista aos vídeos, abaixo, antecipadamente e organize uma lista
dos pontos de aproximação e semelhanças entre as linguagens teatral e circense, para utilizá-
la na roda de conversa ao final da atividade.
Para saber mais:
Commedia dell’arte. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/comedia-dell-arte/.
Acesso em: 24 jan. 2020.
História do circo. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/circo/. Acesso em: 24
jan. 2020.
Avaliação e recuperação
A avaliação e a recuperação serão realizadas continuamente durante todo o processo
por meio do registro em seu portfólio. No decorrer das atividades, verifique se os estudantes
foram capazes de compor cenas, performances, esquetes e improvisações com base em
textos dramáticos ou outros estímulos (música, imagens, objetos etc.). Além disso, constate
se exploraram a comédia e a farsa como gêneros teatrais, caracterizando personagens,
utilizando figurinos, adereços e maquiagem, enfim, se experimentaram, de maneira
imaginativa na improvisação teatral e no jogo cênico, a gestualidade e as construções
corporais e vocais de personagens da comédia e da farsa. Organize uma roda e converse com
os estudantes sobre os objetos do conhecimento trabalhados durante as atividades.
Situação de Aprendizagem II
Habilidade (EF06AR25): Investigar, identificar e analisar a comédia e a farsa como gêneros
teatrais e a relação entre as linguagens teatral e circense em diferentes tempos e espaços,
aprimorando a capacidade de apreciação estética teatral.
Objetos do conhecimento: Contextos e práticas
● gêneros teatrais - a comédia e a farsa
● relação entre as linguagens teatral e circense em diferentes tempos e espaços
Habilidade Articuladora (EF69AR31): Relacionar as práticas artísticas às diferentes
dimensões da vida social, cultural, política, histórica, econômica, estética e ética.
Objetos do conhecimento: Contextos e práticas
● práticas artísticas
● diferentes dimensões da vida social, cultural, política, histórica, econômica, estética e
ética.
Professor, nesta situação de aprendizagem estão previstas cinco atividades. Nelas, você
vai conversar com os estudantes para levantar seus conhecimentos prévios e, colocá-los em
contato com a comédia e a farsa como gêneros teatrais, a linguagem teatral e circense, e as
conceituações das diferentes dimensões da vida social, cultural, política, histórica, econômica,
estética e ética. É importante que você realize registros durante o desenvolvimento das
atividades para colaborar com os momentos de avaliação e recuperação. Para ampliar seu
repertório pessoal, foram elencados alguns conceitos importantes para o desenvolvimento
das atividades.
● Gênero teatral Comédia: Explora situações do dia a dia, exagera particularidades
do comportamento humano e critica costumes de forma bem-humorada,
provocando risos no público.
● Gênero teatral Farsa: Apesar de ser dramático é cômico, exagerado e extravagante
na abordagem de situações cotidianas, valores e relações sociais. Seus personagens
são excêntricos e caricatos.
● Práticas artísticas: Ações que resultam em produtos artísticos ou artesanais de
todos os povos e matrizes estéticas e culturais (técnicas, saberes, apresentações
musicais, de dança, teatro e circo, tradicionais ou contemporâneos).
● Dimensões da vida: Toda comunidade configura um contexto sociocultural
composto por elementos diferentes entre si e que são quase indissociáveis. A arte
incluiu-se neste viés e pode ser abordada e relacionada com cada uma das múltiplas
dimensões da vida a partir de experiências sensíveis.
● Dimensão Social: Envolve os diferentes contextos nos quais seja possível ter
contato com a arte: em casa, no carro, na rua, no trabalho, na igreja, no mercado, no
shopping etc.
● Dimensão Cultural: O ambiente, em que vivemos, influencia nossos padrões
culturais entre eles o tipo de produto artístico a que somos expostos , por exemplo,
em localidades mais próximas ao campo, as pessoas tendem a ter mais contato e
apreciar músicas do gênero sertanejo. Sendo assim, a partir do produto artístico que
é apreciado, é possível perceber as influências culturais locais.
● Dimensão Política: O viés político está ligado às influências culturais e estéticas de
outros países e culturas, na produção artística local, regional etc.
● Dimensão Histórica: A relação histórica se observa pelo registro de fatos e
acontecimentos que ficaram marcados na/pela produção artística, por exemplo, a
música do filme Titanic; o hino da vitória que era tocado quando o piloto de fórmula
1, Ayrton Senna, vencia uma corrida etc.
● Dimensão Econômica: Tem relação com o consumo de produtos artísticos
produzidos em massa pela indústria cultural ou em quantidades restritas/artesanais
como livros, objetos, fotografias, gravuras, mídias digitais etc.
● Dimensão Estética: Está relacionada às relações sensoriais de apreciação, deleite,
afetivas e sentimentais, estabelecidas intelectualmente em diferentes situações vividas
pelo sujeito e que envolvem um produto artístico.
● Dimensão Ética: Relacionada a pensamentos, conceitos e valores positivos, à não
discriminação, à aceitação da diversidade e ao respeito, consolidados e estabelecidos
pela sociedade, normalmente, transmitidos no convívio social.
● Circo tradicional: É formado por grupos familiares e todos os saberes são
transmitidos de geração em geração. Todo tem uma função específica, antes, durante
e depois do espetáculo. Cada apresentação é resultado de um longo, rigoroso e
complexo processo de aprendizado artístico e estético, que envolve montagem,
elaboração de figurinos e cenários, ensaios, treinamento físico, divulgação e
desmontagem.
● Circo Contemporâneo: Formado por pessoas de diferentes origens sem nenhum
vínculo familiar sendo que a aprendizagem acontece por meio das escolas de circo.
Diferentemente do circo tradicional, o espetáculo apresenta um tema central que é
desenvolvido ao longo de todo a apresentação numa sequência lógica. Essa exibição
combina técnicas circenses e teatrais e grande quantidade de recursos tecnológicos,
agregando atores, ginastas, técnicos e equipes específicas as quais desempenham
diferentes tarefas e funções, culminando numa produção de elevado teor estético.
Outra característica importante é que não há animais.
Atividade 1: Sondagem
Inicie a atividade conversando com os estudantes acerca do que eles pensam e sabem
a respeito de práticas artísticas. Durante a conversa, introduza perguntas a respeito de como
essas práticas artísticas estão inseridas e de que maneira elas se relacionam com as diferentes
dimensões da vida (social, cultural, política, histórica, econômica, estética e ética). Faça
anotações das palavras chaves que forem surgindo de modo a organizar um fechamento da
atividade. Solicite que a turma anote esse resumo de informações e aquilo que ficou da
conversa.
Sugestão de questionamentos:
1.Quem sabe o que é uma prática artística? Explique o conceito de prática artística de acordo
com seu conhecimento prévio do assunto.
2.Quantos tipos de prática artística existem? (Peça e dê exemplos.)
3.O que entendem por dimensões da vida? (Valorize as hipóteses que surgirem e
complemente-as com informações.)
4.Quantas dimensões existem? Como percebem as práticas artísticas dentro dessas
dimensões?
5.Pensando em suas vidas, onde vocês identificam práticas artísticas?
Atividade 2: Apreciação
Para essa atividade de apreciação, apresente as imagens e os vídeos indicados a seguir
que tratam da farsa e da comédia. Converse sobre a comédia e a farsa como gêneros teatrais
e a relação entre as linguagens teatral e circense em diferentes tempos e espaços. Durante a
conversa, faça mediações entre as imagens e as hipóteses dos estudantes, oferecendo algumas
informações conceituais sobre circo tradicional, circo contemporâneo, gêneros teatrais, a fim
de ampliar o repertório cultural deles.
1. Cartaz circense - Fonte: Disponível em: https://pixabay.com/pt/photos/a-garota-do-
circo-vintage-cartaz-269578/ . Acesso em: 30 jan.2020.
2. Apresentação de circo com cavalos - Fonte: Disponível em:
https://pixabay.com/pt/illustrations/circo-ato-cavalo-cavalos-equita%C3%A7%C3%A3o-
316925/. Acesso em: 24 jan. 2020.
4. Número com elefantes - Fonte: Disponível em:
https://pixabay.com/pt/illustrations/vintage-antigo-arte-elefante-313647/. Acesso em: 24
jan. 2020.
5. Circo Contemporâneo - Cena do espetáculo OVO do Cirque du Soleil. Fonte: Evania
Escudeiro/São Paulo/2019. Disponível em: https://scontent-gru2-1.xx.fbcdn.net/v/t1.0-
9/p720x720/60331108_2901470023257733_3829779117587300352_o.jpg?_nc_cat=111&
_nc_sid=e007fa&_nc_ohc=F4u1YLziZm0AX8suIrP&_nc_ht=scontent-gru2-
1.xx&_nc_tp=6&oh=31c6fded0d06dc6b58014e7ec5d3173b&oe=5EFEF62D Acesso em
26/02/2020.
Links:
Infinita - Comédia. “Disponível no youtube no canal Familie Floz:
https://www.youtube.com/watch?v=gPGEeiZlR1c. Acesso em 09 dez.2019”.
Hotel Paradiso - Comédia. “Disponível no youtube no canal Familie Floz:
https://www.youtube.com/watch?v=rp-KhVLf9bI. Acesso em 09 dez. 2019”.
Parlapatões Oceano - Circo contemporâneo - clipe. “Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=Omx0dJ26MVw. Acesso em 12 dez. 2019”.
Farsa Teatral - MOLIÉRE - O Médico Saltador. “Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=aiGtcnWk80E. Acesso em 06 dez. 2019”.
Para saber mais:
Comédia, farsa e auto. Disponível em: http://comediafarsaeauto.blogspot.com/. Acesso em
22 jan. 2020.
A Farsa. Disponível em:
https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/educacao/a-farsa/34001.Acesso
em: 22 jan. 2020.
Os tipos de comédia. Disponível em:
https://www.recantodasletras.com.br/teorialiteraria/2179496. Acesso em: 22 jan.2020;
A Farsa. Disponível em: https://www.recantodasletras.com.br/teorialiteraria/2118425.
Acesso em: 22 jan.2020.
Atividade 3: Ação Expressiva I
Divida a turma em dois grupos de trabalho e solicite uma pesquisa em livros, revistas,
internet etc. de imagens e textos sobre o circo e o teatro. Após a pesquisa, oriente os grupos
a montar um painel conforme modelo a seguir (utilizando papel pardo e/ou cartolina).
Finalizada a atividade, propicie um momento para socialização das informações e avaliação,
se os estudantes compreenderam as relações existentes entre as linguagens teatral e circense.
Circo Teatro
Origem:
Quais são as personagens:
Como são criadas as personagens:
Como eram os locais de apresentação:
Como são hoje?
Quanto tempo de duração tinham os espetáculos?
Tiveram avanços tecnológicos? Quais?
Diferenças entre as modalidades
Igualdades entre as modalidades
Para saber mais:
Cia. Circênicos. Disponível em: http://ciacircenicos.blogspot.com/p/cia-circenicos.html.
Acesso em: 23 jan. 2020.
Artigo - De como a evolução do circo transformou o teatro. Estudo resgata a história de
Benjamim de Oliveira, o palhaço negro. Disponível em:
https://www.circonteudo.com/7740-2/. Acesso em: 22 jan.2020.
Qual é a origem do Circo. Disponível em: https://super.abril.com.br/mundo-
estranho/qual-e-a-origem-do-circo/. Acesso em: 22 jan.2020.
História do Circo. Disponível em:
https://www.historiadomundo.com.br/curiosidades/historia-do-circo.htm. Acesso em: 22
jan.2020.
História do circo. Disponível em: https://www.infoescola.com/artes-cenicas/historia-do-
circo/. Acesso em: 22 jan.2020.
O início do circo moderno. Disponível em: https://jornalggn.com.br/cultura/costumes/o-
inicio-do-circo-moderno/. Acesso em: 22 jan. 2020.
Atividade 4: Ação Expressiva II
Nesta atividade, a proposta é realizar um jogo teatral com o objetivo de despertar e
desenvolver o lado cômico e humorístico dos alunos. Fique à vontade para utilizar outros
jogos teatrais e dinâmicas que atendam ao mesmo objetivo. Promova um clima de respeito,
evitando o bullying entre os estudantes. Como este jogo necessita de figurinos (roupas
comuns, fantasias, tecidos, tnt etc.) e adereços (chapéu, pulseiras, colares, perucas, guarda-
chuva etc.), combine, previamente, para que os estudantes tragam estes materiais. Se
necessário, traga também e coloque todas as peças numa caixa grande de papelão ou
equivalente.
Jogo “Caixa de ideias”
Esse jogo acontece em duas rodadas. Na primeira, os estudantes escolherão um ou
mais itens da caixa para se inspirar e criar suas personagens, experimentando a postura
corporal, o jeito de andar, de falar e os trejeitos dessa personagem. Após essa experimentação
e definidas as personagens, solicite aos estudantes que formem um círculo no qual cada um
apresentará sua personagem aos colegas.
Na segunda rodada, divida a turma em grupos de até seis estudantes, para que juntos
montem uma cena improvisada utilizando as personagens criadas anteriormente. Essas cenas
devem ter a comédia como tema. Determine um tempo para a montagem dessas cenas. É
importante estabelecer a relação palco-plateia, na qual, enquanto um grupo apresenta, os
outros assistem, mostrando respeito ao trabalho do outro grupo e vice-versa. Todos os
comentários precisam ser feitos ao final das apresentações, em uma roda de conversa, em
que os estudantes poderão falar a respeito do que foi mais interessante, engraçado, divertido,
difícil e outros pontos deste jogo teatral.
Atividade 5: Ação Expressiva III
A proposta desta atividade é realizar uma leitura mediada das imagens procurando
estabelecer relações entre elas e as dimensões da vida. A seguir, estão indicadas algumas
perguntas para começar essa conversa, mas você pode utilizar outras de acordo com a sua
realidade. Oriente os estudantes a observar, atentamente, as pessoas presentes nas imagens,
suas ações e características. Retome as questões e respostas realizadas na sondagem,
procurando mediar a conversa sobre as dimensões da vida. Questione, também, as práticas
mostradas nas imagens e as vivenciadas por eles.
Se possível, estabeleça relações, também, com personagens da farsa e comédia e suas
composições. Ao final da conversa, solicite aos estudantes que registrem em seus cadernos
o que foi conversado.
1. Quem são estas pessoas nas imagens?
2. O que elas estão fazendo?
3. Onde elas estão?
4. Que lugar é esse?
5. Por que estão fazendo isso?
6. Como você reagiria se encontrasse estas pessoas na rua?
7. Quem são esses personagens?
8. O que podemos dizer sobre eles?
1. Palhaços na rua .Fonte: Frank Magdelyns/Houten/Nederland /2009
https://cdn.pixabay.com/photo/2016/07/14/21/59/clowns-1517788_960_720.jpgAcesso
em 18/02/2020.
2. Palhaços. Fonte: Jennifer Wai Ting Tan/ Malasia/ 2014 Disponível em:
Https://cdn.pixabay.com/photo/2015/07/20/08/11/clown-852493_960_720.jpg. Acesso
em 18/02/2020.
3. Estátua viva. Fonte: Eveline de Bruin /Holanda/2018. Disponível em:
https://cdn.pixabay.com/photo/2018/12/26/14/02/image-3895819_960_720.jpg. Acesso
em 18/02/2020.
4. Atriz encenando na rua. Fonte: Luxstorm / Reino Unido / 2011. Disponível em
https://cdn.pixabay.com/photo/2015/08/01/10/37/street-performers-
870119_960_720.jpg. Acesso em 18/02/2020.
5. Malabarista. Fonte: Claudio Bianchi/Argentina/2013 Disponível em
https://cdn.pixabay.com/photo/2014/09/03/04/29/juggler-434019_960_720.jpg. Acesso
em 18/02/2020.
6. Equilíbrio com bolas. Fonte: Wonita Janzen /Canada/2013 Disponível em:
https://cdn.pixabay.com/photo/2016/06/30/23/00/street-performer-
1490111_960_720.jpg .Acesso: 18/02/2020.
Avaliação e recuperação
A avaliação e a recuperação serão realizadas continuamente durante todo o processo
por meio do registro em seu portfólio. No decorrer das atividades, verifique se os estudantes
foram capazes de investigar, identificar e analisar a comédia e a farsa como gêneros teatrais,
se entenderam quais relações existem entre as linguagens teatral e circense e se conseguiram
relacionar as práticas artísticas às diferentes dimensões da vida social, cultural, política,
histórica, econômica, estética e ética. Organize uma roda e converse com os estudantes sobre
os objetos do conhecimento trabalhados durante as atividades.
Situação de Aprendizagem III
Habilidade (EF06AR26): Explorar diferentes elementos envolvidos na composição de
acontecimentos cênicos da comédia e da farsa, do circo-teatro (teatro circense) e do circo
(figurinos, adereços, maquiagem/visagismo, cenário, iluminação e sonoplastia) e reconhecer
seus vocabulários.
Objetos do conhecimento: Elementos da Linguagem
● figurinos, adereços, maquiagem/visagismo, cenário, iluminação e sonoplastia
Habilidade (EF06AR28): Investigar e experimentar diferentes funções teatrais (ator,
figurinista, aderecista e maquiador/visagista etc.) e compreender a relação entre elas nos
processos de criação de personagem.
Objetos do conhecimento: Processos de criação
● Diferentes funções teatrais (ator, figurinista, aderecista e maquiador/visagista etc.)
● Relação entre diferentes funções teatrais e processos de criação de personagem.
Professor, nesta situação de aprendizagem estão previstas quatro atividades. Nelas,
você vai conversar com os estudantes a fim de suscitar seus conhecimentos prévios, colocá-
los em contato com os diferentes elementos envolvidos na composição de acontecimentos
cênicos da comédia e da farsa, do circo-teatro (teatro circense) e do circo (figurinos, adereços,
maquiagem/visagismo, cenário, iluminação e sonoplastia) e conhecer as funções teatrais
(ator, figurinista, aderecista e maquiador/visagista etc.) nos processos de criação de
personagem. É importante que você realize registros durante o desenvolvimento das
atividades, para colaborar com os momentos de avaliação e recuperação. Para ampliação de
seu repertório, foram elencados alguns conceitos importantes para o desenvolvimento das
atividades.
Adereço: Objetos usados como adornos para enfeitar e/ou decorar personagens, cenas,
cenários etc.
Aderecista: profissional que é responsável pelos adereços e acessórios de cena.
Ator: É o que interpreta uma personagem no teatro, no circo, no cinema etc. Ele representa
uma ação dramática baseada em textos ou improvisada individualmente ou coletivamente.
Atuação: Arte da representação, arte do ator.
Cenário: Objetos usados para compor, enfeitar e/ou decorar cenas, cenários etc.
Cenógrafo: profissional responsável pela criação, projeto e construção do cenário.
Figurino: Indumentária (roupa) usada pelas personagens em diversas produções artísticas.
Figurinista: profissional que é responsável pelas roupas que os atores utilizam em cena. O
figurinista cria as vestimentas de forma a deixar claro quem é aquele personagem, qual época
ele se encontra e qual a mensagem que ele passa.
Iluminação: Efeitos de luz que tem como função compor apresentações artísticas, destacar
atores, ambientes, cenários, proporcionar climas adequados aquilo que se pretende
apresentar nas cenas.
Iluminador: profissional responsável por toda a iluminação do espetáculo, desde sua criação
até a operação no momento da cena.
Maquiagem: Produtos cosméticos ou não, utilizados para embelezamento, caracterização e
transformação dos atores em personagens.
Maquiador: profissional responsável pela maquiagem e caracterização do personagem.
Sonoplastia: Conjunto de sons e efeitos sonoros criados para uma atividade artística,
proveniente de músicas, ruídos, vozes, e outras fontes e formas sonoras.
Sonoplasta: profissional responsável por toda a trilha sonora do espetáculo desde sua
criação até a execução no momento da cena.
Atividade 1: Sondagem
Converse com os estudantes acerca dos diferentes elementos e profissionais
envolvidos na composição de acontecimentos cênicos da comédia, da farsa e do circo-teatro
(teatro circense). Em seguida solicite que respondam às questões a seguir:
1. Quais profissionais trabalham em um circo? Comente.
2. Conhecem quais são os profissionais necessários para a produção de um espetáculo
teatral? Cite-os.
3. Quem define como serão feitos os figurinos para o teatro ou circo?
4. Para você, como é o figurino de um personagem de circo? Quais adereços são usados
no circo?
5. Como você definiria a maquiagem de um palhaço? Por que tem um profissional
maquiador de Teatro ou Circo?
6. O que é necessário para se criar um ambiente cenográfico (uma floresta, uma casa ou
o mar, por exemplo) no teatro? Quem faz isso?
7. Toda peça de teatro tem necessariamente um cenário? Quais elementos podem ser
utilizados na composição de um cenário?
Atividade 2: Apreciação
Organize uma roda de conversa e conduza os estudantes a analisar e reconhecer, por
meio da leitura das imagens, os elementos envolvidos na composição de acontecimentos
cênicos, presentes nas fotos e em nosso cotidiano. Para isso, é necessário que você tenha
anotações da sondagem realizada.
1.
2.
3.
4.
5.
1.Palhaça com aros -Fonte: Greg Kozi / Canadá / 2013. Disponível em:
https://cdn.pixabay.com/photo/2013/07/14/04/01/hula-162558_960_720.jpg . Acesso
em 01 fev. 2020.
2.Mesa de Som e Luz para espetáculo teatral - Fonte: Nadiia_Eye / Kiev / 2015 Disponível
em: https://pixabay.com/pt/photos/som-concerto-prepara%C3%A7%C3%A3o-hall-
4087874/. Acesso em 27 jan.2020.
3.Montagem de Cenário - Fonte: Carabo Spain / Madri / 2014 Disponível em:
https://pixabay.com/pt/photos/teatro-drama-b-n-luz-p%C3%BAblico-426449/. Acesso
em 27 jan.2020.
4.Palhaços - Fonte: Paul Brennan / USA/2016- Disponível em:
https://cdn.pixabay.com/photo/2016/07/18/13/53/colorful-
1525912_960_720.jpg. Acesso em 18 fev. 2020.
5. Cena do espetáculo Ricardo III, de Willian Shakespeare. Cenografia de Kim A. Tolman.
Fonte: Kim A. Tolman – USA / 2006 - Disponível em:
https://cdn.pixabay.com/photo/2017/07/17/21/38/kim-a-2513974_960_720.jpg/
Acesso em 27 jan.2020.
Atividade 3: Ação Expressiva I
A proposta, desta atividade, é investigar as diferentes funções do teatro e
compreender a relação entre elas no processo de criação de personagens e da montagem
teatral. Divida a turma em grupos, apresentando o modelo de painel, disponibilizado abaixo
e oriente uma pesquisa de textos e imagens em livros, revistas, periódicos, internet etc. a
respeito das diferentes funções do teatro e suas relações no processo de criação de
personagens e da montagem teatral. Os grupos serão responsáveis por organizar a pesquisa
e a montagem do painel, que pode ser confeccionado com cartolina, papel pardo etc. Outras
funções podem ser adicionadas ao quadro. Finalizada a pesquisa, proporcione um momento
para socialização e análise de todo material pesquisado mediando uma roda de conversa.
MODELO PAINEL PESQUISA:
Profissão Teatral Texto (descrever a função) Imagens (inserir imagens e/ou links
de vídeos representativos dos
profissionais em ação, da função
pesquisada)
Direção artística
Ator
Coreógrafo
Contrarregra
Diretor
Figurinista
Iluminador
Maquiador/ Visagista
Roteirista
Sonoplasta
Atividade 4: Ação Expressiva II
O objetivo, desta atividade, é que os estudantes experimentem as funções
relacionadas ao fazer teatral e explorem os diferentes elementos envolvidos na composição
de acontecimentos cênicos da comédia e da farsa, do circo-teatro (teatro circense) e do circo.
Divida a turma em quatro grupos e explique que cada um planejará a montagem de
um espetáculo, utilizando o material pesquisado na atividade anterior como base de
informação para seguir um roteiro de trabalho. Os temas, a serem desenvolvidos, devem ser
definidos pelos estudantes e, para auxiliar na escolha desses temas, ofereça alguns exemplos
explicando que as encenações podem estar ligadas a histórias familiares, a acontecimentos
dos esportes, às situações cômicas do cotidiano escolar etc.
Esclareça que, a princípio, a ideia do planejamento é para uma apresentação
hipotética, porém, se a turma se interessar, poderia transformar esse planejamento em um
espetáculo real para ser encenado para toda a comunidade escolar.
Cada componente dos grupos será responsável por uma função específica e deverão
pensar e registrar no caderno, por meio da escrita de textos e criação de desenhos, o
planejamento do espetáculo. Utilize o roteiro, a seguir, como modelo de registro para orientar
as ações dos estudantes. É importante que eles conversem, tomem as decisões sobre as
escolhas de temas, do roteiro, da história, do figurino, do cenário, das cenas, dos
equipamentos de som e de luz necessários. Ao final da atividade, oriente os grupos a juntar
todas as informações planejadas pelos componentes em um único documento e propicie um
momento de socialização e avaliação de como foi fazer parte desse processo de criação
teatral.
Modelo de roteiro:
Tema Definido em grupo
Título Definido em grupo
Produtor Um componente do grupo ficará responsável por organizar a
produção e a logística do processo de criação.
Roteirista O roteiro da história que será fio condutor do espetáculo pode ser
escrito por mais de um componente a partir do tema escolhido pelo
grupo.
Diretor artístico Fazer a logísticas, supervisionar e coordenar o processo de seleção e
divisão de tarefas entre os componentes dos grupos.
Atores Para interpretar personagens do teatro e do circo, os estudantes
envolvidos nesta função precisam a partir do roteiro escrito, pensar
nas ações dramáticas corporais, na gestualidade e nas expressões vocal
e facial.
Coreógrafo Como se trata de um espetáculo que envolve atividades circense,
oriente que é preciso elaborar coreografias corporais e artísticas.
Figurinista Utilizar as imagens pesquisadas na atividade anterior para servir de
base no processo de criação dos esboços e desenhos dos figurinos.
Maquiador/
Visagista
Utilizar as imagens pesquisadas na atividade anterior para servir de
base no processo de criação da maquiagem dos personagens.
Sonoplasta Pesquisar e selecionar sons, ruídos e músicas, montando a trilha
sonora para cada cena.
Avaliação e recuperação
A avaliação e a recuperação serão realizadas continuamente durante todo o processo
por meio do registro em seu portfólio. No decorrer das atividades, verifique se os estudantes
apreciam e exploram os objetos de conhecimento, se compreendem a relação entre eles e se
reconhecem seus vocabulários. Também, procure observar se investigaram e
experimentaram diferentes funções teatrais (ator, figurinista, aderecista e
maquiador/visagista etc.) e se compreenderam a relação entre elas nos processos de criação
de personagem e de produções teatrais. Organize uma roda e converse com os estudantes
acerca dos objetos de conhecimento trabalhados durante as atividades.
Situação de Aprendizagem IV
Habilidade (EF06AR24): Reconhecer e apreciar artistas, grupos e coletivos cênicos de
circo-teatro (teatro circense) e circo paulistas, brasileiros e estrangeiros de diferentes épocas,
investigando os modos de criação, produção, divulgação, circulação e organização da atuação
profissional.
Objetos do conhecimento: Contextos e práticas
● artistas, grupos e coletivos cênicos de circo-teatro (teatro circense) e circo
● modos de criação, produção, divulgação, circulação e organização da atuação
profissional.
Professor, nesta situação de aprendizagem estão previstas quatro atividades. Nelas,
você vai conversar com os estudantes para levantar os conhecimentos prévios, colocá-los em
contato com artistas, grupos e coletivos cênicos de circo-teatro (teatro circense) de circo
paulistas, brasileiros e estrangeiros de diferentes épocas e vai investigar modos de criação,
produção, divulgação, circulação e organização da atuação profissional. É importante que
você realize registros durante o desenvolvimento das atividades para colaborar com os
momentos de avaliação e recuperação. Para ampliação de seu repertório, foram elencados
alguns conceitos importantes para o desenvolvimento das atividades.
História do Circo: A arte do circo está presente desde a Antiguidade em diversas partes do
mundo, mas a forma como hoje conhecemos, vem do Império Romano, que no século IV
a.C., constrói o primeiro grande circo da história, Circus Maximus, , no qual aconteciam
desde festejos religiosos a apresentações de animais e lutas de gladiadores e esportes para
entreter o povo. Na Idade Média, as apresentações foram para praças e ruas com seus artistas
populares, nômades e viajantes. Na Inglaterra do séc. XVII, o inglês Philip Astley desenvolve
a linguagem do circo que passa a ter picadeiros, tendas e lonas para a apresentação de diversas
artes circenses próximas do nosso conhecimento.
No século XX, surgem as escolas de circo na Rússia, França e Canadá no mundo, as
quais alteram a forma de como o circo era regido, principalmente, na troca de saberes
circenses, aliando as técnicas circenses e os bailados performáticos da ginástica artística,
rítmica e acrobática às inovações tecnológicas, narrativas e teatralidade.
Podemos citar alguns circos, mundialmente conhecidos, como o francês Cirque
d'Hiver, o americano Big Apple Circus, o irlandês Tom Duffy's Circus, o Circo Imperial da
China e o canadense Cirque du Soleil.
História do Circo no Brasil: O circo, no Brasil, surge com a vinda dos europeus ao país no
início do séc. XIX. Muitas famílias nômades, ciganas influenciaram as atividades circenses
com apresentações de ilusionismos e de domadores de animais, espalhando-se por todo o
país, mas adaptando os números circenses à cultura e costumes da região. O palhaço, grande
personagem do circo, é o que alinhava o espetáculo por meio de suas pantomimas, sua alegria
e humor sendo muito mais comunicativo e falastrão. Os palhaços, que fizeram mais sucesso
nacional, foram Piolin, Arrelia, Carequinha, Fuzarca e Torresmo. É importante ressaltar que
o uso de animais, em apresentações circenses, no estado de São Paulo, é proibido pela lei
11.977/05. Listamos o nome de alguns circos: Circo Maximus, Circo Stankkowich, Tihany
Espetacular, Circo Dos Sonhos, Circo Broadway.
Circo-Teatro: O termo circo-teatro se refere a apresentações teatralizadas que aconteciam,
ao final de espetáculos circenses, em meados do século XX no Brasil. Eram encenadas
comédias, dramas e adaptações de temas diversos. Benjamin de Oliveira foi o grande
precursor dessa prática que foi, durante muito tempo, a forma de levar o teatro a todo o país.
Ela foi perdendo espaço e força até os anos de 1960, quando, praticamente, desapareceu.
Hoje em dia, há grupos que aliam, aos espetáculos teatrais, as técnicas circenses. Podemos
citar as cias. de circo-teatro La Minima, Grupo de Teatro Sem Lona, Grupo Parlapatões e
Cia Nau de Ícaros.
Circo Blamage - É uma associação, sem fins lucrativos, fundada em 1989, na ilha de
Pellworm, Alemanha, que se propõe a desenvolver habilidades motoras, criativas, artísticas e
sociais de crianças, de jovens com (ou sem) deficiência por meio de seus acampamentos e
vivências. O objetivo do trabalho é a inclusão, treinar e experimentar juntos e, assim,
aprender uns com os outros. A inclusão, também, é percebida pelo público por meio da
atmosfera da tenda do circo, que tem 300 lugares. A intenção não é alcançar o melhor
desempenho artístico, mas valorizar a promoção de habilidades socioemocionais, criativas e
motoras.
Ringling Bros. and Barnum & Bailey Circus - Estas duas companhias circenses
itinerantes, norte americanas, têm origens distintas, porém uniram-se em 1919, formando
uma estrutura que contava com mais de 1.100 empregados, quase 1.800 animais ,
necessitando, para viajar, de quase 100 vagões de trem. Ao longo de sua existência, foi
comprando outros circos tornando-se a maior do mundo, mas tendo diferentes
proprietários. A estrutura possuía três picadeiros e utilizava leões, tigres, gorilas, ursos
polares, girafas, cavalos, camelos e elefantes, além de números como trapézio, homem bala,
palhaços, equilibristas, entre outros. A última apresentação foi em 2017.
Vida Circense: A vida dos artistas de circo é de muito trabalho como eles mesmos dizem.
Além das apresentações, os artistas ensaiam, treinam atos, números e cenas. Dependendo do
tamanho da companhia, o número de tarefas aumenta ainda mais. Nas companhias mais
estruturadas, os artistas têm melhor infraestrutura e podem apenas cuidar de seus afazeres
artísticos. Em companhia menores, os artistas dividem as funções artísticas com as funções
administrativas, de limpeza, de divulgação, de organização e de transporte. As companhias,
que têm crianças em seus elencos, ou as matriculam nas escolas onde fazem temporadas, ou
contratam professores para acompanhar a trupe e cuidar da educação formal delas. Os
artistas de circo viajam muito pelo país e pelo mundo, indo de localidade a localidade
apresentando seus espetáculos, estabelecendo-se nas cidades por temporadas de
apresentações.
Atividade 1: Sondagem
Nesta atividade de sondagem, converse com os estudantes procurando investigar o
que eles já sabem sobre os artistas, grupos e coletivos cênicos de circo-teatro (teatro circense),
circo paulistas, brasileiros e estrangeiros de diferentes épocas, criação, produção, divulgação,
circulação e organização da atuação profissional. Faça a mediação dessa conversa utilizando
as perguntas indicadas a seguir, ou aquelas que considere mais adequadas à sua realidade,
retomando os conhecimentos já apresentados nas situações de aprendizagem anteriores.
1. Vocês acham que todos os circos são iguais ou existe mais de um tipo? Quais tipos
existem?
2. O que diferencia um circo do outro? Quem são os artistas que participam do circo?
3. De que forma outras pessoas que não são do circo podem fazer parte dele?
4. Como vocês imaginam que é a vida dentro do circo? Ela é muito diferente da vida
de quem não é do circo? Por quê?
5. Como a vida do artista de circo pode ser comparada a vida do ator?
6. Quando um circo chega em uma cidade ou região, como as pessoas ficam sabendo?
Atividade 2: Apreciação
Nesta atividade de apreciação, você apresentará fotos e vídeos e mediará uma
conversa, fazendo observações sobre os artistas e grupos de coletivos cênicos de circo teatro,
(teatro circense) e circo paulistas, brasileiros e estrangeiros de diferentes épocas, que
aparecem nas imagens. Solicite que os estudantes observem todos os detalhes atentamente,
destacando pontos importantes e promova uma reflexão, ao final da atividade, a respeito dos
modos de criação, produção, divulgação, circulação e organização da atuação profissional.
Os textos de apoio, do início desta Situação de Aprendizagem, podem na realização da
atividade. É importante que os estudantes registrem em seus cadernos o que foi mais
importante dessa apreciação.
1. 2.
3. 4.
5. 6.
1. Circo contemporâneo - Cena do espetáculo de Natal do Cirque du Soleil. Disponível em:
https://cdn.pixabay.com/photo/2016/12/27/19/13/acrobats-1934564__340.jpg. Acesso
em 18 fev. 2020.
2. Trapezista. Cena do espetáculo de Natal do Cirque du Soleil. Disponível em:
https://pixabay.com/pt/photos/acrobatas-cirque-du-soleil-1934622/. Acesso em 18 fev.
2020.
3. Contorcionistas. Fonte: Igor A. Suassuna/Brasil/2014. Disponível em:
https://pixabay.com/pt/photos/acrobatas-circo-contorcionismo-412011/. Acesso em 18
fev. 2020.
4. Tenda circense. Fonte: Claudio Kirner/Brasil/2013. Disponível em:
https://pixabay.com/pt/photos/circo-palhaço-são-carlos-são-paulo-231549/. Acesso em
18 fev. 2020”.
5. Circo Blamage. Disponível em:https://pixabay.com/pt/photos/circo-artistas-
humanos-crian%C3%A7as-436913/. Acesso em 24 fev. 2020.
6. Ringling Bros. and Barnum & Bailey Circus. Disponível em:
https://pixabay.com/pt/photos/circo-arena-anel-picadeiro-828680/. Acesso em 24 fev.
2020.
Link dos vídeos:
1. Trailer Totem - Cirque du Soleil. Disponível em: https://youtu.be/Z_qmMdmpaB4
Acesso em 18 fev. 2020.
1. Trailer Circo dos Sonhos no Mundo da Fantasia. Disponível em:
https://youtu.be/1fH_DCtAk2o Acesso em 18 fev. 2020.
1. Trecho da apresentação de circo-teatro O Medo de Terezinha - Circo-Teatro Sem
Lona. Disponível em: https://youtu.be/OzcxX90YgdY. Acesso em 18 fev. 2020.
1. Mundo mágico… do circo! Conheça a história e os segredos das atrações do maior
espetáculo da Terra. Disponível em: https://super.abril.com.br/cultura/mundo-magico-do-
circo/. Acesso em 18 fev. 2020.
Atividade 3: Ação Expressiva I
A proposta desta atividade é orientar uma pesquisa a respeito de artistas, grupos e
coletivos cênicos de circo-teatro (teatro circense), circos paulistas, brasileiros e estrangeiros
de diferentes épocas, e investigar os modos de criação, divulgação, circulação e organização
da atuação profissional.
Divida a turma em grupos e informe que a pesquisa pode ser feita em livros, revistas
e internet. Estimule-os a assistir a vídeos, documentários e filmes, relacionados a artistas,
grupos e coletivos profissionais, selecionando textos e imagens. Apresente uma ideia de
calendário de entregas e oriente a socialização de todo material pesquisado, que poderá ser
por meio de confecção de cartazes, apresentações digitais ou audiovisuais.
Atividade 4: Ação expressiva II
Nesta atividade, você vai propor aos grupos, formados na atividade anterior, que já
investigaram os modos de criação, produção, divulgação, circulação e organização da atuação
profissional de artistas, grupos e coletivos cênicos de circo-teatro (teatro circense) e circo
paulistas, brasileiros e estrangeiros de diferentes épocas, a criação de cartazes e formas
diferentes de divulgação da chegada dos artistas e grupos pesquisados na sua localidade.
Solicite aos estudantes que elaborem e apresentem uma ou mais formas de
divulgação normalmente utilizadas nos dias de hoje (cartazes, filipetas, faixas, folhetos,
banners, “carros de som”, propaganda eletrônica, e até esquetes). Os materiais devem conter
dados essenciais: o nome do artista/grupo/coletivo de circo-teatro ou circo, desenhos, fotos
ou imagens, data, horário e endereço das apresentações (hipotéticas), valores dos ingressos
etc. Estimule-os a pensar na forma mais interessante de atrair o público. Finalize,
organizando juntamente com os estudantes, a exposição dos trabalhos produzidos.
Avaliação e recuperação
A avaliação e a recuperação serão realizadas continuamente durante todo o processo
por meio do registro em seu portfólio. No decorrer das atividades, verifique se os estudantes
apreciaram e reconheceram artistas, grupos e coletivos cênicos de circo-teatro (teatro
circense) e circo paulistas, brasileiros e estrangeiros de diferentes épocas e se investigaram os
modos de criação, produção, divulgação, circulação e organização da atuação profissional de
artistas. Organize uma roda e converse com os estudantes sobre todos os objetos do
conhecimento trabalhados durante as atividades. Ao final, solicite que registrem, em seus
cadernos, o que e como aprenderam.
Para saber mais:
Circos e palhaços brasileiros. Disponível em,:
http://www.arte.seed.pr.gov.br/arquivos/File/livros/circolivro.pdf. Acesso em 27 jan.
2020.
Nau de Ícaros – Circo, Dança, Teatro. Disponível em: https://www.naudeicaros.com.br/.
Acesso em: 27 jan. 2020.
Grupo de artistas populares. Disponível em: http://www.rosadosventos.art.br/. Acesso em
27 jan. 2020.
Grupos e Teatro. Disponível em:
http://enciclopedia.itaucultural.org.br/busca?categoria=teatro&tipo=grupos . Acesso em 27
jan. 2020.
Grupo Parlapatões. Disponível em: http://parlapatoes.com.br/site/. Acesso em 27 jan.
2020”.
Circo-teatro é teatro no circo. Disponível em: https://www.circonteudo.com/circo-teatro-
e-teatro-no-circo-2/. Acesso em 27 jan. 2020.
Relembre palhaços históricos brasileiros. Disponível em:
https://vejasp.abril.com.br/blog/memoria/relembre-palhacos-historicos-brasileiros/.
Acesso em 27 jan. 2020.
Os 5 Circos que você tem que conhecer pelo mundo. Disponível em:
https://www.ajanelalaranja.com/circos-pelo-mundo.html. Acesso em 27 jan. 2020.
Viaje nos melhores circos do mundo. Disponível em:
https://www.horoscopovirtual.com.br/artigos/viaje-nos-melhores-circos-do-mundo.
Acesso em 27 jan. 2020.
Quando o teatro encontra o circo. Disponível em:
http://www.questaodecritica.com.br/2013/08/quando-o-teatro-encontra-o-circo/ Acesso
em 27 jan. 2020.
16.Gêneros Teatrais. Disponível em:
http://www.arte.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=199. Acesso
em: 22 jan. 2020.
Doutores da Alegria, projeto que introduz a arte do palhaço no universo da saúde. Disponível
em: https://doutoresdaalegria.org.br/conheca/sobre-doutores/. Acesso em: 22jun.2020.
Referências Bibliográficas:
BERTHOLD, Margot. História Mundial do Teatro. São Paulo: Perspectiva, 2006. 3ª
Edição
DESGRANGES, Flávio. A pedagogia do espectador/ Flávio Desgranges. – São Paulo:
Hucitec, 2003.
DUPRAT, Rodrigo Mallet. GALHARDO, Jorge Sergio Pérez. Artes circenses no âmbito
escolar. Ijuí: Ed. Unijuí, 2010 (Coleção Educação Física e Ensino).
FEIST, Hildegard. Pequena viagem pelo mundo do teatro. São Paulo: Moderna, 2005.
GRANERO, Vic Vieira. Como usar o teatro na sala de aula. São Paulo: Contextos, 2011.
Pavis, Patrice. Dicionário de teatro. São Paulo: Perspectiva, 2008. 3ª Edição
SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Currículo do Estado de São Paulo:
Linguagens, códigos e suas tecnologias/Secretaria da Educação; coordenação geral,
Maria Inês Fini; coordenação de área, Alice Vieira. – São Paulo: SEE, 2010.
SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Caderno do professor: arte, anos
finais/Secretária da Educação: coordenação geral, Maria Inês Fini; equipe, Geraldo de
Oliveira Suzigan, Gisa Picosque, Jéssica Mami Makino, Mirian Celeste Martins, Sayonara
Pereira, São Paulo: SEE, 2009
SPOLIN, Viola - Jogos Teatrais: o fichário de Viola Spolin. São Paulo: Perspectiva, 2006.
_______ Jogos teatrais na sala de aula: um manual para o professor. São Paulo: Perspectiva,
2010. 2 Edição
RUGNA, Betina. Teatro em sala de aula. São Paulo: Alaúde Editorial, 2009.
THOMAZ, Sueli Barbosa, 1950- Imaginário e teatro-educação. Rio de janeiro: Rovelle,
2009.
SP FAZ ESCOLA CADERNO DO PROFESSOR
ARTE
ENSINO FUNDAMENTAL – 7º ANO
VOLUME 3
Caderno do Professor - Teatro - 7º ano
Prezado Professor,
Este material é o resultado do trabalho colaborativo entre os técnicos da Equipe
Curricular de Arte da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo e Professores
Coordenadores de Arte de Núcleos Pedagógicos de diferentes regiões do Estado de São
Paulo. O documento é constituído de Situações de Aprendizagem com atividades a serem
livremente analisadas pelos docentes e postas em prática em sala de aula, na perspectiva de
uma abordagem investigativa, visando possibilitar diferentes processos cognitivos
relacionadas aos objetos de conhecimento (conteúdos, conceitos e processos). O foco
principal das atividades é o desenvolvimento de habilidades, ou seja, aquilo que se espera que
o estudante aprenda, nesta etapa de ensino, iniciando a implementação do Currículo Paulista.
Antes de iniciar as Situações de Aprendizagem, apresentamos algumas considerações
sobre Teatro e um aporte sobre a Educação Inclusiva, Avaliação e Recuperação.
A Linguagem Teatral
Como linguagem artística, o teatro pode se valer de variados elementos de
significação para comunicar algo aos espectadores, utilizando-se, principalmente, de signos
visuais (os gestos do ator, os adereços de cena, os figurinos, o cenário, a iluminação ) e
sonoros (o texto, as canções, as músicas, os efeitos sonoros). Há encenações teatrais que
utilizam signos olfativos (aromas de perfumes ou essências, cheiro de defumador, odor de
alimentos conhecidos etc.), ou signos táteis (em que a realização cênica – mediante atores
ou objetos cenográficos - estabelece algum tipo de contato corporal com os espectadores).
As situações de aprendizagem aqui organizadas, por meio de atividades específicas,
propõem aos estudantes, fundamentalmente, que apreciem, analisem, identifiquem,
reconheçam, investiguem, relacionem e experimentem objetos de conhecimento que se
articulam na linguagem teatral, convidando-os a conhecer e a se apropriar de suas
possibilidades comunicacionais de forma individual, coletiva e colaborativa.
Os diversos objetos de conhecimento, que constituem a arte teatral, tornam-se
materiais a serem explorados nos processos de investigação da comunicação que se
estabelece entre palco e plateia, entre os que agem em cena e os que observam da sala. Os
objetos cenográficos, a sonoplastia, a iluminação, os gestos, as construções corporais e vocais
entre outros, são tratados como elementos que participam da constituição de um discurso
cênico e que, como a palavra, têm algo a dizer.
Propõe-se, gradativamente, aos estudantes a percepção de que a linguagem não é só
verbal, trabalhando o apuro em mostrar teatralmente uma situação, utilizando elementos de
significação para se elaborar uma escrita cênica.
As situações de aprendizagem são, geralmente, programadas com claro
encadeamento entre uma atividade e outra, organizando um processo em que um
determinado aspecto da linguagem (a palavra, as sonoridades, os objetos, o espaço cênico, a
iluminação, as diferentes funções e gêneros teatrais, a construção de personagens etc.), ou
um material, ou um tema, ou uma obra de arte será explorado naquele encontro, fazendo
com que esse aspecto específico, seja o fio condutor entre as diversas atividades propostas.
Assim, o planejamento das atividades pode estimular o estudante a se voltar para um aspecto
da linguagem que será, especificamente, explorado naquele dia e estabelecer um rastro
perceptível na investigação empreendida, possibilitando que o grupo tenha noção e se
aproprie do processo de aprendizagem.
Nas avaliações, os estudantes, seguindo as diretrizes do professor, podem conversar
tanto sobre questões relativas às dimensões da vida, problematizando as situações do dia a
dia, quanto às resoluções artísticas apresentadas em aula, com o intuito de aprimorar a
aptidão do grupo para compreensão dos discursos cênicos de forma mais ampla. Assim, dar
a palavra aos estudantes torna-se tão indispensável quanto as próprias atividades, já que eles,
com seus comentários e sugestões, colaboram para a produção de conhecimentos. A
avaliação vai propiciando aos alunos, aos poucos, apropriação da linguagem teatral,
efetivando análises mais criteriosas e refinando a qualidade da sua comunicação com o
mundo.
A partir das sondagens e apreciações, o professor pode elencar questionamentos
relacionados aos momentos de aprendizagem, e, gradualmente, no decorrer do processo,
torná-los mais complexos. Aos poucos, os estudantes se sentirão estimulados a conduzir os
debates, apropriando-se do processo de aprendizagem.
Nas aulas, deve vigorar um espírito aberto para as ideias dos estudantes. Para isso, o
professor precisa reforçar a importância do respeito aos diferentes pontos de vista e à
diversidade criativa, contudo não significa que o professor não possa intervir e sugerir outro
rumo, quando considerar necessário.
A experiência teatral desafia o estudante a analisar e compreender diversos signos
presentes em uma encenação. Esse mergulho na linguagem teatral provoca a percepção, a
criatividade e mobiliza a capacidade de simbolizar. Podemos conceber, assim, que a tomada
de consciência se efetiva como leitura de mundo. Apropriar-se da linguagem é ganhar
condições para essa leitura.
Arte como experiência da arte.
A percepção sensível do indivíduo, desde a instauração dos ditames da vida moderna,
está premida por uma vivência urbana marcada pelos choques do cotidiano, pela
padronização gestual, pelo consciente assoberbado e pelo desestímulo à atuação de outras
formações da psique. Resta-lhe o empobrecimento da experiência e da linguagem.
As alterações na percepção solicitam procedimentos artísticos modificados para
provocar a irrupção da memória involuntária. Somente uma recepção livre dos
condicionamentos, em que o consciente seja surpreendido, poderia se deixar atingir pelo
instante significativo em que, na relação com o objeto artístico, o olhar nos é retribuído, nos
toca o íntimo e faz surgir o inadvertido, trazendo à tona experiências cruciais, ou, quem sabe,
vislumbres de um futuro proveitoso. O encontro com a arte pode ser pensado, desde então,
como intrinsecamente relacionado com a proposição e a produção de experiências.
Educação Inclusiva - Estudantes com Necessidades Especiais
Todos os estudantes são capazes de aprender. Esse processo é individual e o
professor deve estar atento às necessidades individuais e coletivas. Estudantes com
deficiência visual e auditiva desenvolvem a linguagem e pensamento conceitual.
Os estudantes com deficiência intelectual podem enfrentar mais dificuldades no
processo de aprendizagem, mas são capazes de desenvolver oralidade, reconhecer sinais
gráficos, trabalhar sua gestualidade, dependendo do grau de dificuldade das atividades.
É importante valorizar a diversidade e estimular o desempenho sem fazer uso de um
único nivelador. A avaliação deve ser feita em relação ao avanço do próprio estudante sem
usar critérios comparativos. O princípio de inclusão parte dos direitos de todos à Educação,
independentemente das diferenças e necessidades individuais – inspirada nos princípios da
Declaração de Salamanca (Unesco, 1994) e está presente na Política Nacional de Educação
Especial na Perspectiva de Educação Inclusiva, de 2008.
Todos devem saber o que diz a Constituição, mas, principalmente, conhecer o Plano
Nacional de Educação (PNE), “Universalizar, para a população de 4 (quatro) a 17 (dezessete)
anos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou
superdotação, o acesso à educação básica e ao atendimento educacional especializado,
preferencialmente na rede regular de ensino, com a garantia de sistema educacional inclusivo,
de salas de recursos multifuncionais, classes, escolas ou serviços especializados, públicos ou
conveniados”.
A Lei nº 7.853 estipula a obrigatoriedade de todas as escolas em aceitar matrículas
de estudantes com necessidades especiais – e transforma em crime a recusa a esse direito.
Aprovada em 1989 e regulamentada em 1999, a lei é clara, todas as crianças têm o mesmo
direito à educação. Neste contexto o professor precisa realizar uma adaptação curricular para
atender à diversidade em sala de aula.
Para saber mais:
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva
da Educação Inclusiva. Portal.Mec Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.
php?option=com_docman&view=download&alias=16690-politica-nacional- -de-educacao-
especial-na-perspectiva-da-educacao-inclusiva-05122014&Itemid=30192. Acesso em: 23
out. 2019.
LEI Nº 7.853, DE 24 DE OUTUBRO DE 1989. Planalto. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l7853.htm. Acesso em: 03/jun./2020.
BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Planalto. Disponível em: http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9394.htm. Acesso em: 23 out. 2019.
Deficiência auditiva
Estudantes com deficiência auditiva podem ter lacunas na aprendizagem pela
ausência de informações. Certamente, possuem conhecimentos prévios, são capazes e têm
condições de prosseguir aprendendo, se forem informados e estimulados de forma
sistemática, levando em conta sua diversidade linguística e possibilidades de comunicação.
Ao dar explicações ou dirigir-se aos estudantes, verifique se estão olhando para você. A
maioria se comunica em Libras e pode haver aqueles que fazem uso de aparelhos de
ampliação sonora e leitura labial. Durante a apresentação das atividades, caso não haja um
intérprete, você pode explicar para a classe toda utilizando desenhos na lousa para a
apropriação dos objetos de conhecimento. Convide um estudante para demonstrar o que
deve ser feito, fale olhando de frente sempre que possível. Nas atividades de apreciação
teatral, incentive os estudantes a colocarem as mãos sobre a caixa de som para sentir as
vibrações da sonoplastia. Um intérprete pode traduzir a fala dos atores.
Faz parte da escolarização a ampliação de tempos, disponibilização de comunicação
adequada, adequação curricular, acesso às novas tecnologias de informação e comunicação e
diferentes formas de avaliação.
Processo de compreensão e reflexão sobre a iniciação teatral de surdos . Disponível
em:https://repositorio.unb.br/bitstream/10482/15606/1/2014_CileneRodriguesCarneiro
Freitas.pdf. Acesso em: 30 jan. 2020.
Alunos surdos cantam, dançam e interpretam na aula de Arte. Nova escola. Disponível em:
https://novaescola.org.br/conteudo/1370/alunos-surdos-cantam-dancam-e-interpretam-
na-aula-de-arte. Acesso em: 30 jan. 2020.
Teatro e deficiência: em busca de uma metodologia inclusiva. Senac. Disponível em:
http://www.pe.senac.br/congresso/anais/2015/arquivos/pdf/poster/TEATRO%20E%2
0DEFICI%C3%8ANCIA%20em%20busca%20de%20uma%20metodologia%20inclusiva.
pdf. Acesso em: 30 jan. 2020.
Deficiência visual
Todo estudante precisa desenvolver habilidades cênicas. É importante, para o
planejamento das aulas e a adaptação curricular das atividades, buscar em literatura
especializada informações sobre a multiplicidade de aspectos relacionados às causas da
cegueira, o grau de acuidade visual, a idade de incidência da perda visual, as experiências
educacionais vivenciadas, as características pessoais e familiares. Existe uma enorme
quantidade de gestos, que são habitualmente utilizados por pessoas que enxergam
normalmente, porém o estudante com deficiência visual não é capaz de utilizar esses códigos
para sua comunicação durante o trabalho com a linguagem teatral, mas pode criar e utilizar
vocabulário próprio – auditivo/tátil, desenvolvido a partir da semiótica teatral: gesto,
expressão facial, movimentação corporal, voz etc.
Teatro Cego. Cafeicultura. Disponível em: http://caleidocultura.com.br/teatro-cego/.
Acesso em: 31 jan.2020.
Teatro-Educação: uma Experiência com Jovens Cegos. Deficiência visual. Disponível em:
http://www.deficienciavisual.pt/txt-teatro-educacao_jovens_cegos.htm. Acesso em: 31
jan.2020.
Deficiência intelectual
O Componente Curricular Arte, com suas diferentes linguagens, torna possível a
manifestação de sentimentos e pensamentos colaborando com o desenvolvimento da
comunicação, transformando e enriquecendo as vivências teatrais, por meio de
experimentações significativas. Estimular as relações cognitivas, emocionais e lógicas são
importantes e necessárias para o desenvolvimento global. Nem todos os estudantes poderão
formular os registros de maneira autônoma. Nesses casos, o professor pode ser o escriba,
ou propor outras formas como desenhos ou imagens recortadas. Essa adaptação curricular
garante a participação efetiva do estudante nas atividades.
Como Trabalhar com Alunos com Deficiência Intelectual – Dicas Incríveis para Adaptar
Atividades. Disponível em: - https://institutoitard.com.br/como-trabalhar-com-alunos-
com-deficiencia-intelectual/ . Acesso em: 23 out. 2019.
Arte e Deficiência Intelectual: caminhos, possibilidades. Dia a dia educação. Disponível
em:
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pde/2
016/2016_artigo_edespecial_uem_vilmasayurimarubayashi.pdf. Acesso em: 31 jan. 2020.
Avaliação e recuperação
A avaliação e recuperação proposta neste material é diagnóstica, iniciando com a ação
do professor ao investigar o que os estudantes conhecem ou não conhecem acerca dos
objetos de conhecimento que serão abordados e processual em todos os momentos de
prática pedagógica, nos quais podemos incluir diferentes maneiras de acompanhar, avaliar e
recuperar as aprendizagens. Nesta concepção de avaliação e recuperação em Arte, é
importante adotar a postura de não estabelecer critérios de comparação, oferecer
possibilidades para que os estudantes alcancem os objetivos esperados, estar atento às
dificuldades expostas na realização das atividades e propor soluções.
O fator socioemocional, presente em todos os momentos de aprendizagem em
agrupamentos produtivos1, tem em vista a formação integral do estudante. É importante
frisar que o tempo necessário para o desenvolvimento das habilidades, por meio de situações
de aprendizagem pode variar entre uma turma e outra, mesmo que da mesma etapa.
Recomendamos a prática diária do registro, em um portfólio, como importante
ferramenta para acompanhar os avanços e dificuldades no desenvolvimento de habilidades e
apropriação dos conhecimentos, observação dos processos criativos, relação com os colegas,
participação, empenho, respeito pela produção individual, coletiva e colaborativa,
autoconfiança, valorização das diferentes expressões artísticas, reconhecimento de que todos
os obstáculos e desacertos possam ser superados. Ele é uma ferramenta importante para
1 Agrupamentos produtivos: Os agrupamentos seguem os princípios dos saberes já construídos pelas
crianças em seu percurso escolar, bem como leva em consideração a heterogeneidade de saberes
existentes no espaço escolar e a sua importância na construção dos saberes dos alunos, pois essa
forma de trabalho é ancorado, em sua concepção, pela interação entre as crianças com a mediação
do professor.
Fonte:http://www.escoladeformacao.sp.gov.br/portais/Portals/183/repositorios/biblioteca/Agru
pamentos%20produtivos.pdf. Acesso em: 04 set. 2019.
2 Suposições inteligentes: hipóteses de cada indivíduo, baseadas em seus conhecimentos prévios e
bagagem cultural.
retomada das aulas anteriores, recuperando e avaliando a turma, proporcionando aos
estudantes com dificuldades, deficiência ou até mesmo faltosos, a oportunidade de construir
e ampliar sua própria aprendizagem em colaboração com toda a turma e a mediação
professor, além de propiciar aos estudantes com altas habilidades ou superdotação, a
participação na aprendizagem dos demais colegas.
Nessa prática, você poderá registrar as considerações e suposições inteligentes
estudantes, que ocorrerão durante as rodas de conversas iniciais ou fechamento das aulas,
considerando, alinhando e direcionando, o desenvolvimento produtivo das atividades.
Dessa forma, o resultado das avaliações oferecerá os elementos necessários para
analisar seu planejamento, replanejar, se necessário e para o acompanhamento individual e
elaboração de propostas de recuperação das aprendizagens durante todo o ano letivo.
Antes de iniciar as situações de aprendizagem, apresentamos o Organizador
Curricular.
No quadro estão dispostas todas as habilidades, que expressam as aprendizagens
essenciais que devem ser asseguradas aos estudantes nesta etapa. Para tanto, são descritas de
acordo com uma determinada estrutura, conforme o exemplo a seguir:
Código Alfanumérico: EF07AR24 – semelhante à numeração apresentada na BNCC.
EF = Ensino Fundamental - 07 = 7º ano - AR = Arte - 24 = número da habilidade.
Habilidade (EF07AR24): Reconhecer e apreciar artistas, grupos e coletivos cênicos de
teatro de animação paulistas, brasileiros e estrangeiros de diferentes épocas, investigando os
modos de criação, produção, divulgação, circulação e organização da atuação profissional em
teatro.
Verbos – Explicitam os processos cognitivos envolvidos na habilidade: reconhecer e
apreciar, investigar.
Objetos de conhecimento - Mobilizados na habilidade: artistas, grupos e coletivos cênicos
de teatro de animação paulistas, brasileiros e estrangeiros de diferentes épocas.
Modificadores dos objetos de conhecimento: Explicitam o contexto e/ou uma maior
especificação da aprendizagem esperada: os modos de criação, produção, divulgação,
circulação e organização da atuação profissional em teatro.
Em outras habilidades, também existem modificadores de verbos, por exemplo,
“experimentar” e “utilizando”.
Condições didáticas e indicações para o desenvolvimento das atividades:
Demonstram as ações necessárias para alcançar o desenvolvimento das habilidades,
articuladas aos tipos de conteúdo (Conceitual, Atitudinal, Procedimental e Factual).
Observar se o estudante: Indicações que auxiliarão nos processos de avaliação e
recuperação.
Habilidades integradoras: São habilidades que propõem conexões entre duas ou mais
linguagens artísticas, para ampliação das possibilidades criativas, de compreensão de
processos de criação e fomento da interdisciplinaridade.
Organizador Curricular - Teatro 7º ano
Habilidades
Condições didáticas e
indicações para o
desenvolvimento das
atividades
Observar se o estudante
(EF07AR24) Reconhecer
e apreciar artistas, grupos
e coletivos cênicos de
teatro de animação
paulistas, brasileiros e
estrangeiros de diferentes
épocas, investigando os
modos de criação,
produção, divulgação,
circulação e organização
da atuação profissional em
teatro.
Oportunizar momentos de
reconhecimento e apreciação
de trabalhos e obras de artistas,
grupos e coletivos cênicos de
teatro de animação paulistas,
brasileiros e estrangeiros de
diferentes épocas;
Propiciar momentos de
investigação dos modos de
criação, produção, divulgação,
circulação e organização
profissional em teatro.
Reconhecer os artistas,
grupos e coletivos cênicos
de teatro de animação
paulistas, brasileiros e
estrangeiros de diferentes
épocas;
Apreciar não somente os
trabalhos produzidos por
estes artistas, mas também
a forma de como o
processo de
desenvolvimento de suas
obras são realizadas;
Investigar os modos de
criação, produção,
divulgação, circulação e
organização profissional
em teatro, realizados por
estes indivíduos.
(EF07AR26) Explorar
diferentes elementos
envolvidos na
composição de
acontecimentos cênicos
do teatro de animação
(personagens, adereços,
cenário, iluminação e
sonoplastia) e reconhecer
seus vocabulários.
Propiciar momentos de
exploração de diferentes
elementos envolvidos na
composição de acontecimentos
cênicos do teatro de animação
(personagens, adereços,
cenário, iluminação e
sonoplastia);
Oportunizar momentos de
reconhecimento dos
vocabulários, utilizados em
teatro de animação.
Explorar diferentes
elementos envolvidos na
composição de
acontecimentos cênicos do
teatro de animação
(personagens, adereços,
cenário, iluminação e
sonoplastia);
Reconhecer seus
vocabulários, utilizados em
teatro de animação.
(EF07AR27) Pesquisar e
criar formas de
dramaturgias no teatro de
animação, em diálogo
com o teatro
contemporâneo.
Propiciar momentos de
pesquisa das formas de
dramaturgias no teatro de
animação;
Oportunizar momentos de
criação de formas de
dramaturgias no teatro de
animação;
Propiciar momentos de diálogo
entre o teatro de animação e o
teatro contemporâneo.
Pesquisar formas de
dramaturgias no teatro de
animação;
Criar formas de
dramaturgias no teatro de
animação;
Dialogar entre o teatro de
animação e o teatro
contemporâneo.
(EF07AR29)
Experimentar, de maneira
imaginativa na
improvisação teatral e no
jogo cênico, as
construções de
movimento
Oportunizar momentos de
experimentação, de maneira
imaginativa na improvisação
teatral e no jogo cênico, as
construções de movimento
(manipulação) e vocais de
Experimentar
improvisações teatrais e no
jogo cênico, confecção de
personagens, construção
de movimentos
(manipulação) e vocal de
(manipulação) e vocais de
personagens do teatro de
animação.
personagens do teatro de
animação.
personagens do teatro de
animação.
(EF07AR30) Compor
cenas, performances,
esquetes e improvisações
com base em textos
dramáticos ou outros
estímulos (música,
imagens, objetos etc.),
explorando o teatro de
animação e considerando
a relação com o
espectador.
Propiciar momentos de
composição de cenas,
performances, esquetes e
improvisações com base em
textos dramáticos ou outros
estímulos (música, imagens,
objetos etc.);
Oportunizar momentos de
exploração do teatro de
animação;
Propiciar momentos de
consideração e relação entre o
teatro de animação e o
espectador.
Compor cenas,
performances, esquetes e
improvisações com base
em textos dramáticos ou
outros estímulos (música,
imagens, objetos etc.);
Explorar o teatro de
animação;
Considerar a importância
do espectador para com
esta linguagem;
Relacionar o teatro de
animação com o
espectador.
Habilidades
Articuladoras
Condições didáticas e
indicações para o
desenvolvimento das
atividades
Observar se o estudante
(EF69AR33) Analisar
aspectos históricos,
sociais e políticos da
produção artística,
problematizando as
narrativas eurocêntricas e
as diversas categorizações
da arte (arte, artesanato,
folclore, design etc.).
Oportunizar momentos de
pesquisa e análise dos aspectos
históricos, sociais e políticos,
na produção do teatro de
animação;
Possibilitar momentos e
problematização, sobre as
narrativas eurocêntricas e as
diversas categorização da arte
Analisa aspectos
históricos, sociais e
políticos da produção
artística;
Problematiza as narrativas
eurocêntricas e as diversas
categorizações da arte
(artesanato, folclore design
etc.).
(artesanato, folclore, design
etc.).
(EF69AR35) Identificar e
manipular diferentes
tecnologias e recursos
digitais para acessar,
apreciar, produzir,
registrar e compartilhar
práticas e repertórios
artísticos, de modo
reflexivo, ético e
responsável.
Oportunizar momentos de
pesquisa manipulação de
diferentes tecnologias e
recursos digitais para acessar,
apreciar, produzir, registrar e
compartilhar práticas e
repertórios artísticos;
Possibilitar momentos de
reflexão, ética e responsável.
Identifica e manipula
diferentes tecnologias e
recursos digitais para
acessar, apreciar, produzir,
registrar e compartilhar
práticas e repertórios
artísticos, de modo
reflexivo, ético e
responsável.
Situação de aprendizagem I
Habilidade (EF07AR24): Reconhecer e apreciar artistas, grupos e coletivos cênicos de
teatro de animação paulistas, brasileiros e estrangeiros de diferentes épocas, investigando os
modos de criação, produção, divulgação, circulação e organização da atuação profissional em
teatro.
Objetos de Conhecimento: Contextos e Práticas
● Artistas, Grupos e Coletivos Cênicos de Teatro de Animação de diferentes
épocas
● Modos de Criação, Produção, Divulgação, Circulação e organização
profissional em teatro
Habilidade Articuladora (EF69AR33): Analisar aspectos históricos, sociais e políticos da
produção artística, problematizando as narrativas eurocêntricas e as diversas categorizações
da arte (arte, artesanato, folclore, design etc.).
Objetos de Conhecimento: Contextos e Práticas
● aspectos históricos, sociais e políticos da produção artística
● narrativas eurocêntricas
● diversas categorizações da arte
Professor, nesta situação de aprendizagem estão previstas quatro atividades. Nelas,
você vai conversar com os estudantes para explorar os conhecimentos prévios, colocá-los
em contato com artistas, grupos e coletivos cênicos de Teatro de Animação de diferentes
épocas, pesquisando os modos de criação, produção, divulgação, circulação e organização
profissional em teatro e seus aspectos históricos, sociais e políticos da produção artística,
narrativas eurocêntricas e as diversas categorizações da arte. É importante que você realize
registros durante o desenvolvimento das atividades, para colaborar com os momentos de
avaliação e recuperação. Para ampliação de seu repertório, foram elencados alguns conceitos
importantes para o desenvolvimento das atividades.
Arte: Pode se definir a arte como uma forma de expressão por meio de uma linguagem,
uma modalidade artística, uma técnica. É um fazer, refletir, criticar, contextualizar, provocar,
causar estesia, fruir e expressar o que está sentindo através do teatro, da dança, da música,
das artes visuais e da arte híbrida, que mistura muitas destas linguagens em uma montagem
única.
Artesanato: Envolve o fazer artístico com os saberes populares, oriundos de uma
determinada localidade, feito manualmente e de forma não industrializada, mas que gera
manutenção, divulgação e sustento da cultura popular de uma região.
Design: É a forma que um determinado produto tem, referindo-se ao seu formato com
linhas rebuscadas, desenhadas e funcionais. O artigo de design tem um estudo por trás de
sua concepção.
Folclore: Conjunto de saberes, costumes, causos, histórias, cantigas, danças e músicas,
tradições e crenças de um povo. a transmissão destes saberes é de geração para geração,
variando de cada região e povo do mundo.
Eurocentrismo: É uma visão de mundo que tende a colocar a Europa (assim como sua
cultura, seu povo, suas línguas etc.) como o elemento fundamental na constituição da
sociedade moderna, sendo, necessariamente, a protagonista da história do homem.
Narrativa: É uma exposição de fatos, uma narração, um conto ou uma história (notícias de
jornal, história em quadrinhos, romances, contos e novelas). As narrativas são expressas por
diversas linguagens: pela palavra (linguagem verbal: oral e escrita), pela imagem (linguagem
visual), pela representação (linguagem teatral) etc.
Teatro de Animação – É, essencialmente, caracterizado pela presença de um objeto
“intermediário” (objetos, marionetes, fantoches, dedoches, bonecos etc.) entre o ator e a
plateia. Aqui, o boneco, ou uma “forma animada”, será instrumento de comunicação do ator
com o público. Os manipuladores podem estar visíveis ou não, mas sempre mantendo o
foco no boneco e não na pessoa. No teatro de animação são os objetos, bonecos ou formas
animadas que ganham vida e interpretam as personagens.
Existem inúmeros tipos de animação como os fantoches ou títeres ( em que a mão humana
dá vida ao boneco), os dedoches ( pequenos bonecos para colocar nos dedos, repetindo a
técnica do fantoche em escala menor), marionetes ( bonecos articulados com fios presos em
suas articulações), bonecos de mamulengo ( fantoches feitos com cabeças de papel machê e
corpos de tecido, oriundo no nordeste do Brasil, principalmente em Pernambuco), bonecos
robóticos ou computadorizados, teatro de sombras ( a encenação é feita com silhuetas
recortadas em papel contra a luz), teatro com objetos ( os objetos são os personagens em
ação), teatro Bunraku ( técnica japonesa de manipulação de bonecos) entre outros.
Teatro de formas animadas ou de animação contemporâneo: Manifestação
contemporânea do teatro de bonecos que, com bonecos ou não, cola em cena outros
elementos, como objetos, imagens, sombras, formas abstratas, que contracenam com atores
e manipuladores visíveis ou ocultos, mas mantendo sempre o foco de atenção nas figuras
animadas. Grupos experimentais de Teatro de Bonecos cada vez mais buscam inserir nos
seus espetáculos a dança, o cinema, a ópera, o circo etc. Sejam na utilização de bonecos
gigantes, pequenininhos, com diferentes formas de manipular o uso de recursos digitais e
tecnológicos ampliam as infinitas suas possibilidades poéticas.
Teatro Bunraku: nascido para contar a lendas e histórias das dinastias japonesas para o
povo, o Bunkaru é realizado por atores manipuladores, ou titereiros, os quais se vestem com
uma roupa de cor preta e ficam nas costas do boneco. Este ganha vida mexendo o corpo
por meio das mãos dos três atores que fazem a manipulação do boneco: usando apenas as
mãos um titereiro movimenta apenas a cabeça do boneco, o outro apenas os braços e o outro
apenas as pernas.
Vale ressaltar, que o teatro de animação é muito utilizado na televisão brasileira, como
recurso lúdico. Dessa forma, citamos, a seguir, alguns programas utilizam e/ou utilizaram
desse recurso teatral:
Programas nacionais e internacionais de televisão que utilizavam a manipulação de
bonecos e fantoches:
Nacionais: Rá-Tim-Bum, Castelo Rá-Tim-Bum, Cocóricó, X-Tudo, Glub Glub, TV
Colosso, Vila Sésamo, Programa Mais Você (Louro José), Programa do Ratinho (Xaropinho
e Tunico), Programa da Eliana (Melocoton, inicialmente era um fantoche), Topo Gigio
(finais dos episódios).
Internacionais: The Muppets, Beakman’s World (O Mundo de Beakman), ALF (ALF O
E.Teimoso), Dinosaurs (Família Dinossauro), Lazy Town, Topo Gigio ( Itália).
Companhias de Teatro de Animação e Manipulação, seguem alguns exemplos:
Paulistas: Arte & Manhas / Galhofas & Dramas, CIA TRUKS - Teatro de Bonecos, Pia
Fraus Teatro, Cia Articularte;
Nacionais: Grupo Giramundo (Belo Horizonte/MG), Grupo Sobrevento (São Paulo/SP e
Rio de Janeiro/RJ), Armatrux (Belo Horizonte/MG);
Internacionais: Cia. Art Stage SAN (Coreia), Crazy Body Group (Irã), Cia. Rocamora
(Espanha), Hermanos Oligor (Espanha), CIA Playground (Espanha), Casa Degli Alfieri
(Itália).
Atividade 1 – Sondagem:
Para iniciar as atividades, é importante conversar com os estudantes e questionar as
experiências pessoais, e/ou coletivas de cada um, perguntando sobre quais artistas, grupos e
coletivos cênicos paulistas, brasileiros e estrangeiros de diferentes épocas , eles conhecem, ou
já tiveram algum acesso. Converse, também, a respeito da participação deles na criação,
produção, divulgação, circulação e/ou organização profissional teatral na escola ou em
outros espaços culturais. Outra questão importante é apresentar, durante a conversa, alguns
conceitos sobre os aspectos históricos, sociais e políticos das produções artísticas e das
narrativas eurocêntricas nas diversas categorizações da arte, falando da diferença entre Arte
e Artesanato. Finalize a conversa, solicitando que os estudantes respondam, no caderno, às
questões indicadas a seguir:
1. Você já assistiu a algum espetáculo de teatro de animação (bonecos, fantoches, dedoches,
sombra, marionetes, objetos etc.)? Comente como foi a sua experiência.
2. Onde você assistiu a esse teatro? Foi em um ambiente fechado ou em um local aberto? Na
TV ou internet?
3. Para você, como é a criação de um boneco-personagem? De que modo o boneco “ganha
vida” no palco?
4.Conhece algum artista, grupo, coletivos cênicos paulistas, brasileiros e/ou estrangeiros, que
participaram da produção de espetáculos de teatro de animação?
5. Em seu bairro, cidade ou região existem algum artista, grupo, coletivos cênicos que
participaram da produção de espetáculos de teatro de animação? Quais?
6. Qual a diferença entre Arte e Artesanato? Comente.
Para saber mais:
Amphibias Produções & Bonecos. Bonecos amphibias. Disponível em:
http://bonecosamphibias.blogspot.com/2011/04/historia-do-teatro-de-animacao.html.
Acesso em 29 dez..2019.
Reflexões sobre a Dramaturgia no Teatro de Animação para Crianças. Teatro de animação.
Disponível em: https://teatrodeanimacao.wordpress.com/revista-eletronica/reflexoes-
sobre-a-dramaturgia-no-teatro-de-animacao-para-criancas/ . Acesso em 24 dez. 2020.
Atividade 2 – Apreciação
Esta atividade está dividida em dois momentos de apreciação de imagens e vídeos
indicados que mostram um pouco das diferentes técnicas do teatro de animação
apresentados por artistas, grupos e coletivos cênicos regionais, nacionais e internacionais,
para fomentar as investigações, reflexões e análises sobre o Teatro de animação e seus
contextos. Oriente os estudantes a observar detalhadamente as imagens, percebendo os
processos de criação, produção, divulgação e circulação e organização profissional em teatro
apresentados nos vídeos, registrando suas impressões no caderno juntamente com as
respostas das questões indicadas.
Momento 1
● Apreciação de imagens e vídeos: Artistas, Grupos e Coletivos Cênicos de
Teatro de Animação de diferentes épocas.
1. 2.
3. 4.
1. Manipulação de Bonecos. Trabalhos de Álvaro Morau e Drico de Oliveira. Fonte:
Eliana Florindo/ Suzano/ 2018.
2. Detalhe das mãos dos manipuladores. Grupo Gats. Fonte: Evania
Escudeiro/Caraguatatuba - SP/ 2013.
3. Cartazes da espetáculos do Grupo Giramundo. Fonte: Evania Escudeiro – Belo
Horizonte MG/ 2018.
4. Teatro Infantil de Bonecos da Cia. Articularte. Fonte Evania Escudeiro –
Araraquara – SP/ 2019
Vídeos:
Fitafloripa 2009 3º Festival Internacional de Teatro de Animação. Youtube. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=O0zQfkgSE1M. Acesso em: 24 dez. 2019.
LE PLUS GRAND CABARET DU MONDE. Youtube. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=CcoPdIpYuhc. Acesso em: 24 dez. 2020.
Cia Truks. Disponível em: Youtube. https://youtube/xxlEtZ4fs18 . Acesso em:
24/02/2020 .
Grupo Giramundo. Youtube. Disponível em: https://youtube/ICudBdiOkkg. Acesso em:
24/02/2020.
TEATRO DE BONECOS - TV GUIA DO ATOR (Programa 64). Youtube. Disponível
em: https://www.youtube.com/watch?v=a0UA_AIGiyA&t=1s . Acesso em: 24 dez. 2019.
Cia Articularte. Youtube. Disponível em: https://youtube/W-CMLQujVjs . Acesso em:
24/02/2020.
Momento 2
● Apreciação de imagens e vídeos: Modos de Criação, Produção, Divulgação,
Circulação e organização profissional em teatro.
Fonte: Trabalhos de Álvaro Morau e Drico de Oliveira/ Eliana Florindo/ Suzano/ 2018.
● Apreciação de vídeos - Modos de Criação, Produção, Divulgação, Circulação
e organização profissional em teatro.
Links:
Desvendando o Teatro de Animação. Truks Disponível em:
http://www.truks.com.br/videos/59-desvendando-o-teatro-de-animacao. Acesso
em: 27 dez. 2019.
Grupo Sobrevento. Youtube. Disponível em: https://youtube/TVyYPFIVQ00. Acesso
em: 24/02/2020.
Em seguida, oriente os estudantes a responder em seus cadernos às questões a seguir:
1.O que a sequência de imagens apresenta?
2.Você já assistiu alguma apresentação de teatro de animação? Onde? Escola, igreja, praça
ou parque). Se já assistiu, se lembra qual foi a técnica utilizada?
3.O que chamou mais sua atenção no vídeo: “Fitafloripa 2009 3º Festival Internacional de
Teatro de Animação”?
4. Nos vídeos apresentados, é possível perceber que existe uma história? Você poderia
resumi-las.
5.Já conhecia as companhias de Bonecos – Giramundo, Gats. Trucks, Articularte?
6.Além dos artistas e grupos apresentados conhece algum outro? Quais?
7.Quais as diferenças e semelhanças nos modos de criação, produção, divulgação, circulação
e organização profissional em teatro apresentados nos vídeos?
Atividade 3 – Ação Expressiva I
Para desenvolver esta atividade, realize, juntamente com os estudantes, um percurso
de ações criativas.
Percurso inicial –1: Converse com os estudantes sobre os conceitos de Narrativa,
Eurocentrismo, e as diversas categorizações da Arte, Artesanato, Design e Folclore,
analisando os aspectos históricos, sociais, culturais e políticos nas produções teatrais. Solicite
que registrem no caderno tudo o que foi discutido e analisado, pois o registro das impressões
vai colaborar com a finalização do percurso.
Percurso – 2: Oriente os grupos a realizar uma pesquisa e seleção de um texto
contendo uma lenda de matriz indígena, africana e/ou europeia, para servir de embasamento
para a adaptação e criação de um roteiro de uma peça teatral e a sua encenação.
Percurso – 3: Organize a turma em grupos de três componentes, mas, antes,
solicite que tragam para esta aula: papel crepom, jornais e/ou revistas, tesoura sem ponta,
fita crepe, retalhos de tecido, tnt etc., fantasias, figurinos para criação e confecção das
personagens. Após finalizar o processo de criação, explique para os grupos a técnica de
manipulação de bonecos Teatro Bunraku – Japonês, técnica esta que será utilizada para
manipular as personagens.
Teatro Bunraku – Japonês - Utiliza uma técnica de manipulação de bonecos
realizada a três, na qual uma pessoa deve manipular com uma mão o corpo e com a outra, a
cabeça. Uma segunda pessoa manipula os braços, sendo cada braço com uma mão, e uma
terceira manipula as pernas, sendo cada perna com uma mão.
Percurso – 4: Apresente aos estudantes os vídeos indicados a seguir para um
momento de apreciação das imagens de artistas, grupos e coletivos cênicos de teatro de
animação. Oriente os estudantes a observar e investigar, detalhadamente, os modos de
criação, produção, divulgação, circulação e organização da atuação profissional em teatro.
Links:
Oficina de construção de bonecos. Youtube. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=Xmm63FEBVo0 Acesso em: 28 jan. 2020.
Cia Trucks- A bruxinha. Truks. Disponível em: http://www.truks.com.br/videos/10-truks-
a-bruxinha-cia-truks Acesso em: 28 jan. 2020.
Cia Trucks- O Amor. Truks. Disponível em: http://www.truks.com.br/videos/7-crescer-
amar-demais-nao-faz-mal. Acesso em: 28 jan. 2020.
El teatro de marionetes Ningyo Johruri Bunraku. Youtube. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=VV_cOq3zh4o. Acesso em: 28 jan. 2020.
100 anos da Imigração: teatro de marionete japonês. Youtube. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=9fJ0tQV62MA. Acesso em: 28 jan. 2020.
Teatro japonês. Teatro Bunraku. Youtube. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=NGsyXvmmP8w. Acesso em: 28 jan. 2020.
Percurso - 5: Finalizada as produções dos bonecos, da escolha da lenda e criação e adaptação
de um roteiro, é o momento de organizar um cronograma de apresentações dos grupos.
Percurso final: Retome com eles o processo de pesquisa, apreciação, criação e produção da
das personagens e das cenas, bem como os momentos de discussão sobre narrativas
eurocêntricas, mediando uma roda de conversa.
Atividade 4 – Ação Expressiva II
A prática do teatro na escola possibilita que os participantes exprimam, de diferentes
maneiras, os seus pontos de vista, fomentando a capacidade dos estudantes de manifestarem
as suas sensações e posicionamentos, tanto no que se refere ao microcosmo das suas relações
pessoais, quanto no que diz respeito às questões de sua comunidade e de seu país. Nesse
contexto, esta atividade está dividida num percurso de aprendizagem estabelecido por um
roteiro de trabalho que prevê: estudo, questionamentos, discussão, pesquisa e análise dos
aspectos históricos, sociais e políticos da produção artística entre as diversas categorizações
da arte (arte, artesanato, folclore, design etc.).
Grupo 1: Arte, Grupo 2: Artesanato, Grupo 3: Design, Grupo 4: Folclore
1ª Etapa: Converse com os estudantes sobre a palavra Arte que tem, em sua origem,
o significado de técnica e habilidade e pode ser compreendida como a capacidade que o ser
humano tem de manifestar suas ideias e cultura, utilizando-se de símbolos, signos e
elementos de comunicação. Desde a época das cavernas, os seres humanos se comunicavam
por meio dela, a chamada arte rupestre e, ao longo do tempo, a história da arte tenta
categorizar e compreender as diversas mudanças no fazer artístico.
2ª Etapa: Realize os questionamentos indicados e outros que achar pertinente.
1. Você sabe quais são as diferenças existentes entre o trabalho de um artista de
um artesão?
2. Você sabe quais são as diferenças e semelhanças entre arte e design?
3. Defina o que é folclore.
3ª Etapa: Divida a turma em quatro grupos e oriente uma pesquisa em livros,
revistas, internet etc. de imagens e textos sobre os conceitos de arte, artesanato, folclore,
design com foco nos aspectos históricos, sociais e políticos das produções artísticas;
4ª Etapa: Finalizadas as pesquisas, oriente os grupos na confecção de quatro painéis ,
utilizando papel pardo e/ou cartolina, tesoura, cola, fita adesiva, caneta hidrocor etc., os quais
deverão ter todas as informações e imagens coletadas;
5ª Etapa: Solicite um a um que cada grupo apresente a sua pesquisa para socializar
as informações e embasar a análise e discussão;
6ª Etapa: Explique sobre os conceitos de narrativa e eurocentrismo. Em seguida,
promova uma análise crítica e um debate do material pesquisado, problematizando as
narrativas eurocêntricas nas diversas categorizações da arte (arte, artesanato, folclore, design).
7ª Etapa: Finalize a atividade solicitando aos estudantes para que registrem
individualmente em seu caderno, suas suposições, ideias e argumentos, tendo como exemplo
o quadro indicado a seguir.
Arte Artesanato Folclore Design
Aspectos
históricos
Aspectos
sociais
Aspectos
políticos
Para saber mais:
As principais diferenças entre a arte e o design. Printi. Disponível em:
https://www.printi.com.br/blog/principais-diferencas-entre-arte-e-o-design. Acesso em: 23
jun. 2020.
Confira 3 diferenças básicas entre arte e artesanato. Comalma. Disponível em:
https://www.comalma.com.br/confira-3-diferencas-basicas-entre-arte-e-artesanato/.
Acesso em: 23 jun. 2020.
Eurocentrismo. Todoestudo. Disponível em:
https://www.todoestudo.com.br/sociologia/eurocentrismo. Acesso em 23 jun. 2020.
Avaliação e recuperação
A avaliação e a recuperação serão realizadas continuamente, durante todo o processo,
por meio do registro em seu portfólio, No decorrer das atividades, verifique se os estudantes
foram capazes de reconhecer e apreciar artistas, grupos e coletivos cênicos de Teatro de
Animação de diferentes épocas, bem como os modos de criação, produção, divulgação,
circulação e organização profissional em teatro. Além disso, observe se conseguiram analisar
aspectos históricos, sociais e políticos da produção artística, problematizando as narrativas
eurocêntricas e as diversas categorizações da arte (arte, artesanato, folclore, design etc.).
Organize uma roda e converse com os estudantes acerca dos objetos de conhecimento
trabalhados durante as atividades.
Situação de aprendizagem II
Habilidade (EF07AR26): Explorar diferentes elementos envolvidos na composição de
acontecimentos cênicos do teatro de animação (personagens, adereços, cenário, iluminação
e sonoplastia) e reconhecer seus vocabulários.
Objetos de Conhecimento: Elementos da Linguagem
● teatro de animação
● elementos na composição cênica - personagens, adereços, cenários,
iluminação, sonoplastia
Professor, nesta situação de aprendizagem estão previstas cinco atividades. Nelas,
você vai conversar com os estudantes para levantar os conhecimentos prévios, colocá-los em
contato com diferentes elementos envolvidos na composição de acontecimentos cênicos do
teatro de animação (personagens, adereços, cenário, iluminação e sonoplastia), explorando e
reconhecendo seus vocabulários. É importante que você realize registros durante o
desenvolvimento das atividades, para colaborar com os momentos de avaliação e
recuperação. Para ampliação de seu repertório, foram elencados alguns conceitos
importantes para o desenvolvimento das atividades.
Adereço: Acessório que compõem o conjunto estético de um personagem.
Cenografia – Processo de criação e construção do acontecimento teatral no seu aspecto
espacial e da imagem cênica. Em sua linguagem artístico-estética, utiliza-se de elementos
como cor, luz, forma, linha e volume para solucionar esteticamente as necessidades poéticas
apresentadas pelo espetáculo. Hoje, projetos cenográficos são expandidos para além da cena
teatral, podendo ser encontrados em exposições, ambientes, lugares para as mídias e eventos
artístico-estéticos.
Espaço cênico – Espaço onde a cena teatral acontece. Na contemporaneidade, o fenômeno
teatral pode acontecer em qualquer lugar, transformando qualquer espaço em espaço cênico.
Essa metamorfose do espaço acontece com a presença do ator em ação.
Iluminador – Profissional responsável por toda a iluminação do espetáculo, desde sua
criação até a operação no momento da cena
Personagem – De modo mais esquemático, a palavra deriva do grego: persona (máscara) e
agon (que debate, que “fala” por si, que se apresenta). Então, sendo uma máscara, não é uma
pessoa, mas alguém que se coloca no lugar da pessoa como se fora ela. Nas formas da
tragédia, da comédia e do drama satírico, havia o coro, que era uma personagem coletiva que
representava o Estado (o número de homens variava, dependendo do gênero). Vale lembrar
que, no teatro erudito, diferentemente do popular, os atores eram sempre homens.
Sonoplastia – Conjunto de sons e efeitos sonoros criados para uma atividade artística,
proveniente de músicas, ruídos, vozes, e outras fontes e formas sonoras.
Teatro de bonecos – Gênero teatral em que bonecos representam personagens
antropomorfos, zoomorfos e míticos. Nesses espetáculos, o ator- -manipulador quase
sempre não é visível, colocando-se atrás de anteparos. De acordo com as possibilidades de
manipulação, os bonecos podem ser: de luva, também conhecidos como fantoches; de vara
e varetas; de fios e articulados.
Teatro de objetos – O primeiro festival de teatro de objetos aconteceu em 1983, na França.
Trata-se de uma modalidade de teatro de animação que conta histórias por meio da
manipulação de objetos, formando imagens poéticas repletas de simbologia. São utilizados
objetos do cotidiano que, com a incidência das luzes cênicas sobre eles e com o jogo de
sensações entre os atores e os objetos, assumem uma carga de significados
Teatro de sombras – Surge na China por volta de 5000 a.C. Por meio de uma tela de
tecido branco esticado, silhuetas recortadas em papel firme são coladas em varas de madeira
e movimentadas contra a luz, que incide dando o efeito de sombra na tela. A técnica consiste
na utilização de uma tela, para esconder atores e bonecos que, por sua vez, pela incidência
da luz sobre seus corpos, são projetados nessa mesma tela. Assim, as histórias são narradas
por esses bonecos, que podem ser articulados ou não. Esse tipo de teatro é considerado o
precursor do cinema.
Para saber mais:
Elementos do Teatro. Arte.seed. Disponível em:
http://www.arte.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=197. Acesso
em: 29 jan. 2020.
Luz no teatro. Slides are. Disponível em: https://pt.slideshare.net/celsoviviani/luz-no-
teatro. Acesso em: 29 jan. 2020.
Como criar uma sonoplastia. Teatro na sala de aula. Disponível em:
https://teatronasaladeaula.com.br/como-criar-uma-sonoplastia/. Acesso em: 28 jan. 2020.
Educação e Estética e artística. Educação artística. Disponível em:
.http://educacaoartistica.dge.mec.pt/teatro-glossario.html. Acesso em: 28 jan. 2020.
Atividade 1 – Sondagem
Realize uma sondagem com os estudantes questionando a respeito dos elementos
envolvidos nas produções de Teatro de Animação que eles conhecem e/ou têm acesso. Em
seguida, fale sobre os conceitos de personagens, adereços, cenário, iluminação e sonoplastia
e a importância desses elementos para a produção teatral. Ao final, solicite que os estudantes
registrem, no caderno, as seguintes questões:
1. Vocês já assistiram a algum espetáculo de teatro de animação? Foi ao vivo, pela TV
e/ou internet? Conte um pouco de suas experiências.
2. Já participou na escola ou em centros culturais de confecção de bonecos e produção
de teatro de animação? Conte suas experiências.
3. Qual a importância dos elementos - personagens, adereços, cenário, iluminação e
sonoplastia - para a produção teatral?
Atividade 2: Apreciação
Apresente as imagens e os vídeos indicados e converse com os estudantes acerca dos
diferentes elementos que envolvem a composição cênica do teatro de animação
(personagens, adereços, cenário, iluminação e sonoplastia). Finalize a atividade solicitando
que escrevam, no caderno, um texto relatando tudo que conseguiram observar e apreciar em
cada imagem.
Imagem 1. Cenário de montagem do teatro de bonecos de Alice no País das Maravilhas. Fonte: Amábile Talita Cavalini/ Caraguatatuba/
2019.
Imagem 2. Cenários de montagem do teatro de bonecos de Os Três Porquinhos. Fonte: Amábile Talita Cavalini/ Caraguatatuba/ 2019 .
Imagem 3. Cenário de montagem do teatro de bonecos. Fonte: Amábile Talita Cavalini/ Caraguatatuba/ 2019 .
Imagem 4. Mesa de som. Fonte: Edu Santos Disponível em: https://cdn.pixabay.com/photo/2018/08/29/02/09/sound-table-
3638994_960_720.jpg. Acesso em: 28 jan. 2020.
Imagem 5. Bonecos feitos com materiais reciclados. Fonte: Evania Escudeiro/ São Paulo/ 2019 .
Imagem 6. Bonecos de sombra. Fonte: Bigter Choi. Disponível em: https://pixabay.com/fr/photos/th%C3%A9%C3%A2tre-
lumi%C3%A8re-430552/. Acesso em: 04/fev./2020.
Links:
Nestes vídeos é possível observar diferentes trabalhos com a manipulação de objetos,
explorando diferentes elementos envolvidos na composição de acontecimentos cênicos do
teatro de animação (personagens, adereços, cenário, iluminação e sonoplastia).
O Amor- Cia Truks. Truks. Disponível em: : http://www.truks.com.br/videos/7-crescer-
amar-demais-nao-faz-mal. Acesso em: 28 jan. 2020.
Sonhatório- Cia Trcks. Truks. Disponível em: http://www.truks.com.br/videos/3-truks-
sonhatorio-3-min. Acesso em: 28 jan. 2020.
Expedição pacífico- Cia Truks. Truks. Disponível em:
http://www.truks.com.br/videos/85-expedicao-pacifico-teaser. Acesso em: 28 jan. 2020.
Atividade 3 – Ação Expressiva I
Para ampliar o conhecimento e o vocabulário dos estudantes, organize a turma em
grupos e oriente a realização de uma pesquisa em livros, revistas, folhetos, jornal, internet
etc. de imagens e textos de diferentes elementos envolvidos na composição de
acontecimentos cênicos do teatro de animação - personagens, adereços, cenário, iluminação
e sonoplastia. Finalizada a pesquisa, é o momento de iniciar o processo de criação de verbetes
e construção de um “Dicionário de Teatro” utilizando todo material pesquisado. Explique
aos grupos que eles devem decidir e planejar como vai acontecer a criação, podendo
acrescentar, recortes, colagens e os próprios desenhos para fazer a ilustração. Para a
produção, solicite, antecipadamente, aos estudantes que tragam para a aula: cola, tesoura,
régua, lápis de cor, papel colorido etc. Outra sugestão, é a produção de pequenos
vídeos/podcasts que explicam rapidamente os conceitos. As produções podem ser
socializadas em vlogs da escola/turma. Depois de pronto, propicie um momento de
exposição e socialização destas produções, considerando a finalidade comunicativa que
Dicionários tem, pois são usados como fonte de consulta. Nesse contexto, os verbetes
produzidos podem ser postados em um blog da turma, por exemplo, podendo ser
consultados sempre que necessário
Atividade 4 - Ação expressiva II
Para desenvolver esta atividade de Teatro de Sombras, é interessante orientar os
estudantes a realizar exercícios com silhuetas de animais, perfis de homens, mulheres, casas,
árvores, objetos etc. Para fazê-las, solicite que tragam de casa alguns materiais como papelão,
cartolina e/ou papel cartão, tesoura, fita adesiva, varetas pequenas, médias e grandes, cola,
guache preto ou papel-espelho (dobradura) preto, pincel, papel celofane ou plástico colorido
etc., e um lençol branco e/ou TNT para criar o fundo branco. O foco de luz pode ser feito
com um abajur, lanternas, retroprojetor ou mesmo um celular.
Em seguida, organize a turma em grupos de 4 ou 5 componentes, e oriente os
estudantes a imaginarem uma história para suas silhuetas, encenando no fundo branco a
história dessas sombras. Se quiserem incrementar, eles podem criar um cenário colorido,
usando papel-celofane ou plástico. Nessa experimentação, é importante manter a silhueta
junto ao fundo branco (lençol) para a projeção adequada, refletindo exatamente o desenho,
a forma da silhueta recortada, criando efeitos de deformação poética da imagem –
aproximando e distanciando a silhueta do lençol para produzir imagens deformadas,
fantásticas e irreais. Enquanto um grupo faz suas experimentações, os outros se transformam
em plateia assistindo, para depois apontarem para o grupo: o que foi interessante; o que
funcionou ou não, na projeção; o que acontece com as silhuetas submetidas às diferentes
intensidades da luz (abajur, lanterna, projetor) e às diferentes distâncias que separam as
silhuetas do foco luminoso.
Atividade 5 - Ação expressiva III
Inicie a atividade de experimentação de Teatro de Objetos apresentando as imagens
e os vídeos indicados. Explique aos estudantes que, no espetáculo da Cia. Truks e do Grupo
GATS, a antiga história de Andersen ganha novos ares ao fundir realidade com ficção. Sem
nenhum cenário, sem nenhum texto, acompanhados de boa música instrumental ao vivo,
despojados de qualquer artifício cênico e utilizando apenas as mãos e sacolas plásticas, os
personagens, magicamente, se materializam diante dos olhos do espectador. Há realmente
um toque mágico nas transformações da matéria operadas no teatro de objetos. A renovada
surpresa das invenções em cena com os objetos reside na extrema simplicidade dos
“achados”, no ajuste perfeito entre matéria, materiais e manipulação do ator, oferecendo uma
poética singular aos objetos do cotidiano, que provoca em nós, espectadores, um aguçado
imaginário simbólico e poético.
1.
2.
Imagem 1 e 2: Criação de Personagens com objetos. Fonte: Evania Escudeiro/ Caraguatatuba/ 2013.
Links:
O Patinho Feio - Grupo GATS. Teatro gats. Disponível em:
https://teatrogats.wordpress.com/pecas-teatrais-artisticas/o-patinho-feio/. Acesso em: 04
fev. 2020.
O Patinho Feio - TRUKS TV. Youtube. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=xxzhjv7q4qU. Acesso em: 03 fev. 2020.
Se no cotidiano o objeto é funcional, no teatro de objetos ele passa para o mundo
das formas dos signos, dos símbolos e do imaginário poético. Assim, um saca rolha pode vir
a ser um pai de família, uma panela de pipoca pode vir a ser uma mãe e uma colher de pau,
uma filha. Petecas, funis, espanadores, leques, luvas, garfos, espremedores de frutas,
escorredores de arroz, escovas, baldes, vassouras, desentupidores de pia, tecidos e outros
utensílios domésticos podem se transformar em divertidos personagens. A união de um
espanador e de uma roldana pode dar vida à dançarina equilibrista em uma perigosa travessia
de uma trena. É assim que cada objeto manipulado vai se transformando em força simbólica,
estimulando nossa imaginação poética.
Esse trabalho com objetos do cotidiano parte dos significados possíveis de um
objeto, transformando-os em outros significantes, gerando novos significados (um
espremedor de frutas vira o bico de uma galinha, por exemplo). Esse, portanto, não é um
trabalho decorativo e não resulta em objetos estanques. O objeto-personagem se cria na ação
do ator, ou seja, forma-se em um jogo simbólico, assim como quando a criança transforma
um cabo de vassoura em cavalinho simplesmente porque “monta nele”, sai “galopando” e
fazendo “pocotó, pocotó, pocotó”.
A proposta é provocar nos estudantes um exercício criador de olhar o mundo,
perceber as coisas, escolher, apropriar, transformar, criar e inventar. Desse modo, busca-se
estimular o processo criativo, a invenção e o estabelecimento de novos referenciais
imaginários, a partir dos seguintes momentos:
1º momento – Trazer para a sala de aula três objetos do cotidiano, entre os seguintes:
objetos de cozinha (colher de pau, escorredor de arroz, peneira etc.); objetos naturais
(galhos, folhas, pedras etc.); objetos pessoais (bolsa usada, bola, sapato velho) e tecidos, lã,
sacolas de plástico, cordão, barbante, cola, tesoura, fita-crepe etc.
2º momento – Organizar grupo de no máximo seis componentes e selecionar dos objetos
trazidos para a sala de aula o que vai ser utilizado para confecção das personagens.
3º momento – Criar um bicho e uma pessoa transformando os objetos em personagens. Em
seguida, dividir-se em duplas ou trios para manipular os bonecos e produzir uma pequena
cena.
4º momento – Estudar e ensaiar os movimentos e sons que os bonecos são capazes de
produzir é importante para dar vida as personagens .
5º momento – Criar um ambiente (cenário) para o objeto transformado, a fim de que ele
tenha qualidades dramáticas e enquadramento cênico. Esse ambiente pode ser um canto da
sala de aula, o jardim da escola, uma cadeira, uma gaveta, uma caixa etc.
6º momento – Planejar a produção de focos de luz sobre o objeto-personagem, utilizando
lanternas, abajur ou o celular. Em um primeiro instante, pode-se apresentar o objeto-
personagem estático no ambiente com uma luz móvel sobre ele. Em seguida, uma luz fixa
pode incidir sobre o objeto-personagem em movimento, manipulado pelos grupos.
7º momento – Dramatizar uma história conhecida ou escrita pelo grupo utilizando os
objetos-personagem.
Avaliação e recuperação
A avaliação e a recuperação serão realizadas continuamente, durante todo o processo,
por meio do registro em seu portfólio. No decorrer das atividades, verifique se os estudantes
foram capazes de explorar diferentes elementos envolvidos na composição de
acontecimentos cênicos do teatro de animação - personagens, adereços, cenário, iluminação
e sonoplastia, reconhecendo seus vocabulários. Organize uma roda e converse com os
estudantes sobre os objetos do conhecimento trabalhados durante as atividades.
Situação de aprendizagem III
Habilidade: (EF07AR29): Experimentar, de maneira imaginativa na improvisação teatral e
no jogo cênico, as construções de movimento (manipulação) e vocais de personagens do
teatro de animação.
Objetos de Conhecimento: Processos de Criação
● Improvisação teatral e jogo cênico
● Construções de movimentos (manipulação) e vocais de personagens de teatro
de animação
Habilidade (EF07AR30): Compor cenas, performances, esquetes e improvisações com
base em textos dramáticos ou outros estímulos (música, imagens, objetos etc.), explorando
o teatro de animação e considerando a relação com o espectador.
Objetos de Conhecimento: Processos de Criação
● Cenas, performances, esquetes e improvisações com base em textos
dramáticos;
● Relacionar o teatro de animação com o espectador.
Professor, nesta situação de aprendizagem estão previstas quatro atividades. Nelas, você
vai conversar com os estudantes para sondar os conhecimentos prévios, colocá-los em
contato com cenas, performances, esquetes, improvisação teatral, jogo cênico, movimentos de
manipulação e vocais de personagens de teatro de animação, textos dramáticos , relacionando
o teatro de animação com o espectador. É importante que você realize registros durante o
desenvolvimento das atividades, para colaborar com os momentos de avaliação e recuperação.
Para ampliação de seu repertório pessoal, foram elencados alguns conceitos importantes para
o desenvolvimento das atividades.
Ator manipulador/animador/titereiro – ator que manipula personagens dando vida
podendo utilizar-se do seu próprio corpo como suporte para o boneco.
Cena - Trecho, recorte, fração ou acontecimento dramático.
Espectador – Aquele que assiste a um espetáculo.
Esquete - é uma cena curta (no máximo tem duração de dez minutos). Em sua maioria, os
atores atuam e improvisam uma cena com teor cômico.
Improvisação - teoricamente, é um modo de criação realizado sem preparação prévia, mas
estruturado sobre regras, que coloca o ator em estado de alerta para agir diante das mais
variadas situações. A improvisação estimula o desenvolvimento criativo do ator, de sua
espontaneidade, flexibilidade e imaginação dramática. Outro modo é a improvisação como
espetáculo. Nesse sentido, improvisar significa que os atores se colocam diante do público
para improvisar uma criação cênica, que não foi previamente ensaiada. O público percebe
isso imediatamente e se surpreende ao descobrir que é parte integrante do evento teatral, já
que o espetáculo está sendo criado naquele momento ante a presença dos espectadores,
mesmo porque, muitas vezes, a base da improvisação surge de sugestões da plateia.
Leitura dramática – Trabalho resultante do estudo de um texto dramatúrgico preconcebido
e a consequente utilização desse instrumento como auxiliar no processo de encenação, assim
como recurso para a apresentação simplificada de um texto.
O texto dramático - Textos escritos ou adaptados com o objetivo de serem encenados.
Performance -Manifestação artística que ocorre em determinado momento (ao vivo),
geralmente em espaços não convencionais para o teatro. Nela, o ator interpreta ideias com
liberdade, associa diferentes linguagens, produzindo algo híbrido e impactante.
Atividade 1 – Sondagem:
Há sempre um encantamento, quando assistimos aos espetáculos de marionetes ou
teatro de bonecos ou, ainda, aos mamulengos ou teatro de fantoches, como é habitualmente
chamado o teatro de formas animadas na escola. Mas o que sabem os estudantes sobre a
produção de bonecos no teatro de formas animadas? Como a forma inventa a personagem
e a personagem inventa a forma de compor cenas, performances, esquetes e improvisações?
Como é a relação do espectador com os espetáculos de teatro de animação? Para mover a
atuação protagonista dos estudantes, é importante uma conversa inicial para saber o que eles
pensam ou possuem como repertório sobre improvisação teatral, jogo cênico, construção de
movimento (manipulação) e vocais de personagens - “seres animados-inanimados” do teatro
de formas animadas.
1. O que você imagina que seja um teatro de formas animadas?
2.Você já assistiu a algum espetáculo em que as histórias eram contadas por meio de bonecos?
Qual?
3.Para você, como é a criação de um boneco-personagem? De que modo o boneco “ganha
vida” no palco?
4. Já criou algum fantoche, marionetes ou bonecos para fazer teatro de animação? Quais
materiais utilizou?
5. Existe em seu bairro, cidade ou região cursos de teatro de animação? Quais?
6. Geralmente escolas, igrejas, centros culturais e/ou projetos sociais promovem por meio
do teatro de animação várias atividades. Já participou de algumas atividades? Comente.
Atividade 2 – Apreciação:
Para o estudo da forma como elemento na criação teatral, a ideia é aproximar os
estudantes ao teatro de formas animadas e/ou teatro de animação por meio de apreciação de
imagens e vídeos indicados. Durante a apreciação, converse com os estudantes sobre: os
conceitos de improvisação teatral, jogo cênico, cenas, performances, esquetes. Fale, também,
da importância da construção de movimentos (manipulação) e vocais de personagens, da
relação entre o teatro de animação e o espectador.
Imagens 1Teatro de bonecos: Fonte: Evania Escudeiro/ Caraguatatuba/ 2013.
Imagens 2 Fantoches Fonte: Evania Escudeiro/ Caraguatatuba/ 2013.
Imagens 3 - Pinóquio Fonte: Evania Escudeiro/ Caraguatatuba/ 2020.
Imagens 4 – Chapeuzinho vermelho Fonte: Evania Escudeiro/ Caraguatatuba/ 2020.
Vídeos:
Peepers. Youtube. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=lyGDzfVWGks&list=PLUPbSnhac-
a6ncFKUBLAsggtaquBr-fb3&index=4. Acesso em: 29 jan. 2020.
Nas Asas da Paz - Cia. Articularte - Prêmio Fomento ao Teatro para a cidade de São Paulo:
2016-17. Youtube. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=JdyviuvcpCM.
Acesso em: 29 jan. 2020.
Chapeuzim Vermelho e o Lobo Marrom - Cia. Articularte Teatro de Bonecos. Youtube.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=jaAEo1lf12Y. Acesso em: 29 jan.
2020.
A Cuca Fofa de Tarsila - Cia. Articularte. Youtube. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=W-CMLQujVjs. Acesso em: 29 jan. 2020.
Peepers. Peeperspuppet. Disponível em: www.peeperspuppet.com. Acesso em: 29 jan.
2020.
Questões
1.Qual ou quais são os objetos do cotidiano utilizados na composição dos personagens,
cenários etc.?
2.Como você percebe a manipulação dos bonecos? É possível entender as histórias?
3.Na sua opinião dar vida a um boneco por meio do teatro é uma tarefa fácil? Por quê?
Atividade 3 – Ação Expressiva I:
Há diferentes formas e proposições de jogos de improvisação teatral, principalmente,
aqueles propostos pelo sistema de Viola Spolin em seu livro Improvisação para o teatro. Nesse
sistema de jogos, didaticamente, os termos teatrais espaço cênico, personagem e ação
dramática são substituídos pelas terminologias ONDE (espaço cênico - lugar e/ou
ambiente), QUEM (personagem e/ou relações) e O QUÊ (ação dramática - atividade),
estabelecendo uma situação dramática: Onde estamos? Quem somos? O que estamos
fazendo? Isso significa que o personagem (QUEM) vai gerar uma ação (O QUÊ) dentro de
um espaço (ONDE). A metodologia dos jogos teatrais, segundo a proposta de Spolin, pode
ser compreendida como uma organização para a atuação que permite a investigação da
gramática teatral e a consciência de criar a realidade cênica, implicando agir pela ação física,
pelo sensório-corporal e pela percepção objetiva do ambiente e das interações entre os
jogadores. No jogo, tanto a estrutura dramática como o objeto do jogo que proporciona o
foco e o acordo do grupo, compõem as regras do jogo teatral que é realizado no improviso.
Solicite aos estudantes que tragam para a aula objetos como bonecos e bichos de pelúcia para
realizarem essa atividade. É importante que você, também, leve alguns bonecos e bichos de
pelúcia para essa atividade.
Jogo Cênico - Palco/plateia:
Organize os estudantes em grupos para que criem pequenas improvisações
explorando o ONDE, O QUÊ e o QUEM através de seus bonecos. Estimule os grupos a
definirem suas cenas e pensarem nas vozes dos bonecos, de que forma serão encenadas e
como se posicionarão na manipulação deles (abaixados, atrás de uma mesa, no mesmo nível
do boneco) durante a apresentação. Quanto mais possibilidades de articulação com o boneco
forem exploradas, melhor será a manipulação na improvisação.
Disponha a turma de forma a estabelecer a relação palco/plateia durante as
improvisações. Tal relação acontece toda vez que um ator se apresenta para um público,
estando o ator no palco, representando a ação e o público, espectador na plateia, assistindo
e interagindo com a encenação. Explique que esse momento de assistir à apresentação do
colega é de suma importância no fazer teatral e a participação de todos no encenar e no
assistir é essencial. Depois das improvisações, forme uma roda de conversa e deixe que os
estudantes falem sobre suas expectativas e realizações durante a improvisação, sobre como
foi a manipulação e como foi assistir às apresentações dos colegas. Após a experiência com
o jogo teatral, solicite que registrem, no caderno, suas anotações a respeito da experiência
vivida como plateia e como atores.
Atividade 4 – Ação Expressiva II:
Divida a turma em dois grupos e oriente que cada grupo apresente uma cena
improvisada a partir de um texto dramático indicado por você ou escolhido por eles,
seguindo o roteiro de trabalho indicado.
● Pesquisar e selecionar (em livros, internet etc. textos dramáticos para servirem de
base para as cenas a serem encenadas).
● Utilizar figurinos e fantasias confeccionados de papel (jornal, papel crepon, papel
pardo, tnt, fita adesiva, tesoura etc.).
● Fazer adequação e adaptação nos textos para que haja ações interativas com a
participação do público.
Grupo 1: Cena improvisada – Esquete
Grupo 2: Cena improvisada – Performance
Atividade 5 – Ação expressiva III
Para esta atividade, organize a turma em grupos de no máximo seis componentes,
para criar e apresentar uma cena a partir de um texto dramático indicado por você. Todos os
grupos irão encenar a mesma história, porém utilizarão elementos teatrais diferentes,
permitindo que a forma animada torne visível a singularidade de cada personagem. Oriente
os estudantes a construir seu personagem, utilizando materiais recicláveis e/ ou alternativos
(papel, tecido, papelão, revistas para recortes, embalagens, plástico, lã, barbante).
Roteiro de trabalho:
●Fazer um esboço (desenho) dos bonecos .
●Improvisar uma história para ser contada. Os diálogos podem ser simples e objetivos .
● Verificar a forma característica de cada personagem que deve ser determinada por um tipo
de voz diferente para cada um.
●Observar que a iluminação pode ser feita com lanternas ou mesmo com a utilização dos
aparelhos celulares.
●Acrescentar elementos da dança, música e/ou artes visuais.
● Registrar as cenas com máquina fotográfica, filmadora e/ou celular.
● Compartilhar as produções em vídeo, após a finalização da atividade.
Grupo 1. – Teatro de fantoche Grupo 2 – Teatro de dedoche
Grupo 3 – Teatro de marionete Grupo 4 – Teatro de vareta
Grupo 5 – Teatro bonecos Grupo 6 - Teatro de Objetos
Avaliação e recuperação
A avaliação e a recuperação serão realizadas continuamente, durante todo o processo,
por meio do registro em seu portfólio. No decorrer das atividades, verifique se os estudantes
foram capazes de explorar diferentes elementos envolvidos na improvisação teatral. Além
disso, observe se eles vivenciaram jogos cênicos, manipulação e vocais de personagens,
cenas, performances, esquetes e improvisações e se relacionaram o teatro de animação com
o espectador. Organize uma roda e converse com os estudantes sobre os objetos do
conhecimento trabalhados durante as atividades.
Situação de Aprendizagem IV
Habilidade (EF07AR27): Pesquisar e criar formas de dramaturgias no teatro de animação,
em diálogo com o teatro contemporâneo.
Objetos de Conhecimento: Processos de Criação
● Formas de dramaturgias no teatro da animação;
● Diálogo com o teatro contemporâneo.
Habilidade articuladora (EF69AR35): Identificar e manipular diferentes tecnologias e
recursos digitais para acessar, apreciar, produzir, registrar e compartilhar práticas e
repertórios artísticos, de modo reflexivo, ético e responsável.
Objetos de Conhecimento: Arte e Tecnologia
● diferentes tecnologias e recursos digitais;
● apreciar, produzir, registrar e compartilhar práticas e repertórios artísticos .
Professor, nesta situação de aprendizagem estão previstas cinco atividades. Nelas,
você vai conversar com os estudantes para averiguar os conhecimentos prévios, colocá-los
em contato com as formas de teatro de animação em um diálogo com o teatro
contemporâneo, além de identificar as diferentes tecnologias e recursos digitais para apreciar,
produzir, registrar e compartilhar práticas e repertórios artísticos.
Para saber mais:
Teatro contemporâneo. Infoescola. Disponível em:
:https://www.infoescola.com/teatro/teatro-contemporaneo/. Acesso em 29 jan. 2020.
O Teatro em uma nova perspectiva tecnológica. Bdm.unb Disponível em:
http://bdm.unb.br/bitstream/10483/6571/1/2013_CarlosdeSouzaMaciel.pdf. Acesso em:
29 jan. 2020.
Artifícios das dramaturgias no Teatro de Formas Animadas. Revistas.udesc. Disponível em:
http://www.revistas.udesc.br/index.php/moin/article/viewFile/12507/7928. Acesso em:
29 jan. 2020.
Formas de dramaturgias no teatro da animação. Teatrodeanimacao. Disponível em:
https://teatrodeanimacao.wordpress.com/revista-eletronica/teatro-de-animacao-teatro-de-
formas-animadas/reflexoes-sobre-a-dramaturgia-no-teatro-de-animacao-para-criancas/
Acesso em: 23jun. 2020.
Reflexões sobre a Dramaturgia no Teatro de Animação para Crianças. Teatro de animação.
Disponível em: https://teatrodeanimacao.wordpress.com/revista-eletronica/reflexoes-
sobre-a-dramaturgia-no-teatro-de-animacao-para-criancas/. Acesso em 24 dez. 2019.
Atividade 1: Sondagem
Nesta primeira atividade, converse com a turma para saber quais conhecimentos eles
têm sobre as formas de dramaturgias no teatro de animação em diálogo com o teatro
contemporâneo e quais diferentes tecnologias e recursos digitais costumam utilizar para
acessar, apreciar, produzir, registrar e compartilhar práticas e repertórios artísticos. Utilize os
questionamentos, a seguir, e outros que achar pertinente para esta atividade. Finalize
orientando os estudantes a registrarem no caderno suas respostas.
1. Quais formas de dramaturgias no teatro de animação que você já teve acesso? Atores se
utilizando de máscaras? Formas animada, bonecos? Ou cenas com as técnicas do teatro de
sombras.
2. Quais recursos tecnológicos e digitais podemos utilizar para produzir e registrar e práticas
artísticas na Linguagem teatral? Elenque estes recursos.
3. Quais recursos tecnológicos e digitais podemos utilizar para acessar, apreciar e
compartilhar práticas artísticas na Linguagem teatral? Elenque estes recursos.
Atividade 2: Apreciação
Para este momento de apreciação, oriente os estudantes a observar, atentamente, as
imagens e os vídeos, percebendo como acontece a criação de formas de dramaturgias no
teatro de animação em diálogo com o teatro contemporâneo e, como o uso de diferentes
tecnologias e recursos digitais, modificaram o modo de acessar, apreciar, produzir, registrar
e compartilhar práticas e repertórios artísticos.
Imagem 1 - Construção de bonecos de material reciclável Fonte: Evania Escudeiro/ 2010.
Imagem 2- Construção de bonecos de material reciclável Fonte: Evania Escudeiro/ 2010.
Imagem 3 - Construção de bonecos de material reciclável Fonte: Evania Escudeiro/ 2010.
Links:
Udesc lança documentário sobre Teatro de Animação. Udesc. Disponível em:
https://www.udesc.br/noticia/udesc_lanca_documentario_sobre_teatro_de_animacao.
Acesso em: 03 fev. 2020.
1. A Cia. Truks foi criada em 1990 e, desde então, apresenta uma constante e obsessiva busca
pela perfeição técnica, pela vida e máxima expressividade de seus bonecos. Dotou o seu
trabalho e pesquisa cênica de uma característica singular, ao desenvolver uma técnica
particular de animação de figuras, inspirada na centenária arte japonesa do Bunraku.
Acampatório- Cia Truks. Truks. Disponível em: http://www.truks.com.br/videos/81-cia-
truks-acampatorio-teaser. Acesso em: 28 jan. 2020;
2. Criado em 2001, o Museu Giramundo preserva a maior coleção privada de marionetes do
país, com mais de 850 bonecos, além de projetos técnicos e desenhos originais de Álvaro
Apocalypse (1937-2003), criador do grupo de Teatro de Bonecos.
Na toca do coelho - Alice do Giramundo. Youtube. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=s2Tui856igY. Acesso em 03 fev. 2020.
3. Cia. Mariza Basso de Teatro de Formas Animadas – Fundada em 2004, na cidade de Bauru,
São Paulo. A transformação de objetos em bonecos-personagem – sem modificar sua
característica original, dando-lhe uma multiplicidade de funções – tem sido a principal linha
de pesquisa da companhia.
Cia. Mariza Basso de Teatro de Formas Animadas. Quilombogroove. Disponível em:
https://quilombogroove.com.br/speaker/mariza-basso/. Acesso em 23 fev.2020.
Atividade 3: Ação Expressiva I
Divida a turma em grupos e oriente os estudantes a pesquisar em livros, revistas,
internet etc. imagens e informações sobre as formas de dramaturgias no teatro de animação,
o seu diálogo com o teatro contemporâneo e como o uso das tecnologias modificou a
maneira de acessar, apreciar, produzir, registrar e compartilhar práticas e repertórios
artísticos. Finalizada a pesquisa, organize um momento para socialização dessas
informações. Explique aos estudantes que a socialização pode ser feita por meio da
confecção de cartazes e/ou Power Point.
Atividade 4: Ação Expressiva II
A proposta dos exercícios é voltada à manipulação do boneco em si, ou seja, à
atuação do ator-bonequeiro. O ator-bonequeiro precisa conhecer o movimento das mãos, a
articulação dos pulsos, braços e dedos para trabalhar e estudar movimentos sem o uso do
boneco. Individualmente, oriente os estudantes a experimentar esse fazer teatral como ator-
bonequeiro, por meio das ações expressivas a seguir.
Movimentando os dedos – Movimente cada dedo das mãos, para frente, para trás e para
os lados. Feito isso, faça uma cena com a interação entre os dedos. Usando tinta de pintura
a dedo, guache atóxica ou caneta hidrocor, pinte uma forma de carinha nos dedos, coloque
detalhes, como olhos, boca etc. Em seguida, comece a trabalhar com pequenos diálogos
improvisados.
Movimentando os dedos e objetos - Em uma variação desse exercício, utilize copinhos
descartáveis de café. Com a caneta hidrocor, desenhe expressões faciais nos copinhos e,
prenda-os nos dedos com fita dupla-face. A proposta é fazer o mesmo exercício básico de
movimento de dedos, criando diálogos e situações cotidianas. Em ambos os casos, pode-se
colocar música de fundo para desenvolver ritmo nos dedos.
Manipulando objetos – Escolha objetos dentro da bolsa ou mochila, para desenvolver uma
história. Por exemplo, lápis, canetas, cola, borracha etc., objetos fáceis de manusear. O
exercício é criar movimentos com os objetos: jeito de andar, de correr, tipo de voz, modo de
falar. É importante, também, trabalhar com outros tipos de objetos, de diversas formas e
tamanhos e havendo tempo e espaço no planejamento das atividades, traga objetos de casa
para ampliar esta atividade.
Manipulando figuras – Recorte figuras de revistas e/ou jornais e comece a trabalhar a
manipulação com a improvisação de diálogos. Essas figuras servem como referência visual
para trabalhar a caracterização das personagens: pessoas da política, artistas, animais,
crianças, jovens, velhos etc. A escolha de diferentes figuras pode criar uma galeria de
personagens.
Atividade 5 – Ação Expressiva III
Criando e contando histórias com bonecos – O Teatro de Bonecos contemporâneo tem
um caráter experimental que agrega por meio de pesquisas, diferentes formas de manipular,
criando infinitas possibilidades poéticas de expressão artística na inserção de dança, cinema,
ópera, circo, nos espetáculos. Depois da realização dos exercícios individuais de manipulação,
a proposta é organizar a turma em grupo e orientar a confecção de bonecos sem boca, com
cabeça de bola de papel machê (em algumas regiões e no meio teatral, eles são conhecidos
como mamulengos), para contar uma história.
Roteiro de trabalho:
● Fazer um esboço (desenho) dos bonecos.
● Improvisar uma história para ser contada. Os diálogos podem ser simples e
objetivos.
● A forma característica de cada personagem deve ser determinada por um
tipo de voz diferente para cada um.
● A iluminação pode ser feita com lanternas ou mesmo com a utilização dos
aparelhos celulares.
● Acrescentar elementos da dança, música e/ou artes visuais.
● Registrar as cenas com máquina fotográfica, filmadora e/ou celular.
● Finalizada a atividade é o momento de compartilhar as produções em vídeo.
Avaliação e recuperação
A avaliação e a recuperação serão realizadas continuamente, durante todo o processo
por meio do registro em seu portfólio. No decorrer das atividades, verifique se os estudantes
foram capazes de pesquisar e criar formas de dramaturgias no teatro de animação em diálogo
com o teatro contemporâneo e se utilizaram diferentes tecnologias e recursos digitais para
apreciar, produzir, registrar e compartilhar práticas e repertórios artísticos Organize uma
roda e converse com os estudantes sobre os objetos do conhecimento trabalhados durante
as atividades.
Referências Bibliografia:
AMARAL, Ana Maria. O Ator e Seus Duplos. São Paulo: Editora Senac, 2002.
______. Teatro de Animação. São Caetano do Sul: FAPESP (Ateliê Editorial), 1997.
______. Teatro de Formas Animadas. São Paulo: EDUSP,1996.
BERTHOLD, Margot. História Mundial do Teatro. São Paulo: Perspectiva, 2006. 3ª ed.
COSTA, Felisberto Sabino da. A poética do ser e não ser: Procedimentos dramatúrgicos
do teatro de animação. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2016.
DESGRANGES, Flávio. A pedagogia do espectador. São Paulo: Hucitec, 2003.
DUPRAT, Rodrigo Mallet. GALHARDO, Jorge Sergio Perez. Artes circenses no âmbito
escolar. Ijuí: Ed. Unijuí, 2010.
FEIST, Hildegard - Pequena viagem pelo mundo do teatro - São Paulo: Moderna, 2005.
GRANERO, Vic Vieira. Como usar o teatro na sala de aula. São Paulo: contextos, 2011.
PAVIS, Patrice, 1947 – Dicionário de teatro. São Paulo: Perspectiva, 2008. 3ª ed.
SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Currículo do Estado de São Paulo:
Linguagens, códigos e suas tecnologias/Secretaria da Educação; coordenação geral, Maria
Inês Fini; coordenação de área, Alice Vieira. – São Paulo: SEE, 2010.
__________ Caderno do professor: Arte, Anos Finais/Secretária da Educação:
coordenação geral, Maria Inês Fini; equipe, Geraldo de Oliveira Suzigan, Gisa Picosque,
Jéssica Mami Makino, Miriam Celeste Martins, Sayonara Pereira, São Paulo: SEE, 2009.
__________ Ensinar e Aprender Arte. Cenpec. São Paulo: SEE, 2010.
SPOLIN, Viola - Jogos Teatrais - o fichário de Viola Spolin - São Paulo: Perspectiva, 2006.
_________ Jogos teatrais na sala de aula: um manual para o professor. São Paulo:
Perspectiva, 2010. 2ª ed.
_________ Improvisação para o teatro. São Paulo: Perspectiva, 2005. 5ª ed.
RUGNA, Betina. Teatro em sala de aula. São Paulo: Alaúde Editorial, 2009.
THOMAZ, Sueli Barbosa. Imaginário e teatro-educação. Rio de Janeiro: Rovelle, 2009.
SP FAZ ESCOLA CADERNO DO PROFESSOR
ARTE
ENSINO FUNDAMENTAL – 8º ANO
VOLUME 3
Caderno do Professor - Teatro - 8º ano
Prezado Professor,
Este material é o resultado do trabalho colaborativo entre os técnicos da Equipe
Curricular de Arte da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo e Professores
Coordenadores de Arte de Núcleos Pedagógicos de diferentes regiões do Estado de São
Paulo. O documento é constituído de Situações de Aprendizagem com atividades a serem
livremente analisadas pelos docentes e postas em prática em sala de aula, na perspectiva de
uma abordagem investigativa, que requer conhecimento relativo a Linguagem Teatral,
visando possibilitar diferentes processos cognitivos relacionadas aos objetos de
conhecimento (conteúdos, conceitos e processos). O foco principal das atividades é o
desenvolvimento de habilidades, ou seja, aquilo que se espera que o estudante aprenda nesta
etapa de ensino iniciando a implementação do Currículo Paulista. Antes de iniciar as
Situações de Aprendizagem, apresentamos algumas considerações sobre Teatro e um aporte
sobre a Educação Inclusiva, Avaliação e Recuperação.
A Linguagem Teatral
Podemos compreender o teatro como uma arte que se constitui, essencialmente, da
presença de, ao menos, um indivíduo em cena e de outro que o observa. Assim, a arte teatral
está fundamentalmente centrada na figura do ator e nas suas possibilidades de comunicação
com o espectador: por meio da utilização da palavra, do corpo, da exploração de diversas
sonoridades, dos gestos e movimentações etc. Contudo, como linguagem artística, o teatro
pode se valer de variados outros elementos de significação para comunicar algo aos
espectadores, utilizando-se de diversos signos visuais (os gestos do ator, os adereços de cena,
os figurinos, o cenário, a iluminação) e sonoros (o texto, as canções, as músicas, os efeitos
sonoros). Há espetáculos teatrais que utilizam ainda signos olfativos (aromas de perfumes ou
essências, cheiro de defumador, odor de alimentos conhecidos etc.), ou signos táteis (em que
a cena - os atores ou objetos cenográficos - trava algum tipo de contato corporal com os
espectadores para lhes comunicar algo).
Educação Inclusiva - Estudantes com Necessidades Especiais
Todos os estudantes são capazes de aprender. Esse processo é individual e o
professor deve estar atento às necessidades individuais e coletivas. Estudantes com
deficiência visual e auditiva desenvolvem a linguagem e pensamento conceitual. Os
estudantes com deficiência intelectual podem enfrentar mais dificuldade no processo de
alfabetização teatral, mas são capazes de desenvolver oralidade, reconhecer sinais gráficos,
trabalhar sua gestualidade e a sonoridade dependendo do grau de dificuldade das atividades.
É importante valorizar a diversidade e estimular o desempenho sem fazer uso de um único
nivelador. A avaliação deve ser feita em relação ao avanço do próprio estudante sem usar
critérios comparativos. O princípio de inclusão, parte dos direitos de todos à Educação,
independentemente das diferenças e necessidades individuais e inspirada nos princípios da
Declaração de Salamanca (Unesco, 1994), está presente na Política Nacional de Educação
Especial na Perspectiva de Educação Inclusiva, de 2008. Todos devem saber o que diz a
Constituição, mas, principalmente, conhecer o Plano Nacional de Educação (PNE), que
estabelece a obrigatoriedade de pessoas com deficiência e com qualquer necessidade especial
de frequentar ambientes educacionais inclusivos. A Lei nº 7.853 estipula a obrigatoriedade
de todas as escolas em aceitar matrículas de estudantes com necessidades especiais e
transforma em crime a recusa a esse direito. Aprovada em 1989 e regulamentada em 1999, a
lei é clara: todas as crianças têm o mesmo direito à educação. Nesse contexto, o professor
precisa realizar uma adaptação curricular para atender à diversidade em sala de aula.
Para saber mais:
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva
da Educação Inclusiva. Portal.mec. Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=16690-
politica-nacional-de-educacao-especial-na-perspectiva-da-educacao-inclusiva-
05122014&Itemid=30192. Acesso em: 23 out. 2019.
LEI Nº 7.853, DE 24 DE OUTUBRO DE 1989. Planalto. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l7853.htm. Acesso em: 03 jun.2020.
BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Planalto. Disponível em: http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9394.htm. Acesso em: 23 out. 2019.
Deficiência auditiva
Estudantes com deficiência auditiva podem ter lacunas na aprendizagem pela
ausência de informações. Certamente, possuem conhecimentos prévios, são capazes e têm
condições de prosseguir aprendendo, se forem informados e estimulados de forma
sistemática, levando em conta sua diversidade linguística e possibilidades de comunicação.
Ao dar explicações ou dirigir-se aos estudantes, verifique se estão olhando para você.
A maioria se comunica em Libras e pode haver aqueles que fazem uso de aparelhos de
ampliação sonora e leitura labial. Durante a apresentação das atividades, caso não haja um
intérprete, você pode explicar para a classe toda utilizando desenhos na lousa para a
apropriação dos objetos de conhecimentos. Convide um estudante para demonstrar o que
deve ser feito, fale olhando de frente sempre que possível. Nas atividades de apreciação
teatral, incentive os estudantes a colocarem as mãos sobre a caixa de som para sentir as
vibrações da sonoplastia. Um intérprete pode traduzir a fala dos atores , pois faz parte da
escolarização a ampliação de tempos, disponibilização de comunicação adequada, adequação
curricular, acesso às novas tecnologias de informação e comunicação e diferentes formas de
avaliação.
Para saber mais:
Processo de compreensão e reflexão sobre a iniciação teatral de surdos. Repositorio.unb.
Disponível em:
https://repositorio.unb.br/bitstream/10482/15606/1/2014_CileneRodriguesCarneiroFreit
as.pdf. Acesso em: 30 jan. 2020.
Alunos surdos cantam, dançam e interpretam na aula de Arte. Nova escola. Disponível em:
https://novaescola.org.br/conteudo/1370/alunos-surdos-cantam-dancam-e-interpretam-
na-aula-de-arte. Acesso em: 30 jan. 2020.
Teatro e deficiência: em busca de uma metodologia inclusiva. Senac. Disponível em:
http://www.pe.senac.br/congresso/anais/2015/arquivos/pdf/poster/TEATRO%20E%2
0DEFICI%C3%8ANCIA%20em%20busca%20de%20uma%20metodologia%20inclusiva.
pdf. Acesso em: 30 jan. 2020.
Deficiência visual
Enxergando ou não, todo estudante precisa desenvolver habilidades cênicas. É
importante para o planejamento das aulas e a adaptação curricular das atividades, buscar em
literatura especializada informações sobre a multiplicidade de aspectos relacionados às causas
da cegueira, o grau de acuidade visual, a idade de incidência da perda visual, as experiências
educacionais vivenciadas, as características pessoais e familiares. Existe um código universal
de gestos convencionais característico dos videntes, entretanto o estudante cego, por sua vez,
não é capaz de se utilizar destes códigos para sua comunicação durante o trabalho com a
linguagem teatral, mas pode criar, se utilizar de um vocabulário próprio - auditivo tátil ,
desenvolvido a partir da semiótica teatral: gesto, expressão facial, movimentação corporal,
voz, etc.
Para saber mais:
Teatro Cego. Caleidocultura. Disponível em: http://caleidocultura.com.br/teatro-cego/.
Acesso em: 31 jan.2020.
Teatro-Educação: uma Experiência com Jovens Cegos. Deficienciavisual. Disponível em:
http://www.deficienciavisual.pt/txt-teatro-educacao_jovens_cegos.htm. Acesso em: 31
jan.2020.
Deficiência intelectual
O Componente Curricular Arte, por meio das suas diferentes linguagens, torna
possível a manifestação de sentimentos e pensamentos colaborando com o desenvolvimento
da comunicação, transformando e enriquecendo as vivências teatrais, mediante
experimentações significativas. Estimular as relações cognitivas, emocionais e lógicas são
importantes e necessárias para o desenvolvimento global. Nem todos os estudantes poderão
formular os registros de maneira autônoma. Nesses casos, o professor pode ser o escriba,
ou propor outras formas como desenhos ou imagens recortadas. Essa adaptação curricular
garante a participação efetiva do estudante nas atividades.
Para saber mais:
Atividades. Institutotitard. Disponível em: - https://institutoitard.com.br/como-trabalhar-
com-alunos-com-deficiencia-intelectual/. Acesso em: 23 out. 2019.
Como Trabalhar com Alunos com Deficiência Intelectual – Dicas Incríveis para Adaptar
Arte e Deficiência Intelectual: caminhos, possibilidades. Diaadiaeducacao. Disponível em:
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pde/2
016/2016_artigo_edespecial_uem_vilmasayurimarubayashi.pdf. Acesso em: 31 jan. 2020.
Avaliação e recuperação
A avaliação e recuperação proposta, neste material, é diagnóstica, iniciando com a
ação do professor ao investigar o que os estudantes conhecem ou não conhecem acerca dos
objetos de conhecimento que serão abordados e processual, em todos os momentos de
prática pedagógica, nos quais podemos incluir diferentes maneiras de acompanhar, avaliar e
recuperar as aprendizagens. Nesta concepção de avaliação e recuperação em Arte, é
importante adotar a postura de não estabelecer critérios de comparação, oferecer
possibilidades para que os estudantes alcancem os objetivos esperados e estar atento às
dificuldades expostas na realização das atividades e propor soluções.
O fator socioemocional, presente em todos os momentos de aprendizagem em
agrupamentos produtivos, tem em vista a formação integral do estudante. É importante frisar
que o tempo necessário para o desenvolvimento das habilidades, por meio de situações de
aprendizagem, pode variar entre uma turma e outra, mesmo que da mesma etapa.
Recomendamos a prática diária do registro, em um portfólio, como importante
ferramenta para: a. acompanhar os avanços e dificuldades no desenvolvimento de habilidades
e apropriação dos conhecimentos; b. observação dos processos criativos, da relação com os
colegas, da participação, do empenho, do respeito pela produção individual, coletiva e
colaborativa e da autoconfiança; c. valorização das diferentes expressões artísticas e d.
reconhecimento de que todos os obstáculos e desacertos podem ser superados. Ele é uma
ferramenta importante para retomada das aulas anteriores, recuperando e avaliando a turma,
proporcionando aos estudantes com dificuldades, deficiência ou até mesmo faltosos, a
oportunidade de construir e ampliar sua própria aprendizagem em colaboração com toda a
turma e a mediação do professor, além de propiciar aos estudantes com altas habilidades ou
superdotação, a participação na aprendizagem dos demais colegas.
Nessa prática, você poderá registrar as considerações e suposições inteligentes dos
estudantes, que ocorrerão durante as rodas de conversas iniciais ou fechamento das aulas,
considerando, alinhando e direcionando, o desenvolvimento produtivo das atividades.
Dessa forma, o resultado das avaliações oferecerá os elementos necessários para
analisar seu planejamento, replanejar, se necessário, e para o acompanhamento individual e
elaboração de propostas de recuperação das aprendizagens durante todo o ano letivo.
Antes de iniciar as situações de aprendizagem, apresentamos o Organizador
Curricular.
No quadro, estão dispostas todas as habilidades, que expressam as aprendizagens
essenciais que devem ser asseguradas aos estudantes, nesta etapa. Para tanto, são descritas de
acordo com uma determinada estrutura, conforme o exemplo a seguir:
Código Alfanumérico: EF08AR24 – semelhante à numeração apresentada na BNCC.
EF = Ensino Fundamental - 08 = 8º ano - AR = Arte - 24 = número da habilidade.
Habilidade (EF08AR24): Reconhecer e apreciar artistas, grupos, coletivos cênicos e
manifestações cênicas de matriz indígena, africana e afro-brasileira de diferentes épocas,
investigando os modos de criação, produção, divulgação, circulação e organização da atuação
profissional.
Verbos - explicitam os processos cognitivos envolvidos na habilidade: Reconhecer e
apreciar, investigar.
Objetos de conhecimento - mobilizados na habilidade: artistas, grupos e coletivos cênicos
de teatro de animação paulistas, brasileiros e estrangeiros de diferentes épocas.
Modificadores dos objetos de conhecimento: explicitam o contexto e/ou uma maior
especificação da aprendizagem esperada: os modos de criação, produção, divulgação,
circulação e organização da atuação profissional.
Em outras habilidades, também, existem modificadores de verbos, por exemplo,
“experimentar” e “utilizando”.
Condições didáticas e indicações para o desenvolvimento das atividades:
Demonstram as ações necessárias para alcançar o desenvolvimento das habilidades,
articuladas aos tipos de conteúdo (Conceitual, Atitudinal, Procedimental e Factual).
Observar se o estudante: Indicações que auxiliarão nos processos de avaliação e recuperação.
Habilidades integradoras: São habilidades que propõem conexões entre duas ou mais
linguagens artísticas, para ampliação das possibilidades criativas, de compreensão de
processos de criação e fomento da interdisciplinaridade.
Organizador Curricular
Habilidades
Condições didáticas e indicações para o
desenvolvimento das atividades
Observar se o estudante
(EF08AR24) Reconhecer e apreciar artistas, grupos, coletivos cênicos e manifestações cênicas de matriz indígena, africana e afro-brasileira de diferentes épocas, investigando os modos de criação, produção, divulgação, circulação e organização da atuação profissional.
Propiciar momentos de pesquisa. Propiciar momentos de apreciação. Propiciar momentos de investigação.
Consegue reconhecer modos de criação, produção, divulgação, circulação e organização de artistas, grupos, coletivos cênicos e manifestações cênicas de matrizes indígenas, africanas e afro-brasileiras de diferentes épocas.
(EF08AR25) Investigar, identificar e analisar poéticas pessoais em diferentes tempos e espaços, inclusive no contexto paulista e brasileiro, relacionando o teatro às diferentes dimensões da vida em sociedade e aprimorando a capacidade de apreciação estética teatral.
Propiciar momentos de investigação. Propiciar momentos de identificação. Propiciar momentos de análise.
Consegue identificar poéticas pessoais em diferentes tempos e espaços, inclusive no contexto paulista e brasileiro. Consegue analisar poéticas pessoais em diferentes tempos e espaços. Consegue relacionar o teatro às diferentes dimensões da vida em sociedade. Aprimorou sua capacidade de apreciação estética teatral.
(EF08AR26) Explorar diferentes elementos envolvidos na composição de manifestações cênicas de matriz indígena, africana e afro-brasileira (figurinos, adereços, maquiagem/visagismo, cenário e sonoplastia) e
Propiciar momentos de exploração. Propiciar momentos pesquisa e aprofundamento.
Consegue utilizar diferentes elementos cênicos de matriz indígena, africana e afro-brasileira. Consegue reconhecer vocabulários próprios envolvidos na composição de manifestações cênicas de
reconhecer seus vocabulários.
matriz indígena, africana e afro-brasileira.
(EF08AR28) Investigar e experimentar diferentes funções teatrais (ator, figurinista, aderecista, maquiador/visagista, cenógrafo, iluminador, sonoplasta, produtor, diretor e assessor de imprensa etc.) em processos de trabalho artístico coletivos e colaborativos, e compreender as características desse processo de trabalho.
Propiciar momentos de investigação. Propiciar momentos de experimentação.
Ampliou seu repertório sobre diferentes funções teatrais em processos de trabalho artístico coletivos e colaborativos. Consegue utilizar diferentes funções teatrais em seus processos de trabalhos artísticos coletivos e colaborativos. Compreende as características do processo de trabalho coletivo e colaborativo.
(EF08AR29) Experimentar, de maneira imaginativa na improvisação teatral e no jogo cênico, a gestualidade e as construções corporais e vocais de personagens que representem a diversidade do povo brasileiro, problematizando e combatendo estereótipos e preconceitos.
Propiciar momentos de experimentação. Propiciar momentos de improvisação.
Consegue utilizar diferentes gestualidades, construções corporais e vocais de personagens que representem o povo brasileiro. Consegue participar de improvisações teatrais e jogos cênicos de maneira imaginativa problematizando e combatendo estereótipos e preconceitos sobre a diversidade do povo brasileiro.
(EF08AR30) Compor cenas, performances, esquetes e improvisações que focalizem temáticas identitárias e o repertório pessoal e cultural brasileiro, caracterizando personagens (com figurinos, adereços e maquiagem), cenário, iluminação e sonoplastia e considerando a relação com o espectador.
Propiciar momentos de composição de cenas, performances, esquetes e improvisações. Propiciar momentos de estudo da relação ator/espectador.
Consegue compor cenas, performances, esquetes e improvisações com temáticas identitárias pessoais e culturais brasileiras. Consegue imaginar e explorar diferentes figurinos, adereços, maquiagem, cenários, iluminações e sonoplastia para repensar a experiência estética do espectador.
Habilidades Articuladoras
Condições didáticas e indicações para o
desenvolvimento das atividades
Observar se o estudante
(EF69AR31) Relacionar as práticas artísticas às diferentes dimensões da
Propiciar momentos de vivências, análise e reflexão
Relaciona as práticas artísticas às diferentes dimensões da vida social,
vida social, cultural, política, histórica, econômica, estética e ética.
cultural, política, histórica, econômica, estética e ética.
(EF69AR35) Identificar e manipular diferentes tecnologias e recursos digitais para acessar, apreciar, produzir, registrar e compartilhar práticas e repertórios artísticos, de modo reflexivo, ético e responsável.
Propiciar momentos de pesquisar e utilizar de diferentes tecnologias e recursos digitais Produzir e registrar utilizando recursos tecnológicos Possibilitar momentos de reflexão
Identifica e manipula diferentes tecnologias e recursos digitais para acessar, apreciar, produzir, registrar e compartilhar práticas e repertórios artísticos, de modo reflexivo, ético e responsável.
Situação de Aprendizagem I
Habilidade (EF08AR24): Reconhecer e apreciar artistas, grupos, coletivos cênicos e
manifestações cênicas de matriz indígena, africana e afro-brasileira de diferentes épocas,
investigando os modos de criação, produção, divulgação, circulação e organização da atuação
profissional.
Objetos de Conhecimento: Contextos e práticas
● Artistas, grupos, coletivos cênicos e manifestações cênicas de matriz indígena,
africana e afro-brasileira de diferentes épocas
● Criação, produção, divulgação, circulação e organização da atuação profissional
Habilidade (EF08AR26): Explorar diferentes elementos envolvidos na composição de
manifestações cênicas de matriz indígena, africana e afro-brasileira (figurinos, adereços,
maquiagem/visagismo, cenário e sonoplastia) e reconhecer seus vocabulários.
Objeto de Conhecimento: Elementos da linguagem
● Elementos constitutivos - figurinos, adereços, maquiagem/visagismo, cenário e
sonoplastia
● Manifestações cênicas de matriz indígena, africana e afro-brasileira
Professor, nesta situação de aprendizagem, estão previstas quatro atividades. Nelas,
você vai conversar com os estudantes para explorar os conhecimentos prévios, colocá-los
em contato com artistas, grupos e coletivos cênicos, com manifestações cênicas de matriz
indígena, africana e afro-brasileira, com criação, produção, divulgação, circulação e
organização da atuação profissional, além de elementos constitutivos do teatro - figurinos,
adereços, maquiagem/visagismo, cenário e sonoplastia. É importante que você realize
registros durante o desenvolvimento das atividades, para colaborar com os momentos de
avaliação e recuperação. Para ampliação de seu repertório pessoal, foram elencados alguns
conceitos importantes para o desenvolvimento das atividades.
Adereços de Cena: São objetos que ornamentam a cena e é aposto no cenário, decorando
a cena como adornos para situar a época, a condição econômica, social ou política das
personagens.
Adereços de representação: São objetos previamente colocados em cena para serem
usados pelo ator durante a representação.
Adereços do ator: São objetos de uso pessoal cuja função principal é ajudar o ator na
composição da personagem.
Cenografia – Processo de criação e construção do acontecimento teatral no seu aspecto
espacial e da imagem cênica. Em sua linguagem artístico-estética, utiliza-se de elementos
como cor, luz, forma, linha e volume para solucionar esteticamente as necessidades poéticas
apresentadas pelo espetáculo. Hoje, projetos cenográficos são expandidos para além da cena
teatral, podendo ser encontrados em exposições, ambientes, lugares para as mídias e eventos
artístico-estéticos.
Figurino – Vestimenta utilizada pelos atores para a caracterização de seus personagens, de
acordo com sua natureza e que identifica, geralmente, a época e o local da ação. Assim como
na realidade, o vestuário, no teatro, tem a função de reproduzir várias normas de diferentes
culturas. Ao identificar seu procedimento, identificam-se o sexo, a idade, a classe social, a
profissão, a nacionalidade ou a religião do personagem. Ao mesmo tempo, o figurino é um
símbolo que representa atmosfera, época histórica, região, estação do ano, hora do dia, entre
outras situações. Igualmente, o figurino associa, identifica e equipara outros sistemas
culturais.
Maquiagem - Maquilhagem ou maquilagem, consiste na aplicação de produtos com efeito
cosmético, de embelezamento, ou disfarce, seguindo-se, em alguns casos, os ditames da
moda e com uso de substâncias especificamente destinadas a tal como o Kohl misturado
com gordura animal para repelir moscas e proteger o os olhos do sol, utilizado desde a época
de Cleópatra.. Os olhos maquiados, com linhas retas e grossas, eram uma referência ao Deus
Hórus que representava proteção, coragem e força. No Antigo Egito, acredita-se que a
higiene e beleza estavam próximos da divindade. Apenas as mulheres da aristocracia tinham
acesso a essa rotina de higiene e embelezamento. Ter a pele alva, aproximavam-nas dos
deuses e as distinguiam das pessoas comuns, permanecendo, essa distinção social, durante
séculos). A popularização dos produtos cosméticos e a evolução no processo de maquiagem
só foi possível com a indústria química e a modernização das cidades. Isso fez com que
houvesse um boom nesse setor, uma vez que todos tiveram acesso a essa rotina de
embelezamento.
Sonoplastia – Termo surgido na década de 1960, decorrente da junção da palavra latina
sono (som) com a grega plastós (modelado). Designava, no teatro radiofônico, a recriação
de sons da natureza, de animais e objetos, de ações e movimentos, ilustrados ou sugeridos
sonoramente em cada cena. Contemplava, também, gravação e montagem de diálogos, bem
como seleção, gravação e alinhamento de música com função dramatúrgica. Este termo é,
igualmente, recorrente em teatro, no cinema, no rádio e na televisão.
Visagismo - Este termo foi criado na década de 1930, pelo maquiador francês, Fernand
Aubry. É uma palavra que deriva do francês ‘visage’, que significa “rosto”. Engloba um
conjunto de técnicas conceituais, desenvolvidas através do estudo dos traços da face,
características físicas e psicológicas, únicas de cada indivíduo, apontando o rosto como
reflexo da identidade de cada um. Atualmente a tendência é o contourig, método conhecido
por utilizar a técnica de luz e sombra para suavizar as linhas do rosto, fazendo com que o
rosto fique mais próximo do formato oval. Esta técnica de luz e sombra na maquiagem já é
utilizada há muito tempo, principalmente, no teatro e na TV, na criação de personagens, pois
pode envelhecer, rejuvenescer e até mesmo mudar totalmente a pessoa. O visagismo é muito
utilizado na maquiagem com as técnicas de correções.
Atividade 1 – Sondagem
Este momento de sondagem é importante para que você perceba durante a conversa
inicial quais conhecimentos fazem parte do repertório pessoal do estudante e coletivo da
turma. Questione sobre quais artistas, grupos, coletivos cênicos e manifestações cênicas de
matriz indígena, africana e afro-brasileira eles conhecem e/ou têm acesso. Explique os
conceitos dos elementos constitutivos do Teatro (figurinos, adereços,
maquiagem/visagismo, cenário e sonoplastia). Converse, também, sobre como acontece a
criação, produção, divulgação, circulação e organização da atuação profissional. Finalize a
atividade solicitando que escrevam, no caderno, um relato de todas as informações descritas
durante a atividade.
1. Quais artistas, grupos, coletivos cênicos e manifestações cênicas de matriz indígena, vocês
conhecem? Ou já tiveram contato em apresentações seja presencialmente, pela internet e/ou
tv?
2. Quais artistas, grupos, coletivos cênicos e manifestações cênicas de matriz africana, vocês
conhecem? Ou já tiveram contato em apresentações seja presencialmente, pela internet e/ou
tv.
3. Quais artistas, grupos, coletivos cênicos e manifestações cênicas de matriz afro-brasileira
vocês conhecem? Ou já tiveram contato em apresentações seja presencialmente, pela internet
e/ou tv.
4. Como você acha que acontece a criação e produção de espetáculos teatrais destes grupos?
5. Como você acha que acontece a divulgação e circulação de espetáculos teatrais destes
grupos?
6. Como você acha que acontece a organização da atuação profissional destes artistas e
grupos?
Atividade 2 – Apreciação
Apresente os vídeos e as imagens indicadas para um momento de apreciação. Inicie
a atividade, orientando os estudantes a observar atentamente os detalhes e informações
acerca dos diferentes elementos constitutivos de teatro, artistas, grupos, coletivos cênicos
que criam, produzem, divulgam e organizam a atuação profissional de manifestações cênicas
de matriz indígena, africana e afro-brasileira presentes nas imagens. Aproveite para conversar
com eles a respeito desses objetos de conhecimento e ampliar o repertório artístico e
cultural. Finalize, solicitando que registrem, no caderno, suas impressões e as comparem com
o relato produzido na atividade anterior.
Figura 1
Figura 2
Figura 3
1. Alunos caracterizados de egípcios para a exposição cultural da EE Eugenio Prisco.
Fonte: Sérgio Andrade/ Exposição Cultural/2011 Disponível em:
https://www.flickr.com/photos/educacaosp/page277 . Acesso em: 04/02/2020.
2. Alunos caracterizados para apresentação do Simpósio Ambiental de Ciências.
Fonte: Sergio Andrade/ São Paulo/ 2011 Disponível em:
https://www.flickr.com/photos/educacaosp/6506460569/ . Acesso em: 04/02/2020.
3. Cena do Espetáculo Odara. EE Prof. Cyro Barreiro.
Fonte: Marcelo Baldoíno/ 5ª Mostra de Teatro de D.E. Guarulhos Norte Disponível
em:https://photos.google.com/share/AF1QipNcTAufIxfnBt_YvarPeQYhF6WkZMuSnBeM8MfsHBt
HU038931Du9WajN1wNNY5w/photo/AF1QipMf1Rnk86sJaC2ShwjEgUwnlWTKLJu2DZ7Wv4fg?ke
y=VXJHbVNqcFZxR0pjT2xLM1BadnVPYTBWTXBJdkhn . Acesso em: 11/02/2020.
Links:
Áfricas - Bando de Teatro Olodum. Youtube. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=nl51ex26eCI. Acesso em: 05/ fev./ 2020;
Apresentação Indígena. Youtube. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=UqBzdRZM_Go. Acesso em: 05/ fev./ 2020.
Para saber mais:
O Teatro no Brasil. Arte.seed. Disponível em:
http://www.arte.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=196. Acesso
em: 05/ fev. / 2020.
História do Teatro no Brasil. Baraoemfoco. Disponível em:
http://baraoemfoco.com.br/barao/portal/cultura/teatro/tatrobr.htm. Acesso em: 05/ fev.
/ 2020.
Bando de Teatro Olodum. Enciclopedia.itaucultural. Disponível em:
http://enciclopedia.itaucultural.org.br/grupo410140/bando-de-teatro-olodum. Acesso em:
05/ fev. / 2020.
Grupo de Teatro Indígena. Indiosonline. Disponível em:
https://www.indiosonline.net/grupo_de_teatro_indigena. Acesso em: 05/ fev. / 2020.
Atividade 3 – Ação Expressiva I
Para explorar os diferentes elementos envolvidos na composição de uma
manifestação cênica, organize os estudantes em oito grupos e oriente que pesquisem em
livros, revistas, jornais, internet etc., imagens e textos contendo informações sobre os temas
indicados para cada grupo. Finalizada a atividade oriente os estudantes a socializar e
apresentar aos outros grupos todas as informações pesquisadas. Explique que todo esse
conhecimento e informações vão ser utilizados por eles na próxima atividade durante a
criação e produção de um espetáculo teatral.
Grupo 1. Artistas, grupos e coletivos cênicos que trabalham com manifestações cênicas de
matriz indígena, africana, afro-brasileira de diferentes épocas.
Explique que o recorte da pesquisa deste grupo consiste em mapear, coletar dados e buscar
informações sobre artistas, grupos e coletivos representativos da matriz indicada.
Grupo 2. Elementos constitutivos do teatro - figurinos, adereços, maquiagem/visagismo,
cenário e sonoplastia.
Explique que o recorte da pesquisa deste grupo consiste em definir e descrever esses
conceitos, exemplificá-los e relacioná-los a manifestações cênicas de matriz indígena,
africana, e afro-brasileira de diferentes épocas.
Grupo 3. Organização da atuação profissional no teatro de artistas e grupos que
desenvolvem trabalhos específicos com manifestações cênicas de matriz afro-brasileira de
diferentes épocas.
Explique que o recorte da pesquisa deste grupo consiste em buscar informações a respeito
de profissões de atuação em manifestações cênicas e da evolução dessas profissões ao longo
do tempo.
Gripo 4. Processo de criação e produção de manifestações cênicas de matriz indígena,
africana e afro-brasileira de diferentes épocas.
Como é amplo o processo de criação e produção de manifestações cênicas, explique que o
recorte da pesquisa, deste grupo, consiste em buscar o maior número de informações acerca
de como esses grupos teatrais produzem estas manifestações cênicas com foco nas matrizes.
Grupo 5. Divulgação e circulação de informações sobre manifestações cênicas de matriz
indígena, africana e afro-brasileira de diferentes épocas.
Explique que o recorte da pesquisa deste grupo consiste em buscar informações a respeito
de quais ferramentas digitais ou impressas, esses grupos utilizam para divulgar o trabalho.
Atividade 4 – Ação Expressiva II
Utilizando todas as informações coletadas na atividade anterior como fonte de
inspiração e conhecimento, organize a turma em três grupos e oriente a produção de um
espetáculo teatral com foco em manifestações cênicas de matriz indígena, africana e afro-
brasileira, seguindo o roteiro de trabalho. Finalize com uma roda de conversa, propiciando
um momento de análise e reflexão do processo de criação vivenciado.
Criação - Cada grupo criará seu espetáculo baseado em uma matriz cultural (matriz indígena,
africana e/ ou afro-brasileira). O grupo precisa selecionar informações para elaborar o texto,
criar as cenas, produzir o espetáculo.
Produção – O processo de produção acontecerá de maneira coletiva e colaborativa,
utilizando uma organização da atuação profissional.
Organização da atuação profissional. – O Grupo precisa conversar, organizar-se e dividir
as tarefas entre os componentes.
Função Tarefa
Aderecista(s) Confeccionar adereços
Ator(es) Encenar o texto dramático
Cenógrafo(s) Pesquisa materiais e confecciona o cenário
Figurinista(s) Criar e confeccionar os figurinos
Iluminador(es) Criar um mapa de utilização da luz e operar todo o sistema de iluminação
Maquiador/ visagismo
Executar a maquiagem, cabelo e caracterização das personagens
Sonoplasta Pesquisar e selecionar músicas e efeitos sonoros para produzir a trilha sonora
Manipular equipamentos tecnológicos e aparelhagem de som
Divulgação – circulação – Cada grupo vai produzir um cartaz para divulgar seu espetáculo
no ambiente escolar. É importante explorar modelos de cartazes de divulgação de
espetáculos. Desse modo, os estudantes terão mais repertório para a produção textual desse
gênero.
Apresentação - Seguindo a organização de um cronograma, pensando em tempo, espaço e
materiais disponíveis para a realização das ações.
Avaliação e recuperação
A avaliação e a recuperação serão realizadas continuamente durante todo o processo
por meio do registro em seu portfólio. No decorrer das atividades, verifique se os estudantes
foram capazes de reconhecer e apreciar artistas, grupos, coletivos cênicos e manifestações
cênicas de matriz indígena, africana e afro-brasileira de diferentes épocas. Também observe
se investigaram os modos de criação, produção, divulgação, circulação e organização da
atuação profissional e se exploraram diferentes elementos envolvidos na composição de
manifestações cênicas de matriz indígena, africana e afro-brasileira. Organize uma roda e
converse com os estudantes acerca dos objetos do conhecimento trabalhados durante as
atividades.
Situação de Aprendizagem II
Habilidade (EF08AR28): Investigar e experimentar diferentes funções teatrais (ator,
figurinista, aderecista, maquiador/visagista, cenógrafo, iluminador, sonoplasta, produtor,
diretor e assessor de imprensa etc.) em processos de trabalho artístico coletivos e
colaborativos, e compreender as características desse processo de trabalho.
Objetos de Conhecimento: Processos de criação
● Funções teatrais: Ator, figurinista, aderecista, maquiador/visagista, cenógrafo,
iluminador, sonoplasta, produtor, diretor e assessor de imprensa etc.
● Processos artísticos coletivos e colaborativos
Habilidade Articuladora (EF69AR35): Identificar e manipular diferentes tecnologias e
recursos digitais para acessar, apreciar, produzir, registrar e compartilhar práticas e
repertórios artísticos, de modo reflexivo, ético e responsável.
Objeto de Conhecimento:- Tecnologias e recursos digitais
● diferentes tecnologias e recursos digitais
● práticas e repertórios artísticos
Professor, nesta situação de aprendizagem, estão previstas quatro atividades. Nelas,
você vai conversar com os estudantes para sondar os conhecimentos prévios, colocá-los em
contato com as funções teatrais (ator, figurinista, aderecista, maquiador/visagista, cenógrafo,
iluminador, sonoplasta, produtor, diretor e assessor de imprensa) e as diferentes tecnologias
e recursos digitais utilizados no acesso e produção artística. É importante que você realize
registros durante o desenvolvimento das atividades, para colaborar com os momentos de
avaliação e recuperação. Para ampliação de seu repertório pessoal, foram elencados alguns
conceitos importantes para o desenvolvimento das atividades.
Criação coletiva - No teatro, a criação coletiva surge com os grupos teatrais que, nas décadas
de 1960 e 1970, associam todos os elementos da encenação, inclusive o texto, em um mesmo
processo de autoria com base na experimentação em sala de ensaio.
Processos artísticos coletivos e colaborativos – Pode-se dizer que em se tratando do
teatro popular, a prática da criação compartilhada (coletiva) já existe há muitos séculos. O
que vemos hoje é uma atualização dessas práticas nos processos artísticos coletivos e
colaborativos.
Essa forma de criação se dá a partir da necessidade de contrapor regras pré-estabelecidas em
que espaços cênicos são exclusivos, atores têm a função única de cuidar de suas
personagens, o texto é restrito somente ao seu autor e o jogo cênico, ao diretor, ou seja, uma
maneira funcionalista de procedimentos.
Esses processos de participação coletiva e colaborativa permitem a participação de todos
mostrarem seus conhecimentos e talentos na elaboração da obra teatral.
Atividade 1 – Sondagem
Para iniciar esta Situação de Aprendizagem, é importante levantar os conhecimentos
prévios que os estudantes têm sobre as diferentes funções teatrais como acontece nos
processos de trabalho artístico coletivos e colaborativos e quais tecnologias e recursos digitais
eles utilizam para acessar, apreciar, produzir, registrar e compartilhar práticas e repertórios
artísticos. Finalizada a conversa, solicite que os estudantes registrem, no caderno, as questões
indicadas a seguir:
1. Quais as diferentes funções teatrais que foram trabalhadas na Situação de
aprendizagem vocês lembram?
2. Como foi vivenciar os processos de produção artística nas aulas anteriores?
3. Quais as diferenças e semelhanças entre um trabalho artístico coletivo e um
colaborativo?
4. Quais tecnologias e recursos digitais vocês costumam utilizar para acessar, apreciar,
práticas e repertórios artísticos?
5. Quais tecnologias e recursos digitais vocês costumam utilizar para produzir,
registrar e compartilhar práticas e repertórios artísticos?
Atividade 2 – Apreciação
Esta atividade de apreciação está dividida em dois momentos: Primeiro, a apreciação
de uma tabela contendo a indicação das funções executadas por profissionais do espetáculo
teatral e, depois, em segundo, a leitura do texto “Asdrúbal Trouxe o Trombone – Um projeto
artístico de criação coletiva”. Finalizada as apreciações, converse com os estudantes
questionando:
1.Compreenderam as características dos processos artísticos coletivos e colaborativos
teatrais?
2. Como a função dos profissionais se modifica nestes processos de criação? Comente.
3. Com o uso das tecnologias e recursos digitais, mudou o modo de acessar, apreciar,
produzir, registrar e compartilhar práticas e repertórios artísticos? Justifique.
4. De que maneira podemos acessar, apreciar, produzir, registrar e compartilhar práticas e
repertórios artísticos de modo reflexivo, ético e responsável?
5. É prática comum, antes do início de um espetáculo teatral, os responsáveis avisarem se o
espetáculo pode ser fotografado ou filmado., porém muitas pessoas desobedecem a este
aviso registrando e publicando cenas em Redes Sociais. Qual sua opinião sobre o fato? Quais
soluções você indicaria para resolver este problema?
Momento de apreciação 1 - Apresente o quadro indicado e propicie um momento de
reflexão, análise e discussão sobre as funções executadas por profissionais do espetáculo
teatral.
Profissões do Espetáculo Teatral com funções:
Técnicas Artísticas
De comunicação e
imagem Administrativas
Assistente de direção de cena Aderecista
Assessores de
imprensa Aprovisionamento
Cabeleireira de cena
Assistente de
encenação Relações públicas
Departamento
comercial
Chefe de audiovisuais
Ator – manipulador/
animador Técnicos de Marketing
Departamento de
pessoal
Chefe eletricista Atores Diretor administrativo
Maquinista de montagem Bailarinos Diretor de tournée
Contra - regra Bonequeiro Diretor financeiro
Costureira de cena Cantores Expediente e arquivo
Diretor de cena Cenógrafos
Diretor de produção Coreografo
Diretor técnico Diretor artístico
Equipe de Aderecistas Dramaturgista
Maquiladora de cena Encenador
Mestra de guarda-roupa Figurantes
Técnicos de luz Figurinistas
Momento de Apreciação 2 - Leia com os estudantes o texto indicado a seguir. Finalizada
a leitura, propicie um momento de reflexão, análise e discussão sobre como funciona um
processo de trabalho artístico coletivo e/ou colaborativo em processos criativos de produção
teatral.
Asdrúbal Trouxe o Trombone – Um projeto artístico de criação coletiva O grupo Asdrúbal Trouxe o Trombone foi criado no Rio de Janeiro, em 1974, com a liderança de Hamilton Vaz Pereira e a participação de Regina Casé, Luiz Fernando Guimarães, Evandro Mesquita e Patrícia Travassos entre outros. Asdrúbal Trouxe o Trombone colocou em evidência, na história do teatro brasileiro, o processo de criação coletiva, no que se refere à concepção cênica, aos figurinos, à interpretação e à dramaturgia. O grupo tinha a singularidade de não se sentir como um grupo de “atores” que fazia teatro, e sim que fazia “Asdrúbal”. Essa marca poética parece ter sido o modo encontrado pelo grupo para preservar certa diferença de outros grupos importantes da época e de atores que faziam em cena o que era oferecido no mercado como oportunidade profissional. Um trabalho que marcou a carreira do grupo – e que, à época, trouxe um frescor à linguagem teatral – foi a criação coletiva “Trate-me leão (1977)”, uma sequência de cenas curtas sobre problemas da adolescência e da juventude. O tema de Trate-me leão é o tédio, em que ninguém tem objetivo na vida, há um sentimento de abandono, de não saber como continuar. A gênese da estrutura narrativa de “Trate-me leão” é a vivência pessoal dos integrantes do grupo. O texto ia sendo escrito em casa pelos atores, por meio da pesquisa com pessoas do prédio, da família, gerando cenas e diálogos que traziam para o palco a própria vida. Durante nove meses de criação, Hamilton Vaz Pereira, em um trabalho de colaboração entre os participantes, fez o esboço de cenas, identificando núcleos temáticos no material apresentado pelo grupo. Ao mesmo tempo, a criação de cenas emergia de improvisações e jogos coletivos que permitiam a invenção expressiva dos participantes do grupo. Esse processo de criação fazia o trabalho do Asdrúbal ser ancorado na criação coletiva, tanto na construção da narrativa textual como na composição das personagens com base no repertório pessoal expressivo dos participantes durante as improvisações. Podemos dizer, então, que a criação coletiva do Asdrúbal era um processo criativo teatral que tinha como características: a presença da expressão de todos os integrantes do grupo; a “grupalidade”, como possibilidade de se reunir para falar de si e ouvir o outro; os pedaços da própria história de vida e a vontade de experimentar com o grupo outras possibilidades de cena e de vida; a experimentação da linguagem teatral por meio do improviso como processo de trabalho e a necessidade de trazer para o palco a própria vida. Esse processo de criação coletiva resultava em uma encenação que deixava transparecer um jeito próprio de representar de cada um, que era descoberto durante as improvisações e os ensaios, assim como, durante a encenação, cenas inéditas poderiam aparecer no “aqui-agora” do palco, formando uma autoria coletiva. Ou seja, em vez de seguir procedimentos tradicionais calcados sobre o fator segurança (texto decorado, marcação prematura, especialização de tarefas), o Asdrúbal, em seu processo de criação coletiva, arriscava adentrar o terreno dos lapsos, das falhas, do inesperado que revela aspectos desconhecidos durante os improvisos. A construção estética teatral dos espetáculos do Asdrúbal era feita do aproveitamento de materiais. A iluminação era caseira e precária, os
cenários, grafitados e os figurinos com indumentária das roupas de rua. Os atores traziam ao palco interpretações que mostravam a espontaneidade dos intérpretes, dando ação a uma dramaturgia escrita com base nos trechos de diários, na narração de casos de família, na recitação da poesia do amigo, na cena da briga de namoro, nas trilhas sonoras roqueiras de contestação à família e ao teatro comercial. O teatro de grupo dos anos 1970 era feito do e no trabalho coletivo. No final dessa década, já estava claro que a criação coletiva não era um movimento nem um estilo de época, mas um método de trabalho marcado pelo mesmo dinamismo que caracterizava o modo de fazer teatro contemporâneo no que hoje é chamado de processos colaborativos. Fonte: Texto elaborado para 0 Material de Apoio ao Currículo Paulista - São Paulo Faz Escola
Atividade 3 – Ação Expressiva
Nesta atividade, os estudantes vão preencher a primeira coluna identificando e
relacionando o profissional as suas respectivas funções teatrais. Aproveite para conversar um
pouco mais sobre as profissões e suas funções teatrais.
• ator, figurinista, aderecista, maquiador, visagista, cenógrafo, iluminador, sonoplasta,
produtor, diretor, assessor de imprensa, roteirista.
Respostas Descrição das funções exercidas pelos profissionais
Aderecista Profissional responsável pela confecção dos adereços, objetos de cena para teatro, cinema, televisão etc. O aderecista também é conhecido no teatro como Contrarregra envolvido com a execução dos inúmeros objetos que serão utilizados na cena, por exemplo: Garrafas, copos, figurinos, quadros, bolsas, chapéus etc.
Assessor de imprensa
Profissional responsável pela divulgação dos serviços e/ou produtos de uma empresa, ou de uma determinada pessoa, tratando dos interesses desses grupos numa intermediação junto aos interesses dos meios de comunicação.
Ator Profissional responsável pela representação e/ou interpretação de uma ação dramática, por intermédio de criação autoral, improvisada ou coletiva, fazendo uso de recursos corporais, vocais e emocionais nas transmissões junto aos expectadores.
Coreógrafo Profissional responsável pelos ensinamentos dos movimentos de dança, estimulando, incentivando e orientando individualmente dançarinos ou grupos, por intermédio de uma sincronização de movimentos e elaboração de diferentes coreografias.
Diretor artístico
Profissional responsável pela seleção e recrutamento de produtores e coordenadores de programas e pela execução dos programas que uma vez formatado, são disponibilizados aos Diretores de Programação.
Figurinista Profissional responsável pela criação e elaboração de figurinos e acessórios para atender personagens de uma produção de cinema, teatro, de música, televisão etc. Este profissional tem a função de desenvolver o seu trabalho respeitando todo um roteiro já idealizado pelos produtores da obra em questão.
Iluminador Profissional responsável por toda a iluminação do espetáculo desde sua pesquisa, criação de um mapa de utilização de luz e operação de equipamentos no momento do espetáculo. Nos shows musicais e nas peças de teatro, muitas vezes, existe um grande refletor que foca um cantor ou um ator, este equipamento que dá destaque ao objeto que deve ter a maior atenção é operado pelo iluminador.
Maquiador Profissional responsável por cuidar e realçar o rosto das pessoas com o auxílio de produtos cosméticos e o intuito de melhorar a imagem e a aparência, para que elas possam se sobressair numa produção de arte ou outro evento qualquer.
Produtor Profissional responsável pelas questões administrativas, financeiras e gerenciais de uma produção artística e que tem como objetivo, viabilizar toda a estrutura de um espetáculo desde a contratação dos atores até da equipe técnica com que vai trabalhar.
Roteirista Profissional responsável pela criação e / ou adaptação de uma história. É o que cria o roteiro, com os diálogos (falas) das personagens e as cenas, transpondo-o e adequando-o às necessidades dos veículos de exibição, cinema ou televisão.
Sonoplasta Profissional que tem por função realizar efeitos sonoros especiais, criar fundos sonoros, adequar volume e intensidade dos sons, inserir músicas em cenas, criar e misturar ruídos, sons e músicas. Sensibilizar o ouvinte transmitindo mensagens e mexendo com os sentimentos do outro por meio dos sons/músicas utilizadas.
Visagista Profissional responsável pela harmonização das características mais marcantes de uma pessoa, em conformidade com sua personalidade, tipo físico, beleza interior e exterior.
Atividade 4 – Ação Expressiva
Divida a turma em dois grupos e explique que, a partir dos conhecimentos adquiridos
nas atividades anteriores, eles vão elaborar um Projeto na linguagem teatral, explorando as
profissões contemporâneas do campo do teatro com interfaces em tecnologias digitais , por
meio de processos coletivos e/ou colaborativos, utilizando diferentes ferramentas (editores
de textos e imagens, apresentação multimídia, softwares, sites, etc.) na criação, produção,
socialização e registro das ações, proporcionando, assim, uma relação de proximidade do
fazer artístico na construção de novos significados estéticos. Apresente aos estudantes o
roteiro, as características, e a estrutura básica para elaboração do Projeto. Finalizada
atividade, é importante propiciar um momento para analisar e avaliar todo processo de
criação vivenciado por eles.
Características de um projeto:
1. Duração limitada: necessariamente tem início, meio e fim.
2. Objetivo específico: tem como foco um objetivo específico, concreto e viável.
3. Recursos limitados: Os recursos humanos, financeiros e materiais de um projeto são
limitados e deverão ser previamente definidos.
4. Autonomia: requer uma estrutura administrativa própria.
Roteiro para Elaboração de Projetos
A estrutura básica de um Projeto é dividida em quatro etapas sequenciais:
•Conceituação: Desenvolvimento da ideia central – Os estudantes precisam conversar e
escolher uma temática, um gênero teatral, e pensar em como utilizar as tecnologias e redes
sociais de modo reflexivo, ético e responsável no desenvolvimento do projeto.
•Planejamento: O esboço, o desenho, o rascunho, do projeto.
1.O que os grupos pretendem desenvolver, precisa ser conversado e decidido por todos os
componentes, e ficar registrado no caderno.
2. É preciso escolher quais gêneros teatrais serão utilizados: Auto, Comédia, Drama, Farsa,
Mímica, Melodrama, Ópera, Musical, Revista, Stand-up comedy, Surrealismo, Tragédia,
Tragicomédia, Improviso, Sombras, Fantoches, Lambe-lambe etc.
3. Pesquisar quais funções do teatro se modificaram com o uso das tecnologias digitais , e
como isso pode ser utilizado na execução do projeto.
4.É necessário verificar se a escola possui sala de informática e/ou equipamentos disponíveis,
e selecionar quais diferentes ferramentas digitais serão utilizadas (editores de textos e
imagens, apresentação multimídia, software, sites etc.) na criação, produção, socialização e
registro das ações do Projeto;
5.Os grupos podem elaborar e executar o Projeto, por meio de processos coletivos e/ou
colaborativos, dividindo tarefas e funções entre os componentes.
6. É preciso decidir a quem se destinará o produto gerado pelo projeto? Comunidade escolar,
pais e/ou responsáveis, comunidade do entorno da Escola.
7.É preciso definir em que período/data o projeto será realizado, quanto tempo de duração
o projeto terá desde a elaboração até a sua conclusão.
8. Escolher o espaço onde será realizado, na quadra, no pátio, na sala de aula, no anfiteatro
da escola etc.
9. Selecionar recursos e materiais que serão utilizados para confecção de figurinos, cenários,
adereços etc.
10. Divulgar os espetáculos por meios impressos (produção de cartazes , folders, folhetos) e
digitais (Redes sociais, grupos de Whatzapp, etc.).
•Execução: A execução de um projeto é o desenvolvimento do processo de criação - Nesta
etapa, serão realizados o acompanhamento, a execução e o controle das atividades, além dos
ajustes necessários para que tudo dê certo.
•Conclusão: A conclusão de um projeto acontece quando se faz a avaliação se os objetivos
e as metas foram devidamente alcançados mediante uma roda de conversa, a escrita de um
relatório e a análise crítica de todo o processo vivido.
Para saber mais:
O uso das novas tecnologias de comunicação no teatro. Tvbrasil. Disponível em:
http://tvbrasil.ebc.com.br/artedoartista/post/o-uso-das-novas-tecnologias-de-
comunicacao-no-teatro. Acesso em: 05 /fev./ 2020.
Para onde vai o teatro? – as TIC e as novas formas de fazer teatro. Artes e artes. Disponível
em: https://www.arteseartes.info/para-onde-vai-o-teatro-as-tic-e-as-novas-formas-de-
fazer-teatro/. Acesso em: 05 /fev./ 2020.
Teatro Digital: O Personagem é a Tecnologia. Realimaginario09. Disponível em:
https://realeimaginario09.wordpress.com/2013/04/05/teatro-digital-o-personagem-e-a-
tecnologia/. Acesso em: 05 /fev./ 2020.
Avaliação e recuperação
A avaliação e a recuperação serão realizadas continuamente, durante todo o processo
por meio do registro em seu portfólio. No decorrer das atividades, verifique se os estudantes
foram capazes de investigar e experimentar diferentes funções teatrais em processos de
trabalho artístico coletivos e colaborativos, se compreenderam as características desse
processo de trabalho, se identificaram e manipularam diferentes tecnologias e recursos
digitais para acessar, apreciar, produzir, registrar e se compartilharam práticas e repertórios
artísticos de modo reflexivo, ético e responsável. Organize uma roda e converse com os
estudantes a respeito dos objetos de conhecimento trabalhados durante as atividades.
Situação de Aprendizagem III
Habilidades (EF08AR29): Experimentar, de maneira imaginativa na improvisação teatral
e no jogo cênico, a gestualidade e as construções corporais e vocais de personagens que
representem a diversidade do povo brasileiro, problematizando e combatendo estereótipos
e preconceitos.
Objeto de Conhecimento: Processos de criação
• Improvisação teatral
• Jogo Cênico
• Gestualidade, construções corporais e vocais de personagens que representem a
diversidade do povo brasileiro
• Estereótipos e preconceitos
Habilidade (EF08AR30): Compor cenas, performances, esquetes e improvisações que
focalizem temáticas identitárias e o repertório pessoal e cultural brasileiro, caracterizando
personagens (com figurinos, adereços e maquiagem), cenário, iluminação e sonoplastia e
considerando a relação com o espectador.
Objeto de Conhecimento: Processos de Criação
● Cenas, performances, esquetes e improvisações
● Temáticas identitárias e repertório pessoal e cultural brasileiro
● Caracterização de personagens (figurino, adereço, maquiagem)
● Cenário, iluminação e sonoplastia
● Relação personagem / espectador
Professor, nesta situação de aprendizagem, estão previstas quatro atividades. Nelas,
você vai conversar com os estudantes para averiguar os conhecimentos prévios, colocá-los
em contato com os conceitos de cena, performance, esquete, improvisação, caracterização
de personagens, cenário, iluminação, sonoplastia, improvisação teatral, jogo cênico,
gestualidade, construções corporais e vocais de personagens, além de propiciar reflexões
sobre temáticas identitárias, relação personagem/espectador, estereótipo e preconceito. É
importante que você realize registros durante o desenvolvimento das atividades, para
colaborar com os momentos de avaliação e recuperação. Para ampliação de seu repertório
pessoal, foram elencados alguns conceitos importantes para o desenvolvimento das
atividades.
Cena - No teatro, é uma subdivisão da ação de uma peça (um trecho da narrativa da história)
com um conjunto de personagens, atores, coadjuvantes e outros tipos. Várias pessoas fazem
parte de uma só história, formando juntos o que chamamos de uma cena que tem palavras
movimentos fictícios e tudo mais. Assim, como qualquer outra narração, possui uma trama
ou argumento, a qual se desenvolve em três tempos ou partes: exposição, clímax e desenlace.
A maioria das peças teatrais é composta por três atos que se constituem de uma série de
cenas interligadas por uma subdivisão temática. As cenas se dividem conforme as alterações
no número de personagens em ação: quando entra ou sai do palco um ator. O cerne ou
medula de uma peça são os diálogos entre os personagens.
Corporeidade – É a maneira como o corpo age e faz, como ele intervém no espaço e no
tempo.
Gesto – Em cena, define-se como a atitude que a personagem assume em relação às outras
considerando todos os aspectos sociais delas: entonação, movimentos, expressão
fisionômica.
Estereótipo - É o conceito ou imagem preconcebida, padronizada e generalizada
estabelecida pelo senso comum, sem conhecimento profundo, sobre algo ou alguém. É
usado principalmente para definir e limitar pessoas quanto a aparência, naturalidade e
comportamento.
Esquetes - é uma cena curta (no máximo tem duração de dez minutos). Em sua maioria, os
atores improvisam uma cena com teor cômico seja no teatro ou na televisão. Como criar
uma Esquete. Disponível em: https://pt.wikihow.com/Criar-uma-Esquete. Acesso em:
27/12/2019.
Espectador – Aquele que assiste a um espetáculo. Por muito tempo, foi esquecido ou
considerado sem importância no seu processo de desenvolvimento, mas , atualmente, é visto
como parte da obra, afetando-a e sendo afetado por ela. O efeito de uma performance do
artista sobre o espectador está fortemente ligado ao efeito do espectador sobre o artista.
Happenings: No teatro e, de forma mais global, nas artes cênicas, a quebra com as
convenções que “amarram” a linguagem, só veio a ser concretizada na década de 1960, com
o happening e o teatro experimental. A tradução literal de happening é acontecimento,
ocorrência, evento. Aplica-se essa designação a um espectro de manifestações que incluem
várias mídias, como artes plásticas, teatro, art-collage, música, dança etc. Com o
florescimento da contracultura e do movimento hippie, a década de 1960 foi marcada por
uma produção maciça, que usava a experimentação cênica como forma de atingir as
propostas humanistas da época. O happening, que funciona como uma vanguarda
catalisadora, nutriu-se do que de mais novo produzia-se nas diversas artes. Do teatro,
incorporou o laboratório de Grotowski, o teatro ritual de Artaud e o teatro dialético de
Brecht. O fato de lidar com os velhos axiomas da arte cênica, de um novo ponto de vista (o
ponto de vista plástico), trouxe uma série de inovações à cena: o não uso de temas dramáticos
e da palavra impostada, para citar alguns exemplos. A principal característica na passagem do
happening para a performance é o aumento da esteticidade.
Improvisação - Teoricamente, é um modo de criação realizado sem preparação prévia, mas
estruturado sobre regras, que coloca o ator em estado de alerta para agir diante das mais
variadas situações. A improvisação estimula o desenvolvimento criativo do ator, de sua
espontaneidade, flexibilidade e imaginação dramática. Outro modo, é a improvisação como
espetáculo. Nesse sentido, improvisar significa que os atores se colocam diante do público
para improvisar uma criação cênica, que não foi previamente ensaiada. O público percebe
isso imediatamente e se surpreende ao descobrir que é parte integrante do evento teatral, já
que o espetáculo está sendo criado naquele momento ante a presença dos espectadores, ou
mesmo porque, muitas vezes, a base da improvisação surge de sugestões da plateia.
Jogo Cênico ou Jogo Dramático - Esta prática teatral surgiu na França, nas primeiras
décadas do século XX, caracterizando-se como uma atividade desenvolvida em grupo, em
que o indivíduo elabora por si e com os outros as criações cênicas, utilizando-se de diversos
signos visuais, sonoros e corporais na constituição de uma encenação teatral.
Pantomima – É uma representação teatral marcada basicamente por gestos, por expressões
faciais e por movimentos, mas que se diferencia da expressão corporal e da dança.
Basicamente, é a arte objetiva da mímica, de narrar com o corpo.
Performance – Nasce como arte híbrida, espetacular, mix de artes plásticas, visuais e cênicas.
Partindo da investigação de suporte, das assemblages do corpo (body art), dos happenings,
que enfatizam o acontecimento e do uso de multimídia, a performance propõe modos
inventivos em um movimento antiestablishment (contra o que é instituído oficialmente) e
antiarte. Surge como live art, que se refere tanto à arte ao vivo, sem representação, quanto à
arte viva. A performance estende e desconstrói a tríade da linguagem teatral (ator-texto-
público), somando a corporalidade e o teatro de imagens ao texto, alterando as relações de
espaço-tempo convencionais.
Preconceito - É uma opinião desfavorável que não é baseada em dados objetivos, mas que
é baseada unicamente em um sentimento hostil motivado por hábitos de julgamento ou
generalizações apressadas. A palavra também pode significar uma ideia ou conceito formado
antecipadamente e sem fundamento sério ou imparcial.
Repertório Pessoal e Cultural - Chamamos de Repertório Pessoal e Cultural, o conjunto
de informações adquiridas ao longo de nossas vidas : das experiências vividas, das
conquistas, alegrias, tristezas, sucessos etc. a tudo o que foi armazenado pelos
conhecimentos individuais que temos daquilo a que assistimos, escutamos e lemos.
Temática identitária - É a forma como nos vemos e somos vistos por nós mesmos e pela
sociedade. Nos enxergamos por intermédio de nossas experiências, raça, religião, origem
social, características físicas etc.
O processo identitário. Maxwell.vrac. Disponível em: https://www.maxwell.vrac.puc-
rio.br/21846/21846_4.PDF. Acesso em: 05/ fev./2020.
Atividade 1 – Sondagem
O momento da sondagem é importante para você perceber o que os estudantes trazem
de repertório sobre os objetos de conhecimento que serão trabalhados nas atividades desta
Situação de Aprendizagem. Inicie realizando uma conversa a respeito dos conceitos de cena,
performance, esquete, improvisação, personagens, figurinos, adereços e maquiagem, cenário,
iluminação e sonoplastia e espectador, aproveitando para registrar na lousa uma síntese das
respostas. Para finalizar a atividade, discuta sobre as informações presentes na síntese e
solicite aos estudantes que respondam no caderno as questões indicadas a seguir.
1. Você sabe o que é uma cena, performance, esquete, improvisação teatral? Comente.
2. No seu bairro, cidade ou região existem escolas de teatro, igrejas, centros culturais,
projetos sociais que desenvolvem estas atividades teatrais? Quais?
3. Já assistiu a algum espetáculo que apresentasse alguma cena dramática, performance,
esquete ou improvisação teatral? Onde? Ao vivo, pela TV ou internet?
4. Já participou de algum grupo de teatro na escola ou em outro ambiente? Como foi a
sua experiência?
5. Já estudou sobre gestualidade, construções corporal e vocal de personagens?
Comente.
6. Sabe o que significa temáticas identitárias? Comente.
7. Sabe o que significa repertório pessoal e cultural brasileiro? Comente.
8. Sabe o que significa estereótipos e preconceitos? Comente.
9. Já se caracterizou de algum personagem utilizando figurino, adereço e maquiagem?
Comente sobre sua experiência.
Atividade 2 – Apreciação
Oriente os estudantes a observar, atentamente, as imagens de uma encenação teatral.
Em seguida, apresente e converse com eles sobre os conceitos de cena, performance, esquete,
improvisação teatral, jogo cênico, personagens e gestualidade. Verifique se conseguem
visualizar e perceber nas cenas estes conceitos e informações, por meio de alguns
questionamentos indicados a seguir e outros que você achar pertinente:
1. Como são os gestos encenados por cada personagem nas quatros imagens? Eles se
modificam?
2. O número de personagens é o mesmo em todas as cenas? Como é o figurino desses
personagens?
3. Nas cenas apresentadas nas quatro imagens quais signos visuais e corporais você
consegue perceber que estão sendo utilizados na constituição da encenação teatral?
4. Quais sons e diálogos você imagina que os personagens estão realizando nas cenas?
5. Qual a história que você acha que está sendo narrada nesta encenação teatral?
6. Quais objetos cênicos as personagens estão utilizando para compor a cena?
Cena - No teatro, é uma subdivisão da ação de uma peça (um trecho da narrativa da história) com um conjunto de personagens, atores, coadjuvantes e outros tipos. Várias pessoas fazem parte de uma só história e todos juntos formam o que chamamos de uma cena que tem palavras movimentos fictícios e tudo mais. Assim, como qualquer outra narração, possui uma trama ou argumento na qual se desenvolve em três tempos ou partes: exposição, clímax e desenlace. A maioria das peças teatrais é composta por três atos que se constituem de uma série de cenas interligadas por uma subdivisão temática. As cenas se dividem conforme as alterações no número de personagens em ação: quando entra ou sai do palco um ator. O cerne ou medula de uma peça são os diálogos entre os personagens.
Performance – Nasce como arte híbrida, espetacular, mix de artes plásticas, visuais e cênicas. Partindo da investigação de suporte e das assemblages do corpo (body art), dos happenings, que enfatizam o acontecimento e do uso de multimídia, a performance propõe modos inventivos, em um movimento antiestablishment (contra o que é instituído oficialmente) e antiarte. Surge como live art, que se refere tanto à arte ao vivo, sem representação, quanto à arte viva. A performance estende e desconstrói a tríade da linguagem teatral (ator-texto-público), somando a corporalidade e o teatro de imagens ao texto, alterando as relações de espaço-tempo convencionais.
Improvisação - Teoricamente, é um modo de criação realizado sem preparação prévia, mas estruturado sobre regras, que coloca o ator em estado de alerta para agir diante das mais variadas situações. A improvisação estimula o desenvolvimento criativo do ator, de sua espontaneidade, flexibilidade e imaginação dramática. Outro modo, é a improvisação como espetáculo. Nesse sentido, improvisar significa que os atores se colocam diante do público para improvisar uma criação cênica, que não foi previamente ensaiada. O público percebe isso, imediatamente, e se surpreende, ao descobrir, que é parte integrante do evento teatral, já que o espetáculo está sendo criado naquele momento ante a presença dos espectadores, ou mesmo porque, muitas vezes, a base da improvisação surge de sugestões da plateia. Jogo Cênico ou Jogo Dramático - Esta prática teatral surgiu na França, nas primeiras décadas do século XX, se caracterizando como uma atividade desenvolvida em grupo, em que o indivíduo elabora por si e com os outros as criações cênicas, utilizando-se de diversos signos visuais, sonoros e corporais na constituição de uma encenação teatral.
Personagem – É um papel desempenhado por um ator em uma determinada ficção de obra artística do teatro, cinema, livro etc., podendo ser humano, animal, sobrenatural ou de qualquer outro tipo.
Gesto – Em cena, define-se como a atitude que a personagem assume em relação às outras considerando todos os aspectos sociais delas: entonação, movimentos, expressão fisionômica.
Esquetes - é uma cena curta (no máximo tem duração de dez minutos). Em sua maioria, os atores improvisam uma cena com teor cômico, seja no teatro ou na televisão.
Imagens 1,2,3,4 – Fonte: Evania Escudeiro/ Serra Negra – SP/ 2012.
Atividade 3 – Ação Expressiva I
A improvisação pode ser matriz do processo de criação teatral, matriz para a
elaboração de temas, situações, ações como coleta de materiais para a criação de personagens,
de cenas, ou, ainda, a prática da improvisação pode ser o procedimento utilizado para a
apropriação de um texto literário, dramático ou não dramático. Mas a improvisação pode
acontecer também em cena durante o jogo cênico, como estrutura da encenação e da
comunicação com a plateia. Para a ampliação de referências sobre essa prática em cena,
apresente aos estudantes os dois jogos de improvisação indicados a seguir como mote para
criar um espetáculo sempre único, que nunca se repete. Prepare com antecedência os
materiais e espaços para realização dos jogos. Finalize a atividade, propiciando um momento
de análise e avaliação por meio de uma roda de conversa.
Jogo Cênico 1 – Pesquisando a gestualidade na construção corporal e vocal de personagens
que representem a diversidade do povo brasileiro.
• Selecione para aula ou solicite que os alunos tragam recortes de revistas com imagens
de pessoas que representem a diversidade do povo brasileiro realizando diversos
movimentos corporais.
• Oriente que cada aluno escolha uma personagem e a partir da imagem construa
movimentos corporais e vocais.
• Após a construção cada aluno mostra a imagem escolhida e realiza uma apresentação
destes personagens utilizando gestos e vozes.
Jogo Cênico 2 - Improvisação da cena em cena - Problematizando e combatendo
estereótipos e preconceitos.
• Divida a turma em grupos e oriente que escolham outros personagens, criem gestos
e vozes e se apresentem uma cena problematizando e combatendo estereótipos e
preconceitos.
• Finalizado o jogo proponha uma roda de conversa e deixe que cada estudante fale de
sua experiência na composição de uma personagem e de uma cena dramática.
Atividade 4 – Ação Expressiva
Divida a turma em quatro grupos e proponha uma encenação com foco em uma
temática identitária seguindo o roteiro de trabalho indicado e a divisão de temas por grupo.
Grupo 1: Cena dramática
Grupo 2:Performance
Grupo 3:Esquete
Grupo 4: Improvisação teatral
Roteiro de Trabalho:
• Pesquisar e selecionar no repertório pessoal e cultural brasileiro personagens cuja
identidade tem ou tiveram alguma ação importante para alguma dimensão da vida
(social, política, cultural etc.).
• Produzir um texto base para as encenações considerando suas características e a
relação dos atores com o espectador.
• Caracterizar estes personagens com figurinos, adereços e maquiagem;
• Produzir cenário, iluminação e sonoplastia etc.
• Organizar um cronograma de apresentação, pensando na disponibilidade de tempo,
espaço e equipamentos necessários.
Avaliação e recuperação
A avaliação e a recuperação serão realizadas continuamente, durante todo o processo
por meio do registro em seu portfólio. No decorrer das atividades, verifique se os estudantes
foram capazes de experimentar caracterização de personagens, improvisação teatral, jogo
cênico, gestualidade, construções corporais e vocais, cenas, performances e esquetes.
Organize uma roda e converse com os estudantes sobre os objetos do conhecimento
trabalhados durante as atividades.
Situação de Aprendizagem IV
Habilidade (EF08AR25): Investigar, identificar e analisar poéticas pessoais em diferentes
tempos e espaços, inclusive no contexto paulista e brasileiro, relacionando o teatro às
diferentes dimensões da vida em sociedade e aprimorando a capacidade de apreciação
estética teatral.
Objeto de Conhecimento: Contextos e práticas
● Poéticas pessoais em diferentes tempos e espaços, inclusive no contexto paulista e
brasileiro
● estética teatral
Habilidade (EF69AR31): Relacionar as práticas artísticas às diferentes dimensões da vida social, cultural, política, histórica, econômica, estética e ética. Objeto de Conhecimento: Contextos e práticas
● práticas artísticas ● diferentes dimensões da vida social, cultural, política, histórica, econômica, estética e
ética
Professor, nesta situação de aprendizagem, estão previstas cinco atividades. Nelas,
você vai conversar com os estudantes para explorar os conhecimentos prévios, colocá-los
em contato com poéticas pessoais, estética teatral, práticas artísticas, além de propiciar
momentos de reflexão sobre as diferentes dimensões da vida social, cultural, política,
histórica, econômica, estética e ética. É importante que você realize registros durante o
desenvolvimento das atividades, para colaborar com os momentos de avaliação e
recuperação. Para ampliação de seu repertório pessoal, foram elencados alguns conceitos
importantes para o desenvolvimento das atividades.
Estética teatral - São estudos realizados sob o ponto de vista da produção e da recepção na
cena teatral que tem como proposta romper com o exclusivismo da estética tradicional. A
Estética teatral contemporânea permite ao expectador uma reflexão pessoal sobre aquilo que
está sendo encenado, podendo, com isso, mudar sua percepção e até modificar sua realidade.
Poéticas pessoais – É o modo singular de comunicar-se pela linguagem da arte. Se a
aproximação da Arte-Público é um caminho de múltiplas direções, a obra do artista é seu
coração e a poética, o que o faz bater. Mais do que conhecer uma ou outra obra, perceber a
poética de seu produtor é conhecer a aventura de seu processo criador, seus repertórios
pessoal e cultural, suas escolhas, inquietudes e procedimentos. Cada pessoa possui uma
poética que é adquirida com suas experiências, estudos, convívio com outras pessoas etc. A
Poética de cada um influencia seu modo de ver, sentir, pensar e fazer arte.
●Dimensões da vida: Toda comunidade configura um contexto sociocultural composto
por elementos diferentes entre si e que são quase indissociáveis. A arte incluiu-se nesse viés
e pode ser abordada e relacionada com cada uma das múltiplas dimensões da vida, a partir
de experiências sensíveis.
●Dimensão Social: Envolve os diferentes contextos onde seja possível ter contato com a
arte: Em casa, no carro, na rua, no trabalho, na igreja, no mercado, no shopping etc.
●Dimensão Cultural: O ambiente, em que vivemos, influencia nossos padrões culturais
entre eles o tipo de produto artístico a que somos expostos, por exemplo: em localidades
mais próximas ao campo, as pessoas tendem a ter mais contato e apreciar músicas do gênero
sertanejo. Sendo assim, a partir do produto artístico que é apreciado, é possível perceber as
influências culturais locais.
●Dimensão Política: O viés político está ligado às influências culturais e estéticas de outros
países e culturas, na produção artística local, regional etc.
Dimensão Histórica: A relação histórica se observa pelo registro de fatos e acontecimentos
e que ficaram marcados na/pela produção artística, por exemplo: a música do filme Titanic;
o hino da vitória que era tocado quando o piloto de fórmula 1, Ayrton Senna, vencia uma
corrida.
Dimensão Econômica: Tem relação com o consumo de produtos artísticos produzidos em
massa pela indústria cultural ou em quantidades restritas/artesanais – livros, objetos,
fotografias, gravuras, mídias digitais etc.
●Dimensão Estética: (Está relacionada às relações sensoriais de apreciação, deleite, afetivas
e sentimentais, estabelecidas intelectualmente, em diferentes situações vividas pelo sujeito e
que envolvem um produto artístico).
●Dimensão Ética: Está ligada a pensamentos, conceitos e valores positivos, à não
discriminação, à aceitação da diversidade e ao respeito, consolidados e estabelecidos pela
sociedade, normalmente, transmitidos no convívio social.
Atividade 1 – Sondagem
Inicie a atividade questionando os estudantes a respeito do que eles têm de
conhecimento a respeito dos conceitos de poética pessoal, estética teatral, práticas artísticas
e diferentes dimensões da vida. Durante a conversa, vá anotando na lousa as ideias e
suposições apresentadas por eles. Finalize, solicitando que registrem, em seus cadernos, as
respostas dos questionamentos indicados a seguir, e tudo o que foi conversado durante a
atividade.
1. O que você entende por poéticas pessoais? Justifique a sua resposta.
2. O que você entende por estética teatral? Já estudou este conceito anteriormente?
3. Quais práticas artísticas na Linguagem teatral você já participou? Estas práticas
aconteceram na escola? Ou em outros espaços culturais?
4. Como podemos relacionar as práticas artísticas teatrais que você conhece às diferentes
dimensões da vida social, cultural, política, histórica, econômica, estética e ética.
Atividade 2 – Apreciação
Propicie um momento de apreciação das imagens de espaços de encenação teatral,
indicadas a seguir, e aproveite para conversar com os estudantes e ampliar o repertório
cultural, apresentando os conceitos de poética pessoal, estética teatral, práticas artísticas e
dimensões da vida. Depois, questione se eles conseguem relacionar as práticas artísticas
teatrais que conhecem às diferentes dimensões da vida social, cultural, política, histórica,
econômica, estética e ética.
Fonte: Pixaby. Disponível em: https://pixabay.com/pt/photos/teatro-est%C3%A1gio-cenografia-amor-568051/. Acesso em: 05/ fev.
/2020.
Fonte: Pixabay. Disponível em: https://pixabay.com/pt/photos/estrada-cena-de-rua-356809/. Acesso em: 05 fev. 2020.
Fonte: Pixabay. Disponível em: https://pixabay.com/pt/photos/em-cidade-antiga-viagens-2803848/. Acesso em: 05 fev. 2020.
Fonte: Pixabay, Disponível em: https://pixabay.com/pt/photos/metz-fran%C3%A7a-%C3%B3pera-teatro-interior-86226/.
Acesso em: 05 fev 2020.
Atividade 3 – Ação Expressiva I
Conhecer poéticas pessoais em diferentes tempos e espaços, inclusive no contexto
paulista e brasileiro, é viajar pelas encenações e captar suas marcas pessoais, percebendo a
identidade de cada grupo teatral e seus processos de criação. Muitos caminhos na linguagem
teatral podem ser percorridos com essa intenção. Nesta proposição, foram selecionadas três
formas/técnicas de ações dramáticas, compreendido como mote para mergulhar nas poéticas
de se fazer teatro. Para que o primeiro contato dos estudantes com os desdobramentos da
encenação vá além do senso comum, divida a turma em três grupos distribua uma temática
para cada um, solicitando uma pesquisa em livros, revistas, internet etc. de imagens e textos
sobre a poética dos Grupos indicados a seguir. Em seguida, oriente que cada grupo
confeccione um painel com todas as informações coletadas utilizando (papel pardo e ou
cartolina, cola, tesoura, caneta hidrocor etc.). Finalizada a confecção dos painéis, proporcione
um momento de análise, reflexão e discussão sobre as características, identidade, diferenças
e semelhança nas poéticas dos grupos pesquisados.
Temas de pesquisa:
Teatro Oficina-(Grupo 1)
Teatro do Oprimido-(Grupo 2)
Grupo teatral - Asdrúbal Trouxe o Trombone-(Grupo 3)
Roteiro de Pesquisa:
1.Buscar por informações de como acontece o processo de criação e produção artística
(concepção da peça, criação coletiva e/ou colaborativa, seleção/criação de roteiro, fontes de
inspiração etc.).
2. Elencar quantos e quem são os integrantes das companhias, e funções exercidas .
3. Indicar as páginas em Sites e/ou Redes sociais, onde as Companhias de Teatro fazem
divulgação e circulação do trabalho artístico.
4.Qual a localização destes Grupos de Teatro (cidade, Estado, Pais).
Para saber mais:
Teatro oficia. Teatro oficina. Disponível em: http://teatroficina.com.br/uzyna-uzona/.
Acesso em 04/ fev. / 2020.
Asdrúbal Trouxe o Trombone. Enciclopedia.itaucultural. Disponível em:
http://enciclopedia.itaucultural.org.br/grupo398708/asdrubal-trouxe-o-trombone. Acesso
em 04/ fev. / 2020.
Teatro do Oprimido. Infoescola. Disponível em: https://www.infoescola.com/artes-
cenicas/teatro-do-oprimido/. Acesso em 04/ fev. / 2020.
Atividade 4 – Ação Expressiva II
A palavra estética é de origem grega (aesthésis), que designa a sensibilidade e a
percepção dos fenômenos pelos sentidos. Este termo extrapola a atividade artística (strictu
sensu), designando aspectos implícitos nas formas de como nos relacionarmos e conhecermos
a realidade a nossa volta. Para aprimorar e ampliar a capacidade de apreciação estética teatral
dos estudantes, organize a turma em seis grupos e oriente o trabalho seguindo o roteiro
apresentado a seguir:
1. Distribua uma temática para cada grupo orientando que realizem uma pesquisa em
livros, revistas, internet etc., com foco na estética teatral.
2. Após a pesquisa cada grupo deve apresentar as informações pesquisadas de forma
prática e lúdica, por meio da utilização de figurinos, adereços, maquiagem, iluminação,
sonoplastia, cenário.
3. Organize um cronograma de apresentações, verificando tempo, espaço e equipamentos
disponíveis na escola.
Grupo 1 - Teatro do Absurdo - Foi o nome dado a um conjunto de obras teatrais
produzidas no final dos anos 40 pelo crítico húngaro radicado na Inglaterra, Martin Esslin
(1918 – 2002) em 1961. Essas peças tinham como características a contraposição ao realismo,
em que as produções eram elaboradas na época. Apresentavam cenas irreais, surrealistas sem
a pretensão de contar uma história da forma tradicional, convencional, linear e lógica dos
fatos e contextos do cotidiano. As personagens são, muitas vezes, grotescas e bizarras.
Essa estética teve seu apogeu na década de 50 e seus principais autores foram Samuel Beckett,
Eugène Ionesco, Arthur Adamov e Jean Genet, entre outros. Um dos marcos desta estética
foi “Esperando Godot”, de Samuel Beckett em 1953.
Grupo 2 - Tragédia Grega - É um gênero da arte do teatro mais popular durante a Grécia
Antiga. Seus principais representantes foram Ésquilo, Sófocles e Eurípides, sendo Ésquilo
considerado o “Pai da Tragédia”. A arte, nessa época, tinha uma função cívica. Essa forma
de dramatização teve influências nas guerras da antiguidade clássica e era exibida nas
manifestações cívicas, nas festas nacionais, identificada pela seriedade na representação de
deuses abordando os temas heroicos, as expressões e os contextos da sociedade. A estrutura,
mais organizada da arte dramática, teve a contribuição crítica de Aristóteles, por intermédio
de sua tese que gerou uma poética baseada em tópicos que apresentavam elementos
fundamentais para a construção de uma encenação perfeita. São eles: Pensamento, fábula,
caráter, linguagem, melodia, encenação.
Grupo 3 - Teatro da Bauhaus – No que diz respeito ao teatro, a preocupação primordial
da famosa escola alemã Bauhaus (1919-1933) foi trabalhar a relação do homem com o espaço
que o cerca e com os objetos que ele produz. Assim, os artistas analisaram as estruturas
formais da cena, entendendo o teatro como arte em si, e não como a reunião coordenada de
várias artes. Quanto à encenação, era a própria linguagem em movimento no espaço. O
estudo do teatro no Bauhaus iniciou-se nos primeiros tempos da escola, ainda em Dessau. A
alegria da criação foi tomando forma nas improvisações sólidas e vívidas, nos figurinos e nas
máscaras fantásticas. Em 1922, o responsável pela área de teatro da escola era Lothar
Schreyer e, inegavelmente, as principais propostas para o espetáculo cênico da Bauhaus
devem sua concepção a Oskar Schlemmer.
Grupo 4 - Teatro kabuki – A palavra kabuki indica por si só a variedade e as múltiplas
formas dessa arte. Em japonês moderno, o vocábulo se escreve com três caracteres: ka, bu,
ki, que significam canção, dança e habilidade. O kabuki é um espetáculo popular japonês que
combina brilhantemente realismo e formalismo, música e dança, mímica, encenação e
figurinos. Em geral, as peças de kabuki, intensamente líricas, são vistas menos como literatura
do que como veículos por meio dos quais os atores exibem suas habilidades em desempenho
visual e vocal. Tradicionalmente, o kabuki implicava uma constante integração entre os atores
e a plateia. Como a programação durava da manhã à noite, o ir e vir do público no teatro era
constante e as refeições eram servidas ali mesmo. A origem do kabuki remonta ao início do
século XVII, quando a dançarina Okuni, à frente de uma companhia de atrizes, realizava uma
representação que parodiava temas religiosos, com danças de ousada sensualidade. Em 1629,
esse tipo de kabuki foi proibido pelo governo. O espetáculo passou a ser montado com
rapazes vestidos de mulher e, mais tarde, como ainda era reprimido, com homens maduros,
solução que se manteve de definitivamente. O kabuki incorporou elementos tradicionais do
drama japonês como o nô e o joruri, teatro de marionetes. Estabeleceu-se nas cidades de
Quioto, Osaka e Edo (atual Tóquio) onde se aperfeiçoou. De 1688 em diante, fixaram-se
oito tipos de personagem que aparecem em todas as peças, como arquétipos da commedia
dell’arte. O ator Sakata Tojuro e o dramaturgo Chikamatsu Monzaemom foram
personalidades decisivas na evolução do kabuki, assim como o diretor Ichikawa Danjuro.
Grupo 5 - Teatro Nô – Arte teatral clássica do Japão, que combina música, poesia e dança
em longas apresentações. Recebeu influências do budismo e do xintoísmo (culto a vários
deuses personificados nas forças da natureza, culto ao imperador e aos ancestrais, que não
possui deuses superiores nem escrituras sagradas). O espetáculo é sempre apresentado por
homens e, geralmente, reveste-se de caráter religioso. Trata-se de um drama lírico em que os
atores mascarados dançam suavemente, acompanhados por instrumentos musicais e por um
coral. É comum cantarem ou falarem monotonamente. Nesse tipo de espetáculo, não se
destaca a individualidade dos atores, em razão do rígido padrão do movimento, das máscaras
e das roupas. As máscaras, feitas de madeira ou papel machê, revelam a expressão dos
personagens.
Grupo 6 - Teatro Pós-dramático – Termo formulado pelo crítico e professor de teatro
alemão Hans-Thies Lehmann. Trata-se de formas criadas a partir de diretores, grupos e
experimentos teatrais que não se satisfaziam mais com o modo tradicional de se contar a
história ou de tratar o real a partir de uma dessas formas tradicionais. Caracteriza-se por um
teatro que não está na dinâmica da história e do personagem. Partindo da hipótese de que,
desde os anos 1970, ocorre uma profunda ruptura no modo de pensar e fazer teatro, o teatro
pós-dramático seria uma extensão do teatro da estética pós-moderna dos anos 1960, que
coloca novos paradigmas da cena e da dramaturgia, como a valorização da autonomia da
cena e a recusa de qualquer tipo de texto centrismo.
Atividade 5 – Ação Expressiva III
Depois das vivências práticas, estudos, pesquisas, análises e discussões realizadas em
todas as atividades deste volume, solicite aos estudantes que retomem seus materiais e
anotações. Oriente para que escrevam um texto informativo relacionando as práticas
artísticas estudadas às diferentes dimensões da vida social, cultural, política, histórica,
econômica, estética e ética. Finalizada a atividade, proporcione um momento de interação
para que os estudantes socializem suas produções.
Dimensões da vida: Toda comunidade configura um contexto sociocultural composto por elementos diferentes entre si e que são quase indissociáveis. A arte incluiu-se neste viés e pode ser abordada e relacionada com cada uma das múltiplas dimensões da vida a partir de experiências sensíveis.
Dimensão Social: Envolve os diferentes contextos onde seja possível ter contato com o teatro: Em casa (TV, internet), na rua, no trabalho, na igreja, no shopping, em projetos sociais etc.
Dimensão Cultural: Considerando que o ambiente onde vivemos, influência nossos padrões culturais, entre eles o tipo de espetáculos teatrais a que somos expostos. Dimensão Política: O viés político está ligado às influências culturais de outros países, outras matrizes estéticas.
Dimensão Histórica: A relação histórica se observa pelo registro na memória de fatos e acontecimentos e que foram marcados por uma época. Dimensão Econômica: Tem relação com o consumo; teatro produzido pela indústria cultural; busca de patrocinadores; projetos de formação de público etc. Dimensão Estética: Está relacionada às relações sensoriais de prazer, afetivas e sentimentais, estabelecidas intelectualmente, entre o teatro e as diferentes situações vividas.
Dimensão Ética: Esta dimensão está ligada a pensamentos, conceitos e valores positivos, à não discriminação, à aceitação da diversidade e ao respeito, consolidados e estabelecidos pela sociedade, normalmente, transmitidos no convívio social.
Avaliação e recuperação
A avaliação e a recuperação serão realizadas continuamente, durante todo o processo
por meio do registro em seu portfólio. No decorrer das atividades, verifique se os estudantes
foram capazes de reconhecer poéticas pessoais e estética teatral, bem como relacionar as
práticas artísticas a diferentes dimensões da vida. Organize uma roda e converse com os
estudantes sobre os objetos do conhecimento trabalhados durante as atividades.
Referências Bibliografia:
Desgranges, Flávio. A pedagogia do espectador/ Flávio Desgranges. – São Paulo:
Hucitec, 2003. Il; - (Teatro; 46).
Feist, Hildegard - Pequena viagem pelo mundo do teatro - São Paulo: Moderna, 2005.
Granero, Vic Vieira. Como usar o teatro na sala de aula/ Vic Vieira Garnero – São Paulo:
contextos, 2011.
Pavis,Patrice, 1947 – Dicionário de Teatro/Patrice Pavis; tradução para a língua
portuguesa sob a direção de J. Guinsburg e Maria lúcia Pereira. 3. Ed – São Paulo:
Perspectiva, 2008.
SÃO PAULO(Estado) Secretaria da Educação. Currículo do Estado de São Paulo:
Linguagens, códigos e suas tecnologias/Secretaria da Educação; coordenação geral, Maria
Inês Fini; coordenação de área, Alice Vieira. – São Paulo: SEE, 2010.
SÃO PAULO(Estado) Secretaria da Educação. Caderno do professor: arte, anos
finais/Secretária da Educação: coordenação geral, Maria Inês Fini; equipe, Geraldo de
Oliveira Suzigan, Gisa Picosque, Jéssica Mami Makino, Miriam Celeste Martins, Sayonara
Pereira, São Paulo: SEE, 2009.
SP FAZ ESCOLA CADERNO DO PROFESSOR
ARTE
ENSINO FUNDAMENTAL – 9º ANO
VOLUME 3
Caderno do Professor - Teatro - 9º ano
Prezado Professor,
Este material é o resultado do trabalho colaborativo entre os técnicos da Equipe
Curricular de Arte da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo e Professores
Coordenadores de Arte de Núcleos Pedagógicos de diferentes regiões do Estado de São
Paulo. O documento é constituído de Situações de Aprendizagem com atividades a serem
livremente analisadas pelos docentes e postas em prática em sala de aula, na perspectiva de
uma abordagem investigativa, que requer conhecimento relativo a Linguagem Teatral,
visando possibilitar diferentes processos cognitivos relacionadas aos objetos de
conhecimento (conteúdos, conceitos e processos). O foco principal das atividades é o
desenvolvimento de habilidades, ou seja, aquilo que se espera que o estudante aprenda nesta
etapa de ensino iniciando a implementação do Currículo Paulista. Antes de iniciar as
Situações de Aprendizagem, apresentamos algumas considerações sobre Teatro e um aporte
sobre a Educação Inclusiva, Avaliação e Recuperação.
A Linguagem Teatral
Podemos compreender o teatro como uma arte que se constitui, essencialmente, da
presença de, ao menos, um indivíduo em cena e de outro que o observa. Assim, a arte teatral
está fundamentalmente centrada na figura do ator e nas suas possibilidades de comunicação
com o espectador: por meio da utilização da palavra, do corpo, da exploração de diversas
sonoridades, dos gestos e movimentações etc. Contudo, como linguagem artística, o teatro
pode se valer de variados outros elementos de significação para comunicar algo aos
espectadores, utilizando-se de diversos signos visuais (os gestos do ator, os adereços de cena,
os figurinos, o cenário, a iluminação) e sonoros (o texto, as canções, as músicas, os efeitos
sonoros). Há espetáculos teatrais que utilizam ainda signos olfativos (aromas de perfumes ou
essências, cheiro de defumador, odor de alimentos conhecidos etc.), ou signos táteis (em que
a cena - os atores ou objetos cenográficos - trava algum tipo de contato corporal com os
espectadores para lhes comunicar algo).
Educação Inclusiva - Estudantes com Necessidades Especiais
Todos os estudantes são capazes de aprender. Esse processo é individual e o
professor deve estar atento às necessidades individuais e coletivas. Estudantes com
deficiência visual e auditiva desenvolvem a linguagem e pensamento conceitual. Os
estudantes com deficiência intelectual podem enfrentar mais dificuldade no processo de
alfabetização teatral, mas são capazes de desenvolver oralidade, reconhecer sinais gráficos,
trabalhar sua gestualidade e a sonoridade dependendo do grau de dificuldade das atividades.
É importante valorizar a diversidade e estimular o desempenho sem fazer uso de um único
nivelador. A avaliação deve ser feita em relação ao avanço do próprio estudante sem usar
critérios comparativos. O princípio de inclusão, parte dos direitos de todos à Educação,
independentemente das diferenças e necessidades individuais e inspirada nos princípios da
Declaração de Salamanca (Unesco, 1994), está presente na Política Nacional de Educação
Especial na Perspectiva de Educação Inclusiva, de 2008. Todos devem saber o que diz a
Constituição, mas, principalmente, conhecer o Plano Nacional de Educação (PNE), que
estabelece a obrigatoriedade de pessoas com deficiência e com qualquer necessidade especial
de frequentar ambientes educacionais inclusivos. A Lei nº 7.853 estipula a obrigatoriedade
de todas as escolas em aceitar matrículas de estudantes com necessidades especiais e
transforma em crime a recusa a esse direito. Aprovada em 1989 e regulamentada em 1999, a
lei é clara: todas as crianças têm o mesmo direito à educação. Nesse contexto, o professor
precisa realizar uma adaptação curricular para atender à diversidade em sala de aula.
Para saber mais:
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva
da Educação Inclusiva. Portal.mec. Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=16690-
politica-nacional-de-educacao-especial-na-perspectiva-da-educacao-inclusiva-
05122014&Itemid=30192. Acesso em: 23 out. 2019.
LEI Nº 7.853, DE 24 DE OUTUBRO DE 1989. Planalto. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l7853.htm. Acesso em: 03 jun.2020.
BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Planalto. Disponível em: http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9394.htm. Acesso em: 23 out. 2019.
Deficiência auditiva
Estudantes com deficiência auditiva podem ter lacunas na aprendizagem pela
ausência de informações. Certamente, possuem conhecimentos prévios, são capazes e têm
condições de prosseguir aprendendo, se forem informados e estimulados de forma
sistemática, levando em conta sua diversidade linguística e possibilidades de comunicação.
Ao dar explicações ou dirigir-se aos estudantes, verifique se estão olhando para você.
A maioria se comunica em Libras e pode haver aqueles que fazem uso de aparelhos de
ampliação sonora e leitura labial. Durante a apresentação das atividades, caso não haja um
intérprete, você pode explicar para a classe toda utilizando desenhos na lousa para a
apropriação dos objetos de conhecimentos. Convide um estudante para demonstrar o que
deve ser feito, fale olhando de frente sempre que possível. Nas atividades de apreciação
teatral, incentive os estudantes a colocarem as mãos sobre a caixa de som para sentir as
vibrações da sonoplastia. Um intérprete pode traduzir a fala dos atores , pois faz parte da
escolarização a ampliação de tempos, disponibilização de comunicação adequada, adequação
curricular, acesso às novas tecnologias de informação e comunicação e diferentes formas de
avaliação.
Para saber mais:
Processo de compreensão e reflexão sobre a iniciação teatral de surdos. Repositorio.unb.
Disponível em:
https://repositorio.unb.br/bitstream/10482/15606/1/2014_CileneRodriguesCarneiroFreit
as.pdf. Acesso em: 30 jan. 2020.
Alunos surdos cantam, dançam e interpretam na aula de Arte. Nova escola. Disponível em:
https://novaescola.org.br/conteudo/1370/alunos-surdos-cantam-dancam-e-interpretam-
na-aula-de-arte. Acesso em: 30 jan. 2020.
Teatro e deficiência: em busca de uma metodologia inclusiva. Senac. Disponível em:
http://www.pe.senac.br/congresso/anais/2015/arquivos/pdf/poster/TEATRO%20E%2
0DEFICI%C3%8ANCIA%20em%20busca%20de%20uma%20metodologia%20inclusiva.
pdf. Acesso em: 30 jan. 2020.
Deficiência visual
Enxergando ou não, todo estudante precisa desenvolver habilidades cênicas. É
importante para o planejamento das aulas e a adaptação curricular das atividades, buscar em
literatura especializada informações sobre a multiplicidade de aspectos relacionados às causas
da cegueira, o grau de acuidade visual, a idade de incidência da perda visual, as experiências
educacionais vivenciadas, as características pessoais e familiares. Existe um código universal
de gestos convencionais característico dos videntes, entretanto o estudante cego, por sua vez,
não é capaz de se utilizar destes códigos para sua comunicação durante o trabalho com a
linguagem teatral, mas pode criar, se utilizar de um vocabulário próprio - auditivo tátil ,
desenvolvido a partir da semiótica teatral: gesto, expressão facial, movimentação corporal,
voz, etc.
Para saber mais:
Teatro Cego. Caleidocultura. Disponível em: http://caleidocultura.com.br/teatro-cego/.
Acesso em: 31 jan.2020.
Teatro-Educação: uma Experiência com Jovens Cegos. Deficienciavisual. Disponível em:
http://www.deficienciavisual.pt/txt-teatro-educacao_jovens_cegos.htm. Acesso em: 31
jan.2020.
Deficiência intelectual
O Componente Curricular Arte, por meio das suas diferentes linguagens, torna
possível a manifestação de sentimentos e pensamentos colaborando com o desenvolvimento
da comunicação, transformando e enriquecendo as vivências teatrais, mediante
experimentações significativas. Estimular as relações cognitivas, emocionais e lógicas são
importantes e necessárias para o desenvolvimento global. Nem todos os estudantes poderão
formular os registros de maneira autônoma. Nesses casos, o professor pode ser o escriba,
ou propor outras formas como desenhos ou imagens recortadas. Essa adaptação curricular
garante a participação efetiva do estudante nas atividades.
Para saber mais:
Atividades. Institutotitard. Disponível em: - https://institutoitard.com.br/como-trabalhar-
com-alunos-com-deficiencia-intelectual/. Acesso em: 23 out. 2019.
Como Trabalhar com Alunos com Deficiência Intelectual – Dicas Incríveis para Adaptar
Arte e Deficiência Intelectual: caminhos, possibilidades. Diaadiaeducacao. Disponível em:
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pde/2
016/2016_artigo_edespecial_uem_vilmasayurimarubayashi.pdf. Acesso em: 31 jan. 2020.
Avaliação e recuperação
A avaliação e recuperação proposta, neste material, é diagnóstica, iniciando com a
ação do professor ao investigar o que os estudantes conhecem ou não conhecem acerca dos
objetos de conhecimento que serão abordados e processual, em todos os momentos de
prática pedagógica, nos quais podemos incluir diferentes maneiras de acompanhar, avaliar e
recuperar as aprendizagens. Nesta concepção de avaliação e recuperação em Arte, é
importante adotar a postura de não estabelecer critérios de comparação, oferecer
possibilidades para que os estudantes alcancem os objetivos esperados e estar atento às
dificuldades expostas na realização das atividades e propor soluções.
O fator socioemocional, presente em todos os momentos de aprendizagem em
agrupamentos produtivos, tem em vista a formação integral do estudante. É importante frisar
que o tempo necessário para o desenvolvimento das habilidades, por meio de situações de
aprendizagem, pode variar entre uma turma e outra, mesmo que da mesma etapa.
Recomendamos a prática diária do registro, em um portfólio, como importante
ferramenta para: a. acompanhar os avanços e dificuldades no desenvolvimento de habilidades
e apropriação dos conhecimentos; b. observação dos processos criativos, da relação com os
colegas, da participação, do empenho, do respeito pela produção individual, coletiva e
colaborativa e da autoconfiança; c. valorização das diferentes expressões artísticas e d.
reconhecimento de que todos os obstáculos e desacertos podem ser superados. Ele é uma
ferramenta importante para retomada das aulas anteriores, recuperando e avaliando a turma,
proporcionando aos estudantes com dificuldades, deficiência ou até mesmo faltosos, a
oportunidade de construir e ampliar sua própria aprendizagem em colaboração com toda a
turma e a mediação do professor, além de propiciar aos estudantes com altas habilidades ou
superdotação, a participação na aprendizagem dos demais colegas.
Nessa prática, você poderá registrar as considerações e suposições inteligentes dos
estudantes, que ocorrerão durante as rodas de conversas iniciais ou fechamento das aulas,
considerando, alinhando e direcionando, o desenvolvimento produtivo das atividades.
Dessa forma, o resultado das avaliações oferecerá os elementos necessários para
analisar seu planejamento, replanejar, se necessário, e para o acompanhamento individual e
elaboração de propostas de recuperação das aprendizagens durante todo o ano letivo.
Antes de iniciar as situações de aprendizagem, apresentamos o Organizador
Curricular.
No quadro, estão dispostas todas as habilidades, que expressam as aprendizagens
essenciais que devem ser asseguradas aos estudantes, nesta etapa. Para tanto, são descritas de
acordo com uma determinada estrutura, conforme o exemplo a seguir:
Código Alfanumérico: EF08AR24 – semelhante à numeração apresentada na BNCC.
EF = Ensino Fundamental - 08 = 8º ano - AR = Arte - 24 = número da habilidade.
Habilidade (EF08AR24): Reconhecer e apreciar artistas, grupos, coletivos cênicos e
manifestações cênicas de matriz indígena, africana e afro-brasileira de diferentes épocas,
investigando os modos de criação, produção, divulgação, circulação e organização da atuação
profissional.
Verbos - explicitam os processos cognitivos envolvidos na habilidade: Reconhecer e
apreciar, investigar.
Objetos de conhecimento - mobilizados na habilidade: artistas, grupos e coletivos cênicos
de teatro de animação paulistas, brasileiros e estrangeiros de diferentes épocas.
Modificadores dos objetos de conhecimento: explicitam o contexto e/ou uma maior
especificação da aprendizagem esperada: os modos de criação, produção, divulgação,
circulação e organização da atuação profissional.
Em outras habilidades, também, existem modificadores de verbos, por exemplo,
“experimentar” e “utilizando”.
Condições didáticas e indicações para o desenvolvimento das atividades:
Demonstram as ações necessárias para alcançar o desenvolvimento das habilidades,
articuladas aos tipos de conteúdo (Conceitual, Atitudinal, Procedimental e Factual).
Observar se o estudante: Indicações que auxiliarão nos processos de avaliação e recuperação.
Habilidades integradoras: São habilidades que propõem conexões entre duas ou mais
linguagens artísticas, para ampliação das possibilidades criativas, de compreensão de
processos de criação e fomento da interdisciplinaridade.
Organizador Curricular
Habilidades
Condições didáticas
e indicações para o
desenvolvimento
das atividades
Observar se o estudante
(EF09AR24) Reconhecer e
apreciar artistas, grupos,
coletivos e manifestações cênicas
do teatro contemporâneo
paulistas, brasileiros e
estrangeiros, investigando os
modos coletivos e colaborativos
de criação, produção, divulgação,
circulação e organização da
atuação profissional em teatro.
Propiciar momentos
de observação e
apreciação
Propiciar momentos
de investigação e
análise
Reconhece e aprecia artistas,
grupos,
coletivos e manifestações
cênicas do teatro
contemporâneo paulistas,
brasileiros e estrangeiros;
Investiga os modos
coletivos e colaborativos de
criação, produção,
divulgação, circulação e
organização da atuação
profissional em teatro.
(EF09AR25) Investigar,
identificar e analisar o drama
como gênero teatral e a relação
entre as linguagens
teatral e cinematográfica e as
tecnologias digitais em
Propor atividades de
investigação e
pesquisa
Investiga, identifica e
analisa o drama como
gênero teatral e a relação
entre as linguagens teatral e
cinematográfica e as
tecnologias digitais;
diferentes tempos e espaços,
inclusive no contexto paulista e
brasileiro, aprimorando a
capacidade de apreciação estética
teatral.
Aprimorou a capacidade de
apreciação estética teatral.
(EF09AR26) Explorar diferentes
elementos envolvidos na
composição dos acontecimentos
cênicos do drama, do teatro
contemporâneo e do cinema
(figurinos, adereços,
maquiagem/visagismo, cenário,
iluminação e
sonoplastia, incluindo o recurso a
tecnologias digitais) e reconhecer
seus vocabulários.
Propiciar momentos
de exploração e
vivência de um
Projeto Cênico.
Explora diferentes
elementos envolvidos na
composição dos
acontecimentos cênicos do
drama, do teatro
contemporâneo e do
cinema;
Faz uso de figurinos,
adereços,
maquiagem/visagismo,
cenário, iluminação e
sonoplastia, incluindo o
recurso a tecnologias
digitais;
Reconhece seus
vocabulários.
(EF09AR27) Pesquisar e criar
formas de dramaturgias
e espaços cênicos para o
acontecimento teatral, em
diálogo com o teatro
contemporâneo.
Propiciar momentos
de apreciação de
imagens e vídeos
Desenvolver
processos criativos
Pesquisa e cria formas de
dramaturgias e espaços
cênicos para o
acontecimento teatral em
diálogo com o teatro
contemporâneo.
(EF09AR28) Experimentar
diferentes funções teatrais
Experimentar e
vivenciar diferentes
Experimenta diferentes
funções teatrais
(ator, figurinista, aderecista,
maquiador/visagista,
cenógrafo, iluminador, sonoplasta,
produtor, diretor e assessor de
imprensa etc.) em processos de
trabalho
artísticos coletivos e
colaborativos, e discutir os limites
e desafios desse processo de
trabalho.
funções teatrais em
processos de criação
Vivenciar processos
de trabalho artísticos
coletivos e
colaborativos
(ator, figurinista, aderecista,
maquiador/visagista,
cenógrafo, iluminador,
sonoplasta, produtor,
diretor e assessor de
imprensa etc.);
Percebeu os limites e
desafios dos processos de
trabalho artísticos coletivos
e colaborativos.
(EF09AR29) Experimentar, de
maneira imaginativa na
improvisação teatral e no jogo
cênico, a gestualidade
e as construções corporais e vocais
de personagens
do drama.
Experimentar e
investigar
improvisação teatral e
no jogo cênico e
gestualidade
Experimenta, de maneira
imaginativa na
improvisação teatral e no
jogo cênico, a gestualidade
e as construções corporais e
vocais de personagens
do drama.
(EF09AR30) Compor cenas,
performances, esquetes
e improvisações que
problematizem fatos, notícias,
temáticas e situações atuais,
explorando o drama como gênero
teatral, a relação entre as
linguagens teatral e
cinematográfica e as tecnologias
digitais,
caracterizando personagens (com
figurinos, adereços e
Vivenciar processos
de criação de cenas,
performances,
esquetes
e improvisações
Vivenciar processos
de criação de
caracterização de
personagens (com
figurinos, adereços e
maquiagem)
Compõe cenas,
performances, esquetes
e improvisações que
problematizem fatos,
notícias, temáticas e
situações atuais, explorando
o drama como gênero
teatral, a relação entre as
linguagens teatral e
cinematográfica e as
tecnologias digitais,
caracterizando personagens
(com figurinos, adereços e
maquiagem), cenário, iluminação
e sonoplastia e considerando a
relação com o espectador.
maquiagem), cenário,
iluminação e sonoplastia e
considerando a relação com
o espectador.
Habilidade
Articuladora
Condições didáticas
e indicações para o
desenvolvimento
das atividades
Observar se o estudante
(EF69AR35) Identificar e
manipular diferentes tecnologias e
recursos digitais para acessar,
apreciar,
produzir, registrar e compartilhar
práticas e repertórios
artísticos, de modo reflexivo, ético
e responsável.
Identifica e manipula
diferentes tecnologias e
recursos digitais para
acessar, apreciar,
produzir, registrar e
compartilhar práticas e
repertórios
artísticos, de modo
reflexivo, ético e
responsável.
Situação de Aprendizagem I
Habilidade (EF09AR24): Reconhecer e apreciar artistas, grupos, coletivos e manifestações
cênicas do teatro contemporâneo paulistas, brasileiros e estrangeiros, investigando os modos
coletivos e colaborativos de criação, produção, divulgação, circulação e organização da
atuação profissional em teatro.
Objetos de conhecimento: Contextos e práticas
● artistas, grupos, coletivos e manifestações cênicas do teatro contemporâneo paulista,
brasileiros e estrangeiros
● Processos coletivos e colaborativos de criação, produção, divulgação, circulação e
organização da atuação profissional em teatro
Habilidade (EF09AR27): Pesquisar e criar formas de dramaturgias e espaços cênicos para
o acontecimento teatral, em diálogo com o teatro contemporâneo.
Objetos de conhecimento: Processos de criação
● formas de dramaturgias
● espaços cênicos
● teatro contemporâneo
Professor, nesta situação de aprendizagem, estão previstas cinco atividades. Nelas,
você vai conversar com os estudantes para sondar os conhecimentos prévios, colocá-los em
contato com formas de dramaturgias e espaços cênicos, artistas, grupos, coletivos e
manifestações cênicas do teatro contemporâneo paulistas, brasileiros e estrangeiros,
investigando os modos coletivos e colaborativos de criação, produção, divulgação, circulação
e organização da atuação profissional em teatro. É importante que você faça registros durante
o desenvolvimento das atividades, para facilitar os momentos de avaliação e recuperação.
Para ampliação de seu repertório, foram elencados alguns conceitos importantes.
Drama - É uma palavra que vem do grego e significa ação. No contexto teatral, é uma
história com enredo, personagens principais e secundários, geralmente contempla uma
introdução, um certo conflito, um clímax e um final. Escrita pelo dramaturgo com o objetivo
específico para uma representação, quer ela seja uma comédia, uma tragédia, um melodrama,
uma farsa etc. Em um texto teatral, uma história é contada como uma narrativa.
Dramaturgia Cinematográfica – É toda uma produção voltada ao desenvolvimento de um
roteiro, respeitando as contribuições criativas da equipe de trabalho no que diz respeito à
estruturação dramática, ao desenvolvimento das personagens, às argumentações, diálogos
etc., que vão fomentar toda a complexidade da obra cinematográfica.
Dramaturgia Teatral – É a arte teatral de representar uma história num palco (convencional
– tradicional ou não convencional) e o profissional, que protagoniza essa forma de criação,
é o dramaturgo, ou seja, a pessoa que faz dramas.
Dramaturgia Televisiva – É a dramaturgia aplicada, especificamente, ao programa
televisivo: telenovelas, seriados, programas audiovisuais e outros com função e destaque ao
entretenimento.
Espaço Cênico - é o espaço onde a encenação teatral se concretiza. Nele, deverão estar
presentes todos os itens necessários para o desenvolvimento do trabalho dos atores e do
espetáculo, a boca de cena, o proscênio, as coxias, o palco etc. Dois elementos são,
absolutamente, indispensáveis à existência do teatro: ator e público. O espetáculo é uma
decorrência natural do encontro de ambos no mesmo espaço, que pode ser um canto de
praça, um auditório de escola, um salão de clube ou, até mesmo, um palco especialmente
construído e dotado de recursos técnicos apropriados à encenação. Curioso observar, na
história do teatro, que o espaço cênico foi sofrendo modificações à medida que foi
absorvendo as contingências sociais de cada época, as novas conquistas da técnica etc.
Teatro Contemporâneo – Este é o teatro realizado hoje em todo o mundo. Teve seu início
no século XIX, em conformidade com os fundamentos estéticos da época, e se expandiu no
século XX com inovações nas concepções, experimentações, tanto nas teorias como nas
práticas teatrais e utilizações de recursos tecnológicos e ferramentas digitais.
Para saber mais:
Espaço Cênico. Andreteatro. Disponível em:
http://andreteatro.blogspot.com/2011/06/espaco-cenico.html. Acesso em: 06/ fev. /2020.
Teatro em espaço cênico não convencional. Foradopalco. Disponível em:
https://foradopalco.wordpress.com/espaco-cenico/ Acesso em: 06/ fev. /2020.
Atividade 1 – Sondagem
Inicie a atividade conversando com os estudantes sobre os conceitos de dramaturgia
na arte contemporânea (teatral, televisiva e cinematográfica). Em seguida, realize alguns
questionamentos para perceber o que eles trazem de conhecimento sobre grupos teatrais e
espaços cênicos. Após a conversa, solicite que respondam, no caderno, às questões a seguir:
1.Sabe o que significa espaço cênico? Já assistiu teatro de rua? Comente sua experiência.
2.Conhece algum artista ou grupo de teatro contemporâneo? Existe no seu bairro, cidade ou
região artistas ou grupo de teatro contemporâneo?
3.Costuma assistir a espetáculos de teatro? Onde? Na internet, na tv, ao vivo?
4.Existe no seu bairro, cidade ou região locais próprios para apresentações teatrais?
5.Escreva o que você acha que seria dramaturgia - teatral, dramaturgia televisiva e/ou
dramaturgia cinematográfica.
6.Costuma consultar programação teatral? Onde? Internet, cartazes espalhados pela cidade,
diretamente nos centros culturais e teatros etc.?
7.Já participou da criação e produção de espetáculos teatrais? Onde? Igreja, escola, centros
culturais, projetos sociais etc.?
Atividade 2 – Apreciação
Para atender toda a habilidade e facilitar a compreensão do estudante quanto aos
objetos de conhecimento apresentados, a atividade de apreciação está dividida em três
momentos. Solicite aos estudantes que observem, atentamente, as imagens e vídeos
indicados, aproveitando para falar sobre as formas de dramaturgias, espaços cênicos e as
mudanças que aconteceram ao longo da história do teatro.
Momento 1 - Espaços cênicos
Figura 1
Figura 2
Figura 3
Figura 1. Palco de Teatro grego - Fonte: Disponível em: https://pixabay.com/pt/photos/teatro-grego-
gr%C3%A9cia-antiguidade-2144095/. Acesso em: 06 fev. 2020.
Figura 2 Sala contemporânea de cinema – Fonte: Disponível em: https://pixabay.com/pt/photos/cinema-hall-
filme-amantes-de-cinema-2502213/. Acesso em: 06 fev. 2020.
Figura 3. Espaço de Teatro Fonte: Disponível em: https://pixabay.com/pt/photos/est%C3%A1gio-cortina-
teatro-%C3%B3pera-1248769/. Acesso em: 06 fev. 2020.
Para ampliação do repertório pessoal e cultural dos estudantes apresente o vídeo
indicado.
A Evolução do espaço Cênico. Youtube. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=-S4qjTIA95s. Acesso em: 06 fev. 2020.
Momento 2 - Formas de dramaturgias - Teatral, cinematográfica e televisiva
Figura 1
Figura 2
Figura 3
Forma de dramaturgia teatral – Fonte: Disponível em: https://pixabay.com/pt/photos/pessoas-teatro-
mon%C3%B3logo-430559/. Acesso em: 06 fev. 2020.
Forma de dramaturgia cinematográfica – Fonte: Disponível em:
https://pixabay.com/pt/photos/crian%C3%A7as-tv-crian%C3%A7a-televis%C3%A3o-home-403582/.
Acesso em: 06 fev. 2020.
Forma de dramaturgia televisiva – Fonte: Disponível em: https://pixabay.com/pt/photos/john-wayne-
ca%C3%A7a-de-marsha-americana-516144/. Acesso em: 06 fev. 2020.
Momento 3 – Grupos de teatro, artistas, grupos, coletivos e manifestações cênicas do
teatro contemporâneo paulistas, brasileiros e estrangeiros
Oriente os estudantes a observar, atentamente, os vídeos e, no final, proponha uma
roda de conversa para discutir sobre os grupos de teatro, artistas, grupos, coletivos e
manifestações cênicas do teatro contemporâneo paulistas, brasileiros e estrangeiros.
Finalizada a atividade, solicite que os estudantes registrem, no caderno, impressões, ideias e
considerações apresentadas na discussão.
Links:
Esperando Godot - Grupo Garagem 21 - teaser longo. Youtube. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=tYI9W0J9EY0. Acesso em: 06 fev. 2020”.
Grupo Teatrama - Um Ensaio Para a Vida – Documentário. Youtube. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?time_continue=5&v=0lRxu26CF5c&feature=emb_title.
Acesso em: 06 fev. 2020.
Suspend's. Youtube. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=M_B9ud6sVcg&feature=emb_title. Acesso em: 06
fev. 2020.
Édredon / création petite enfance. Youtube. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=1aKY_wh6YOc&feature=emb_title. Acesso em: 06
fev. 2020.
Para saber mais:
Enciclopédia escolar virtual Britannica Escola, curadoria da Capes. Verbetes sobre teatro.
Escola.britannica. Disponível em:
https://escola.britannica.com.br/pesquisa/artigos/teatro. Acesso em 25jun. 2020.
Dramaturgia. Infoescola. Disponível em:
https://www.infoescola.com/artes/dramaturgia/. Acesso em: 06 fev.2020.
Dramaturgia - História. Portalsaofrancisco. Disponível em:
https://www.portalsaofrancisco.com.br/historia-geral/dramaturgia-historia. Acesso em: 06
fev. 2020.
Teatro Contemporâneo. Infoescola. Disponível em:
https://www.infoescola.com/teatro/teatro-contemporaneo/. Acesso em: 06 fev. 2020.
Tendências contemporâneas do teatro brasileiro. Scielo.
Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-
40141996000300012. Acesso em: 06 fev. 2020.
A Cena Teatral Contemporânea. Youtube. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=QsGQxPMTTqA. Acesso em: 06 fev. 2020.
Teatro brasileiro Contemporâneo. Primeiro teatro. Disponível em:
https://primeiroteatro.blogspot.com/. Acesso em: 06 fev. 2020.
Grupos Teatrais no Brasil Contemporâneo. Macunaima. Disponível em:
https://www.macunaima.com.br/cadernos/caderno_07/caderno_07_dossie13.pdf. Acesso
em: 06 fev. 2020.
Grupos Teatrais no Brasil Contemporâneo. Unesp. Disponível em:
https://www.ia.unesp.br/Home/teatrosemcortinas/grupos-teatrais-no-brasil-
contemporaneo.pdf. Acesso em: 06 fev. 2020.
Grupos de Teatro no Brasil: realidade e diversidade. Galpaocinehorto. Disponível em:
http://galpaocinehorto.com.br/wp-content/uploads/2013/09/subtexto4.pdf.
Acesso em 14 jan. 2020.
Teatro Contemporâneo. Infoescola. Disponível em:
https://www.infoescola.com/teatro/teatro-contemporaneo/. Acesso em 14 jan.2020.
Enciclopédia Itaú Cultural. Enciclopedia.itaucultural. Disponível em:
https://enciclopedia.itaucultural.org.br/busca?q=Teatro+de+Grupo&categoria=teatro&p
=1. Acesso em 14 jan.2020.
Telecurso – Ensino Médio – Teatro – Aula 01. Youtube. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=ADExGcg3etw. Acesso em: 06 fev. 2020.
Atividade 3 – Ação Expressiva I
Divida a turma em três grupos, distribuindo uma temática para cada um, solicitando
uma pesquisa, a partir de um roteiro, em livros, revistas, jornais, internet etc. de textos e
imagens de artistas, grupos, coletivos e manifestações cênicas do teatro contemporâneo
paulista, brasileiros e estrangeiros com foco em como acontece o processo de criação,
produção, divulgação, circulação e organização da atuação profissional em teatro. Finalizada
a pesquisa, é o momento da socialização das informações pesquisadas. Oriente os estudantes
a realizar a socialização do material pesquisado por meio da confecção e exposição de
cartazes ou painéis, criação e exibição de power point, apresentação de seminário etc.
Grupo 1. Grupos de teatro paulista: Grupo Garagem 21, Grupo de Teatro Mambembe
etc.
Grupo 2. Grupos de teatro brasileiro: Grupo Gira Mundo, Grupo Galpão etc.
Grupo 3. Grupos de teatro estrangeiro: Grupo argentino Fuerza Bruta, Grupo argentino
Timbre 4 etc.
Roteiro de Pesquisa
1. Buscar por informações de como acontece o processo de criação e produção artística
(concepção da peça, criação coletiva e/ou colaborativa, seleção/criação de roteiro,
fontes de inspiração etc.).
2. Elencar quantos e quem são os integrantes das companhias, e funções exercidas;
3. Indicar as páginas em Sites e/ou Redes sociais, onde as Companhias de Teatro fazem
divulgação e circulação do trabalho artístico.
4. Identificar qual a localização desses Grupos de Teatro (cidade, Estado, Pais).
Atividade 4 – Ação Expressiva II
Aproveite a divisão dos grupos da atividade anterior e solicite aos estudantes que
criem uma cena com uma temática livre, embasados em conceitos contemporâneos de teatro
utilizando uma forma de dramaturgia diferente para apresentar a produção. É importante
que os grupos utilizem processos coletivos e/ou colaborativos para criar, produzir e divulgar
o trabalho. Seguem abaixo, os conceitos que deverão ser trabalhados:
Os processos coletivos e/ou colaborativos: visam à amplitude do desenvolvimento
técnico e artístico dos envolvidos, nos quais todos os agentes do processo, do cinotécnico
ao ator, são responsáveis pela criação e execução das cenas, contribuem e participam de
forma subjetiva durante toda a criação da obra, de maneira que, no produto final, se
possam reconhecer traços da identidade artística e pessoal de cada um. Não existe uma
hierarquia rígida.
Grupo 1. Dramaturgia - Teatral
O Drama é uma palavra que vem do grego e significa ação. No contexto teatral, é uma
história com enredo geralmente que contempla uma introdução, um clímax e um final.
Escrita pelo dramaturgo com o objetivo específico para uma representação, quer ela seja uma
comédia, uma tragédia, um melodrama, uma farsa etc.
Grupo 2. Dramaturgia - Televisiva
É a dramaturgia aplicada especificamente ao programa televisivo: telenovelas, seriados,
programas audiovisuais e outros com função e destaque ao entretenimento.
Grupo 3. Dramaturgia – Cinematográfica
É toda uma produção voltada ao desenvolvimento de um roteiro, respeitando as
contribuições criativas da equipe de trabalho no que diz respeito à estruturação dramática,
ao desenvolvimento das personagens, às argumentações, diálogos etc., que vão fomentar
toda a complexidade da obra cinematográfica.
Atividade 5 – Ação Expressiva III
Os primeiros teatros foram construídos pelos gregos ao ar livre, sendo que os assentos eram
dispostos numa colina inclinada e o palco era apenas um relvado. Os teatros gregos não
começaram com atores, mas, sim, com números de canto e dança em honra aos deuses.
Divida a turma em quatro grupos, oriente a confecção de uma maquete de espaços cênicos
utilizando materiais recicláveis e/ ou alternativos (papel, papelão, plástico, embalagens, lã,
retalhos de tecido, barbante, recortes de madeira, caixas de sapato, tnt, cola, fita adesiva,
caixas de embalagens etc.). Antes de distribuir uma temática para cada grupo, fale sobre o
conceito de espaço cênico convencional e não convencional.
Espaço cênico - é o espaço onde a encenação teatral se concretiza. Nele, deverão estar
presentes todos os itens necessários para desenvolvimento do espetáculo.
O Espaço cênico convencional é composto por:
Plateia – local onde o público assiste à representação
Palco – Local onde se representa
Áreas de serviço - locais onde existem oficinas, por exemplo para construção de cenários,
coxia etc.
O Espaço cênico não convencional é composto por:
Ator, Plateia e Cena ocupando o mesmo espaço com momentos de interação ou não.
Grupo1. Teatro de arena: Ele tem uma forma geralmente circular, onde a plateia se localiza
em arquibancadas que ficam ao redor do palco.
Grupo 2. Teatro Semi - arena: Ele tem uma forma de semicírculo e a plateia se organiza
em arquibancadas também em forma de semicírculo.
Grupo3. Teatro Elisabetano ou Isabelino: Ele tem o que chamamos de palco misto, que
é um espaço tradicionalmente retangular, associado à William Shakespeare. Nele, a plateia se
posiciona à frente e dos lados esquerdo e direito do palco.
Grupo4. Teatro italiano: Ele tem o palco de frente para a plateia, e se divide dela pelo fosso
da orquestra. Os assentos na plateia são geralmente individuais. A coxia fica fora de cena.
Grupo 5. Teatro de Rua: O local é determinado pelo grupo de atores dentro do espaço
urbano. A plateia se posiciona ao redor dos atores. Utiliza de cenários e adereços de fácil
locomoção por conta da localização.
Avaliação e recuperação
A avaliação e a recuperação serão realizadas continuamente, durante todo o processo
por meio do registro em seu portfólio. No decorrer das atividades, verifique se os estudantes
foram capazes reconhecer e apreciar artistas, grupos, coletivos e manifestações cênicas do
teatro contemporâneo paulistas, brasileiros e estrangeiros, investigando os modos coletivos
e colaborativos de criação, produção, divulgação, circulação e organização da atuação
profissional em teatro. Além disso, observe se conseguiram pesquisar e criar formas de
dramaturgias e espaços cênicos para o acontecimento teatral, em diálogo com o teatro
contemporâneo. Organize uma roda e converse com os estudantes acerca dos objetos do
conhecimento trabalhados durante as atividades.
Situação de Aprendizagem II
Habilidade (EF09AR29): Experimentar, de maneira imaginativa na improvisação teatral e
no jogo cênico, a gestualidade e as construções corporais e vocais de personagens do drama.
Objetos de Conhecimento: Processos de criação
● improvisação teatral
● jogo cênico
● gestualidade e as construções corporais e vocais
● personagens do drama
Habilidade (EF09AR28): Experimentar diferentes funções teatrais (ator, figurinista,
aderecista, maquiador/visagista, cenógrafo, iluminador, sonoplasta, produtor, diretor e
assessor de imprensa etc.) em processos de trabalho artístico coletivos e colaborativos, e
discutir os limites e desafios desse processo de trabalho.
Objetos de Conhecimento: Processos de criação
● funções teatrais (ator, figurinista, aderecista, maquiador/visagista, cenógrafo,
iluminador, sonoplasta, produtor, diretor e assessor de imprensa etc.)
● processos de trabalho artístico coletivos e/ou colaborativos
Professor, nesta situação de aprendizagem, estão previstas cinco atividades. Nelas,
você vai conversar com os estudantes para averiguar os conhecimentos prévios, colocá-los
em contato com diferentes funções teatrais (ator, figurinista, aderecista, maquiador/visagista,
cenógrafo, iluminador, sonoplasta, produtor, diretor e assessor de imprensa etc.) em
processos de trabalho artístico coletivos e colaborativos e discutir os limites e desafios desse
processo de trabalho. Também deverá propiciar momentos de experimentação imaginativa
de improvisação teatral, no jogo cênico, na gestualidade e nas construções corporais e vocais
de personagens do drama. É importante que você realize registros durante o
desenvolvimento das atividades, para colaborar com os momentos de avaliação e
recuperação. Para ampliação de seu repertório, foram elencados alguns conceitos
importantes para o desenvolvimento das atividades.
Corporeidade – É a maneira como o corpo age e faz, como ele intervém no espaço e no
tempo.
Drama - É uma palavra que vem do grego e significa ação. No contexto teatral, é uma
história com enredo, personagens principais e secundários e que geralmente contempla uma
introdução, um certo conflito, um clímax e um final. Escrita pelo dramaturgo com o objetivo
específico para uma representação, quer ela seja uma comédia, uma tragédia, um melodrama,
uma farsa etc. Em um texto teatral, uma história é contada como uma narrativa.
Gesto – Em cena, define-se como a atitude que a personagem assume em relação às outras
considerando todos os aspectos sociais delas: entonação, movimentos, expressão
fisionômica.
Improvisação – É usada, no teatro, como ferramenta na composição de cenas e/ou nas
apresentações teatrais. Com ela, os atores experienciam os conceitos de criatividade,
expressão corporal, expressão verbal, espaço, tempo, energia e movimento sem inibição,
possibilitando a criação de textos exclusivos e inovadores com fluência, uso do espaço,
dinâmica e ritmos imprevisíveis, provenientes de seu próprio vocabulário.
Processos de criação coletiva – No teatro, a criação coletiva surge com os grupos teatrais
que, nas décadas de 1960 e 1970, associam todos os elementos da encenação, inclusive o
texto, em um mesmo processo de autoria com base na experimentação em sala de ensaio.
Atividade 1 – Sondagem
Converse com os estudantes sobre improvisação teatral, jogo cênico, gestualidade,
construção corporal e vocal de personagens do drama, processos de criação coletivos e/ou
colaborativos e profissionais que atuam na criação, montagem e apresentação de um
espetáculo teatral. Aproveite para falar que as profissões ligadas ao teatro são divididas em
quatro funções: técnicas, artísticas, de comunicação e imagem e administrativas e que as
poéticas, em processos de criação teatral coletiva e/ou colaborativa, acontecem por meio de
processo de criação coletiva, pesquisa de linguagem; escolha de temáticas cotidianas;
produções cooperativadas; abolição de hierarquia ou divisão rígida do trabalho. Finalizada a
conversa, solicite que respondam, no caderno, às questões indicadas a seguir:
1. Já participou de alguma experimentação teatral de improvisação, jogo cênico, construção
corporal e vocal de personagens do drama? Conte um pouco desta experiência.
2. Se já participou, onde foi? Na escola? Projetos sociais? Igreja? Centro Cultural?
3. Cite quais as profissões ligadas ao teatro você conhece que tem funções técnicas, artísticas,
de comunicação e imagem e administrativas.
4. Quais as principais atividades que um ator, um figurinista, um aderecista, um
maquiador/visagista, um cenógrafo, um iluminador, um sonoplasta, um produtor, diretor e
um assessor de imprensa exercem em uma produção teatral?
5. Já participou alguma vez da produção de um espetáculo teatral na escola ou em outro
local? Como foi esta experiência? Qual ou quais funções exerceu?
Para saber mais:
Jogos Teatrais - O fichário de Viola Spolin. SlideShare. Disponível em:
https://pt.slideshare.net/PIBID_Teatro2014/spolin-jogos-teatraisofichriodeviolaspolin-1.
Acesso em: 15 jan. 2020.
De Jogo em jogo se aprende a Teatrar. Diaadiaeducacao. Disponível em:
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/2434-6.pdf. Acesso em: 15
jan. 2020.
Drama. Infoescola. Disponível em: https://www.infoescola.com/artes/drama/. Acesso
em 15 jan. 2020.
Gênero Dramático. Todamateria. Disponível em:
https://www.todamateria.com.br/genero-dramatico/ . Acesso em: 15 jan. 2020.
Profissões relacionadas com o Teatro. Renascer-da-arte. Disponível em: http://renascer-
da-arte.blogspot.com/2009/03/profissoes-relacionadas-com-o-teatro.html/. Acesso em: 15
jan. 2020.
Profissões no campo do Teatro. Blogeducartemf. Disponível em:
http://blogeducartemf.blogspot.com/2015/11/campo-do-teatro-essas-profissoes-
estao.html. Acesso em: 15 jan. 2020.
Processo Colaborativo: Relato e Reflexões sobre uma Experiência de Criação. Sesi.
Disponível em:
https://www.sesipr.org.br/nucleodedramaturgia/FreeComponent9545content77392.shtml
Acesso em: 15 jan. 2020.
Atividade 2 – Apreciação
Esta atividade de apreciação será dividida em dois momentos: o primeiro com foco
na improvisação e na gestualidade da cena e o outro momento, nos profissionais que atuam
na criação, montagem e apresentação de um espetáculo teatral. É importante que, ao final da
atividade, você oriente os estudantes a registrar, no caderno, tudo que eles conseguiram
apreciar e observar nos dois momentos.
Momento de Apreciação 1 – Improvisação e gestualidade da cena.
Inicie a atividade propondo aos estudantes uma leitura e apreciação das imagens
selecionadas de cenas de espetáculos que documentam um detalhe, a atuação do corpo
criador, um momento fugaz do espetáculo, pequenos fragmentos de cena, mostrando, talvez,
até o que foi perceptível no momento da apresentação do espetáculo. Durante a apreciação,
converse sobre improvisação teatral, jogo cênico, gestualidade, construções corporais e
vocais de personagens do drama. A conversa com base nessas questões pode revelar o que
os estudantes pensam e o que sabem sobre o trabalho do ator com seu corpo. Talvez eles
ainda não tenham tido a experiência de ser espectadores de teatro, mas utilizem o que
conhecem sobre o trabalho de ator tendo como referência, por exemplo, as atuações na
televisão. Seja como for, o importante é chamar sua atenção para a singularidade do corpo
criador do ator, que constrói o corpo do personagem por meio de ações físicas, ou seja, por
meio de ações do corpo. Explique que para Stanislavski, o ator é “o mestre das ações físicas”
e as ações físicas, o elemento-chefe da expressividade no palco. Stanislavski é quem aponta
a necessidade do trabalho do ator sobre si mesmo e sobre o personagem. A noção de ação
física teve papel central na nova pedagogia teatral, sendo considerada a chave para que a
criação e a emoção surgissem no fazer teatral. Em vez de evocar um estado mental ou
emocional inicial, Stanislavski entendeu o ator deveria acionar a materialidade de seu corpo:
é quando concebe o método das ações físicas. Ou seja, pelas ações do corpo, o ator articula
os demais elementos da representação, movendo o processo de criação teatral. Assim, não é
sem motivo que a palavra “drama” deriva de “ação” e que o ator é visto como aquele que
age, posto que a vida é ação, como também dizia Stanislavski. Finalize este primeiro
momento de apreciação solicitando que respondam no caderno os seguintes
questionamentos:
1. Observando a gestualidade das mãos dos atores e das atrizes , o que os gestos podem
significar?
2. Podemos dizer que o corpo do ator é o suporte físico da criação teatral? Por quê?
3. Há diferença entre o gesto que o corpo criador faz no teatro e o gesto que é feito pelo
corpo no cotidiano? Comente-a.
Figura 1
Figura 2
Figura 3
Figura 4
Imagem 1 – Gestualidade na dança – Fonte: Disponível em: https://pixabay.com/pt/photos/bal%C3%A9-
dan%C3%A7a-bailarina-cena-1376250/. Acesso em: 06 fev. 2020.
Imagem 2 – Gestualidade no teatro – Fonte: Disponível em: https://pixabay.com/pt/photos/criador-teatro-
rainha-georgia-1041597/. Acesso em: 06 fev. 2020.
Imagem 3 – Gestualidade no teatro – Fonte: Disponível em: https://pixabay.com/pt/photos/mulher-jovem-
menina-ador%C3%A1vel-3164822/. Acesso em: 06 fev. 2020.
Imagem 4 – Gestualidade na dança – Fonte: Disponível em: https://pixabay.com/pt/photos/mulher-
mulheres-menina-dan%C3%A7a-bal%C3%A9-1536747/. Acesso em: 06 fev. 2020.
Para saber mais:
Constantin Stanislavski. Infoescola. Disponível em:
https://www.infoescola.com/biografias/constantin-stanislavski/. Acesso em: 15 jan. 2020.
Vida e obra de Constantin Stanislavski. Portaldosatores. Disponível em:
https://portaldosatores.com/2017/01/05/vida-e-obra-constantin-stanislavski/. Acesso
em: 15 jan. 2020.
Momento de Apreciação 2 - Apresente o quadro indicado abaixo e converse sobre as
funções exercidas pelos profissionais do teatro (ator, figurinista, aderecista,
maquiador/visagista, cenógrafo, iluminador, sonoplasta, produtor, diretor, assessor de
imprensa etc.) nos processos de trabalho artístico coletivos e colaborativos na criação,
montagem e apresentação de espetáculos. Aproveite para discutir os limites e desafios desse
processo de trabalho.
Profissões com funções de comunicação e imagem
Assessor de
imprensa
Responsável pelas relações de comunicação com o exterior por
meio da imprensa; trabalha com os jornalistas e com toda a
comunicação social.
Profissões com funções artísticas
Ator Responsável pela interpretação dramática.
Aderecista Responsável pela concepção e execução dos adereços de cena
(por exemplo, coroas, máscaras, bustos, flores etc.), executando
desenhos e/ou projetos que foram solicitados pelo encenador /
cenógrafo.
Coreógrafo Responsável por criar coreografias e movimentações cênicas.
Direção artística Responsável por organizar toda elaboração e execução.
Figurinista Responsável por criar e confeccionar o figurino e adereços .
Roteirista
Dramaturgo
Responsável por pesquisar informações sobre a temática e
escrever o roteiro do espetáculo.
Profissões com funções técnicas
Iluminador Responsável por pensar e criar um mapa de utilização da luz e
operar todo o sistema de iluminação.
Maquiador Profissional responsável por cuidar e realçar o rosto das pessoas,
com o auxílio de produtos cosméticos e o intuito de melhorar a
imagem e a aparência dessas pessoas, para que elas possam se
sobressair numa produção de arte, ou outro evento qualquer.
Visagista Profissional responsável pela harmonização das características
mais marcantes de uma pessoa, em conformidade com sua
personalidade, tipo físico, beleza interior e exterior.
Sonoplasta Profissional que tem por função realizar efeitos sonoros
especiais, criar fundos sonoros, adequar volume e intensidade dos
sons, inserir músicas em cenas, criar e misturar ruídos, sons e
músicas, além de sensibilizar o ouvinte transmitindo mensagens
e mexendo com os sentimentos do outro por meio de
sons/músicas utilizadas.
Profissões com funções administrativas
Produtor Profissional responsável pelas questões administrativas,
financeiras e gerenciais de uma produção artística e que tem
como objetivo, viabilizar toda a estrutura de um espetáculo,
desde a contratação dos atores até da equipe técnica com que vai
trabalhar.
Atividade 3 – Ação Expressiva I
Nesta atividade, o estudante irá vivenciar a materialidade do corpo participando de
jogos de improvisação teatral coletados do Sistema de Viola Spolin, cujas práticas teatrais
movem a experiência entre corpo e ação física. Inicie explicando aos estudantes que mostrar
não é um ato de mímica. Mostrar é manter o foco em tornar física a ação de comer, ouvir,
pegar ou olhar. É a ação física memorizada no corpo que é comunicada, ao contrário de uma
ação subjetiva, que conta uma história sobre a ação de comer, por exemplo.
Divida a turma em quatro grupos e oriente a realização de dois jogos teatrais. Sempre
que um grupo se apresentar, os outros grupos serão a plateia. Após o jogo de cada grupo, a
plateia verifica se os estudantes-jogadores se comunicaram mostrando. A contribuição da
leitura da plateia é dizer se os jogadores mantiveram o foco no jogo ou não. Peça aos
estudantes que anotem, como plateia, suas observações e vivências no Caderno.
Perceba se os estudantes mostram as ações que estão realizando no aqui-agora do
jogo, ou seja, se o corpo faz a ação, em vez de contá-la e se os alunos ficam em ação, em
cena, fazendo, e não pensando no que vão fazer. O corpo, sendo material, é convocado a
fazer a ação, em vez de pensar em como fazer a ação.
Jogo I - O que estou comendo? Cheirando? Ouvindo? Pegando? Olhando?
Divida a sala em dois grupos. Cada um deles entra em acordo, secretamente, sobre
alguma coisa muito simples para comer, cheirar, ouvir, pegar (tato) ou olhar. Então, um
grupo atua como plateia e o outro vai para o palco, revezando depois. Cada estudante-
jogador em cena comunica, à sua maneira, o que está comendo, cheirando, ouvindo, pegando
ou olhando. Não há diálogo entre os jogadores. Eles mostram o que estão fazendo por meio
do corpo, que faz uma ação física.
Jogo II - O que estou empurrando? Com base no verbo “empurrar”, sugerimos propor
diferentes situações de experimentação corporal que envolvam a noção de energia, de
esforço, de graus de força física.
Exploração individual: Empurrar objetos de tamanhos, formas, pesos diferentes (mesa,
cadeira, cesto de lixo, caixa com livros); empurrá-los devagar, fazendo-os deslizar
regularmente, intempestivamente, acelerando, afrouxando, controlando a energia utilizada;
empurrá-los à frente com os dois braços (dobrados, esticados), só com uma mão, com um
ombro, com um joelho, com as costas etc.; empurrá-los em linha reta, em zigue-zague,
seguindo um desenho no chão, subindo um plano inclinado;
Exploração em dupla: Empurrar os objetos juntos, na mesma direção, com o mesmo
ritmo, mudando de ponto de apoio (um em cima, outro embaixo; um à direita, outro à
esquerda), variando e combinando as posições do corpo, os jogos das pernas, dos braços, as
flexões dos joelhos, as torções, os equilíbrios;
Exploração do real ao imaginário (individual ou em dupla): Empurrar uma caixa muito
leve (caixa real, de sapato, por exemplo) como se fosse muito pesada (imaginário); empurrar
uma cadeira (real) como se fosse um cavalo (ou um elefante, uma vaca) que não quisesse
andar (imaginário); empurrar uma mesa (real) como se fosse um carro atolado (imaginário).
Cada uma dessas situações pode ser explorada, também, com os verbos “puxar” e “trazer”.
Ao finalizar os jogos, propicie um momento de interação entre os estudantes para que
possam socializar os registros e suas impressões como jogador e como plateia.
Atividade 4 – Ação Expressiva II
Nesta atividade, os estudantes vão experimentar diferentes funções teatrais na
produção e apresentação coletiva e/ou colaborativa de um espetáculo teatral. Divida a turma
em grupos, explique para que sigam o roteiro abaixo e preencham o quadro para organizar e
orientar o trabalho dos grupos. Finalizado o espetáculo, proponha um momento de reflexão
e discussão de quais são os limites e desafios desse processo de trabalho.
Roteiro:
●Conversar, decidir e preencher a ficha indicando quais componentes do grupo será
responsável por exercer as funções teatrais.
●Pesquisar e selecionar em livros ou na internet, o texto dramático que será utilizado na
produção teatral.
●Criar os esboços (desenhos) de figurinos, cenários, e os mapas de iluminação.
●Gravar músicas, sons e selecionar objetos e/ou instrumentos musicais para criação da
sonoplastia.
●Providenciar uma cópia do texto para que cada “aluno-ator” possa estudar e ensaiar suas
falas.
●Organizar um cronograma de apresentação, pensando no tempo, espaço e equipamentos
disponíveis.
Função teatral Descrição das atividades Aluno(s) responsável(eis)
Aderecista(s)
Assessor(es)
de imprensa
Ator(es)
Coreógrafo(s)
Direção artística
Figurinista (s)
Iluminador(es)
Maquiador(es)/
visagista
Produtor(es)
Roteirista(s)
Sonoplasta(s)
Atividade 5– Ação Expressiva III
Espiando o teatro brasileiro, pode-se estudar o surgimento, em meados da década de
1970, de equipes teatrais que mostraram um modo novo de se posicionar na cultura, na
sociedade, na política e na arte, por meio do projeto coletivo. Na época, essa forma do fazer
teatral era inusitada e oferecia aos jovens artistas independentes a oportunidade de falar em
nome próprio, de escolher projetos, de criar textos cênicos de autoria comum, de romper
com cânones teatrais, de misturar e contaminar, no fazer teatral, os gêneros épico, lírico e
dramático. Em São Paulo, proposta semelhante ao grupo Asdrúbal Trouxe o Trombone foi
desenvolvida pelo grupo Minoga com Folias bíblicas (1977). Da tese de doutorado Os
parceiros do Rio Bonito, de Antonio Candido, o grupo teatral Pessoal do Victor, formado pela
Escola de Arte Dramática da ECA-USP, que trabalhava em um projeto da Unicamp, gerou
uma espécie de “Trate-me Tatu”, encenando Na carreira do divino (1979) com base nas
lembranças da cultura caipira vivenciada pelos atores, demolindo o estereótipo do Jeca
inventado por Monteiro Lobato em Urupês. Ruth Escobar, em Aqui há ordem e progresso
(1980), realizado com presos da Casa de Detenção, observou que, em razão do espetáculo
mostrar os problemas daquela instituição, a plateia se identificava intensamente com o que
acontecia em cena.
Organize a turma em cinco grupos, distribuindo um tema e orientando-a a adentrar
nesse universo do teatro de grupo e criação coletiva pesquisando em livros, revistas, internet
etc. as várias referências de grupos teatrais indicadas, a seguir, utilizando o roteiro de
pesquisa. Finalizada a pesquisa, solicite que os grupos socializem o que descobriram sobre
teatro de grupo e sua compreensão sobre criação coletiva e processos colaborativos.
Para a apresentação da pesquisa, após a coleta de dados, os estudantes podem
improvisar pequenas cenas com narrativas que expressam o que eles consideram
significativo, aproveitando para mostrar a referência pesquisada. A estrutura quem, o quê, e
onde é Foco da improvisação pode ajudar na montagem das cenas.
Temas para pesquisa:
1. Pod Minoga - idealizado por Naum Alves de Souza, em 1972 e que terminou
em 1980.
2. Ventoforte - se mantém na ativa e foi fundado em 1974 por Ilo Krugli,
argentino radicado no Brasil.
3. Ornitorrinco - fundado em 1977 e que continua na ativa, tendo Cacá Rosset
como seu diretor.
4. Teatro Popular União e Olho Vivo – (TUOV), um dos mais antigos grupos
de teatro do Brasil e que tem como seus fundadores César Vieira (Idibal
Pivetta) e Neriney Moreira, ambos advogados e defensores da arte popular
brasileira.
5. Asdrúbal Trouxe o Trombone - Os atores Regina Casé, Luiz Fernando
Guimarães, Evandro Mesquita e Patrícia Travassos, atuaram neste grupo e
Hamilton Vaz Pereira, exerceu a liderança do grupo.
Roteiro de Pesquisa:
1. Qual é a História da criação do grupo.
2.Quem é o criador, ou criadores do Grupo Teatral.
3.Quais são os tipos de textos encenados pelo grupo.
4. Qual é a localidade do Grupo (cidade, região, pais).
5.Como acontece o processo de criação coletiva do grupo.
Avaliação e recuperação
A avaliação e a recuperação serão realizadas continuamente, durante todo o processo
por meio do registro em seu portfólio. No decorrer das atividades, verifique se os estudantes
experimentaram de maneira imaginativa a improvisação teatral, se no jogo cênico, na
gestualidade e nas construções corporais e vocais de personagens do drama vivenciaram
diferentes funções teatrais (ator, figurinista, aderecista, maquiador/visagista, cenógrafo,
iluminador, sonoplasta, produtor, diretor e assessor de imprensa etc.) em processos de
trabalho artístico coletivos e colaborativos, e se discutiram os limites e desafios desse
processo de trabalho. Organize uma roda e converse com os estudantes a respeito dos
objetos do conhecimento trabalhados durante as atividades.
Situação de Aprendizagem III
Habilidade (EF09AR25): Investigar, identificar e analisar o drama como gênero teatral e a
relação entre as linguagens teatral e cinematográfica e as tecnologias digitais em diferentes
tempos e espaços, inclusive no contexto paulista e brasileiro, aprimorando a capacidade de
apreciação estética teatral.
Objetos de Conhecimento: Contextos e práticas
● drama como gênero teatral
● relação entre as linguagens teatral e cinematográfica
● tecnologias digitais
● diferentes tempos e espaços, inclusive no contexto paulista e brasileiro
● apreciação estética teatral.
Habilidade (EF09AR30): Compor cenas, performances, esquetes e improvisações que
problematizem fatos, notícias, temáticas e situações atuais, explorando o drama como gênero
teatral, a relação entre as linguagens teatral e cinematográfica e as tecnologias digitais,
caracterizando personagens (com figurinos, adereços e maquiagem), cenário, iluminação e
sonoplastia e considerando a relação com o espectador.
Objetos de Conhecimento: Processos de criação
● cenas, performances, esquetes e improvisações
● drama como gênero teatral
● relação entre as linguagens teatral e cinematográfica
● tecnologias digitais
● personagens (com figurinos, adereços e maquiagem)
● cenário, iluminação e sonoplastia
● relação ator com o espectador
Professor, nesta situação de aprendizagem estão previstas quatro atividades. Nelas,
você vai conversar com os estudantes para explorar os conhecimentos prévios e colocá-los
em contato com o drama como gênero teatral, inclusive no contexto paulista e brasileiro.
Além disso, cada estudante poderá aprimorar a sua capacidade de apreciação estética teatral,
compondo cenas, performances, esquetes e improvisações que problematizem fatos,
notícias, temáticas e situações atuais, explorando o drama como gênero teatral, a relação entre
as linguagens teatral e cinematográfica e as tecnologias digitais, caracterizando personagens
(com figurinos, adereços e maquiagem), cenário, iluminação e sonoplastia e considerando a
relação com o espectador. É importante que você, realize registros durante o
desenvolvimento das atividades, para colaborar com os momentos de avaliação e
recuperação. Para ampliação de seu repertório pessoal, foram elencados alguns conceitos
importantes para o desenvolvimento das atividades.
Gênero teatral - drama - A palavra “drama” vem do grego e significa “ação”, logo é um
acontecimento ou situação com intensidade emocional, a qual pode ser representada. No
sentido literário, falar de drama é falar de teatro. Este gênero começou com a encenação em
cultos a divindades gregas. A princípio, os gregos abordavam apenas dois tipos de peças
teatrais: a tragédia e a comédia. Algumas peças são bastante conhecidas e lidas até hoje, por
serem marcos da dramaturgia da época: Prometeu acorrentado de Ésquilo; Édipo-rei e
Electra de Sófocles; Medéia de Eurípedes e Menandro de Antífanes.
Neste gênero literário, o narrador conta a história enquanto os atores encenam e dialogam
por meio das personagens. No texto dramático, não há narrador. A história é narrada por
meio das ações dos personagens e de todo o conjunto cênico. Há narrativa, mas não há
narrador, exceto nos casos em que ele é personagem Quanto aos estilos literários, esta
modalidade literária compreende:
• Tragédia: Representação de um fato trágico que causa catarse a quem assiste, ou seja,
provoca alívio emocional da audiência.
• Comédia: Gênero que explora situações do dia a dia, exagera particularidades do
comportamento humano e critica costumes de forma bem-humorada, provocando risos no
público, durante a representação de um fato cômico.
• Tragicomédia: Gênero dramático que contém, ao mesmo tempo, elementos da tragédia
e da comédia.
• Farsa: Gênero que, apesar de ser dramático é cômico, exagerado e extravagante na
abordagem de situações cotidianas, valores e relações sociais. Seus personagens são
excêntricos e caricatos. Nas farsas, há questionamento de valores, que é construído por meio
de alegorias.
Atividade 1 – Sondagem
Talvez a História da Arte do século XX fique marcada como o momento em que as
fronteiras artísticas passaram a ser derrubadas com mais rapidez e ênfase. Surgem trabalhos
que não cabem nas definições até então existentes e, não raras vezes, sem qualificativos que
definem a produção. Ou seja, não se tem mais a ideia de obra de arte como se tinha antes, e
as linguagens da arte passaram a se misturar mais. Nesse sentido, a arte contemporânea tem
investido cada vez mais na dissolução das fronteiras entre linguagens artísticas,
permeabilizando seus contornos territoriais e criando, assim, zonas de passagem, de transição
– hibridismos artísticos. Nesse contexto, vamos abordar uma linguagem teatral
contemporânea que vem dando ênfase a formas experimentais que dialogam com imagens
geradas por vídeos e por projeções de slides e que atuam sobre o imaginário do espectador,
integrando ao palco a estética do filme ou do videoclipe.
Iniciar uma conversa sobre as experiências que os estudantes possuem, narrar e
rememorar experiências estéticas teatrais e cinematográficas, como espectadores de teatro e
de cinema, é um jeito de levá-los a refletir sobre como percebem suas experiências e práticas
culturais com as duas linguagens. Nesse momento, é importante valorizar a experiência que
os estudantes têm, seja do espetáculo teatral a que assistiram apenas na escola, por exemplo,
seja dos filmes que viram somente na televisão, em vídeo, porque nunca foram a uma sala de
cinema. Peça que respondam:
1. Já foi ao cinema e/ou ao teatro? Comente suas experiencias.
2. Qual é a diferença entre teatro e cinema?
3. Como vocês imaginam que seria um espetáculo teatral com a junção de
imagens de filmes?
4. Qual a importância da relação entre um ator com o espectador de teatro?
5. Como acontece a relação entre um ator com o espectador de cinema?
6. Saberia definir gênero teatral – drama? Comente.
7. Com quais elementos podemos caracterizar uma personagem?
8. Já assistiu uma cena, performance, esquete e/ou improvisação teatral? Onde
foi? Ao vivo pela tv ou internet?
Atividade 2 – Apreciação
Apresente as imagens e os vídeos para um momento de apreciação. Em seguida,
realize alguns questionamentos indicados e outros que achar pertinente para o
desenvolvimento da atividade.
1. Qual a relação entre as linguagens teatral e cinematográfica, que você conseguiu perceber
durante a apreciação dos vídeos e imagens?
2. Em quais momentos você percebeu o uso de tecnologias digitais na produção dos
espetáculos?
3. Durante a apreciação estética teatral conseguiu observar como acontece as cenas, e as
performances atores.
4. Descreva os cenários, o tipo de iluminação e sonoplastia
5.Como são os figurinos, adereços e maquiagem dos personagens.
Figura 1
Figura 2
Figura 3
Figura 4
Figura 1Fonte: Disponível em: https://pixabay.com/pt/photos/bollywood-filme-cinema-%C3%ADndia-
1687410/. Acesso em: 06 fev. 2020.
Figura 2Fonte: Disponível em: https://pixabay.com/pt/photos/c%C3%A2mera-v%C3%ADdeo-tv-
realiza%C3%A7%C3%A3o-de-v%C3%ADdeo-1598620/. Acesso em: 06 fev.2020.
Figura 3Fonte: Disponível em: https://pixabay.com/pt/photos/concess%C3%A3o-de-cary-rosalind-russell-
392931/. Acesso em: 06 fev. 2020.
Figura 4Fonte: Disponível em https://pixabay.com/pt/illustrations/manipula%C3%A7%C3%A3o-da-foto-
alien%C3%ADgena-1825450/ . Acesso em: 06 fev. 2020.
Vídeos: A documentação fotográfica de espetáculos é uma forma de oferecer uma visão
sobre uma obra de arte, ao fornecer diferentes referências sobre o espaço, o gestual de ator,
os objetos em cena, a cenografia, a iluminação, o figurino, a maquiagem. Para mostrar aos
estudantes uma referência sobre a mescla entre as linguagens teatral e cinematográfica,
apresente os vídeos indicados, a seguir, com imagens do espetáculo Memória afetiva de um
amor esquecido, do grupo carioca Os Dezequilibrados. Essa não é uma escolha aleatória,
porque uma das características desse grupo é trazer para o teatro a linguagem
cinematográfica. Isso se dá não só com a utilização de elementos como slides, imagens ao
vivo e câmeras de projeção, mas também pela teatralização de procedimentos
cinematográficos: um foco, uma pose, um travelling.
Links:
Os Dezequilibrados - Vida, o Filme. Youtube Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=cnRmR7DWhWs. Acesso em: 11/ fev./2020.
Cenas de DOGVILLE. Youtube Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=klTPPI_Xprg. Acesso em: 27 dez. 2019.
2010 Sin Sangre (Without Blood) - Teatro Cinema.Youtube Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=xNRSDtSVwl0. Acesso em: 27dez. 2019.
Vinte mil léguas submarinas. Youtube Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=ivAvwYg8rgw. Acesso em: 27 dez. 2019.
Vinte mil léguas submarinas - Concerto harmonia. Youtube Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=6qLJK5nsWeA Acesso em: 27 dez. 2019.
Atividade 3 – Ação Expressiva I
O repertório dos estudantes sobre a mescla entre o teatro e o cinema pode ser
ampliado por meio de uma pesquisa em grupo, seguindo roteiro proposto. Para isso, divida
a turma em três grupos e distribua uma temática indicada para cada um pesquisar textos e
imagens em livros, revistas, internet etc. Finalizada a pesquisa, proporcione um momento de
socialização de todo o material pesquisado pelos grupos. por meio da confecção de cartazes,
painéis, power point etc.
Temas de Pesquisa:
● Filme Dogville, de 2003. No enredo deste filme há um narrador que conta a vida
de uma cidadezinha que recebe a visita de uma jovem em busca de abrigo. A moça é
bem recebida pela comunidade e, em troca, faz pequenos serviços para seus
moradores. Aos poucos, porém, os habitantes, aparentemente amáveis, descobrem
que ela está sendo procurada por um bando de gangsters e passam a exibir um lado
sombrio, explorando-a e impedindo-a de abandonar a cidade. Um aspecto muito
interessante do filme é que o cenário não é realista. Tudo é filmado em um galpão,
praticamente sem cenário. A cidade é traçada como uma planta-baixa, desenhada
com giz, que demarca letreiros e faixas no chão – rua tal, casa de Fulano etc. Meras
indicações. Um cachorro que late o tempo todo também é um desenho com a legenda
dog, para não haver dúvidas. Ao longo de todo o filme, é possível ver a vida das
pessoas pelas paredes invisíveis, com várias cenas simultâneas. A escolha estética de
inserção do cenário invisível (sem paredes, sem janelas, nem portas) ressalta a
dramaticidade pela encenação, dominando a cena o efeito poético do gesto dos atores
seguido de perto pela simplicidade do movimento da câmera. A cenografia do filme
é absolutamente teatral, o que faz dele puro teatro, sem deixar de ser cinema.
● Companhia Teatrocinema e seu espetáculo Sin sangre. Esse espetáculo revela
perfeita sintonia entre as imagens, o cenário e a interpretação dos atores no palco.
Para a realização da peça, primeiro foi feita a gravação de um filme, com todos os
cenários e personagens. Como a peça é do Chile, os diálogos foram todos legendados
em português para a apresentação do grupo no Brasil. Por conta de uma tecnologia
inédita, a peça ocorre entre duas telas de projeção. Entre elas, existem trilhos e bases
giratórias, que permitem o deslocamento e a montagem de cenários pelo palco. Na
encenação, os atores atuam como se estivessem interagindo com o cenário, mas na
verdade interagem com uma projeção, ou seja, com algo fictício, pura ficção. O
próprio espectador chega a confundir se o personagem é uma projeção ou é real. O
grupo chileno Teatrocinema apresentou-se com esse espetáculo, em abril de 2009,
no Festival Internacional de Teatro de Curitiba e no projeto América em Recortes,
organizado pelo Sesc-SP. O que os alunos podem descobrir sobre esse grupo e seu
trabalho cênico com imagens audiovisuais?
● Giramundo Teatro de Bonecos e seu espetáculo 20 mil léguas submarinas. O
espetáculo do grupo mineiro Giramundo, 20 mil léguas submarinas, estreou em abril de
2009 no Sesc Pompeia (SP). Neste espetáculo, a videoanimação é empregada como
recurso da dramaturgia, por meio de duas animações: a abertura, realizada em stop-
motion, e o Nautilus, feito por animação digital. O que os alunos podem descobrir
sobre esses modos de animação?
Roteiro de Pesquisa:
1. Buscar informações sobre os pontos de intersecção entre teatro e cinema na obra indicada
para o grupo pesquisar.
2. Descrever quais são os pontos de intersecção entre teatro e cinema na obra indicada para
o grupo pesquisar.
3. Detalhar como foi a produção técnica dos espetáculos indicados na pesquisa (iluminação,
cenário, sonoplastia, uso de tecnologia etc.).
4. Como foi a composição das personagens, utilização de figurinos, adereços etc.
Atividade 4 – Ação Expressiva II
Divida a turma em cinco grupos e oriente a composição de cenas, performances,
esquetes e improvisações, explorando o drama como gênero teatral e a relação com a plateia,
seguindo o roteiro de trabalho indicado a seguir.
Grupo 1 - Cena – Cena, no teatro, é uma subdivisão da ação de uma peça (um trecho da
narrativa da história) com um conjunto de personagens, atores, coadjuvantes e outros tipos.
Várias pessoas fazem parte de uma só história e todos juntos formam o que chamamos de
uma cena que tem palavras, movimentos fictícios e tudo mais. Assim como qualquer outra
narração possui uma trama ou argumento em que se desenvolve em três tempos ou partes:
exposição, clímax e desenlace. A maioria das peças teatrais é composta por três atos que se
constituem de uma série de cenas interligadas por uma subdivisão temática. As cenas se
dividem conforme as alterações no número de personagens em ação: quando entra ou sai do
palco um ator. O cerne ou medula de uma peça são os diálogos entre as personagens.
Grupo 2 - Esquete - Cena curta (tem no máximo duração dez minutos de duração) e, na
maioria das vezes, os atores improvisam uma cena com teor cômico, seja no teatro ou na
televisão.
Como criar uma Esquete. Wikihow Disponível em: https://pt.wikihow.com/Criar-uma-
Esquete. Acesso em: 27 dez. 2019.
Grupo 3 - Improvisação - Modo de criação realizado sem preparação prévia, mas
estruturado sobre regras, que coloca o ator em estado de alerta para agir diante das mais
variadas situações. A improvisação estimula o desenvolvimento criativo do ator, de sua
espontaneidade, flexibilidade e imaginação dramática. Outro modo, é a improvisação como
espetáculo. Nesse sentido, improvisar significa que os atores se colocam diante do público
para improvisar uma criação cênica, que não foi previamente ensaiada. O público percebe
isso imediatamente e se surpreende ao descobrir que é parte integrante do evento teatral, já
que o espetáculo está sendo criado naquele momento ante a presença dos espectadores. Ou
mesmo porque, muitas vezes, a base da improvisação surge de sugestões da plateia.
Grupo 4 - Performance - Arte híbrida, espetacular, mix de artes plásticas, visuais e cênicas.
Partindo da investigação de suporte, das assemblages do corpo (body art), dos happenings que
enfatizam o acontecimento e do uso de multimídia, a performance propõe modos inventivos
em um movimento antiestablishment (contra o que é instituído oficialmente) e antiarte. Surge
como live art, que se refere tanto à arte ao vivo, sem representação, quanto à arte viva. A
performance estende e desconstrói a tríade da linguagem teatral (ator-texto-público),
somando a corporalidade e o teatro de imagens ao texto, alterando as relações de espaço-
tempo convencionais.
Grupo 5 - Espectador – Aquele que assiste a um espetáculo. Por muito tempo, foi
esquecido ou considerado sem importância no seu processo de desenvolvimento, mas,
atualmente, é visto como parte da obra, afetando-a e sendo afetado por ela. O efeito de uma
performance do artista sobre o espectador está fortemente ligado ao efeito do espectador
sobre o artista.
Roteiro:
●Pesquisar e selecionar textos em livros, revistas, internet etc., contendo fatos, notícias,
temáticas e situações atuais para compor o roteiro teatral (definir quais componentes do
grupo ficarão responsáveis pela escrita do roteiro).
●Definir quais componentes dos grupos ficarão responsáveis pela atuação e caracterizar os
personagens com figurinos, adereços e maquiagem.
● Confeccionar cenário utilizando papel, tecido, materiais recicláveis etc.
● Pesquisar músicas e sons para criar a sonoplastia.
●Pesquisar e selecionar materiais para produção da iluminação. Asdrúbal Trouxe o
Trombone foi desenvolvida pelo grupo Minoga com Folias bíblicas (1977)
●Pesquisar quais as tecnologias digitais podem ser utilizadas para articular a linguagem teatral
e cinematográfica.
●Providenciar materiais e equipamentos necessários para a produção (computador,
microfone, máquina fotográfica, filmadora, celular etc.).
●Finalizado o processo de criação, organize, junto com seu professor e outros grupos, um
cronograma de apresentações. Asdrúbal Trouxe o Trombone foi desenvolvida pelo grupo
Minoga com Folias bíblicas (1977)
●Promova a apresentação de sua produção e realize uma roda de conversa para saber das
opiniões de quem assistiu.
Avaliação e recuperação
A avaliação e a recuperação serão realizadas continuamente durante todo o processo
por meio do registro em seu portfólio. No decorrer das atividades, verifique se os estudantes
conseguiram investigar, identificar e analisar o drama como gênero teatral e a relação entre
as linguagens teatral e cinematográfica e as tecnologias digitais em diferentes tempos e
espaços, inclusive no contexto paulista e brasileiro, aprimorando a capacidade de apreciação
estética teatral. Além disso, observar se criaram cenas, performances, esquetes e
improvisações problematizando fatos, notícias, temáticas e situações atuais, explorando o
drama como gênero teatral, a relação entre as linguagens teatral e cinematográfica e as
tecnologias digitais, caracterizando personagens (com figurinos, adereços e maquiagem),
cenário, iluminação e sonoplastia e considerando a relação com o espectador. Organize uma
roda e converse com os estudantes a respeito dos objetos de conhecimento trabalhados
durante as atividades.
Situação de Aprendizagem IV
Habilidade (EF09AR26): Explorar diferentes elementos envolvidos na composição dos
acontecimentos cênicos do drama, do teatro contemporâneo e do cinema (figurinos,
adereços, maquiagem/visagismo, cenário, iluminação e sonoplastia, incluindo o recurso a
tecnologias digitais) e reconhecer seus vocabulários.
Objetos de conhecimento: Elementos da linguagem
● acontecimentos cênicos do drama, teatro contemporâneo e do cinema
● figurinos, adereços, maquiagem/visagismo
● cenário, iluminação e sonoplastia
● recursos e tecnologias digitais
● vocabulário teatral
Habilidade Articuladora (EF69AR35): Identificar e manipular diferentes tecnologias e
recursos digitais para acessar, apreciar, produzir, registrar e compartilhar práticas e
repertórios artísticos, de modo reflexivo, ético e responsável.
Objetos de Conhecimento: Arte e Tecnologia
● diferentes tecnologias e recursos digitais
● acessar, apreciar, produzir, registrar e compartilhar práticas e repertórios artísticos
Professor, nesta situação de aprendizagem estão previstas três atividades. Nelas, você
vai conversar com os estudantes para sondar os conhecimentos prévios, colocá-los em
contato com diferentes elementos envolvidos na composição dos acontecimentos cênicos
do drama, do teatro contemporâneo e do cinema (figurinos, adereços,
maquiagem/visagismo, cenário, iluminação e sonoplastia, incluindo o recurso a tecnologias
digitais) e reconhecer seus vocabulários. É importante que você realize registros, durante o
desenvolvimento das atividades, para colaborar com os momentos de avaliação e
recuperação. Para ampliação de seu repertório, foram elencados alguns links contendo
conceitos importantes para a realização das atividades:
Links:
Cinema e Teatro. Cadernodecinema. Disponível em:
http://cadernodecinema.com.br/blog/cinema-e-teatro/. Acesso em: 14 jan.2020.
Teatralidade e Performatividade na Cena Contemporânea. Portalseer. Disponível em:
https://portalseer.ufba.br/index.php/revteatro/article/download/5391/3860.Acesso em:
14 jan. 2020.
Apostila de maquiagem. Designvisualuff. Disponível em:
https://designvisualuff.files.wordpress.com/2011/07/apostila_de_maquiagem.pdf. Acesso
em: 14/jan./2020.
Atividade 1 – Sondagem
Converse com os estudantes e questione o que eles sabem acerca dos diferentes
elementos envolvidos na composição dos acontecimentos cênicos do drama, do teatro
contemporâneo e do cinema. Pergunte, também, a respeito dos recursos e tecnologias digitais
que eles conhecem e/ou utilizam para acessar, apreciar, produzir, registrar e compartilhar
práticas e repertórios artísticos. Finalizada a conversa, oriente os estudantes a registrar, no
caderno, o que ficou da conversa.
Atividade 2 – Apreciação
Nesta atividade de apreciação de imagens, oriente os estudantes a observar,
atentamente, cada uma delas e retome a conversa sobre a importância dos diferentes
elementos (iluminação, sonoplastia, figurino, adereços etc.) envolvidos na composição dos
acontecimentos cênicos do drama, do teatro contemporâneo e do cinema e de como o uso
da tecnologia modificou esta utilização. Finalizada a apreciação, solicite que os estudantes
respondam no caderno as questões a seguir.
1. Em quais momentos você percebeu o uso de tecnologias digitais na produção dos
espetáculos?
2. Durante a apreciação estética das imagens estáticas e dos vídeos, conseguiu observar como
acontece a utilização de diferentes elementos (iluminação, sonoplastia, figurino, adereços
etc.), envolvidos na composição dos acontecimentos cênicos do drama, do teatro
contemporâneo e do cinema?
4. Descreva os cenários, o tipo de iluminação e a sonoplastia.
Figura 1
Figura 2
Figura 3
Figura 4
Imagem 1 – Iluminação Fonte: Disponível em: https://pixabay.com/pt/photos/no-local-spots-holofote-
950389/. Acesso em: 05 fev. 2020.
Imagem 2 – Sonoplastia Fonte: Disponível em: https://pixabay.com/pt/photos/som-concerto-
prepara%C3%A7%C3%A3o-hall-4087874/. Acesso em: 05 fev. 2020.
Imagem 3 - Figurino Fonte: Disponível em: https://pixabay.com/pt/photos/luz-teatro-personagem-
ilumina%C3%A7%C3%A3o-3738426/. Acesso em: 05 fev.2020.
Imagem 4 – Adereços Fonte: Disponível em: https://pixabay.com/pt/photos/romano-grecian-
m%C3%A1scara-lan%C3%A7a-58149/. Acesso em: 05 fev. 2020.
Links:
Peça de Teatro Infantil "Asas Para Que te Quero" - Espaço de Arte. Youtube. Disponível
em: https://www.youtube.com/watch?v=mI7GhXCoXZs. Acesso em 26 jun.2020.
A Fantástica Jornada de Um Pequeno Príncipe, O Musical - 17/02/2019. Youtube.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=SH2ukHtY0Xw. Acesso em 26
jun.2020.
O Pequeno Príncipe. Youtube. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=bKNVHM2Rxhg. Acesso em 26 jun.2020.
Atividade 3 – Ação Expressiva I
A proposta desta atividade é a criação, planejamento e execução de um Projeto
artístico envolvendo as linguagens teatrais e cinematográficas. Oriente os estudantes a utiliza r
todo conhecimento e experiências vivenciadas ao longo deste volume (elementos de
intersecção entre teatro e cinema, uso de recursos digitais, gênero teatral – drama, comédia,
farsa, definição de papéis e responsabilidades, criação coletiva e colaborativa, elementos
constitutivos da cena, diferentes elementos da composição dos acontecimentos cênicos).
Inicie a atividade explicando como elaborar um Projeto utilizando o roteiro indicado a seguir.
Finalizada a produção, propicie de um momento de análise e reflexão sobre os modos éticos
e responsáveis de acessar, apreciar, produzir, registrar e compartilhar práticas e repertórios
artísticos.
Elaboração de Projetos
A estrutura básica de um Projeto é dividida em quatro etapas sequenciais:
• Conceituação: Desenvolvimento da ideia central.
• Planejamento: O esboço, o desenho, o rascunho, do projeto.
1. O que você pretende desenvolver? Quais Linguagens artísticas utilizará?
2. Por que pretende realizar o projeto na linguagem artística escolhida?
3. A quem se destinará o produto gerado pelo projeto? Comunidade escolar, pais e/ou
responsáveis, comunidade do entorno da Escola?
4. Quem fará parte da equipe de trabalho para a realização do projeto?
5. De que forma será realizado o projeto?
6. Quais recursos humanos, materiais e financeiros serão necessários?
7. Em que período/data o projeto será realizado?
8. Quanto tempo de duração o projeto terá desde a elaboração até a sua conclusão?
9. Onde será realizado? Na quadra, no pátio, na sala de aula, no anfiteatro da escola etc.
• Execução: A execução de um projeto é o seu processo de criação. Nesta etapa,
serão realizados o acompanhamento e o controle das atividades, além dos ajustes,
necessários para que tudo dê certo.
• Conclusão: A conclusão de um projeto acontece quando se faz a avaliação, se os
objetivos e as metas foram devidamente alcançados, mediante uma roda de conversa,
a escrita de um relatório e a análise crítica de todo o processo vivido.
Características de um projeto:
1. Duração limitada: necessariamente tem início, meio e fim.
2. Objetivo específico: tem como foco um objetivo específico, concreto e viável.
3. Recursos limitados: Os recursos humanos, financeiros e materiais de um projeto são
limitados e deverão ser previamente definidos.
4. Autonomia: requer uma estrutura administrativa própria.
Avaliação e recuperação
A avaliação e a recuperação serão realizadas continuamente durante todo o processo
por meio do registro em seu portfólio. No decorrer das atividades, verifique se os estudantes
foram capazes de explorar diferentes elementos envolvidos na composição dos
acontecimentos cênicos do drama, do teatro contemporâneo e do cinema (figurinos,
adereços, maquiagem/visagismo, cenário, iluminação e sonoplastia, incluindo o recurso a
tecnologias digitais) e reconhecer seus vocabulários. Além disso, observe se conseguiram
identificar e manipular diferentes tecnologias e recursos digitais para acessar, apreciar,
produzir, registrar e compartilhar práticas e repertórios artísticos, de modo reflexivo, ético e
responsável. Organize uma roda e converse com os estudantes a respeito dos objetos de
conhecimento trabalhados durante as atividades.
Referências bibliográficas:
Projetos culturais: Como elaborar, executar e prestar contas. Instituto Alvorada Brasil e
Sebrae, 2014. Bibliotecas.sebrae. Disponível em:
https://bibliotecas.sebrae.com.br/chronus/ARQUIVOS_CHRONUS/bds/bds.nsf/61942
d134ba32ed4c25a6439578715ce/$File/5443.pdf. Acesso em 30/abril/2020.
COSTA, Felisberto Sabino da. A poética do ser e não ser: Procedimentos dramatúrgicos
do teatro de animação. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2016. p. 97.
Desgranges, Flávio. A pedagogia do espectador/ Flávio Desgranges. – São Paulo: Hucitec,
2003. Il; - (Teatro; 46).
Feist, Hildegard - Pequena viagem pelo mundo do teatro - São Paulo: Moderna, 2005.
Granero, Vic Vieira. Como usar o teatro na sala de aula/ Vic Vieira Garnero – São Paulo:
contextos, 2011.
Pavis,Patrice, 1947 – Dicionário de Teatro/Patrice Pavis; tradução para a língua portuguesa
sob a direção de J. Guinsburg e Maria lúcia Pereira. 3. Ed – São Paulo: Perspectiva, 2008.
SÃO PAULO(Estado) Secretaria da Educação. Currículo do Estado de São Paulo:
Linguagens, códigos e suas tecnologias/Secretaria da Educação; coordenação geral, Maria
Inês Fini; coordenação de área, Alice Vieira. – São Paulo: SEE, 2010.
SÃO PAULO(Estado) Secretaria da Educação. Caderno do professor: arte, anos
finais/Secretária da Educação: coordenação geral, Maria Inês Fini; equipe, Geraldo de
Oliveira Suzigan, Gisa Picosque, Jéssica Mami Makino, Miriam Celeste Martins, Sayonara
Pereira, São Paulo: SEE, 2009.