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RELATÓRIO FINAL (Projeto 1378/14)
Título: QUALIDADE DO SOLO E MATÉRIA ORGÂNICA EM SISTEMAS INTEGRADOS DE PRODUÇAO
Subtítulo: CONSÓRCIOS DE VERÃO PARA PRODUÇÃO DE SILAGEM E MODALIDADES DE SEMEADURA DA AVEIA NO INVERNO COMO FATORES DETERMINANTES DA QUALIDADE DO SOLO, DA PALHA E DA MATÉRIA ORGÂNICA
Responsável: Carlos Alexandre Costa Crusciol (Eng. Agrônomo, Dr.)Prof. Titular do curso de Agronomia da FCA/UNESP-Botucatu (SP). Fazenda Experimental Lageado.Rua. José Barbosa de Barros, 1780. CEP 18610-307, Botucatu, SP.Tel.: (14) 3811-7161 E-mail: crusciol@fca.unesp.br
Colaboradores: Juliano Carlos Calonego (Eng. Agrônomo, Dr.) e Cirino Costa(Zootecnista, Dr.);
Docentes da UNESP/Botucatu (SP).Cristiano Magalhães Pariz (Zootecnista, Dr.) - Pós-Doutorando em Zootecnia, UNESP/Botucatu (SP); Igor Vilela Cruz (Mestrando em Agronomia/Agricultura, UNESP/Botucatu); Rodrigo César Sereia (Doutorando em Agronomia/Agricultura, UNESP/Botucatu).
Valor financiado pela Fundação Agrisus: R$ 15.100,00
Vigência do Projeto: até 01/06/2016
1- RESUMO
Como opção para produção de silagem, o consórcio do milho com o capim-marandu e o feijão-guandu pode aumentar a quantidade de silagem produzida, com maior teor de PB. O consórcio entre gramíneas e leguminosas pode melhorar a qualidade física e química do solo, além de aumentar os estoques de C e N e a quantidade forragem pelas pastagens cultivadas em sucessão, que resultarão em palhadapara cobertura do solo no Sistema Plantio Direto (SPD). Em sucessão aos consórcios de verão, a aveia se torna uma opção importante, principalmente pela possiblidade de sobressemeadura, o que torna viável o seu cultivo por produtores que não tem acesso à semeadoras específicas para sementes miúdas. Objetivou-se com esse trabalho avaliar os atributos físicos, químicos e biológicos do solo, além da produção de fitomassa aérea e radicular das espécies cultivadas, em função da presença ou não do feijão-guandu em consórcio com milho e braquiária no verão para produção de silagem, e das modalidades de semeadura da aveia-preta no outono-inverno para produção de pasto e palha, em SPD, com integração Lavoura-Pecuária (iLP), visando a terminação de cordeiros em semi-confinamento. O experimento foi iniciado em novembro de 2013 e foi conduzido na Fazenda Experimental Lageado, FMVZ/UNESP, Botucatu/SP durante os anos safras (2013/2014 e 2014/2015). O delineamento experimental foi blocos casualizados, com 4 tratamentos e 4 repetições. Os tratamentos foram constituídas de dois tratamentos de verão, ou seja, duas modalidades de cultivo da cultura do milho para
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ensilagem, uma em consórcio com capim-marandu e a outra em consórcio com capim-marandu e feijão-guandu. E dois tratamentos de inverno, ou seja, duas modalidades de semeadura de aveia preta, uma a lanço (manual) e a outra em linha. A semeadura de aveia foi realizada após a ensilagem dos tratamentos de verão e foi utilizada para pastejodos cordeiros, alocados em cada parcela. Foram realizadas nos anos de 2014 e 2015 análises de solo nas camadas de 0-0,05; 0,05-0,10; 0,10-0,20 e 0,20-0,40 m, quanto à fertilidade, propriedades físicas e matéria orgânica. Foram realizadas amostragens de plantas para avaliação da produção de fitomassa aérea e radicular, além de análises de exportação de nutrientes. Os dados foram comparados pelo teste t (p≤0,05).
2. OBJETIVO DO EXPERIMENTO
Objetiva-se com esse trabalho avaliar os atributos físicos, químicos e
biológicos do solo, além da produção de fitomassa aérea e radicular das espécies
cultivadas, em função da presença ou não do feijão-guandu em consórcio com milho e
braquiária no verão para produção de silagem, e das modalidades de semeadura da
aveia-amarela no outono-inverno para produção de pasto e palha, em Sistema Plantio
Direto (SPD), com integração Lavoura-Pecuária (iLP), visando a terminação de
cordeiros em semi-confinamento.
3. DESCRIÇÃO DO EXPERIMENTO E DAS ATIVIDADES REALIZADAS ATÉ O MOMENTO
3.1 Localização e características da área experimental
O experimento foi conduzido na Fazenda Experimental Lageado, pertencente à
Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ/UNESP) no município de
Botucatu/SP (22º51’01”S e 48º25’28”W, com altitude de 777 metros), durante o ano
agrícola 2014/2015. De acordo com o Sistema Brasileiro de Classificação de Solos
(SANTOS et al., 2006), o solo da área experimental é um LATOSSOLO VERMELHO
Distrófico com 280, 90 e 630 g kg-1 de areia, silte e argila, respectivamente. Até o ano
de 2005 a área foi utilizada para produção de silagem de milho e sorgo, sendo que até
outubro/2010, se encontrava em pousio, com predominância de capim-braquiarinha
{Urochloa decumbens (Stapf) R. D. Webster cv. Basilisk [syn. Brachiaria decumbens
Stapf cv. Basilisk]}. Nos anos agrícolas de 2010/2011 e 2011/2012 a área foi utilizada
para produção de silagem de milho em consórcio com braquiárias na safra, com
posterior sobressemeadura de aveia e pastejo por cordeiros entre os meses de agosto e
novembro. No ano agrícola de 2012/2013, a área foi utilizada para produção de silagem
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de soja em consórcio com capim-aruãna. No ano agrícola de 2013/2014, a área foi
utilizada para produção de silagem de milho em consórcio com capim-marandu e feijão-
guandu no verão e pastejo por cordeiros no inverno.
De acordo com a classificação de Köppen, o clima predominante na região é do
tipo Cwa (tropical de altitude, com inverno seco e verão quente e chuvoso).
Antes da instalação do experimento, as características do solo foram determinadas
de acordo com as metodologias descritas por Raij et al. (2001). Os resultados na
profundidade de 0-0,20 m foram: pH (CaCl2) = 5,0; matéria orgânica = 37,1 g dm-3; P
(resina) = 13,5 g dm-3; H + Al, K+, Ca2+, Mg2+, capacidade de troca catiônica (CTC) =
41,1; 1,4; 28,5; 12,0 e 83,0 mmolc dm-3, respectivamente, e saturação por bases =
50,5%. Os resultados na profundidade de 0,20-0,40 m foram: pH (CaCl2) = 4,7; matéria
orgânica = 36,4 g dm-3; P (resina) = 5,4 g dm-3; H + Al, K+, Ca2+, Mg2+, capacidade de
troca catiônica (CTC) = 59,0; 0,7; 20,7; 10,7 e 91,1 mmolc dm-3, respectivamente, e
saturação por bases = 35,2%.
3.2. Tratamentos e delineamento experimental
O delineamento experimental foi em blocos casualizados, com quatro
tratamentos e quatro repetições. Os tratamentos foram constituídos por dois consórcios
de verão, ou seja, duas modalidades de cultivo da cultura do milho para ensilagem, uma
em consórcio com capim-marandu {Brachiaria brizantha (Hochst. ex A. Rich.) Stapf
cv. Marandu [syn. Urochloa brizantha (Hochst. ex A. Rich.) R. D. Webster cv.
Marandu]} e a outra em consórcio com capim-marandu e feijão-guandu cv. BRS
Mandarim (Cajanus cajan), colhidos a 0,45 m em relação à superfície do solo, no
estádio de ¼ de grão leitoso (grãos com 35% de umidade). Esses dois tratamentos
envolvendo consórcios para produção de silagem no verão foram associados com mais
dois tratamentos de inverno, ou seja, duas modalidades de semeadura de de aveia-preta
cv. EMBRAPA 29 (Garoa) (Avena strigosa), uma a lanço (manual) e a outra em linha.
Portanto, os quatro tratamentos foram os seguintes:
1 – consórcio milho + capim marandu; semeadura da aveia a lanço;
2 – consórcio milho + capim marandu; semeadura da aveia em linha;
3 – consórcio milho + capim marandu + guandu; semeadura da aveia a lanço;
4 – consórcio milho + capim marandu + guandu; semeadura da aveia em linha;
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Cada parcela foi constituída por 18 m de comprimento e 12,5 m de largura
(225 m2).
3.3 Preparo da área experimental, manejo das culturas e dos cordeiros
No dia 02/12/2014, foi realizada a dessecação das plantas presentes na área
experimental com a aplicação dos herbicidas Glyphosate e 2,4-D amine nas doses de
1.920 e 1.000 g ha-1 do equivalente ácido, respectivamente, utilizando um volume de
pulverização de 200 L ha-1. Posteriormente, no dia 17/12/2014, foi realizado outra
aplicação do herbicida Glyphosate na dose de 1.440g ha-1 do equivalente ácido visando
eliminar as plantas restantes da primeira dessecação.
O híbrido simples (HS) de milho 2B587 HX (precoce) foi semeado no dia
16/12/2014 (Figuras 1 e 2) a uma profundidade de 0,04 m (Figura 3), utilizando
semeadora-adubadora para SPD dotada de mecanismo para abertura de sulco do tipo
haste sulcadora (Figura 4), com densidade de 80.000 sementes ha-1. No tratamento de
milho + capim-marandu foi utilizado o espaçamento entrelinhas de 0,45 m. No
tratamento de milho + capim-marandu + feijão-guandu também foi utilizado o
espaçamento entrelinhas de 0,45 m e o feijão-guandu foi semeado nas entrelinhas do
milho + capim-marandu na profundidade de 0,04 m, utilizando-se a mesma semeadora-
adubadora para SPD e 15 sementes por metro (aproximadamente 60 kg de sementes ha-
1), conforme recomendação de Oliveira et al. (2011). Nesse tratamento, primeiro
semeou-se o feijão-guandu e em seguida o milho + capim-marandu. Os capins foram
semeados na quantidade de 600 pontos de valor cultural (VC) ha-1, conforme
recomendação de Pariz et al. (2009). As sementes de capim-marandu foram misturadas
ao adubo de semeadura utilizando-se uma betoneira (Figura 5), minutos antes da
semeadura, acondicionadas no compartimento de fertilizantes da semeadora-adubadora
e depositadas na profundidade de 0,08 m. A adubação mineral nos sulcos de semeadura
constou de 36; 126 e 72 kg ha-1 de N, P2O5 e K2O, respectivamente (450 kg ha-1 do
adubo formulado 08-28-16), seguindo as recomendações de Cantarella et al. (1997).
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Figura 1. Semeadura do milho + capim-marandu.
Figura 2. Semeadura do feijão-guandu e do milho + capim-marandu.
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Figura 3. Distribuição das sementes e profundidade de semeadura do milho.
Figura 4. Semeadora-adubadora para SPD dotada de mecanismo para abertura de sulco do tipo haste sulcadora.
Figura 5. Sementes de capim-marandu misturadas ao adubo de semeadura utilizando-seuma betoneira.
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A emergência plena das plântulas de milho, feijão-guandu e capim-marandu
ocorreu em 23/12/2014, 28/12/2014 e 07/01/2015, respectivamente (Figura 6). Não
houve necessidade de se controlar plantas daninhas latifoliadas anuais, bem como,
amenizar o crescimento inicial do capim-marandu utilizando herbicidas pós-emergentes.
A adubação mineral de cobertura foi realizada no dia 13/01/2015 e constou de 150; 37,5
e 150 kg ha-1 de N, P2O5 e K2O, respectivamente (750 kg ha-1 do adubo formulado 20-
05-20), seguindo as recomendações de Cantarella et al. (1997).
Figura 6. Emergência das plântulas de milho, feijão-guandu e capim-marandu e aspectogeral da lavoura aos 15 dias após a adubação de cobertura.
A colheita mecânica para ensilagem foi realizada no dia 8/04/2015, a uma altura
de 0,45 m em relação à superfície do solo (essa altura proporcionou melhores resultados
no Projeto conduzido anteriormente), no estádio de ¼ de grão leitoso (grãos com 35%
de umidade). Foi utilizada colhedora de forragem modelo JF C-120 (12 facas) com
plataforma de duas linhas em espaçamento reduzido de 0,45 m entrelinhas, sendo o
material picado em partículas médias de 1,0 cm. O material colhido foi armazenado em
silo tipo “bag” de 1,50 m de diâmetro, com compactação de 600 kg m-3 de massa verde,
para posterior alimentação dos cordeiros (Figura 7).
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Figura 7. Colhedora de forragem e embolsadora utilizados no processo de ensilagem e armazenamento do material em silo tipo “bag”.
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No dia 22/04/2015 a aveia-preta foi sobressemeada: em linha, por meio de
semeadora-adubadora para SPD no espaçamento de 0,17 m, utilizando-se 70 kg ha-1 de
sementes puras viáveis (SPV); e a lanço (manualmente), utilizando-se 120 kg ha-1 de
SPV, incorporando-as ao solo com gradagem superficial leve (discos totalmente abertos
para revolvimento mínimo do solo). Ambas as modalidades de sobressemeadura da
aveia-preta seguiram as recomendações de Adami; Pitta (2012). No dia 03/05/2015
ocorreu 33 mm de chuva e a emergência plena da aveia-preta em ambas as modalidades
de sobressemeadura ocorreu no dia 05/05/2015 (Figura 8).
Figura 8. Emergência plena da aveia-preta sobressemeada em linha (esquerda) e à lanço (direita).
Foram utilizados 60 cordeiros machos mestiços Poll Dorset e Corriedale não
castrados, com idade média de 90 dias e peso vivo inicial médio de 26,1 ± 3,3 kg. No
dia 13/07/15, os animais foram identificados com brincos numerados e vacinados contra
carbúnculo sintomático, gangrena gasosa, enterotoxemia, morte súbita, tétano,
botulismo, hepatite necrótica infecciosa e doença do rim polposo. Também foram
desverminados com aplicação de produto comercial à base de nitroxinil 34% e foi
realizada a coleta de fezes de todos os animais para contagem do número de ovos de
nematódeos por grama de fezes (OPG), utilizando o método de McMaster modificado
segundo técnica de Gordon; Whitlock (1939), com interpretação dos resultados
conforme Ueno; Gonçalves (1998). A blocagem dos cordeiros nos tratamentos foi feita
em função do peso vivo.
O método de pastejo foi o de lotação rotacionada com taxa de lotação fixa. Os
cordeiros-teste foram rotacionados nos seus respectivos piquetes (parcelas
experimentais – Figura 9) durante o período experimental e os animais extras utilizados
para adequar a pressão de pastejo pela técnica put and take (MOTT; LUCAS, 1952),
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buscando manter a altura média da pastagem em 0,15 m em relação à superfície do solo.
O número de cordeiros-teste foi definido no início do período experimental, conforme a
disponibilidade média de forragem dos tratamentos. O período de ocupação foi de três
dias e o de descanso de 33 dias (12 piquetes por tratamento).
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Figura 9. Cordeiros na pastagem de aveia-preta.
O período de adaptação dos cordeiros na pastagem foi de 14 dias, com início no
dia 9 de julho de 2015 (Figura 9).
Os piquetes foram delimitados com cerca elétrica de seis fios e os animais tiveram
livre acesso à água. Também foram disponibilizados sombrites para maior conforto
térmico dos animais (Figura 10). A partir das 07:00h os cordeiros foram alocados em
seus respectivos piquetes e recolhidos a partir das 16:00h em um galpão coberto (Figura
11).
Em 16 de novembro de 2015, os capins e as demais plantas presentes na área
foram dessecados com os herbicidas Glyphosate e 2,4-D amine nas doses de 1.440 e
670 g ha-1 do equivalente ácido, respectivamente, para formação de palhada.
Figura 10. Cordeiros experimentais sendo suplementados na pastagem no segundo ciclo de pastejo.
Figura 11. Cordeiros experimentais sendo suplementados no galpão coberto antes da
tosquia (esquerda) e após a tosquia (direita).
3.4. Amostragens e análises
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As folhas de milho foram coletadas quando as plantas se encontravam no estádio
de pleno florescimento, seguindo metodologia proposta por Cantarella et al. (1997).
Posteriormente foram secadas em estufa de circulação forçada de ar a 65ºC por 72h e
moídas para determinação dos teores foliares de macro e micronutrientes, conforme
metodologia descrita por Malavolta et al. (1997).
Antes da colheita para ensilagem, foi determinado o estande final de plantas de
milho por hectare e o número final de espigas por hectare. Também foi mensurada a
altura de plantas e a altura de inserção da espiga principal com régua graduada e o
diâmetro basal de colmos com paquímetro. Após estas avaliações, as plantas de milho, o
capim-marandu e o feijão-guandu foram cortados manualmente na altura de 0,45 m, em
cinco linhas centrais espaçadas em 0,45 m com 5 m de comprimento por parcela (11,25
m2). As plantas de milho foram fracionadas em duas partes (grãos e porção vegetativa
composta por folhas, colmo + bainha, inflorescência, brácteas e sabugo). Posteriormente
foram pesadas, e uma amostra representativa colocada em estufa de ventilação forçada
de ar a 65°C por 72h para determinação do teor de matéria seca de cada fração. A
somatória da massa verde e seca dessas frações com as do capim-marandu e do feijão-
guandu resultaram na produtividade de massa verde e seca total de forragem ensiladas,
extrapolando para kg ha-1. Também foi calculada a proporção de grãos de milho, capim-
marandu e feijão-guandu na massa ensilada e o acúmulo de nutrientes nas plantas de
milho, capim-marandu e feijão-guandu, conforme metodologia descrita por Malavolta et
al. (1997).
Adotando a mesma metodologia para avaliação das plantas, os colmos de milho e
os resíduos de capim-marandu e feijão-guandu remanescentes na área também foram
coletados para determinação da quantidade de massa seca e posteriormente foram
moídos para determinação dos teores de macro e micronutrientes conforme metodologia
descrita por Malavolta et al. (1997), multiplicando-os posteriormente para obtenção das
quantidades de nutrientes em kg ha-1. Também se determinou a quantidade de macro e
micronutrientes extraídos pelas plantas de milho, capim-marandu e feijão-guandu no
momento da ensilagem. Os teores de C dos materiais vegetais remanescentes na área
fora determinados por meio de analisador elementar CHNS, sendo possível calcular a
relação C:N da palhada.
Foram realizadas amostragens para determinação da disponibilidade de forragem
na pastagem adotando-se o seguinte manejo: antes da entrada dos cordeiros nos piquetes
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foram coletados 0,5 m2 da forragem em três pontos representativos de cada piquete com
auxílio de um quadrado de metal. O corte foi realizado rente à superfície do solo.
Após a pastagem ser dessecada, foram coletados 0,25 m2 em três pontos distintos
dentro de cada piquete com auxílio de um quadrado de metal, adotando como referência
o corte rente à superfície do solo, afim da determinação da quantidade de palhada
depositada na superfície do solo. As amostras foram secas em estufa de circulação
forçada de ar a 65ºC por 72h e moídas para determinação dos teores de macro e
micronutrientes, conforme metodologias descritas por Malavolta et al. (1997). Os
resultados foram extrapolados para kg ha-1 de massa seca (palhada) e kg ha-1 de cada
nutriente.
Nos meses de maio e novembro de 2015 foram realizadas coletas de solo (Figura
12). As coletas foram realizadas em trincheiras abertas com auxílio de enxadão e pá de
ponta, sendo as amostras retiradas na parede da trincheira nas camadas de 0,0-0,05 m;
0,05-0,10 m; 0,10-0,20 m; e 0,20-0,40 m. As amostras deformadas para análise de
fertilidade do solo foram secas ao ar, destorroadas, passadas em peneira de 2 mm e
devidamente armazenadas.
Figura 12. Coleta das amostras para determinação dos atributos químicos e físicos do solo.
Para avaliação da fertilidade do solo, as amostras foram analisadas quimicamente
para determinação de pH, bases trocáveis, alumínio e hidrogênio extraíveis, fósforo
assimilável e enxofre conforme metodologia proposta por Raij et al. (2001). Para análise
física do solo via anéis volumétricos, as amostras foram colocadas para saturar em
bandejas contendo lâmina de água com altura referente a 2/3 da altura do anel. Após
cinco dias, as amostras foram submetidas à extração de água em câmaras de Richards
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até atingir o equilíbrio com a tensão (potencial matricial) de -0,033 MPa, quando foram
retiradas das câmaras e pesadas. Em seguida, essas amostras foram submetidas ao teste
de resistência mecânica à penetração (RMP), utilizando-se um penetrômetro de bancada
da marca Marconi, modelo MA 933. Esse aparelho é composto por uma célula de carga
com capacidade nominal de 20 kg acoplada na extremidade de um braço mecânico,
movimentado verticalmente por uma rosca-sem-fim. Uma haste metálica, com diâmetro
de 6 mm e com ponteira cônica com semi-ângulo de 30º e área da base de 0,1256 cm2,
foi utilizada para penetrar as amostras. A velocidade de deslocamento vertical da haste
foi de 1,0 cm min-1 até a profundidade de 4,0 cm. As medidas obtidas a partir da
superfície da amostra até 1,0 cm de profundidade foram descartadas. Foi obtido um
valor de RMP a cada segundo de penetração da ponteira, obtendo um total de 180
valores (3 cm por amostra), dos quais foi retirado um valor médio de RMP por amostra.
As leituras foram obtidas por meio de um sistema automatizado de aquisição de dados e
armazenados em arquivos de extensão “txt”. Nos meses de maio e novembro de 2014 e 2015 foram realizadas coletas de
solo. As coletas foram realizadas em trincheiras abertas com auxílio de enxadão e pá de
ponta, sendo as amostras retiradas na parede da trincheira nas camadas de 0,0 - 0,05 m;
0,05 - 0,10 m; 0,10 - 0,20 m; 0,20 - 0,40 m. As amostras de solo para fins de fertilidade,
COT, NT, C e N microbianos foram acondicionadas em sacos plásticos e encaminhadas
ao departamento de Produção e Melhoramento Vegetal e Agricultura da FCA/UNESP,
Botucatu (SP). As amostras deformadas para análise de fertilidade e de carbono
orgânico total (COT) e nitrogênio total (NT) foram secas ao ar, destorroadas, passadas
em peneira de 2 mm e devidamente armazenadas. As amostras para análises de C e N
microbianos colocadas em refrigerador. Para as amostras do solo com estrutura
indeformada utilizou-se anéis volumétricos com dimensões de 0,05 x 0,05 m. Ainda no
campo, fez-se a retirada do excesso de solo nos bordos dos anéis, que em seguida foram
fechadas com tampas plásticas para evitar danos à estrutura da amostra. Para avaliação da fertilidade, as amostras foram analisadas quimicamente
para determinação de pH, bases trocáveis, alumínio e hidrogênio extraíveis, fósforo
assimilável e enxofre conforme metodologia proposta por Raij et al. (2001). Para análise
física do solo via anéis volumétricos, as amostras colocadas para saturar em bandejas
contendo lâmina de água com altura referente a 2/3 da altura do anel. Após 5 dias, as
amostras foram submetidas à extração de água em câmaras de Richards até atingir o
equilíbrio com a tensão (potencial matricial) de -0,033 MPa, quando foram retiradas das
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câmaras e pesadas. Em seguida, essas amostras foram submetidas ao teste de resistência
à penetração, utilizando-se um penetrômetro de bancada da marca Marconi, modelo MA
933. Esse aparelho é composto por uma célula de carga com capacidade nominal de 20
kg acoplada na extremidade de um braço mecânico, movimentado verticalmente por
uma rosca-sem-fim. Uma haste metálica, com diâmetro de 6 mm e com ponteira cônica
com semi-ângulo de 30º e área da base de 0,1256 cm2, foi utilizada para penetrar as
amostras. A velocidade de deslocamento vertical da haste foi de 1,0 cm min-1 até a
profundidade de 4,0 cm. As medidas obtidas a partir da superfície da amostra até 1,0 cm
de profundidade foram descartadas. Foi obtido um valor de RP a cada segundo de
penetração da ponteira, obtendo um total de 180 valores (3 cm por amostra), dos quais
foi retirado um valor médio de RP por amostra. As leituras foram obtidas por meio de
um sistema automatizado de aquisição de dados e armazenados em arquivos de extensão
“txt”.
Para a determinação dos teores de C e N no solo as amostras foram secas ao
ar, moídas e passadas em peneira com malha de 2 mm, e submetidas à análise dos teores
de C orgânico total (COT) e N-total (NT) , por meio de analisador elementar automático
(Modelo TruSpec™ CHNS, da LECO®). Com a determinação da densidade do solo e
das concentrações de COT e NT foi possível calcular quantidade de C e N, em Mg ha-1,
em cada camada (Janzen, 2005). As quantidades de C e N em cada camada foram
somadas para obtenção do estoque de C no perfil do solo (camada de 0-40 cm).
Em Abril de 2015, por ocasião da colheita das plantas para ensilagem, foram
coletadas amostras de solo com trado tubular, com diâmetro de 0,07 m, na linha e na
entrelinha do milho, sendo quatro subamostras por ponto de amostragem em cada
subparcela, nas profundidades de 0-0,05; 0,05-0,10; 0,10-0,20 e 0,20-0,40 m. Após a
coleta, as porções de solo contendo as raízes foram acondicionadas em sacos plásticos
vedados e congeladas a -2ºC para em seguida serem lavadas e analisadas. Para
separação do solo das raízes, após o descongelamento dos torrões, as amostras foram
despejadas em peneiras com malha de 1 mm e lavadas com jatos de água dirigidos para
a retirada de todo o solo das amostras. Utilizou-se pinça para separar as raízes de
impurezas, como pedras, caules e folhas. Em seguida, as amostras foram
acondicionadas em recipientes plásticos com tampa, submersas em solução aquosa
contendo 30 % de álcool e armazenadas sob refrigeração a ±2 ºC. As amostras de raízes
foram submetidas a um “scanner” de leitura ótica (modelo Scanjet 4C/T, marca HP), na
resolução de 250 dpi, e tiveram suas imagens digitalizadas e analisadas com o programa
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“Win Mac Rhizo” versão 3.8-b (Regente Instrument Inc., Quebec, Canadá), para
determinar a densidade de comprimento radicular (cm de raiz por dm3 de solo) e o
diâmetro (mm), baseando-se no método de Tennant (1975).
3.5. Análises estatísticas
As médias foram comparadas pelo teste t LSD (p≤0,05), utilizando-se o software
SISVAR® (FERREIRA, 1999).
4. RESULTADOS
Produção de silagem, de forragem e de palha
Nas tabelas 1 e 2 estão os resultados dos componentes da produção das espécies
envolvidas nos consórcios para a produção de silagem nos anos agrícolas 2013/2014 e
2014/2015, respectivamente, em função da presença ou não de feijão-guandu.
Tabela 1. Componentes da produção e produtividade do milho e do capim-maranducultivados em consórcio com ou sem feijão-guandu para silagem (ano agrícola 2013-2014).Variável Feijão-guandu P>F† EP‡
Com SemMilhoPFP§ (plantas ha-1) 81.172 a* 79.937 a 0,7298 2.495NE (espigas ha-1) 77.777 a 72.222 a 0,1405 2.569AP (m) 1,57 a 1,44 b 0,0105 0,03AIE (m) 0,74 a 0,73 a 0,6242 0,02DBC (mm) 22,6 a 23,1 a 0,4701 0,48PMS de grãos (kg ha-1) 7.244 a 6.738 a 0,1155 218Grãos (% na PMST) 52,7 b 57,9 a 0,0007 0,9PMS remanescente (kg ha-1) 2.490 a 2.218 a 0,3486 201
Capim-maranduAltura (m) 0,78 a 0,78 a 0,8847 0,01PMS na silagem (kg ha-1) 167 a 174 a 0,8037 20Proporção na silagem (% na PMST) 1,2 a 1,5 a 0,2019 0,2PMS remanescente (kg ha-1) 273 a 305 a 0,4987 33
Feijão-guanduAltura (m) 1,49 - - -PMS na silagem (kg ha-1) 792 - - -Proporção na silagem (% na PMST) 5,8 - - -PMS remanescente (kg ha-1) 614 - - -
PMST (kg ha-1) 13.761 a 11.664 b 0,0011 394
18
PMVT (kg ha-1) 27.119 a 23.599 b 0,0102 886†Probabilidade do teste F.‡Erro padrão da média.§PFP, NE, AP, AIE, DBC, PMS, PMST e PMVT: população final de plantas, número de espigas por hectare, altura de plantas, altura de inserção da espiga principal, diâmetro basal de colmos, produtividade de massa seca, produtividade de massa seca total e produtividade de massa verde total, respectivamente.*Valores seguidos por letras distintas na linha, diferem entre si a 5% de probabilidade pelo teste t LSD.
Tabela 2. Componentes da produção e produtividade do milho e do capim-maranducultivados em consórcio com ou sem feijão-guandu para silagem (ano agrícola 2014-2015).
VariávelFeijão-guandu
P>F† EP‡
Com SemMilho
PFP§ (plantas ha-1) 85.184 a* 66.049 b<0,000
12.770
NE (espigas ha-1) 78.703 a 66.049 b 0,0043 2.810AP (m) 2,31 a 2,25 a 0,2759 0,03AIE (m) 1,04 a 1,02 a 0,7176 0,03DBC (mm) 24,0 a 23,6 a 0,2234 0,2PMS de grãos (kg ha-1) 6.188 a 6.926 a 0,0612 264Grãos (% na PMST) 46,3 b 53,4 a 0,0007 1,3PMS remanescente (kg ha-1) 1.890 a 1.935 a 0,6851 78
Capim-maranduAltura (m) 1,27 a 1,23 a 0,6362 0,05PMS na silagem (kg ha-1) 71 a 90 a 0,7033 35Proporção na silagem (% na PMST) 0,5 a 0,7 a 0,4764 0,2PMS remanescente (kg ha-1) 70 b 88 a 0,7154 39
Feijão-guanduAltura (m) 1,53 - - -PMS na silagem (kg ha-1) 867 - - -Proporção na silagem (% na PMST) 6,3 - - -PMS remanescente (kg ha-1) 608 - - -
PMST (kg ha-1) 13.369 a 12.979 a 0,5087 411PMVT (kg ha-1) 28.415 a 28.729 a 0,8169 947
†Probabilidade do teste F.‡Erro padrão da média.§PFP, NE, AP, AIE, DBC, PMS, PMST e PMVT: população final de plantas, número de espigas por hectare, altura de plantas, altura de inserção da espiga principal, diâmetro basal de colmos, produtividade de massa seca, produtividade de massa seca total e produtividade de massa verde total, respectivamente.*Valores seguidos por letras distintas na linha, diferem entre si a 5% de probabilidade pelo teste t LSD.
19
Na safra 2013/2014 o feijão guandu promoveu aumento da altura de
plantas (AP) de milho, reduziu a % da massa de grãos na produção de matéria seca total
de silagem e aumentou a produção de matéria seca e verde total de silagem, sem alterar
a produção do capim-marandu (Tabela 1), corroborando resultados obtidos por Pariz et
al. (2011). Não houve diferenças na população final de plantas de milho (PFP) com a
presença de feijão-guandu, o que poderia influenciar ainda mais na PMST e PMVT de
silagem (CRUSCIOL et al., 2010). Portanto, a presença de feijão-guandu auxiliou no
aumento da PMST e PMVT devido à própria massa adicionada, além de proporcionar
aumento da AP de milho, sem redução do diâmetro basal de colmos (DBC) e sem
redução da PFP, e também se alterar a produção de matéria seca do capim marandu, o
que poderia ocorrer caso houvesse alguma competição entre as espécies consorciadas.
Com o aumento da AP de milho na presença de feijão-guandu,
esperava-se que houvesse redução do DBC, o que comprometeria a PFP devido a
possíveis tombamentos. Uma possível diminuição do DBC reduziria a capacidade de
translocação de nutrientes na planta e tornaria mais susceptíveis ao tombamento pelo
efeito do vento, das chuvas e do trânsito de maquinários e implementos (Pariz et al.,
2011).
Já na safra 2014/2015, a presença da leguminosa forrageira aumentou a
PFP e o NE de milho, reduziu a proporção da massa de grãos na massa total de silagem,
reduziu a PMS remanescente do capim-marandu e não alterou a PMST e a PMVT de
silagem (Tabela 2). A PFP de milho no consórcio com a leguminosa atingiu 85184
plantas ha-1, e o milho sem a leguminosa a PFP foi de 66049 plantas ha -1,
consequentemente refletindo na PMST, onde o tratamento com a leguminosa resultou
em 13.369 kg ha-1 e sem leguminosa 12.979 kg ha-1. O NE também foi influenciado
pelo consorcio feijão-guandu, porém, mesmo com esse aumento no número de espiga
não foi suficiente para equiparar a porcentagem de grãos na silagem como resultado
obtido sem a leguminosa, o que melhoraria a qualidade da silagem. BARDUCCI et al.
(2009) concluíram que o cultivo simultâneo de milho com Panicum maximum cv.
'Mombaça' na semeadura comprometeu a produtividade de grãos, e que o melhor
consórcio a ser utilizado, visando à utilização em sistemas de produção, foi o milho
cultivado simultaneamente com Brachiaria brizantha cv. 'Marandu'.
De forma geral a cultura do milho deve apresentar elevada produção de
massa seca (média de 17 t/ha) e porcentagem de grãos na massa superior a 36%
20
(EVANGELISTA et al., 2003), portanto a silagem produzida nessa pesquisa teve boa
qualidade.
Tais resultados demonstram o comportamento da cultura do milho
quando em consórcio com a braquiária e o feijão-guandu, influenciados principalmente
pela velocidade de estabelecimento da forrageira e aumento da competição por água, luz
e nutrientes, o que pode prejudicar o desenvolvimento e consequentemente os
componentes de produção.
Concentração e extração de nutrientes pelas plantas
A concentração de nutrientes nas folhas do milho no estádio de pleno
florescimento não foi influenciada pela inserção do feijão-guandu em consórcio (Tabela
3). Da mesma forma, a quantidade de nutrientes extraídos no momento da ensilagem e a
quantidade de nutrientes nos resíduos das plantas de milho e capim-marandu não foram
influenciadas pela inserção do feijão-guandu em consórcio (Tabelas 4 e 5).
Tabela 3. Concentração de nutrientes nas folhas do milho no estádio de pleno florescimento em consórcio com capim-marandu com ou sem feijão-guandu para silagem (ano agrícola 2014-2015).
Variável§ Feijão-guanduP>F† EP‡
Com SemMacronutrientes (g kg -1 )N 26,0 a* 26,3 a 0,7495 0,71P 2,6 a 2,7 a 0,0871 0,05K 19,7 a 21,3 a 0,0794 0,56Ca 2,6 a 2,4 a 0,1708 0,10Mg 2,3 a 2,0 a 0,1118 0,07S 1,7 a 1,6 a 0,2546 0,03
Micronutrientes (mg kg -1 )B 19,7 a 17,6 a 0,0740 0,82Cu 11,3 a 10,8 a 0,4508 0,47Fe 100,2 a 104,8 a 0,1706 2,29Mn 40,3 a 35,6 a 0,1635 2,29Zn 17,9 a 19,7 a 0,0725 0,66
†Probabilidade do teste F.‡Erro padrão da média.§N, P, K, Ca, Mg, S, B, Cu, Fe, Mn e Zn: nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio, enxofre, boro, cobre, ferro, manganês e zinco, respectivamente.*Valores seguidos por letras distintas na linha, diferem entre si a 5% de probabilidade pelo teste t LSD.
21
Tabela 4. Quantidade de nutrientes extraídos pelas plantas de milho e capim-marandu cultivadas em consórcio com ou sem feijão-guandu no momento da ensilagem (ano agrícola 2014-2015).
Variável§ Feijão-guanduP>F† EP‡
Com SemMilhoMacronutrientes (kg ha -1 )N 117 a* 121 a 0,6505 5,74P 17 a 16 a 0,5999 1,20K 90 a 105 a 0,3881 11,8Ca 13 a 13 a 0,8224 1,4Mg 16 a 16 a 0,7743 1,6S 15 a 15 a 0,6431 1,2
Micronutrientes (g ha -1 )B 84 a 88 a 0,3529 2,5Cu 44 a 58 a 0,0922 5,1Fe 618 a 412 a 0,1043 76,1Mn 370 a 313 a 0,4643 51,8Zn 193 a 168 a 0,1311 10,2
Capim-maranduMacronutrientes (kg ha -1 )N 0,9 a 1,4 a 0,7529 0,8P 0,1 a 0,2 a 0,3505 0,3K 2,0 a 3,0 a 0,4188 1,2Ca 0,2 a 0,3 a 0,6069 0,2Mg 0,2 a 0,3 a 0,1521 0,1S 0,1 a 0,1 a 0,3129 0,1
Micronutrientes (g ha -1 )B 1,7 a 1,6 a 0,8539 0,3Cu 0,3 a 0,4 a 0,1902 0,1Fe 45,4 a 49,3 a 0,8712 16,5Mn 8,9 a 9,2 a 0,7641 0,7Zn 2,0 a 3,4 a 0,0746 0,4
Feijão-guanduMacronutrientes (kg ha -1 )N 21,4 - - -P 1,9 - - -K 17,0 - - -Ca 4,9 - - -Mg 2,3 - - -S 1,3 - - -
Micronutrientes (g ha -1 )
22
B 26,7 - - -Cu 7,6 - - -Fe 973,4 - - -Mn 55,7 - - -Zn 19,3 - - -
†Probabilidade do teste F.‡Erro padrão da média.§N, P, K, Ca, Mg, S, B, Cu, Fe, Mn e Zn: nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio, enxofre, boro, cobre, ferro, manganês e zinco, respectivamente.*Valores seguidos por letras distintas na linha, diferem entre si a 5% de probabilidade pelo teste t LSD.
Tabela 5. Quantidade de nutrientes nos resíduos das plantas de milho e capim-marandu cultivadas em consórcio com ou sem feijão-guandu no momento da ensilagem (ano agrícola 2014-2015).
Variável§ Feijão-guanduP>F† EP‡
Com SemMilhoMacronutrientes (kg ha -1 )N 5 a* 5 a 0,7850 0,6P 1 a 1 a 0,5538 0,1K 48 a 55 a 0,1142 3,0Ca 3 a 3 a 0,1944 0,2Mg 4 a 4 a 0,6866 0,2S 2 a 2 a 0,4565 0,1
Micronutrientes (g ha -1 )B 25 a 30 a 0,1218 1,2Cu 3 a 3 a 0,1508 0,3Fe 1222 a 898 a 0,0990 132,7Mn 104 a 81 a 0,1069 5,5Zn 28 a 34 a 0,2748 3,9
Capim-maranduMacronutrientes (kg ha -1 )N 0,9 a 0,9 a 0,9443 0,2P 0,1 a 0,1 a 0,8974 0,2K 2,2 a 3,3 a 0,5240 0,8Ca 0,2 a 0,2 a 0,2590 0,1Mg 0,2 a 0,2 a 0,6824 0,1S 0,1 a 0,1 a 0,1401 0,1
Micronutrientes (g ha -1 )B 1,1 a 1,7 a 0,0959 0,2Cu 0,4 a 0,3 a 0,5466 0,1Fe 50,8 a 83,9 a 0,2484 18,3Mn 10,2 a 7,4 a 0,2649 1,6Zn 2,0 a 3,2 a 0,1251 0,5
Feijão-guanduMacronutrientes (kg ha -1 )N 4,8 - - -P 1,0 - - -K 9,5 - - -Ca 1,7 - - -
23
Mg 0,8 - - -S 0,8 - - -
Micronutrientes (g ha -1 )B 15,7 - - -Cu 2,6 - - -Fe 217,5 - - -Mn 17,3 - - -Zn 9,3 - - -
†Probabilidade do teste F. ‡Erro padrão da média. §N, P, K, Ca, Mg, S, B, Cu, Fe, Mn e Zn: nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio, enxofre, boro, cobre, ferro, manganês e zinco, respectivamente.*Valores seguidos por letras distintas na linha, diferem entre si a 5% de probabilidade pelo teste t LSD.
A quantidade de massa seca de palhada após o pastejo pelos cordeiros foi maior
nas áreas de produção de silagem de milho consorciado com capim-marandu com
feijão-guandu no verão/outono, bem como, também foi maior nas áreas com
sobressemeadura de aveia-preta em linha no inverno/primavera (Tabela 6). A quantidade
de N, P, K, Ca, Mg, S, B e Cu na palhada após o pastejo pelos cordeiros foram maiores
nas áreas de produção de silagem de milho consorciado com capim-marandu com
feijão-guandu no verão/outono, bem como, também foram maiores nas áreas com
sobressemeadura de aveia-preta em linha no inverno/primavera. A quantidade de Mn e
Zn na palhada após o pastejo pelos cordeiros foram maiores nas áreas de produção de
silagem de milho consorciado com capim-marandu com feijão-guandu no verão/outono.
Porém, não foram influenciados pelas modalidades de sobressemeadura de aveia-preta
no inverno/primavera. A quantidade de Fe na palhada após o pastejo pelos cordeiros não
foi influenciada pela presença ou ausência de feijão-guandu em consórcio com milho e
capim-marandu no verão/outono colhidos para ensilagem, bem como, pelas
modalidades de sobressemeadura de aveia-preta no inverno/primavera.
Tabela 6. Quantidade de massa seca de palhada e quantidade de nutrientes na palhada após o pastejo pelos cordeiros em áreas de produção de silagem de milho consorciado com capim-marandu com ou sem feijão-guandu no verão/outono e diferentes modalidades de sobressemeadura de aveia-preta no inverno/primavera (ano agrícola 2014-2015).
Variável§
Feijão-guandu(FG)
Aveia-preta (AP) P>F†
EP‡
ComSem
Linha Lanço FG AP FG×AP
Palhada (kg ha-1) 7.217 a4.938
b6.671
a5.483 b <0,000
1<0,0001 0,0821
686
Macronutrientes (kg ha -1 )
N 72 a 41 b65 a 48 b <0,000
10,0014 0,1404
3,2
P 11 a 9 b 12 a 8 b 0,0157 <0,0001 0,1717 0,4
K 173 a 115 b162 a 126 b <0,000
10,0004 0,0901
6,0
Ca 21 a 15 b20 a 15 b <0,000
10,0003 0,1300
0,8
Mg 19 a 14 b 19 a 15 b <0,000 <0,0001 0,2145 0,4
24
1
S 9 a 6 b9 a 6 b <0,000
1<0,0001 0,3148
0,2
Micronutrientes (g ha -1 )
B 303 a 220 b 289 a233 b <0,000
1<0,0001 0,1987
4,8
Cu 32 a 24 b 21 a 25 b 0,0009 0,0226 0,1939 1,5
Fe 9170 a 7458 a7371
a9.257 a 0,3852 0,3776 0,1072 136
4
Mn 1.287 a 890 b1.045
a1.132 b 0,0032 0,4693 0,1729 83,
7
Zn 206 a 132 b185 a 153 a 0,0004 0,0803 0,1365 12,
2†Probabilidade do teste F. ‡Erro padrão da média. §N, P, K, Ca, Mg, S, B, Cu, Fe, Mn e Zn: nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio, enxofre, boro, cobre, ferro, manganês e zinco, respectivamente. *Valores seguidos por letras distintas na linha, dentro de feijão-guandu e aveia-preta, diferem entre si a 5% de probabilidade pelo teste t LSD.
Raízes
As amostras analisadas revelaram que o consórcio contendo milho + braquiária
com aveia semeada em linha (MBAli) resultaram em maiores comprimentos radiculares
em “linha” e “entre linha”, ou seja, possuem a maior densidade de comprimento de
raízes no perfil do solo, porém, pode-se observar uma maior densidade de comprimento
no tratamento de milho + braquiária + guandu com aveia semeada a lanço (MBGla) na
camada 0,0-0,05m tanto em “linha” quanto em “entre linha”(tabela 7).
Tabela 7. Densidade do comprimento de radicular (cm dm-3), nas camadas de 0,0 - 0,05 m; 0,05 - 0,10 m; 0,10 - 0,20 m; 0,20 - 0,40 m, nos tratamentos de verão Milho Consorciado com Braquiária e Milho Consorciado com Braquiária e Guandu e nos tratamentos de inverno de duas modalidades de semeadura de aveia, semeada “a lanço” e “em linha”, em coletas realizadas na linha e na entrelinha de semeadura do milho, em abril de 2015.Tratamentos Comprimento (cm/dm³)
0,0-0,05 0,05-0,10 0,10-0,20 0,20-0,40mLinha
MBAli 518.48 ab 1268.95 a 379.02 a 0.14 aMBAla 220.47 b 1411.00 a 301.15 ab 0.09 bMBGAli 556.72 ab 695.00 b 197.67 bc 0.09 bMBGAla 952.04 a 403.15 b 103.52 c 0.04 c
Entre linhaMBAli 334.93 a 1110.11 a 314.30 a 0.13 aMBAla 221.48 a 1397.77 a 186.49 a 0.08 abMBGAli 540.69 a 563.59 b 202.35 a 0.07 bcMBGAla 480.41 a 335.15 b 170.14 a 0.03 c*Valores seguidos por letras distintas, para cada comprimento, diferem entre si a 5% de probabilidade peloteste t . MBAla = milho em consórcio com braquiária no verão e aveia semeada a lanço no inverno. MBAli = milho em consórcio com braquiária no verão e aveia semeada em linha no inverno. MBGAla =
25
milho em consórcio com braquiária e guandu no verão e aveia semeada a lanço no inverno. MBGAli = milho em consórcio com braquiária e guandu no verão e aveia semeada em linha no inverno.
As análises de diâmetro demonstraram os maiores valores, em coleta na‘‘entre
linha”, com o tratamento milho + braquiária e com aveia semeada a lanço (MBAla). Na
posição de amostragem na “linha” não foram evidenciadas grandes diferenças entre os
tratamentos, porém, pode-se observar na camada 0,10-0,20m um maior diâmetro no
tratamento milho + braquiária com aveia semeada a lanço (MBAla) (tabela 8).
Tabela 8. Diâmetro médio de raízes (mm), nas camadas de 0,0 - 0,05 m; 0,05 - 0,10 m; 0,10 - 0,20 m; 0,20 - 0,40 m, nos tratamentos de verão Milho Consorciado com Braquiária e Milho Consorciado com Braquiária e Guandu e nos tratamentos de invernode duas modalidades de semeadura de aveia, semeada “a lanço” e “em linha”, em coletas realizadas na linha e na entrelinha de semeadura do milho, em abril de 2015.Tratamentos Diâmetro (mm)
0,0-0,05 0,05-0,10 0,10-0,20 0,20-0,40Linha
MBAli 0.278 a 0.223 a 0.217 b 0.238 aMBAla 0.298 a 0.268 a 0.306 a 0.292 aMBGAli 0.258 a 0.255 a 0.230 b 0.242 aMBGAla 0.242 a 0.223 a 0.236 b 0.291 a
Entre linhaMBAli 0.231 b 0.221 b 0.237 b 0.223 aMBAla 0.312 a 0.308 a 0.336 a 0.294 aMBGAli 0.253 b 0.253 b 0.261 b 0.261 aMBGAla 0.252 b 0.267 ab 0.291 ab 0.329 a*Valores seguidos por letras distintas, para cada comprimento, diferem entre si a 5% de probabilidade peloteste t . MBAla = milho em consórcio com braquiária no verão e aveia semeada a lanço no inverno. MBAli = milho em consórcio com braquiária no verão e aveia semeada em linha no inverno. MBGAla = milho em consórcio com braquiária e guandu no verão e aveia semeada a lanço no inverno. MBGAli = milho em consórcio com braquiária e guandu no verão e aveia semeada em linha no inverno.
Relação C:N e estoques de C e N da palha sobre o solo, das plantas de aveia e debraquiária
A presença de guandu no consórcio com milho e braquiária não interferiram no
estoque de C total no tecido vegetal (palha sobre o solo + aveia + braquiária) na
avaliação realizada em julho de 2014 e julho de 2015. Porém, aumentaram os estoques
de C nas avaliações realizadas nas plantas presentes na área (palha + braquiária) nas
avaliações de dezembro desses mesmos anos. A utilização dessa leguminosa forrageira
26
parece ter um efeito no aumento dos estoques de N no tecido vegetal (palha + plantas
vivas), evidenciados nas avaliações realizadas em julho de 2014, julho de 2015 e
dezembro de 2015 (Tabela 9).
27
Tabela 9. Estoques de C e N, e relação C/N, do tecido vegetal da aveia, da braquiária e da palha sobre solo, em coletas realizadas emJulho e Dezembro de 2014 e 2015, nos tratamentos de verão de Milho Consorciado com Braquiária e Milho Consorciado com Braquiária eGuandu e nos tratamentos de inverno de duas modalidades de semeadura de aveia, semeada “a lanço” e “em linha”.Tratamentos Estoque de C (kg/ha) Estoque de N (kg/ha) Relação C/N
Aveia Braquiária
Palha Total Aveia Braquiária
Palha Total Aveia Braquiária
Palha
Julho 2014MBAla 58,42 b 76,6 a 740,4 a 1041 a 3,2 b 5,0 a 15,3 ab 23,1 ab 21,0 a 26,6 ab 73,8 aMBAli 58,36 b 262,2 a 727,1 a 875 a 2,8 b 1,8 ab 10,16 b 15,5 b 20,4 a 50,6 a 50,0 b
MBGAla 83,58 b 32,8 a 924,2 a 1156 a 4,8 b 1,5 b 22,3 a 28,7 a 17,4 a 19,0 b 45,8 bMBGAli 131,39 a 66,0 a 1006,7 a 1086 a 7,8 a 1,6 ab 21,3 a 30,8 a 17,0 a 41,0 ab 48,7 b
Dezembro 2014MBAla - 733,2 b 406,2 ab 1360,4 c - 27,6 b 6,5 a 34,1 bc - 31,7 a 79,0 aMBAli - 954,2 b 382,7 ab 1115,2 c - 23,1 b 4,8 a 28,0 c - 34,7 a 62,8 a
MBGAla - 1493,8 a 313,6 b 1800 ab - 48,9 a 5,0 a 53,8 ab - 31,6 a 61,8 aMBGAli - 1465,5 a 470,1 a 1963,5 a - 48,4 a 6,3 a 54,8 a - 31,1 a 73,9 a
Julho 2015MBAla 1082,4 a - 126,18 b 1209,3 a 51,1 a - 11,3 ab 62,4 a 16,2 a - 21,1 aMBAli 690,0 b - 590,3 a 1210 a 58,6 a - 13,0 ab 71,5 a 26,6 a - 11,1 b
MBGAla 915,0 a - 253,0 b 1248 a 56,6 a - 9,7 b 66,3 a 16 a - 27,5 aMBGAli 1034,4 a - 214,5 b 1168 a 45,1 a - 18,0 a 63,1 a 24,4 a - 26,4 a
Dezembro 2015MBAla - 743,6 b 411,2 ab 1145,4 c - 23,1 c 4,7 a 28,0 c - 32,4 a 85,0 aMBAli - 957,3 b 415,8 ab 1372 bc - 28,1 bc 6,3 a 34,5 bc - 35,0 a 65,0 a
MBGAla - 1478,1 a 331,3 b 1809 ab - 48,8 a 5,0 a 53,8 ab - 32,1 a 65,0 aMBGAli - 1514,2 a 525,5 a 20141a - 48,4 ab 6,5 a 54,8 a - 31,0 a 82,0 a
*Valores seguidos por letras distintas, para cada comprimento, diferem entre si a 5% de probabilidade pelo teste t . MBAla = milho em consórcio com braquiária no verão e aveia semeada a lanço no inverno. MBAli = milho em consórcio com braquiária no verão e aveia semeada em linha no inverno. MBGAla = milho em consórcio com braquiária e guandu no verão e aveia semeada a lanço no inverno. MBGAli = milho em consórcio com braquiária e guandu no verão e aveia semeada em linha no inverno.
28
Resistência à penetração
Os resultados de resistência à penetração, realizados em penetrômetro de bancada,
em amostras coletadas em anéis volumétricos e com umidade no solo na capacidade de campo
podem ser visualizados na tabelas 10. Verificou-se maiores valores de RP com semeadura em
linha da aveia e ausência de guandu no consórcio de verão, sendo obtidos os valores de 6,26 e
8,51 MPa nas camadas de 0 a 5 e 5 a 10 cm, respectivamente (Tabela 10). Já na avaliação de
novembro de 2014 os valores de RP não tiveram tanta diferença entre os tratamentos, apenas
com destaque para a RP de 5,14 MPa, na camada de 0 a 5 cm, com o tratamento envolvendo
milho+braquiária+guandu e com semeadura de aveia a lanço.
Tabela 10. Resistência do solo à penetração (MPa) nas camadas de 0,0 - 0,05 m; 0,05 - 0,10 m;0,10 - 0,20 m; 0,20 - 0,40 m, nos tratamentos de verão Milho Consorciado com Braquiária eMilho Consorciado com Braquiária e Guandu e nos tratamentos de inverno de duasmodalidades de semeadura de aveia, semeada “a lanço” e “em linha” no mês de maio de 2014.
RP (MPa)0,0 - 0,05 cm 0,05 - 0,10 cm 0,10 - 0,20 cm 0,20 - 0,40 cm
Maio de 2014MBAli 6,26 a 8,51 a 7,15 a 5,84 aMBGAli 2,06 b 2,83 c 4,36 b 3,18 bMBAla 2,64 b 2,58 c 3,96 b 3,64 bMBGAla 2,29 b 4,64 b 5,29 ab 3,86 b
Novembro de 2014MBAli 3,37 ab 2,06 a 4,01 ab 3,17 aMBGAli 4,49 a 3,53 a 3,12 b 2,92 aMBAla 2,48 b 2,34 a 5,27 a 3,38 aMBGAla 5,14 a 2,89 a 4,29 ab 3,04 a
Novembro de 2015MBAli 2.38 b 5.85 a 5.55 a 4.86 aMBGAli 2.33 b 3.64 b 2.95 b 3.24 bMBAla 3.90 a 4.29 ab 4.67 a 3.22 bMBGAla 2.12 b 3.25 b 3.80 ab 3.11 b*Valores seguidos por letras distintas, para cada comprimento, diferem entre si a 5% de probabilidade pelo teste t . MBAla = milho em consórcio com braquiária no verão e aveia semeada a lanço no inverno. MBAli = milho em consórcio com braquiária no verão e aveia semeada em linha no inverno. MBGAla = milho em consórcio com braquiária e guandu no verão e aveia semeada a lanço no inverno. MBGAli = milho em consórcio com braquiária e guandu no verão e aveia semeada em linha no inverno.
29
Densidade do solo
Com os resultados de densidade do solo obtidos, tanto com as amostras coletadas em
maio como em novembro de 2014, foi possível verificar que o maior efeito do guandu em
reduzir a compactação do solo ocorreu nas camadas mais profundas. Observou-se que até 10
cm de profundidade, a presença de guandu esteve relacionada com valores elevados de
densidade do solo, ao passo que nas camadas abaixo de 10 cm as menores densidades
ocorrerem no tratamento com consórcio milho+braquiária+guandu e semeadura de aveia em
linha (Tabela 11).
Tabela 11. Densidade do solo (kg dm-3) nas camadas de 0,0 - 0,05 m; 0,05 - 0,10 m; 0,10 - 0,20m; 0,20 - 0,40 m, nos tratamentos de verão Milho Consorciado com Braquiária e MilhoConsorciado com Braquiária e Guandu e nos tratamentos de inverno de duas modalidades desemeadura de aveia, semeada “a lanço” e “em linha” no mês de maio de 2014.
Densidade (kg dm-3)0,0 - 0,05cm 0,05 - 0,10cm 0,10 - 0,20cm 0,20 - 0,40cm
Maio 2014MBAli 1,38 a 1,23 b 1,42 a 1,41 aMBGAli 1,40 a 1,42 a 1,29 b 1,33 bMBAla 1,29 b 1,25 b 1,37 a 1,35 abMBGAla 1,38 a 1,41 a 1,27 a 1,36 ab
Novembro de 2014MBAli 1,35 b 1,35 a 1,49 a 1,50 aMBGAli 1,53 a 1,44 a 1,38 b 1,40 bMBAla 1,41 b 1,34 a 1,52 a 1,48 abMBGAla 1,46 b 1,40 a 1,43 ab 1,45 ab*Valores seguidos por letras distintas, para cada comprimento, diferem entre si a 5% de probabilidade pelo teste t . MBAla = milho em consórcio com braquiária no verão e aveia semeada a lanço no inverno. MBAli = milho em consórcio com braquiária no verão e aveia semeada em linha no inverno. MBGAla = milho em consórcio com braquiária e guandu no verão e aveia semeada a lanço no inverno. MBGAli = milho em consórcio com braquiária e guandu no verão e aveia semeada em linha no inverno.
Estoques de C no solo
As diferenças significativas entre os tratamentos quanto ao estoque de C no solo
ocorreram somente nas avaliações realizadas no mês de julho (2014 e 2015) e
preferencialmente na camada superficial (0 a 5 cm), onde o tratamento MBGAla
proporcionou os maiores estoques de C, sem diferir do tratamento MBGAli, tendo esse
tratamento em comum o cultivo de guandu no consórcio de verão para produção de silagem.
Nessas mesmas épocas de avaliação o tratamento MBAli proporcionou o maior estoque de C
na camada de 20 a 40 cm. Porém, ao calcular o estoque total do perfil avaliado (0 a 40 cm)
não houve diferença estatística entre os tratamentos, mesmo com um estoque de 94381 kg
30
ha-1 no tratamento com MBGAla, sendo esse valor 18% superior ao obtido com MBAla
(Tabela 12).
Tabela 12. Estoque de C, em kg ha-1, nas camadas de 0 a 0,05, 0,05 a 0,10, 0,10 a 0,20 e 0,20 a 0,40 m e no perfil do solo (0 a 0,40 m), em avaliações realizadas em julho e dezembro de 2014e em julho de 2015, em função dos consórcios de verão e da modalidade de semeadura de aveiano inverno.
Tratamentos Estoque de C (kg ha-1)0 a 0,05 0,05 a 0,10 0,10 a 0,20 0,20 a 0,40 0 a 0,40 m
Julho de 2014MBAla 12030 c 10141 a 18326 a 37000 b 77500 aMBAli 12750 bc 11230 a 20350 a 45562 a 90000 a
MBGAla 14580 a 11404 a 19777 a 35572 b 84000 aMBGAli 13580 ab 11470 a 20857 a 38542 b 81000 a
Dezembro de 2014MBAla 12740 a 11103 a 20688 a 41512 a 86000 aMBAli 11230 a 12120 a 20182 a 39285 a 84000 a
MBGAla 12673 a 10783 a 19950 a 39700 a 85000 aMBGAli 13871 a 12015 a 21260 a 38407 a 82000 a
Julho de 2015MBAla 12031 c 10141 a 18326 a 37000 b 81000 aMBAli 12757 bc 11238 a 20351 a 45562 a 80000 a
MBGAla 14580 a 11441 a 19777 a 35572 b 84700 aMBGAli 13888 ab 11475 a 20857 a 38542 b 84700 a
Dezembro de 2015MBAla 12622 a 13740 a 18461 a 37732 a 80173 aMBAli 10850 a 13230 a 20756 a 46237 a 87771 a
MBGAla 10935 a 12673 a 21362 a 51772 a 94381 aMBGAli 10243 a 13871 a 22722 a 46057 a 88405 a
*Valores seguidos por letras distintas, dentro de cada época de avaliação e para cada profundidade, diferem entre sia 5% de probabilidade pelo teste t . MBAla = milho em consórcio com braquiária no verão e aveia semeada a lanço no inverno. MBAli = milho em consórcio com braquiária no verão e aveia semeada em linha no inverno. MBGAla = milho em consórcio com braquiária e guandu no verão e aveia semeada a lanço no inverno. MBGAli =milho em consórcio com braquiária e guandu no verão e aveia semeada em linha no inverno.
Biomassa microbiana (Carbono e Nitrogênios microbianos)
31
Na avaliação de biomassa microbiana (Tabela 13) verificou-se efeito dos tratamentos
apenas para o N microbiano (Nmic), onde o maior teor foi obtido com o tratamento MBGAli,
muito provavelmente pelo aporte de N pela leguminosa. Já no outro tratamento com guandu
(MBGALa) os teores de Nmic foram baixos, provavelmente pelo efeito da mobilização
superficial do solo com grade niveladora utilizada para incorporar as sementes de aveia.
Tabela 13. Teores de C e N microbianos, em kg ha-1, na camada de 0 a 0,10 m, em função dos consórcios de verão e da modalidade de semeadura de aveia no inverno.
Tratamentos Carbono Nitrogêniomg kg-1
MBAli 392 a 37 abMBAla 365 a 25 b
MBGAli 475 a 57 aMBGAla 343 a 23 b
*Valores seguidos por letras distintas, diferem entre si a 5% de probabilidade pelo teste t . MBAla = milho em consórcio com braquiária no verão e aveia semeada a lanço no inverno. MBAli = milho em consórcio com braquiária no verão e aveia semeada em linha no inverno. MBGAla = milho em consórcio com braquiária e guandu no verão e aveia semeada a lanço no inverno. MBGAli = milho em consórcio com braquiária e guandu no verão e aveia semeada em linha no inverno.
Fertilidade do solo
Os resultados da análise química do solo para fins de fertilidade nas profundidades de
0,0-0,05 m; 0,05-0,10 m; 0,10-0,20 m; e 0,20 - 0,40 m, em amostras coletadas em maio de
2015, novembro de 2014, maio de 2015 e novembro de 2015 , estão apresentados nas Tabelas
14, 15, 16 e 17, respectivamente.
Na avaliação referente à coleta de maio de 2014 (Tabela 14), verificou-se que os efeitos
dos tratamentos se limitaram às camadas de 0 a 0,05 e 0,05 a 0,10 cm de profundidade. Entre os
principais resultados estão o reduzido teor de P e K no tratamento MBGAli.
Tabela 14. Resultados da análise química do solo para fins de fertilidade, em amostrascoletadas em maio de 2014, nas profundidades de 0,0-0,05 m; 0,05-0,10 m; 0,10-0,20 m; e
32
0,20 - 0,40 m, em áreas de produção de silagem de milho consorciado com capim-maranducom ou sem feijão-guandu no verão/outono e diferentes modalidades de sobressemeadura deaveia-preta no inverno/primavera para pastejo por cordeiros.TRATAMENTOS Presina S pH(CaCl2) H+Al Ca Mg K CTC V%
----mg dm-3----- ----------------mmolc dm-3---------------camada de 0 a 0,05 m
MBAla 30 ab 25 a 4,8 b 40 a 25 a 14 a 4,1 a 84 a 51 a
MBAli33 ab 14 b 5,1 a 31 a 41 a 14 a 3,9
ab91 a 65 a
MBGAla 47 a 12 b 5,4 a 31 a 40 a 18 a 4,7 a 85 a 66 aMBGAli 20 b 12 b 4,6 b 42 a 28 a 15 a 2,7 b 89 a 50 a
camada de 0,05 a 0,10 mMBAla 16 ab 18 a 4,7 a 42 a 20 a 10 a 2,5 a 75 b 44 aMBAli 27 ab 18 a 4,8 a 39 a 28 a 9 a 2,4 a 78 ab 49 aMBGAla 58 a 17 a 4,9 a 40 a 30 a 12 a 3,2 a 87 a 52 aMBGAli 7 b 13 a 4,8 a 35 a 24 a 12 a 1,4 b 73 b 51 a
camada de 0,10 a 0,20 mMBAla 8 a 23 a 4,8 a 42 a 17 a 8 a 1,8 a 70 a 40 aMBAli 8 a 24 a 4,7 a 37 a 23 a 8 a 1,4 a 69 a 46 aMBGAla 8 a 18 a 4,9 a 37 a 27 a 11 a 2,0 a 78 a 52 aMBGAli 4 a 16 a 4,9 a 37 a 20 a 9 a 3,5 a 71 a 46 a
camada de 0,20 a 0,40 mMBAla 5 a 24 b 4,7 a 45 a 16 a 9 a 1,1 a 72 a 38 aMBAli 4 a 44 a 4,4 a 59 a 15 a 6 a 1,1 a 82 a 28 aMBGAla 3 a 22 b 4,5 a 55 a 13 a 7 a 1,6 a 78 a 30 aMBGAli 3 a 41 a 4,4 a 53 a 11 a 6 a 0,9 a 72 a 26 aValores seguidos por letras distintas, dentro de cada época de avaliação e para cada profundidade, diferem entre si a 5% de probabilidade pelo teste t . MBAla = milho em consórcio com braquiária no verão e aveia semeada a lanço no inverno. MBAli = milho em consórcio com braquiária no verão e aveia semeada em linha no inverno. MBGAla = milho em consórcio com braquiária e guandu no verão e aveia semeada a lanço no inverno. MBGAli =milho em consórcio com braquiária e guandu no verão e aveia semeada em linha no inverno.
Na avaliação referente à amostragem de novembro de 2014 (Tabela 15) ressalta-se os
resultados obtidos com o tratamento MBGAla, que proporcionou maiores teores de P e K na
camada de 0,05 a 0,10 e 0,10 a 0,20 m, e maior teor de K na camada de 0,05 a 0,10 m, sendo
que na camada de 0,10 a 0,20 m o teor de 1,5 mmolc dm-3 foi superior aos obtidos pelos
tratamentos MBAla e MBGAli, porém não diferiu do teor obtido com o tratamento MBAli.
Verificou-se também que, tanto na camada de 0,05 a 0,10 m como na camada de 0,10 a 0,20
m, o tratamento MBGAla resultou em menores teores de Ca em relação aos obtidos com os
tratamentos MBAli e MBGAla. Nessa época de avaliação, constatou-se que o tratamento
MBAla proporcionou os maiores teores de S em profundidade (camada de 0,20 a 0,40 m).
Tabela 15. Resultados da análise química do solo para fins de fertilidade, em amostrascoletadas em novembro de 2014, nas profundidades de 0,0-0,05 m; 0,05-0,10 m; 0,10-0,20 m;
33
e 0,20 - 0,40 m, em áreas de produção de silagem de milho consorciado com capim-maranducom ou sem feijão-guandu no verão/outono e diferentes modalidades de sobressemeadura deaveia-preta no inverno/primavera para pastejo por cordeiros.TRATAMENTOS P S pH
(CaCl2)H+Al Ca Mg K CTC V%
----mg dm-3----- ----------------mmolc dm-3---------------camada de 0 a 0,05 m
MBAla 27 a 19 a 5,1 a 30 a 31 a 14 a 3,5 a 80 a 60 a
MBAli26 a 16 a 4,8 a 31 a 32 a 12 a
2,7a
79 a 55 a
MBGAla 31 a 20 a 5,0 a 32 a 34 a 12 a 5,0 a 81 a 50 aMBGAli 31 a 16 a 4,9 a 37 a 23 a 12 a 3,7 a 78 a 52 a
camada de 0,05 a 0,10 mMBAla 13 b 19 a 4,4 a 43 a 13 b 9 a 1,2 b 67 b 40 a MBAli 16 b 15 a 4,8 a 31 a 25 a 10 a 1,6 b 68 b 54 aMBGAla 33 a 20 a 4,8 a 37 a 25 a 9 a 3,2 a 75 a 50 aMBGAli 10 b 16 a 4,8 a 38 a 19 ab 9 a 1,8 b 68 b 44 a
camada de 0,10 a 0,20 mMBAla 4 b 24 a 4,6 a 37 a 17 b 6 a 0,9 b 63 bc 40 a
MBAli5 b 13 a 5,1 a 30 a 26 a 11 a 1,1
ab68 ab 55 a
MBGAla 8 a 20 a 5,0 a 30 a 28 a 10 a 1,5 a 70 a 55 aMBGAli 6 b 13 a 5,0 a 30 a 20 ab 8 a 0,9 b 60 c 48 a
camada de 0,20 a 0,40 mMBAla 2 a 60 a 4,3 a 62 a 13 a 5 a 0,8 a 75 b 30 aMBAli 2 a 28 b 4,6 a 62 a 16 a 8 a 0,7 a 87 a 28 aMBGAla 3 a 30 b 4,6 a 50 a 14 a 7 a 0,9 a 70 b 31 aMBGAli 2 a 18 b 4,9 a 52 a 17 a 8 a 0,8 a 57 c 44 bValores seguidos por letras distintas, dentro de cada época de avaliação e para cada profundidade, diferem entre si a 5% de probabilidade pelo teste t . MBAla = milho em consórcio com braquiária no verão e aveia semeada a lanço no inverno. MBAli = milho em consórcio com braquiária no verão e aveia semeada em linha no inverno. MBGAla = milho em consórcio com braquiária e guandu no verão e aveia semeada a lanço no inverno. MBGAli =milho em consórcio com braquiária e guandu no verão e aveia semeada em linha no inverno.
34
Na avaliação de maio de 2015 (Tabela 16) verificou-se que o tratamento MBAla
resultou em maior teor de P na camada superficial (0 a 0,05 m). Ressalta-se também o
resultado obtido com o tratamento MBGAla, que resultou em maiores teores K até 0,20 m
de profundidade, porém sem diferir significativamente dos tratamentos MBAla e MBAli na
camada de 0 a 0,05 m e do tratamento MBAla nas camadas 0,05 a 0,10 m e 0,10 a 0,20 m.
Tabela 16. Resultados da análise química do solo para fins de fertilidade, em amostrascoletadas em maio de 2015, nas profundidades de 0,0-0,05 m; 0,05-0,10 m; 0,10-0,20 m; e0,20 - 0,40 m, em áreas de produção de silagem de milho consorciado com capim-maranducom ou sem feijão-guandu no verão/outono e diferentes modalidades de sobressemeadura deaveia-preta no inverno/primavera para pastejo por cordeiros.TRATAMENTOS P S pH
(CaCl2)H+Al Ca Mg K CTC V%
----mg dm-3----- ----------------mmolc dm-3---------------camada de 0 a 0,05 m
MBAla 54 a 22 a 5,2 a 32 a 30 a 13 a 4,0 ab 80 a 60 a
MBAli36 b 16 a 4,5 a 32 a 31 a 10 a 3,1
ab75 a 59 a
MBGAla 38 b 13 a 4,9 a 36 a 27 a 10 a 4,2 a 77 a 53 aMBGAli 30 b 10 a 4,8 a 38 a 26 a 11 a 2,6 b 74 a 49 a
camada de 0,05 a 0,10 mMBAla 40 a 20 a 4,8 a 41 a 21 a 9 a 2,6 ab 73 a 45 aMBAli 38 a 13 a 4,9 a 35 a 24 a 7 a 1,8 bc 68 a 48 aMBGAla 34 a 21 a 4,7 a 31 a 21 a 7 a 2,9 a 62 a 51 aMBGAli 30 a 11 a 4,8 a 41 a 18 a 8 a 1,6 c 70 a 40 a
camada de 0,10 a 0,20 mMBAla 10 a 21 a 4,5 a 41 a 17 a 7 a 1,7 ab 70 a 40 aMBAli 13 a 24 a 4,7 a 45 a 18 a 6 a 1,1 b 69 a 43 aMBGAla 8 a 16 a 4,8 a 42 a 18 a 6 a 2,4 a 69 a 37 aMBGAli 8 a 15 a 4,9 a 40 a 22 a 9 a 1,1 b 62 a 50 a
camada de 0,20 a 0,40 mMBAla 4 a 33 a 4,4 a 56 b 10 a 5 a 1,1 a 72 ab 23 aMBAli 5 a 30 a 4,3 a 42 b 7 a 6 a 0,9 a 68 ab 37 aMBGAla 3 a 35 a 4,4 a 68 a 8 a 4 a 1,4 a 82 a 16 aMBGAli 3 a 22 a 4,7 a 40 b 17 a 7 a 1,0 a 66 b 40 aValores seguidos por letras distintas, dentro de cada época de avaliação e para cada profundidade, diferem entre si a 5% de probabilidade pelo teste t . MBAla = milho em consórcio com braquiária no verão e aveia semeada a lanço no inverno. MBAli = milho em consórcio com braquiária no verão e aveia semeada em linha no inverno. MBGAla = milho em consórcio com braquiária e guandu no verão e aveia semeada a lanço no inverno. MBGAli =milho em consórcio com braquiária e guandu no verão e aveia semeada em linha no inverno.
35
Assim como observado na avaliação referente à coleta de novembro de 2014 (Tabela
15), na avaliação de novembro de 2015 (Tabela 17) verificou-se novamente maior teor de P
na camada de 0,05 a 0,10 m com o tratamento MBGAla, porém, nessa última avaliação
maiores teores com esse tratamento também foram obtidos na camada de 0 a 0,05 m. O
outro tratamento que também envolve o cultivo de guandu, MBGAli, também merece
destaque, pois proporcionou maior teor de K na camada 0,05 a 0,10 m, porém resultou em
menores teores de Ca na camada de 0,10 a 0,20 m. Já o tratamento MBAla resultou em
maior teor de Mg na camada de 0 a 0,05 m e menor teor de Ca na camada de 0,20 a 0,40 m.
Tabela 17. Resultados da análise química do solo para fins de fertilidade, em amostrascoletadas em novembro de 2015, nas profundidades de 0,0-0,05 m; 0,05-0,10 m; 0,10-0,20 m;e 0,20 - 0,40 m, em áreas de produção de silagem de milho consorciado com capim-maranducom ou sem feijão-guandu no verão/outono e diferentes modalidades de sobressemeadura deaveia-preta no inverno/primavera para pastejo por cordeiros.TRATAMENTOS P S pH
(CaCl2)H+Al Ca Mg K CTC V%
----mg dm-3----- ----------------mmolc dm-3---------------camada de 0 a 0,05 m
MBAla 51 a 11 a 5,1 a 30 a 29 a 14 a 4,1 a 78 a 60 a
MBAli34 a 8 a 5,1 a 32 a 25 a 9 b 2,6
a69 a 52 ab
MBGAla 81 b 11 a 5,0 a 41 a 23 a 8 b 3,6 a 74 a 44 bMBGAli 36 a 10 a 4,8 a 42 a 22 a 7 b 2,4 a 72 a 41 b
camada de 0,05 a 0,10 mMBAla 33 a 18 a 4,7 a 43 a 20 a 9 a 2,2 b 73 b 40 aMBAli 38 a 11 a 5,0 a 39 a 25 a 8 a 2,0 b 73 b 48 aMBGAla 73 b 16 a 4,5 a 47 a 20 a 6 a 2,6 b 74 b 35 aMBGAli 31 a 12 a 4,6 a 49 a 22 a 10 a 3,7 a 85 a 42 a
camada de 0,10 a 0,20 mMBAla 8 a 25 a 4,6 a 47 a 16 a 7 a 1,4 a 71 a 34 abMBAli 10 a 12 a 5,0 a 34 a 22 a 7 a 1,0 a 64 a 41 aMBGAla 10 a 18 a 4,6 a 39 a 22 a 6 a 1,6 a 71 a 43 aMBGAli 7 a 17 a 4,5 a 50 a 10 b 4 a 1,0 a 65 a 23 b
camada de 0,20 a 0,40 mMBAla 3 a 49 a 4,1 a 77 a 7 b 4 a 1,0 a 90 ab 13 bMBAli 4 a 30 a 4,6 a 50 bc 16 a 6 a 0,8 a 73 a 32 abMBGAla 6 a 30 a 4,8 a 33 c 24 a 9 a 0,9 a 67 b 49 aMBGAli 9 a 24 a 4,2 a 72 ab 18 a 7 a 1,4 a 100 a 26 abValores seguidos por letras distintas, dentro de cada época de avaliação e para cada profundidade, diferem entre si a 5% de probabilidade pelo teste t . MBAla = milho em consórcio com braquiária no verão e aveia semeada a lanço no inverno. MBAli = milho em consórcio com braquiária no verão e aveia semeada em linha no inverno. MBGAla = milho em consórcio com braquiária e guandu no verão e aveia semeada a lanço no inverno. MBGAli =milho em consórcio com braquiária e guandu no verão e aveia semeada em linha no inverno.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
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O Cultivo de feijão-guandu em consórcio com milho e braquiária para produção de
silagem possibilita proporciona maior quantidade de matéria seca de braquiária por ocasião
da dessecação do pasto residual para a implantação da safra seguinte, em área com
semeadura de aveia a lanço. O uso dessa leguminosa forrageira possibilita maiores estoques
de C e N contidos na fitomassa de plantas vivas ou mortas, porém, não é suficiente para
alterar o estoques desses elementos na camada de 0 a 40 cm do perfil do solo. No entanto, o
tratamento MBGAli proporcionou aumentos de 54% a 147% no teor de N microbiano na
camada de 0 a 10 cm do solo. Já o outro tratamento com uso de guandu porém com
semeadura de aveia a lanço, não proporcionou os mesmos aumentos, talvez pelo efeito da
mobilização do solo com grade para incorporação das sementes de aveia.
Na fertilidade do solo, os tratamento envolvendo o uso de guandu em consórcio com milho
e braquiária para ensilagem promoveram aumentos nos teores de P e K.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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38
Sem mais para o momento, coloco-me a disposição para demais esclarecimentos.
Atenciosamente,
___________________________________
Carlos Alexandre Costa Crusciol
Prof. Titular no Departamento de Produção e Melhoramento Vegetal
FCA/UNESP – Botucatu (SP)
Botucatu, 04 de julho de 2016