Post on 21-Jul-2015
Objectivos Pedagógicos
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• Adquirir noções básicas sobre a leishmaniose canina
Gerais
•No final da sessão, os formandos deverão ser capazes de:
• Identificar por escrito as 5 regiões com maior incidência da doença em Portugal,recorrendo à informação fornecida ao longo da sessão;
• Caracterizar por escrito o método principal de transmissão da doença, abordado aolongo da sessão;
•Expor oralmente 6 dos vários sinais clínicos da doença abordados na sessão, a umcolega em contexto de simulação;
• Citar oralmente 3 métodos preventivos descritos no último tópico da sessão.
Específicos
1. O que é a Leishmaniose?
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Doença crónica, de manifestação cutânea ou visceral , causada por protozoários flagelados do género
Leishmania
Afeta humanos e a espécie canina
• Carácter endémico e zoonótico• Modelo para a infeção humana (pessoascom o sistema imunitário insuficiente)
(Fonte: Solano-Gallego, L.) (Fonte: Solano-Gallego, L.) (Fonte: Solano-Gallego, L.) (Fonte: Solano-Gallego, L.) (Fonte: Solano-Gallego, L.)
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A leishmaniose canina existe em 50 países dos 88 em que as leishmanioses humanas são endémicas !!
Em Portugal estima-se que 110 mil cães estejam infetados embora muitos não manifestem a doença.
2. Transmissão
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1. Picada de insetos flebotomíneos (≠ mosquitos)
Países mediterrânicos – Maio a Outubro Europa – Phlebotomus perniciosuse P. ariasi Um cão podem sofrer 700 picadas numa só noite!
INOCULAMLeishmanias
2. Transfusão sanguínea3. Transmissão placentária4. Outros vetores
(Fonte: Miró, G)
(Fonte: Miró, G)
(Fonte: Miró, G) (Fonte: Miró, G)
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Como é que o meu cão se infeta com Leishmania?
O parasita é transmitido aos cães e ao Homem, pela picada de insetos flebótomos fêmeas. Estes pequenos insetos de cor amarela clara vivem nos refúgios de animais, habitações, caixotes de lixo, jardins, matas, etc. e alimentam-se, preferencialmente, ao final do dia.
Os cães que vivem sempre no exterior ou na maior parte do tempo fora de casa, os cães de pelo curto e os animais com idade igual ou superior a 2 anos correm maior risco de ser infetados.
A leishmania localiza-se, sobretudo, na medula óssea, nos gânglios linfáticos, baço, fígado e pele.
(Fonte: Leonardo Hoffmann)
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Agenda1. O que é a Leishmaniose?2. Transmissão3. Sinais Clínicos4. Diagnósticos5. Prevenção e Tratamento
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Sintomáticos
Assintomáticos
Ambos transmitem aos vetores !
Envolvimento cutâneo(80-100%)
• Alopecia e descamação• Dermatite ulcerativa• Nódulos cutâneos• Dermatose pustular estéril• Feridas persistentes, que não
cicatrizam
Sinais sistémicos:
• Emagrecimento• Vómitos, diarreias• Fraqueza geral• Apatia• Anemia• Febre irregular• Dilatação do fígado ou do baço • Aumento exagerado das unhas• Lesões oculares• Hemorragias nasais.
3. Sinais Clínicos
4. Diagnóstico
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Através de testes rápidos junto do seu médico veterinário.
O diagnóstico definitivo é feito por análise de sangue ou pesquisa de leishmanias na medula óssea e gânglios linfáticos.
(Fonte: Miró, G)
(Fonte: Fotografia da autora.)
(Fonte: Miró, G)
5. Prevenção
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Medidas mais eficazes para reduzir a prevalência de infeção nos cães:
1. Inseticidas /Uso de produtos repelentes de insetos –
2. Evitar os passeios em zonas de rios ou charcos, sobretudo ao romper da manhã e ao fim do dia, pois são períodos de maior atividade dos mosquitos.
3. Assegurar um bom estado de saúde do animal, para manter um bom sistema imunitário – uma boa alimentação, vacinação e desparasitação regular.
4. Vacinas
Scalibor®, Pulvex®,ou Advantix®
(Fonte: Catálogo Virbac.)
(Fonte: Fotografias da autora.)
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5. Tratamento (objetivo: destruição do parasita, fármaco estimulante imunitário, impedimento da multiplicação do parasita). Fêmeas devem ser esterilizadas.
6. Eutanásia (caso os donos não optem pelo tratamento)!!!
Conclusão
O animal pode manter uma boa qualidade de vida durante muitos anos desde que tratado adequadamente.
Esta doença NÃO deve ser deixada sem tratamento uma vez que o animal é uma fonte de contágio.
Bibliografia
1. Baneth, G. et al. (2008) Canine leishmaniosis –new concepts and insights on anexpanding zoonosis: part one. Trends in Parasitology, 24: 325-330.
2. Miró, G. et al. (2008) Canine leishmaniosis –new concepts and insights on an expandingzoonosis: part two. Trends in Parasitology, 24: 371-377.
3. Solano-Gallego, L. et al. (2009) Directions for the diagnosis, clinical staging, treatmentand prevention of canine leishmaniosis. Veterinary Parasitology, 165: 1-18.