Post on 10-Aug-2015
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS
Curso de Arquitetura e Urbanismo
SHIGERU BAN: PROCEDIMENTOS PROJETURAIS NA
ARQUITETURA ATUAL
Débora Amaral Sebe
Raimer Leal Lopes
Belo Horizonte
2012
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Débora Amaral Sebe
Raimer Leal Lopes
SHIGERU BAN: PROCEDIMENTOS PROJETURAIS NA
ARQUITETURA ATUAL
Trabalho apresentado à disciplina de
Teoria da Arquitetura da Pontifícia
Universidade Católica de Minas Gerais.
Orientador: Daniele Nunes Caetano de Sá
Belo Horizonte
2012
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RESUMO
O presente trabalho trata-se de uma análise dos procedimentos projetuais do Arquiteto
Shigeru Ban, no qual investigamos as bases de seu processo de projeto, isto é, como funciona
seu sistema de trabalho, identificação e problematização. Shigeru Ban nasceu em 1957 e é um
arquiteto japonês conhecido a nível internacional pelo seu famoso trabalho inovador com o
papel, quase sempre reciclado. A escolha do grupo pela análise do arquiteto foi norteada pelo
fato de existir poucas publicações brasileiras e pela sua valorização dentro da instituição. A
identificação pautou-se pelas principais questões e críticas (teorias) tratadas pelos autores,
identificação dos procedimentos projetuais adotados incluindo as tecnologias empregadas, o
sistema de representação utilizado e as interfaces entre as críticas (teorias), a prática de
projeto e a obra arquitetônica. A pesquisa nos mostra que é possível redescobrir outros
materiais que substitua o concreto, principalmente aqueles recicláveis, sua aplicabilidade na
construção, não ficando a mercê das tecnologias pré-existentes.
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LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1: Villa Mairea, Alvar Aalto. Uso de madeira em seus projetos inspirou Shigeru a
projetar a exposição. 8
FIGURA 2: Projeto da exposição para o Alvar Aalto, em Tokio. 9
FIGURA 3: Casa móvel 11
FIGURA 4: Maquete do Nomadic Museum 12
FIGURA 5: Detalhe da estrutura do Prédio 13
FIGURA 6: Nomadic Museum 13
FIGURA 7: Vista externa do Nomadic Museum a noite. 13
FIGURA 8: Interior do Nomadic Museum. 14
FIGURA 9: Curtain Wall House 15
FIGURA 10: Interior da Curtain Wall House 15
FIGURA 11: Planta do 1º Pavimento . 16
FIGURA 12: Planta do 2º Pavimento 16
FIGURA 13: Vista externa da Casa Panorâmica 17
FIGURA 14: Vista da natureza de dentro da Casa Panorâmica 17
FIGURA 15: Fachada da Nine Square Grid House 18
FIGURA 16: Interior da Nine Square Grid House 18
FIGURA 17: Esquema estrutural 19
FIGURA 18: Glass Shutter House com as venezianas fechadas. 20
FIGURA 19: Glass Shutter House com as venezianas e cortinas abertas. 20
FIGURA 20: Fachada da frente do Nicolas G.Hayek Center. 21
FIGURA 21: No lado esquerdo, Fachada posterior do Nicolas G.Hayek Center e ao lado
direito, a passagem entre as lojas com o showroom. 22
FIGURA 22: Escritório de Shigeru no Terraço do Pompidou. 23
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FIGURA 23: Vista externa do Pompidou Center 24
FIGURA 24: Maquete do Pompidou Center 24
FIGURA 25: Entrada do Pompidou Centro 25
FIGURA 26: Galeria do estilista Issey Miyake 25
FIGURA 27: Expo Pavillion 26
FIGURA 28: Sistema estrutural do Expo Pavillion 26
FIGURA 29: Abrigos temporários em Ruanda, África 27
FIGURA 30: Abrigos em Kobe, Japão. 28
FIGURA 31: Igreja em Kobe, Japão. 29
FIGURA 32: Interior da Igreja em Kobe, Japão. 29
FIGURA 33: Abrigos na Turquia. Detalhe para a fundação de engradados de cerveja. 30
FIGURA 34: Crianças observam o protótipo do prédio da escola. 31
FIGURA 35: Voluntários erguem a estrutura da escola 31
FIGURA 36: Esquema estrutural da escola. 31
FIGURA 37: Vista superior dos 3 prédios das escolas prontos. 32
FIGURA 38: Vista externa do Paper Concert Hall. 32
FIGURA 39: Vista interna do Paper Concert Hall. 33
FIGURA 40: Corredor do Paper Concert Hall. Detalhe para os pilares e a cortina vermelha
que esconde o isolamento acústico do prédio. 33
FIGURA 41: Maquete estrutural do Paper Concert Hall. 33
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 7
2 PROJETOS ESTRUTURAIS 11
2.1 Casa Móvel 11
2.2 Museu Nômade 12
3 REFERÊNCIAS JAPONESAS 14
3.1 Curtain Wall House 14
3.2 Casa Panorâmica 17
3.3. Nine Square Gride House 18
3.4 Glass Shutter House 19
3.5 Nicolas G.Hayek Center 21
4 POMPIDOU CENTER 22
5 TUBOS DE PAPEL 25
6 A ESTRUTURA DE PAPEL PARA ABRIGO PARA REFUGIADOS 27
5.1 Ruanda, África 27
5.2 Kobe, Japão 28
5.3 Kobe, Japão, Igreja 39
5.4 Turquia 30
5.5 Chengdu, China 30
5.6 Paper Concert Hall. - L’áquila, Itália 32
6 CONCLUSÃO 34
REFERÊNCIAS 35
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1 INTRODUÇÃO
“Desde que me tornei arquiteto, fiquei muito decepcionado com minha profissão,
porque trabalhamos principalmente para privilegiados, ricos, governos e construtoras”, afirma
Shigeru Ban em entrevista no Arq. Futuro 2012, Rio de Janeiro, Brasil. “O fato deles terem
dinheiro e poder acabam chamando arquitetos para fazerem um monumento para mostrar ao
público esse poder e dinheiro, mas também tiramos vantagem dessa oportunidade para fazer
nossas esculturas”. Shigeru, após sair da faculdade, esperava usar seu conhecimento e
experiências não só para os privilegiados, mas para o público em geral, principalmente para
aqueles que perderam suas casas em um desastre natural.
O desastre natural está se transformando em desastres criados pelo homem, pois um
terremoto, por exemplo, não mata pessoas sozinhas, mas o colapso dos prédios sim, e isso é
responsabilidade do arquiteto. Quando acontecem esses fenômenos da natureza raramente há
arquitetos envolvidos na reconstrução das casas, já que estão ocupados trabalhando para os
privilegiados. Pensando em recriar a vida de necessitados em desastres naturais, Ban engaja-
se em trabalhar em áreas de desastre, além de trabalhar para os privilegiados.
“Shigeru Ban nasceu em 1957 e é um arquiteto japonês conhecido a nível
internacional pelo seu famoso trabalho inovador com o papel, quase sempre reciclado.
Estudou no Instituto de Arquitetura do Sul da Califórnia entre 1977 e 1980 e entre 1980 e
1984 estudou na Escola de Arquitetura Cooper Union, em Nova York. Após formar, volta
imediatamente para o Japão para abrir o seu escritório, mesmo sem experiência como
arquiteto.
Sua primeira obra foi uma exposição para o arquiteto finlandês Alvar Aalto, em Tókio,
1986. Ban viajou para a Finlândia várias vezes para ver seus prédios e queria projetar a
exposição como arquitetura dele, mas não tinha orçamento suficiente para usar madeira, como
Alvar Aalto fazia nos prédios e também não queria usar madeira em uma exposição
temporária, pelo fato de ter que desmontá-la depois, tendo um desperdício desse material para
um uso temporário. Então procurou algumas alternativas para substituí-la. Foi quando
encontrou folhas de papel que estavam por todo o seu ateliê. Esse era muito fino e bastante
maleável, mas acabou lembrando que quando acabava o papel, o tubo do papel sobrava e
como odeia jogar coisas fora, os guardava para usar em outra coisa e logo pensou que esse
seria um bom material. Usou os pequenos diâmetros do tubo para projetar os assentos como
na Viipuri Library, projetada por Aalto, e diâmetros maiores como divisores livres. Depois,
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descobriu que o tubo de papel era muito mais forte do que esperava, começando a testa-los
para usar em estruturas de prédios e outras formas de reaproveitamento.
Figura 1: Villa Mairea, Alvar Aalto. Uso de madeira em seus projetos inspirou Shigeru a
projetar a exposição.
Fonte: Site do Instituto São Tomás de Aquino
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Figura 2: Projeto da exposição para o Alvar Aalto, em Tokio.
Fonte: Shigueru Ban Arquitects
As obras do arquiteto japonês Shigeru Ban respeitam a tradição nipônica do
minimalismo, a pureza da geometria e a integração fluida entre o espaço público e privado.
Mas ele vai além. Minimalista não é o resultado final da obra, mas o processo para realizá-la
em si. Em Shigeru Ban os fundamentos de sua obra são sua filosofia. Suas construções são
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uma defesa viva do uso criativo de materiais como tubos de papelão e engradados de cerveja,
do conceito de reaproveitamento, da mobilidade das estruturas, de espaços abertos que
conectem as edificações aos cenários que as cercam e, sobretudo, do respeito igual para
projetos monumentais milionários e para baratíssimas habitações para desabrigados de
desastres naturais.
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2 PROJETOS ESTRUTURAIS
2.1 CASA-MÓVEL
Em sua obra há a influência da arquitetura móvel de paredes deslizantes das casas
tradicionais do Japão, que as integram internamente e com o espaço exterior. Ela aparece em
sua obra em conceitos como o da casa-móvel - sem colunas, com o telhado sustentado por
móveis como guarda-roupas - e da casa "nove quadrados" - com apenas dois cômodos fixos
(cozinha e banheiro) e paredes que podem ser deslocadas, com diversas combinações
possíveis. Dentro dessa ideia, o arquiteto usa bastantes materiais como cortinas de pano e
venezianas de vidro. Elas permitem, dependendo do clima, a abertura completa para
aproveitar o verde externo, dispensando o ar condicionado.
O primeiro trabalho realizado foi o projeto de casas japonesas que não tem colunas ou
paredes apoiando o teto. Toda a estrutura é feita com móveis industrializados, no qual são
conectados com a fundação. Em um dia é possível instalar a estrutura dos armários e no outro,
só é preciso colocar o teto. Já em Nova York, Long Island, pode aperfeiçoar a técnica. Na
versão anterior os móveis eram feitos de molduras de madeira, mas dessa vez os móveis são
feitos apenas de compensado. São três pedaços de compensado de 25 milímetros de espessura,
conectados por finger joints. É muito mais barato e mais fácil construir essa casa.
Figura 3: Casa móvel
Fonte: Shigeru Ban Arquitects
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2.2 MUSEU NÔMADE
Outro exemplo de mobilidade mostrado pelo arquiteto foi seu museu nômade,
estrutura gigantesca montada com contêineres ("Material que segue norma internacional, ou
seja, é igual no mundo inteiro", explica ele). Feito numa estrutura "tabuleiro de xadrez" (com
vãos entre os contêineres), o conceito do museu foi transposto para edificações de três andares
para abrigar pessoas que perderam suas casas em terremoto e tsunami no Japão.
O Nomadic Museum, para o artista canadense Greogory Colbert, no Pier 54, Chelsea,
West Side, em 2005, foi desenvolvido para ser transportado de cidade em cidade, de país em
país, mesmo possuindo 4 mil m². O desafio encarado pelo arquiteto era como fazer um prédio
rapidamente e como desmontar o prédio facilmente, além de transportar um prédio grande de
forma econômica. Decidiu, então, usar contêineres, pois segue padrão internacional e em
qualquer lugar poderá encontra-lo. Logo, alugou contêineres no local, em Nova York, e
depois que a exibição no museu acabou, devolveram ao estaleiro.
Outro Museu também foi construído com essa técnica, no Píer do Rio Hudson,
também nos Estados Unidos. Nesse projeto, criou um padrão quadriculado, com a intenção de
minimizar o número de contêineres e tornar a estrutura mais leve, em vez de empilhar um em
cima do outro. O teto foi apoiado por tubos de papel vazios, com 75 centímetros de diâmetro e
10 metros de comprimento e a armação triangular está apoiando os tetos. Já em Santa Mônica,
tornou a alterar o projeto porque era um estacionamento quadrado, ao contrário do terreno de
Nova York, que era 200 metros. Não podendo desenvolver a galeria com 200 metros
desenvolveu duas galerias de 100 metros, sendo que entre as duas foi desenvolvido um teatro.
Figura 4: Maquete do Nomadic Museum
Fonte: NYC
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Figura 5: Detalhe da estrutura do Prédio
Fonte: NYC
Figura 6: Nomadic Museum
Fonte: NYC
Figura 7: Vista externa do Nomadic Museum a noite.
Fonte: NYC
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Figura 8: Interior do Nomadic Museum.
Fonte: NYC
3 REFERÊNCIAS JAPONESAS
3.1 CURTAIN WALL HOUSE
Ban foi influenciado por Mies van der Rohe, principalmente pela casa Farnsworth para
o desenvolvimento da Curtain Wall House. A casa Farnsworth é a mais original na história de
arquitetura ocidental, porque o prédio fica totalmente transparente, com janelas e porta fixas.
Shigeru acredita que ela é visualmente transparente, não fisicamente e partindo das habitações
japonesas tradicionais, há uma porta de correr em todo o lugar e quando a casa também fica
totalmente transparente, visualmente, mas também fisicamente, porque o espaço interno e
externo são totalmente conectados.
Então essa é a diferença entre a transparência de Mies e a tradicional do Japão. Antes
de construir essa casa o dono vivia em uma antiga casa japonesa tradicional e gostava da
abertura e da flexibilidade da casa. Por isso decidiu levar esse estilo ao novo prédio. São
apenas três andares com três estruturas, toda a fachada é feita de portas de vidro de correr, que
podem ser abertas para conectar interior e exterior. O teto tem uma borda, para proteger a
privacidade ou fornecer sombra. Quando as portas estão abertas, a cortina é levada pelo vento.
Mies van der Rohe foi o arquiteto que inventou o sistema “parede-cortina” para prédios mais
altos com molduras de alumínios e vidro cobrindo o prédio e em vez de usar a parede-cortina
de Mies, que não fornece nenhuma capacidade estrutural ao edifício, interpretou esta
expressão literalmente, empregando uma parede cortina real como fachada.
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Figura 9: Curtain Wall House
Fonte: Blogspot Comme des files
Figura 10: Interior da Curtain Wall House
Fonte: Blogspot Comme des files
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Figura 11: Planta do 1º Pavimento
Fonte: Shigueru Ban Arquitects
Figura 12: Planta do 2º Pavimento
Fonte: Shigueru Ban Arquitects
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3.2 CASA PANORÂMICA
Ainda no conceito de integração entre exterior e interior, Shigeru desenvolveu a “Casa
Panorâmica”. Nesse projeto em vez de fazer uma janela quadrada, panorâmica, emoldurando
uma bela paisagem, como numa pintura, resolveu a estrutura toda da casa como uma janela
panorâmica, emoldurando a bela vista horizontal do oceano. Pode abrir todas as portas de
correr na frente e atrás e o jardim, o espaço interno e a vista do oceano são totalmente
conectados pela janela panorâmica.
Figura 13: Vista externa da Casa Panorâmica
Fonte: Shigueru Ban Arquitects
Figura 14: Vista da natureza de dentro da Casa Panorâmica
Fonte: Shigueru Ban Arquitects
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3.3 NINE SQUARE GRID HOUSE
Já na Nine Square Grid House a fachada é quadrada e há uma estrutura de móveis pelo
espaço. Esse pode ser dividido em nove quadrados com portas de correr e dessa forma as
portas de correr quando fechadas produz espaços que o usuário pode definir o uso e depois
estão totalmente abertas, formam um grande espaço único. Só há dois cômodos com nomes:
banheiro e cozinha. De resto, não há nomes como sala de estar, quarto, sala de jantar, pois,
por exemplo, no verão, pode-se colocar a cama no lado norte da casa, que é mais fresco e no
inverno coloca-se a cama no lado sul da casa, que é mais quente.
Figura 15: Fachada da Nine Square Grid House
Fonte: Shigueru Ban Arquitects
Figura 16: Interior da Nine Square Grid House
Fonte: Shigueru Ban Arquitects
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Figura 17: Esquema estrutural
Fonte: Shigueru Ban Arquitects
3.4 GLASS SHUTTER HOUSE
O Glass Shutter House é um pequeno restaurante em Tóquio com fachada feita de
venezianas de vidro industrial. Quanto o restaurante está aberto, as venezianas sobem e você
encontra a porta. Em dias agradáveis, toda a veneziana sobe e o restaurante fica totalmente
exposto ao terraço ao lado, conectando interior e exterior. A relação entre o espaço interior e o
espaço exterior é completamente controlada pelo fechamento ou abertura das persianas e,
mais ainda, quando ajustadas em conjunto com as cortinas, torna-se possível criar situações
para se adaptar a qualquer ocasião. Arquitetura que supostamente não mudaria, tem, neste
projeto, tornar-se uma arquitetura que pode se ajustar a diferentes épocas e ocasiões.
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Figura 18: Glass Shutter House com as venezianas fechadas.
Fonte: Arcspace
Figura 19: Glass Shutter House com as venezianas e cortinas abertas.
Fonte: Shigueru Ban Arquitects
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3.5 NICOLAS G.HAYEK CENTER
De novo usou a veneziana de vidro em um prédio, na sede da Swatch, empresa de
relógios suíça, em Tóquio. Essa é a região mais cara do mundo, Ginza. Ganhou o direito de
realizar o projeto em uma competição internacional, o que não era esperado pelo arquiteto,
dado o programa, o qual exigia oito lojas. O grupo Swatch é dono de muitas marcas famosas,
como Omega, Tissot, Blancpain, Jacquet Droz, etc. e por ter tantas marcas de relógios
famosas e oito lojas em um terreno estreito, muito linear e profundo só poderia ter uma loja a
frente e o resto das lojas teria que ser nos fundos do prédio, ou em cima ou em baixo.
Vendo que seria injusto só uma loja com fachada e o resto das lojas sem,
problematizou a questão de realizar fachadas iguais para as oito lojas. A veneziana de vidro
outra vez foi a solução encontrada que, quando totalmente aberta torna-se uma área pública,
que, em um dia de sol, pode ser aberta, sem ar-condicionado e tirar vantagem da ventilação
natural. Na fachada da frente localizou quatro andares e no fundo do prédio mais quatro
andares, totalmente aberto por venezianas de vidro e criou uma passagem pública dentro do
prédio, com um pouco de verde, jardins suspensos e filtros de água. Como em Ginza não há
espaço público nem área verde, porque o terreno é muito caro, as pessoas acabaram vendo
nessa passagem pública, a oportunidade de montar um showroom de vidro das oito lojas tem
3x4 metros, sendo que cada loja tem seu showroom no terreno. Casa showroom é composto
por um elevador, que sobe para levar o cliente às lojas.
Figura 20: Fachada da frente do Nicolas G.Hayek Center
Fonte: Shigueru Ban Arquitects
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Figura 21: No lado esquerdo, Fachada posterior do Nicolas G.Hayek Center e ao lado
direito, a passagem entre as lojas com o showroom.
Fonte: Shigueru Ban Arquitects
4 POMPIDOU CENTER
A decisão de criar uma extensão do Centro Pompidou em Metz foi tomada em janeiro
de 2003 pelo então Ministro da Cultura Jean-Jacques Aillagon e pelo presidente do Centro
Pompidou, Bruno Racine. Após a aprovação pela cidade de Metz, realizou-se o concurso
vencido pelo arquiteto japonês Shigeru Ban, com 14 dos 16 votos da comissão.
As autoridades queriam, desde o princípio, que o novo prédio provocasse um impacto
na arquitetura semelhante ao criado há quase 30 anos por Renzo Piano e Richard Rogers com
o Beaubourg de Paris.
Também foi decidido que o novo edifício deveria manter a larga tradição cultural do
Centro Pompidou original, que inclui diversas formas de expressão artística. O Centro de
Metz tem pouco mais de 12.000 metros quadrados de espaço, pouco mais de um décimo do
tamanho do parisiense.
Quando venceu a competição para o novo Pompidou Center na cidade de Metz queria
ter seu próprio escritório em Paris, mas alugar escritório em Paris é muito caro, então pediu ao
presidente do Pompidou para ceder a cobertura. Queria fazer seu próprio escritório temporário
e foi interessante, pois puderam mostrar o que está sendo feito para o novo Pompidou Center
no próprio local. A construção foi feita de tubos de papel e madeira e depois, quando o
Pompidou Center em Metz foi finalizado, teve que abandonar o local.
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Figura 22: Escritório de Shigeru no Terraço do Pompidou.
Fonte: Shigueru Ban Arquitects
Ban queria fazer um prédio bem contextual, com ligação com a cidade, mas o terreno
era um pouco longe do centro. As galerias são lineares, com 50 metros de largura e 90 de
comprimento, um espaço perfeitamente retangular. Ban queria galerias práticas e criou-as
uma em cima da outra, mas em direções diferentes. Na primeira, os tubos estão voltados para
a catedral, onde há grandes janelas panorâmicas, sem moldura, com a bela catedral na
panorâmica. O segundo tubo é voltado para a estação de trem. Essa estação foi construída
pelos alemães, quando Metz foi ocupada pelos alemães após a I Guerra Mundial. Então era
uma história muito importante da cidade, e capturou-se a vista da estação de trem. Era uma
forma de conectar o museu que estava longe do centro da cidade. Ban também queria que o
museu fosse um espaço público e abrir o museu a público e à cidade tanto quanto possível.
Então o terreno é todo feito de veneziana de vidro, que pode ser totalmente abeta para ligar o
interior e exterior.
O projeto de Shigeru Ban dispõe de um surpreendente telhado de bambu e papel
oleado, desenhado dentro de um padrão hexagonal e de sua proposta, que era erguer três
galerias tubulares de 90 por 15 metros. A ideia do teto é originalmente de uma antiga cabana
chinesa de bambu, mas também tem referência ao mapa da França, que lembra o formato de
um hexágono. É por isso que o hexágono é o símbolo dos franceses. O fato de usar as janelas
panorâmicas, emoldurando a catedral, fez com que as pessoas visitassem o museu apenas para
olhar sua própria cidade.
As medidas da nave, entre 8 e 15 metros de altura, são para abrigar a exposição de
grandes obras de arte contemporânea. Mas o Centro Pompidou-Metz também inclui galerias
de exposição de diferentes tamanhos, estúdio de criação, centro de conferências e cinema,
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centro de documentação e pesquisa, oficinas de ensino, loja, restaurante, áreas
administrativas, café e workshops técnicos.
Figura 23: Vista externa do Pompidou Center
Fonte: Site do Instituto São Tomás de Aquino
Figura 24: Maquete do Pompidou Center
Fonte: Shigueru Ban Arquitects
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Figura 25: Entrada do Pompidou Centro
Fonte: Blogspot Arquitecture Revived
5 TUBOS DE PAPEL
Em 1990 desenvolveu uma das primeiras estruturas temporárias com tubo de papel.
Como não tinha permissão do governo para usar tubo de papel, usou outros materiais na
estrutura, como ferro e silicone para apoiar o teto e os tubos de papel formaram um tipo de
parede, para receber a pressão do vento. Na primeira construção havia 330 tubos, cada um
com 55 centímetros de diâmetros e havia tubos maiores, com 120 de diâmetro,
Continuou estudando a estrutura de papel, projetando uma pequena galeria para o
estilista Issey Miyake, com estrutura permanente. É uma estrutura simples, só os tubos de
papel criam colunas, que, dependendo da hora, listras de sombra aparecem no ambiente.
Figura 26: Galeria do estilista Issey Miyake
Fonte: The Urban Earth
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Depois projetou o Expo Pavillion para o governo japonês na Expo Hanover,
Alemanha. O tema principal da Expo era o meio ambiente, então o governo pediu-lhe para
projetar um prédio com materiais recicláveis. O caso é que o pavilhão da expo é o próprio
problema ambiental, porque se constroem vários pavilhões temporários, por meio ano, e
depois os destrói, criando um monte de lixo industrial. Então o objetivo, na verdade era o
prédio ser desmontado e com a possibilidade de ser remontado em outro local ou poder
reciclar ou reusar todos os materiais quando o prédio fosse desmontado. Então o objetivo de
Ban tornou-se não o prédio finalizado, mas sim quando fosse destruído.
Figura 27: Expo Pavillion
Fonte: The Urban Earth
Figura 28: Sistema estrutural do Expo Pavillion
Fonte: The Urban Earth
Os tubos de papel foram feitos por uma empresa local, com 20 metros de comprimento
e diâmetro de 20 centímetros e a conexão entre eles foi feita apenas com fitas de tecido. A
fundação é feita com essa caixa de madeira cheia de areia, em vez de concreto, porque
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concreto é um material muito difícil de reciclar. Para erguer a forma tridimensional há
andaimes verticais, que podem ser colocados a mão. Todos os dias teve que checar a
geometria e era muito difícil medi-la a partir do chão. Geralmente usa-se uma membrana de
PVC, mas o PVC não é bom para o meio ambiente, então desenvolveu uma membrana de
papel com proteção contra o incêndio e água, de acordo com as regras alemãs.
5 A ESTRUTURA DE PAPEL PARA ABRIGO PARA REFUGIADOS
5.1 RUANDA, ÁFRICA
Figura 29: Abrigos temporários em Ruanda, África
Fonte: Shigueru Ban Arquitects
Em 1994, Ruanda, África, duas tribos Hutu e Tutssi, lutaram e mais de 2 milhões de
pessoas se tornaram refugiados e Ban ficou perplexo ao ver as fotos do refugiados passando
frio, mesmo morando em abrigos, pois esses abrigos eram tão pobres que não conseguem
isolar o ambiente interno do meio externo. Pensou, então, que precisa melhorar os abrigos, ou
nenhum tratamento médico poderia ajuda-los. Foi a Genebra à sede do Alto Comissariado das
Nações Unidas para refugiados para propor minha ideia. Teve sorte de ser aceito como
consultor, pelo seguinte. As Nações Unidas dão só uma folha de plástico de 4x6 metros e
cortam as árvores para criar uma moldura e apoiar o plástico. Cerca de 2 milhões de pessoas
cortam árvores para abrigos. Então as Nações Unidas reconheceram esse problema ambiental
do desflorestamento e forneceram canos de alumínio, mas os refugiados os vendiam, porque
alumínio é caro na África, e voltaram a cortar as árvores.
Como os canos de alumínio não foram uma boa solução propôs a ideia de usar tubos
de papel. Realizou três protótipos em maquete física. Volta para Ruanda e coloca a tenda
como protótipo, numa fase de monitoramento. O custo desse abrigo é apenas U$$0,50. São
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simplesmente tubos de papel e juntas de plástico, mas teve que testar a durabilidade,
principalmente o problema com cupins, inseto comum na região.
5.2 KOBE, JAPÃO
Figura 30: Abrigos em Kobe, Japão.
Fonte: Shigueru Ban Arquitects
No ano seguinte no Japão, a cidade de Kobe sofreu um terrível terremoto. Mais de
3000 pessoas morreram e todas as casas se foram com o terremoto. O governo realizou
habitações temporárias no parque e quando as definitivas ficaram prontas, não queriam se
mudar para essas habitações do governo, porque haviam sido construídas fora da cidade, e
eles deviam trabalhar para uma fabrica na área industrial. Se eles se mudassem para fora da
cidade, perderiam seus empregos, por isso queriam continuar, mesmo em condições pobres.
Outro problema é que havia pessoas querendo expulsá-los, com receio de que o parque
virasse um campo. Ban pensou que teria que mantê-los, mas tinha que ser feito de uma forma
bonita para que eles fossem aceitos e continuassem aceitos e continuassem vivendo no local.
Começamos a construir habitações temporárias com tubos de papel, com 10cm de diâmetro e
espessura de apenas 4 mm. E em vez de uma fundação de concreto, que é cara, realizaram a
fundação com engradados plásticos de cerveja, cheios de areia dentro. Então é fácil de fazer e
de desmontar. E o teto é feito com duas camadas de membrana, sendo que no verão pode abrir
o frontão para entrar ventilação.
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5.3 KOBE, JÃPÃO. IGREJA.
Cerca 4.000 pessoas morreram no incêndio em uma igreja em Kobe, Japão, entre elas
refugiados vietnamitas. Ban tentou ajuda-los reconstruindo o prédio com tubos de papel. É
uma forma retangular simples, com 10x15 metros e a forma oval veio de uma das igrejas
favoritas do arquiteto, em Roma, projetada por Bernini no qual articula o corredor e o espaço
principal no interior. Essa igreja deveria ser usada por três anos, mas as pessoas adoraram,
então decidiram mantê-las por 11. Tiveram a sorte em receber uma oferta de Taiwan, pedindo
a doação da igreja, que foi desmontada, enviada para Taiwan para ser reconstruída, e se
tornou uma igreja permanente, que ainda existe.
Figura 31: Igreja em Kobe, Japão.
Fonte: Shigueru Ban Arquitects
Figura 32: Interior da Igreja em Kobe, Japão.
Fonte: Shigueru Ban Arquitects
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5.4 TURQUIA
Em 1999 também houve um grande terremoto na Turquia, onde também Shigeru
construiu habitações temporárias. Nesse caso, colocou-se papel reciclado dentro do tubo de
papel para criar mais isolamento térmico, porque o clima na Turquia é muito frio.
Figura 33: Abrigos na Turquia. Detalhe para a fundação de engradados de cerveja.
Fonte: Shigueru Ban Arquitects
5.5 CHENGDU, CHINA
Este projeto é colaboração entre as universidades japonesas e chinesas, envolvidas na
concepção e construção de salas de aula temporárias no ensino fundamental atingidas pelo
terremoto de Sichuan em maio de 2008 de tubos de papel. Enquanto a maioria da assistência
consistiu na construção de habitação temporária, Ban recebeu um pedido do Chenghua
Chengdu, Ministro da Educação, para reconstruir os prédios de sala de aula. Estes edifícios
tinham sido oficialmente decretados como inutilizável e tinha sido completamente fechado. A
equipe concebeu prédios de sala de aula temporárias para ser construído usando tubos de
papel, que são baratos, recicláveis, reutilizáveis, e prontamente disponível no local. Durante
as férias de verão, cerca de 120 voluntários japoneses e chineses trabalharam juntos na
construção. O arquiteto desenvolveu métodos de construção simples e adequados a pessoas
não qualificadas, como voluntários. Com a gestão de construção, três edifícios (nove salas de
aula), foram concluídas em cerca de 40 dias. Estas foram as primeiras construções na China
para ter uma estrutura de papel-tubo, e também foram os primeiros edifícios escolares a ser
reconstruída na área atingida pelo terremoto.
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Figura 34: Crianças observam o protótipo do prédio da escola.
Fonte: Shigueru Ban Arquitects
Figura 35: Voluntários erguem a estrutura da escola
Fonte: Shigueru Ban Arquitects
Figura 36: Esquema estrutural da escola.
Fonte: Shigueru Ban Arquitects
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Figura 37: Vista superior dos 3 prédios das escolas prontos.
Fonte: Shigueru Ban Arquitects
5.6 PAPER CONCERT HALL - L’ÁQUILA, ITÁLIA
Em L’Aquila, na Itália um terremoto destruiu a maioria dos prédios históricos foram
destruídos, incluindo a sala de consertos Essa cidade é famosa pela música, que têm uma
orquestra e uma escola de música, mas os músicos mas os músicos não tinham onde tocar
após o desastre. Propôs fazer uma sala de concertos temporária. A sala foi finalizada com
coluna de tubos de papel e com capacidade para 150 lugares. Para o isolamento acústico não
foi usado o concreto, porque é caro e difícil de desmontar e sim parede com andaimes, na qual
foram colocados caixas de areia dentro para torna-la bem isolada acusticamente e uma cortina
por fora para esconder as caixas de areia.
Figura 38: Vista externa do Paper Concert Hall.
Fonte: Shigueru Ban Arquitects
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Figura 39: Vista interna do Paper Concert Hall.
Fonte: Shigueru Ban Arquitects
Figura 40: Corredor do Paper Concert Hall. Detalhe para os pilares e a cortina
vermelha que esconde o isolamento acústico do prédio.
Fonte: Shigueru Ban Arquitects
Figura 41: Maquete estrutural do Paper Concert Hall.
Fonte: Shigueru Ban Arquitects
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6. CONCLUSÃO
Com esse trabalho Shigeru mostra que a durabilidade não tem nada a ver com a força
do material e sim como a estrutura é pensada. “Um terremoto pode derrubar um edifício de
concreto e não um de tubos de papel”, afirma. O papel, material até então desprezado pela
indústria da construção civil, foi estudado pelo arquiteto e tratado para ser à prova d’água e
aplicado nas obras. Pode ser aplicado em qualquer clima, pois a umidade não tem nada a ver
com o material que molda o papel. E quando desmontadas, todos os materiais são
reutilizados, inclusive a fundação, já que não há utilização de concreto, material caro e não
reciclável.
Essa base teórica também poderia ser aplicada no Brasil, país que possui inúmeros
“terremotos sociais”. Como no Brasil existem muitos terrenos íngremes, nesse caso o tubo de
papel seria pilares de fundação quando preenchidos com concreto para criar um assoalho e em
seguida a técnica se mantém normalmente com tubos de papel em cima dessa estrutura. Seria
diferente dos terrenos planos, já que usa areia e não concreto e engradados de cerveja.
Sua base projetual só foi possível porque no Japão existe a necessidade de desmontar
um prédio de 20 em 20 anos para reconstruir e atualizar a tecnologia, evitando que seja
destruído por intempéries. Seus trabalhos seguiram esse principio, podendo ser desmontados e
reutilizados. Enfim, acreditamos que, como Shigeru Ban, devemos redescobrir o que já temos
e como podemos usar de outra forma. Essa é sua pesquisa continua e será a nossa desse
trabalho em diante.
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REFERÊNCIAS
CAMPOS, Bruna Caroline Pinto. Shigeru Ban e sua contribuição para a arquitetura
efêmera. Vitrúvius. Acesso em: 30 de Outubro de 2012. Disponível em:
<http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/10.115/5>.
OGLOBO.No arqFuturo Shigeru Ban mostra força de seu trabalho com tubos de
papeleão. Acesso em: 30 de Outubro de 2012. Disponível em:
<http://oglobo.globo.com/rio/no-arqfuturo-shigeru-ban-mostra-forca-de-seu-trabalho-com-
tubos-de-papelao-4455542#ixzz2A8WEtNVS>.
SHVOONG. Shigeru Ban Vida. Acesso em: 30 de Outubro de 2012. Disponível em:
<http://pt.shvoong.com/humanities/arts/2174089-shigeru-ban-vida/>.
SHIGERU BAN ARCTECTS. Obras. Acesso em: 30 de Outubro de 2012. Disponível em:
<http://www.shigerubanarchitects.com/SBA_WORKS/SBA_PAPER/SBA_Paper_index.htm
>.
VIVER BEM AGORA. Igreja de Papelão substitui construção destruída por terremoto.
Acesso em: 30 de Outubro de 2012. Disponível em:
<http://www.viverbemagora.com.br/2012/04/igreja-de-papelao-substitui-construcao-
destruida-por-terremoto/>.
WIKIPEDIA. Shigeru Ban. Acesso em: 30 de Outubro de 2012. Disponível em:
<http://en.wikipedia.org/wiki/Shigeru_Ban>.
YOUTUBE. Palestra de Shigeru Ban - Arq.Futuro Rio de Janeiro. Acesso em: 30 de
Outubro de 2012. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=QhzrzvuLAvQ>.
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REFERÊNCIAS DAS ILUSTRAÇÕES
FIGURA 1: TUMBLR. Villa Mairea, Alvar Aalto. Uso de madeira em seus projetos
inspirou Shigeru a projetar a exposição. Acesso em: 30 de Outubro de 2012. Disponível
em: < http://www.tumblr.com/tagged/alvar-aalto?before=1349429872>
FIGURA 2: SHIGERU BAN ARCHITECTS. Projeto da exposição para o Alvar Aalto, em
Tokio. Acesso em: 30 de Outubro de 2012. Disponível em:
<http://www.shigerubanarchitects.com/SBA_WORKS/SBA_EXHIBITIONS/SBA_EXHIBIT_3/SBA_Exhibi
t_3.htm>.
FIGURA 3: SHIGERU BAN ARCHITECTS. Casa móvel. Acesso em: 30 de Outubro de
2012. Disponível em: http://www.shigerubanarchitects.com/SBA_WORKS/SBA_HOUSES/SBA_HOUSES_14/SBA_Houses_14.html
FIGURA 4: NYC. Maquete do Nomadic Museum. Acesso em: 30 de Outubro de 2012.
Disponível em: < http://www.nyc-architecture.com/CHE/CHE-037.htm>
FIGURA 5: NYC. Detalhe da estrutura do Prédio. Acesso em: 30 de Outubro de 2012.
Disponível em: < http://www.nyc-architecture.com/CHE/CHE-037.htm>
FIGURA 6: NYC. Nomadic Museum. Acesso em: 30 de Outubro de 2012. Disponível em: <
http://www.nyc-architecture.com/CHE/CHE-037.htm>
FIGURA 7: NYC. Vista externa do Nomadic Museum a noite. Acesso em: 30 de Outubro
de 2012. Disponível em: < http://www.nyc-architecture.com/CHE/CHE-037.htm>
FIGURA 8: NYC. Interior do Nomadic Museum. Acesso em: 30 de Outubro de 2012.
Disponível em: < http://www.nyc-architecture.com/CHE/CHE-037.htm>
FIGURA 9: BLOGSPOT COMME DES FILLES. Curtain Wall House. Acesso em: 30 de
Outubro de 2012. Disponível em: <http://comme-des-
filles.blogspot.com.br/2010_01_01_archive.html>
FIGURA 10: BLOGSPOT COMME DES FILLES. Interior da Curtain Wall House.
Acesso em: 30 de Outubro de 2012. Disponível em: <http://comme-des-
filles.blogspot.com.br/2010_01_01_archive.html>.
FIGURA 11: SHIGERU BAN ARCTECTS. Planta do 1º Pavimento. Acesso em: 30 de
Outubro de 2012. Disponível em:
<http://www.shigerubanarchitects.com/SBA_WORKS/SBA_HOUSES/SBA_HOUSES_15/SBA_Houses_
15.html>.
FIGURA 12: SHIGERU BAN ARCTECTS. Planta do 2º Pavimento. Acesso em: 30 de
Outubro de 2012. Disponível em:
<http://www.shigerubanarchitects.com/SBA_WORKS/SBA_HOUSES/SBA_HOUSES_15/SBA_Houses_
15.html>.
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FIGURA 13: SHIGERU BAN ARCTECTS. Vista externa da Casa Panorâmica. Acesso
em: 30 de Outubro de 2012. Disponível em: < http://www.shigerubanarchitects.com/SBA_WORKS/SBA_HOUSES/SBA_HOUSES_26/SBA_Houses_2
6.html>.
FIGURA 14: SHIGERU BAN ARCTECTS. Vista da natureza de dentro da Casa
Panorâmica. Acesso em: 30 de Outubro de 2012. Disponível em: < http://www.shigerubanarchitects.com/SBA_WORKS/SBA_HOUSES/SBA_HOUSES_26/SBA_Houses_2
6.html >.
FIGURA 15: BLOGSPOT ARCHIMPURA. Fachada da Nine Square Grid House. Acesso
em: 30 de Outubro de 2012. Disponível em: <http://archimpura.blogspot.com.br/>.
FIGURA 16: SHIGERU BAN ARCTECTS. Interior da Nine Square Grid House. Acesso
em: 30 de Outubro de 2012. Disponível em:
<ttp://www.shigerubanarchitects.com/SBA_WORKS/SBA_HOUSES/SBA_HOUSES_20/SBA_Houses_2
0.html/>.
FIGURA 17: SHIGERU BAN ARCTECTS. Esquema estrutural. Acesso em: 30 de
Outubro de 2012. Disponível em:
<ttp://www.shigerubanarchitects.com/SBA_WORKS/SBA_HOUSES/SBA_HOUSES_20/SBA_Houses_20.htmL>
FIGURA 18: ARCSPACE. Glass Shutter House com as venezianas fechadas. Acesso em:
30 de Outubro de 2012. Disponível em:
<http://www.arcspace.com/books/architecture_now_3/architecture_now_3.html/>.
FIGURA 19: SHIGERU BAN ARCHITECTS. Glass Shutter House com as venezianas e
cortinas abertas. Acesso em: 30 de Outubro de 2012. Disponível em:
<http://www.shigerubanarchitects.com/SBA_WORKS/SBA_HOUSES/SBA_HOUSES_28/S
BA_Houses_28.html>
FIGURA 20: SHIGERU BAN ACHITECTS. Fachada da frente do Nicolas G.Hayek
Center. Acesso em: 30 de Outubro de 2012. Disponível em:
<http://www.shigerubanarchitects.com/SBA_WORKS/SBA_OTHERS/SBA_OTHERS_14/S
BA_others_22.html>
FIGURA 21: SHIGERU BAN ACHITECTS. No lado esquerdo, Fachada posterior do
Nicolas G.Hayek Center e ao lado direito, a passagem entre as lojas com o showroom.
Acesso em: 30 de Outubro de 2012. Disponível em:
<http://www.shigerubanarchitects.com/SBA_WORKS/SBA_OTHERS/SBA_OTHERS_14/SBA_others_22.html>
FIGURA 22: BLOGSPOT ARCHITECTURE REVIVED. Escritório de Shigeru no Terraço
do Pompidou. Acesso em: 30 de Outubro de 2012. Disponível em: < http://architecturerevived.blogspot.com.br/2008/11/paper-temporary-office-pompidou-paris.ht
FIGURA 23: BLOGSPOT ARCHITECTURE REVIVED.Vista externa do Pompidou
Center. Acesso em: 30 de Outubro de 2012. Disponível em: <
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http://architecturerevived.blogspot.com.br/2008/11/centre-pompidou-metz-france.html>
FIGURA 24: CBC. Maquete do Pompidou Center. Acesso em: 30 de Outubro de 2012.
Disponível em: <http://www.cbc.ca/news/arts/artdesign/story/2010/05/12/pompidou-metz-opens.html>
FIGURA 25: BLOGSPOT ARCHITECTURE REVIVED. Entrada do Pompidou Centro.
Acesso em: 30 de Outubro de 2012. Disponível em: < http://architecturerevived.blogspot.com.br/2008/11/centre-pompidou-metz-france.html>
FIGURA 26: THE URBAN EARTH. Galeria do estilista Issey Miyake. Acesso em: 30 de
Outubro de 2012. Disponível em: < http://theurbanearth.wordpress.com/2008/05/30/>
FIGURA 27: THE URBAN EARTH. Expo Pavillion . Acesso em: 30 de Outubro de
2012. Disponível em: <http://theurbanearth.wordpress.com/2008/05/30/>
FIGURA 28: THE URBAN EARTH. Sistema estrutural do Expo Pavillion. Acesso em: 30
de Outubro de 2012. Disponível em: <http://theurbanearth.wordpress.com/2008/05/30/>
FIGURA 29: SHIGERU BAN ACHITECTS. Abrigos temporários em Ruanda, África.
Acesso em: 30 de Outubro de 2012. Disponível em: <
http://www.shigerubanarchitects.com/SBA_WORKS/SBA_PAPER/SBA_PAPER_6/SBA_paper_6.html>
FIGURA 30: SHIGERU BAN ACHITECTS. Abrigos em Kobe, Japão. Acesso em: 30 de
Outubro de 2012. Disponível em: <
http://www.shigerubanarchitects.com/SBA_WORKS/SBA_PAPER/SBA_PAPER_7/SBA_paper_7.html>
FIGURA 31: SHIGERU BAN ACHITECTS. Igreja em Kobe, Japão. Acesso em: 30 de
Outubro de 2012. Disponível em: < http://inhabitat.com/shigeru-ban-paper-church/shigeru-ban-paper-architecture-nagata-ku-churge-kobe-japan-churge-japanese-church-paper-church-shigeru-
ban-paper-3/>
FIGURA 32: SHIGERU BAN ACHITECTS. Interior da Igreja em Kobe, Japão.
Acesso em: 30 de Outubro de 2012. Disponível em: < http://www.shigerubanarchitects.com/SBA_WORKS/SBA_OTHERS/SBA_OTHERS_14/SBA_others_22.html>
FIGURA 33: SHIGERU BAN ACHITECTS. Abrigos na Turquia. Detalhe para a
fundação de engradados de cerveja. Acesso em: 30 de Outubro de 2012. Disponível em: < http://www.shigerubanarchitects.com/SBA_WORKS/SBA_OTHERS/SBA_OTHERS_14/SBA_others_22.
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FIGURA 34: SHIGERU BAN ACHITECTS. Crianças observam o protótipo do prédio da
escola. Acesso em: 30 de Outubro de 2012. Disponível em: < http://www.shigerubanarchitects.com/SBA_WORKS/SBA_OTHERS/SBA_OTHERS_14/SBA_others_22.html>.
FIGURA 35: SHIGERU BAN ACHITECTS. Voluntários erguem a estrutura da escola.
Acesso em: 30 de Outubro de 2012. Disponível em: <
39
http://www.shigerubanarchitects.com/SBA_WORKS/SBA_OTHERS/SBA_OTHERS_14/SBA_others_22.
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FIGURA 36: SHIGERU BAN ACHITECTS. Esquema estrutural da escola. Acesso em: 30
de Outubro de 2012. Disponível em: < http://www.shigerubanarchitects.com/SBA_WORKS/SBA_OTHERS/SBA_OTHERS_14/SBA_others_22.
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FIGURA 37: SHIGERU BAN ACHITECTS. Vista superior dos 3 prédios das escolas
prontos. Acesso em: 30 de Outubro de 2012. Disponível em: < http://www.shigerubanarchitects.com/SBA_WORKS/SBA_OTHERS/SBA_OTHERS_14/SBA_others_22.
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FIGURA 38: SHIGERU BAN ACHITECTS. Vista externa do Paper Concert Hall. Acesso
em: 30 de Outubro de 2012. Disponível em: < http://www.shigerubanarchitects.com/SBA_WORKS/SBA_OTHERS/SBA_OTHERS_14/SBA_others_22.
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FIGURA 39: SHIGERU BAN ACHITECTS. Vista interna do Paper Concert Hall. Acesso
em: 30 de Outubro de 2012. Disponível em: < http://www.shigerubanarchitects.com/SBA_WORKS/SBA_OTHERS/SBA_OTHERS_14/SBA_others_22.
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FIGURA 40: SHIGERU BAN ACHITECTS. Corredor do Paper Concert Hall. Detalhe
para os pilares e a cortina vermelha que esconde o isolamento acústico do prédio.
Acesso em: 30 de Outubro de 2012. Disponível em: < http://www.shigerubanarchitects.com/SBA_WORKS/SBA_OTHERS/SBA_OTHERS_14/SBA_others_22.
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FIGURA 41: SHIGERU BAN ACHITECTS. Maquete estrutural do Paper Concert Hall.
Acesso em: 30 de Outubro de 2012. Disponível em: < http://www.shigerubanarchitects.com/SBA_WORKS/SBA_OTHERS/SBA_OTHERS_14/SBA_others_22.
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