TERMOGRAFIA APLICADA À FISIOTERAPIA · Desenvolvimento de isoterma colorida: ... Congresso...

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TERMOGRAFIA APLICADA À FISIOTERAPIA

Prof. Ricardo Wallace das Chagas Lucas

Franciele De MeneckFisioterapeuta - Crefito 3/162662-F

Instrutora do Método STS (Strength Training Strategies) de Musculação Terapêutica.

Especialista em Fisiologia do Exercício pela UNIFESP.

Especialista em Fisiologia e Biomecânica do Aparelho Locomotor: reabilitação e tratamento pelo IOT – HCFMUSP.

Mestre em Medicina Translacional pela UNIFESP.

TERMOGRAFIA

DEFINIÇÃO

“Uma modalidade de captação da radiação infravermelha do corpo oude partes, que mensura e mapeia indiretamente a distribuição datemperatura emitida pela superfície corporal, determinando imagensrelacionadas à mesma.”

* Sistema vascular, nervoso e musculoesquelético

Sistema nervoso neurovegetativo central (hipotálamo), controla ofluxo sanguíneo cutâneo de maneira uniforme e simétrico, resultanum padrão térmico D/E.

HISTÓRICO

Platão, Aristóteles, Hipócrates e Galeno:

“... Quando uma parte do corpo é mais quenteou mais fria do que o restante, então a doençaesta presente nesta parte”

1592 – Primeiro termômetro por Galileu

1659 – mercúrio tubo de vidro BoullianFahrenheit (1724), Celsius (1742) e Joule (1840):desenvolveram escalas

relação calor e vida

Final do século XVI: Experimentos de DELLA PORTA – frio e calor podem ser refletidos porum vidro côncavo

Século XVIII: WILLIAM HERSHEL descobriu a radiação térmica doinfravermelho, a partir de estudos das T ° das faixas espectraisda luz visível. Notou que abaixo do vermelho visível encontrava-seuma radiação invisível, fenômeno chamado de calor negro

HISTÓRICO IMAGEM TÉRMICA

Século XVIII:* estabelecido a temperatura central (37°C)* temperatura corporal e suas variações na febre

1840: JOHN HERSHEL – validar as experiências do seu pai, primeiro“termograma” por evaporação do álcool.

* LANGLEY – bolômetro: detectar calor radiante de objetos a umadistância superior a 400m.

1857: SPURGIN construiu um “termoscópio”; diagnóstico tumor de mamaSEQUIN publicou sobre o uso da temperatura superficial, mas o conceito nãoganhou aceitação e não pode ser continuado até um século mais tarde

HISTÓRICO IMAGEM TÉRMICA

HISTÓRICO

Século XIX:* termômetro como mensuração padrão;* Claude Bernard – SN como regulador de todas as funções;* Outros experimentos: inervação simpática na regulação térmica

Anos 20-40: quiropraxia e dispositivos sensíveis ao calor em áreasparaespinhais

Anos 30: hipotálamo como centro do controle da temperatura corporal

Após a Segunda Guerra Mundial: avanço da IR restrita para uso militar

Final dos anos 50:* Dr. LAWSON (1957) – aplicação médica e câncer de mama (> T°

cutânea)* BARNES – termógrafos: detectava calor e transformava em sinais

elétricos → iluminavam um tubo de gás que brilhava com uma intensidadeproporcional a radiação detectada pelo transmissor. A luz era refletida em umfilme fotográfico e produzia um termograma (10-15 minutos)

Anos 60: ADELMAN um dos primeiros pesquisadores a utilizar imageminfravermelha para diagnóstico, utilizou um filme de infravermelho parafotografar o que ele denominou de hipertermia devido subluxações.

HISTÓRICO

Anos 60:* WILLIAMS - “Termografia em Medicina Geral” e “Termografia em DoençasMamárias”

* Primeiras conferências: Academia de Ciências de Nova York(27 estudos – COHEN pioneiro nos EUA) e na Europa

* AGA Thermovision: gerar uma imagem semelhanteà TV em um tubo de raios catódicos, permitiu observaçõesinstantâneas e processos termodinâmicos,surgiu a TERMOGRAFIA MÉDICA

HISTÓRICO IMAGEM TÉRMICA

Anos 70:Falta de treinamento adequado, entendimento do equipamento e de protocolo –erros de interpretação dos termogramas

Desenvolvimento de isoterma colorida: delineia a imagem térmica como um padrãode bandas isotérmicas de cores codificadas capazes de distinguir variações nogradiente de temperatura a 0,1°C

Avaliação da temperatura do dorso e da coluna espinhal, encontraram assimetrias empacientes com lesões espinhais

Termografia de cristal líquido (TCL): cristais líquidos de colesterol aplicados a pele,mudança de cor, reflete a T° e a superfície pode ser fotografada (simples e ↓$)

HISTÓRICO IMAGEM TÉRMICA

1977: Congresso Internacional de Radiologia - RJ

Anos 80: Termografia de contato e baixa resoluçãoAssociação Médica Americana reconhece como diagnóstico

Anos 90: modernos sistemas computadorizados e sensores de alta resolução

Atualmente: avaliação funcional do Sistema Nervoso Autônomo;equipamentos compactos e softwares específicos

HISTÓRICO IMAGEM TÉRMICA

Câmeras termográficas captam emissão da radiação infravermelha, que estáem uma faixa de frequência além da capacidade humana de visão, tem essenome pois sua faixa encontra-se após a cor vermelha no espectro de cores(Isaac Newton)

FÍSICA

Lei de Stefan-Boltzmann define a relação entre a energia irradiada etemperatura, afirmando que a radiação total emitida por um objeto édiretamente proporcional à área do objeto e emissividade e a quarta potênciade sua temperatura absoluta.A emissividade da pele humana é extremamente alta (97,8%)

FÍSICA

“Capacidade do corpo humano em manter sua temperatura dentro de faixasfisiológicas de funcionamento, apesar da temperatura ambiental”

Ser humano – homeotérmico (variação da temperatura ambiental 13-70°C).Centro termorreguladores no hipotálamo (termostato no organismo)Detectores de frio e calor em neurônios na pele, hipotálamo, cérebro, medulaespinhal e no centro do corpo

Os neurônios controlam a estimulação das respostas de termogênese (tremor,metabolismo da gordura marrom, piloereção).

TERMORREGULAÇÃO

“Capacidade do corpo humano em manter sua temperatura dentro de faixasfisiológicas de funcionamento, apesar da temperatura ambiental”

Ser humano – homeotérmico (variação da temperatura ambiental 13-70°C).Centro termorreguladores no hipotálamo (termostato no organismo)Detectores de frio e calor em neurônios na pele, hipotálamo, cérebro, medulaespinhal e no centro do corpo

Os neurônios controlam a estimulação das respostas de termogênese (tremor,metabolismo da gordura marrom, piloereção).

TERMORREGULAÇÃO

Perda de calor: manutenção da homeostase; depende da velocidade com que ocalor é transferido das partes mais internas do corpo para a pele, e da pele parao meio ambiente

Principais mecanismos:* Evaporação* Irradiação* Condução* Convecção

Hora do dia, sexo, idade, alimentação – variações de temperatura

TERMORREGULAÇÃO

Controlada pelo sistema nervoso visceral, é um circuito:1) Informação na pele através dos nervos aferentes(sensitivos) vai à medula espinhal;2) Em seguida aos órgãos e então esta informação3) É retransmitida para a medula e4) Novamente os nervos eferentes conectados a pele

Todos os nervos que saem da medula espinhal inervamum segmento específico → somito

Dermátomos, Miótomo, Esclerótomo, Angiótomose Viscerátomos

TERMORREGULAÇÃO

TERMORREGULAÇÃO

Reflexo Víscero-cutâneo: Nervos diferentes indo ou vindo de áreas de um mesmosegmento podem interagir na medula e assim um impulso de um órgão, glândula etecidos podem provocar um estímulo em uma parte específica da pele.

TERMORREGULAÇÃO

BASE NEUROLÓGICA PARA A INTERPRETAÇÃO DA IMAGEM POR TERMOGRAFIA

Simetria contralateral (D/E): indicadorde normalidade

ROI: region of interest - T°max, média emínima

∆t

SIMETRIA TÉRMICA CUTÂNEA

Representação de setores corporaisROI Software Termotracker

Relação crânio-caudal

Simetria do padrão térmico contralateralContinuidade térmica

Hiper-radiação: Músculos e dobras cutâneas

Hiporradiação: áreas articulares, áreas distais e áreas adiposas

DIAGNÓSTICO

Sala a 23°C ±1

Termômetro

Ar Condicionado

Velocidade do ar

Humidade relativa do ar

Piso com isolante térmico

Termorregulação: 15min

Laboratório de Imagem Térmica - LIT

Situações que interferem:Medicações: antiinflamatórios, descongestionantes, etc...Bebida alcoólica, atividades esportivas, fumar, grandes refeições, barbear-se e/oudepilação, maquiagem (cremes, loções, etc), sudorese, condições de estresse, etc...

Anamnese:Histórico, data de início, localização, características sensoriais (amortecimento,sensação de calor ou frio, tipo de dor), lesões e cirurgias anteriores, etc...

Laboratório de Imagem Térmica - LIT

Padronização dos posicionamentos;Mesmo padrão de distância e inclinação da câmera (preferencialmente ângulo reto);Manutenção das posições anatômicas ou anatomofuncionais;

Laboratório de Imagem Térmica - LIT

Condições neuromusculares dolorosas (síndrome de dor miofascial, miosites, lesões

musculoligamentosas, radiculopatias, discopatias, distrofia simpático-reflexa);

Neuropatias;Síndrome compressivas neurovasculares;Tendinopatias, bursites, etc..Oncologia;Lesões esportivas;Infectologia e cuidados paliativos

APLICAÇÕES

Relacionar a imagem térmica com a queixa

Diagnóstico Quantitativo e Qualitativo da Termografia pela CIF

Estático:*Padrões cinesiopatológicos ou patocinesiológicos

Dinâmico:* Teste provocativo cinesiológico funcional* Teste provocativo cinesiológico não-funcional

DIAGNÓSTICO TERMOCINESIOLÓGICO

Avaliação termográfica em atletas

EI2-EI1 0,2EI4-EI3 0,4EI6-EI5 0,1EI8-EI7 0,2

EI2-EI1 0,4EI4-EI3 0,4EI8-EI7 0

EI5-EI6 0,4 (*)

EI1-EI2 0,2EI7-EI8 0,1

EI4-EI3 0,1EI6-EI5 0,3EI10-EI9 0,1EI12-EI11 0,1

EI4-EI3 0EI6-EI5 0,1EI10-EI9 0EI12-EI11 0,1

EI1-EI2 0,1EI7-EI8 0,2

EI1E-EI1D 0,7EI2E-EI1D 1,5

(11) 98698-2982fdemeneck@gmail.com