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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNAINSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE
CURSO DE ENFERMAGEM
AIZE CRISTINA SIQUEIRA DE SOUZAANNA LUCY TAVARES DE OLIVEIRA
DENER ALVES DA SILVAELAINE CRISTINA ALVARES C. MARQUES
FRANCINE DOS SANTOS PEREIRAGISELLE GONÇALVES FERREIRARAYANNE RODRIGUES PEREIRA
VANESSA NUNES BARBOSA GONÇALVES
AGENTES TERATOGÊNICOS AMBIENTAIS: Rubéola
Belo Horizonte2012
AIZE CRISTINA SIQUEIRA DE SOUZAANNA LUCY TAVARES DE OLIVEIRA
DENER ALVES DA SILVAELAINE CRISTINA ALVARES C. MARQUES
FRANCINE DOS SANTOS PEREIRAGISELLE GONÇALVES FERREIRARAYANNE RODRIGUES PEREIRA
VANESSA NUNES BARBOSA GONÇALVES
AGENTES TERATOGÊNICOS AMBIENTAIS: Rubéola
Trabalho acadêmico apresentado ao Curso de Enfermagem do Instituto de Ciências Biológicas e Saúde do Centro Universitário UNA como requisito parcial à obtenção de créditos na disciplina Trabalho Interdisciplinar Dirigido II.
Orientador: Thiago Fonseca Ratton, M.Sc.
Belo Horizonte2012
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO......................................................................................................................................3
2 DESENVOLVIMENTO............................................................................................................................6
3 CONCLUSÃO......................................................................................................................................12
REFERÊNCIAS........................................................................................................................................14
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1 INTRODUÇÃO
O Objetivo desse trabalho foi constituir a interdisciplinaridade entre as disciplinas do
2º período do curso de Enfermagem, em torno do tema Rubéola. Para atender esse
objetivo utilizou-se revisão bibliográfica.
De acordo com os autores analisados neste estudo foram feitas pesquisas que tem
como objetivo levantar as questões socioeconômicas da população, a prevalência
de gestantes que estão susceptíveis à rubéola, a visão das mulheres acerca da
intervenção que lhes foi oferecida e o significado construído a partir da experiência
vivenciada. Foi possível desvelar a experiência vivida pelas mulheres, mostrando
através das representações sociais, a diversidade de significados dessa gestação,
propiciando aos profissionais de saúde e gestores reflexão sobre o seu papel como
agentes promotores de saúde.
Os autores realizaram uma entrevista com mulheres e gestantes onde as questões
levantadas foram temas como: álcool, drogas, planejamento da gestação, carga
emocional ante a perspectiva de ter um filho com Síndrome da rubéola.
Os pontos evidenciados foram que as gestantes de países subdesenvolvidos não
têm acesso à informação adequada. Essa realidade muda em países desenvolvidos,
pois índices de prevalência são menores. Apontou a falta de conhecimento da
população sobre fatores exógenos que podem causar anomalias congênitas, que
também se dá através da deficiência de pesquisas no assunto e efetividade na
imunização.
Na pesquisa, verificou-se que apesar da baixa escolaridade e da afirmação das
gestantes estarem realizando o pré-natal, pouco sabem sobre o assunto em
questão.
Um teratógeno é qualquer agente ambiental, infeccioso ou nutricional capaz de produzir perturbações no desenvolvimento ou malformação congênita no feto após a exposição da mãe a ele. (SALES, Lívia Juçara et al.. 2008, p. 56).
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Segundo Sales et al. (2008), a teratogênese pode ser induzida por elementos
externos que interferem no desenvolvimento do embrião e pode ter origem por
agentes biológicos ( infecciosos), tais como, vírus, bactérias, fungos e vermes.
Sales et al. (2008) “define-se como malformação congênita a anomalia funcional ou
estrutural do desenvolvimento do feto presente no nascimento”. Desde a fecundação
até o nascimento o feto está exposto e sofre alteração por anomalias congênitas.
Estas alterações podem ser de origem ambiental, genética ou multifatorial. Mesmo
estando protegido no útero o embrião pode sofrer ação de agentes ambientais, os
teratógenos. Um teratógeno é qualquer agente que pode causar uma anomalia
congênita ou elevar o índice de anomalias em determinada população.
Uma das doenças mais relacionadas com a má formação congênita é a rubéola,
causada pela transmissão de vírus que durante a gravidez pode levar a síndrome da
rubéola congênita (SRC). A rubéola é uma doença virótica contagiosa que ocorre de
forma endêmica, cuja incidência é maior após surtos epidêmicos; tem evolução
benigna e predominantemente atinge crianças com menos de dez anos de idade.
(BRASIL, M.S.. 2005)
No entanto, se a mulher durante o período de gravidez for contaminada, a placenta
pode ser infectada quando atravessada pelo vírus. Essa infecção pode atuar como
fonte de vírus para o feto. Nas primeiras oito semanas de gestação o risco para a
SRC é maior. A SRC gera más formações fetais. Dessa maneira, a idade
gestacional na qual a infecção ocorre é inversamente proporcional à taxa de
infecção da doença. (BRASIL, M.S.. 2005).
Os resultados contribuirão no planejamento de estudos para profilaxia da SRC.
Enfatiza que fatores socioeconômicos precisam ser discutidos, pois interferem
diretamente no desenvolvimento saudável do embrião, sendo que o meio onde a
mãe está inserida e as informações são de valor destacável para uma gestação e
desenvolvimento normais. Para melhorar este quadro sugere-se uma melhoria nas
estruturas de planejamento familiar e pré-natal, melhoria no serviço de saúde pública
e divulgação em massa orientando a população sobre a teratogênese.
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2 DESENVOLVIMENTO
A introdução do indivíduo na sociedade se dá por meio de sua socialização primária
e secundária. Suas características são influenciadas através de vivências e
experiências adquiridas ao longo da sua existência. Culturas diferentes significam
comportamentos distintos. Ao se falar de doença e suas profilaxias todo o contexto
envolvido deve ser analisado, pois as doenças estão relacionadas ao meio de
convívio do indivíduo, sendo assim a susceptibilidade é maior em classes sociais
menos favorecidas, onde a cura e os meios de prevenção são menores ou
inexistentes (LARAIA, 2008; BERGER e LUCKMANN, 2005).
As experiências vivenciadas correspondem às situações reais da vida e podem ser
consideradas matérias-primas para a análise do social, retratando a realidade que o
sujeito vive. As representações sociais são mediadas pela “linguagem do senso
comum, tomada como forma de conhecimento e interação social”. É através do
senso comum, que os atores sociais se movem, constroem sua vida e explicam-na
mediante seu estoque de conhecimentos. (OZAKI, SHIMO; 2007).
Os países em desenvolvimento como o Brasil apresentam características sociais,
política e econômicas muito particulares para compreensão de potenciais riscos
teratogênicos ao qual uma mulher grávida possa estar exposta. Essas
características incluem baixos níveis educacionais e econômicos da população, altas
incidências de doenças infecciosas e carenciais, escassos recursos para a saúde e
pesquisa, prática frequente e sem controle de automedicação, facilidade de
obtenção de medicações que deveriam estar submetidas à prescrição médica e,
finalmente, a proibição legal da interrupção da gestação. Além disso, pode somar-se
uma qualidade ambiental precária ou mesmo condições de trabalho insalubres
durante a gravidez (OLIVEIRA, Fernando C. Cabral et al.,p. 37. 2007).
“O desenvolvimento começa pela fertilização, o processo pelo qual o gameta
masculino, o espermatozoide, e o gameta feminino, o oócito, unem-se para produzir
um zigoto” (SADLER, 2004, p. 3).
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Após a formação deste zigoto entramos no processo de desenvolvimento deste
embrião, desde a fecundação até o momento do parto o embrião para ser
denominado feto passa por diversos processos e divisões (ZARTH, [entre 2000 e
2012], Não paginado).
Zarth ([entre 2000 e 2012]) informa que com os primórdios das estruturas internas e
externas essenciais que se formam durante o período embrionário, constitui o
período mais crítico do desenvolvimento. Distúrbios do desenvolvimento nesta altura
podem originar grandes malformações congênitas no embrião.
A rubéola é uma doença virótica aguda cuja importância clínica e epidemiológica
deve-se á possibilidade da transmissão vertical da mãe para o feto, apresentando
graves defeitos congênitos, como lesões oculares (retinopatia, catarata, glaucoma e
microftalmia), perda da audição sensório neural. É uma doença virótica de RNA
altamente contagiosa, pertencente ao gênero Rubivírus da família Togaviridae. O
modo de transmissão se dá através de contato com secreções nasofaríngeas de
pessoas infectadas (OLIVEIRA, 2006).
Segundo Barros et al. (2001), no adulto tem período de incubação entre duas a três
semanas, o exantema se caracteriza por maculopapuloso que permanecem por três
a cinco dias, podendo ocorrer cefaléia, febre, calafrios, mialgia generalizada,
linfoadenomegalia. Não há terapêutica medicamentosa e o tratamento específico
trata da sintomatologia apresentada (antitérmicos analgésicos).
Barros et al. (2001) salienta que quando a infecção materna é adquirida durante as
primeiras semanas de gestação a probabilidade de lesões orgânicas é severa.
Informa que embora a infecção atue como fonte de vírus para o feto, com o passar
da gestação o feto adquire maior resistência imunológica tornando-se pouco
provável a infecção.
Segundo Oliveira (2006) e Barros et al. (2001) informa que a patogênese da
síndrome da rubéola congênita (SRC) inicia-se com a viremia materna, que pode ou
não infectar a placenta, e subsequente, provavelmente pela migração de células
infectadas, a infecção passa rapidamente para o feto, ou seja, o vírus possui a
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capacidade de atravessar a placenta e a infecção placentária pode atuar como fonte
de vírus para o feto. Quando a infecção fetal ocorre, pode ter consequências
diversas, dependendo da idade gestacional tais como: reabsorção do embrião,
aborto espontâneo, natimorto, infecção placentária e fetal concomitante.
Os agentes teratogênicos exercem suas atividades através de maneiras específicas no desenvolvimento de células e tecidos para iniciar uma sequência de eventos de progressão anormal (patogênese). Seus mecanismos atuam direta ou indiretamente no funcionamento celular, através de interferências relacionadas com o processo mitótico, interações intercelulares, biossíntese de enzimas, modulação da expressão gênica, Ph celular, balanço osmótico, matriz extracelular, crescimento tecidual, deficiência nutricional, aumento excessivo da morte celular e com os controles de metilação do DNA. Esses mecanismos afetam eventos básicos nos organismos em desenvolvimento podendo levar a anormalidades cromossômicas, má formação estrutural, reabsorção ao aborto do embrião, interrupção da implantação do concepto, retardo crescimento intra-uterino, deterioração funcional do neonato, anormalidades comportamentais, retardo mental e morte fetal (OLIVEIRA, 2006, p.30) .
Segundo Oliveira (2006) Supõe-se que as células fetais infectadas deixam de se
multiplicar na velocidade normal, produzindo órgãos menores com menos células, as
células infectadas apresentam crescimento mais lento, um potencial de duplicação
limitado e uma frequência aumentada de rupturas cromossômicas. Essa
organogênese atrasada e perturbada leva a hipoplasia do órgão, produzindo os
defeitos estruturais característicos. O mecanismo ainda não está bem determinado,
mas parece ser dependente do início da replicação viral dentro de 12 horas após a
infecção.
A rubéola impede a duplicação do material genético celular no feto, no qual, interfere
na formação de órgãos como o coração, inflama o tecido, prejudica o sistema
nervoso e leva a calcificação no cérebro resultando em retardo mental e deficiências
de movimentos. Podem apresentar as seguintes manifestações: baixo peso, lesões
nos olhos como catarata, glaucoma e retinite, surdez, microcefalia, atraso mental,
hepatomegalia, icterícia, lesões ósseas e hepatites. Outras anomalias têm sido
relacionadas á rubéola congênita, tais como diabetes insulino dependente, distúrbios
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da linguagem, psiquiátrico e raramente distúrbios da tireóide e do crescimento
(OLIVEIRA, 2006 e BARROS et al., 2001).
Barros et al. ( 2001) informa que o diagnóstico materno da rubéola é realizado
através de exames laboratoriais pela sorologia específica através de técnicas de
imunoabsorvente com enzimas (ELISA), imunofluorescência entre outros. Os
mesmos autores informam que o diagnóstico fetal precoce visa esclarecer com
maior precisão se houve ou não acometimento do concepto. Podem também ser
realizados exames no sangue fetal (Cordocentese); no líquido amniótico
(amniocentese) ou amostra do vilo corial e assim, que o diagnóstico for confirmado
de infecção por rubéola no período organogênese há grande probabilidade de
lesões orgânicas severas, está indicada a interrupção da gravidez.
A SRC não possui tratamento específico, porém a medida mais eficaz para a
prevenção da rubéola é através da imunização ativa com a aplicação via subcutânea
de 0,5 ml em dose única da vacina RA 27/3 preparada com cepas atenuadas do
vírus e células diplóides humanas Wi – 38, que vem sendo utilizada desde 1980,
oferecendo eficácia de 95% podendo ser isolada ou associada (BARROS et al.,
2001).
No Brasil a vacinação é obrigatória em crianças a partir de um ano de idade e
passou a fazer parte do calendário vacinal a partir de 1997. O Ministério da Saúde
implementou campanhas de vacinação de mulheres em idade reprodutiva em todo
país (BRASIL, M.S. 2009).
Segundo Barros et al. (2001) a imunização em adolescentes com títulos de
anticorpos que indiquem ausência de imunidade devem evitar contato com
gestantes nos três meses consecutivos à vacinação. As mulheres em idade
reprodutiva susceptíveis à doença devem ser orientadas a evitar a gravidez nos
próximos três meses posteriores à vacinação, e quando grávidas evitarem contato
com pessoas recém-vacinadas e crianças portadoras da SRC que são
potencialmente infectantes no primeiro ano de vida, também como, não vacinar, pelo
risco de transferência do vírus atenuado para o feto.
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Existem evidências na literatura sugerindo que o risco de desenvolvimento da SRC
após a vacinação é pequeno, porém não relaciona idade gestacional. O Centers for
Diseases Control and Prevention (CDC) dos Estados Unidos, possui um registro de
gestantes que receberam inadvertidamente a vacina no período de 1979 a 1988 e
foram observados os seguintes resultados: entre 272 mulheres susceptíveis na
vacinação, houve 212 bebes nascidos vivos, ocorreram 13 abortos espontâneos de
natimortos, 31 abortos induzidos e 18 nascimentos com resultados desconhecidos.
E é a partir daí que a mulher começa a ter medos e temores em relação à criança
nascer com anormalidades. Ela se sente responsável pela situação de risco imposta
ao feto (OZAKI E SHIMO, 2007).
“As mulheres, ao se depararem com o diagnóstico de gravidez, podem passar por desorganização emocional temporária, fazendo parte desse processo a ambivalência afetiva.” A mulher vislumbra dificuldades extras, em função das possíveis anomalias que supõe a criança poderá apresentar, e ela não se sente capaz de responder positivamente a todas as demandas exigidas na criação de uma criança com necessidades especiais (OZAKI;SHIMO.2007.p.532).
Sentimentos de culpa e falha podem fazer com que a mulher se sinta diferente de outras mulheres grávidas, passando a fazer, dela própria, uma imagem de mãe má, o que traz prejuízos a sua auto-estima e a sua ligação afetiva com o feto, comprometendo o desenvolvimento emocional da mulher durante o processo de gestação (OZAKI; SHIMO. 2007.p.533).
Segundo Ozaki e Shimo (2007) a gravidez é um período crítico vital que representa
oportunidade para a mulher desenvolver uma maior integração emocional, mas que
também pode levar a perigosa desestruturação ante a perspectiva que a mulher tem
de ter um filho com Síndrome da rubéola congênita, levando a várias síndromes
psicológicas.
Ozaki e Shimo (2007) salienta que o medo e o desespero da mulher representa
maior problema emocional e social, aumentando dessa forma, o nível de ansiedade
que propiciam a situações de conflitos.
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Ozaki e Shimo (2007) relata que diante desse quadro de stress e cobranças a
mulher pode apresentar sintomas físicos, psíquicos, e emocionais tais como:
insônia, inapetência, perda de peso, choro, agitação, depressão, taquicardia, apatia
e cefaléia que podem ser a causa de grande sofrimento.
Segundo Horta (2005) como parte integrante da equipe de saúde, a enfermagem
mantém equilíbrio, previne desequilíbrios e revertem desequilíbrios em equilíbrio no
ser humano.
Horta (2005) salienta que o conhecimento do ser humano a respeito do atendimento
de suas necessidades é limitado por seu próprio saber, havendo necessidade auxílio
de um profissional habilitado, e este profissional promove assim, sua profilaxia
através da imunização da população; vacinação da mulher não imunizada durante a
pré-concepção ou durante o puerpério; informar a mulher sobre os perigos de
contágio durante a gravidez.
Segundo Horta (2005) a enfermagem assiste o ser humano no atendimento de suas
necessidades básicas levando em consideração os princípios científicos das
ciências físico-químicas, biológicas e psicossociais. A enfermagem deve respeitar o
indivíduo como um todo, levando em consideração sua unicidade, autenticidade e
individualidade. Reconhece que o ser humano faz parte do processo de autocuidado
e que esse cuidado de enfermagem é preventivo, curativo e de reabilitação. Os
enfermeiros por sua vez tem perante essa sociedade um papel importante na sua
educação para aquisição de comportamentos saudáveis e de reverter quadros de
desequilíbrio.
Assistir em enfermagem é fazer pelo ser humano aquilo que ele não pode fazer por si mesmo; ajudar e auxiliar quando parcialmente impossibilitado de se autocuidar; orientar ou ensinar, supervisionar e encaminhar a outros profissionais (HORTA, 1979, p.20).
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3 CONCLUSÃO
O modo de ver o mundo, as apreciações de ordem moral e valorativa, os diferentes
comportamentos sociais e mesmo as posturas corporais são produtos de uma
determinada cultura.
A doença e o modo de vida do indivíduo estão relacionados com sua cultura e a
sociedade em que vive. O quadro socioeconômico e sociocultural interfere no estado
de um completo bem-estar físico, mental e social. Os fatores individuais são
relevantes para identificar que indivíduos de um determinado grupo estão
submetidos o maior risco, mas os laços de coesão social e as relações de
solidariedade e confiança entre pessoas e grupos diferentes são fundamentais para
a promoção e a proteção da saúde individual e também coletiva.
A enfermagem de saúde comunitária desempenha nesse aspecto, um papel
primordial que cabe a prevenção primária junto da população, contribuindo para a
proteção, recuperação e promoção desta.
O estudo mostra que apesar de existirem programas voltados para esse assunto
ainda é um problema de saúde pública. A rubéola tem uma importância relativa
maior como causa de mortalidade e morbidade no recém-nascido. A síndrome da
rubéola congênita não possui tratamento específico, porém a medida mais eficaz
para a profilaxia de problemas patológicos e psicossomáticos é a vacina
acompanhada de informações e preparo das gestantes e envolvidos no processo de
reprodução através das campanhas informativas e conscientização da população.
Segundo Ozaki e Shimo (2007) o objeto da saúde é a produção do cuidado [...].
[...] a partir do qual se poderá alcançar a cura, a promoção e a proteção da saúde de homens e mulheres, individual e coletivamente. Nessa perspectiva, deve-se levar em conta o significado que as recomendações de cunho preventivo podem ter no modo de andar a vida dos sujeitos. Constitui-se, portanto, grande tarefa dos gestores e profissionais de saúde desenvolver meios para que, ao se produzir procedimento também se possa produzir cuidado (OZAKI; SHIMO. 2007 p.534).
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Medidas associadas entre governo e profissionais da saúde podem diminuir ou
erradicar a rubéola na gestação no Brasil. Educação em Saúde seria o ponto de
partida, pois se torna evidente a necessidade do conhecimento para viver o
processo de gestação, pois a mulher percebe que, no momento que mais necessita,
ele não está disponível. Também leva em consideração o valor atribuído pela
população em relação ao assunto quando tem oportunidade de conhecimento. Esse
fragmento remete a ideia de que uma informação só poderá cumprir o seu papel,
quando, verdadeiramente, fizer sentido para a população, principalmente a mulher,
indivíduo foco nesse processo.
Conhecimento este que deve ser abrangente e de domínio da população em geral,
não se limitando a determinados setores da sociedade como demonstrado nas
pesquisas. Os enfermeiros devem ter escuta qualificada e devem perceber os
múltiplos significados, para a mulher, dessa gravidez especial, facilitando o processo
de comunicação para que sejam efetivos sendo facilitadores e referenciais de
estruturação e conhecimento. Pois é ele que realiza o pré-natal, processo
indispensável durante a gestação.
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REFERÊNCIAS
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