Trabalho Sociologia - Criatividade

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“Fusão da intuição e da razão” Jonas Salk

A criatividade é considerada uma capacidade humana de grande valor universal, tudo indica que nesta competência reside a memória "RAM" biológica para o impulso da evolução humana. A memória RAM segundo Cury,(2009) é o fenômeno dos registros da memória. O que melhor descreve a criatividade é o que Sanchez (2003) referiu em seus apontamentos a criatividade é uma sublime dimensão da condição humana. É entretanto na capacidade criativa, que existe a chave da capacidade de evolução da humanidade. O mérito da expressão criativa é fruto da "complexidade" ou seja é fruto do contexto social no seu desenvolvimento natural e humano. É muito interessante contemplar os efeitos provenientes deste constructo a considerar a capacidade de um indivíduo criativo construir e reconstruir, transformando a nossa realidade. É consensual e gratificante, perceber que todos temos a capacidade criativa, deve é ser melhor desenvolvida.

Criatividade Individual

Criatividade Coletiva

Inicio na infância

Desenvolvimento

Aprimoramento

Percepção do problema. É o primeiro passo no processo criativo e envolve o "sentir" do problema ou desafio.

Teorização do problema. Depois da observação do problema, o próximo passo é convertê-lo em um modelo teórico ou mental.

Considerar/ver a solução. Este passo caracteriza-se geralmente pelo súbito insight da solução; é o impacto do tipo "eureka!". Muitos destes momentos surgem após o estudo exaustivo do problema.

Produzir a solução. A última fase é converter a idéia mental em idéia prática. É considerada a parte mais difícil, no estilo "1% de inspiração e 99% de transpiração".

Produzir a solução em equipe. Fase comum que ocorre nas empresas e organizações quando precisam, tanto diagnosticar ou superar um problema quanto otimizar ou inovar produtos, serviços e processos. Ancoram-se, para tal dinâmica, no conhecido sistema do brainstorming.

Os conceitos criatividade e inovação são indissociáveis, no entanto não são sinónimos. Os autores Duaibili & Simonsen Jr. distinguem-os afirmando que “A criatividade é a faísca, a inovação é a mistura gasosa. A primeira dura um pequeno instante, a segunda perdura e realiza-se no tempo. É a diferença entre inspiração e transpiração, a descoberta e o trabalho”. Normalmente a criatividade é um processo individual, nasce da ideia que surgiu na cabeça de alguém, enquanto a inovação é um processo colectivo, que deve ser trabalhado em grupo e conduz colectivamente a uma mudança de percepção. Por isso se diz que determinada pessoa é criativa e a empresa “xyz” é inovadora. (De Brabandere). Não existe inovação sem criatividade, pois a inovação é a aplicação prática da criatividade, ou seja uma ideia resultante de um processo criativo, só passará a ser considerada uma inovação, caso seja realmente aplicada, caso contrário é considerada apenas uma invenção. Citando Larry Hirst (um dos antigos Chairman da IBM) “Invenção é transformar dinheiro em ideias, inovação é transformar ideias em dinheiro”. Inovação tem pois este carácter de concretização, que só assim poderá gerar criação de valor. O conceito de criatividade é aplicável fora do contexto empresarial, podendo ser utilizado para caracterizar por exemplo os indivíduos na sua esfera não profissional.

Escândalos financeiros têm ocorrido no mundo nos últimos anos. Consequencia disso pode ser a manobra que "profissionais contábeis" fazem com os demonstrativos das Empresas, ou seja, colocam a Companhia numa situação desejada para o mercado acionário enquanto que os números reais da Entidade não condizem com os expostos nas demonstrações contábeis.

Para tanto, utilizam das brechas, lacunas, ambiguidades e omissões existentes nas normas e legislação contábil. A criatividade é possível devido a um fenômeno que surgiu na década de 80 no Reino Unido e vêm se disseminando na Contabilidade nos últimos anos, sobretudo nos Estados Unidos.

Esse fenômeno é a Contabilidade Criativa, que é uma prática que não infringe os atos regulatórios, contudo, fere princípios éticos da Ciência Contábil, além de induzir os usuários das demonstrações financeiras a erros de avaliação da real situação patrimonial da firma.

Com o uso da criatividade proporcionada pela Contabilidade Criativa é possível que uma determinada empresa apresente um resultado positivo nas Demonstrações Contábeis, sendo que a realidade da Empresa é totalmente adversa, essa ação pode por exemplo trazer investidores para a Entidade, pode também melhorar suas Ações. Outra situação é a empresa apresentar um resultado negativo para pagar menos impostos, distribuir menos dividendos.

Para mostrar menos volatilidade, a Empresa com o uso da Contabilidade Criativa pode ao longo dos períodos estabilizar seus resultados, isso dar aos investidores uma visão de que a Companhia sempre estar nivelada no mercado, não correndo riscos de instabilidade no Mercado de Ações.

Os exemplos prejudicam a qualidade da informação contábil, a confiabilidade, a utilidade dos relatórios financeiros e os princípios da contabilidade também são atingidos com as manipulações efetuadas. A Contabilidade Criativa, apesar de ter um nome bonito é um mal existente na Ciência Contábil e diversos autores como os tupiniquins José Paulo Cosenza, Maria Elisabeth Kraemer, Ariovaldo dos Santos e outros autores espalhados pelo mundo como Oriol Amat, Ester Oliveras, Michael Jones, entre outros, tem estudado a matéria e mostrado o quão a prática é prejudicial a Ciência Contábil.

A prática da Contabilidade Criativa é muito comum em países integrantes ao sistema common law, que é o regime legal que não se precisa detalhar as regras a serem aplicadas, prevalecendo a essência sobre a forma.

Quem não se lembra de escândalos contábeis e financeiros com firmas norte americanas, principalmente a gigante Enron que pode ter começado com a Contabilidade Criativa e ter migrado para a Fraude Contábil já que a linha existente entre as práticas é muito tênue.

se a Contabilidade Criativa fere princípios e o código de ética profissional, distorce as demonstrações e induz o usuário das informações contábeis a erros de avaliação, isso não é fraude contábil?

Não. Do ponto de vista jurídico a prática é legal, como dito não infringe a legislação, aproveita seus vazios jurídicos. Porém é condenada por autores da Ciência Contábil que pesquisam a prática em todo mundo.

Wellington Dantas, Contabilista, Especialista em Docência do Ensino Superior, Pós Graduando em Gestão de Negócios, facilitador de Cursos em Rotinas Administrativas e Práticas Trabalhistas. Idealizador do http://www.blogcontabilizando.com

http://pt.wikipedia.org/wiki/Criatividade