TRANSFORMANDO GRUPOS EM EQUIPES Maria Helena Duarte de Oliveira.

Post on 17-Apr-2015

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Quando estiver tentando decidir se seu grupo constitui ou não uma equipe:

Pergunta -chave:

Será que todos os membros de meu grupo compartilham, pelo menos, de um objetivo que só pode ser atingido pelo esforço conjunto de todos?

Pense em seu grupo de trabalho (sala de aula)

Há algum objetivo comum?

É preciso que vocês todos trabalhem em conjunto para poder alcançá-lo?

Caso a resposta seja afirmativa, esse grupo caracteriza-se como

uma equipe.

O objetivo ou objetivos comuns são a diferença entre um grupo e uma equipe.

Dentro de uma organização, existem diversas equipes e diversos grupos e, a qualquer momento, cada um de nós pode pertencer a vários grupos ou equipes.

O objetivo ou objetivos precisam ser igualmente compreendidos por todos os membros da equipe, e os esforços em conjunto precisam ser coordenados.

Como conseqüência, os riscos normais dos altos níveis de interação e comunicação aumentam, assim como se ampliam as possíveis recompensas que provem da colaboração e cooperação bem-sucedidas.

Alguns dos problemas mais comuns que surgem nas equipes

de trabalho:

Muitas pessoas não sabem ao certo o que elas ou os outros devem fazer;

Com freqüência, o objetivo ou objetivos nunca são claros – pessoas diferentes têm idéias diferentes sobre quais são os objetivos!

Há competição tanto dentro da equipe quanto fora dela;

Transformando grupos em equipes de trabalho

Quando uma equipe é uma super-equipe?

Quando os membros da equipe estão direcionados na busca de um propósito comum, que podem trabalhar juntos facilmente e ter relações de trabalho positivas.

Características principais das super-equipes:

1- Comunicação:

Eficaz e agradável entre seus membros;

Manter abertos, limpos, sem interferências ou ruídos todos os canais de comunicação;

Fazer-se entender (nem sempre o dizemos é compreendido da mesma forma);

2- Relacionamento:

Compromisso dos membros da equipe quanto ao crescimento e ao sucesso pessoal de cada um;

Precisamos nos conhecer e nos fazer conhecidos. Cada um de nós tem seus pontos fortes, mas também seus pontos fracos.

Precisamos desenvolver a cooperação e a integração entre os membros para respeitarmos as individualidades;

3- Conhecimento:

Conhecer profundamente todo o seu trabalho, o que tem que fazer na equipe e pela equipe.

Conhecer os objetivos e ensiná-lo aos outros.

Precisamos ser pessoas que busquem altos níveis de criatividade e habilidade para lidar com os assuntos mais difíceis, sutis e geradores de conflitos;

4- Unidade:

Não existe equipe sem unidade, logo...

Quanto maior a diversificação de estilos e personalidades numa equipe, maior será o seu desempenho;

É possível pessoas imperfeitas formarem uma equipe perfeita em unidade?

Sim, desde que tenham o mesmo modo de pensar, agi, falar e ânimo.

De forma prática, o que podemos fazer para alcançarmos essa perfeição de unidade em nossa equipe?

Falar sempre a verdade;

Dedicar-se a equipe; velar por essa unidade;

Lutar por essa unidade;

Nunca falar mal de um dos membros da equipe e nem permitir que o façam;

Ser sincero;

O grande desafio das empresas na Transformação de grupos em

Equipes de trabalho é criar a cultura do “Nós" :

Estruturar uma equipe, é identificar potencial, competências e como cada um pode contribuir para o alcance dos resultados, além da harmonização dos diferentes estilos individuais. Conhecer cada um no aspecto pessoal e profissional é requisito fundamental para conseguir a integração dos talentos e das emoções.

Equipes bem estruturadas significam:

- diminuição de desperdícios;

- sucesso nos programas de qualidade;

- eficiência nos processos internos;

- idéias inovadoras;

- melhoria da qualidade do ambiente e conseqüentemente dos resultados.

Paradigma da Nova Era :

Transformar os talentos individuais em competência coletiva.

O que você está disposto a fazer pela sua equipe?

Até onde você vai...?

Quando vemos gansos voando em formação V sempre nos aguça a curiosidade quanto as razões pelas quais esses pássaros maravilhosos, como várias outras espécies, escolhem voar dessa forma. Como nada acontece em vão e a Mãe Natureza é sábia, veja o que os cientistas descobriram sobre os gansos e, com base nisto, podemos aprender com eles.

FATO SELVAGEM - À medida que cada ave bate suas asas, ela cria uma sustentação para a ave seguinte. Voando em formação "V", o grupo inteiro consegue voar pelo menos, 71% a mais do que se cada uma dessas aves voasse isoladamente.

VERDADE HUMANA - Pessoas que compartilham uma direção comum, e um senso de equipe chegam ao seu destino mais depressa e facilmente, porque elas se apóiam na confiança uma das outras.

FATO SELVAGEM - Sempre que um ganso sai fora de formação, ele repentinamente sente a resistência e o arrasto de tentar voar só e de imediato, retorna à formação para tirar vantagem do poder de sustentação do companheiro à sua frente.

VERDADE HUMANA - Existe força, poder e segurança em grupo, quando se viaja na mesma direção com pessoas que compartilham um objeto comum.

FATO SELVAGEM - Quando um ganso líder se cansa, ele reveza, indo para a traseira do “V”, enquanto outro assume a ponta.

VERDADE HUMANA - Sempre é vantajoso o revezamento quando necessitamos fazer um trabalho árduo.

FATO SELVAGEM - Os gansos de trás sempre grasnam para encorajar os da frente, de modo a manterem o ritmo e a velocidade do grupo.

VERDADE HUMANA – Como seres humanos, todos nós também necessitamos ser reforçados com apoio ativo e encorajamento dos nossos companheiros.

FATO SELVAGEM - Quando um ganso adoece ou se fere e deixa o grupo, dois outros gansos saem da formação e seguem, para ajudar e proteger. Eles o acompanham até a solução do problema e então, reiniciam os três a jornada. Ou se juntam a outra formação, até encontrarem o grupo original.

VERDADE HUMANA – A solidariedade nas dificuldades é imprescindível em qualquer situação que vivamos.

Para o bem de todo e qualquer agrupamento humano, principalmente no trabalho, é fundamental sermos como gansos, voando e/ou trabalhando, vivendo, sofrendo ou amando, mas sempre em formação “V”, feito eles.

Conclusão: devemos procurar nos lembrar mais e freqüentemente, de darmos um “grasnado” de encorajamento em nossas vidas, nos apoiando uns nos outros, com a sabedoria dos gansos e a amizade humana.

Referência bibliográfica:

ARAÚJO, Luis César G. de. Tecnologias de Gestão Organizacional. São Paulo: Atlas, 2001.BOCK, Ana Mercês Bahia. Psicologias: Uma introdução ao estudo de Psicologia. 13ª ed. São Paulo: Saraiva, 2002.GOULART, Íris Barbosa; SAMPAIO, Jáder dos Reis Organizadores. Psicologia do Trabalho e Gestão de Recursos Humanos: Estudos Contemporâneos. São Paulo:Casa do Psicólogo, 1998.LANE, Sílvia T. Maurer. O que é Psicologia Social. 11ªed. São Paulo: Brasiliense S.A., 1986.QUINN, Robert E. Competências Gerenciais: princípios e aplicações. Trad. Cristiana de Assis Serra. Rio de Janeiro :Elsevier, 2003.