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INSTITUTO HOMEOPÁTICO JACQUELINE PEKER
TRATAMENTO DE COMPRESSÃO MEDULAR
ATRAVÉS DE ELETROACUPUNTURA
- RELATO DE UM CASO
Marise Menin de Oliveira Santos
Monografia apresentada para conclusão de curso
de Especialização em Acupuntura Veterinária.
Belo Horizonte
2009
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SUMÁRIO
1 – INTRODUÇÃO............................................................................................. 04
2 – REVISÃO DE LITERATURA...................................................................... 05
2.1 – CONCEITOS.............................................................................................. 05
2.1.1 – QI.............................................................................................................. 05
2.1.2 – XUE OU SANGUE.................................................................................. 06
2.1.3 – DIAGNÓSTICO DA DOR SEGUNDO A MTC..................................... 07
2.1.4 – PADRÕES DE DOR................................................................................ 08
2.1.5 – ASPECTOS IMPORTANTES A SEREM IDENTIFICADOS PARA O DIAGNÓSTICO DA DOR................................................................................... 08
2.1.6 – AS CAUSAS DO EXCESSO................................................................... 08
2.1.7 – A AVALIAÇÃO DA DOR ..................................................................... 09
2.1.8 – TRATAMENTO DA DOR PELA ACUPUNTURA............................... 10
2.1.9 – ANATOMIA............................................................................................. 10
2.1.10 – EXAME NEUROLÓGICO SEGUNDO A MEDICINA OCIDENTAL.13
2.1.11 – SINAIS CLÍNICOS..................................................................................13
2.1.12 – ELETROACUPUNTURA........................................................................15
3 – RELATO DE UM CASO..................................................................................17
3.1 – PONTOS DE ACUPUNTURA UTILIZADOS.............................................19
3.1.1 – MERIDIANO DA BEXIGA B....................................................................19
3.1.2 – MERIDIANO DA VESÍCULA BILIAR VB..............................................20
3.1.3 – MERIDIANO DO RIM R............................................................................21
3.1.4 – MAPA DOS PONTOS.................................................................................23
4 – RESULTADOS..................................................................................................28
5 – CONCLUSÃO ...................................................................................................30
6 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFIAS..................................................................31
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ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1 – Divisão da coluna vertebral em segmentos, mostrando a formação da cauda eqüina.............................................................................................................................. 10 Figura 2 – Corte coronal da coluna vertebral, destacando a localização dos segmentos medulares e dos respectivos corpos vertebrais............................................................... 11 Figura 3 – Corte sagital da coluna vertebral....................................................................12 Figura 4 – Animal apresentando paralisia de trem posterior...........................................17 Figura 5 – Radiografia Ventro-dorsal mostrando estreitamento de espaço intervertebral entre L3 e L4....................................................................................................................18 Figura 6 – Animal em sessão de eletroacupuntura..........................................................18 Figura 7 – Aplicação de agulhas com eletrodos nos acupontos..................................... 19 Figura 8 – Pontos B23, B24, B25 e B40........................................................................ 23 Figura 9 – B 40............................................................................................................... 24 Figura 10 – R3................................................................................................................ 25 Figura 11 – VB 34...........................................................................................................25 Figura 12 – VG2, VG3................................................................................................... 26 Figura 13 – Ponto extra Bafeng.......................................................................................27 Figura 14 – RX latero lateral direito................................................................................28 Figura 15 – Foto atual cão...............................................................................................29
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1 - INTRODUÇÃO
A compressão medular derivada de um trauma se enquadra, de acordo com a MTC na
categoria de obstrução dolorosa. Esta é causada pela estagnação localizada de Qi e
estase de sangue e pela obstrução de Qi e sangue, resultando em dor. Segundo Maciocia
(1996) os quadros com sintomas de dor, sensibilidade ou parestesia correspondem a
uma obstrução de energia nos meridianos. Além disso, em qualquer lombalgia temos
deficiência de Qi (Yin ou Yang) do Rim (Shen), e estagnação de Qi (energia) e sangue
(Xue) responsáveis pela dor (Torro, 1997). A região lombar é energizada pelos Rins
(Shen), pelo Canal de Energia Principal da Bexiga (Pangguang), pelo Canal de Energia
Curioso Vaso-Governador (Du Mai) e pelos pontos Shu do dorso dos órgãos e vísceras,
enquanto nervos, ligamentos e cápsulas articulares são energizadas pelo Fígado (Gan)
(Yamamura, 2001). A acupuntura tem sido utilizada no tratamento das doenças de disco
intervertebrais, associada ou não com corticóides, com o intuito de promover analgesia,
reabilitação motora e sensorial. Ela trata os pontos gatilho e assim aboli a dor, o
encurtamento e rigidez muscular. Além disso, pode ativar o crescimento de axônios
destruídos na medula espinhal e reduzir a inflamação local, edema, vasodilatação ou
vasoconstrição e a liberação de histamina ou cinina. Restabelece o equilíbrio de estados
funcionais alterados, atingindo a homeostase (Yamamura, 2001). Segundo Jaggar
(1992) a MTC baseia-se no equilíbrio ou harmonia, tanto no interior do organismo
como o relacionamento com o meio exterior.
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2 - REVISÃO DE LITERATURA 2.1 - Conceitos
2.1.1 - Qi
“Qi é força ou energia que controla a harmonia em qualquer corpo vivo. É a “força
vital” ou “energia da vida” que ativa e mantém o processo da vida. Essa energia é
derivada do nosso ambiente por meio de processos, como nutrição e respiração: é
convertida numa forma absorvível por certos órgãos, armazenada no corpo e distribuída
aos sistemas pelos outros órgãos. Basicamente, tudo que existe é definido pelo seu Qi. È
a matéria que está prestes a se tornar energia; é a energia que está prestes a se tornar
matéria; é o tangível e o intangível. Qi denota função, processo ou mudança. Qi é
necessário para digerir o alimento, mas o próprio alimento cria o crescimento. Qi é o
responsável pelo movimento e o movimento produz Qi, mas Qi não é movimento.
(Schoen 2006)
O Qi tem como funções básicas: Transporte, transformação, sustentação, proteção,
aquecimento, ascenção e nutrição e se apresenta sobre várias formas, dependendo de
onde se localizam no corpo e da sua função, recebendo diferentes nomes, como: Qi do
órgão, Qi do canal, Qi nutritivo, Qi defensivo, Qi coletor e Qi Pré-natal.
O Qi é uma mistura de forças opostas: Yin (força passiva ou negativa) e Yang (força
ativa ou positiva). O sistema totalmente equilibrado tem quantidades equilibradas de Yin
e Yang. Dentro da filosofia da MTC estas estruturas não existem isoladamente; sempre
há algum Yin no Yang e algum Yang no Yin, embora raramente atinjam um equilíbrio
exato, sendo um sistema mutante e dinâmico. Entende-se, hoje, que excesso ou falta de
qualquer um destes leva a desequilíbrios no sistema, o que, com o tempo, acarretará em
doenças. (Shoen 2006)
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Símbolo Yin e Yang
Como o Qi circula livremente, qualquer situação como, por exemplo; traumatismo,
agentes patógenos ou emocionais que leve a bloqueio da circulação de pelo organismo,
ocorrendo a estagnação do Qi que pode evoluir para estagnação de sangue (Xuê) e de
líquidos (Jing Ye). Os principais sintomas são distensão, inchaço, dispnéia ou dor local.
2.1.2 - Xuê ou Sangue
Segundo Schoen (2006), o Xuê é mais do que apenas a substância vermelha que a
medicina ocidental conhece. Segundo a MTC, é produzido principalmente no tórax, pela
função do Qi do Pulmão (Fei) e do Baço – Pâncreas (Pi). Também é produzido pela
medula óssea. Juntamente com o Coração (Xin), que controla seu movimento, o sangue
é mantido nos vasos pelo Baço – Pâncreas (Pi) e estocado e distribuído pelo Fígado
(Gan). Tem três funções primárias: nutrir, manter e umedecer estruturas como pele,
pelos tendões, ossos, órgãos, canais e qualquer outro tecido que dependa de sua
nutrição.
Ainda, segundo a MTC, Qi e Xuê são os dois elementos clássicos básicos de toda
atividade fisiológica. Qi denota função e auxilia na produção de sangue (Xuê). O sangue
nutre os órgãos que produzem o Qi. Portanto, eles complementam um ao outro, são
dependentes um do outro embora diferentes entre si, são inseparáveis. Há um ditado
chinês que diz: “Qi é o comandante de Sangue. Aonde o Qi vai, o sangue segue atrás. O
sangue é a mãe do Qi. Onde está o Qi, o sangue já está lá”. A estagnação de sangue
ocorre em decorrência de obstrução do fluxo por traumas, caracterizando-se por sinais
como contusões, nódulos, inchaços dolorosos, coágulos de sangue e dor em facada no
ponto de estagnação.
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Qi e Xuê circulam pelo sistema através dos meridianos, os quais formam a base da
acupuntura conectando os órgãos internos com o corpo externo e mantendo a harmonia
e o equilíbrio.
2.1.3 - Diagnóstico da dor segundo a MTC
Na Medicina Tradicional Chinesa a dor é compreendida como conseqüência da
interrupção de processos biológicos. A normalidade desses processos depende das duas
substâncias (concepções fisiológicas) Qi e sangue, fundamentais para as operações do
organismo, e a dor sinaliza a sua disfunção. Qi e Sangue têm sido tomadas como
correspondentes às funções do sistema nervoso e do sistema circulatório,
respectivamente. Para Meng Zhaoweii (2005) os dois aspectos Qi e Xue, representam
nervos e vasos sangüíneos.
Uma das suas características básicas é fluir, estar em movimento. Quando fluem
livremente, não há dor. Quando sofrem interrupção, seja por causa de deficiência das
funções orgânicas que garantem o movimento de Qi e sangue, ou devida à presença de
fatores patogênicos operantes, manifesta-se a dor. A sensação de dor é diferente,
quando devida a estagnação do Qi ou a estase do sangue. A estagnação do Qi provoca
sensação de distensão ou de traumatismo, que varia no tempo, em intensidade e
localização. É geralmente um conjunto de alterações emocionais importantes. A estase
do sangue, por outro lado, se caracteriza por uma sensação de tumefação dolorosa, ou
dor aguda, em pontada, cortante, com localização bem definida. Mas o fluxo de Qi e
sangue também pode estar inibido por causa de deficiência de cada uma ou das duas
substâncias. Nesse caso, a dor não é intensa como a do excesso, mas é continuada e
duradoura. A dor que piora depois de repouso, e melhora depois de exercício leve, é
devida a deficiência simultânea de Qi e de sangue, porque durante o repouso ou a
imobilidade não há Qi e sangue suficientes para circular, enquanto o movimento em si
mesmo promove a movimentação de Qi e sangue, trazendo alívio para esse tipo de dor
quando é devida a deficiência do Qi, a dor é pior no final do dia, ou depois de atividade
intensa, porque o uso consumiu o Qi, tornando-o ainda mais deficiente. A dor devida a
deficiência do sangue tende a ser pior à noite.
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2.1.4 - Padrões de dor:
- Deficiência
- Excesso
- Meridianos comprometidos
- Órgãos Internos
- De acordo com os Fatores Patogênicos
2.1.5 - Aspectos importantes a serem identificados para o diagnóstico da dor:
- Sinais de excesso ou deficiência;
- No caso de excesso fazer a distinção entre estagnação do Qi ou estase do Sangue
(Xuê);
2.1.6 - As causas do excesso:
O envolvimento dos órgãos internos e/ou dos meridianos; quais os meridianos
primariamente envolvidos e quais os fatores patogênicos.
Animais com deficiência sistêmica de Yang podem apresentar dor por excesso local do
padrão de Yang, como por exemplo, na doença do disco que leva a espondilose.
Podemos caracterizar a dor como distúrbio de Yin e Yang, dependendo dos sintomas. A
dor devido a distúrbios de Yang é caracterizada por ser aguda e superficial, com
sensação de pontada que melhora com frio e imobilização, e piora com movimento e
pressão. A dor devido a distúrbios de Yin é caracterizada por ser profunda, crônica e
melhorar com calor, movimento, exercício, pressão e massagem, e piorar com frio
umidade e imobilização. O tipo misto Yin/Yang é caracterizado por uma dor importante
originada de falso calor com sinais de Yin e Yang se alternando, melhorando com
repouso (tipo Yang), calor (tipo Yin) e massagem (Torelli 2006)
O diagnóstico das condições clínicas dolorosas é efetuado, segundo a práxis da
Medicina Tradicional Chinesa, através da avaliação, da história, do interrogatório e do
exame físico do paciente. O conjunto de dados obtidos, interpretados segundo as teorias
médicas clássicas chinesas, compõe um quadro que conduz a um diagnóstico
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sindrômico, a partir do qual é determinada a escolha da terapêutica, e é possível
formular prognósticos.
A Semiologia da Medicina Tradicional Chinesa reconhece sinais e interpreta sintomas
de modo a lhes conferir um nexo, o que permite a composição de quadros sindrômicos,
a serem comparados com os padrões de desarmonia descritos na literatura.
A cada diagnóstico, elaborado por meio dessa identificação de padrões, corresponde
uma prescrição, que inclui a escolha dos pontos e técnicas a serem utilizados no
tratamento.
As manifestações clínicas dos quadros sindrômicos são compreendidos no âmbito da
fisiopatologia, que explica os fenômenos observados no exame do paciente, apontando
as medidas terapêuticas indicadas para a situação, de acordo com a experiência dos
médicos chineses antigos, registrada em obras magistrais.
2.1.7 - A avaliação da dor
A dor pode ser classificada genericamente segundo critérios:
- Qualitativos, descrevem variações de acordo com o Fator Patogênico
- Quantitativos, definem Deficiência ou Excesso (Qi Ortodoxo versus Fator Patogênico)
- Topográficos, situam o processo doloroso, como relacionado aos órgãos internos
(Zang Fu), ou ao sistema musculoesquelético (Jing Luo)
Muitos dos pontos meridionais de acupuntura coincidem com os dermatômeros onde a
dor está sediada, localizando-se em regiões ricamente inervadas e onde há grande
concentração de pontos-gatilho. Cerca de 71% e 80% dos pontos de acupuntura
correspondem aos pontos-gatilho, ou a pontos motores dos músculos esqueléticos.
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2.1.8 - Tratamento da dor pela acupuntura
O tratamento por Acupuntura envolve a punção de pontos sistêmicos, pontos locais e
regionais, de localização pré-definida, e pontos dolorosos, que são identificados pela
palpação. Os pontos dolorosos (Ah Shih) preferencialmente utilizados são os que
apresentam as características de pontos gatilho - neles se localizam nódulos, faixas
musculares rígidas, e a pressão sobre eles desperta reação intensa, além de dor referida.
No tratamento dos pontos dolorosos (Ah Shih) ou pontos gatilho, a punção em geral
deve ser acompanhada de aplicação de calor, a fim de eliminar os fatores patogênicos
Frio e Umidade. A eletro-estimulação tem sido empregada com êxito.
2.1.9 - Anatomia
“A medula espinhal está localizada dentro do canal vertebral e contém raízes dorsais e
ventrais que formam o Sistema Nervoso Periférico ajusta-se confortavelmente ao canal
na região toracolombar, apresentando mais espaço na região cervical; esse espaço
residual é preenchido pela gordura epidural. A medula espinhal afunila-se formando o
cone medular e termina próximo a L6; formando a cauda eqüina. A coluna vertebral é
divida em segmento cervical (C1-C6), torácico (T1-T13), lombar (L1-L7), sacral (S1-
S3) e caudal ou coccígeo (Figura 1). Os segmentos correspondentes ao plexo braquial
(C5-T2) e lombossacral (L4–S2) são de maior diâmetro, devido ao volume de tecido a
ser inervado por eles, sendo chamados de intumescências cervical e lombar,
respectivamente . Nessas regiões encontram-se neurônios motores inferiores que
inervam os membros torácicos e pélvicos”. (Torelli, 2006)
Figura 1 – Divisão da coluna vertebral em segmentos, mostrando a
formação da cauda eqüina.
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“No embrião jovem, os nervos espinhais deixam a medula em seus respectivos forames,
porém com as diferenças de crescimento entre esqueleto e estruturas neurais, a medula
espinhal torna-se menor do que a coluna vertebral, e observa-se no adulto uma
disparidade entre a localização do segmento medular e sua respectiva vértebra. Dessa
forma, é importante compreender a relação entre medula espinhal e coluna vertebral na
localização das lesões neurológicas” (Torelli, 2006)
Figura 2 – Corte coronal da coluna vertebral, destacando a localização dos segmentos
medulares e dos respectivos corpos vertebrais.
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A substância branca ocupa as áreas mais externas da medula espinhal, sendo
freqüentemente afetada no sítio inicial da lesão. Possui, entre outros, um trato
ascendente ou sensorial e um trato descendente ou motor, porém no cão identifica-se
ainda um trato motor ascendente, que se origina nas células marginais da substância
cinzenta do segmento medular lombar L1-L7. Seus axônios inibem os neurônios
motores extensores dos membros torácicos e lesões que interfiram nesse trato
manifestam-se como sinal de Schiff-Scherrington, isto é, hiperextensão de membros
torácicos e flacidez de membros pélvicos.
“Com exceção de C1-C2 e das vértebras sacrais, que são fusionadas, todos os corpos
vertebrais articulam-se por meio de discos intervertebrais, que são ricos em água e
responsáveis pela flexibilidade da coluna, atuando como absorventes de impacto. Os
discos são compostos pelo anel fibroso, constituído de material fibrocartilaginoso, e
pelo núcleo pulposo, constituído de material gelatinoso. A capacidade de absorver
impactos diminui com a idade e os processos degenerativos. A nutrição do disco pode
se dar por difusão das placas terminais das vértebras ou tecidos adjacentes, uma vez que
é controversa a existência de um sistema vascular para sua manutenção. Os ligamentos
encontrados no canal vertebral têm um importante significado na estabilidade e
mobilidade da coluna, contudo, a sustentação que proporcionam varia nas diferentes
regiões da coluna vertebral. O ligamento longitudinal dorsal, junto com o anel fibroso, é
um dos fatores responsáveis pela manutenção da estabilidade do disco. (Figura 3)
Possui uma estrutura larga e espessa na região cervical, oferecendo maior resistência a
herniação dorsal do disco; entretanto, o ligamento torna-se mais delgado nas regiões
torácica caudal e lombar, permitindo a herniação e conseqüente compressão da medula.
Na coluna torácica, isto é, entre T1 e T11, protrusão ou extrusão é menos comum,
devido aos ligamentos intercapitais que unem as cabeças das costelas opostas, cruzando
o assoalho do canal espinhal, por sobre o anel fibroso dorsal O ligamento longitudinal
dorsal e o anel fibroso, especialmente na sua lâmina mais externa, são estruturas
inervadas e capazes de transferir a dor para o nível de consciência”. (Torelli, 2006)
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Figura 3 – Corte sagital da coluna vertebral.
Observa-se o canal vertebral, os discos intervertebrais e identificados pelas letras estão (a) ligamento longitudinal ventral e (b) ligamento longitudinal dorsal.
“A compressão da medula espinhal acompanha sintomas que podem variar desde dor
aparente até sinais de mielopatia transversal completa. A dor não é causada pela lesão
no tecido medular propriamente dito, mas provavelmente resulta da combinação da
lesão ao anel fibroso e ligamento longitudinal dorsal, além da irritação aos tecidos
adjacentes a medula como meninges, raízes nervosas, ossos e tecidos fibrosos da
coluna”.
2.1.10 - Exame neurológico segundo a Medicinal Ocidental
Locais e tipos de reflexos neurológicos:
- Membros anteriores: Reflexo tríceps, bíceps extensor carpo radial
- Membros posteriores: Reflexo patelar, tibial cranial e ciático
- Dor profunda – presente ou ausente
- Dor superficial
- Reflexo anal
- Panículo
- Pesquisa de hiperpatia
2.1.11 - Sinais Clínicos
Os sinais neurológicos mais precoces podem ser perda da propriocepção consciente e
marcha atáxica, como sinal motor mais precoce. O aumento da severidade das lesões
leva a perda da capacidade de sustentar o próprio peso, perda dos movimentos
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voluntários, disfunção da bexiga e, finalmente, depressão ou perda da sensação de dor
profunda, caudal ao local da lesão, a perda da sensação dolorosa. A perda da sensação
dolorosa é geralmente um sinal clínico desfavorável, uma vez que indica danos severos
a medula. A perda da percepção da dor profunda é um indicador de prognóstico
desfavorável, com pequena chance de recuperação.
Lesões de neurônio motor superior mostram o efeito da perda de inibição dos reflexos
miotáticos resultando em espasticidade ou hipertonia e levam a atrofia por desuso, cuja
progressão é mais lenta. Os reflexos espinhais apresentam-se intactos ou hiperativos
(hiperreflexia) e pode ser observada a presença de clonus nestes pacientes. É possível
verificar, com o animal em decúbito lateral, a presença do reflexo extensor cruzado
quando o reflexo flexor é estimulado, o que se deve à liberação dos neurônios motores
inferiores. O reflexo do panículo contribui para a localização da lesão, sinais como
depressão ou ausência deste reflexo são vistos até um ou dois segmentos vertebrais
caudais ao disco herniado. Dor é sintoma freqüente na compressão de medula espinhal.
A dor resultante de doença de disco toracolombar é geralmente menos dramática do que
a observada em quadros de lesão cervical. O cão pode apresentar cifose, relutância para
caminhar e desconforto à palpação da região; entretanto, a dor desacompanhada de
outros sinais pode ser vista e confundida como sendo de origem abdominal refere que
vários estudos indicaram a existência de dor discogênica; entretanto, afirmam serem
raros pacientes que apresentam este tipo de dor, isto é, dor por pressão no ligamento
longitudinal dorsal e no ânulo fibroso. Em lesões afetando os discos da coluna lombar
(L4 a L7) podem estar presentes sinais de neurônios motores inferiores, verificando-se
paresia ou paralisia flácida e perda de reflexos segmentares nos membros afetados. Os
sinais podem ser assimétricos. A espasticidade observada na marcha pode ser a única
evidência de lesão em casos leves; no entanto, animais com lesão unilateral podem
demonstrar alteração apenas aos testes de reação postural. (Torelli, 2006)
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2.1.12 - Eletroacupuntura
A eletroacupuntura consiste em uma condução de energia elétrica através de pontos de
acupuntura. As indicações para seu uso são paralisias, condições dolorosas crônicas
graves, condições dolorosas que não respondem à estimulação manual e indução da
analgesia cirúrgica por acupuntura. Existem algumas contra-indicações como: arritmias
cardíacas, epilepsia, choque, febre, fraqueza, hipotensão e gravidez.
A aplicação de estimulação elétrica nas agulhas de acupuntura, pode-se induzir a
liberação de diferentes tipos de neuropeptídeos no sistema nervoso central (SNC)
simplesmente pela mudança na freqüência da estimulação elétrica, sem mover a posição
da agulha. Enquanto a estimulação de baixa freqüência (2HZ) ativa a liberação de beta-
endorfina e de metencefalina no Sistema Nervoso Central, a estimulação de alta
freqüência (100 Hz) acelera a liberação de dinorfina na medula espinhal.
De forma geral, a estimulação fraca com baixas corrente e freqüência tonifica o ponto
em que é aplicada. Usa-se estimulação elétrica com menos de 15 Hz (normalmente de 2
a 3 Hz) até o limiar de percepção do paciente atingindo uma amplitude ideal. Para
sedação usam-se alta freqüência (maior que 15 hz) e alta amplitude (contração muscular
distinta, mas de forma a não causar dor).
Na eletroacupuntura existem vários modos de pulsação e formas de onda, a saber, modo
ajustável, denso, disperso, descontínuo onde cada impulso tem a mesma intensidade ou
amplitude e em dente de serra e em ondulação ou rampa onde as amplitudes são
variadas. Os aparelhos de eletroacupuntura possuem um gerador de pulsos que podem
ter uma ou múltiplas formas. Estas podem ser retangulares, quadradas, sinusoidais, em
ponta ou uma combinação da quadrada e em ponta. Podem também apresentar variação
dos padrões de onda produzidos. É preciso ainda, que haja um controle da freqüência ou
uma unidade de controle do pulso, para ajustar a saída do gerador de pulso. Esse
mecanismo estabelece a freqüência e a duração dos pulsos. O aparelho tem ainda um
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último componente, que é o controle da corrente, permitindo o modo da amplitude ou a
intensidade do estímulo elétrico em termos da voltagem. A maioria dos aparelhos tem
potencial de 3 a 12 V, mas a corrente que passa pelas agulhas fica na faixa entre o
miliampere e o microampere. As informações acima são importantes para que se defina
a conduta terapêutica uma vez que segundo Schoen (2006), cada área do corpo pode ter
um nível de condutividade diferente daquele da área adjacente.
Para a aplicação da eletroacupuntura, os eletrodos de conexão são conectados na haste
das agulhas, próximo à pele e não no cabo. Quanto mais próximo da pele, menor
resistência elétrica com menor probabilidade de os fios dos eletrodos puxarem as
agulhas para fora do corpo do animal. Seleciona-se, então, o tipo de onda e a freqüência
que são fixados no aparelho e ligados a seguir. (Shoen, 2006)
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3 – RELATO DE UM CASO
Cão da raça poodle, de 5 anos de idade (Fig 4) foi levado ao consultório após
atropelamento, apresentando paralisia de membros posteriores. O exame clínico avaliou
as condições neurológicas da região afetada. Foi realizado exame radiológico ventro
dorsal (Fig5) da área atingida. Na anamnese foi constatado que o animal estava com as
funções urinárias e intestinais normais, pois, como foi informado, apresentava controle
sobre fezes e urina. Não foi feita mielografia nem RX em decúbito lateral; a suspeita
diagnóstica do local da lesão foi baseado na pesquisa de pontos “ASHI” que foram
localizados na região lombar (entre L2,L3 e L4).
Fig. 4. Animal apresentando paralisia de trem posterior
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Fig 5. RX ventro-dorsal mostrando estreitamento de espaço intervertebral entre L3 e L4
Foi estipulado o tratamento através de eletroacupuntura de baixa frequencia ( 2 Hz onda
tipo quadrada e em ponta por 30 min) 2 sessões por semana nos pontos escolhidos para
aplicação que foram: B23, B24, B25, B40,VG2, VG3, Bafeng, VB34 e R3. Foi
prescrito, Vitamina B1 (100mg – 1 comprimido 2 vezes ao dia), diariamente,
recomendado repouso, fisioterapia (alongamentos, exercícios para estimulação da
musculatura do trem posterior) e tratamento suporte visando evitar o aparecimento de
úlceras de decúbito, infecção urinária e atrofia muscular(mudança de decúbito
periódica, higiene rigorosa do trem posterior)
Fig 6. animal em sessão de eletroacupuntura
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Fig 7 aplicação de agulhas com eletrodos nos acupontos
3.1 - Pontos de Acupuntura utilizados
3.1.1 - Meridiano da Bexiga (B)
B23 - Shenshu – Ponto de associação do rim
Localização: Lateral á borda caudal do processo espinhal da segenda vértebra lombar,
ao longo da linha longitudinal dos tubérculos costais torácicos
Inervação: ramo Cutâneo Dorsal do segundo nervo Espinhal Lombar
Método: inserção perpendicular a 1 a 3 cm de profundidade
Indicações: distúrbios renais, distúrbios urogenitais, dor no dorso, espondilose vertebral,
artrite coxofemoral, doença de disco intervertebral.
B24 .- QiHaiShu – Ponto de associação do Mar do Qi
Localização: Lateral à borda caudal do processo espinal da terceira vértebra lombar, ao
longo da linha longitudinal dos tubérculos costais torácicos
Inervação: Ramo cutâneo dorsal do terceiro nervo espinal lombar
Método: Inserção perpendicular a 1 a 2 cm de profundidade
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Indicações: constipação, dor no dorso, cistite
B25 – DaChangShu – Ponto de associação do intestino grosso
Localização: Lateral à borda caudal do processo espinal da quinta vértebra lombar, ao
longo da linha longitudinal dos tubérculos costais torácicos.
Inervação: Ramo cutâneo dorsal do quinto nervo espinal lombar.
Método: Inserção perpendicular a 1 a 2 cm de profundidade
Indicações: Distúrbios gastrintestinais, constipação, diarréia, colite crônica. Ponto para
doença de disco toracolombar e dor no dorso.
B40- WeiZhong – Centro da Dobra.
Ponto He (ponto de união)
Localização: No centro da fossa poplítea. Abaixo deste ponto situam-se a artéria
femoral e o nervo tibial
Inervação: Nervo sural cutâneo caudal
Método: Inserção perpendicular a 0,5 e 1,5 cm de profundidade
Indicações: Doença de disco toracolombar, espondilose, paresia ou paralisia caudal,
enurese. Importante ponto distal para qualquer distúrbio lombar ou do membro
posterior.
3.1.2 - Meridiano da Vesícula Biliar (VB)
VB 34 – YangLingQuan – Nascente da colina Yang
Ponto He (ponto de união), Ponto de influência para músculos e tendões
Localização: Na depressão cranial e ventral à cabeça da fíbula, no espaço interósseo.
Proximal à bifurcação dos nervos peroneiros superficial e profundo.
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Inervação: Nervo cutâneo sural lateral
Método: Inserção perpendicular a 1 a 2 cm de profundidade.
Indicações: Distúrbios do fígado, vesícula biliar e membro pélvico. Distúrbios dos
músculos e tendões, miopatias, distúrbios do joelho, paresia ou paralisia do membro
pélvico. Ponto distal para doença de disco toracolombar.
3.1.3 - Meridiano do Rim (R)
R3 – Taixi - Grande Córrego
Ponto Fonte
Localização: Na depressão caudal ao maléolo medial da tíbia e cranial à tuberosidade do
calcâneo
Inervação: Ramo plantar medial do nervo tibial.
Método: Inserção angular, em sentido distal, a 0,5 cm de profundidade.
Indicações: Distúrbios urogenitais, cistite, enirese, doença renal crônica, dor no dorso,
dor na região do tarso.
Vaso Maravilhoso Du Mai – (Vaso governador)
VG2 – Yao Shu, Ponto de Associação do Lombo
Localização: Na linha média dorsal entre os processos espinhosos da segunda e terceira
vértebra sacral. O nome apropriado para esse ponto usado na acupuntura veterinária
tradicional é Wei Gen (base da cauda).
Inervação: Ramos cutâneos do nervo sacral dorsal.
Método: Inserção perpendicular a 0,5 a 1 cm de profundidade
Indicação: Paralisia do membro pélvico ou da cauda, prolapso retal, constipação,
diarréia.
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VG3 – Yang Guan , Passagem Yang
Localização: Na linha média dorsal entre os processos espinhosos da quarta e da quinta
(ou da quinta e da sexta) vértebra lombar.
Inervação: Ramo medial do quarto nervo espinal lombar.
Método: Inserção perpendicular com 1 a 2 cm de profundidade
Indicações: Problemas de reprodução, endometrite, espondilose lombar, artrite.
Ponto extra Bafeng – Oito ventos
Localização: No dorso do pé, na depressão localizada na extremidade das dobras dos
dedos dos pés (8 pontos no total - bilateralmente).
Função: Exterioriza as Energias Perversas, Dispersa o Vento e o Calor, Dispersa a
Umidade-Calor.
Indicações: dor nos dedos dos pés, inflamação no dorso do pé, neurite periférica do
membro inferior, adormecimento do membro inferior ou dor no dorso dos pés.
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3.1.4 - Mapa dos pontos
Meridiano da Bexiga.(B)
Fig 8 – Pontos B23, B24 ,B25 e B40 (FONTE: Draehmpaehl & Zohmann, 1997)
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Fig 9 - B 40 (FONTE: Draehmpaehl & Zohmann, 1997)
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Meridiano do Rim (R)
Fig 10 – R3 (FONTE: Draehmpaehl & Zohmann, 1997)
Meridiano da Vesícula Biliar (VB)
Fig 11 – VB 34 (FONTE: Draehmpaehl & Zohmann, 1997)
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Vaso Maravilhoso Du Mai (VG)
Fig 12 – VG2, VG3 (FONTE: Draehmpaehl & Zohmann, 1997)
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Ponto extra Bafeng
Fig. 13 – Bafeng (FONTE : Schoen 2006)
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4 - RESULTADOS
O animal apresentou melhoras já após 1ª sessão, segundo relato do proprietário,
demonstrando mais apetite, com tentativas de andar, embora ainda não conseguisse se
levantar. Após a 3ª sessão, quando colocado em posição quadrupedal, conseguia se
manter na posição por alguns segundos. Os reflexos dos membros posteriores (patelar,
tibial e ciático) estavam mais fortes. Após a 7ª sessão o animal recuperou os
movimentos e voltou a andar. O tratamento prosseguiu até a 10ª sessão com excelente
progressão, resgatando, a cada dia, firmeza dos movimentos e equilíbrio do trem
posterior. O tratamento foi interrompido pelo proprietário. Após 1 ano e três meses
deste tratamento foram tiradas novas radiografias que tiveram como laudo radiográfico:
diminuição do espaço intervertebral em L3-4, L4-5 e L5-6, espondilose anquilosante
em L3-4, presença de osteófitos laterais na face articular caudal de L3 e cranial de L4.
Foi sugerido ao proprietário o recomeço do tratamento para estabilizar as seqüelas
presentes (andar um pouco cambaleante) e prevenção do agravamento do quadro
instalado, como mostra a figura 14.
Fig 14 - RX latero lateral direito
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O tratamento convencional para este trauma incluiria o procedimento conservador, ou
seja, uso de drogas antiinflamatórias não esteroidais e repouso ou ainda uso de
corticóides por um período prolongado. Os corticóides de depósito agem por até seis
meses no organismo, promovendo efeitos colaterais prolongados. Além disso, ao surgir
qualquer complicação decorrente do seu uso, uma vez administrados não podem mais
ser removidos. (Mazzei 2009)
Fig. 15 – Cão nos dias de hoje após tratamento
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5 - CONCLUSÃO
A escolha da acupuntura para tratamentos de distúrbios musculoesqueléticos é uma
alternativa que demonstra ser bastante eficaz e sem efeitos colaterais. A resposta é
variável, de acordo com a profundidade do trauma e é avaliada pela melhora do grau de
mobilidade do animal como um todo, no aumento dos níveis de atividade e no alívio de
certos padrões comportamentais associados à dor, que incluem habilidade para subir e
descer escadas, se manter em pé, desejar participar de brincadeira, levando, enfim, uma
vida normal. Conclui-se que a acupuntura pode ser aplicada como tratamento em cães
com discopatia lombar, antecipando o retorno à locomoção, com ausência de efeitos
colaterais e no caso apresentado, após um curto espaço de tempo.
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6- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MACIOCIA, G. Os Fundamentos da medicina chinesa. São Paulo: Roca, 1996, 658p.
SCHOEN, A. M. Acupuntura veterinária: da arte antiga à medicina moderna. São
Paulo: Roca, 2006, 603p.
TORELLI.S.R., JOAQUIM J.G.F: Tratamento por acupuntura de cães com doenças do disco intervertebral na coluna tóracolombar - Monografia apresentada no Curso de Formação em Acupuntura Veterinária – Aula 26
Diagnóstico da dor segundo a Medicina Tradicional Chinesa disponível em : http://acupunturabrasil.org/blog/media/blogs/group/Biblioteca/Diagnostico/010.pdf acessado em 01/05/2009