Post on 02-Jan-2016
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Antonio Candido de Paula NetoInternato-Pediatria
Universidade Católica de Brasíliawww.paulomargotto.com.brBrasília, 30 de maio de 2014
TRO/Hidratação endovenosa
ReidrataçãoA maioria das vezes o tratamento é feito no
ambulatório ou com internamento de curta duração.
Usar SRO em casos de desidratação grau 1 (leve)
Usar soro de hidratação oral - eficaz em 90% dos casos.
ReidrataçãoRecorrer a gastroclise se a criança não
aceitar a oferta.Nos casos de insucesso da via oral devido a
vômitos persistentes (3% dos casos), usar a via endovenosa e, voltar a via oral, logo que a criança passe a tolerá-la.
TRO-Terapia de Reidratação OralAdministração oral de SROSem sinais de desidratação – 10 ml/Kg por
cada dejecção ou 20 ml/Kg por cada vómitoDesidratação leve: 30 – 50 ml/Kg durante 4
h + 10 ml/kg por cada dejecção ou 20 ml/Kg por cada vómito
Indicações para internamentoDesidratação moderada a grave Insucesso hidratação oralCasos sociaisNa desidratação grave e/ou outra
classificação de doença grave, a criança deverá ser transferida imediatamente para o Hospital, depois de iniciar a reidratação
Hidratação VenosaDesde o Início
Vômitos incoercíveisDiarréia alto débito ( mais 10 ml/Kg)Septicemia ou infecção sistêmicaChoque hipovolêmicoDesidratação moderada ou grave
Na vigência da TROVômitos incoercíveisDistensão Abdominal AcentuadaDiarréia maior que a ingesta toleradaPiora após de TRO bem conduzida.
Hidratação Venosa1ª Fase:
Fase Expansão, Reparação, Rápida2ª Fase
Fase de Manutenção => Regra de Holiday-Segar
Fase RápidaFase rápida:
SG 5% + SF (1:1);Volume: 50ml/Kg/h;Reavaliar em uma hora;Repetir ou reduzir para 25ml/Kg/h (rotina),
caso diminuir os sinais de desidratação;
Fase rápidaQuando parar?
Se sinais de desidratação desaparecerem e melhora clínica;
Duas micções claras e abundantes com densidade urinária <1,010;
Osmolaridade <300mOsm/l;Se sinais desaparecem e bexiga é palpável,
estimular micção infundindo mais líquido ou administrar furosemide (1 a 2mg/kg)
OBS: Sem diurese: investigar IR
Fase de Manutenção- VolumeRegra de Holiday-Segar:
Peso até 10kg→100ml/kg/24h; Peso entre 10-20kg→1000ml+50ml/kg acima
de 10kg;Peso acima de 20kg→1500ml+20ml/kg acima
de 20kg;
Solução: SF 0,9% + SG 5% (1:4)
Máximo 500ml por etapa
Fase de Manuntenção- Sódio Necessidade de SódioAté 10Kg -------- 3mEq/kg/dia De 10Kg a 20Kg ------- 30mEq +
1,5mEq/Kg/dia Acima de 20Kg ------- 45mEq +
0,6mEq/Kg/dia
Necessidade de Sódio: 3 – 5mEq/100mlComposição: NaCl 20% = 3,4 mEq/ml NaCl 0,9%= 0,15mEq/ml
Fase de Manuntenção- PotássioAté 10Kg ---------2mEq/kg/dia De 10Kg a 20Kg -------- 20mEq +
1mEq/Kg/dia Acima de 20Kg ----- 30mEq +
0,4mEq/Kg/dia
Necessidade de Potássio: 2 – 4mEq/100mlComposição: KCl 10% = 1,34 mEq/ml
Dados importantes1 ml NaCl 20% = 3,4 mEq/l1 ml SF 0,9 % = 0,154 mEq/l1 ml KCl 10% = 1,3 mEq/l1 ml Gluconato de Cálcio 10% = 0,5 mEq
Gotas:1ml = 20 gotas1 gota= 3 mcgotas1 ml = 1mcgota
Monitorização da HidrataçãoSinais vitais (FR, FC)Balanço hídrico (ofertas e perdas)Registro do peso cada 12hMedição da diurese
A medicação sintomática (antidiarreica e antiemética) está contra- indicada
Exemplo 1Criança, 5 anos, 18Kg, em desidratação
grave
Exemplo 1Criança, 5 anos, 18Kg, em desidratação
gravePrescrição1) Fase rápida (2 etapas) 30 min cada, SF
0,9% + SG 5% (1:1)SF 0,9%, 225ml, EVSG 5%, 225ml, EV
Se continuar desidratado2) Repetir a fase rápida ou reduzir para 25ml/Kg/h3) Reavaliar após 1h.
Exemplo 2Fase de ManuntençãoExemplo 1: Criança de 5Kg Exemplo 2: Criança de 14Kg
Exemplo 3: Criança de 23Kg
Exemplo 2 Fase de manutenção Exemplo 1: Criança de 5Kg Volume = 5Kg x 100ml/Kg/dia = 500ml/dia
Exemplo 2: Criança de 14Kg Volume = 10Kg x 100ml/kg/dia = 1000ml/dia 4Kg x 50ml/Kg/dia = 200ml/dia 1200ml/dia
Exemplo 3: Criança de 23Kg Volume = 10Kg x 100ml/Kg/dia = 1000ml/dia 10Kg x 50ml/Kg/dia = 500ml/dia 3Kg x 20ml/Kg/dia = 60ml/dia 1560ml/dia
Exemplo 3Reposição de K+ e Na+
Criança 7kg
Exemplo 3Reposição de Na+ e K+
Obrigado.
Referências bibliográficasJ Pediatr (Rio J) 1999;75(Supl.2):s223-s33
Nota do Editor do site, Dr. Paulo R. Margotto
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Hidratação venosa no recém-nascido: distúrbio hidreletrolíticoAutor(es): Paulo R. Margotto, Ana Maria C.Paula