Post on 07-Nov-2018
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Traduzido do original em Inglês
Thou That Dwellest In The Gardens
By R. M. M'Cheyne
Extraído da obra original, em volume único:
The Sermons of the Rev. Robert Murray M'Cheyne
Minister of St. Peter's Church, Dundee.
Via: Archive.Org
Tradução e Capa por William Teixeira
Revisão por Camila Almeida
1ª Edição: Março de 2015
Salvo indicação em contrário, as citações bíblicas usadas nesta tradução são da versão Almeida
Corrigida Fiel | ACF • Copyright © 1994, 1995, 2007, 2011 Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil.
Traduzido e publicado em Português pelo website oEstandarteDeCristo.com, sob a licença Creative
Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International Public License.
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Tu Que Habitas Nos Jardins Por R. M. M’Cheyne
“Ó tu, que habitas nos jardins, os companheiros estão atentos para ouvir a tua voz;
faze-me, pois, também ouvi-la. Vem depressa, amado meu, e faze-te semelhante ao
gamo ou ao filho dos veados sobre os montes dos aromas.” (Cânticos 8:13-14)
I. A descrição da Igreja, ou da alma crente: “Tu que habitas nos jardins”. Isto é verdade para
o crente de duas maneiras.
1. Ele é fechado e separado do mundo: “Jardim fechado és tu, minha irmã, esposa minha”
(Cânticos 4:12). Todos os crentes habitam dentro de um recinto. Assim como os jardins do
Oriente estão fechados com uma cerca de canas, ou de figo da Índia, ou por uma parede
de pedras, assim, todos os que são de Cristo são separados do mundo, Jesus diz: “Se vós
fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu, mas porque não sois do mundo, antes
eu vos escolhi do mundo, por isso é que o mundo vos odeia” (João 15:19). E, novamente,
João diz: “O mundo não nos conhece; porque não o conhece a ele” [1 João 3:1]. Grandes
erros são cometidos aqui. Há muitas sebes que não são do plantio de Cristo. Muitos são
separados, mas não pelo Evangelho de Deus.
(1) Alguns são separados por educação. Eles são educados longe do barulho e da agitação
do mundo. Eles veem pouco de seus vícios, e ouvem pouco da sua profanação. Eles nunca
estão autorizados a entrar em seu anel mágico. Eles são uma espécie de pessoas sepa-
radas. Mas, ah! eles têm um mundo em seu próprio coração.
(2) Alguns, mais uma vez, são separados do mundo por dores mundanas e angústias, ou
por doença do corpo. Seu espírito orgulhoso está quebrado. O seu coração foi usado louca-
mente por acompanhar o mundo; mas agora ele adoece e morre dentro deles; o desejo se
vai. Eles não têm mais coração para os seus ídolos. Trata-se de uma espécie de pessoas
separadas. Mas, ah! eles não habitam nos jardins; esta é a separação da natureza, não da
graça.
(3) Alguns têm uma separação arrogante do mundo, como os que diziam: “Para trás, porque
sou mais santo do que tu”, como os Fariseus, que não falariam com um publicano. Estes
são conhecidos por sua pouca compaixão pelo mundo. Ah! estes não habitam no jardim de
Cristo.
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(4) Há uma separação nominal do mundo. Essas pessoas têm um nome de quem vive, e
estão mortas. Eles pertencem, possivelmente, a uma congregação peculiar, e à reunião de
oração peculiar, pois eles têm um nome de Cristão e uma aparência Cristã, pois eles muitas
vezes falam como Cristãos, e são chamados de Cristãos, o mundo os teme, e os tratam
como se fossem crentes, mas o tempo todo sob este manto bate um coração não trans-
formado, incrédulo, ímpio. Ah! irmãos, esta é uma separação feita por Satanás. Mas todos
os que são de Cristo verdadeiramente habitam nos jardins. Eles são separados do mundo
por um abismo infinito, intransponível.
Em primeiro lugar, pelo sangue. Assim como as casas de Israel foram separadas das casas
dos egípcios por terem as portas aspergidas com sangue; semelhantemente há um conjun-
to de homens neste mundo, cujas portas dos corações foram aspergidas com sangue. O
sangue de Cristo sobre a sua consciência marca-os como homens perdoados. Eles tinham
a mesma natureza de outros homens; a mesma inimizade contra Deus, e repulsa desespe-
rada dEle; eles tinham o mesmo amor aos ídolos como os outros homens; eles passaram
sua juventude nos mesmos pecados que os outros homens; muitos deles foram até as
profundezas do pecado; mas o Senhor Jesus os amou, e os lavou de seus pecados em
Seu próprio sangue. “Justificados pela fé, temos paz com Deus” [Romanos 5:1]. Estes são
os que habitam nos jardins. Ah! irmãos, vocês têm sido separados pelo sangue? Vocês têm
o sangue carmesim de Jesus, tornando a sua alma diferente do restante dos homens?
Em segundo lugar, por Seu Espírito. Todos os que são verdadeiramente de Cristo são sepa-
rados do mundo pela habitação do Espírito Santo. “Se alguém está em Cristo Jesus, nova
criatura é” [2 Coríntios 5:17]. Ele tem novos desejos dados a ele, posto que ele desejava o
que outros homens desejam. Louvor dos homens, um nome, o poder, o dinheiro, o prazer.
Estes foram os principais objetos que estavam diante dele. Agora estes perderam o seu po-
der sobre ele. O mundo foi crucificado. Agora, ele deseja mais proximidade de Deus; uma
mudança mais completa de coração; ele deseja espalhar o conhecimento de Jesus sobre
o mundo. Ele é separado para o Evangelho de Deus. Ele tem novas tristezas. Uma vez
todas as suas tristezas eram as tristezas do mundo; chorou pela perda de amigos ou bens
deste mundo, mas agora essas dores são leves aflições. Seu mais pesado sofrimento agora
é quando ele está longe de Deus, quando ele quer a presença de Deus e o sorriso de Deus,
ou, talvez, a ausência do Espírito e a queima da corrupção interior, ou o pecado abundante
ao seu redor, o faz suspirar e chorar, ou a arca de Deus faz com que seu coração trema.
Este homem está separado, ele habita nos jardins.
Queridas almas, vocês têm sido, assim, separados do mundo? “Mas devemos sempre dar
graças a Deus por vós, irmãos amados do Senhor, por vos ter Deus elegido desde o princí-
pio para a salvação, em santificação do Espírito, e fé da verdade” [2 Tessalonicenses 2:13].
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Ah irmãos, o sangue de Cristo tem vos separado do mundo não-perdoado? Será que o
Espírito de Cristo, vos separou do mundo não regenerado? Existe uma separação real,
eterna feita entre vocês e o mundo? Se não, vocês perecerão com o mundo.
2. Habitar nos jardins também parece significar habitar em deleite. Quando Deus fez o
homem, no princípio, Ele plantou um jardim no Éden, ao Oriente; e do solo fez o Senhor
Deus brotar toda sorte de árvores agradáveis à vista e boas para comida, e a árvore da
vida no meio do jardim. E o Senhor Deus tomou o homem e o colocou no jardim do Éden,
para cultiva-lo e guarda-lo. Aquele jardim era um tipo de doce deleite da alma de Adão; e
ali, dia após dia, ele ouviu a voz de Deus, que passeava no jardim, na viração do dia. Quan-
do Adão caiu, Deus o expulsou do jardim para este mundo sombrio, coberto de espinhos e
abrolhos, para ganhar o pão com o suor do seu rosto. O homem já não andava com Deus
em um jardim de delícias. Mas quando um pecador é levado a Cristo, ele é trazido para o
jardim de Cristo: “Porque nós, os que temos crido, entramos no repouso” [Hebreus 4:3]. Ele
diz: “desejo muito a sua sombra, e debaixo dela me assento; e o seu fruto é doce ao meu
paladar” [Cânticos 2:3]. Ele se torna alguém que habita nos jardins. Na verdade, ele é
alguém vindo do deserto. Este mundo é um deserto, para o crente — cheio de dor, doença,
suspiros e morte — um mundo que crucificou seu Senhor, e o persegue; um mundo frio,
incrédulo e ímpio. Ainda assim, a alma habita nos jardins: “A sua alma pousará no bem”
[Salmos 25:13]. É verdade, o crente tem seus momentos de deserção, e nuvens, e dúvidas,
e águas profundas em tais ocasiões, o seu grito é, 'Miserável Homem que sou! ” Ainda as-
sim, quando o olho repousa sobre Jesus, a sua alma habita em um jardim de delícias.
Ó! irmãos, que foram levados para o jardim de Cristo; vocês encontraram grande prazer
nele, um melhor do que o Éden — um direito à árvore da vida, que está no meio do paraíso
de Deus! Muitos de vocês pensam que é uma coisa maçante tornar-se um Cristão. Você
olha para os seus lados, a sua calma, caminhada humilde, por meio do mundo. Você pensa
que eles são ranzinzas, taciturnos, severos. Mas, ó homem! você está apenas olhando para
a casca: você não pode ver o que é sentido interiormente, você não pode ver a luz do sol
do céu que repousa sobre tal alma, você não pode saborear por um momento o prazer de
estar em paz com Deus [...].
“Feliz é o homem que acha sabedoria,
E o homem que adquire entendimento.
Ela é mais preciosa do que rubis;
E todas as coisas que possas desejar não se pode comparar com ela.
Vida longa de dias está na sua mão direita;
Em sua mão esquerda riquezas e honra.
Os seus caminhos são caminhos de delícias,
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E todas as suas veredas são paz.
Ela é uma árvore da vida para os que dela lançam mão:
E feliz é todo aquele que a retém.”
Ah, irmãos, vão e aprendam o hino que assim começa:
“Irão os homens fingir prazer
Aqueles que nunca conheceram ao Senhor?
Podem todos os tesouros do mundano
A verdadeira paz de espírito pagar?”
II. A exclamação Cristo: “os companheiros estão atentos para ouvir a tua voz”.
1. A alma em Cristo tem muitos companheiros amáveis, irmãos e irmãs em Cristo Jesus. A
alma que está unida à videira está unida a todos os ramos: “Nós sabemos que passamos
da morte para a vida, porque amamos os irmãos” [1 João 3:14]. “Companheiro sou de todos
os que te temem” [Salmos 119:63].
Os crentes têm muitas coisas a dizer um ao outro; como João diz a Gaio: “Tinha muito que
escrever, mas não quero escrever-te com tinta e pena. Espero, porém, ver-te brevemente,
e falaremos face a face” [3 João 1:13-14]. Assim como os crentes nos dias de Malaquias:
“Então aqueles que temeram ao Senhor falaram frequentemente um ao outro; e o Senhor
atentou e ouviu” [Malaquias 3:16].
E o mesmo ainda acontece com os crentes. Podem dizer de suas experiências passadas
modesta e humildemente, com auto-aversão, e para a glória de Cristo; como Jesus disse
ao que havia sido endemoninhado: “Torna para tua casa, e conta quão grandes coisas te
fez Deus” (Lucas 8:39); e como Davi fala: “Vinde, e ouvi, todos os que temeis a Deus, e eu
contarei o que ele tem feito à minha alma” (Salmos 66:16). Eles falam um com o outro em
suas angústias, como está escrito: “Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas pala-
vras” [1 Tessalonicenses 4:18]. Não, “consolai-vos a vós mesmos”, mas “consolai-vos uns
aos outros”, esta é uma ordenança de Deus que o consolo deve ser ministrado de cren-te
para crente. Que gentil mão de amor deve trazer a taça da consolação. Eles falam uns aos
outros sobre Jesus: “Vistes aquele a quem ama a minha alma?” [Cânticos 3:3], para onde
foi o teu amado, ó mais formosa entre as mulheres? Para onde se retirou o teu amado, para
que o busquemos contigo?” [Cânticos 6:1]. Eles exortam uns aos outros diariamente, duran-
te o dia chamado hoje.
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Ah! esta é uma verdadeira marca de todos os verdadeiros crentes: “os companheiros estão
atentos para ouvir a tua voz”. Assim muitos de vocês podem saber se vocês não estão em
Cristo por isso, que vocês nunca aprenderam a língua pura de Canaã. É verdade que há
muitos que têm as frases dos Cristãos, e tem muito falar, que passarão a ser nuvens sem
chuva, virgens loucas, tendo uma lâmpada, e pavio, e chama, porém nenhuma gota de óleo
no interior, ainda assim, se vocês não têm o discurso de Canaã, se vocês não tiverem uma
palavra para aqueles que caminham em direção a glória, eu temo que vocês não pertencem
a essa companhia.
2. Ouça a exclamação de Cristo. “Faze-me, pois, também ouvi-la”. Cristo se queixa de que
falamos mais uns aos outros do que com Ele. Este é muitas vezes o caso, especialmente
com os jovens crentes. Quando o peito se enche de alegria, o crente o derrama antes peran-
te seus companheiros, em vez de diante do Senhor. Na tristeza, quando as nuvens têm
coberto a alma, Cristo é esquecido, e algum companheiro procurado para ouvir suas quei-
xas. Na dificuldade, quantas vezes o crente corre primeiro para algum companheiro na terra
em busca de conselho! Agora, a palavra de Cristo é: “faze-me, pois, também ouvi-la”, corra
primeiro para Mim.
(1) Porque Cristo é um Salvador zeloso: “Porque o Senhor teu Deus é um Deus zeloso”
[Deuteronômio 6:15]. Quando Cristo levou-nos para Si mesmo, Ele disse: “E naquele dia,
diz o SENHOR, tu me chamarás: Meu marido; e não mais me chamarás: Meu senhor. E da
sua boca tirarei os nomes dos Baalins, e não mais se lembrará desses nomes” [Oséias
2:16-17]. Lembrem-se de como Ele disse: “Amas-me mais do que estes?” [João 21:15] E
disse-lhe: “Que tenho eu com os ídolos?” [Oséias 14:8]. Agora, o Senhor Jesus não pode
suportar que devemos ter um amigo mais próximo do que Ele mesmo. Ele deve ser o nosso
parente mais próximo. Devemos nos inclinar sobre o Amado. “Faze-me, pois, também ouvi-
la”.
(2) Porque nEle são completamente supridas todas as nossas necessidades. É verdade
que os companheiros são tão queridos e amáveis na sua vida; mas de onde eles tiraram
toda a graça que os tornou assim? Não foi a partir de Cristo? Talvez nós amamos sua bran-
dura e mansidão; sua santa sabedoria, para aconselhar-nos em circunstâncias difíceis; mas
ah! de onde eles tiraram isso? de Jesus. Eles não são nada senão cisternas; Cristo é a
fonte. Eles são apenas criaturas; Cristo é o Criador. Devemos deixá-los, e valer-nos dEle.
“Faze-me, pois, também ouvi-la”.
(3) A comunhão com Cristo é sempre santificadora. A comunhão com os homens, mesmo
com os homens bons, muitas vezes endurece e fere a alma. Você está contando experiên-
cias? Você está apto a ser um homem agradável, para buscar parecer algo maravilhoso,
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muito humilde ou de muito crédito? Você está apto a buscar antes o louvor dos homens do
que a glória de Deus. Você está em busca de conforto? Você está apto a se inclinar sobre
a criatura, e esquecer o único Consolador; mas a comunhão com Cristo é sempre santifi-
cadora. É bom para a alma encontrar-se com Jesus. Oh, se tu fosses a Jesus e Lhe disses-
se tudo; se tu O levasse a ouvir-te, quão mais feliz tu serias! Deixe haver muita sinceridade
entre sua alma e Cristo. Não cubra nenhum pecado diante dEle; derrame cada alegria, cada
tristeza, busque conselho em cada perplexidade. Veja aqui, Ele ordena que você venha e
conte-Lhe tudo: “Faze-me, pois, também ouvi-la”.
III. A oração do crente.
1. Ele ora por um rápido retorno de Cristo à sua própria alma. É a presença de Cristo com
a alma que dá a verdadeira paz e a verdadeira santidade. Não são as circunstâncias, nem
os ministros, nem lugar, nem tempo, mas Jesus presente. Pois sentar-se à Sua sombra,
proporciona grande prazer. Pois somente inclinar-se sobre o Amado apoia os seus passos
vacilantes. Um verdadeiro crente não pode estar satisfeito, enquanto Cristo está longe;
“Vem depressa, amado meu”; alguém que não é uma esposa pode se contentar com outros
amantes, mas os suspiros da esposa fiel são pelo retorno de seu Senhor. As ordenanças
são todas frias e estéreis até que Ele retorne. Ministros falam, mas não ao coração. Os
companheiros não podem dar descanso nem acolhimento. Ó irmãos! Vocês sabem o que
é suspirar consigo mesmos: “Vem depressa, amado meu”?
2. Ele ora por um rápido retorno de Cristo à Igreja. É a presença de Cristo, que faz o tempo
doce de refrigério em uma Igreja. Quando Ele vem saltando sobre os montes, saltando
sobre as colinas, as flores aparecem imediatamente na terra. O povo do Senhor é vivificado
em todas as suas graças; eles começam a entoar canções de libertação; almas ansiosas
brotam como a erva; e todo o jardim do Senhor exala aromáticos. Ah! se o Senhor Jesus
viesse aqui com poder, eu pregaria e vocês ouviriam de outra maneira e não desta forma
que nós fazemos. Eu não seria tão duro de coração, e vocês seriam derretidos sob Sua
Palavra. Vocês não orarão: “Vem depressa, amado meu, e faze-te semelhante ao gamo ou
ao filho dos veados sobre os montes dos aromas”? Não é este um momento tão desejável?
3. Ele ora pela segunda vinda gloriosa de Cristo. É a verdadeira e visível vinda e presença
de Jesus, o Rei, em Sua formosura, que aperfeiçoará a alegria de seu povo crente. (1) O
amor da alma, então, será satisfeito. No momento estamos atingidos por muitas dúvidas.
Estou realmente convertido? Estou em Cristo? Será que perseverarei até o fim? A alma
tem muitas vezes uma fome por Cristo, e não pode saciá-la. Mas quando O veremos como
Ele é, as sombras todas fugirão. Jamais teremos outra dúvida; para sempre estaremos com
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o Senhor. (2) Jesus deve então ser totalmente glorificado. Atualmente, Ele é desprezado e
cuspido. Seus inimigos têm a mão levantada. Reis O desprezam, e a maioria dos homens
O estima superficialmente. Mas, então, quando Ele vier será glorificado nos Seus santos e
admirado em todos os que creem. Todos os seus santos deverão então bendizê-lO: “os ho-
mens serão abençoados nEle; todas as nações lhe chamarão bem-aventurado” [Salmos
72:17].
Ah! meus amigos, vocês podem dizer honestamente que esperam por esse dia? É uma
bem-aventurada esperança para vocês? Somente aqueles que podem dizer: “Meu Amado”,
podem desejar a Sua vinda. “Ai daqueles que desejam o dia do Senhor! Para que quereis
vós este dia do Senhor? Será de trevas e não de luz” [Amós 5:18]. Ah! irmãos, quando
Jesus vier nas nuvens do céu, todo olho o verá; e a maioria de vocês, eu temo, se lamentará
por causa dele. Ah, lá está Ele! o Salvador que nós rejeitamos, O negligenciamos por toda
a nossa vida, O desprezamos; Ali Ele vem para se vingar de nós que não conhecemos a
Deus e não obedecemos ao Evangelho. Aqueles de vocês que podem dizer: “Meu Amado”,
não estão em trevas, para que aquele dia vos surpreenda como um ladrão. Sua oração é:
“Vem depressa, amado meu, e faze-te semelhante ao gamo ou ao filho dos veados sobre
os montes dos aromas”.
ORE PARA QUE O ESPÍRITO SANTO use este sermão para trazer muitos
Ao conhecimento salvador de JESUS CRISTO.
Sola Scriptura!
Sola Gratia!
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Solus Christus!
Soli Deo Gloria!
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10 Sermões — R. M. M’Cheyne
Adoração — A. W. Pink
Agonia de Cristo — J. Edwards
Batismo, O — John Gill
Batismo de Crentes por Imersão, Um Distintivo
Neotestamentário e Batista — William R. Downing
Bênçãos do Pacto — C. H. Spurgeon
Biografia de A. W. Pink, Uma — Erroll Hulse
Carta de George Whitefield a John Wesley Sobre a
Doutrina da Eleição
Cessacionismo, Provando que os Dons Carismáticos
Cessaram — Peter Masters
Como Saber se Sou um Eleito? ou A Percepção da
Eleição — A. W. Pink
Como Ser uma Mulher de Deus? — Paul Washer
Como Toda a Doutrina da Predestinação é corrompida
pelos Arminianos — J. Owen
Confissão de Fé Batista de 1689
Conversão — John Gill
Cristo É Tudo Em Todos — Jeremiah Burroughs
Cristo, Totalmente Desejável — John Flavel
Defesa do Calvinismo, Uma — C. H. Spurgeon
Deus Salva Quem Ele Quer! — J. Edwards
Discipulado no T empo dos Puritanos, O — W. Bevins
Doutrina da Eleição, A — A. W. Pink
Eleição & Vocação — R. M. M’Cheyne
Eleição Particular — C. H. Spurgeon
Especial Origem da Instituição da Igreja Evangélica, A —
J. Owen
Evangelismo Moderno — A. W. Pink
Excelência de Cristo, A — J. Edwards
Gloriosa Predestinação, A — C. H. Spurgeon
Guia Para a Oração Fervorosa, Um — A. W. Pink
Igrejas do Novo Testamento — A. W. Pink
In Memoriam, a Canção dos Suspiros — Susannah
Spurgeon
Incomparável Excelência e Santidade de Deus, A —
Jeremiah Burroughs
Infinita Sabedoria de Deus Demonstrada na Salvação
dos Pecadores, A — A. W. Pink
Jesus! – C. H. Spurgeon
Justificação, Propiciação e Declaração — C. H. Spurgeon
Livre Graça, A — C. H. Spurgeon
Marcas de Uma Verdadeira Conversão — G. Whitefield
Mito do Livre-Arbítrio, O — Walter J. Chantry
Natureza da Igreja Evangélica, A — John Gill
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Natureza e a Necessidade da Nova Criatura, Sobre a —
John Flavel
Necessário Vos é Nascer de Novo — Thomas Boston
Necessidade de Decidir-se Pela Verdade, A — C. H.
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Objeções à Soberania de Deus Respondidas — A. W.
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Oração — Thomas Watson
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Pecadores nas Mãos de Um Deus Irado — J. Edwards
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no Batismo de Crentes — Fred Malone
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2 Coríntios 4
1 Por isso, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não desfalecemos;
2 Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, não andando com astúcia nem
falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos à consciência de todo o homem,
na presença de Deus, pela manifestação da verdade. 3 Mas, se ainda o nosso evangelho está
encoberto, para os que se perdem está encoberto. 4 Nos quais o deus deste século cegou os
entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória
de Cristo, que é a imagem de Deus. 5 Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo
Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos por amor de Jesus. 6 Porque Deus,
que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações,
para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo. 7 Temos, porém,
este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós. 8 Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados.
9 Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos;
10 Trazendo sempre
por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus
se manifeste também nos nossos corpos; 11
E assim nós, que vivemos, estamos sempre
entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também na
nossa carne mortal. 12
De maneira que em nós opera a morte, mas em vós a vida. 13
E temos
portanto o mesmo espírito de fé, como está escrito: Cri, por isso falei; nós cremos também,
por isso também falamos. 14
Sabendo que o que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitará
também por Jesus, e nos apresentará convosco. 15
Porque tudo isto é por amor de vós, para
que a graça, multiplicada por meio de muitos, faça abundar a ação de graças para glória de
Deus. 16
Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o
interior, contudo, se renova de dia em dia. 17
Porque a nossa leve e momentânea tribulação
produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; 18
Não atentando nós nas coisas
que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se
não veem são eternas.