Post on 08-Dec-2018
Andiv
Ano 48 Novembro 2005Edição 395
Tecnologia
Os segredos do
superinteligente low-e
Simpovidro
Bem-vindos à
7ª edição
Vidro em ObraTudo azul nocentro deconvençõesde Brasília
Sumário
3edição 395
Nossa capa
Onde o vidro azul
é mais azul
Página 22Página 22Página 22Página 22Página 22
Veja nesta edição
4
5
7
28
34
46
61
64
67
70
57 Certificação
São Paulo tem o primeiro
forno vertical certificado pelo
Inmetro/IFBQ
13 Simpovidro
Última chamada para o maior
encontro vidreiro do País
38 Tecnologia
Tudo e mais um pouco
sobre o low-e, um vidro
pra lá de eficiente
52 Evento
Saiba o que se passou na
Vitrum 2005, a badalada
feira italiana
Fotos: divulgação
Aqui na redaçãoAqui na redaçãoAqui na redaçãoAqui na redaçãoAqui na redaçãoNome e sobrenome
EditorialEditorialEditorialEditorialEditorialRelacionamentos: sinaisde uma nova era
Palavra do LeitorPalavra do LeitorPalavra do LeitorPalavra do LeitorPalavra do LeitorSua dúvida foi solucionada
No mundo do vidroNo mundo do vidroNo mundo do vidroNo mundo do vidroNo mundo do vidroSaiba o que Beatriz Strawinskytrouxe de novidades
MercadoMercadoMercadoMercadoMercadoVidraceiros unem-se contra aconcorrência desleal
Ache FácilAche FácilAche FácilAche FácilAche FácilEncontre fornecedores emsua região
Falando em NormasFalando em NormasFalando em NormasFalando em NormasFalando em NormasA de porta automática énossa!
Vidro em DiaVidro em DiaVidro em DiaVidro em DiaVidro em DiaAnote na agenda os eventosdo setor
Para o seu negócioPara o seu negócioPara o seu negócioPara o seu negócioPara o seu negócioGarantir clientes. Você sabefazer isso?
Índice de anunciantesÍndice de anunciantesÍndice de anunciantesÍndice de anunciantesÍndice de anunciantes
Foto
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Aqui na redação
4 o vidroplano 2005novembro
Nome e sobrenomeRevista mensal da Associação Nacional de
Distribuidores e Processadores de Vidros Planos (Andiv)
Fundada pelo Sindicato do Comércio Atacadista de Vidro Plano,Cristais e Espelhos do Rio de Janeiro, em 1957
Registrada no INPI em 14-6-95 • ISSN 1518-4773
Entidade Responsável AndivPresidente Wilson Farhat Júnior
Primeiro-vice-presidente Ibelson Ferreira de SousaSegundo-vice-presidente João Antônio MagdalenaTerceiro-vice-presidente Aldo Machado Simões
Diretores Alexandre PestanaDomingos Sávio de AguiarWalter Luís Araújo Guarino
Diretores-tesoureiros Luiz Herculano PintoJosé Carlos Labate Donato
Conselho Fiscal TitularesÉmerson ArcênioFernando do ValleJoão Alves Parreira
Conselho Fiscal SuplentesCelso de Almeida MagalhãesDario FarhatJoão Augusto Fujiwara
Entidades AssociadasAssociação Brasiliense de Vidraçarias (Abravid)Presidente: Domingos Sávio de AguiarAssociação Catarinense das Empresas Vidreiras (Ascevi)Presidente: Samir CardosoAssociação dos Distribuidores Industriais e Revendedores de Vidrosdo Estado do Paraná (Adivipar)Presidente: Emerson ArcênioAssociação Mineira do Comércio Atacadista, Varejista e dosBeneficiadores de Vidro (Amvid)Presidente: Alexandre PestanaAssociação Norte-Nordeste de Distribuidores e Processadores deVidros Planos (Anordiv)Presidente: José Ricardo FilhoSindicato das Indústrias de Beneficiamento e Transformação deVidros e Cristais do Estado de São Paulo (Sinbevidros)Presidente: Roberto MenedinSindicato do Comércio Varejista de Material de Construção, Maquinismo,Ferragens, Tintas, Louças e Vidros da Grande São Paulo (Sincomavi)Presidente: Reinaldo Pedro CorreiaSindicato do Comércio Atacadista de Vidros Planos, Cristais eEspelhos de São PauloPresidente: Celso de Almeida MagalhãesSindicato do Comércio Atacadista de Vidros Planos, Cristais eEspelhos do Rio de Janeiro (Sincavidro)Presidente: Roberto Ferreira da SilvaSindicato das Indústrias de Vidros, Cristais, Espelhos, Cerâmica deLouça e Porcelana no Estado do Rio Grande do Sul (Sindividro-RS)Presidente: Gilberto Ribeiro
Corpo EditorialDiretor Wilson Farhat Júnior
Editora e Jornalista-responsável Celina Araújo – MTb 29.080Reportagem e Redação Aline Marques
Ana Julia BongiovaniGeisa Araújo Barbosa
Colaboradora Beatriz StrawinskyPreparador de Texto Amorim Leite
Projeto Gráfico Amanda GenerozoEditoração Eletrônica Cristiane Martins Carratu
Assistente de Arte Carolina Amorim
Redação e Departamento ComercialAssociação Nacional de Distribuidores e Processadores
de Vidros Planos (Andiv)Rua Monte Alegre, 61, 11º andar, conj. 111, Perdizes
05014-000, São Paulo, SPTel: (11) 3873-9908, fax: 3873-9910
www.ovidroplano.com.br - ovidroplano@andiv.com.br
Produção GráficaVerbus Comunicação
Rua Agostinho Gomes, 2.921, 04206-001, Ipiranga, São Paulo, SPTel. (11) 6591-1787 - verbus@verbuscomunicacao.com.br
C erta vez escrevi aqui que cada edição
da revista parecia um filho para mim.
Pode parecer exagerado, mas uma
grande matéria dessa edição começou a ser ges-
tada em junho, quando voltei do Glass Processing
Days (GPD), o simpósio vidreiro organizado pela
Tamglass, na Finlândia.
Na cobertura do GPD na O Vidroplano, eu já co-
mentava sobre o grande volume de informações
sobre o vidro low-e apresentado naquela ocasião.
Alguns meses depois, temos nossa matéria ex-
clusiva sobre o tema, tudo devidamente analisado
sob o ponto de vista dos trópicos. Aproveite!
Em épocas de muitos compromissos profissionais,
sempre digo que “meu nome é trabalho; e so-
brenome, hora-extra”. Brincadeiras à parte, fecha-
mos esta edição atarefadíssimos, rumo ao Sim-
povidro, o grande simpósio bienal organizado pe-
la Andiv. Mês que vem tem cobertura completa na
sua revista, com todos os detalhes das palestras
que prometem “reinventar a empresa vidreira”.
Aguarde!
Um abraço forte,
Celina Araújo
Editora
Fale com o presidente!
AndivTodas as quintas-feiras,das 16 às 18hTel.: (11) 3873-9908wilson@andiv.com.br
Editorial
5edição 395
Relacionamentos:sinais de umanova era
S
Dario de Freitas
Wilson Farhat JúniorPresidente da Andiv
empre acreditei que estivéssemos na Era do Conhecimento, ou
seja, num momento em que os detentores de informação seriam
privilegiados e alcançariam algum diferencial de mercado.
Porém, ao ler um artigo do conferencista Sérgio Buaiz, na Internet,
constato que os mais experientes têm razão – “o mundo está andando
muito depressa”. Segundo Buaiz, a Era do Conhecimento já foi – estamos
agora no Era dos Relacionamentos, quando o bem mais precioso, por
incrível que pareça, é a palavra, a imagem, as atitudes positivas e a capa-
cidade de compartilhar o que se tem.
Tenho minhas dúvidas se o conhecimento deixou de ser prioridade,
mas, ao observar o mercado vidreiro, concordo com Buaiz sobre a im-
portância dos relacionamentos construídos com confiança e credibilidade.
Numa realidade em que preço competitivo e qualidade do produto pas-
saram a ser obrigação, prevalecem as fortes relações mantidas com for-
necedores, funcionários e clientes.
Neste mês, temos mais um Simpovidro, evento que, cada vez mais, se
firma como o maior encontro do setor vidreiro no Brasil. Nesta sétima
edição, palestrantes de renome, workshop e atividades de integração fa-
zem parte do programa. Fico feliz em liderar uma equipe que trabalhou
bastante, cuidando de cada detalhe para que o simpósio seja uma exce-
lente oportunidade para o fortalecimento dos relacionamentos e, acima de
tudo, uma fonte inspiradora para o aprimoramento de nossas empresas.
Palavra do leitor
Reciclagem e NBRs
Do que é composto o vidro e como se produz o
material são outras perguntas de leitor
na ponta da língua
7edição 395
Reciclagem
Sou estudante de Gestão da Produção e estou fa-
zendo pesquisas sobre reciclagem de resíduos, mais
especificamente do vidro. Gostaria de informações
sobre empresas que utilizam vidros recicláveis no
processo produtivo de novos artefatos de vidro. Se
puderem nos enviar dados de como está o mercado
de reciclagem de vidro no Brasil, agradecemos.
Cristiano Menegolo
Atualmente, segundo a Associação Técnica Brasileira
das Indústrias Automáticas de Vidro (Abividro), o
Brasil recicla cerca de 45% do vidro. As empresas asso-
ciadas à Abividro que trabalham com vidro reciclado
são: Owens-Illinois do Brasil, Cia. Industrial de vidros
(CIV), Nadir Figueiredo Indústria e Comércio, Saint-
Gobain Vidros, UBV, Cebrace, Guardian e Wheaton do
Brasil.
Mais informações sobre a reciclagem de vidro, você po-
de encontrar no site da abividro (www.abividro.org.br).
Tudo sobre vidro
Gostaria de saber algumas informações sobre vidro. O
que é vidro? Qual a composição do material? Como é
feita a produção? Que tipos de vidros podem ser
reciclados? Onde posso encontrar informações sobre
Normas Técnicas para vidro?
LeilaSão Paulo, SP
Vidro ‘float’
Vidro é um material composto por areia (72, 6%), bar-
rilha (13%), calcário (8,4%), dolomita (4%), alumina
(1%) e outros componentes (1%). Para a produção de
vidros planos, o processo mais moderno e mais
utilizado é o float. As matérias-primas são misturadas
com precisão e fundidas no forno. O vidro fundido, a
aproximadamente 1000oC, é continuamente der-
ramado num tanque de estanho. Ele flutua no estanho
liquefeito, espalhando-se uniformemente. A espessura
é controlada pela velocidade da chapa de vidro que se
solidifica à medida que avança. Após o recozimento
(resfriamento controlado), o processo termina com o
vidro apresentando superfícies polidas e paralelas.
Pilkington do Brasilwww.pilkington.com
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
15%
18%
25%
33%
35%
37%
39%
40%
40%
41%
42%
44%
45%
Índices da reciclagem no Brasil
Normas técnicas
Atualmente, os vidros que possuem normas são o tem-
perado (NBR 14698), laminado (NBR 14697), espelhos
de prata (NBR 14696), vidro float (NBR NM 294),
aramado (NBR NM 295) e o impresso (NBR NM 297).
Para detalhes sobre as normas, entre em contato com
o Comitê Brasileiro de Vidros Planos, o ABNT/CB-37,
na Andiv – (11) 3873-9908 ou cb37@abnt.org.br - ou
acesse www.abnt.org.br.
Silvio Ricardo Bueno de CarvalhoCoordenador de Normalização do ABNT/CB37 e CSM 21
Reciclagem
Todos os vidros podem ser reciclados: float, impresso,
temperado e, inclusive, o laminado e o aramado. No
caso dos laminados e aramados, é necessário retirar o
polivinil butiral (PVB) e a rede metálica, respectiva-
mente. Como ele é matéria-prima, não deve conter re-
síduos como metais, plástico, papéis, materiais refra-
tários ou outros materiais contaminantes. Mais in-
formações sobre reciclagem podem ser obtidas na
Abividro (www.abividro.org.br).
Guarda-corpo laminado
Sou capitão do Corpo de Bombeiros do Espírito Santo
e gostaria de saber se existe alguma legislação ou nor-
ma técnica que obrigue a utilização do vidro laminado
em guarda-corpos.
AmaralEspírito Santo
Divulgação
Este espaço está reservado para
sua crítica, sugestão ou dúvida.
Entre em contato conosco!
Tel. (11) 3873-9908
Fax 3873-9910
ovidroplano@andiv.com.br
Participe!
Conforme a NBR 7199 - Projeto, execução e aplicações
de vidros na construção civil, o envidraçamento de ba-
laustradas, parapeitos, sacadas e vidraças não-ver-
ticais sobre passagem deve ser executado com vidros de
segurança laminado ou aramados, salvo se for
prevista proteção adequada.
Silvio Ricardo Bueno de CarvalhoCoordenador de Normalização do ABNT/CB37 e CSM 21
Corrigindo
Diferente do que foi publicado na matéria Como num
passe de mágica (pág. 25, edição nº 393, setembro de
2005), Carlos Hilsdorf, um dos palestrantes convida-
dos para o Simpovidro, não foi considerado pela revis-
ta Veja um dos maiores conferencistas da atualidade.
Seu livro Atitudes vencedoras (Editora Senac, SP), sim,
foi apontado por Veja (edição nº 1.823) como uma das
cinco melhores obras do gênero.
Prêmio UBV
A designer Suely Stephan, premiada no 1º Concurso
Artefacto/UBV de Design pelo Vidro Yudjá, ganhou
uma viagem para a Itália para visitar a Semana
Internacional de Design de Milão e não um curso em
Milão, como foi publicado na matéria “Evento destaca
novos talentos do Design” (pág. 60, Outubro de 2005).
Empresários do vidro
Simpovidro
invadem a BahiaVidreiros se reúnem no Estado para
atualização empresarial
V
13edição 395
Fotos: divulgação
idro, vidro e mais vi-
dro. Não se falará de
outra coisa no Com-
plexo Costa do Sauípe, especial-
mente no Sofitel, durante o Sim-
povidro 2005, do dia 30 de no-
vembro a 4 de dezembro.
Com o objetivo de apresentar e
avaliar novos recursos e soluções
para a gestão das empresas do
segmento, reinventar a indústria
vidreira é a tarefa da sétima edição
do simpósio bienal promovido
pela Associação Nacional de Dis-
tribuidores e Processadores de Vi-
dros Planos (Andiv), com patrocí-
nio das fábricas Cebrace, Guar-
dian, Saint Gobain Glass e União
Brasileira de Vidros (UBV).
Para isso, uma equipe de espe-
cialistas em gestão empresarial e
negócios foi convocada para o
evento (veja tabela). É a hora de
se atualizar para começar 2006 com
o pé direito e com novas idéias.
Workshop
Na tarde da sexta-feira, en-
quanto as mulheres vão aproveitar
a Tarde da Beleza, com um curso
de maquiagem ministrado por um
profissional de O Boticário e uma
palestra sobre moda com a estilis-
ta baiana Márcia Ganem, os outros
participantes vão para o workshop
comandado por Franz Bacher.
A atividade terá como tema a
Geração de novas demandas de
vidro para 2006 e colocará os vi-
dreiros para trabalhar em conjunto
em favor do setor. Divididos em
dois ou três grupos e utilizando a
técnica brain storm (tempestade
de idéias), os participantes terão
um tempo para lançar e discutir
idéias e propostas em torno do
Sofitel Costa do Sauípe:pronto para ajudar areinventar a empresa vidreira
14 o vidroplano 2005novembro
Fale com eles!
Bahia AdventureTel. (71) 464-2525www.bahiaadventure.com
Body LineTel. (71) 2104-7746bodylinesauipe@ig.com.br
SimpovidroCentral de Atendimentoe ReservasTel. (11) 3168-1606www.andiv.com.br/simpovidro
Mais informaçõessobre o 7º Simpovidro,no site da revista:www.ovidroplano.com.br
Grade de Palestras – Simpovidro 2005
tema. Para participar, basta com-
parecer à Sala Capitania Ilhéus, na
sexta-feira (2 de dezembro), às 14h.
Atividade para todos
Graças às empresas apoiadoras,
diversas atividades para os parti-
cipantes e acompanhantes foram
programadas para a tarde.
As “jornadas esportivas” nas tar-
des de quinta, sexta e sábado vão
colocar os vidreiros para suar.
Para relaxar, quick massage du-
rante quinze minutos. Quatro pro-
fissionais da Body Line estarão à
disposição de manhã, no centro de
convenções, ou à tarde, no qui-
osque da piscina.
Haverá também a Oficina de
Artesanato, onde, em apenas 30
minutos, se aprenderá a confec-
cionar uma cestinha de palha tí-
pica da região.
Para os acompanhantes, outras
opções são os passeios oferecidos
pela agência Bahia Adventure. No
posto de atendimento montado no
Foyer Azul do Centro de Conven-
ções, os interessados poderão con-
ferir as opções e aproveitar des-
contos de até 10%, exclusivos para
os participantes do Simpovidro.
Boa mesa
Este ano, além do coquetel de
abertura e do jantar de encerra-
mento, já tradicionais nas outras
edições do Simpovidro, a piscina
e o coqueiral do Sofitel Costa se-
rão palco dos jantares exclusivos
oferecidos pelos patrocinadores na
quinta e na sexta-feira.
20h30
09h00
11h30
09h00
11h15
14h00
09h00
11h15
César Souza
Max Gehringer
Gustavo Cerbasi
Carlos Hilsdorf
Paulo Skaf
Abertura – A empresa vidreira 2010: Inventando o futuro!
O resgate do lucro
Inovar faz a diferença
Toda empresa deve produzir dinheiro
Gestão de negócios para os novos tempos do vidro
Workshop – Geração de novas demandas de vidro para 2006
Inteligência competitiva
30/11
1/12
2/12
3/12
Data Horário Palestrante Temas
Franz Bacher
João CarlosBemvenutti
A importância da política associativista naestratégia de seu negócio
Simpovidro
Aprenda a inventar o
César Souza, um dos dez palestrantes mais
requisitados do Brasil, abrirá evento
futuro de sua empresa
17edição 395
PFotos: divulgação
ara o consultor e estrategista baiano César
Souza, o futuro não é apenas uma projeção
das estatísticas do passado. E o líder de uma
empresa não deve tentar adivinhar ou prever o futuro
de sua companhia. “Cabe ao executivo inventá-lo.”
É exatamente isso que César ensinará aos parti-
cipantes do Simpovidro 2005. Apontado pela revista
Exame como um dos dez palestrantes mais requi-
sitados do Brasil e nomeado um dos duzentos maiores
líderes mundiais (200 Global Leaders of Tomorrow) no
Fórum Mundial da Economia, em 1993 na Suíça, é
dele a palestra que abrirá a sétima edição do simpósio
vidreiro na quarta-feira, 30 de novembro. “As em-
presas vidreiras, e também as associações relacionadas
ao setor, precisam ‘se reinventar’ para serem mais
competitivas”, explica César. “Minha palestra vai servir
de ‘guarda-chuva’ para todo o evento, fornecendo a
moldura de reflexão estratégica em que os outros
temas vão se encaixar.”
Lançando mão do tema A empresa vidreira 2010:
Inventando o futuro!, o estrategista pretende provocar
a reflexão dos participantes quanto à necessidade da
reinvenção diante das transformações econômicas e
da hipercompetitividade do mercado. E já que essa é a
proposta do Simpovidro 2005 (Reinventando a em-
presa vidreira), que se faça isso desde o início.
Quatro anos depois
Para chegar ao novo futuro desejado, César sugere
que será preciso caracterizar a ‘empresa 2010’ – “co-
nhecer a estratégia, a estrutura e a cultura que com-
porão o genoma empresarial vencedor” – e traçar um
César Souza: “O líder de uma empresanão deve adivinhar o futuro. Eledeve inventar o futuro”
Curr
ículo
Currículo
Fale com eles!
César SouzaTel. (11) 5183-9898cesarsouza@empreenda.netwww.cesarsouza.com.br
plano de ação rumo à nova realidade.
É preciso enfatizar mudanças na postura com os
clientes e a necessidade de parcerias mais eficazes,
define o palestrante. “Desenvolver novas formas de
gestão e liderança de pessoas é uma atitude funda-
mental para o sucesso da empresa.”
Consultor de diversas companhias na lista dos 500
Maiores e Melhores da revista Exame, César recorrerá a
casos de empresas que se reinventaram para mostrar
atitudes e posturas que levam ao sucesso.
César Souza é administrador formado pelaUniversidade Federal da Bahia, com MBApela Vanderbilt University (EUA). Foi estra-tegista de expansão internacional da Cons-trutora Odebrecht e em 1990 fundou a Ode-brecht of America. É fundador da Em-preenda Participações e sócio da CriativeWorks, empresas de consultoria e estra-tégias. É autor de dois bestsellers: Você é dotamanho dos seus sonhos e O momento dasua virada, ambos da Editora Gente.
Capa
é mais azulOnde o vidro azul
C
Fachada do Centro de Convenções de Brasília
ganhou mais de 6 mil m2 de vidros
o vidroplano 2005novembro22
onstruída para ser o
centro do poder no
País, Brasília é um mar-
co do urbanismo contemporâneo
e da arquitetura moderna. Um dos
principais cartões postais da cida-
de, a Praça dos Três Poderes, que
reúne o Palácio do Planalto, Su-
premo Tribunal Federal e o Con-
gresso Nacional, é símbolo da mo-
dernidade artística da capital bra-
sileira.
Para complementar ainda mais
a bela paisagem arquitetônica bra-
Fotos: Kim Ir. Sew
Transparência: laminadosEnergy azul e opacado nafachada do Centro deConvenções UlyssesGuimarães
23edição 395
siliense, moradores, turistas, políti-
cos de diversas tendências, diplo-
matas dos mais distantes países e
funcionários públicos que passam
diariamente pelo Eixo Monumen-
tal, principal avenida da cidade,
têm outro motivo para esticar o
pescoço e apreciar, além do céu
da cidade: o Centro de Conven-
ções Ulysses Guimarães (CCUG).
Tudo azul
Inaugurado nos anos 1970, o
prédio acaba de ganhar uma fa-
chada toda envidraçada. Na virada
do século, o arquiteto responsável
pela obra, Sérgio Bernardes, rece-
beu a missão de elaborar um estu-
do visando à ampliação do centro
e preferiu dividir a tarefa com o
escritório M & T Arquitetura
(Mayerhoher & Toledo APC).
Como Sérgio faleceu meses de-
pois, o trabalho, a partir daí, pas-
sou a ser coordenado pelo ar-
Energy: confortotérmico e visualao prédio
Boa vista:fachada todaenvidraçadachama aatenção
quiteto Luiz Cláudio Franco.
Do projeto original, a amplia-
ção manteve os principais elemen-
tos, a ampulheta e a curvatura. A
fachada de concreto cedeu lugar a
imensos panos de vidro e reves-
timento de alumínio. “Envolvemos
o prédio com uma estrutura me-
tálica e vidro, cabendo aos painéis
metálicos a interseção e fecha-
mento entre os materiais”, explica
Igor Alvim, consultor de fachadas
da QMD Consultoria.
São 6.258 m2 de pura transpa-
rência, ou seja, de vidros lamina-
dos. Foram 2.202 m2 de Energy
azul e mais 4.056 m2 de Energy
opacado fornecidos pela Glassec,
ambos de 14 mm de espessura. “O
esplêndido azul do céu de BrasíliaSistema pele de vidro: fachada composta de alumínio e vidro.
se reflete e se soma ao vidro lami-
nado da mesma cor. A possibi-
lidade de se utilizar no mesmo vi-
dro transparência ou opacidade,
em áreas em que isso era de-
sejado, foi amplamente aprovei-
tada”, diz Luiz Cláudio.
Para compor a obra
Segundo a Glassec, os vidros da
linha Energy foram desenvolvidos
a partir do float laminado com
polivinil butiral (PVB) especial e
tem como principal característica
garantir conforto térmico e visual
para o ambiente interno, com alta
transmissão luminosa, em torno
de 54% para o laminado azul e
35% para o opaco, além de baixa
reflexão interna do vidro, em
torno de 5%. A espessura de 14
mm decorre das grandes dimen-
sões dos panos de vidro, que são
painéis ou quadros de laminado
Energy azul, com 2,9 m x 2,4 m
cada e 270 kg por peça, aplicados
em pele de vidro, sistema de ins-
Vista aérea: até doalto é possívelenxergar o azul dafachada envidraçada
talação de fachada composto de
alumínio e vidro. “Foi um grande
desafio atender as necessidades
do arquiteto e do consultor com
produtos que contemplassem, ao
mesmo tempo, performance tér-
mica, segurança, cor desejada e
dimensões especiais, sem inviabi-
lizar economicamente a obra”, re-
vela Claudia Mitne, gerente de
Marketing da Glassec.
Para o arquiteto, a escolha de
fachadas de pele de vidro resultou
em fatores como facilidade de
aplicação, baixo custo de manu-
tenção, leveza, transparência e be-
leza, além de inferir modernidade
à edificação, característica impres-
cindível tratando-se de Brasília. “A
grandiosidade, a modernidade e a
versatilidade da obra, desde sua
arquitetura e espaços oferecidos
até a dimensão e qualidade dos
materiais aplicados, chamam a
atenção de quem passa pelo Eixo
Monumental”, completa Claudia.
Fale com eles!
GlassecTel. (11) 3952-1393marketing@glassecvidros.com.br
Igor AlvimTel. (21)3139-3931
Luiz Cláudio FrancoTel. (21) 2509-7121
Beleza: o céu de Brasília érefletido na fachada
No mundo do vidropor Beatriz Strawinsky
o vidroplano 2005novembro28
Fotos: divulgação
Parabéns a você...
Dia 14 de outubro, a Ameri-
canbox parou para celebrar seus
quarenta anos de atuação no mer-
cado. Para comemorar uma data
tão especial, preparou uma festa
para prestadores de serviços, cli-
entes, fornecedores e funcioná-
rios.
Cerca de trezentos convidados
marcaram presença no evento. À
espera deles, churrasco, distribui-
ção de prêmios, sorteios e carao-
quê. Quem compareceu pôde vi-
sitar cada cantinho da empresa
que conta com equipamentos de
última geração – a maioria, impor-
tados da Itália e considerados os
melhores do mundo na arte da
transformação do vidro.
No início, a Americanbox era
mais direcionada à linha de boxes
para banheiros. Hoje, está voltada
para o segmento de engenharia –
fachadas, portas, janelas e divisó-
rias em vidro de segurança tempe-
rado de 8 e 10 mm. “Ou seja, tor-
namo-nos mais competitivos para
atender a construção civil e a área
moveleira com tampos coloridos”,
conta Leslei Leme, gerente-comer-
cial da Americanbox. “Estamos
dando seqüência ao processo
contínuo de humanização que
muito tem contribuído para a con-
solidação da marca Americanbox
e da empresa como um todo,
apostando no talento das pessoas
e na formação técnica, capaci-
tando, assim, cada vez mais, nos-
sos profissionais.”
A Americanbox destaca-se pe-
los altos investimentos em tec-
nologia e em capacitação para
a produção e transformação
de vidros em larga escala. Ho-
je, a empresa está com 34 pon-
tos de venda que incluem lojas
de fábrica, home centers (Cen-
ter Castilho, C & C, Telha Nor-
te e Di Cicco) e os mais con-
ceituados shoppings de móveis
de São Paulo, além de 120 re-
vendedores espalhados pela
capital, Grande São Paulo, in-
terior e litoral.
Mais informações: 0800-16-
2330
americanbox@americanbox.com.br
www.americanbox.com.br
Americanbox: quarenta anos de atuação no mercado
Dividindo o bolo: Ana Lerner De Donato,Rosa Labate De Donato e José CarlosLabate De Donato
Comemoração:cerca de trezentos
convidados na festa evisitando instalações
da empresa
edição 395 29
Dez vezes mais
Você sabia que o mercado bra-
sileiro é o primeiro do mundo a
comercializar o mais novo lança-
mento da Guardian? Trata-se do
DiamondGuard, um cristal nobre
com elevado grau de endureci-
mento em uma de suas faces, o
que o torna dez vezes mais resis-
tente a riscos e arranhões se com-
parado a um vidro comum. Ele é
ideal para decoração de interiores
em peças como tampos de mesa,
aparadores, bancadas, prateleiras
e outras aplicações, sugere a fabri-
cante. “O brasileiro é muito aberto
a novidades e está sempre atento
aos avanços tecnológicos que pos-
sam melhorar o seu conforto e
bem-estar”, diz Elisabeth Abduch,
gerente de Marketing e Negócios
Material é dez vezes mais resistente que um vidro comum da Guardian do Brasil. “Por isso,
escolhemos o Brasil para comer-
cializar o produto pela primeira
vez.”
O DiamondGuard foi desenvol-
vido pelo Centro de Tecnologia e
Ciências da Guardian, sediado em
Michigan, Estados Unidos. É im-
portado e está disponível nas es-
pessuras de 12, 15 e 19 mm. Des-
de a segunda quinzena de no-
vembro, ele é vendido nas melho-
res lojas de vidros e móveis do
País. “O produto foi desenvolvido
para pessoas exigentes, de bom
gosto e que se preocupam em
preservar o seu investimento”,
completa Elisabeth Abduch.
Mais informações: 0800-7092700
www.diamondguard.com.br
DiamondGuard, o mais novo lançamento da Guardian
30 o vidroplano 2005novembro
Novo laboratório
A Cytec, representante da Uvekol
no Brasil, acaba de inaugurar, em
Suzano, São Paulo, o mais com-
pleto laboratório de laminação da
América do Sul. Dotado de uma
nova linha de laminação de vidros
quase 100% automatizada, ele tem
equipamento fornecido pela
Agmaq e bomba de injeção de al-
tíssima precisão. Para vidros, as
novas instalações dispõem de
equipamentos para teste de im-
pacto, umidade e ciclo de tempe-
ratura e estufa de alta temperatura,
entre outros.
Além das tradicionais resinas
Uvekol A e S, uma para acústica e
outra para segurança, a Cytec tam-
bém está colocando no mercado
novos produtos, como o Uvekol S
20, que possibilita produção de
vidros com maior nível de blinda-
gem e menor espessura; o Uvekol
S 15, com as mesmas proprieda-
des do Uvekol S, porém, com uma
Fotos: divulgação
viscosidade muito menor; e o
Uvekol OHG, o único produto
aprovado na Alemanha para co-
berturas e fachadas, por possuir
alta filtragem de raios ultravioleta
e absorção térmica, além das pro-
priedades de resistência e adesão.
O mais completo laboratório de laminação da Américado Sul é inaugurado pela Cytec
Para os vidros: equipamentos para teste de impacto, umidade e ciclode temperatura e estufa de alta temperatura
O novo laboratório da Cytec es-
tá numa área de mais de 1 milhão
de m2 e conta com todos os re-
quisitos de uma grande fábrica:
corpo de bombeiros, refeitório,
auditório com equipamentos mul-
timídia para apresentações, esta-
ções de tratamento de esgoto, á-
gua e gases, incinerador, etc. “Ele
é resultado do nosso comprome-
timento em melhoria contínua,
qualidade total, desenvolvimento
de novas aplicações e foco nos
clientes”, explica Danilo Gatto,
responsável pela linha Uvekol no
Brasil. “Mantemos, assim, nossos
padrões de qualidade dentro de
normas nacionais e internacionais,
sem prejudicar o meio ambiente.”
Mais informações: (11) 3038-0800
danilo.gatto@cytec.com
www.cytec.com
edição 395 31
Vidro na mídia
A nota do “Acontece”, da edi-
ção passada (outubro de 2005) de
O Vidroplano, aguçou a curiosi-
dade de muitos leitores. Informa-
mos ali que a Cebrace, patrocina-
dora do Programa Amaury Jr., na
Rede TV, forneceu vidros para um
gazebo do estúdio onde o progra-
ma é gravado. Portanto, para os
nossos leitores curiosos, aqui es-
tão mais informações.
O gazebo está instalado na área
externa do estúdio. Em suas late-
rais, foram colocados vidros inco-
Gazebo do ProgramaAmaury Jr.: vidros da Cebracena cobertura e laterais
lores de 6 mm. Para a cobertura,
laminados refletivos (Reflecta
Float) de 8 mm. Ao todo, são
75m2 de incolor de 6 mm e 85m2
de laminado refletivo. “Os vidros
permitem ver-se o jardim do estú-
dio e proporcionam luz natural
do dia, além de controlar a luz, o
calor e o ruído externo”, explica
Carlos Henrique Mattar, gerente
de Desenvolvimento de Mercado
da Cebrace. “Utilizamos lamina-
dos na cobertura de acordo com a
norma NBR 7199, para proteção
dos móveis e pisos contra os raios
ultravioleta.”
Mais informações:
carlos.mattar@cebrace.com.br
No mundo da lua
A Saint-Gobain Glass marcou
presença na exposição Cem anos
de pioneirismo. A mostra, que
aconteceu de 5 a 8 de outubro,
durante a Olimpíada do Conheci-
mento, organizada pelo Serviço
Nacional de Aprendizagem Indus-
trial (Senai), apresentou a trajetó-
ria aeroespacial dos últimos cem
anos, com fotos de Santos Du-
mont, Força Aérea Brasileira, Esta-
ção Espacial Internacional e do
primeiro astronauta brasileiro, o
tenente-coronel Marcos Pontes.
Aeromodelos, capacetes, filmes de
treinamento de astronautas na Na-
tional Aeronautics and Space Ad-
ministration (Nasa) e até um mo-
delo de uniforme do astronauta
brasileiro estavam à disposição
dos visitantes.
A indústria vidreira forneceu os
vidros que compuseram os painéis
fotográficos da exposição. O ma-
terial escolhido foi o impresso
SGG Antirreflejo, vidro fino (2
mm) que possui suave gravação
de microtexturas que fazem com
que a luz que incide sobre ele se
dissipe. Dessa maneira, faz notar a
fabricante, as imagens protegidas
por esse tipo de vidro podem ser
visualizadas por completo, sem
qualquer interferência da luz
natural ou artificial. Agora, a mos-
tra segue para os principais
centros econômicos do País.
Mais informações: 0800-12-5125
www.saint-gobain-glass.com.br
Transparência: SGG Antirreflejona mostra Cem anos depioneirismo
32 o vidroplano 2005novembro
Produto importado
Um vidro impresso produzido com baixo conteúdo de óxido
de ferro e que apresenta elevada transmissão luminosa, sem a
coloração verde dos impressos comuns. Esse é o Heavy Krystal,
a mais recente novidade do mercado. Seu fabricante é a empresa
americana AFG Industries Inc, mas a representante exclusiva da
empresa para a América do Sul, com exceção da Colômbia e
Venezuela, é a brasileira Bing & Reis. Juntas, as empresas lan-
çaram o Heavy Krystal durante a feira americana Glass Build
America, em setembro deste ano.
O produto é ideal para divisórias, boxes, tampos, portas,
janelas e outras aplicações e está disponível em cinco modelos:
Rain, Textured Flutex, Glacier, Serenity e Storm, nas medidas
1.524 x 2.134 mm e espessuras de 6 e 10 mm (dependendo da
quantidade, pode-se produzir também de 8 mm).
Segundo a empresa, o produto é importado e a entrega no
Brasil é possível de acordo com as datas de produção e porto de
chegada. “A produção é prevista para ser mensal e os embar-
ques são regulares”, explica Regis Reis, diretor da Bing & Reis.
Mais informações: (51) 3388-5455 e 3388-7080
contact@bingreis.com.br
Pintado à mão
Para incrementar ainda mais a
decoração dos ambientes, princi-
palmente das cozinhas e banhei-
ros, a empresa catarinense Inti, es-
pecializada na criação de revesti-
mentos, está lançando uma nova
linha de revestimentos de vidro
pintados à mão.
Tozzetos, pastilhas e listelos de
diversos tamanhos e formatos são
pintados com flores, frutas ou tra-
ços abstratos.
As peças podem ser utilizadas
em ambientes internos e externos
para revestimento de paredes,
acessórios para móveis, peças de-
corativas e também como detalhe
nos pisos (em locais de pouco
tráfego). Elas devem ser aplicadas
com argamassa específica para
vidro e a manutenção é feita com
água e sabão neutro, sem materi-
ais abrasivos que possam danificar
ou riscar a peça.
A novidade está exposta na Ca-
da Canto, novo showroom de pro-
dutos para arquitetos, decoradores
e designers instalado bairro paulis-
tano Jardim Paulista.
Mais informações:
cadacanto@terra.com.br
www.inti.com.br
Heavy Krystal: ideal paradivisórias, boxes e tampos,portas e janelas
Frutas e flores pintadas àmão dão toque especial apastilhas de vidro
Fotos: divulgação
Mercado
Vidro tem grupo de
Vidraceiros se unem para evitar e
combater concorrência desleal
trabalho no Sincomavi
J Divulgaçãoá são queixas de muitos empresários do setor
vidreiro o desvio de mercado e a conseqüente
concorrência desleal praticada por alguns for-
necedores de vidro, acessórios e ferragens.
As empresas e vidraçarias de pequeno e médio por-
te estão sendo prejudicadas pela venda direta das in-
dústrias. Segundo empresários, muitos fornecedores
vendem o material diretamente ao consumidor, a pre-
ços e condições melhores do que os oferecidos para
as vidraçarias.
Para combater essas ações e também lutar por me-
lhores investimentos do setor, algumas vidraçarias de
São Paulo criaram um grupo dentro do Sindicato do
Comércio Varejista de Material de Construção, Maqui-
nismos, Ferragens, Tintas e Vidros da Grande São Pau-
lo (Sincomavi). “Faremos reuniões periódicas e ficare-
mos atentos às condições oferecidas por esses forne-
cedores”, afirmam os participantes do grupo. “Além de
estarmos unidos, teremos respaldo jurídico para ava-
liar a legitimidade destas transações.”
No mesmo caminho de outros grupos do sindicato,
como o de materiais de construção, os vidraceiros pre-
tendem criar também um grupo de compras, bem co-
mo estudo para certificações e selo de qualidade para
os integrantes.
Outro objetivo é conseguir financiamentos ofere-
cidos pelo governo Federal às indústrias.
Por enquanto, Banho Box, Cardoso de Almeida
Vidros, IV Centenário, Geovidros, Polividros, Tem-
pervalle, Vidrecor e Vitrais Pirituba integram o grupo.
Para fazer parte, basta entrar em contato com o grupo
no Sincomavi.
Fale com eles!
SincomaviTel. (11) 3326-8255vidros@sincomavi.org.br
Empresários se unem em grupo de trabalho paraevitar desvios no mercado vidreiro
34 o vidroplano 2005novembro
Tecnologia
do vidro ‘low-e’Revelando os segredos
Muito difundida na Europa e Estados Unidos,
tecnologia do baixo emissivo é importada para o Brasil
CFotos: divulgação
apaz de oferecer con-
forto térmico e eficiên-
cia energética, sem bar-
rar a transmissão luminosa, com
ele, é possível reduzir gastos com
calefação e aquecimento interno.
Ele é o superinteligente vidro low-e.
Desenvolvido inicialmente para
ser aplicado em edifícios de países
de clima frio, onde se pretende
controlar ao máximo a passagem
do calor de dentro dos edifícios
para o ambiente externo, o low-e
já é bastante conhecido e muito
utilizado na Europa e Estados
Unidos.
Com as adaptações e os cuida-
dos necessários, aos poucos, sua
especificação cresce também entre
os arquitetos e engenheiros dos
países de clima tropical, como o
Brasil.
O que o faz eficiente
Os vidros low-e (low emissivity
glass) são vidros baixo emissivos
que impedem a transferência tér-
mica entre dois ambientes. Sua efi-
ciência vem de uma fina camada
de óxido metálico aplicada em
uma das faces do vidro. Essa pelí-
cula filtra os raios solares – inten-
sificando o controle da transfe-
38 o vidroplano 2005novembro
Low-e insulado e laminado foram especificados para o edifícioTorre Almirante, no Rio de Janeiro
edição 395 39
rência de temperaturas entre am-
bientes –, sem impedir transmis-
são luminosa.
A deposição dessa camada de
óxido pode ser feita de duas for-
mas. Segundo Carlos Henrique
Mattar, gerente de Desenvolvi-
mento de Mercado da Cebrace, o
mais conhecido é o processo piro-
lítico (hard-coat). “A camada de
óxido é pulverizada de forma con-
tínua sobre o vidro durante o pro-
cesso de fabricação do float”,
completa.
A tecnologia a vácuo também
pode ser utilizada para a fabrica-
ção do low-e. “Neste caso, a depo-
sição do óxido é feita em câmara
hermeticamente fechada, por meio
de um bombardeio iônico”, expli-
ca Elisabeth Abduch, responsável
pela área de Marketing e Negócios
da Guardian no Brasil.
Suas características o tornam
ideal para fachadas, janelas e tam-
bém para a linha branca – pode
ser aplicado em refrigeradores,
evitando que o vidro embace.
Combinado
Para intensificar suas proprieda-
des energéticas e até conferir ca-
racterísticas de segurança, o baixo
emissivo pode ser curvo, insulado,
temperado e laminado.
Na produção dos temperados, a
Tamglass oferece um upgrade pa-
ra os fornos FTF - já produzidos
no Brasil. “A têmpera do low-e
pode ser feita nos fornos FTF com
opcional CGS (coated glass sys-
tem) – sistema de convecção de ar
quente”, afirma Jean Paul Clé-
ment, sócio-diretor da Tamglass
South America. “O low-e ‘soft coat’
também pode ser temperado no
FTF equipado com o CGS, porém,
o aquecimento do produto no
forno poderá ser mais lento”.
Apesar de poder ser laminado,
segundo Claudia Mitne, gerente
de Marketing da Glassec, é o insu-
lamento que, de fato, potencializa
as qualidades térmicas do vidro.
Nos insulados, a dificuldade
maior é compatibilizar a camada
metálica com o silicone utilizado
Torre Almirante
Os 120 metros do edifício no
Rio de Janeiro – projetado
pelo escritório Robert Stern
Associados de Nova York e
executado pelo Pontual – fo-
ram cobertos com 16.200 m2
de vidro de onze tipos dife-
rentes. Fornecido pela Guardian e
beneficiado pela Glassec, o low-e
foi um dos especificados para a
obra. Ele foi aplicado insulado na
cor verde na fachada reta e no
corner do edifício e laminado no
peitoril.
O controle solar e térmico,
segundo o consultor Paulo
Duarte, é mais eficiente no
Torre Almirante. “Houve cui-
dado na especificação e na
equalização do insulado”,
explica.
Barra Trade III: edifício comercialno Rio de Janeiro ganhou vidroslaminados Sunergy, da Glaverbel,laminado. A obra foi premiadapelo Instituto de Arquitetosdo Brasil
40 o vidroplano 2005novembro
para colagem. “Os dois materiais
podem reagir, ocasionando distor-
ções ópticas e estéticas”, comple-
menta o gerente industrial da
Glassec, Daniel Scarpato.
Ainda para evitar possíveis dis-
torções ópticas, é essencial que se
atente para a equalização da pres-
são da câmara dos insulados. Se
existir diferença de pressão entre
o local do beneficiamento e o da
aplicação, podem ocorrer distor-
ções.
Importação limitada
O low-e não é produzido no
Brasil – segundo Carlos Henrique,
a demanda ainda não justificou
grandes investimentos no setor –,
portanto, quem quiser especificá-
lo deverá importá-lo.
A importação, porém, tem algu-
mas limitações. Por se tratar de
um vidro bastante delicado, exige
cuidados especiais com manipula-
ção – o material é muito sensível a
marcas de dedos, óleo de corte,
água e produtos químicos –, trans-
porte, estocagem e instalação.
A solução seria importá-lo já in-
sulado, o que, no entanto encare-
ce ainda mais a compra e limita a
importação.
Os low-e “hard-coat” (de ca-
mada dura) são mais resistentes e
ajudam a solucionar esse proble-
ma. “Importa-se apenas a placa de
low-e e todo o processo de trans-
formação é nacional”, diz Paulo
Celso Duarte, especialista e con-
sultor de fachadas.
‘Low-e’ nos trópicos
A importação da tecnologia
low-e para os trópicos, alertam os
especialistas, é delicada e exige
cuidados e adaptações.
“Antes de importar o ‘modelo’,
é preciso entender as diferenças
climáticas e usar as tecnologias
com consciência crítica, buscando
criar soluções adequadas às nos-
sas condições”, aconselha Paulo
Duarte.
O pesquisador alertou que,
apesar da utilização do baixo
emissivo crescer nos dois climas,
poucos conhecem profundamente
suas características e muitas vezes,
ele é mal especificado.
Barra Trade V:vidro low-e da
Glaverbelcontrola a
troca detemperatura
entre oambienteexterno e
interno, maspermite a
entrada de luznatural
edição 395 41
A escolha equivocada do mate-
rial para a fachada de um edifício
pode comprometer toda a eficiên-
cia energética da obra. “No Brasil,
nosso grande problema é não dei-
xar o calor entrar, o que se conse-
gue com vidros refletivos”, afirma
Carlos Henrique. “Como filtro so-
lar, os refletivos são mais efici-
entes, mas seu efeito espelhado é
cada vez menos desejado pela
arquitetura”, emenda Paulo Duarte.
Para Elizabeth, da Guardian,
desde que especificado correta-
mente, o low-e pode ser uma boa
opção também em países como o
Brasil. “O consumo racional de
energia elétrica – necessidade
mundial – e a leveza estética do
Na linha branca, o low-epode ser utilizado emrefrigeradores, desdeque aplicado insulado oulaminado
Low-e Sun-Guard Highgarante o confortotérmico no interior
da nova Daslu
low-e estão ganhando os tró-
picos”.
O ‘low-e’ discutido
no GPD 2005
Em junho, ele foi um dos as-
suntos mais pautados no Glass
Processing Days 2005 (GPD), na
Finlândia, onde muito se discutiu
sobre sua eficiência enérgica e
aplicação em países de clima
quente.
Stephen Dain, da Universidade
de Nova Gales do Sul (New South
Wales), da Austrália, avaliando o
desempenho do low-e quando
aplicado em países de clima quen-
te e frio, alertou que, apesar da
utilização do baixo emissivo cres-
cer nos dois climas, poucos co-
Baixoemissivo da
Guardiantambém foiaplicado no
BankBoston, em
São Paulo
nhecem profundamente suas
características e, portanto,
muitas vezes, ele é mal es-
pecificado.
Johan Koudijs, do DGMR,
escritório holandês de en-
genharia civil, apresentou
em sua palestra o modelo
de performance energética
aplicado na Holanda desde
1995 para regular o consu-
mo de energia nos edifícios.
Desde então, a utilização
do low-e cresce no país, já
que o vidro tem bom de-
sempenho térmico e ener-
gético e atende os requisi-
tos de transparência e baixa
reflexão exigidos por arqui-
tetos e engenheiros.
Fale com eles!
CebraceTel. (11) 3874-7739
Glass Processing Dayswww.gpd.fi
GlassecTel. (11) 3952-1399
GuardianTel. (11) 5505-6659
Paulo Celso DuarteTel. (11) 5574-0408
TamglassTel. (11) 4066-2506
Low-e da Guardian foi aplicado naTorre Norte do conjunto Cenu Tower naMarginal Pinheiros em São Paulo
Ache fácil
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51edição 395
Vidro também
14ª edição da feira de Milão atrai mais de
16 mil visitantes, incluindo brasileiros
Evento
D
‘parla’ italiano
52 o vidroplano 2005novembro
Fotos: divulgação
epois da Alemanha (Glasstec), Finlândia
(Glass Processing Days) e Estados Unidos
(Glass Build America), chegou a vez de
os italianos serem os anfitriões do vidro e receberem
com toda sua hospitalidade característica os repre-
sentantes do setor vidreiro mundial na 14ª edição da
Vitrum.
O evento bienal, promovido desde 1979, apre-
sentou principalmente novidades em máquinas, equi-
Vitrum 2005: 14ª edição da feira italiana atraiumais de 16 mil visitantes em outubro
53edição 395
pamentos, ferramentas e acessórios para processa-
mento e transformação de vidros planos. E foi recorde
no número de expositores: 438.
Considerada uma das mais importantes feiras de
maquinários vidreiros, a feira, este ano, segundo da-
dos da organização, atraiu mais de 16 mil visitantes, de
5 a 8 de outubro, em Milão – cerca de 20% a mais do
que em 2003.
Mais de oitenta brasileiros circularam por lá. Fabri-
cantes de máquinas e equipamentos, transformadores
e representantes nacionais estiveram no evento aten-
tos para conferir as novidades do setor e fechar ne-
gócios, claro. “Além de apresentarem tecnologia de
ponta, as feiras internacionais são uma ótima oportu-
nidade para se fazer negócios”, afirma Elizabeth Mu-
sumeci, da Diamante Vidros.
Expondo negócios
Com relação às edições anteriores do evento e a
outras feiras internacionais, Cássia Cabib, depar-
tamento de Vendas e Marketing da Makivetro/Z.
Bavelloni, observa diferenças fundamentais no que diz
respeito aos clientes. “Eles estão mais exigentes e cau-
telosos na hora de tomar decisões, mas estão lá para
realmente fechar negócios”, afirma Cássia.
Segundo César Serikyaku, agente da italiana In-
termac, a feira esteve focada, principalmente, em tec-
nologias para redução dos custos de produção. “As
necessidades de controle de custos e automatização
da produção para redução de despesas definirão o fu-
turo dessa indústria”, comenta o agente.
Além disso, segundo observou o gerente da Vidro-
lar, Aristides Linhares, a Vitrum seguiu uma tendência
mundial. “Os chineses estavam lá”, conta. “A cada edi-
ção, eles estão mais presentes”.
Custo zero
A Intermac investiu na redução de custos e apre-
sentou um sistema para centros de usinagem, com tro-
ca de ferramentas na ponte de trabalho. “Uma troca
que poderia levar até 35 segundos foi reduzida para
apenas 8”, relata César.
“A feira centralizou sua atenção na automatização
Primeira vez: Makivetro expôs suas mesasde corte na Vitrum
A italiana Intermac expôs a mesa de corte devidros laminados e a linha decorte automático
de máquinas, para diminuir a necessidade de mão-de-
obra”, emenda Yveraldo Gusmão, da Gusmão Re-
presentações, representante da Schiatti Angelo no
Brasil. A empresa também expôs na feira e está tra-
balhando na automatização da furadeira FPD60XY.
“Foi possível observar a grande evolução das mesas
de corte. O corte está cada vez mais rápido preciso e
eficiente”, afirma Cássia, da Makivetro/Z. Bavelloni. A
Makivetro esteve pela primeira vez na Vitrum como
expositora e mostrou a lapidadora Smart-4 e a CW-6,
com seis rebolos copo. A Z. Bavelloni apresentou sua
linha de mesas de corte, biseladoras, lavadoras e cen-
tros de usinagem.
Da Tamglass, a novidade foi o Sonic, novo forno de
convecção de têmpera da empresa para vidros baixo
emissivos (low-e). O forno tem capacidade para pro-
cessar 33 mm de vidro por segundo, recorde mundial.
Apesar do foco tecnológico e voltado para a linha
de produção, sobrou espaço para que as tendências
do vidro se mostrassem ao mundo. Afinal, estamos na
Schiatti Angelo: automatização dafuradeira FPD60XY
Itália, a maior potência do design mundial.
Segundo Sérgio Mezadri, gerente de vendas da Va-
léria Vidros, os coloridos, serigrafados ou pintados,
continuam sendo a tendência para a indústria move-
leira e para o segmento da decoração de interiores.
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Diamante VidrosTel. (11) 4224-3666diamantevidros@uol.com.br
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Novo forno de convecção: Sonic, da Tamglass,foi a grande novidade da empresa na Vitrum
São Paulo já tem forno
Empresa do interior paulista é a primeira do Estado a
conquistar o selo Inmetro/IFBQ com esse modelo
Certificação
AFotos: divulgação
vertical certificado
57edição 395
TVT Indústria e Co-
mércio de Vidros Tem-
perados é uma das
1.760 empresas da cidade de Vár-
zea Paulista, segundo o site oficial
do município. É de lá, da região
de Jundiaí, interior de São Paulo,
o primeiro forno vertical certifica-
do no Estado pelos órgãos respon-
sáveis – Instituto Nacional de Me-
trologia, Normalização e Qualida-
de (Inmetro) e Instituto Falcão
Bauer da Qualidade (IFBQ).
Capaz de produzir vidros tem-
perados na dimensão de 2,60 x
1,60 m, o forno vertical foi adqui-
rido no mesmo ano de inaugura-
ção da empresa vidreira, em 2002.
Enquanto a máquina trabalhava a
pleno vapor no chão de fábrica, a
direção do grupo TVT pensava em
buscar um diferencial de mercado
e resolveu que era hora de investir
no processo de certificação. “Deci-
dimos certificar nosso forno em
2004, mas, para isso, era preciso
instalar de maneira efetiva um sis-
tema de qualidade na empresa”,
conta o diretor-superintendente da
TVT, Luiz Maximiliano Peissner .
Filiada à Associação Nacional
de Distribuidores e Processadores
de Vidros Planos (Andiv), a com-
panhia contou com a assessoria
gratuita do consultor para vidros
temperados, Marcos Tadayoshi
Nagaoka, oferecida pela entidade
em parceria com a Guardian. “O
Nagaoka nos acompanhou em to-
do o processo de formatação de
nosso negócio e também nos en-
saios no IFBQ”, explica André Ma-
ximiliano Peissner, diretor indus-
trial da empresa. “Dia 20 de ou-
TVT certifica o primeiro fornovertical do Estado de São Paulo
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TVTTel.(11) 4606-5007tvt@tudoemvidro.com.brwww.tudoemvidro.com.br
Marcos Tadayoshi NagaokaTel. (11) 3873-9908nagaoka@andiv.com.br
o vidroplano 2005novembro58
tubro, passamos pela auditoria e,
sete dias depois, os ensaios já pu-
deram ser realizados”, completa.
Conformidade
e novos desafios
Como tudo que é novidade ge-
ra expectativa, com a TVT não foi
diferente. Segundo seu diretor fi-
nanceiro, Luiz Eduardo Sarpi
Peissner, desde o início do pro-
cesso, todos os profissionais da
empresa vestiram a camisa e se
comprometeram com o desafio.
“Estávamos à frente de uma gran-
de oportunidade de aprendizado e
a conquista do certificado seria a
prova da qualidade e segurança
de nossa produção aos clientes.”
Agora, é só esperar a próxima
fornada, pois é dela que sairá a
primeira remessa de vidros tempe-
rados com a estampa cobiçadís-
sima do Inmetro/IFBQ impressa
no produto da empresa paulista.
Elas estão conforme manda a norma!
Americanbox, Cristal Sete, CristalTemper, Interbox, Linde Vidros,
Menedin, New Temper, Speed Temper, Tempervidros, Vidroeste,
Viprado, Vitrum, Rohden e, agora, a TVT, que acaba de entrar para
o seleto grupo das certificadas pelo Inmetro/IFBQ.
Empresa buscou na certificação seu diferencial de mercado
Os diretores, Luiz Eduardo e AndréPeissner, garantiram assessoriagratuita no processo de certificação
Mais informaçõessobre certificação,no site da revista:www.ovidroplano.com.br
é verde-amarelaA de porta automática
Fabricantes nacionais já podem comemorar.
NBR está a um passo de ser publicada
Falando em normas
E ESTAMOS TRABALHANDO
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m outubro de 2003, a
reportagem da revista OVidroplano entrevistou
Dante Boccuto Júnior, gerente de
Marketing e Produtos da Dorma,
fabricante nacional de portas auto-
máticas, aliás, um dos membros
do grupo de estudos para sistemas
de portas automáticas do Comitê
Brasileiro de Vidros Planos, da
Associação Brasileira de Normas
Técnicas (ABNT/CB-37).
A matéria falava sobre a neces-
sidade de garantir segurança, con-
forto e economia, além de avaliar
as conseqüências da importação
de tecnologia e comparar os mer-
cados de portas automáticas na-
cionais e internacionais.
Em certo ponto da entrevista, a
repórter perguntou como os fabri-
cantes brasileiros faziam para ga-
rantir a segurança mínima do pro-
duto já que ainda não existiam
normas técnicas no Brasil.
A resposta de Dante foi enfá-
tica: “Os fabricantes que têm res-
ponsabilidade e prezam a segu-
rança acima de tudo, importam as
normas e conceitos para serem
aplicados nos produtos fabricados
no Brasil”.
‘Made in’ Brasil
Nesta mesma época, iniciamos
o trabalho da comissão de estudos
com o objetivo de desenvolver as
normas para estabelecer critérios
de segurança na utilização das
portas automáticas em nosso mer-
cado, sem que fosse necessário
adaptar as normas de outros paí-
ses por aqui.
edição 395 61
Projeto 37:000.03-005 – Vidro insuladoA comissão de estudo está analisando os ensaios. Projeto 00:001.45-001 – Portas automáticasProjeto aprovado e enviado para a ABNT para publicação. PNM 21:00-0003 – Classificação do vidro plano quanto ao impactoProjeto em processo de aprovação final. Revisão NBR 14696 – Espelhos de prataA comissão de estudo está avaliando as tolerâncias e os ensaios aserem realizados. Revisão NBR 14207 – Projeto, instalação e materiais utilizadosem boxes de banheiro fabricados com vidro de segurança temperadoA comissão de estudo está realizando ensaios. Revisão NBR 7199 – Projeto, execução e aplicações de vidro naconstrução civilVotos da consulta nacional estão sendo analisados pela comissão deestudo. Projeto - Reparação de pára-brisasA comissão de estudo está analisando os ensaios relativos ao sis-tema de reparação.
Sílvio Ricardo Bueno deCarvalho, coordenador deNormalização do ABNT/CB37 e CSM 21
Dario de Freitas
Mais informaçõessobre normas técnicas,no site da revista:www.ovidroplano.com.br
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AndivTel. (11) 3873-9908cb37@abnt.org.brwww.andiv.com.br
ABNTwww.abnt.org.br
Passados dois anos de intenso e
minucioso trabalho, nós, os mem-
bros da comissão de estudos e,
claro, os consumidores, já pode-
mos comemorar – o projeto acaba
de ser enviado para a ABNT e
logo mais será publicado.
Isso, sinceramente, dá um alívio
muito grande, pois, de agora em
diante, todos os fabricantes de
portas automáticas no Brasil de-
verão seguir as regras estabele-
cidas na norma técnica da ABNT
e, desse modo, o receio que os fa-
bricantes tinham em relação à má
instalação e utilização de forma
inadequada, sem que houvesse
condições mínimas de segurança
por parte de algumas empresas, já
virou passado.
Vidro em dia
64 o vidroplano 2005novembro
NOVEMBRO
Evento Período O que é Local / Contato
CASA COR
Pernambuco 25 /10 a 27/11
www.casacor.com.brA mostra nacional, uma das mais impor-tantes da arquitetura e decoração, estápresente em catorze capitais brasileiras eem mais uma no exterior.
Dar
io d
e Fr
eita
s
DEZEMBRO
CASA COR
Santa Catarina
13/12 a 29/1/2006 www.casacor.com.br
ZAKGLASSTECH
8 a 11/12 A feira anual reunirá fabricantes de vi-dros para arquitetura, produtos de vidroprocessado – temperado e laminado –,fabricantes de máquinas de manufaturae processamento de vidro e empresasde software para a indústria de vidro, en-tre outros.
Mumbai, Índia
www.zakglasstech.com
SAUDI BUILD 11 a 15/12 Riade, Arábia Saudita
build@recexpo.comwww.recexpo.com
A 17ª edição do evento internacional reu-nirá profissionais envolvidos com cons-trução, manutenção e decoração de inte-riores. Durante a Saudi Build, aconte-cerá também a 8ª edição da SaudiStone, feira internacional de pedras etecnologias para a sua exploração.
SIMPOVIDRO A 7a edição do evento organizado pelaAndiv será realizada na Costa do Sauí-pe, na Bahia. Os empresários do setorvidreiro poderão se atualizar e trocar ex-periências, pois terão à disposição pa-lestras, reuniões e programações soci-ais, além, é claro, de contar com a estru-tura completa do Sofitel Costa do Sauípe.
30/11 a 4/12 Sofitel Costa do SauípeRodovia BA 099, Km 76Linha Verde, S/NMata de São João, Bahia
Tel. (11) 3168-1606www.andiv.com.br/simpovidro
Celina Araújo
Para seu negócio
Eu garanto o cliente!O que eu faço?
V
Se todos os funcionários assumissem essa
responsabilidade... Por João Carlos Bemvenutti
Ilustração: André Oliveira
ocê sabe o que é holografia? É aquela ima-
gem tridimensional que vai mudando con-
forme a luz incide sobre ela. A holografia
por si só já é fascinante, mas o que mais chama a aten-
ção é o fato de que você pode cortar uma imagem
dessa, não importa em quantos pedacinhos, e cada
um deles continuará reproduzindo a imagem principal
sob um novo ângulo. Por isso, “holo” significa o todo.
Agora, imagine que maravilha seria se, numa em-
presa, onde quer que se fizesse corte, o pedacinho
também reproduzisse o propósito maior da organi-
zação. E por que isso não acontece na maioria dos ca-
sos? Porque o discurso tem sido holográfico e a prática
tem sido uma fotografia convencional. O que se tem
nas empresas é um belo álbum em que se lê, com le-
tras douradas na capa: Visão, Missão e Valores. Den-
tro, páginas e páginas com fotografias, que são os se-
tores e as pessoas que compõem a empresa, que de-
veriam dar sentido ao que se anuncia na capa. É claro
que, todas elas, estão tentando fazer o melhor, mas o
ser humano quando desprovido de uma causa maior,
com um significado para ele e não apenas para a
empresa, trata primordialmente da sua sobrevivência.
Quer garantir, na nossa metáfora do álbum, sua página
e a foto em que ele está. Ou seja, seu emprego no de-
partamento. Não adiantam discursos, slogans e enun-
ciados para a missão e objetivos da empresa, que só
são entendidos racionalmente. O que é necessário, e
mais difícil, é fazer essas mensagens passarem para o
coração. E sabe por quê? Porque as pessoas fazem as
coisas pelas razões delas e não pelas dos outros. Até
hoje, bate-se muito mais na tecla “como fazer” do que
67edição 395
Fale com eles!
João Carlos Bemvenutti é consultor, economista eengenheiro formado pela Universidade Federal doParaná. É co-autor dos livros Segmentação deMercado e Marketing de Serviços.criativo@matrix.com.br
na “por que fazer” e é raro alguém se comprometer
com uma tarefa se ela não estiver ligada a uma causa.
Que tal se nas próximas três horas ficarmos pas-
sando uma bolinha de um lado para o outro? Eu bato,
você rebate e vice-versa. Vamos lá, tudo de novo. Cha-
to, não? Pois é, e isso é conhecido como jogar tênis.
Mas o que faz essa atividade ser tão apreciada? É o
envolvimento na contagem dos pontos, o esforço fí-
sico, a interação, a jogada especial e até o erro. O jogo
não sou só eu, minha metade de quadra, minha ra-
quete e um conjunto de regras. O mais importante é o
porquê – aquilo que está acontecendo mais na cabeça
do que na quadra – e isso está permeando todos os
detalhes da performance.
Como transportar esse
conceito para as empresas?
Minha proposta é que todos os níveis hierárquicos
e todos os cargos fiquem subordinados a uma causa
maior, a mais importante delas. Todos na empresa,
indistintamente, passem a ter uma nova função:
GARANTIR O CLIENTE. Imagine que maravilha se to-
das as pessoas que trabalham na empresa, ao serem
perguntadas sobre suas funções, respondessem: “Eu
garanto cliente”. Seria a materialização do conceito
holográfico.
Do presidente ao porteiro, o que ele faz ali, a res-
posta é: “Eu garanto cliente!”. De que forma? “Por in-
termédio do meu cargo de telefonista.” E você aí? “Eu
garanto cliente sendo vendedor.” E o outro lá? “Eu
garanto cliente sendo diretor financeiro.”
Envie sua sugestão de tema para
esta seção: tel. (11) 3873-9908,
fax 3873-9910 ou
ovidroplano@andiv.com.br
Participe!
Pense sobre isso. Mais do que um artigo, estou lan-
çando essa proposta que é capaz de mudar o rumo do
negócio. A partir do momento em que as pessoas, que
hoje se empenham em assegurar seus empregos –
uma herança do tempo em que o grande sonho era ter
um no Banco do Brasil –, passam a crer que a única
forma de garantir o emprego é garantindo o cliente,
tem-se então uma razão que também será delas. Te-
mos uma verdadeira revolução holográfica, na qual o
discurso e prática se somam e se alinham às causas
pessoais e da empresa. Einstein disse certa vez que “o
que me interessa mesmo é conhecer o pensamento de
Deus, o resto é detalhe”. Eu digo o mesmo, com rela-
ção a garantir o cliente. O resto...
o vidroplano 2005novembro68