Post on 27-Dec-2015
Tumores Sistema Nervoso Central
Prof. José Reginaldo Nascimento Brito
Neurooncologia
1.Conhecimentos epidemiológicos
2.Conhecimentos da biologia molecular
3.Métodos diagnósticos
4.Métodos de tratamento
5.Determinar perspectivas para o futuro
O Câncer é descrito como uma proliferação celular descontrolada, também conhecida como neoplasia, a qual resulta na maioria da vezes em massa tumoral (neoplasma) que não possui uma taxa normal de divisão ou função determinada.
Borges Osório e Robinson, 2002
A célula se divide e se multiplica em função do ciclo celular
Fases G1, S, G2 , M e G0
4 grupos de genes regulam o ciclo
Protooncogenes e oncogenes
Genes supressores de tumor
Genes reguladores da apoptose
Genes de Reparo do DNA
O câncer surge a partir da aquisição de modificações nos genes (mutação)
Herdado
Adquiridos
Acúmulo de alterações genéticas dentro da célula:
Proliferação celular descontrolada
Caracteristicas de malignidade
Perda da diferenciação
Capacidade de produzir metástase
Capacidade de adquirir resistência contra terapias antineoplásicas
Etiologia
1. Desconhecida
2. Trauma de crânio
3. Radiação
4. Fatores genéticos
5. Imunossupresão
Epidemiologia
Influenciado pela fonte dos dados
12.5 em 100.000 hab
Aumenta a incidência com idade
Adultos: 70% supratentorial e 30% infra.
Crianças: 70% infratentorial e 30% supra
Os mais freqüentes: glioblastomas multiforme e metástases
2% dos cânceres humanos, no Brasil 2.4
1.Células da Glia
2. Células aracnoide
3. Células do ependima
4. Células do plexo coroide
5.Células de schwann
6. Células germinativas
7. Células da hipófise
Sintomas
1.Cefaleia
2. Nauseas e vômitos
3. Convulsões
4.Déficits motores
5.Déficits cognitivos
6. Sonolência
7. Coma
8. Papiledema
Inicio Gradual
Evolução progressiva
Diagnóstico diferencial
Abscessos
Infartos
Cisto aracnóides
Granulomas
Hematomas
Tratamento clínico
1.Sintomáticos
2. Anticonvulsivante
3. Corticoide: dexametazona
Gliomas
Astrocitomas
Oligodendrogliomas
Ependimomas
Astrocitomas
Classificação:
Grau I: baixo grau * benigno: passivel de cura
Grau II: fibrilar * comportamento intermediario: 50% sobrevivem 5 anos
Grau III: anaplásico * maligno: media de sobrevida de 2 anos
Grau IV: maligno (glioblastoma multiforme) * maligno: media de sobrevida de 10 a 12meses
Tipo mais frequente
Localização: supra e infratentorial
disseminação por tratos e fibras (corpo caloso)
Evolução lenta: benignos
Rápida nos malignos
Diagnóstico
Tomografia e Ressonância: ocorre captação de contraste nos malignos
Tratamento
1. Clínico
2. Cirurgia
3. Radioterapia e radiocirurgia
4. Quimioterapia
Metástases
Segundo mais frequente
Vias
Hematogênica
contiguidade
Origens
Pulmão
mama
Fígado
Melanoma
Diagnóstico
Tomografia
Ressonância
Tratamento
Cirurgia
lesão única: área accessível
lesão sintomática (lesões múltiplas)
proporcionar diagnóstico
Radioterapia
Quimioterapia
Tratamento da doença primaria
Prognóstico
Corticoide, cirurgia, radioterapia: 10 a 12 meses
Doença sistêmica disseminada: sobrevida mais curta (semanas ou poucos meses)
Meningeomas
Terceiro tumor mais freqüente: 12 a 22%
Idade: 50 a 70 anos
Sexo: feminino é mais acometido
Origem: céls aracnóide das meninges
vilosidades
próximo aos seis venosos
Localização: dois terços anteriores do seio sagital superior, fissura silviana, foice e tenda do cerebelo, sulcos olfatórios, e região parasselar.
Evolução lenta (anos)
Clínica: cefaleia convulsão: 50% alterações de personalidade déficits neurológicos :raro sinais de HIC: raro
Classificação histopatológica
Psamomatoso
Meningotelial
Fibroblástico
Transicional
angiomatoso
microcístico
secretor
células claras
cordoide
Diagnóstico
Tomografia
Ressonância
Angiografia
Tratamento
Cirurgia
Ressecção radical
Radioterapia
Transformação maligna
Oligodendrogliomas
Origem: oligodendrócitos
Comportamento biológico variável
3 a 7% dos tumores intracraniano
Idade: 40 a 70 anos
Quadro clínico:
idem outros
convulsões (1 a 30 anos de evolução)
Tratamento cirúrgico
Radioterapia: ressecção parcial
Adenomas de Hipófise
10% dos tumores intracranianos
Sinais clínicos por compressão ou secreção
Classificação: secretantes ou não secretantes
Compressão: cefaléia e hemianopsia bitemporal
Secreção: Prolactinoma
Acromegalia ou gigantismo
Doença de Cushing
Tratamento: cirúrgico, radioterápico e hormonal
Craniofaringeoma
Origem: restos embrionários do ducto craniofaringeo
1.7 a 5.8% dos tumores intracranianos
Idade: primeira e segunda década
Quadro clínico: sinais de HIC, déficit visual e distúrbio hormonal
Tumores biologicamente benignos
Ressecção radical dificultada pela localização
Tumores da Fossa Posterior
Meduloblastomas
Idade: crianças
4% dos tumores intracranianos
Origem: células neuroepitelial primitivas da camada granular externa do cerebelo
Quadro clínico
sinais de hic: hidrocefalia
síndrome cerebelar
Tratamento cirúrgico
Radioterapia e quimioterapia
Meduloblastoma
Meduloblastoma
Astrocitoma pilocítico
Tumor benigno
30% dos tumores intracranianos na infancia
Localização: hemisfério cerebelar
Quadro clínico: síndrome cerebelar apendicular
Tratamento cirúrgico
Astrocitoma Cerebelar
Astrocitoma Cerebelar
Ependimoma
Mais freqüente na infância
Origem: epêndima
Mais freqüente no IV ventrículo
A maioria tem características benignas
Quadro clínico: sinais de HIC
Tratamento cirúrgico
Radioterapia
Ependimoma
Ependimoma
Ependimoma
Gliomas do Tronco Encefálico
• Introdução
- Freqüência varia na literatura
- Idade de apresentação entre 6 e 12 anos• Quadro clínico
- Paralisia dos nervos cranianos
- Sinais dos tratos piramidais
- Ataxia, disfunção do cordão espinhal e nistagmo
Gliomas do Tronco Encefálico
Gliomas do Tronco Encefálico
• Tratamento
- Radioterapia (> de sobrevida de 12-15 meses)
- Quimioterapia (pouco benefício)
- Cirurgia permanece com resultados desastrosos
Considerações finais
• Alto indice de morbi mortalidade
• Demora na valorização dos sintomas
• Demora na realização de exames
• Demora para internação
• Internação com tumor em estágio avançado e quadro neurológico comprometido
• Questões geográficas
• Sócio, econômicas e culturais
• Políticas de Saúde– Mais opções diagnósticas– Mais leitos pediátricos– UTI neurocirúrgica– Melhor acesso à Radioterapia