Ulcera Por Pressao 1

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Úlceras por pressãoÚlceras por pressão (UP)(UP)

É a terminologia internacionalmente É a terminologia internacionalmente usada para o que já foi:usada para o que já foi:

escara,escara,

úlcera ou ferida de decúbitoúlcera ou ferida de decúbito

ferida de pressãoferida de pressão

Úlcera POR pressão vem sendo usada internacionalmente, em função da pressão ser o fator etiológico de maior significado para o aparecimento destas lesões.

Úlceras por pressãoÚlceras por pressão (UP)(UP)

UP é definida como uma área UP é definida como uma área localizada de morte celular, que localizada de morte celular, que se desenvolve quando um se desenvolve quando um tecido mole é comprimido entre tecido mole é comprimido entre uma proeminência óssea e uma uma proeminência óssea e uma superfície dura por um superfície dura por um prolongado período de tempo.prolongado período de tempo.

Úlceras por pressãoÚlceras por pressão (UP)(UP)

O custo da internação de um paciente que desenvolve úlcera de pressão nos Estados Unidos gira em torno de U$ 37.000;

ao passo que a mesma internação sem a presença da úlcera de pressão custaria U$ 14.000 (ALLMAN, 2001).

Úlceras por pressãoÚlceras por pressão (UP)(UP)

O desenvolvimento da úlcera de pressão em doentes hospitalizados tem sido apresentado como um dos indicadores da qualidade da assistência prestada pela equipe ou sinônimo da deficiência na qualidade da assistência de enfermagem prestada (STANLEY & FOER , 2000).

Fatores de risco da upFatores de risco da upEntre os fatores de risco os mais comuns são:

Perfusão tecidual insuficiente;

Idade avançada;

Imobilidade;

Nível de consciência alterado;

Redução da percepção sensorial e da sensibilidade;

FATORES DE RISCO DA FATORES DE RISCO DA UPUP

Medicamentos (sedação);

Umidade excessiva;

Desidratação;

Imobilidade (fraturas, hemiplegia e Imobilidade (fraturas, hemiplegia e ou tetraplegia)ou tetraplegia)

FATORES DE RISCO DA FATORES DE RISCO DA UPUP

Desnutrição, caquexia ou Desnutrição, caquexia ou obesidadeobesidade

Doenças crônicas, como DM

Má circulação, úlcera préviaMá circulação, úlcera prévia

Uso prolongado de corticóideUso prolongado de corticóide

ImunossupressãoImunossupressão

IncontinênciaIncontinência

Uso de drogas (anticoagulantes, Uso de drogas (anticoagulantes, quimioterápicos) quimioterápicos)

Fricção e cisalhamento

FATORES DE RISCO DA FATORES DE RISCO DA UPUP

• Fricção:

Ocorre quando duas superfícies entram em atrito.

A causa mais comum équando o paciente é arrastado sobre a cama, ao invés de ser levantado (Dealey, 1996).

• CisalhamentoCausado por interação da gravidade e da superfície, que exercem forças paralelas na pele.

Enquanto a gravidade empurra o corpo para baixo, há resistência do paciente sobre a superfície da cama ou cadeira.

ÁREAS DE INCIDÊNCIA DE ÚLCERAS POR PRESSÃO:

PREVENÇÃO DA UPPREVENÇÃO DA UPA prevenção está basicamente vinculada a qualidade dos cuidadosprestados pela equipe de saúde aos pacientes, com o objetivo de prevenir a ocorrência das mesmas.

A prevenção está associada a uma habilidade clínica de avaliar o risco, e assim, programar as condutas preventivas.

• Esta avaliação deve ser individualizada.

• Aliviar a pressão das áreas de proeminências ósseas (as áreas de maior susceptibilidade a formação da úlcera por pressão) com o uso de coxins.

• Escala de mudança de Escala de mudança de decúbitodecúbito

•Inspecionar a pele a cada mudança de decúbito para identificar precocementealguma possível área de eritema.

• Manter a superfície seca e lisa (manter os lençóis esticados).

• Hidratar a pele (pele ressecada tem maior probabilidade de surgimento lesão).

• Evitar exposição da pele a Evitar exposição da pele a excesso de umidade;excesso de umidade;

• Evitar substâncias irritantes a pele.

• Limpar a pele com água e Limpar a pele com água e sabão neutro, evitando força e sabão neutro, evitando força e fricçãofricção.

• Usar colchão para alívio de pressão: piramidal, ciclado, gel, ar, água (promove alívio das áreas de pressão).

• Não massagear áreas Não massagear áreas hiperemiadashiperemiadas

• Proteger regiões de maior Proteger regiões de maior incidência de UP, inclusive usar incidência de UP, inclusive usar dispositivos aliviadores de pressãodispositivos aliviadores de pressão

• Estimular ingesta hídrica.Estimular ingesta hídrica.

• Avaliar o estado nutricional do paciente (oferecer suporte nutricional).

Segundo o (IBANUTI, 2001), 50% dos indivíduos hospitalizados no Brasil em hospitais gerais possuem desnutrição. Recomendação de dieta hipercalórica.

Estadiamento de FeridasEstadiamento de Feridas(National Pressure Ulcer Advisory Panel):(National Pressure Ulcer Advisory Panel):

• Estágio I Estágio I - Edema + eritema da pele ainda intacta.- Edema + eritema da pele ainda intacta.• Estágio II Estágio II - Escarificação da pele.- Escarificação da pele.• Estágio III Estágio III - Dano da espessura total da pele, indo - Dano da espessura total da pele, indo até o músculo sem atravessá-lo.até o músculo sem atravessá-lo.• Estágio IV Estágio IV - Destruição de todos os tecidos, - Destruição de todos os tecidos, inclusive o muscular e o ósseo.inclusive o muscular e o ósseo.

Estágio IEstágio I

Coloração

Dor ou pruridoPresença de eritema não esbranquiçado, com pele intacta.Em pacientes com pele escura, a descoloração da pele, calor, edema, endurecimento Podem ser indicadores de lesão neste estágio.

Estágio IIEstágio IIÉ uma perda parcial da pele, É uma perda parcial da pele, envolvendo epiderme, derme, ou envolvendo epiderme, derme, ou ambos. A úlcera é superficial e ambos. A úlcera é superficial e apresenta-se clinicamente como um apresenta-se clinicamente como um abrasão, uma bolha ou uma cratera abrasão, uma bolha ou uma cratera rasa. rasa.

Estágio IIIEstágio IIIPerda de toda espessura da pele com envolvimento do tecido subcutâneo podendo se estender à fáscia. A úlcera A úlcera se apresenta clinicamente como uma se apresenta clinicamente como uma cratera profunda. cratera profunda.

Estágio IVEstágio IV

Se estende ao tecido muscular, osso ou estruturas periarticulares (tendão).

Sistema de estadiamento por cores:Sistema de estadiamento por cores:

• Negra ou cinza chumboNegra ou cinza chumbo: Presença de áreas com : Presença de áreas com tecido necrótico.tecido necrótico.

• AmarelaAmarela:: Presença de tecido esponjoso amarelado Presença de tecido esponjoso amarelado (leucocitose exacerbada no leito do ferimento).(leucocitose exacerbada no leito do ferimento).

• VermelhaVermelha: Tecido em franco processo de granulação, : Tecido em franco processo de granulação, sem áreas desvitalizadas.sem áreas desvitalizadas.

• RosaRosa: Feridas já reepitelizadas, em fase de maturação: Feridas já reepitelizadas, em fase de maturação ..

Sistema de estadiamento de acordo Sistema de estadiamento de acordo com o tipo de tecido atingido:com o tipo de tecido atingido:

• Espessura parcial superficial: Espessura parcial superficial: Envolve apenas perda de epitélio Envolve apenas perda de epitélio (abrasão, escoriação).(abrasão, escoriação).

• Espessura parcial profunda: Espessura parcial profunda: Envolve perda de epitélio e dermeEnvolve perda de epitélio e derme..

• Espessura total: Espessura total: Envolve perda das Envolve perda das camadas da pele, podendo expor até a camadas da pele, podendo expor até a fáscia muscular.fáscia muscular.

Não se faz estadiamento de úlcera por pressão com tecido Não se faz estadiamento de úlcera por pressão com tecido necrosadonecrosado

ESCALAS PARA AVALIAÇÃO DO RISCO PARA ÚLCERA POR PRESSÃO

Escala de Norton

Escala de Gosnell

Escala de Waterlow

Escala de Braden

Escala de Norton - Total de 14 pontos ou menos Escala de Norton - Total de 14 pontos ou menos ““Correndo RiscoCorrendo Risco””

CondiCondiçções ões FFíísicassicas

CondiCondiçções ões MentaisMentais AtividadesAtividades MobilidadeMobilidade ContinênciaContinência

Boa 4Boa 4 Alerta 4Alerta 4 Deambula Deambula 4 4

Plena Plena 44

Boa Boa 44

RazoRazoáável 3vel 3 ApApáático 3tico 3 Deambula com Deambula com ajuda 3 ajuda 3

Discretamente Discretamente limitada limitada 33

Ocasional Ocasional 33

Ruim 2Ruim 2 Confuso 2Confuso 2 Senta em uma Senta em uma cadeira 2cadeira 2

Muito limitada Muito limitada 22

Freqüente Freqüente 22

Muito Ruim 1Muito Ruim 1 Torporoso 1Torporoso 1 Permanece no leito Permanece no leito 1 1

ImImóóvel vel 11

UrinUrináária e ria e Fecal Fecal 11

Total:_________Total:_________ Total:_________Total:_________ Total:___________Total:___________ Total:______Total:______ Total:______Total:______

A contagem de pontos baixa, indica uma baixa habilidade funcional, estando o indivíduo em alto risco para desenvolver a úlcera de pressão.

A pontuação pode ir de 4 a 23.

Pacientes adultos hospitalizados, com uma contagem =/< que 16 pontos, são considerados de risco.

Uma pontuação de 16 é considerada risco mínimo; de 13 a 14, risco moderado; de 12 ou menos, risco elevado.

AvaliaAvaliaçção do grau de risco - Escala de Bradenão do grau de risco - Escala de Braden**

PercepPercepçção ão SensorialSensorial

1.Totalmente1.Totalmentelimitadolimitado 2. Muito limitado2. Muito limitado 3.Levemente3.Levemente

limitadolimitado4.Nenhuma4.Nenhumalimitalimitaççãoão

UmidadeUmidade 1.Excessiva1.Excessiva 2. Muita2. Muita 3.Ocasional3.Ocasional 4.Rara4.Rara

AtividadeAtividade 1.Acamado1.Acamado 2. Confinado a 2. Confinado a cadeiracadeira

3.Deambula 3.Deambula ocasionalmenteocasionalmente

4.Deambula 4.Deambula freqfreqüüentementeentemente

MobilidadeMobilidade 1.Im1.Imóóvelvel 2. Muito limitado2. Muito limitado 3.Discreta 3.Discreta limitalimitaççãoão 4.Sem limita4.Sem limitaççãoão

NutriNutriççãoão 1.Deficiente1.Deficiente 2. Inadequada2. Inadequada 3.Adequada3.Adequada 4.Excelente4.Excelente

FricFricçção e ão e CisalhamentoCisalhamento 1.Problema1.Problema 2. Problema 2. Problema

potencialpotencial3.Sem problema 3.Sem problema aparenteaparente ----------------------------

Total:Total: Risco BrandoRisco Brando15 a 16 ( )15 a 16 ( )

Risco Moderado de Risco Moderado de 12 a 14 ( )12 a 14 ( )

Risco Severo Risco Severo abaixo de 11 ( )abaixo de 11 ( )

Cartão de Pontuação de Waterlow

Tipo de pele MobilidadeDébito

NeurológicoContinência

Riscos Especiais

Má Nutrição Tecidual

Cirurgiagrande porte

ou traumaMedicação

Saudável0

Total0

MS. paraplegia

4-6

Normal0

Caquexia terminal

8

Ortopédicaabaixo cintura,

espinha dorsal    5

Esteróides4

Fina - folhade papel

1

Nervoso1

IncontinênciaOcasional

1

Insuficiência cardíaca

5

Na mesa de operação: >2 horas  5

Citotóxicos4

Seca1

Apático2

CatéterIncontinência  2

Doença vascular periférica

5

Anti-inflamatório  4

Edematosa  1Restrita

3

IncontinênciaDupla

3

Anemia2

Viscosa

Inerte/Tração    4Fumo

1

Descorada2

Preso à cadeira de rodas

5

Quebradiça   3

Médio risco > 10 pontos

 Alto risco > 15 pontos

Escala de Avaliação de Risco de Gosnell

Identidade Idade, Sexo, Altura, Peso Diagnóstico Médico Diagnóstico de Enfermagem Data de Admissão Data de Saída *Complete todas as categorias com 24 horas de admissão e todos os outros dias em diante.

Estado Mental Continência Mobilidade Atividade Nutrição Total de

Pontos

Alerta 1

Completamente controlada 1

Completa 1

Deambulante 1

Boa 1

Apático 2

Usualmente controlada 2

Ligeiramente limitada 2

Caminha com assistência 2

Regular 2

Confuso 3

Minimamente controlada 3

Muito Limitada 3

Limitado a cadeira 3

Pobre 3

Torporoso 4

Ausência de controle 4

Imóvel 4

Acamado 4

Inconsciente 5

Data

Sinais Vitais Dieta

Balanço Fluído de 24 horas

Aparência Geral da Pele

Intervenções

Cor Umidade Temperatura Textura

1. Pálida 1. Seco 1. Baixa 1. Lisa

2. Manchada 2. Úmido 2. Muito baixa 2. Aspera

3. Rósea 3. Oleoso 3. Quente 3. Delgada/

Transparente

4.Acinzentada 4. Outro 4. Elevada 4. Escamosa

5. Rubra 5. Grosseira

6. Cianótica 6. Outra

7. Ictérica

Temp. Pulso F.Resp. P.A.

Entrada Saída 8. Outro Sim Não Descreve

Reavaliação Uma úlcera limpa e com

fluxo sanguíneo adequado

deve mostrar melhora em

2 a 4 semanas.

Sinais de Piora:Sinais de Piora:Aumento do exsudato ou edemaPerda da granulaçãoSurgimento de EXSUDATO PURULENTOFebre

Mapa de Mapa de Cicatrização: Cicatrização:

PUSHPUSHPPressure ressure UUlcer lcer SScale for cale for

HHealingealing

Comprimento x Largura

Quantidade de Exsudato

Tipo de Tecido

Nome: ___________________________________________________________________________________ Localização da úlcera: _________________________________________________ Data: ____ / ____ / ___

INSTRUÇÕES: Observe e meça a úlcera de pressão. Caracterize a úlcera no que respeita à área de superfície, exsudado e tipo de tecido. Faça um registo do subtotal de cada uma destas características da úlcera. Some os subtotais para obter a pontuação total. A comparação das pontuações totais calculadas durante um período dá uma indicação do melhoramento ou deterioração da cicatização da úlcera de pressão:

COMP. X LARG.

0 0 CM2

1 <0,3 CM2

2 0,3 – 0,6 CM2

3 0,7 – 1,0 CM2

4 1,1 – 2,0 CM2

5 2,1 – 3,0 CM2

SUBTOTAL

6 3,1 – 4,0 CM2

7 4,1 – 8,0 CM2

8 8,1 – 12 CM2

9 12,1 - 24 CM2

10 >24 CM2

QUANT. DE EXSUDATO

0 NENHUM

1 ESCASSO

2 MODERADO

3 ABUNDANTE

SUBTOTAL

TIPO DE TECIDO

0 TECIDO CICATRIZADO

1 TECIDO DE EPITELIZAÇÃO

2 TECIDO DE GRANULAÇÃO

3 TECIDO DESVITALIZADO

4 NECRÓTICO

SUBTOTAL

TOTAL

Comprimento x largura: Meça o maior comprimento (no sentido da cabeça para os pés) e a maior largura (do sentido de um lado para o outro) usando uma régua em centímetros. Multiplique estas duas medidas (comprimento x largura) para obter uma área de superfície estimada em centímetros quadrados (cm2).

Atenção: Não tente adivinhar! Use sempre uma régua em centímetros e utilize sempre o mesmo método de cada vez que a úlcera for medida.

Quantidade de exsudato: Avalie a quantidade de exsudato (drenagem) presente após a remoção da cobertura e antes de aplicação de qualquer agente tópico na úlcera.

Quantifique a exsudado (drenagem) como nenhum, escasso, moderado ou abundante.

Tipo de tecido: Refere-se aos tipos de tecido presentes no leito da ferida (úlcera).

Pontue com “4” se houver algum tipo de tecido necrótico.

Pontue com “3” se houver alguma quantidade de tecido desvitalizado e se não houver tecido necrótico.

Pontue com “2” se a ferida estiver limpa e contiver tecido de granulação.

A ferida superficial que está em re-epitelização é pontuada com “1”.

Quando a ferida estiver cicatrizada, pontue com “0”.

4 – Tecido necrótico (dura): tecido negro, castanho ou castanho-claro que adere firmemente ao leito da ferida ou aos bordos e que pode estar mais firme ou mole do que a pele circundante.3 – Tecido desvitalizado: tecido amarelo ou branco que adere ao leito da ferida em fios ou camadas espessas ou com muco.2 – Tecido de granulação: tecido cor-de-rosa ou vermelho-vivo com um aspecto brilhante, úmida e granulosa.1 – Tecido epitelial: para úlceras superficiais, novo tecido cor-de-rosa ou brilhante (pele) que cresce a partir dos bordos ou como ilhas na superfície da úlcera.0 – Tecido cicatrizado/reepitelizado: a ferida está completamente coberta de epitélio (pele nova).

LimpezaLimpeza• Remoção de debris, matéria estranha, Remoção de debris, matéria estranha,

excesso de exsudato e resíduos de agentes excesso de exsudato e resíduos de agentes tópicos.tópicos.

• A divisão celular no organismo humano A divisão celular no organismo humano ocorre a temperatura fisiológica de 37ocorre a temperatura fisiológica de 37º C.º C.

• Após a limpeza : Após a limpeza : LevaLeva de 30 a 40 de 30 a 40 minutosminutos para para retornarretornar a a temperaturatemperatura

• Após 3 a 4 horas para Após 3 a 4 horas para atingiratingir a a velocidadevelocidade normal de normal de divisãodivisão celular ( celular ( atividadeatividade mitótica) mitótica)

Conclusão: Durante a limpeza é importante Conclusão: Durante a limpeza é importante manter a temperatura em torno de 37manter a temperatura em torno de 37º C. o º C. o que exige o uso de solução salina isotônica que exige o uso de solução salina isotônica aquecida.aquecida.

Estudo feito por Myers (1982) em 420 pacientesEstudo feito por Myers (1982) em 420 pacientes

LIMPEZA...

Remoção de debris

Preservar tecidos viáveis

Minimizar a colonização da ferida

Reduzir o número de

microrganismos

PADRÕES DE HIGIENE

► Manter assepsia completa;

► Retirar ornamentos das mãos e

braços;

► Assepsia das mãos 30 segundos

antes e depois do tratamento da

ferida!!!

Curativo-É um processo que inclui limpeza, debridamento e seleção da cobertura ideal para uma ferida.

O CURATIVO DEVE ...

Manter o meio úmido:– Estímulo para aumento de mitoses– Reduz a dor

– Aumento da velocidade de cicatrização

– Promoção da epitelização.

Otimizar o volume de exsudato:

– Evitar a maceração da pele adjacente.

Manter atoxicidade e ser estéril:– Redução da resposta inflamatória;– Prevenção de infecções;– Prevenção de possíveis danos à

reação tecidual;

Manter a termorregulação- Aproximadamente 37° C- Aumenta a atividade das células de

defesa e do número de mitoses;

TERAPIA TÓPICA

LIMPEZA DA FERIDA

ESCOLHA DO MÉTODO DE

DEBRIDAMENTO

COBERTURA UTILIZADA.

COBERTURA

-É o produto utilizado sobre a

ferida visando a manutenção da

umidade, sua proteção, oclusão,

compressão e tratamento.

MEIO ÚMIDO

-É essencial para facilitar o debridamento autolítico, migração células epiteliais, liberação de fatores de crescimento, diminuição da dor, trocas sem traumas.

Vantagens do Meio ÚmidoPrevine o ressecamentoEvita a formação de crostaAumenta a re-epitelizaçãoAumenta o reparo tecidualDiminui a inflamação Promove debridamento autolíticoDiminui a dorBarreira contra bactériaBenefícios psicológicos – conforto e aparênciaFácil usoCusto

MEIO SECO

-Dificulta a migração de células epiteliais, resseca o leito aumentando a dor, provocando traumas nas trocas, além de dispersar sobre a ferida partículas secas contidas nas gazes.

CARACTERÍSTICAS IDEAIS DOS DISPOSITIVOS

REMOVER O EXCESSO DE REMOVER O EXCESSO DE EXSUDAÇÃOEXSUDAÇÃO

O excesso de umidade macera o tecido circundante

FORNECER ISOLAMENTO FORNECER ISOLAMENTO TÉRMICOTÉRMICO

Temperatura constante estimula a atividade celular;

A ferida demora 40 minutos para voltar a temperatura normal e três horas para a atividade mitótica retornar a sua velocidade normal ( Meyers, 1982)

SER IMPERMEÁVEL A SER IMPERMEÁVEL A BACTÉRIASBACTÉRIAS

O curativo deve criar uma barreira

ESTAR ISENTO DE PARTÍCULAS E TÓXICOS CONTAMINANTES

Partículas de gaze prolongam a reação inflamatória

PERMITIR A RETIRADA SEM TRAUMA

Também denominado desbridamento;

Definição:

“ Remoção do material estranho ou tecido desvitalizado de lesão traumática ou crônica, infectada ou não, até expor-se o tecido saudável”

DEBRIDAMENTO

DEBRIDAMENTO...

É importante que se saiba que tipo de

ferida debridar, feridas isquêmicas com

necrose seca são contra indicadas para

este tipo de procedimento!!!!

Feridas de MMII com perfusão duvidosa

ou ausente, até que o estado vascular

seja melhorado. CUIDADO!!!

O tecido inviável...

...Dificulta o fornecimento de

sangue (oxigenação e nutrição dos

tecidos);

Atua como meio de cultura de

bactérias;

Inibe a ação dos leucócitos em

controlar microorganismos

invasores;

Aumenta a possibilidade de

infecção.

Inibe a migração de células epiteliais, interrompendo o processo de cicatrização;

Impede a atuação de substâncias antibacterianas administradas por via tópica;

A presença deste tecido pode esconder a extensão e possível penetração da ferida.

e removendo o tecido necrótico...

Reduz o risco de infecção;

Mantém o tecido viável;

Quando Debridar:Quando Debridar:

• Quando apresentar: Quando apresentar: Tecido Tecido desvitalizado, necrose de coagulação desvitalizado, necrose de coagulação e presença de crosta preta ou escura.e presença de crosta preta ou escura.

• Necrose de liquefação Necrose de liquefação - Tecido - Tecido amarelado, esverdeado e ou quando a amarelado, esverdeado e ou quando a lesão apresentar infecção e ou lesão apresentar infecção e ou presença de secreção purulenta.presença de secreção purulenta.

MÉTODOS DE DEBRIDAMENTO

MÉTODO CIRÚRGICOMÉTODO CIRÚRGICO

MÉTODO AUTOLÍTICOMÉTODO AUTOLÍTICO

MÉTODO ENZIMÁTICOMÉTODO ENZIMÁTICO

MÉTODO MECÂNICOMÉTODO MECÂNICO

Debridamento CirúrgicoDebridamento Cirúrgico

É a remoção do tecido necrótico atravésÉ a remoção do tecido necrótico através

da utilização de instrumental da utilização de instrumental cirúrgico:bisturi, tesoura e outros.cirúrgico:bisturi, tesoura e outros.

Técnicas:Técnicas:- Cover: Com uma lâmina de bisturi iniciaCom uma lâmina de bisturi inicia

se o descolamento pelas bordas.se o descolamento pelas bordas.

O tecido sai em forma de tampa.O tecido sai em forma de tampa.

-- SquareSquare (jogo da velha) (jogo da velha) escarificação: Com uma lâmina de escarificação: Com uma lâmina de bisturi faz-se pequenos quadrados no bisturi faz-se pequenos quadrados no tecido necrótico, também usada para tecido necrótico, também usada para facilitar a penetração de substâncias facilitar a penetração de substâncias debridantes.debridantes.

- - Slice:Slice: Com uma lâmina de bisturi ou Com uma lâmina de bisturi ou tesoura de Íris remove-se em fatias a tesoura de Íris remove-se em fatias a necrose de coagulação ou liquefação necrose de coagulação ou liquefação que se apresenta na ferida de forma que se apresenta na ferida de forma desordenada. desordenada.

Debridamento por autólise: É o debridamento realizado pelo

organismo;

É facilitado pelo meio úmido, onde

ocorre a digestão das células

mortas pelas próprias enzimas

presentes no leito da lesão.

Debridamento EnzimáticoDebridamento Enzimático

Aplicação tópica de enzimas proteolíticas Aplicação tópica de enzimas proteolíticas diretamente no tecido necrótico.diretamente no tecido necrótico.

Não é totalmente o seletivo, podendo Não é totalmente o seletivo, podendo ser doloroso.ser doloroso.

- Colagenase- Colagenase- Papaína- Papaína

Debridamento

Mecânico:Aplicação de força mecânica Aplicação de força mecânica diretamente sobre o tecido necrótico a diretamente sobre o tecido necrótico a fim de facilitar sua remoção e facilitar a fim de facilitar sua remoção e facilitar a ação das coberturas no local.ação das coberturas no local.

Fricção com gaze ou esponja Fricção com gaze ou esponja estéril estéril - Esfregar a gaze ou esponja - Esfregar a gaze ou esponja durante 2 a 3 minutos do centro para durante 2 a 3 minutos do centro para as bordas sem tocar nas áreas com as bordas sem tocar nas áreas com tecido de granulação.tecido de granulação.Indicação: Indicação: Lesões pequenas com Lesões pequenas com áreas de necrose de liquefação. Pode áreas de necrose de liquefação. Pode ser doloroso para o paciente.ser doloroso para o paciente.

NA REMOÇÃO TECIDUAL COM INSTRUMENTAL NA REMOÇÃO TECIDUAL COM INSTRUMENTAL CORTANTECORTANTE

• Tecido subcutâneo: Tecido subcutâneo: Camada gordurosa.Camada gordurosa.

• Fáscia: Fáscia: Branca e brilhante que contémBranca e brilhante que contém músculo.músculo.

• Músculo: Músculo: Tecido vermelho escuro.Tecido vermelho escuro.

• Osso: Osso: Tecido branco, duro e resistente ao toqueTecido branco, duro e resistente ao toque..

• CartilagensCartilagens: : Recobre os ossos nas articulações sinuviais.Recobre os ossos nas articulações sinuviais.

• Ligamentos: Ligamentos: 2 tipos2 tipos- Branco e fibroso (colágeno) + frequente. Não é elástico.Branco e fibroso (colágeno) + frequente. Não é elástico.- Amarelo e elástico – menos frequente Amarelo e elástico – menos frequente

• Tendões: Tendões: Tecido branco e brilhante, move-se de acordo Tecido branco e brilhante, move-se de acordo com a musculação adjacente.com a musculação adjacente.

• Vasos sanguíneos: Vasos sanguíneos: São constituídos por artérias, veias São constituídos por artérias, veias e capilares.e capilares.

Cuidados com a lesão após o Cuidados com a lesão após o debridamentodebridamento

• Lavar com solução isotônica aquecida Lavar com solução isotônica aquecida para remoção total de resíduos.para remoção total de resíduos.

• Em caso de sangramento fazer Em caso de sangramento fazer compressão local por 5 minutos.compressão local por 5 minutos.

• O uso de Alginato de Cálcio em pó ou O uso de Alginato de Cálcio em pó ou em placa não aderente podem ser em placa não aderente podem ser usados com grande eficiência.usados com grande eficiência.

• Proteger o local com uma cobertura Proteger o local com uma cobertura que mantenha o leito da lesão úmido.que mantenha o leito da lesão úmido.

COMPETÊNCIACOMPETÊNCIA

O Enfermeiro especialista tem respaldo O Enfermeiro especialista tem respaldo para executar tais procedimentos para executar tais procedimentos desde que:desde que:

Domínio da técnica a ser executada.Domínio da técnica a ser executada. Habilidade em manejar o material Habilidade em manejar o material

cortante.cortante. Conhecimento das estruturas Conhecimento das estruturas

anatômicas.anatômicas. Avaliação prévia do cliente a ser Avaliação prévia do cliente a ser

submetido a tal procedimento. submetido a tal procedimento.

Está acabando...