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UM OLHAR PANORÂMICO SOBRE OS DESAFIOS DO COMÉRCIO
ELETRÔNICO NO AMBIENTE DE NEGÓCIOS
ANTONIO GILDO LUZ PAIVA
RESUMOA questão do “Comércio Eletrônico” constitui-se como uma forma de fazer negócios através do computador. A realização desse estudo fundamentaliza-se em algumas discussões e reflexões sobre essa temática, fazendo uma abordagem sobre a globalização da economia, fenômeno que vem conquistando espaços em vários países, inclusive no Brasil. Sabe-se que as facilidades cada vez mais crescentes de acesso das diversas nações à Rede Mundial de Computadores (Internet) tendem a transformar o Comércio Eletrônico em uma das mais significativas portas de negócios, fazendo com que ocorra uma revolução silenciosa, que está mudando a forma pela qual se fará negócios no século XXI. Sendo possivel observa-se ainda que a atuação do Comércio Eletrônico no mercado mundial tem crescido de forma exponencial desde a popularização da Internet e sua afirmação como meio de fazer negócios. O propósito desta abordagem tem a pespercitiva de entender que a situação do Brasil neste cenário não é diferente. Cada vez mais empresas estão investindo em vendas pela Internet. No presente trabalho, se abordará algumas das formas pelas quais o Comércio Eletrônico muda as formas tradicionais das empresas fazerem negócios entre si e cria novos modelos de negócios e novas formas de organização.
Palavras-Chaves: Comércio Eletrônico. Internet. Negócios
ABSTRACT
The issue of "Electronic Commerce" was established as a way of doing business through the computer. The present study fundamentaliza in some discussions and reflections on this theme, making an approach to economic globalization, a phenomenon that is gaining spaces in several countries, including Brazil. It is known that the facilities ever-increasing access of different nations to the World Wide Web (Internet) tend to transform e Commerce in one of the most significant ports business, causing a quiet revolution occurring, that is changing way in which they do business in the twenty-first century. Being still possible to observe that the performance of Electronic Commerce on the world market has grown exponentially since the popularization of the Internet and its affirmation as a means of doing business. The purpose of this approach has pespercitiva to understand that Brazil's situation is no different in this scenario. More and more companies are investing in Internet sales. In the present paper, we will discuss some of the ways in which e-commerce changes the traditional ways companies do business with each other and create new business models and new forms of organization.
Key Words: Electronic Commerce. Internet. Affairs
1. INTRODUÇÃO____________________________________________________________________________________________________________
1-Graduado em Administração pela Universidade Vale do Acaraú - UVA2-Bacharel em Administração pela Faculdade Montenegro - FAM
É notável que o ambiente empresarial, tanto mundial como nacional, tem
passado por profundas mudanças nos últimos anos; as organizações passaram a realizar
seus planejamentos e a criar suas estratégias voltadas para o futuro de forma que alterem
as bases da competitividade empresarial.
Atualmente, algumas das características do novo ambiente empresarial, tais
como globalização, integração interna e externa das organizações, entre outras, têm
confirmado as tendências da criação e utilização do Comércio Eletrônico. E nesse novo
ambiente empresarial, as organizações dos vários setores vêm realizando ativamente
operações e processos influenciados pelas transformações externas. Assim, seja pelo
novo ambiente empresarial ou por força das influências entre os setores, todas as
organizações têm sido afetadas pela nova realidade do Comércio Eletrônico.
Essa situação tem exigido das organizações grande esforço para a assimilação e
utilização das tecnologias de informação referentes ao Comércio Eletrônico, em sua
operacionalização e em sua estratégia competitiva.
O conceito de Comercio eletrônico engloba a realização de toda a cadeia de
valor dos processos de negócio num ambiente eletrônico, não se restringindo
simplesmente à realização de transações comerciais de compra e venda de produtos e
serviços. Algumas vezes, esta abrangência não é reconhecida e acaba-se tendo uma
visão errônea e restrita de todo o potencial deste novo ambiente. ”(Albertin, 2000a)
Sabe-se que o Comércio Eletrônico é um tipo de transação comercial feita
especialmente através de um equipamento eletrônico, como, por exemplo, um
computador.Conceitua o como o uso da comunicação eletrônica e digital, aplicada aos
negócios, criando, alterando ou redefinindo valores entre organizações ou entre estas e
indivíduos ,ou entre indivíduos,permeando a aquisição de bens, produtos ou serviços,
terminando com a liquidação financeira por intermédio de meios de pagamento
eletrônicos.
O ato de vender ou comprar pela internet é em si um bom exemplo de comércio
eletrônico. O mercado mundial está absorvendo o comércio eletrônico em grande
escala. Muitos ramos da economia agora estão ligadas ao comércio eletrônico.
Seus fundamentos estão baseados em segurança, criptografia, moedas e
pagamentos eletrônicos. Ele ainda envolve pesquisa,desenvolvimento, marketing,
propaganda, negociação, vendas e suporte. Na visão de Kalakota e Winston (1997),
dependendo de para quem se pergunte.
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Segundo Albertin (2000a), “os sistemas de Comercio Eletrônico podem ter valor
significativo como uma alavanca para novas estratégias de gerenciamento de clientes”,
principalmente porque eles conectam compradores e vendedores, apoiam a troca de
informações entre eles, eliminam os limites de tempo e lugar, apoiam a interatividade,
podendo adaptar-se dinamicamente ao comportamento do cliente, e podem ser
constantemente atualizados.
Atualmente, existem basicamente dois grupos de opiniões e postura sobre o uso
de Comercio Eletrônico. No primeiro, estão as empresas que acreditam que a Internet
possui empresas que vendem um produto específico e seus vendedores ganham muito
dinheiro, ou ainda aquelas que acreditam que os investimentos no Comercio Eletrônico.
E devem ser realizados para o futuro, e que seu uso não apresenta praticamente nenhum
valor no presente.
No segundo grupo, estão as empresas que acreditam que podem obter
significativo valor no presente, com o uso deste comércio. Existem vários exemplos de
empresas nesse grupo, que estão explorando o Comércio Eletrônico para fins de
comunicação entre filiais, conectividade com clientes, e fornecedores, propaganda,
realização de transações comerciais etc. Essas empresas não têm deixado o ambiente de
Comercio Eletrônico por obterem valor para seu negócio, o que não acontece no
primeiro grupo.
A atuação do Comércio Eletrônico no mercado mundial tem crescido de forma
exacerbada desde a popularização da Internet e sua afirmação como meio de fazer
negócios. A situação do Brasil nesse cenário não é diferente, cada vez mais empresas
estão investindo em vendas pela Internet. Mas em que consiste a revolução silenciosa a
que estamos assistindo? Quais os desafios que as empresas estão enfrentando na era da
Internet? É evidente a necessidade de se apresentar as bases conceituais do Comércio
Eletrônico.
Portanto esta pesquisa aborda o Comércio Eletrônico com um enfoque mais
administrativo do que de Tecnologia de Informação, ou seja, aborda-se como estão
sendo considerados os vários aspectos gerenciais e estratégicos da utilização do
Comércio Eletrônico, bem como: seu valor, benefícios estratégicos e contribuições para
o sucesso das empresas.
Com base no conhecimento da situação atual e em sua análise, são identificadas
as principais tendências da utilização do Comércio Eletrônico. Assim sendo, o aspecto
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técnico relacionado ao Comércio Eletrônico não constitui o foco principal deste
trabalho, e sua descrição será limitada ao necessário para a visão administrativa.
Assim sendo, esta pesquisa apresentará as definições e os aspectos fundamentais
do Comércio Eletrônico, seguido de uma síntese do Comércio Eletrônico no Ambiente
Empresarial.
2- Conceituado o comércio eletrônico
Em seu período inicial, o Comércio Eletrônico ainda é caraterizado por um
ambiente onde a experimentação é dominante. Apesar desse quadro de incertezas, o
conceito de Comércio Eletrônico parece absolutamente real e definitivo. Comércio
Eletrônico Portanto é o canal mais moderno e simples de vendas, não envolve pesados
recursos de investimentos ou de pessoal e pode ser acessado com um browser através do
meio eletrônico mais difundido nos dias de hoje – a INTERNET.
É considerado como um iceberg do qual já não se pode mais escapar.. O
Comércio Eletrônico é uma atividade nova para que se tenha uma idéia precisa de onde
se pode chegar, mas não restam dúvidas que a Internet se transformou num magnífico e
dinâmico canal de compras.
Os lojistas "cibernéticos" estão investindo na compra de espaços nos shoppings
virtuais, pois é a fórmula mais eficiente e econômica de fixar sua imagem em meio aos
milhares de alternativas que a Web oferece para, aos poucos, também alavancar nas
vendas.
No Brasil, os shoppings eletrônicos ainda são poucos, considerando-se os
existentes no mundo lá fora, mas já mostram certo crescimento no mercado.
A facilidade de se fazer compras sem sair de casa e recebê-las em domicílio é a
grande aposta das empresas nas vendas online. Através da Internet é possível comprar
desde produtos de informática, até games, quadros e o cliente ainda pode escolher entre
pagar com cheque, cartão de crédito ou ecash, o dinheiro eletrônico.
A idéia de ser tremendamente perigoso passar os dados do cartão de crédito na
rede já não assusta mais o consumidor, porque sistemas de encriptacão e protocolos
como certificação digital da identidade de clientes e lojas já estão disponíveis e sendo
implantados.
Outro tipo de implementação de Comércio Eletrônico é o voltado para a
educação, ou seja, a EDMC – Educação à Distância Mediada por Computador.
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Ela tem uma longa história de experimentações, sucessos e fracassos, e surgiu
com a necessidade em atender às demandas por ensino e treinamento ágil, que já vinha
sendo oferecida através de outras modalidades como exemplo: por correspondência,
através do rádio, da televisão, e agora através de uma maneira mais interativa que é a
Internet. O conceito de Comercio eletrônico engloba a realização de toda a cadeia de
valor dos processos de negócio num ambiente eletrônico, não se restringindo
simplesmente à realização de transações comerciais de compra e venda de produtos e
serviços. Algumas vezes, esta abrangência não é reconhecida e acaba-se tendo uma
visão errônea e restrita de todo o potencial deste novo ambiente. ”(Albertin, 2000a)
Comércio eletrônico é um tipo de transação comercial feita especialmente
através de um equipamento eletrônico, como, por exemplo, um computador.Pode
também ser conceituado como o uso da comunicação eletrônica e digital, aplicada aos
negócios, criando, alterando ou redefinindo valores entre organizações ou entre estas e
indivíduos ,ou entre indivíduos,permeando a aquisição de bens, produtos ou serviços,
terminando com a liquidação financeira por intermédio de meios de pagamento
eletrônicos.
O ato de vender ou comprar pela internet é em si um bom exemplo de comércio
eletrônico. O mercado mundial está absorvendo o comércio eletrônico em grande
escala. Muitos ramos da economia agora estão ligadas ao comércio eletrônico.
Seus fundamentos estão baseados em segurança, criptografia, moedas e
pagamentos eletrônicos. Ele ainda envolve pesquisa,desenvolvimento, marketing,
propaganda, negociação, vendas e suporte.
Através de conexões eletrônicas com clientes, fornecedores e distribuidores, o
comércio eletrônico incrementa eficientemente as comunicações de negócio, para
expandir a participação no mercado, e manter a viabilidade de longo prazo no ambiente
de negócio.
Na mesma linha de pensamento, o e-business (electronic business) é o nome
atribuído as transações envolvendo troca de bens ou serviços entre duas ou mais partes,
utilizando-se a Internet.
De uma perspectiva de comunicações, o Comércio Eletrônico é a entrega de
informações, produtos/serviços, ou pagamentos por meio de linhas de telefone, redes de
computadores ou qualquer outro meio eletrônico.
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De uma perspectiva de processo de negócio, o Comércio Eletrônico é a
aplicação de tecnologia para a automatização de transações de negócio e fluxos de
dados.
De uma perspectiva de serviço, o Comércio Eletrônico é uma ferramenta que
endereça o desejo das empresas, consumidores e gerência para cortar custos de serviços,
enquanto melhora a qualidade das mercadorias e aumenta a velocidade de entrega do
serviço.
De uma perspectiva on-line, o Comércio Eletrônico provê a capacidade de
comprar e vender produtos e informações na Internet e em outros serviços on-line.
2.1-Comércio Eletrônico – Origem – Modelo – Vantagens- Futuro – Status
2.1.1-Origem
Sociedades de qualquer época sempre lançaram mão de todos os recursos
disponíveis para melhorar ou criar novas formas de comercializar bens. Hoje não é
diferente e todo o aparato tecnológico surgido neste século, incluindo aí o aparecimento
da Internet, criou uma imensidão de novos métodos para resolver os problemas básicos
de uma operação de compra que são simplificando muito o assunto; expor a mercadoria
ao comprador, estabelecer um método de pagamento e entregar a mercadoria depois do
negócio fechado.
O significado de comércio eletrônico vem mudando ao longo dos anos.
Originalmente, Comecio Eletronico significava a facilitação de transações comerciais
eletrônicas, usando tecnologias como Eletronic Data Interchange e Eletronic Funds
Transfer . Ambas foram introduzidas no final dos anos 70, permitindo que empresas
mandassem documentos comercias como ordem de compras e contas eletronicamente.
O crescimento e a aceitação de cartões de créditos, caixas eletrônicos, serviços
de atendimento ao cliente (SAC) no final dos anos 80 também eram formas de Comecio
Eletronico. Apesar de a internet ter se popularizado mundialmente em 94, somente após
cinco anos os protocolos de segurança e a tecnologia DSL foram
introduzidos,permitindo uma conexão contínua com a Internet.
No final de 2000, várias empresas americanas e européias ofereceram seus
serviços através da World Wide Web. Desde então, as pessoas começaram a associar à
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expressão ‘comércio eletrônico’ com a habilidade de adquirir facilidades através da
Internet usando protocolos de segurança e serviços de pagamento eletrônico.
Será que uma nova forma de comércio, a realizada através da rede pega?
Afinal, já existem tantos outros canais já consagrados: vendas por televisão e por
telefone; super, hiper, mega mercados de todos os tipos possíveis e imagináveis;
vendedores (ainda) ambulantes, etc.
Como qualquer outra atividade, o comércio eletrônico só vai se estabelecer se
ele trouxer vantagens evidentes se comparado com as formas "tradicionais" ou, se ele
preencher uma necessidade ainda não resolvida por estas mesmas formas. Ou seja, a
compra e a venda de bens e serviços através de lojas virtuais, construídas com as
ferramentas da Internet, só pegarão se oferecerem algo a mais para seus consumidores,
algo que seja melhor do que o que já existe ou que tão simplesmente não exista ainda.
2.1.2 – Modelo
O Modelo Integrado de Comércio Eletrônico possui várias subdivisões de seu
ambiente e da sua integração com o ambiente empresarial. Este modelo enfatiza seus
aspectos, valor, benefícios estratégicos e contribuições para o sucesso das organizações:
Políticas e regras públicas: Estão relacionadas com os aspectos legais de
regulamentação dos setores e mercados e das normas oficiais;
Políticas e padrões técnicos: Estão relacionados com os aspectos de
padronização para a compatibilização dos componentes do ambiente técnico,
políticas de tratamento e comunicação de informações;
Infovia Pública: É a rede formada tanto pela rede mundial Internet como pelos
serviços on-line que tenham ligações com esta, sendo que a ênfase é no acesso
livre e de baixo custo, e na integração entre os vários ambientes sem nenhuma
restrição, incluindo desde os terminais mais simples de acesso até meios de
comunicação mais sofisticados para grandes volumes de informações.
Aplicações e Serviços Genéricos: são aqueles oferecidos pelo ambiente, através
dos seus provedores, serviços on-line e fornecedores, disponíveis a todos, tais
como correio eletrônico, transferência de arquivos, salas virtuais, algoritmos e
softwares de criptografia;
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Aplicações de Comércio Eletrônico: São aquelas desenvolvidas com base nas
camadas anteriores e que atendam as necessidades de uma organização ou grupo
delas.
2.1.3 -Vantagens
Estas são as Vantagens do Comecio Eletronico para empresas:
A rede de loja(s) de negócio esta disponível 24 horas 7 dias por semana;
Possibilidade de desconto maior no produto tendo em vista o custo de
contratação de vendedores e sem repasse de comissões aos mesmos;
Não é necessário alugar uma loja física e investir em decoração, vitrines,
segurança e saneamento;
É reduzida a probabilidade de erros de interpretação no circuito com o
cliente , e mesmo com o fornecedor;
Tem Poupança nos custos associados com o cliente e com o fornecedor;
Há Baixo tempo de entregas das encomendas;
Facilidade no acesso a novos mercados e clientes, com reduzido esforço
financeiro;
A vantagem competitiva das grandes empresas para as pequenas é menor.
Um eficiente e atrativo portal de compras na Internet não necessita de um
elevado investimento financeiro. O cliente escolhe por quem lhe dá mais
confiança e melhor serviço;
Procedimentos associados as compras bastante céleres, permitindo as
empresas diminuir o tempo médio de recebimento, melhorando o seu
cashflow;Facilidade processamento de dados transmitido pelo CRM, como por
exemplos preferências e forma de pagamento dos clientes, assim como permite
a antecipação da evolução das tendências do mercado;
Contacto permanente com todas as entidades intervenientes no processo,
as interacção são mais rápidas, diminuindo os custos relacionados com a
comunicação.Conhecimento constante do perfil de clientes, seus hábitos e
regularidade de consumos;
Antecipação das tendências de mercado, disponibilidade permanente de
relatórios sobre os produtos mais visualizados, áreas mais navegadas;
Rapidez na divulgação de novos produtos ou promoções
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2..1.4 - Futuro do Comércio Eletrônico
Com a chegada de novas tecnologias o comercio eletronico vem sofrendo grandes
mudançashaja vista que as novas tecnologias estão dando "asas a imaginação" de
muitos marketeiros de plantão, com isso tem-se a aparição de novas modalidades de
comercialização.
Mobile Commerce
O Comércio Eletronico Móvel está cada vez mais se tornando uma realidade.
Segundo a ABI Research americana, se fechará 2010 com 2.4 bilhões de dólares em
vendas no varejo via celular. Já existem previsões de que em 2012 o celular irá superar
o PC como o principal gadget de acesso a internet . Existe a previsão de que tudo será
resolvido através do celular, e as vendas no varejo não serão exceção.
Television Commerce
Dada a presença massiva da Televisão no Brasil e os avanços do Ginga, a
plataforma de Televisão Digital Interativa do SBTVD, em breve as compras poderão ser
feitas durante os anúncios e inserções nos programas de TV. Uma das principais
características desta forma de e-commerce é a redução do tempo entre o anúncio e uma
venda, o que deverá aumentar ainda mais os números do e-commerce no país. Em 2016
o sinal de TV analógica (como conhecemos) no Brasil deve ser desligado e a maioria
das TVs - hoje presentes em mais de 90% dos lares brasileiros - deverá contar com
recursos de interatividade que permitirão o T-commerce.
SNO (Social Network Optimization)
Redes sociais são a verdadeira febre do momento na internet. E como todo bom
"marketeiro" não pode deixar essa possibilidade passar, grandes redes de e-commerce já
começam a usá-las como ferramenta de marketing viral, atingindo diretamente seus
clientes.
Lojas Virtuais Privadas
Isso ainda está "engatinhando" no Brasil, mas teve um grande crescimento no
EUA em 2009. Quando uma grande loja virtual decide queimar seus estoques, está
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precisa fazer de uma maneira mais privada criando sites fechados onde somente um
grupo seleto de usuários de seu site aberto tem a possibilidade de acessar.
Produtos Virtuais
Hoje é realidade, grandes lojas como Saraiva e Submarino já oferecem
produtos virtuais como filmes, jogos, softwares, livros entre outros. Cada vez mais se
torna uma forma prática de ecommerce, tanto para o comprador (este não se preocupa
em perder um livro, ou estragar um DVD, pois tudo é digital e pode ser feito download
a qualquer momento após a compra) como para o venderdor (este não precisa de
estoque por exemplo). E com a chegada do Kindle e principalemente do IPad ve-se que
esse será um dos pontos fortes do comercio eletronico nos próximos anos.
Tecnologias Alternativas de Pagamento
O Comércio Eletrônico não pode se restringir apenas em boletos bancários ou
cartões de crédito. Quantos mais alternativas de pagamento melhor. Tem-se o caso do
PayPal que é uma forma segura e cada vez mais utilizada como opção de pagamento.
Novas tecnologias podem surgir e com isso aumentar mais ainda a abrangência do
Comercio Eletronico.
2.1.5- Status do Comércio Eletrônico no Brasil
De a cordo com informações contidas em algumas pesquisas mais de 21
milhões de pessoas acessaram uma loja online em 2009, um número de expressão,
mesmo levando em conta que dos 21 somente 12 milhões efetuaram uma compra
(muitos ainda utilizam sites de loja para fazerem pesquisas de preços). E porque isso? A
pesquisa feita pelo Datapopular mostrou que 61% dos internautas de baixa renda
costumam conferir os produtos em lojas físicas antes de fechar a transação pela internet,
ou tem medo de cometerem um erro no momento da compra e não encontram garantias
nos varejistas virtuais atualmente, que façam eles transitarem da compra em loja física
para a virtual.
Segundo tal pesquisa, a insegurança ainda é um obstáculo que o Comércio
Eletronico esbarra quando se trata do brasileiro de menor poder aquisitivo. Mesmo
assim o Brasil é o segundo país com maior índice de preocupação com transações
financeiras on-line, ficando atrás apenas da Alemanha, e a frente de grandes potências
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econômicas como o USA em estudo feito pela Unisys. Em uma escala de 0 a 300, onde
0 representa a não preocupação com a segurança e 300 preocupação elevada, o Brasil
obteve 146 pontos (Alemanha ficou com 156 e o México, terceiro lugar, com 141) .
2.2-Contribuições Benefícios e Valor do Comércio Eletrônico
Segundo algumas hipóteses levantadas por Klein, Pigneur e Schmid (1996),
para analisar o papel das tecnologias de informação e comunicações como
contribuidoras para o sucesso das empresas, defrontou-se com mudanças na economia e
no mercado, tais hipóteses são aqui denominadas de Contribuições do Comércio
Eletrônico para o Sucesso das organizações, que podem ser assim resumidas em três
categorias:
Comércio negócio a negócio.
A visão tradicional de uma empresa com fronteiras claras, relações limitadas
com parceiros e mercados estáveis, está evoluindo. Atualmente, as tecnologias de
informações e comunicações podem alavancar um redesenho das relações
interorganizacionais, permitindo às companhias: melhorar a coleta de informações sobre
seu ambiente de além de suas fronteiras, estabelecer parcerias com seus clientes e
fornecedores; e compartilhar plataformas e mercados eletrônicos com seus concorrentes.
Alcançando os consumidores.
As empresas se comunicam com seus clientes por meio de várias mídias. Por
muitos anos, as tecnologias de informação e comunicações vêm alterando
profundamente a visão tradicional de mídia de marketing, na compra e venda a varejo.
Os ambientes intermediados por computadores, tal como a Internet, permitem outra
maneira de alcançar os consumidores, e projetar compradores e vendedores online, para
incrementar seu gasto on-line, para serem: ”melhores na comunicação com seus
clientes; mais eficientes nas suas relações de vendas com seus clientes; e mais atraentes
nos seus mercados de consumo”. (Alberto Luiz Albertin RAC, v. 3, n. 1, Jan./Abr.
1999)
O setor público
.
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Em muitos países, os Governos claramente desempenham um papel
significativo no comércio eletrônico e nos mercados eletrônicos, assim como eles
fizeram no desenvolvimento de infra-estruturas anteriores, como ferrovias, aviação e
auto-estradas. Nos seus vários papéis de regulador, educador e promotor, o Governo e
as administrações públicas podem utilizar as tecnologias de informações para
estabelecer as regras e a estrutura de incentivo, que irá auxiliar a determinar às escolhas
do setor privado.
2.2.1-Benefícios Estratégicos de Comércio Eletrônico
Além dessas contribuições e com base nos modelos sobre estratégia competitiva,
foram formuladas nove proposições dos efeitos de Comércio Eletrônico na dinâmica de
uma indústria, denominadas aqui Benefícios Estratégicos de Comércio Eletrônico, que
podem ser divididas em três categorias como em seguida se discriminam:
Estratégias competitivas genéricas. O Comercio Eletronico proporciona
vantagens de custos, permite diferenciar seus produtos e serviços e possibilita melhor
relacionamento com clientes.
Novos entrantes e produtos substitutos - permite a entrada mais fácil em alguns
mercados; possibilita estabelecer barreiras de entrada e auxilia a introdução de produtos
substitutos.
Intermediação e desvantagem estratégica. O Comércio Eletrônico torna mais
fácil a eliminação de intermediários; por outro lado, facilita o surgimento de novos
intermediários que adicionem valor por meio de informação, e permite novas estratégias
competitivas com o uso de sua tecnologia.
2.3 - Valor de Negócio de Comércio Eletrônico
Outra abordagem, utilizada para melhor entendimento dos possíveis efeitos do
Comercio Eletrônico nas organizações, refere-se aos componentes do Valor de Negócio
de Comércio Eletrônico, que podem ser divididos por tipo de benefício que ele oferece à
organização:
2.3.1-Benefícios diretamente mensuráveis, quantitativos.
Promoção de produtos.
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Novo canal de vendas.
Economia direta.
Inovação de produtos.
Tempo para comercializar.
Serviço a clientes.
2.3.2- Benefícios indiretos, qualitativos.
Novas oportunidades de negócio.
Relacionamento com clientes.
Imagem de marca ou corporativa.
Aprendizagem de tecnologia e laboratório organizacional.
2.4-Aspectos de Comércio Eletrônico
Bloch, Pigneur e Segev (1996) definiram e analisaram seis aspectos a serem
considerados nos estudos e nas aplicações de Comercio Eletronico, que eles
denominaram variáveis externas ao modelo por eles elaborado. A esses aspectos foram
acrescentados mais dois, que são os últimos.
Relação com clientes.
As primeiras experiências com Comercio Eletronico no setor bancário, o qual
tem sido pioneiro no uso de sistemas eletrônicos, podem ser utilizadas para o
aprendizado de alguns perigos potenciais e aspectos a serem considerados. Essa situação
leva a projetar sistemas de Comercio Eletronico que incorporem oportunidades para
compreender os clientes e para a venda pró-ativa de novos produtos.
Privacidade e segurança.
Outra fonte potencial de problemas é a preocupação dos clientes com
privacidade e segurança, que poderia levar a uma forte reação contra os fornecedores
que utilizam tais sistemas, ou simplesmente a não-utilização desses sistemas por parte
dos clientes.
Sistemas eletrônicos de pagamento.
As transações eletrônicas de negócio somente podem ter sucesso, se as trocas
financeiras entre compradores e vendedores puderem acontecer em ambiente simples,
universalmente aceito, seguro e barato. Os tipos de sistemas eletrônicos de pagamento
são: dinheiro eletrônico (e-cash); cheque eletrônico (e-check); cartões inteligentes
(smart cards); cartões de crédito; e cartões de débito.____________________________________________________________________________________________________________
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Adoção
A chave para o sucesso do sistema de Comercio Eletronico para clientes
certamente é uma grande adoção desses tipos de tecnologias por parte dos clientes.
Aspectos de implementação
A maioria dos envolvidos com tecnologia acreditam que uma tecnologia sozinha
não resolve aspectos nem cria vantagens, mesmo as de Comercio Eletronico. A
tecnologia precisa ser integrada a uma organização, com os aspectos de gerenciamento
de mudanças relacionados com a resistência das pessoas a novos conceitos e idéias.
Comprometimento organizacional.
Este aspecto refere-se ao comprometimento organizacional necessário para
utilizar com sucesso um sistema de Comercio Eletronico.
Aspectos legais.
Os aspectos legais, por exemplo, a regulamentação de um setor, podem
restringir a aplicação de Comércio Eletrônicos, seja pela obrigatoriedade de documentos
e presença física, seja pela não consideração de suas formas de negócio e seus
processos.
Competitividade
Um dos impactos mais interessantes do Comércio Eletrônico na intermediação
é a mudança na estrutura de distribuição de uma indústria, principalmente em relação
aos intermediários.
3. Comércio Eletrônico e o Ambiente Empresarial
Nos últimos anos o ambiente empresarial tem vivenciado várias mudanças,
mudanças estas que têm definido novos contornos para os vários setores da economia e
seus relacionamentos internos e externos, inclusive com os clientes e/ou consumidores.
É sabido que o ambiente empresarial atual, em parte, tem exigido que a
Tecnologia da Informação ofereça soluções e suporte para suas novas necessidades, e,
por outro lado, exige a identificação e aproveitamento de novas oportunidades que a
esta oferece.
Apresenta-se a seguir algumas das principais características do novo ambiente
empresarial que são: globalização, economia digital, mercado eletrônico, integração
eletrônica, personalização em massa, estratégias de negócio, processo de compras e
negócios eletrônicos. Tais características estão diretamente relacionadas com o
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Comercio Eletronico, principalmente por este ser um de seus grandes facilitadores e
viabilizadores.
3.1 - Globalização
De acordo com Daniels e Daniels (1996), a globalização é mais do que fazer
negócios em determinado número de países em todo o mundo. A globalização envolve
fazer negócios em todo o mundo, de uma nova maneira, equilibrando as qualidades de
seus produtos ou serviços com as necessidades específicas das diversas bases de clientes
locais. Fazer negócios dentro desse escopo implica determinar quem são os
consumidores globais ou os clientes globais de seus produtos e serviços. Esses
consumidores globais podem ser grandes clientes com operações em muitos países, que
querem contratos globais de vendas e de prestação de serviços ou podem ser pessoas em
todo o mundo que, pelo acesso à infra-estrutura de informação global, passaram a
desejar os mesmos produtos, independentemente do local em que vivem ou estão.
3.2 - Economia Digital
Segundo argumento de Tapscott (1996), a economia para a era da inteligência
em rede é uma economia digital. Na velha economia, o fluxo de informação era físico:
dinheiro, cheques, faturas, notas de embarque, relatórios, reuniões face a face, mapas,
fotografias etc.Na nova economia, a informação, em todas suas formas, torna-se digital -
reduzida a bits armazenados em computadores e correndo na velocidade da luz, por
meio das redes. O novo mundo de possibilidades, então criado, é tão significativo como
a invenção da própria linguagem, o antigo paradigma em que todas as interações
fisicamente ocorriam.
A nova economia é conhecida como economia de conhecimento, baseada nas
aplicações do conhecimento humano a tudo que produz e como se produz. Nesta, o
valor adicionado será cada vez mais criado pelo cérebro e menos pelos músculos.
Esta economia está criando tendências conflitantes, exigindo que as
organizações repensem suas missões. Ambientes virtuais e vários outros fatores estão
pressionando a estrutura de custo de grandes empresas. O tempo para alcançar o
mercado é crítico quando os produtos têm uma vida competitiva de um ano, um mês,
uma semana, ou algumas horas, como no caso de produtos financeiros.
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A inovação, mais que o acesso a recursos ou capital, tem-se tornado crítica. Os
clientes têm mudado, criando a expectativa de que as empresas precisam prover melhor
qualidade, produtos adequados, rapidez, num preço mais baixo, com melhor serviço e
garantia de responsabilidade social.
Na economia digital, a competição não vem somente dos concorrentes, ela vem
de qualquer lugar. “Quando a informação se torna digital e em rede, as barreiras caem e
nenhum negócio está a salvo de riscos". (Albertin, 2000a)
Segundo Albertin (2000a), a nova economia pode ser diferenciada da antiga a
partir de 12 temas, apresentados a seguir, os quais possibilitam uma melhor
compreensão da transformação de negócio, que é exigida das empresas que buscam seu
sucesso.
Conhecimento.
A nova economia é uma economia de conhecimento. Apesar da Tecnologia da
informação possibilitar este tipo de economia, o conhecimento é criado por seres
humanos. Este conhecimento (contido nos produtos e nos serviços) está em
crescimento, e a informação e a tecnologia tornam-se parte dos produtos e serviços.
Na nova economia, os ativos-chave das organizações são os ativos inteligentes,
os chamados trabalhadores de conhecimento.
Digitalização.
A digitalização está baseada no conceito de que a comunicação, interna e
externa à organização, e as transações passam a ser baseadas em sistemas binários.
Obviamente, essa situação tem por base o sistema binário que os computadores utilizam
para o tratamento das informações.Por exemplo, podem-se trocar os sistemas de
telefonia analógicos, por comunicação digital, que é mais eficiente e compatível com a
forma de tratamento dos computadores digitais.
Virtualização
No Comércio Eletrônico as características físicas podem tornar-se virtuais,
alterando as formas de se fazer negócios, os tipos de organizações e os relacionamentos
possíveis. Permitindo que uma empresa deixe de ser fundamentalmente baseada em sua
forma física, para passar a ser virtual, por exemplo: as lojas tradicionais passam a ser
lojas virtuais, aonde os vendedores e clientes também são virtuais.
O Comercio Eletrônico é essencialmente virtual, uma vez que as transações e
os processos são realizados num ambiente virtual, sem nenhuma necessidade da
existência de ambiente físico correspondente.
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Molecularização
A molecularização está relacionada com a substituição das estruturas
convencionais por conjunto de entidades e indivíduos. As empresas deixam de ter sua
estrutura organizacional tradicional, hierárquica e dividida em áreas funcionais,
passando a ter suas funções realizadas por grupos de trabalhos, entidades externas ou
comunidades de profissionais, etc., que passam a ser moléculas a interagirem para o
cumprimento do objetivo organizacional.
Integração/Interconexão em Rede.
A nova economia é uma economia em rede, integrando moléculas em
conjuntos que se conectam em rede com outros para a criação de riqueza. O Comercio
Eletrônico, que é a realização de toda a cadeia de valor dos processos de negócio num
ambiente eletrônico, evidencia o ambiente digital baseado numa Infovia que permite a
integração e a interconexão em rede de todos os componentes dos processos de negócio.
Desintermediação
Nesta Nova Economia, não haverá a eliminação total dos intermediários
(desintermediação); mas, com a possibilidade de acesso direto entre as partes envolvidas
e a facilidade de surgimento de novos intermediários, aqueles que não adicionarem
valor tendem a desaparecer rapidamente. A competência de intermediação simples,
mesmo que eletrônica, é destruída, e a competência de adicionar valor na intermediação
deve ser construída.
Convergência.
No passado alguns setores econômicos e tecnológicos atuavam de maneira
separada ou no máximo tinham alguma atuação integrada. Essa situação foi tida como
tendência em anos não muito distantes, porém agora já se configura como uma realidade
a ser considerada pelas empresas que desejam inserir-se no ambiente digital.
Os computadores, com sua redução de custo, miniaturização, etc, passaram a
ser amplamente utilizados por todos os níveis de empresas. Essa situação passou a
exigir que esse setor voltasse sua atenção para a comunicação entre esses equipamentos.
Por outro lado, o setor de comunicação, passou a ser exigido em prover
maiores e melhores meios de comunicação de uma forma geral e especificamente entre
os computadores e suas várias redes.
Com a crescente comunicação entre os computadores, ganhou mais
importância a área de conteúdo. Com isso, os setores econômicos passaram a convergir
para formar uma integração tão forte que praticamente representa um novo setor
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composto dessas três áreas, não sendo mais possível administrar essas áreas de forma
distinta e isolada.
Isto também é verificado no ambiente essencialmente tecnológico, que passou
a integrar definitivamente essas três tecnologias e suas soluções, como uma coisa só.
4- CONSIDERAÇÕES FINAIS
Conforme abordado nesta pesquisa pode-se entender o que é comércio
eletrônico e como ele está começando a se desenvolver no país.
O clima que se vive atualmente é o da mais pura expectativa, pois ainda são
raros os casos de sucesso verídico.
O despertar do desejo das empresas de participar desse mundo virtual, mágico
e potencialmente rentável está simplesmente baseado no sucesso de outros países e
outras culturas. As mais arrojadas já estão investindo em soluções de comércio
eletrônico, visando ganhar experiência para assumirem a dianteira quando esse mercado
de fato estourar.
Por enquanto, os resultados não são muito animadores e os investimentos para
entrar e manter-se na web ainda superam os ganhos obtidos com as vendas virtuais. Mas
se de um lado não há ganhos fantásticos, de outro não há prejuízos.
No mínimo a empresa disponibiliza para seus clientes mais um canal de venda,
fica mais exposta não apenas no país, mas no mundo todo, porque a Internet não tem
fronteiras, e ainda passa uma imagem de vanguarda.
Do ponto de vista do consumidor, a explosão do Comércio Eletrônico no
Brasil está em um estágio que não depende mais de tecnologia e sim de quebra de
barreiras culturais.
No Brasil o assunto ainda é abordado muito mais pelo lado da curiosidade do
que pelo de negócios. "Os efeitos da Internet ainda são mínimos para a grande maioria
da população do país.
Embora seja correto afirmar que hoje a Rede é um veículo alcance de qualquer
empresa, seria um exagero pensar que ela é um meio democrático disponível para
todos", afirma Roberto Stelling, gerente geral para a América Latina da Open Text. Mas
é um segmento que tende a crescer significativamente nos próximos anos.
As condições geográficas do país estimulam o uso da Internet, embora as
condições sócio-econômicas ainda sejam um freio.
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Vale Lembrar que até poucos anos atrás o próprio computador era uma
realidade distante. Hoje ele já está presente na vida de praticamente todos os
profissionais das grandes metrópoles do país.
A curiosidade e as facilidades proporcionadas pelo computador estão
praticamente encurralando as pessoas. Isto, aliando a preços mais acessíveis está
induzindo a população a este caminho. Está se percorrendo a uma velocidade que
impressiona, pois hoje já se chega aproximadamente ao gigantesco número de quatro
milhões de internautas.
Se analisem as tendências que as empresas estão prevendo, brevemente o
Brasil será um dos maiores mercados de consumidores do planeta web.
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