Post on 09-Feb-2019
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
A APRENDIZAGEM ESCOLAR E AS CONTRIBUIÇÕES DA
NEUROCIÊNCIA COGNITIVA
Almir Pinto Teixeira Alves Filho
Orientador
Profª. Dra. Fernanda Canavez
Rio de Janeiro
2012
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
A APRENDIZAGEM ESCOLAR E AS CONTRIBUIÇÕES DA
NEUROCIÊNCIA COGNITIVA
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em Psicopedagogia
Institucional, sob a orientação da Profª. Dra.
Fernanda Canavez
3
AGRADECIMENTOS
Agradeço a DEUS, meus familiares,
professores, amigos, colegas de turma
e a todos que passaram pela minha
estrada e que consciente ou
inconsciente contribuíram para meu
aprendizado.
4
“A educação cognitva , visando
de forma harmoniosa o
desenvolvimento cognitivo e emocional
dos indivíduos, tem como finalidade
proporcionar e fornecer ferramentas
psicológicas que permitam maximizar
a capacidade de aprender a aprender,
de aprender a pensar e a refletir, de
aprender a transferir e a generalizar
conhecimentos e de aprender a
estudar e a comunicar, muito mais do
que memorizar e reproduzir
informação.”
Vitor da Fonseca, 2011, 09 e 10.
5
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho a minha grande
mãe: Valéria Ramos Farias; meus irmãos;
meus amigos, que estão sempre presente
em minha trajetória pessoal e profissional
e aos colegas de turma e professores,
que juntos fomos construindo
conhecimento e que futuramente se
transformará em SABER.
6
RESUMO
O presente trabalho tem como base aprofundar a pesquisa bibliográfica
no campo da neurociência cognitiva e sua relevância para a psicopedagogia.
O objetivo principal deste estudo é compreender a aprendizagem sob o
olhar da neurociência e o porquê da importância do estudo para futuros
psicopedagogos.
Sem o estudo do cérebro – o órgão da aprendizagem e aos aspectos
relacionados à sua estrutura e funcionamento e a sua dinâmica para o
aprendizado infantil.
Ao final, podemos concluir que a relação entre os dois campos de saber
é a aprendizagem, como se processa e a importância para a atuação do
profissional especializado na aprendizagem.
7
METODOLOGIA
O seguinte trabalho fundamenta–se na pesquisa exploratória e
bibliográfica. Foram estudados autores que fundamentam seus saberes nas
áreas de neurociência e aprendizagem. O objetivo deste estudo é transcrever
como a aprendizagem se dá pelos conhecimentos da neurociência cognitiva.
Como referencial teórico para a elaboração desta pesquisa foram utilizados os
seguintes autores: Carvalho & Flor; Cosenza & Guerra; Cunha; Fonseca;
Izquierdo; Metring; Moraes; Pantano & Zorzi(organizadores) e Relvas. Todos
indicados no referencial bibliográfico.
8
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 9
CAPÍTULO I - ANATOMIA E FISIOLOGIA
DO SISTEMA NERVOSO 10
CAPÍTULO II - CONCEITOS LIGADOS À
APRENDIZAGEM E NEUROCIÊNCIA 18
CAPÍTULO III – RELAÇÃO DA NEUROCIÊNCIA
COGNITIVA E A PSICOPEDAGOGIA 26
CONCLUSÃO 31
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 32
ÍNDICE 34
9
INTRODUÇÃO
Não há como pensar em aprendizagem sem entender como nosso
sistema nervoso funciona. E esse entendimento só é possível pelos estudos
em neurociências e para ser mais objetivo nos estudo da neurociência
cognitiva.
Nos últimos 25 anos, profissionais médicos, psicólogos, cientistas,
educadores tentam compreender a aprendizagem à luz da neurociência
cognitiva – tida como a ciência do cérebro ou ciência que estuda a anatomia e
o funcionamento do sistema nervoso e como acontece a aprendizagem em
nível cerebral. É esse é o foco desta pesquisa.
No capítulo 1 será descrito a anatomia e fisiologia do cérebro,
No 2º capítulo serão investigados conceitos importantes que transitam
pela neurociência e pela aprendizagem. Entender a importância da atenção,
que influência nas nossas escolhas, comportamentos e na própria
aprendizagem. Conceituar memórias e entender a relação entre atenção,
memória e o aprender. Abordar como a emoção e a motivação contribuem
para facilitar a aprendizagem. E por último nesse capítulo a plasticidade
cerebral, que é um aspecto importantíssimo para todos profissionais que
acreditam que todos podem aprender, no seu tempo e com outros caminhos.
A neurociência cognitiva e a sua relação com a psicopedagogia são os
tópicos deste 3º capítulo. Onde se torna claro, entender que a aprendizagem é
um processo dinâmico e único. E sem os estudos da neurociência, esse
entendimento não seria compreendido.
10
CAPÍTULO I
ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO
Para aprender serão necessários bases neurológicas íntegras. Cada
aluno aprende de forma única. Não há aprendizagem igual para todos os
alunos. É com a neurociência, vários especialistas das áreas da saúde e da
educação começam a entender como se dá o processo de aprendizagem em
nível cerebral.
1.1 Conceitos Anatômicos:
O sistema nervoso é dividido em sistema nervoso central (formado pelo
encéfalo – subdividido em cérebro, cerebelo e tronco encefálico e a medula
espinhal) e pelo sistema nervoso periférico (formado por nervos cranianos e
medulares, as estruturas sensoriais e os gânglios nervosos). O foco deste
trabalho será o cérebro, órgão do sistema nervoso central e localizado no
crânio (cabeça).
O cérebro humano corresponde a 2% da estrutura corporal do ser
humano. É conhecido pelo órgão da razão e da emoção, ou seja, o que
pensamos e sentimos é processado pelo cérebro. O mesmo é dividido em dois
hemisférios: o hemisfério esquerdo ou dominante ou principal, responsável
pelo raciocínio lógico e linguagem oral e o hemisfério direito ou subordinado
ou secundário, responsável pela simbolização e criação. Na área do hemisfério
esquerdo existem duas localizações importantes e que receberam o nome de
acordo com seus pesquisadores: no século XIX, um neurologista francês
encontrou uma lesão no lobo frontal esquerdo em um paciente, que
compreendia a fala, porém não era capaz de falar (afasia), esta área ficou
conhecida como área de Broca; pouco tempo depois, um outro cientista
11
descobriu que na junção lateral esquerda entre os lobos temporal e parietal,
alguns pacientes eram impossibilitados de compreender o que lhe diziam,
apesar de falarem com fluência, porém sem sentido. Essa área leva o nome
de área de Wernicke.
Os hemisférios cerebrais são ligados por um feixe de filamento nervoso
denominado de corpo caloso. A função do corpo caloso é a de comunicação
entre os dois hemisférios, transmitindo a memória e a aprendizagem entre
eles. Uma outra especificidade do cérebro é denominada de ligação cruzada,
isso quer dizer que o lado direito do cérebro comanda o lado esquerdo e o lado
esquerdo comanda o lado direito – isto é chamado pelos neurocientistas de
contralateralidade.
1.1.1Partes do Cérebro:
O cérebro é constituído por uma massa cinzenta e branca, que são as
células neuronais e células gliais, respectivamente. A porção externa do
cérebro é denominada de córtex cerebral. O córtex é tido também como a
região mais complexa do cérebro humano. No córtex cerebral existem bilhões
de neurônios e cada qual desenvolvendo sua função. Entre as funções, estão
a memorização, a atenção, a consciência, a linguagem, a percepção e o
pensamento. O córtex é dividido em lobos. São quatros os lobos cerebrais:
lobo frontal, lobo occipital, lobo parietal e lobos temporais. Os lobos recebem
estes nomes de acordo com a região óssea do crânio em que estão
localizados.
1. Lobo Frontal: também chamado de neocórtex, o maior de
todos os lobos, está localizado na região da testa. Incluem o
córtex motor, pré–motor e córtex pré-frontal. Tem como
atividades planejar ações, os movimentos, o pensamento
abstrato e a vontade. É considerada a área mais estuda pelos
neurocientistas.
12
No córtex pré-frontal estão funções como decisão,
ordenação e avaliação dos movimentos.
2. Lobo Occipital: localizado na região da nuca. É responsável
pela visão, ou seja, os estímulos visuais. Possuem duas
importantes áreas, a área visual primária, que percebe o
objeto visualizado e a área visual secundária, que faz a
identificação do objeto.
3. Lobo Parietal: localizado na região superior do crânio.
Subdivide-se em duas regiões: a anterior ou córtex
somatossensorial, que recebe as sensações como tato, dor e
temperatura; e a posterior; que é uma área secundária, que
realiza a análise, interpretação e integração das informações
pela área anterior.
4. Lobo Temporal: localiza-se na região acima das orelhas. Tem
como responsabilidade à audição, ou seja, os estímulos
auditivos. Assim como o lobo occipital, também possui uma
área auditiva primária: é estimulada quando ouvimos os sons
e uma área auditiva secundária: que recebe e identifica os
sons que captamos.
1.1.2 Células Nervosas:
O cérebro é formado basicamente por dois tipos de células: os
neurônios e as células gliais.
Os neurônios são as células nervosas que tem como função a condução
dos impulsos elétricos. Os neurônios são formados de dendritos (que são os
terminais de recepção), o corpo celular (responsável pelo metabolismo celular
e pela síntese dos neurotransmissores) e os axônios (terminais de
transmissão). A maior habilidade dos neurônios são o processamento e a
transmissão das informações do meio (através dos sentidos) para o cérebro.
13
“O uso do termo “neurônio” foi
adotado, em 1891; e de forma resumida,
foram definidos no início do século XX,
quatro pressupostos fundamentais sobre
os neurônios:
1. A unidade estrutural e funcional do
sistema nervoso é o neurônio.
2. Os neurônios são células
individualizadas, sem conexões diretas
entre si.
3. O neurônio tem três partes básicas: os
dendritos, o corpo celular (onde está o
núcleo da célula) e o axônio.
4. A condução do impulso nervoso é
unidirecional, ocorrendo sempre do
dendrito ao corpo celular e deste para
o axônio.( Cunha, 2011, 52).”
As células gliais são responsáveis por manter a coesão ou ligação entre
os neurônios, sustentando-os e auxiliando em suas funções. Nas células gliais,
a comunicação ocorre de forma química, diferente dos neurônios, onde essa
comunicação faz-se eletricamente. Cada neurônio possui em média de dez a
cinquenta células gliais, que o auxiliam em suas funções. Entre as principais
funções das células gliais, estão:
1. Manter a estrutura do sistema nervoso, posicionando os neurônios;
2. Produção da bainha de mielina;
3. Atuando como células do sistema imunológico, fazendo uma “faxina",
ou seja, removendo as células mortas;
4. Capacitando e reciclando os neurotransmissores.
A mielina é uma substância gordurosa, de coloração branca, que tem
ação envolvente (envolve o axônio) e isolante, que melhora e acelera a
14
transmissão dos impulsos nervosos e está dentro das células gliais. As células
gliais que tem a responsabilidade pela produção da bainha de mielina são
chamadas de células de Schwann.
“Em humanos, o processo de mielinização
dos nervos ocorre no fim da gestação e
principalmente no 1º ano de vida,
prolongando-se até cerca de seis anos de
idade, quando adquirimos a coordenação
motora fina, época historicamente
associada ao início da alfabetização e da
escrita estudada em psicologia do
desenvolvimento. (Cunha, 2011,50).”
1.1.3 Sinapses e Neurotransmissores:
O espaço físico entre os neurônios é chamado de sinapse. A sinapse
ocorre entre as terminações nervosas dos axônios (porção final dos neurônios)
com a membrana dos dendritos (porção inicial de um 2º neurônio). Essa
comunicação pode ocorrer para muitas outras células nervosas.
As sinapses podem ser: citoplasmática ou elétricas, são raras e mais
simples ou químicas, são mais comuns e os neurônios se comunicam através
de neurotransmissores.
“De acordo com (Kandel, Schwartz &
Jessel, 2000 ipud Cunha, 2011, 58). O
tamanho dos neurônios e o número de
conexões possíveis é bastante variável,
tornando a rede neuronal muito complexa.
Uma célula nervosa da medula espinhal
15
recebe em média 10.000 conexões
sinápticas de outros neurônios, enquanto
no cerebelo, uma célula de Purkinje recebe
até 150.000 conexões.”
“... embora os neurônios possam fazer
novas conexões com milhares de outros
neurônios, apenas algumas sinapses
serão acionadas, enquanto outras
permanecerão “desligadas”, determinando
assim as rotas que as informações devem
tomar. (Cunha, 2011,64).”
Ainda, de acordo com Cunha, 2011,64; existem mais de 90
substâncias naturais (endógenas – que o próprio organismo produz) capazes
de exercer algum tipo de efeito nas sinapses nervosas. Essas substâncias são
os neurotransmissores.
É através dos neurotransmissores que ocorre o impulso nervoso de um
neurônio para o outro, ou seja, para acontecer a sinapse é preciso que exista
uma célula nervosa que irá transmitir e uma outra que deverá receber. A
membrana que libera os neurotransmissores é chamada de pré-sináptica e a
membrana que recebe esses neurotransmissores na outra célula nervosa é a
pós-sináptica.
1.2 Fisiologia Cerebral
O cérebro é o órgão do nosso corpo que mais consome energia. E que
também não possui capacidade de armazenamento (glicose e oxigênio).
16
Nossas percepções sensoriais são unidas aos neurônios através dos
dendritos e reunidos em nervos (conjunto de vários neurônios) até determinada
parte de nosso órgão cerebral.
“Para Cunha, (2011,58); os neurônios,
fisiologicamente, podem ser classificados
em neurônios sensoriais: que recebem
informações do meio externo e conduzem
impulsos até o sistema nervoso central;
neurônios de associação e neurônios
motores: que conduzem impulsos do
sistema nervoso até músculos ou órgãos
efetores.”
Tudo o que percebemos, sentimos, ouvimos, vemos, ou seja, tudo o
estímulo que está presente em nosso meio ambiente (meio externo) precisam
ser captados por células receptoras que estão aptas para receber alguns tipos
de estímulos. O exemplo disso são os nervos ópticos que encaminham o que
enxergamos ao nosso cérebro.
1.2.1 Classificação Fisiológica do Sistema Nervoso
Quanto a sua fisiologia o nosso sistema nervoso pode classificado em:
1. Sistema Nervoso Somático: são todas as ações e movimentos que
realizamos de forma voluntária e podemos controlar. Tarefas como
andar, ler, escrever são exemplos de funções do nosso sistema
nervoso simpático.
2. Sistema Nervoso Autônomo: tem como função as atividades
involuntárias e inconscientes do nosso organismo, que não
podemos controlar. Digestão, controle da pressão arterial, dos
batimentos cardíacos, produção de urina são algumas ações do
sistema nervoso autônomo.
17
O sistema nervoso autônomo é dividido em:
2.1 Sistema Nervoso Simpático: é secretado pelo neurotransmissor
noradrenalina. Seu modo de ação é determinado por atos como
ataque e defesa do ser humano.
2.2 Sistema Nervoso Parassimpático: é secretado pelo
neurotransmissor acetilcolina. É bem mais complexo anatômico e
fisiologicamente que o sistema simpático, além de atuar de forma
antagônica.
S. N. PARASIMPÁTICO S. N. SIMPÁTICO
Contrai a pupila Dilata a pupila
Estimula a salivação Inibe a salivação
Reduz os batimentos cardíacos Acelera os batimentos cardíacos
Contrai a bexiga Relaxa a bexiga
Estimula movimentos peristálticos Inibe movimentos peristálticos
(Cunha, 2011,137).
18
CAPÍTULO II
CONCEITOS LIGADOS À APRENDIZAGEM E
NEUROCIÊNCIA
Para aprender é necessário que os profissionais da educação
compreendam alguns conceitos ligados à aprendizagem e a neurociência.
Termos esses essenciais e importantes: atenção, memória, emoção e
plasticidade cerebral.
2.1 Atenção.
Todo o momento somos “bombardeados” por inúmeros estímulos
(através dos órgãos sensoriais) e só podemos atender a um ou bem pouco
desses estímulos. A seleção desses estímulos que recebemos e
selecionamos, ou seja, o que mais nos importa é chamado de atenção. Pense
no nosso cérebro como uma ilha, que é rodeada de inúmeros estímulos. A
atenção seria um ponto específico desta ilha que filtrará as informações mais
relevantes para nós.
Observe a ilustração para entendermos a atenção e a aprendizagem:
Cérebro e meio ambiente ← atenção→ motivação (interesse)
↓
Concentração (foco)
↓
APRENDIZAGEM
19
Segundo Cosenza & Guerra (2011, 41), “ Através do fenômeno da
atenção somos capazes de focalizar em cada momento determinados
aspectos do ambiente, deixando de lado o que for dispensável.”
Ainda de acordo com Ferreira &
Pantano (2009,28), “A atenção está
diretamente relacionada ao contexto em
que o indivíduo está inserido, às
características dos estímulos, expectativas
individuais, motivação, relevância da tarefa
desempenhada e experiências anteriores.”
A atenção envolve alguns aspectos importantes quanto ao seu
funcionamento:
• O estado de alerta, ou seja, quando nossos sentidos estão em
alerta;
• A vigilância: capacidade de persistir em um objeto por um
determinado tempo;
• A focalização: escolher o objeto que mais lhe interessa e
• A atenção dividida: fazer várias tarefas ao mesmo tempo.
A atenção se dá no córtex frontal anterior, numa área denominada de
filtro atencional, que avalia o que passa ou não pelo córtex cerebral. O principal
neurotransmissor produzido pelos neurônios responsáveis pela atenção é a
noradrenalina, que tem papel importante no estado de alerta do nosso
organismo.
Existem dois circuitos que explicam a atenção, segundo Cosenza &
Guerra (2011, 44 e 45):
• Circuito Orientador: localizado no lobo parietal. Permite que
saíamos do estado de vigília e entremos no foco.
20
• Circuito Executivo: localizado no lobo frontal. Mantemos a
atenção num mesmo objeto de forma contínua.
Quando se tratar de aprendizagem, a atenção executiva será muito
importante para que a mesma ocorra de forma consciente. A relevância da
atenção executiva será nos processos cognitivos e emocionais.
2.2 A Memória
“Somos aquilo que recordamos.”
Roberto Bobbio
Seguindo o pensamento de Izquierdo (2011, 11), memória significa
adquirir, proteger e o resgate das informações que foram guardadas quando
necessitamos. Em outros significados, porém, seguindo sua linha de raciocínio
o adquirir seria a aprendizagem. Só temos lembranças daquilo que
adquirimos, aprendemos ou teve um grande significado para nós.
“Não podemos fazer aquilo que não
sabemos, nem comunicar nada que
desconheçamos, isto é, nada que não
esteja na nossa memória. (Izquierdo,
2011,11).”
As memórias são feitas pelos neurônios e são armazenadas em redes
neuronais próprias e são resgatadas por essas e outras redes. São
modificadas pelo que sentimos, pela nossa consciência e pelo nosso estado
emocional.
21
“A memória é constituída de dois
passos básicos: a retenção ou
arquivamento das informações e o seu
resgate ou recuperação, pois não basta
apenas adquirir lembranças, é necessário
resgatá-las quando necessário. (Cunha,
2011, 185).”
Um dos maiores estudiosos na área de Neurociências, Eric Kandel,
chegou a uma grande conclusão. Todo animal, vertebrado ou invertebrado,
possui memória e sem qual não poderia viver.
2.2.1 Tipos de Memórias.
Antes as memórias eram classificadas em memória de curto prazo ou
memória de longo prazo.
Hoje com os avanços das pesquisas na área das Neurociências,
podemos afirmar que as memórias são classificadas em:
§ Memória de curto prazo, de trabalho ou operacional: tudo que
passa por ela é guardado no hipocampo. É uma memória rápida
ou temporária. Utilizadas nas aprendizagens.
§ Memória de longo prazo, referencial ou de procedimento: tudo o
que passa por ela é guardado em diversas partes do cérebro, em
especial, nas regiões do córtex cerebral. Tudo o que é
armazenado pode durar horas, dias ou anos. Nessa memória
está associado às ações que exigem movimentos repetitivos.
Segundo Cosenza & Guerra (2011, 62), os estudos da psicologia
cognitiva indicam que, nesta fase são importantes os processos
de repetição, elaboração e consolidação. A memória de
procedimento pode ser divida em:
§ Memória declarativa ou explícita: são memórias que resgatamos
no dia a dia e as utilizamos conscientemente.
§ Memória não declarativa ou implícita: ocorre de modo
inconsciente. Alteram nosso comportamento e não temos
consciência disso.
22
Para que se tenha memória é preciso que ocorra o processo de
atenção. A memória e a atenção atuam com uma via de mão dupla, ou seja.
Uma depende da outra.
2.3 Emoção.
“As emoções nos ajudam a pensar.”
Antonio Damásio
Para Cosenza & Guerra (2011, 65), “as emoções são fenômenos que
assinalam a presença de algo importante ou significante em um determinado
momento na vida de um indivíduo. Elas se manifestam por meio de alterações
na sua fisiologia e nos seus processos mentais.”
O aspecto emocional possui “raízes biológicas” antigas e é mantido até
hoje por contribuir para a sobrevivência dos seres humanos e animais.
Não ter emoção, nos torna seres que não possuem vida. Amar, sofrer,
rir, chorar, ter medo, tristeza, alegrias faz parte da vida de qualquer indivíduo.
“Na verdade, as neurociências têm
mostrado que os processos cognitivos e
emocionais estão profundamente
entrelaçados no funcionamento do cérebro
e têm tornado evidente que as emoções
são importantes para que o
comportamento mais adequado à
sobrevivência seja selecionado em
momentos importantes da vida dos
indivíduos. (Cosenza & Guerra, 2011, 76).”
23
Tudo o que vivemos ou sentimos tem origem na região cerebral. Se algo
é importante, que nos emociona de verdade, logo desperta nossa atenção e
atinge regiões específicas do nosso córtex cerebral. Essas informações são
transferidas para uma região do lobo temporal – a amígdala cerebral.
A amígdala está inserida num contexto estrutural denominado sistema
límbico, que é responsável pelo controle emocional e motivação.
A amígdala funciona como um armazém onde são guardadas as
lembranças boas e ruins. Associado a estas lembranças estão alguns medos.
Para que este medo se desenvolva é preciso um “substrato orgânico” e um
estímulo ambiental.
Estímulos prazerosos, como tirar boas notas, ganhar um presente legal
ativam áreas corticais próximas ao sistema límbico.
Nossos estímulos ambientais e corporais estão em constante procura
por conteúdo emocional.
A amígdala busca os dados diretos dos órgãos dos sentidos e se liga ao
córtex e hipotálamo formando um circuito. Através deste podemos ter controle
dos sentimentos como amor, amizade, medo, raiva, etc.
A motivação é algo que nos desperta, causa interesse, nos provoca.
Para que ocorra a motivação são necessários estímulos internos (desejo, dor,
força de vontade) e do meio ambiente (uma oportunidade ou algo que nos
ameaça).
Grande parte dos nossos comportamentos motivados são aprendidos.
Todo comportamento motivador nos levará a algo que será recompensado. Por
isso a importância da motivação para a aprendizagem. A motivação é um
movimento interno e depende dos estímulos externos que recebemos. Um
ambiente estimulante, prazeroso, alegre incentiva à aprendizagem, enquanto
um ambiente hostil, estressante e a ansiedade prejudicam o processo de
aprendizagem.
“A adequada expressão das
emoções deve ser respeitada e
desenvolvida, o que contribui, certamente
24
para o aumento da aprendizagem, a
diminuição dos problemas de disciplina e
para a preparação de indivíduos mais
capazes de viver a vida em sociedade e de
atingir a plenitude de realização pessoal.
(Cosenza & Guerra, 2011, 85).”
2.4 Plasticidade Cerebral.
Plasticidade Cerebral é a reorganização, adaptação e modificação das
estruturas e funcionamento do sistema nervoso central. O cérebro é um órgão
plástico e maleável.
“Uma característica marcante do
sistema nervoso é então a sua permanente
plasticidade. E o que entendemos por
plasticidade é a sua capacidade de fazer e
desfazer ligações entre os neurônios como
consequência das interações com o
ambiente externo e interno do corpo.
(Cosenza & Guerra, 2011, 36).”
Para que ocorra a plasticidade são necessários: alterações estruturais,
adaptações às novas condições e repetições dos estímulos.
Na plasticidade ocorrem a soma ou a subtração das conexões, criando
assim uma relação entre os aspectos neuronais envolvidos na aprendizagem.
Carvalho & Flor, (2011, 164); comparam a aprendizagem como um
mecanismo de plasticidade neural, visto que, na aprendizagem temos a
integração e modificação do conhecimento. Tudo o que é novidade para nós
causa uma modificação em nosso sistema neuronal. Assim, a aprendizagem é
um fenômeno concreto de plasticidade cerebral. Por isso é importante a
fixação das atividades que facilitarão o aprendizado. O nosso sistema nervoso
25
trabalha em perfeita harmonia, como uma orquestra. Dessa forma, a
aprendizagem será favorável ao nosso desenvolvimento cognitivo.
A plasticidade pode ser:
• Plasticidade de curto prazo: dura somente alguns segundos,
aumentando as sinapses de forma rápida.
• Plasticidade de longo prazo: dura minutos, horas ou dias.
Aumento na produção das sinapses durante horas ou dias.
“A grande plasticidade no fazer e
no desfazer as associações existentes
entre as células nervosas é a base da
aprendizagem e permanece, felizmente, ao
longo de toda a vida. Ela apenas diminui
com o passar dos anos, exigindo mais
tempo para ocorrer e demandando um
esforço maior para que o aprendizado
ocorra de fato.(Cosenza & Guerra, 2011,
36).”
26
CAPÍTULO III
RELAÇÃO DA NEUROCIÊNCIA COGNITIVA
COM A PSICOPEDAGOGIA
Os estudos em neurociências nos mostram que a aprendizagem alteram
as estruturas anatômicas e fisiológicas do cérebro humano. A escola e seu
espaço físico – a sala de aula devem prover meios para que essa modificação
ocorra de forma criativa, prazerosa, estimulante e que as crianças que estão
em desenvolvimento MOTOR, AFETIVO e COGNITIVO possam compreender,
interagir e refletir sobre o ambiente em que vivem. Esse é o maior papel das
neurociências para a educação, incluindo a PSICOPEDAGOGIA.
Nascemos com cem bilhões de neurônios e ao longo dos anos nossos
neurônios vão se comunicando até formarem em média dez milhões de novas
conexões ou sinapses (comunicação entre as células neuronais através dos
neurotransmissores). O sistema nervoso do ser humano é modificado a cada
instante de nossas vidas, porém dois momentos são muito importantes no
decorrer desse desenvolvimento. Quando nascemos, quando ocorre um
aumento de nossas redes neuronais e o segundo na nossa adolescência,
ocorrendo uma grande mudança e uma exclusão, com formação de novas
sinapses mais agéis e potentes.
A Neurociência Cognitiva estuda a estrutura e o funcionamento do
nosso sistema nervoso, incluindo seu órgão mais “famoso” – o cérebro.
A Cognição é definida como a construção de um conhecimento,
envolvendo aspectos mentais cerebrais como a atenção, memória, emoção,
motivação, conexões sinápticas, plasticidade e aprendizagem.
O processo cognitivo é algo novo, em se tratando de humanidade. Há
mais ou menos cem anos podemos ter a associação da cognição com o
cérebro.
27
“A educação cognitiva parte de uma
perspectiva sistemática da inteligência, por
isso esta baseada nos contributos recentes
da psicologia cognitiva, da
neuropsicologia, do processamento de
informação e das abordagens contextuais
de desenvolvimento cognitivo. (Fonseca,
2011,09).”
A Psicopedagogia, tida para muitos como uma ciência, um campo de
saber ou até mesmo uma prática. Leva-nos a entender como se dá o processo
de aprendizagem do ser humano e suas dificuldades. Essa prática ou campo
de atuação, surgiu de uma necessidade – os problemas de aprendizagem dos
estudantes. Visto que nem a Pedagogia e nem a Psicologia Escolar deram
conta de “resolver”.
“... a concepção de aprendizagem
resulta de uma visão de homem, e é em
razão desta que acontece a práxis
psicopedagógica. (Bossa, 2011, 31).”
A Aprendizagem é um processo cognitivo e de desenvolvimento pessoal
com a integração e a alteração de um conhecimento, comportamento ou
valores. E não descartando os conceitos da neurociência, a aprendizagem
pode ser definida como a interrelação entre as células nervosas através da
conexões sinápticas.
O foco relacional entre a neurociência cognitiva e a psicopedagogia é a
APRENDIZAGEM.
Tudo o que aprendemos e a forma como nos comportamos provém do
cérebro. Por isso deve-se entender como o cérebro funciona em relação aos
meios comportamentais e cognitivos, estabelecendo assim uma relação entre
as ciências ou praticas neurocientífica e psicopedagógica.
28
O cérebro humano desenvolveu-se e desenvolve-se porque podemos
nos mediar com o outro. A mediação que seria a interação ou a troca com o
outro. Sem a mediatização, termo utilizado por Fonseca, 2011, não haveria a
continuidade da espécie humana e nem o processo de aprendizagem. Só
aprendemos, porque conseguimos manter uma relação de troca com o outro.
Para podermos aprender, além do contato físico ou emocional, temos também
o contato social com o outro. Não conseguimos viver sozinhos, precisamos do
outro para a modificação e a construção de nosso conhecimento,
comportamento e valores.
Com todo esse conhecimento, a avaliação psicopedagógica será
totalmente enriquecida, quando profissionais que estudam, avaliam e intervém
nos problemas relacionados à aprendizagem, se detém dos ensinamentos da
neurociência cognitiva. Toda criança em idade escolar deveria conseguir
desenvolver o mínimo de suas capacidades cognitivas, de modo, poder pensar
e refletir suas condutas e práticas. Quando nós profissionais que temos
conhecimentos de como ocorrem os processos cognitivos através dos estudos
da neurociência, podemos facilitar ou promover o acesso ou desenvolvimento
cognitivo necessário aos alunos em processo de aprendizagem que podem
apresentar dificuldades.
“A sociedade em geral e a escola
em particular, assim como todos os seus
agentes que lidam direta ou indiretamente
com o desenvolvimento do potencial
humano, ainda desconhecem as
vantagens e benefícios da intervenção
psicopedagógica no domínio da cognição.
(Fonseca, 2011, 09).”
A aprendizagem deve ser entendida como um fenômeno neurocognitivo,
algo processual e não um produto, que deve ser construído ao longo de toda
vida (pessoal, escolar). Quando aprendemos, não estamos somente
29
absorvendo informações, temos que transformá-las em novos conhecimentos.
Para isso precisamos compreender o funcionamento cerebral, entender os
processos de atenção, memória, conexões neuronais, etc. Tem que existir a
ponte entre a neurociência e a educação.
A transformação acelerado do cérebro ocorre na infância, durante os
anos iniciais da escolaridade – período escolar em que as crianças estão na
educação infantil e séries iniciais do ensino fundamental.
Como se sabe é o hemisfério esquerdo, tido como o hemisfério
dominante, que é responsável pelo raciocínio lógico e pela comunicação e
linguagem. Porém o desenvolvimento do hemisfério direito que corresponde às
ações criativas e de simbolismo não podem ser esquecidas. Em se tratando de
desenvolvimento cerebral, o esquerdo é desenvolvido em 98% das pessoas,
enquanto o direito corresponde a 2%.
Aprender exige a integração de várias fases neurológicas funcionando
em comum acordo, tornando assim o processo cognitivo mais positivo.
Para Fonseca, (2011, 154), a aprendizagem compreende um processo
funcional dinâmico que integra quatro componentes cognitivos essenciais:
• Input (entrada): auditivo, visual, táctil, etc. Através de nossas vias
sensoriais.
• Output (saída): falar, discutir, ler, escrever, desenhar, contar, etc.
São atos expressivos, comportamentais, etc.
• Cognição: atenção, memória, compreensão, integração,
processamento das informações, etc.
• Retroalimentação: repetir, organizar, realizar, etc.
A aprendizagem é algo muito complexo, envolve muitos aspectos, entre
os cognitivos, sociais, econômicos, culturais, afetivos, biológico, pedagógico. A
aprendizagem causa uma modificação estrutural para o sujeito que está
aprendendo. Atenção, memória, modificações e adaptações estão entre muitas
dessas alterações estruturais que decorrem do nosso sistema nervoso.
Cada um aprende de uma forma, uns utilizam-se de meios visuais,
alguns captam as informações por meio auditivos, outros precisam dos dois
30
estímulos para que possam entender o que estão aprendendo. Uns precisam
que as informações sejam repetidas, outros sofrem a influência de um
ambiente mais estimulante para que a informação se transforme em
conhecimento. A aprendizagem é um processo dinâmico e solitário. Envolve
inúmeras situações e a neurociência deixa claro um aspecto importante: cada
um aprende de uma forma. Uma maneira única. Não há aprendizagem igual
para todos, visto, por um detalhe – somos diferentes.
Quando aprendemos num ambiente estimulante, a aprendizagem se
torna mais prazerosa e significante. Como já mencionado anteriormente,
estudar em um espaço estimulador e aconchegante faz com que a motivação
nos torne motivados para a aprendizagem.
Nascemos com poucas conexões neuronais e quanto mais estimulante
e prazerosa for essa aprendizagem melhor será a formação de nossa rede
neuronal. Para a neurociência, aprender é mais do que a alteração e
integração de um conhecimento; é a conexão de novas células nervosas
formando assim redes neuronais mais organizadas e eficientes.
E ainda de acordo com Pantano & Zorzi (2009, 189), “Os neurocientistas
estão convencidos que a base do aprendizado é fortalecer novas conexões,
estabilizando-as, e criando assim, novas associações, para que isto aconteça temos
que conhecer não só como o cérebro aprende, mas também a influencia do sono
sobre o aprendizado, a plasticidade cerebral, o trabalho dos neurônios espelho, a
maturação do córtex, a poda neuronal, as células gliais e suas funções, o uso do
humor, as emoções, a imaginação, a memória, a atenção, a repetição, e tantos outros
aspectos relacionados ao cérebro e a aprendizagem.”
31
CONCLUSÃO
O resultado final deste trabalho foi mostrar um recorte bibliográfico
atualizado por especialista que estudaram neurociências com relação à
educação. Quando estudamos o funcionamento e a estrutura do cérebro, fica
mais fácil compreender a aprendizagem sob o enfoque funcional neurológico.
Conceituar termos que usualmente eram associados somente a
neurociência e hoje foram incorporados aos educadores, enriquecendo sua
base teórica e qualificando sua prática. A importância das conexões sinápticas,
a modificação e estruturação através da plasticidade cerebral e perceber o
quanto rico e imprevisível é o nosso sistema nervoso. Muitas incertezas do
passado são agora certezas. O que era novidade, agora é atual. E sabemos
que a ciência se modifica a cada minuto, dia ou ano, o que antes era uma
verdade absoluta, depois não será mais.
Fica evidente que a junção neurociência e psicopedagogia, leva-nos a
entender o órgão da aprendizagem e o trânsito de mão dupla que perpassa
esses dois campos de saber que enriquecem o diagnóstico, avaliação e o
processo de intervenção psicopedagógica.
Conclui-se que para que de fato a aprendizagem ocorra dependemos
de bases neurológicas íntegras e que funcionem em perfeito estado, como
uma dependência entre nossos sistemas sensoriais e os estímulos que serão
essenciais para a perfeita integração. E uma lição fica: as neurociências só
vieram nos mostrar o quanto é importante conhecermos que as modificações
cerebrais são a base dessa aprendizagem.
32
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
BOSSA, N. A. A PSICOPEDAGOGIA NO BRASIL – contribuições a
partir da prática. 4ªedição. Rio de Janeiro: WAK, 2011.
CARVALHO, T. A. P. de & FLOR, D. NEUROCIÊNCIA PARA
EDUCADOR – coletânea de subsídios para “alfabetização neurocientífica”.
São Paulo: Baraúna, 2011.
COSENZA, R. M. & GUERRA, L. B. NEUROCIÊNCIA E EDUCAÇÃO –
como o cérebro aprende. Porto Alegre: Artmed, 2011.
CUNHA, C. da . INTRODUÇÃO A NEUROCIÊNCIA. Campinas, SP:
Editora Átomo, 2011.
FONSECA, V. da COGNIÇÃO, NEUROPSICOLOGIA E
APRENDIZAGEM – abordagem neuropsicológica e psicopedagógica. 5ª
edição. Petrópolis, RJ: Vozes, 2011.
IZQUIERDO, I. MEMÓRIA – revista e ampliada. 2ª edição. Porto Alegre:
Artmed, 2011. Capítulo I, páginas 11 até 23.
METRING, R. NEUROPSICOLOGIA E APRENDIZAGEM –
fundamentos necessários para planejamento do ensino. Rio de Janeiro: WAK,
2011.
33
MORAES, A. P. Q. de [The brain, Português] COLEÇÃO O LIVRO DO
CÉREBRO. 4 volumes. Traduzido por Frances Jones. São Paulo: Duetto,
2009.
PANTANO, T. & ZORZI, J. L. (ORGANIZADORES). NEUROCIÊNCIA
APLICADA À APRENDIZAGEM. São José dos Campos, SP: Pulso, 2009.
PEREIRA, J. M. MANUAL DE METOLOGIA DA PESQUISA
CIENTÍFICA. São Paulo: Atlas, 2007.
RELVAS, M. P. NEUROCIÊNCIA E EDUCAÇÃO – potencialidades dos
gêneros humanos na sala de aula. 2ª edição. Rio de Janeiro: WAK, 2010.
34
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
EPÍGRAFE 4
DEDICATÓRIA 5
RESUMO 6
METODOLOGIA 7
SUMÁRIO 8
INTRODUÇÃO 9
CAPÍTULO I
Anatomia e Fisiologia do Sistema Nervoso 10
1.1 – Conceitos Anatômicos 10
1.1.1 – Partes do Cérebro 11
1.1.2 - Células Nervosas 12
1.1.3 - Sinapses e Neurotransmissores 14
1.2 – Fisiologia Cerebral 15
1.2.1 – Classificação Fisiológica do Sistema
Nervoso 16
CAPÍTULO II
Conceitos Ligados à Aprendizagem e Neurociência 18
2.1 – Atenção 18
2.2 – Memória 20
2.2.1 – Tipos de Memórias 21
2.3 – Emoção 22
2.4 – Plasticidade Cerebral 24
35
CAPÍTULO III
Relação da Neurociência Cognitiva com a
Psicopedagogia 26
CONCLUSÃO 31
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 32
ÍNDICE 34