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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
GESTÃO E ORGANIZAÇÃO
DE ALMOXARIFADO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Por: ROSELI RIBEIRO MOTTA DE ALMEIDA
Orientador
Profª. MARY SUE CARVALHO PEREIRA
Rio de Janeiro
2009
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
GESTÃO E ORGANIZAÇÃO
DE ALMOXARIFADO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Apresentação de monografia ao Instituto A Vez do
Mestre – Universidade Candido Mendes como requisito
parcial para obtenção do grau de especialista em
Gestão Pública.
Por: . ROSELI RIBEIRO MOTTA DE ALMEIDA
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AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus que a revelia de
todas as dificuldades que insistimos em dizer que
passamos, nos apóia e leva no colo em todos os
momentos de nossa vida.
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DEDICATÓRIA
Dedico esta monografia a meu esposo e meus
filhos que tanto me incentivam em todas as
loucuras que sonho e caminhos que percorro.
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RESUMO
Este trabalho tem como escopo a análise da gestão patrimonial vivida, hoje, na maioria
dos órgãos públicos. Mostrando que muitas vezes se tornam ineficientes somente pelo fato de
suas atividades se conservarem viciadas e estagnadas. Sem desconsiderar a maior dificuldade
da relação humana que a efetiva comunicação entre os envolvidos num processo.
O foco do trabalho é fazer um breve estudo, apresentando os procedimentos inerentes a
um Almoxarifado, e assim demonstrar que pode-se abrir novas dinâmicas facilitadoras, sem
desconsiderar a perfeita harmonia entre os setores de Compras e Almoxarifado, envolvendo
todos os setores clientes e principalmente o respeito ao patrimônio público.
Em virtude disso o objetivo deste trabalho será focar de forma especial nas atividades
de Almoxarifado, abordando suas especificidades, relacionamentos, impactos e influências
sobre o Sistema de Administração de Materiais de uma Instituição Pública.
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METODOLOGIA
O método utilizado foi a leitura de livros, da instrução normativa do Tribunal Federal
Regional da 2ª Região, entrevistas com o supervisor e servidores envolvidos no processo de
compra e guarda patrimonial, bem como a observação dos procedimentos desenvolvidos neste
Tribunal.
Foi também de grande valia o curso ministrado pela empresa Consultre sobre
Organização de Almoxarifado na Administração Pública pelo instrutor Renato Dias Fraga, o qual
muito elucidou sobre os procedimentos a serem desenvolvidos numa gestão de almoxarifado
neste Tribunal. Leitura no Sistema de Administração do Patrimônio ASI, utilizado tanto no
Tribunal quanto na Justiça Federal.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 08
CAPÍTULO I: NOÇÕES BÁSICAS DE ALMOXARIFADO. ........................................................................... 11
CAPÍTULO II: ORGANIZAÇÃO DE ALMOXARIFADO ................................................................................ 16
CAPÍTULO III: ATIVIDADES DE ALMOXARIFADO ................................................................................... 23
CAPÍTULO IV: GESTÃO DE ESTOQUE ................................................................................................ 39
CONCLUSÃO ................................................................................................................................... 46
BIBLIOGRAFIA ................................................................................................................................. 47
ÍNDICE ........................................................................................................................................... 48
FOLHA DE AVALIAÇÃO ..................................................................................................................... 51
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INTRODUÇÃO
A administração do patrimônio de qualquer empresa, seja ela do setor público ou
privado, é parte fundamental em sua efetividade, sendo essencial não só o cuidado com o que e
quanto se gasta, mas principalmente o que se compra e como se utiliza.
Quer produtores quer clientes, talvez mais ainda este último, que praticamente
caracteriza a maior parte do setor público, aplicam um grande valor em material de expediente,
mobiliário, equipamentos diversos, que se não bem geridos podem levar a instituição a
ineficiência total. Nestes órgãos, por não ser sua atuação fim, a gestão patrimonial é vista como
secundária, não recebendo a devida relevância e muitas vezes utilizam os bens de consumo
sem considerar a responsabilidade cívica inerente ao mesmo.
No setor público, principalmente, há uma grande falta de cuidado com o material de
expediente, como caneta, papel, suprimentos de informática entre outros. Cultura pautada na
idéia de que não sou “eu” quem compra e não há qualquer cobrança, então o uso é livre. Atitude
cultivada e arraigada, e só com grande esforço far-se-á o caminho de volta no respeito do erário
público.
Embora isso ainda seja a tônica do setor público, hoje com a conscientização ecológica,
vários programas de educação e respeito ao meio ambiente vêem sendo desenvolvidos em
vários órgãos públicos, o que torna claro o ideal de reversão deste processo.
De modo geral e segundo a conceituação proposta pelo prof. Renaud B. da Silva/FGV,
podemos dizer que:
“Administração de Material corresponde no seu todo ao planejamento, organização,
direção, coordenação e controle de todas as tarefas necessárias à definição de qualidade,
aquisição, guarda, distribuição e aplicação dos materiais destinados às atividades operacionais
de uma empresa, seja ela de natureza industrial, comercial ou de serviços”.
Assim, para que o sucesso da administração de material de uma Instituição seja
alcançado, é necessária a integração de suas atividades básicas de planejamento, compras e
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armazenamento, ancorada numa eficiente política de materiais que defina normas, diretrizes e
procedimentos voltados ao atendimento das necessidades da mesma.
Baseado nisso, pode-se dizer que toda Instituição necessita se planejar criando
sistemas organizacionais, ou seja, conjunto de órgãos que desenvolvam atividades específicas
ou grupos de atividades afins. Ao conjunto de órgãos que desenvolvem as atividades de
administração de materiais dá-se o nome de SISTEMA DE ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAL.
Portanto, pode-se definir o Sistema de Administração de Materiais como o conjunto de
recursos humanos, organizacionais e físicos, que tem por objetivo garantir o suprimento
contínuo e ininterrupto de materiais, nas condições técnicas e economicamente adequadas,
para o perfeito funcionamento da instituição.
As aquisições governamentais e a gestão do material e do patrimônio compõem uma
área de atuação do Serviço Público que obedece a rotinas e procedimentos de ordem
administrativa e contábil cujo conhecimento é fundamental a tantos quanto, direta ou
indiretamente, estejam envolvidos no processo.
Numa instituição, a interação entre todos os setores deve estar bem afinada no sentido
de reposição ou troca de material, troca de mobiliário, principalmente na substituição de
equipamentos de informática, pois principalmente esta modificação necessita a verificação dos
itens estocados vinculados a estes bens, para que não fiquem obsoletos e sem utilização,
gerando um grande dificultador para justificar a saída desses suprimentos da conta do órgão em
questão, através de doação, desfazimento ou qualquer outra forma de desfazimento.
O setor de compras ao ser comunicado da necessidade de aquisição de determinado
bem, deve sempre seguir alguns procedimentos para evitar o acúmulo de suprimentos
vinculados aos bens que serão substituídos, tais como a verificação de bens vinculados aos que
serão trocados. A comunicação entre os setores envolvidos e o Almoxarifado é vital para um
estoque enxuto e ideal.
Outro ponto muito importante é o pedido de material efetuado periodicamente por cada
setor, este deve ser restrito a necessidade temporária de cada setor solicitante. Uma
observação comum é um pedido exagerado, gerando posteriormente a devolução de um grande
número de materiais já fora de validade e invariavelmente tendo gerado necessidade de compra
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para suprimento de outros setores, quando o material se encontrava todo armazenado num
setor específico de forma desnecessária.
Logo, o foco maior do trabalho será a conceituação básica e esquematização de um
Almoxarifado, mas sempre dando foco a sua otimização para minimizar esses entraves acima
citados.
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CAPÍTULO I:
NOÇÕES BÁSICAS DE ALMOXARIFADO
O termo Almoxarifado é derivado de um vocábulo árabe que significa "depositar".
Com a premente necessidade de gerir a organização de materiais fisicamente surgiu a
figura do Almoxarifado que, inicialmente, se constituía em um depósito, quase sempre o pior e
mais inadequado local da empresa, onde os materiais eram acumulados de qualquer forma,
utilizando mão-de-obra desqualificada.
Com o tempo surgiram sistemas de manuseio e de armazenagem bastante
sofisticados, o que acarretou aumento da produtividade, maior segurança nas operações de
controle e rapidez na obtenção das informações
1 CONCEITOS BÁSICOS
Almoxarifado é o local destinado à guarda e conservação de materiais, em recinto
coberto ou não, adequado à sua natureza, tendo a função de destinar espaços onde
permanecerá cada item aguardando a necessidade do seu uso, ficando sua localização,
equipamentos e disposição interna acondicionados à política geral de estoques da empresa.
Considera-se Material de Consumo os itens de pouca durabilidade ou de consumo
rápido. Legalmente, material de consumo é todo objeto que, em razão de uso, perde a
identidade física, características individuais ou isoladas e/ou tem uma durabilidade limitada a 02
(dois) anos.
Estoque Mínimo ou Estoque de Segurança é a quantidade mínima que o Almoxarifado
deve ter em estoque de um determinado material, para cobrir eventuais atrasos no
ressuprimento.
Estoque Máximo é a quantidade máxima de material, permitida para estocagem.
Ponto de Ressuprimento é a quantidade que ao ser atingida, determina a solicitação de
uma nova compra. Não podendo ser menor que o estoque mínimo e nem maior que o máximo.
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Material Permanente é aquele que, em razão de seu uso corrente, não perde a sua
identidade física e/ou tem durabilidade e utilização superior a dois anos, e deve ser objeto de
controle individualizado.
Importante ainda e o conceito de Parâmetros Excludentes, que fica melhor explicitado
na Portaria nº 448/2002, da STN. Nela é evidenciada a distinção entre material de consumo e
material permanente, bem como, estabelece parâmetros excludentes, tomados em conjunto,
para a identificação do bem permanente:
“Art. 2º - Para efeito desta Portaria, entende-se como material de consumo e material
permanente:
I - Material de Consumo, aquele que, em razão de seu uso corrente e da definição da
Lei n. 4.320/64, perde normalmente sua identidade física e/ou tem sua utilização limitada a dois
anos;
II - Material Permanente, aquele que, em razão de seu uso corrente, não perde a sua
identidade física, e/ou tem uma durabilidade superior a dois anos.
Art. 3º - Na classificação da despesa serão adotados os seguintes parâmetros
excludentes, tomados em conjunto, para a identificação do material permanente:
I - Durabilidade, quando o material em uso normal perde ou tem reduzidas as suas
condições de funcionamento, no prazo máximo de dois anos;
II - Fragilidade, cuja estrutura esteja sujeita a modificação, por ser quebradiço ou
deformável, caracterizando-se pela irrecuperabilidade e/ou perda de sua identidade;
III - Perecibilidade, quando sujeito a modificações (químicas ou físicas) ou que se
deteriora ou perde sua característica normal de uso;
IV - Incorporabilidade, quando destinado à incorporação a outro bem, não podendo ser
retirado sem prejuízo das características do principal; e
V - Transformabilidade, quando adquirido para fim de transformação.”
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1.1 COMPETÊNCIA
Compete ao Serviço de Almoxarifado, o planejamento, a coordenação, a execução e o
controle das atividades relativas ao recebimento, conferência, guarda e distribuição de material
de consumo, equipamentos e material permanente de propriedade da FUB.
1.2 A INFLUÊNCIA DA ATIVIDADE DE COMPRAS SOBRE O ALMOXARIFADO
A função Compras possui significativa importância dentro do contexto da administração
de materiais.
Considerando a influência que exerce sobre as atividades do almoxarifado, pode-se
afirmar, por razões óbvias, que é a atividade de compras que define a existência do
Almoxarifado, e mesmo, que impacta decisivamente sobre sua eficiência, uma vez que
responde diretamente pela questão custo, tempo e qualidade dos materiais.
Diante do exposto, concluímos que o Almoxarifado é o Agente fiscalizador das ações
Compras, ou seja, de todas as contratações de bens e matérias realizadas na organização.
Logo não se estará equivocado ao se declarar que a eficiência das atividades do Almoxarifado
está diretamente atrelada a eficiência das atividades de Compras.
Apesar das enormes dificuldades existentes na grande maioria das unidades de
Compras do Setor Público, tais como falta de treinamento, equipamentos, pessoal, etc. cumpre-
se registrar as conseqüências desta importante atividade sobre o almoxarifado, quando
realizada com pouca ou nenhuma eficiência.
Observe que o mal funcionamento da atividade compras redunda em uma série de
situações no Almoxarifado, muitas vezes impossíveis de solucionar , como por exemplo:
ü Recebimento de materiais de qualidade duvidosa, decorrentes de má especificação
ou ausência de análise de proposta;
ü Atraso no ressuprimento de estoque que ocasiona desabastecimento e interrupção
da atividade produtiva;
ü Valoração incorreta dos estoques em conseqüência de aquisições com preços fora
da realidade do mercado;
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ü Comprometimento da armazenagem em decorrência de não terem sido
considerados fatores como: validade do produto, qualidade de embalagem,
acondicionamento, etc.
Associado a isso, pode-se citar alguns problemas que impactam diretamente sobre as
atividades do almoxarifado, decorrentes de um processamento de baixa qualidade,
especificamente no tocante a Informações de compras:
ü Contrato de Compra – nota de empenho, ordem de fornecimento, etc. –
apresentando informações incorretas ou incompletas, seja no produto, valores,
condições de compra ou de fornecedor;
ü Atraso ou ausência de encaminhamento da via do contrato de compra – empenho
ou ordem de compra – ao almoxarifado;
ü Processos de compras mal formalizados, pouco instruídos e de difícil consulta;
ü Acordos verbais com fornecedores sem o devido registro formal e notificação ao
Almoxarifado.
1.3 LEIS, COMPRAS E ALMOXARIFADO
Como é de conhecimento de todos, nenhuma compra para o serviço público poderá se
efetivar sem a devida observância da legislação vigente.
Observa-se que comumente tem-se creditado à lei toda a eficiência verificada nas
aquisições públicas, sob a argumentação de que ela imperra e despreza a qualidade, já que
impõe a compra pelo menor preço. Isto não é verdade. O que de fato ocorre é que a lei é
impessoal, não avalia o caráter e competência individual de cada comprador ou fornecedor, mas
sim, estabelece requisitos e regras gerais de procedimentos e conduta para os mais de dez mil
órgãos públicos de compras espalhadas pelo País, bem como, para os milhares de
fornecedores interessados em negociar com estes.Tudo baseado nos princípios constitucionais
de legalidade, impessoalidade, probidade e publicidade:
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte……
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Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.
§ 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo sobre
III - licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações, observados os princípios da administração pública;
Devem submeter-se a ela os honestos e os desonestos, os competentes e os
incompetentes, os organizados e os desorganizados, o ministro de Estado e o servidor da
limpeza, a mundialmente famosa GOOGLE e o armarinho do Sr. Joaquim , pois essa é a regra.
Diante dessa diversidade de interesses, entende-se que a eficácia das compras públicas
só será alcançada mediante a aplicação dos recursos de Planejamento, que, com certeza,
evitará a busca das chamadas “brechas da lei”, para aquisições emergenciais e direcionadas a
determinadas marcas e fabricantes, além de encontrar respostas para as questões: o que?
quanto? quando? Como e onde comprar com qualidade e baixo custo.
Dificilmente o Almoxarifado terá eficiência e demonstrará qualidade em suas atividades
se esses propósitos não fizerem parte da política de compras do órgão.
Cabe observar, que é impossível o funcionamento eficaz de um sistema de
administração de materiais sem que as suas unidades estejam intimamente integradas, onde
haja um inter-relacionamento de seus processos, rotinas, procedimentos e informações.
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CAPÍTULO II
ORGANIZAÇÃO DO ALMOXARIFADO
A organização de um Almoxarifado não passa somente por conservar arrumado em
prateleiras os bens de consumo, mas sim manter um dinâmico e constante contato com o Setor
de Compras bem como todos os setores clientes do mesmo.
A falta de comunicação entre os setores invariavelmente gera um saldo de suprimentos
vinculados aos bens substituídos, que acaba por se transformar em um grande estorvo, sem
que os responsáveis saibam como direcioná-los. Daí a necessidade do envolvimento e
responsabilização de todos os setores solicitantes de um determinado bens de consumo.
Sem desconsiderar a necessidade da correta comunicação dentro da Instituição, a
melhor forma de o Almoxarifado permanecer enxuto e sempre com os suprimentos atualizados e
sempre deixá-los vinculados aos bens, ou seja, se uma impressora sai do contingente da
Instituição e é direcionada para doação, o seu suprimento deve igualmente ser levado junto com
a mesma.
Muitas vezes é preferível atrasar um pouco a troca do item até a utilização total do
suprimento, do que o abarcar o desgaste quanto ao desfazimento do suprimento residual numa
troca intempestiva.
Daí sim, consolida-se o conceito de Almoxarifado não simples depósito.
2.1 ALMOXARIFADO OU DEPÓSITO?
Sob a ótica de administração de material, o termo Almoxarifado define o setor
responsável pelo recebimento, armazenamento e distribuição das matérias primas e materiais
consumidos ou produzidos por uma empresa, utilizando para tanto, técnicas adequadas e
controle específicos.
Quanto ao termo depósito, analisando a partir da triste realidade que ainda impera em
alguns órgãos, designa quase sempre o local utilizado para a guarda de materiais, sejam novos
ou usados, cuja maior preocupação é a segurança, baseando em primários controles de entrada
e saída, não sendo constatado a utilização de técnicas apropriadas e registro algum na conta
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estoque da Instituição. Logo, só existe o estoque físico, e não contábil, o que é incorreto e
amplamente condenado pelos Tribunais de Contas.
Outra conceituação importante é a diferença entre os termos estocagem e
armazenagem. Estão armazenados todos os materiais que se encontram dentro de um
almoxarifado ou armazém, pertencentes ou não ao estoque, desde que submetidos às técnicas
de armazenagem e controles necessários. Já os materiais estocados são aqueles cujos valores
integram a conta estoque, ou seja, ainda não foram baixados do estoque.
Assim, todo material cuja baixa de estoque foi efetuada ou aquele cujo registro de
entrada ainda não foi executado, está armazenado e não estocado. Logo todo material estocado
está armazenado, mas nem todo material armazenado está estocado.
2.2 IMPORTÂNCIA DO ALMOXARIFADO
A importância do Almoxarifado está na razão direta da condição estratégica de que goza
a estrutura organizacional de uma empresa, onde sua atribuição maior será sempre a de não
permitir o desabastecimento, ou seja, fornecer de forma contínua e ininterrupta materiais e
matérias-primas às diversas unidades produtivas da empresa. Fará o papel de “mercado
interno”, já que deverá satisfazer as necessidades materiais deste, evitando assim, que a cada
demanda se crie um procedimento de aquisição.
2.3 ATRIBUIÇÕES DO ALMOXARIFADO
Embora pouco valor seja dado a Gestão patrimonial de uma empresa, principalmente no
setor Público, esta é extremamente importante para o sucesso da mesma.
Basta para isso observar as atribuições de um Almoxarifado:
ü Assessorar a Diretoria em assuntos de sua área;
ü Instruir processos para auxiliar a Administração em suas decisões;
ü Desenvolver estudos objetivando o aprimoramento dos serviços da área;
ü Propor políticas e diretrizes relativas a estoques e programação de aquisição e o
Fornecimento de material de consumo;
ü Acompanhar a execução automatizada do Sistema de Material no que diz respeito à
atualização de documentos pertinentes;
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ü Divulgar as informações orçamentárias relativas a material de consumo aos
usuários do Sistema de Material;
ü Receber, conferir e armazenar material de consumo, equipamentos e material
permanente;
ü Controlar o estoque físico de material de consumo;
ü Estabelecer as necessidades de aquisição de material de consumo para fins de
reposição de estoque, bem como solicitar sua aquisição;
ü Verificar no estoque físico a existência de material de consumo em desuso,
propondo à Administração Superior a criação de comissão para estudar a
destinação dos mesmos;
ü Elaborar balancete mensal da movimentação de material de consumo,
equipamentos e material permanente.
2.4 O ALMOXARIFE
Até meados do século passado, o almoxarife ainda era visto como um mero guarda de
materiais; suas atribuições eram restritas ao trabalho de vigiar os estoques e de somente
distribuí-los com autorização superior, onde a fidelidade e a honestidade eram requisitos
básicos, e únicos, para candidatos ao exercício da função.
Nos dias atuais, a competitividade de mercado e a evolução dos recursos humanos e de
tecnologia, deram origem a um profissional mais capacitado e consciente de sua importância,
conservando virtudes e agregando qualidades inerentes ao desempenho da função.
Em se tratando de almoxarife, é indispensável ser organizado, uma vez que deverá
manter com exatidão uma enorme diversidade de itens. É fundamental que seja observador e
atento aos mínimos detalhes dos diversos tipos de materiais com que irá lidar. É essencial a
capacidade de concentração no desempenho das atividades, já que o almoxarife estará sempre
envolvido com cálculos, previsões de quantidades, códigos, etc., onde a precisão é de suma
importância.
Hoje a figura do Almoxarife já seria melhor denominada como Chefe do Setor de
Registro e Controle Patrimonial, uma vez que no Setor Público, o responsável pela guarda do
material – Almoxarife – invariavelmente se confunde com a do Gestor de Material.
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2.5 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
O Almoxarifado, na maioria das empresas, se constitui de um Setor organizado para a
execução de três atividades básicas: recebimento, armazenagem e distribuição, estando o
planejamento de materiais e a gestão de estoque sob a responsabilidade de específico.
Todavia, pelas especificações organizacionais verificadas em grande número de órgãos
públicos, verifica-se que quase sempre a gestão e planejamento de materiais são executados
pelo próprio Almoxarifado, dentro de uma atividade comumente chamada de controle,
geralmente desenvolvida pelo servidor responsável pelos registros de entrada em baixa de
estoque, ou quando não, pelo próprio chefe do Setor. Acaba-se por redefinir o termo Controle
por Gestão de Estoques.
2.6 NORMAS INTERNAS DO ALMOXARIFADO
O Almoxarifado deverá possuir um horário fixo de atendimento ao público, de
preferência ininterrupta, e amplamente divulgado.
Só poderá ter acesso e trânsito a área interna do Almoxarifado servidores lotados no
seu quadro funcional. É vedada a entrada e circulação de pessoas estranhas ao Setor.
É terminantemente proibido fumar nas dependências do Almoxarifado, sob pena de
imediata responsabilização do infrator.
Sob hipótese alguma o Almoxarifado poderá dar guarda provisória ou permanente, a
material que não seja de propriedade ou destinado a Instituição, que esteja fora de sua carga ou
responsabilidade ou que não integre o seu elenco ou estoque.
2.7 PLANEJAMENTO FÍSICO DO ALMOXARIFADO
O planejamento físico de um Almoxarifado é tarefa que merece a maior atenção dos
administradores. É de fundamental importância a precisa definição de sua localização,
instalação e lay-out, que deverão atender a critérios técnicos.
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2.7.1 LOCALIZAÇÃO E INSTALAÇÃO
Por ser o Almoxarifado um setor estratégico para a empresa, o projeto de localização e
instalação deverá considerar: maior proximidade com o centro consumidor; evitar situá-lo no
centro do corpo da Empresa, as condições topográficas e metereológicas do terreno,
preferência por local aberto, bem ventilado, batido pelo sol, onde a altura dos prédios vizinhos
não o torne um lugar sombrio, evitar locais cujos acessos se dêem por escadas,corredores
estreitos, elevadores, etc., subordinar-se a plano que vise principalmente receber e distribuir,
optar quando possível, por edifício térreo, com pátio de manobras que facilite a carga e
descarga, conhecimento prévio dos materiais e matérias-primas que serão estocados, projeto
que vise o aproveitamento do espaço vertical.
A não ser por motivos especiais, como natureza dos materiais, segurança, prédio
apropriado não é aconselhável a localização do almoxarifado fora do meio de trabalho.
2.7.2 TIPOS DE ALMOXARIFADO
Devido à variedade de materiais utilizados por uma empresa, a armazenagem dos
mesmos tem se constituído uma difícil tarefa a ser desenvolvida.
Para efetivo atendimento numa crescente diversidade de áreas de atividades em que
grandes empresas atuam, muitas vezes são criados almoxarifados específicos, como, por
exemplo, almoxarifado de material hidráulico, de produtos químicos, de carpintaria, dentre
outros.
Em geral, podemos caracterizar os almoxarifados como:
ü Almoxarifados abertos
ü Almoxarifados fechados
Onde poderão se apresentar em três tipos básicos, dependendo das características de
cada material:
Armazém èedificação dotada de piso nivelado, cobertura, paredes laterais e frontais,
portas , com área útil dividida em área de administração, serviços e área de armazenagem.
Galpão è Estrutura dotada de piso nivelado, cobertura e fechamento lateral e frontal
ou não, dependendo do tipo de material armazenado e segurança necessária.
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Pátio è área de armazenagem aberta, ao ar livre, devidamente cercada, piso nivelado,
drenado e pavimentado, com espaço suficiente para movimentação de veículos.
O primeiro destina-se aos materiais cuja composição física, química, além do tamanho,
valor próprio e demais especificações não permitem exposição ao intemperismo natural, além de
pedir um eficiente sistema de conservação e segurança.
O segundo armazena materiais teoricamente não perecíveis ( que não se estragam
facilmente), mas que , porém, requerem certa proteção quanto a segurança e agentes naturais,
seja por eles ou por suas embalagens, exemplos: tubos pvc, peças de madeira, cantoneiras de
aço e alumínio, revestimentos, etc.
Já os galpões fechados acondicionam com o devido cuidado cimento, argamassa, cal e
outros itens de construção, além decomponentes de máquinas e equipamentos de grande porte,
etc., onde os fatores de umidade e segurança, deverão ser considerados para a manutenção da
guarda e qualidade.
Finalmente, nos pátios são armazenados materiais de fato não-perecíveis, onde a ação
metereológica não provoca perda de qualidade ou danos. Podem ser: areia, lajota, brita, cabos
revestidos ou não (bobinas), material que devido ao seu tamanho e peso não permite a
armazenagem em ambientes fechados, já que a sua movimentação necessita de equipamentos
de grande porte.
2.7.3 ESPAÇO E LAY-OUT
A correta utilização do espaço disponível demanda estudo exaustivo das cargas a
armazenar, dos níveis de armazenamento, das estruturas para armazenagem e dos meios
mecânicos a utilizar.
Indica-se a real ocupação do espaço por meio do indicador "taxa de ocupação
volumétrica", que leva em consideração o espaço disponível versus o espaço ocupado.
A elaboração de Lay-out para a organização de um almoxarifado visa aproveitar melhor
e de forma racional o seu espaço horizontal e vertical, tendo por conseqüência uma melhor
armazenagem dos materiais.
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Alguns cuidados devem ser tomados durante o projeto do layout de um almoxarifado, de
forma que se possa obter as seguintes condições: máxima utilização do espaço; efetiva
utilização dos recursos disponíveis ( mão de obra e equipamentos ); pronto acesso a todos os
itens; máxima proteção aos itens estocados; boa organização; satisfação das necessidades dos
clientes.
No projeto de um almoxarifado devem ser verificados os seguintes aspectos : itens a
serem estocados ( itens de grande circulação, grande peso e volume); corredores (facilidades
de acesso); portas de acesso (altura, largura); prateleiras e estruturas (altura x peso ); piso
(resistência).
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CAPÍTULO III
ATIVIDADES DE ALMOXARIFADO
Geralmente, os almoxarifados públicos possuem quatro atividades básicas:
recebimento, estocagem, controle e distribuição. Essas atividades bem desenvolvidas
representam não só a estrutura do almoxarifado, mas o nível de organização de uma empresa.
3.1 RECEBIMENTO
É a atividade de inspeção e conferência do material e suas condições de aquisição, com
o conseqüente aceite ou rejeição pelo almoxarifado.
O setor público possui legislação específica que aborda o tema. Assim sendo, o
recebimento do material deverá ser orientado pelo que consta na Instrução Normativa SADAP
205/88 e pelo que estabelece os artigos 15, 73, 74 e 76 da lei 8666/93.
As atividades de recebimento abrangem desde a recepção do material na entrega pelo
fornecedor até a entrada nos estoques. A função de recebimento de materiais é módulo de um
sistema global integrado com as áreas de contabilidade, compras e transportes e é
caracterizada como uma interface entre o atendimento do pedido pelo fornecedor e os estoques
físico e contábil.
O recebimento compreende quatro fases :
1a fase : Entrada de materiais;
2a fase : Conferência quantitativa;
3a fase : Conferência qualitativa;
4a fase : Regularização
3.1.1 TIPOS DE CONFERÊNCIAS
Considerando a necessidade de aferir se os dados de compras e os materiais em
processo de entrega estão coincidentes, deverá o almoxarife proceder:
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Conferência Documental è é o confrontamente dos dados do documento fiscal ( nota
fiscal) com o Contrato de Compra ( ordem de compra, de fornecimento, de empenho, etc. ),
verificando as condições comerciais pactuadas e constantes em ambos documentos.
Esta verificação é necessária porque qualquer divergência verificada posteriormente,
pode dificultar a regularização daquela aquisição, da contabilidade e do pagamento.
Conferência Qualitativa è a inspeção qualitativa compreende a verificação da qualidade
do material entregue pelo fornecedor à vista da Ordem de compra e especificações nela
contidas.
No recebimento, a análise/inspeção do material entregue pelo fornecedor torna-se
imprescindível para perfeita identificação do material em comparação com os requisitos.
Esta inspeção poderá, dependendo do caso, se dar sob duas formas:
Inspeção 100%: é aquela em que todos os materiais, um-a-um, devem ser
minunciosamente analisados.
Inspeção por amostragem é utilizada quando o recebimento de grande volume de um
determinado material, onde faz-se necessário formar um lote de inspeção, que se dará pela
retirada aleatória de certa quantidade de unidades para verificação de conformidade com o
exigido e constante no contrato de compras.
A ABNT recomenda que uma análise por amostragem se dê em 5 a 10% do total de
unidades entregues.
Ao se deparar com qualquer problema técnico no recebimento, o almoxarife deverá se
utilizar dos manuais técnicos, catálogos dos fabricantes, desenhos, projetos técnicos e ainda,
quando necessário, elaborar testes de laboratório, ou recorrer ao requisitante para que o mesmo
faça o reconhecimento técnico do material.
Somente após o reconhecimento e aprovação do material pelos setores competentes, é
que será dado o recebimento definitivo observando, é claro, se o quantitativo entregue está de
acordo com o exigido.
Conferência Quantitativa è compreende a conferência e contagem do material recebido,
em confronto com a quantidade informada na nota fiscal e ordem de compra, ou outro docmento
que autorizou o fornecimento.
25
3.2 ARMAZENAGEM
Compreende especificamente a guarda, segurança e prevenção do material adquirido,
utilizando técnicas adequadas, a fim de suprir as necessidades operacionais das unidades
integrantes da estrutura do órgão.
3.2.1 PLANEJAMENTO DE ESTOCAGEM
Dependendo das características do material, a armazenagem pode dar-se em função
dos seguintes parâmetros: fragilidade; combustibilidade; volatilização; oxidação; explosividade;
intoxicação; radiação; corrosão; inflamabilidade; volume; peso; forma.
Os materiais sujeitos à armazenagem não obedecem regras taxativas que regulem o
modo como os materiais devem ser dispostos no Almoxarifado. Por essa razão, deve-se
analisar, em conjunto, os parâmetros citados anteriormente, para depois decidir pelo tipo de
arranjo físico mais conveniente, selecionando a alternativa que melhor atenda ao fluxo de
materiais:
ü Armazenagem por tamanho : esse critério permite bom aproveitamento do espaço;
ü Armazenamento por freqüência : esse critério implica armazenar próximo da saída
do almoxarifado os materiais que tenham maior freqüência de movimento;
ü Armazenagem especial, onde destacam-se :
ü os ambientes climatizados;
ü os produtos inflamáveis, que são armazenados sob rígidas normas de
segurança;
ü os produtos perecíveis ( método FIFO)
ü Armazenagem em área externa : devido à sua natureza, muitos materiais
podem ser armazenados em áreas externas, o que diminui os custos e amplia
o espaço interno para materiais que necessitam de proteção em área coberta.
Podem ser colocados nos pátios externos os materiais a granel, tambores e
“containers” , peças fundidas e chapas metálicas.
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ü Coberturas alternativas: não sendo possível a expansão do almoxarifado, a
solução é a utilização de galpões plásticos, que dispensam fundações,
permitindo a armazenagem a um menor custo.
Independentemente do critério ou método de armazenamento adotado é oportuno
observar as indicações contidas nas embalagens em geral, conforme mostram as figuras
abaixo:
3.2.2 LOCALIZAÇÃO DE MATERIAIS
O objetivo de um sistema de localização de materiais é estabelecer os meios
necessários à perfeita identificação da localização dos materiais. Normalmente é utilizada uma
simbologia (codificação) alfanumérica que deve indicar precisamente o posicionamento de cada
material estocado , facilitando as operações de movimentação e estocagem.
3.2.3 SISTEMAS DE ENDEREÇAMENTO OU LOCALIZAÇÃO DOS ESTOQUES ;
Existem dois métodos básicos : o sistema de endereços fixos e o sistema de endereços
variáveis.
3.2.3.1 SISTEMA DE ENDEREÇAMENTO FIXO :
Nesse sistema existe uma localização específica para cada produto. Caso não haja
muitos produtos armazenados , nenhum tipo de codificação formal será necessária. Caso a linha
de produtos seja grande, deverá ser utilizado um código alfanumérico, que visa a minimização
do tempo de localização dos materiais.
3.2.3.2 SISTEMA DE ENDEREÇAMENTO VARIÁVEL :
Nesse sistema não existem locais fixos de armazenagem, a não ser para itens de
estocagem especial. Os materiais vão ocupar os locais disponíveis dentro do depósito. O
inconveniente desse sistema é o perfeito controle que se deve ter da situação, para que não se
corra o risco de possuir material perdido em estoque, que somente será descoberto ao acaso ou
durante o inventário. Esse controle deverá ser feito por duas fichas, uma ficha para controle do
saldo por item e a outra para controle do saldo por local de estoque.
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Apesar de o sistema de endereços variáveis possibilitar melhor utilização do espaço,
este pode resultar em maiores percursos para montar um pedido, pois um único item pode estar
localizado em diversos pontos Esse método é mais popular em sistemas de manuseio e
armazenagem automatizados, que exigem um mínimo de mão-de-obra.
Para arrumar os materiais de uma forma mais racional, o almoxarife deve estar sempre
atento aos seguintes cuidados:
ü Cuidar para manter permanentemente livres os acessos às prateleiras do
almoxarifado;
ü Manter os materiais estocados em perfeitas condições de uso;
ü Arrumar nas prateleiras os materiais ais antigos na frente dos adquiridos mais
recentemente;
ü Conservar os materiais de acordo com suas características, ou seja, materiais
ferrosos, por exemplo, sujeitos à oxidação, devem receber proteção de graxa e óleo;
ü Não misturar materiais de diferentes tipos;
ü Arrumar os materiais e equipamentos nas prateleiras de tal forma que o peso fique
bem distribuído;
ü Estocar os materiais mais pesados em locais de fácil acesso.
ü Manter ao alcance do almoxarife os materiais utilizados com mais freqüência;
ü Arrumar os materiais perecíveis em locais de fácil visualização;
ü Guardar materiais miúdos como porcas, presilhas, botões, etc. em caixas,
distribuídas ordenadamente nas prateleiras ou gavetas.
3.2.4 CLASSIFICAÇÃO E CODIFICAÇÃO DOS MATERIAIS
Um sistema de classificação e codificação de materiais é fundamental para que existam
procedimentos de armazenagem adequados, um controle eficiente dos estoques e uma
operacionalização correta do almoxarifado.
Classificar um Material significa agrupá-lo segundo sua forma, dimensão, peso, tipo e
uso. Em outras palavras, classificar um material significa ordená-lo segundo critérios adotados,
28
agrupando-os de acordo com as suas semelhanças. Classificar os bens dentro de suas
peculiaridades e funções tem como finalidade facilitar o processo de posteriormente dar-lhes um
código que os identifique quanto aos seus tipos, usos, finalidades, datas de aquisição,
propriedades e seqüência de aquisição. Por exemplo, com a codificação do bem passamos a
ter, além das informações acima mencionadas, um registro que nos informará todo o seu
histórico, tais como preço inicial, localização, vida útil esperada, valor depreciado, valor residual,
manutenção realizada e previsão de sua substituição.
A classificação dos itens é composta de diversas etapas, quais sejam : catalogação,
simplificação, especificação, normalização e padronização rumo à codificação de todos os
materiais que compõem o estoque da empresa.
Vejamos melhor a conceituação de "classificação", definindo melhor cada uma dessas
etapas :
Catalogação : significa o arrolamento de todos os itens existentes de modo a não omitir
nenhum deles.
Vantagens da Catalogação:
ü A catalogação proporciona uma idéia geral da coleção;
ü Facilita a consulta por parte dos usuários;
ü Facilita a aquisição de materiais;
ü possibilita a conferência;
ü evita duplicidade de codificação;
Simplificação : significa a redução da grande diversidade de itens empregados para uma
mesma finalidade. Quando duas ou mais peças podem ser usadas para o mesmo fim,
recomenda-se a escolha pelo uso de uma delas;
Especificação : significa a descrição detalhada de um item, como suas medidas,
formato, tamanho, peso etc. Quanto mais detalhada a especificação de um item, menos dúvida
se terá a respeito de sua composição e características, mais fácil será a sua compra e inspeção
no recebimento.
29
Normalização : essa palavra deriva de normas, que são as prescrições sobre o uso do
material; portanto significa a maneira pela qual o material deve ser utilizado em suas diversas
aplicações;
Padronização : significa estabelecer idênticos padrões de peso, medidas e formatos
para os materiais, de modo que não existam muitas variações entre eles. Por exemplo, a
padronização evita que centenas de parafusos diferentes entrem em estoque.
Vantagens da Padronização:
ü Possibilita a simplificação de materiais;
ü Facilita o processo de normalização de materiais;
ü Aumenta poder de negociação;
ü Reduz custos de aquisição e controle;
ü Reduz possibilidade de erros na especificação;
ü Facilita a manutenção;
ü Possibilita melhor programação de compras;
ü Permite reutilização e permutabilidade
Assim a catalogação, a simplificação, a especificação, a normalização e a padronização
constituem os diferentes passos rumo à codificação. A partir da classificação pode-se codificar
os materiais .
Codificar um material significa representar todas as informações necessárias,
suficientes e desejadas por meio de números e/ou letras, com base na classificação obtida do
material.
A tecnologia de computadores está revolucionando a identificação de materiais e
acelerando o seu manuseio.
A chave para a rápida identificação do produto, das quantidades e fornecedor é o código
de barras lineares ou código de distribuição. Esse código pode ser lido com leitores óticos
(scanners) . Os fabricantes codificam esse símbolo em seus produtos e o computador no
depósito decodifica a marca, convertendo-a em informação utilizável para a operação dos
sistemas de movimentação interna, principalmente os automatizados.
30
3.2.5 EQUIPAMENTOS DE ARMAZENAGEM
Em armazenagem, costuma-se designar genericamente de unidades de estocagem a
estrutura destinada a arrumação, localização e segurança do material de estoque. Poderão ser
estantes, armações, estrados (pallets), caixa e outros. Os mais usados são as estantes e os
estrados.
ESTANTE – é o conjunto estrutural desmontável, metálico ou de madeira, destinado à
estocagem de material com peso e/ou volume relativamente baixos. As estantes poderão ser
seccionadas horizontalmente formando prateleiras, horizontal e vertical formando escaninhos,
bem como poderão comportar gavetas.
ESTRADO OU PALLET – é uma estrutura metálica, plástica ou de madeira tratada, de seção
retangular ou quadrada, destina-se a estocagem de material que em face de seu peso e/ou
volume, características físicas ou quantidade, não podem ser estocados em estantes e
armações, além de permitir a movimentação de um número maior de unidades. Muito utilizado
em organização de espaços verticais.
Para entendermos plenamente a utilização do espaço vertical, há que se analisar a
utilidade de paletes para a movimentação, manuseio e armazenagem de materiais. A
paletização vem sendo utilizada em empresas que demandam manipulação rápida e
armazenagem racional, envolvendo grandes quantidades. A paletização tem como objetivo
realizar, de uma só vez, a movimentação de um número maior de unidades. Ao pallet é atribuído
o aumento da capacidade de estocagem, economia de mão-de-obra, tempo e redução de
custos. O emprego de empilhadeiras e pallets já proporcionou a muitas empresas economia de
até 80 % do capital despendido com o sistema de transporte interno.
Inicialmente os pallets eram empregados na manipulação interna de armazéns e
depósitos e hoje acompanham a carga, da linha de produção à estocagem, embarque e
distribuição. Em razão da padronização das medidas do pallet pelos países como Estados
Unidos e Inglaterra, eles passaram a ser utilizados através dos continentes em caminhões,
vagões ferroviários e embarcações marítimas.
E O QUE É UM PALETE ?
Trata-se de uma plataforma disposta horizontalmente para carregamento, constituída de
vigas, blocos ou uma simples face sobre os apoios, cuja altura é compatível com a introdução
31
dos garfos da emplilhadeira, e que permite o agrupamento de materiais, possibilitando o
manuseio, a estocagem, a movimentação e o transporte num único carregamento.
Os pallets são plataformas, nas quais as mercadorias são empilhadas, servindo para
unitizar, ou seja, transformar a carga numa única unidade de movimentação.
VANTAGENS DA UTILIZAÇÃO DE PALETES
ü Melhor aproveitamento do espaço disponível para armazenamento, utilizando-se
totalmente do espaço vertical disponível, por meio do empilhamento máximo;
ü Economia nos custos de manuseio de materiais, por meio da redução do custo da
mão-de-obra e do tempo necessário para as operações braçais;
ü Possibilidade de utilização de embalagens plásticas ou amarração por meio de fitas
de aço da carga unitária, formando uma só embalagem individual;
ü Compatibilidade com todos os meios de transporte (marítimo, terrestre, aéreo);
ü Facilita a carga, descarga e distribuição nos locais acessíveis aos equipamentos de
manuseio de materiais;
ü Permite a disposição uniforme de materiais, o que concorre para a desobstrução
dos corredores do armazém e dos pátios de descarga;
Os paletes podem ser manuseados por uma grande variedade de equipamentos, como
empilhadeiras, transportadores, elevadores de carga e até sistemas automáticos de
armazenagem.
3.2.6 CONSERVAÇÃO DOS MATERIAIS
Os cuidados normais que são requeridos pelos materiais para a sua perfeita
conservação dependem, essencialmente, das características e natureza dos mesmos.
Os materiais armazenados estão sujeitos a determinados eventos, os quais poderão
originar transformação e/ou alterações que resultarão em inutilização, causando sérios prejuízos
à Instituição; Merecem destaque, alguns como causa e efeito:
ü Armazenagem prolongada – responsável por fenômenos como empenamento,
descoloração, liquidificação, solidificação, apodrecimento, etc.
32
ü Reações químicas – causadas pela manipulação incorreta de embalagens,
exposição a calor ou frio, contato com outros agentes, etc.
ü Contaminação – por insetos, roedores ou substâncias tóxicas.
ü Ação biológica – bactérias, fungos, mofo, etc.
ü Danos físicos – devido a movimentação e armazenagem pouco cuidadosos,
gerando quebras, avarias, achatamentos, rompimento de embalagens, etc.
ü Temperatura – variações inadequadas e freqüentes.
ü Fenômenos metereológicos – chuva, sol, vento, geada, etc.
ü Oxidação – apenas sobre produtos metálicos.
ü Odores estranhos – alguns materiais são suscetíveis de absorver odores.
ü Umidade – causa um sem número de fenômenos prejudiciais à conservação dos
materiais.
3.2.7 SEGURANÇA NA ARMAZENAGEM
Entende-se por segurança de armazenagem o conjunto de ações, normas e
procedimentos que visam evitar furtos e roubos, quebras e avarias, acidentes pessoais, de
equipamentos e materiais, bem como de todas as medidas que assegurem o patrimônio da
Instituição.
As principais ações são: evitar acesso e circulação de pessoas estranhas ao quadro de
servidores do almoxarifado; proibir terminantemente o fumo nas instalações internas do
armazém; providenciar a instalação de equipamentos contra incêndio, observando normas
técnicas; evitar trânsito de veículo em velocidade que ponha em risco as pessoas, materiais e
instalações; utilizar símbolos que estabeleçam cuidados na estocagem, manuseio e transporte
dos materiais; utilizar cores, dísticos, acessórios e símbolos de segurança em toda a área do
almoxarifado, através de placas, etiquetas, cones, pintura, etc.
3.2.8 CONTROLE DE ALMOXARIFADO
O controle de almoxarifado se dá pelo conjunto de ações integradas que registram e
garantam a eficiência da movimentação de estoque, bem como de ações relacionadas a sua
33
gestão, manutenção e segurança, sempre baseadas em técnicas específicas e acobertadas por
documentos.
Todo o processamento poderá ser manual ou informatizado, dependendo do porte e
estrutura da Instituição.
3.2.8.1 MOVIMENTAÇÃO DE ESTOQUE
A movimentação se dá por entradas e saídas sendo que cada uma delas possui seus
próprios fluxos.
Tomando-se por exemplo o Tribunal Federal Regional da 2ª Região, observa-se que o
mesmo segue uma I. N. de número 24-14, que normatiza todo o procedimento para
movimentação dos bens:
1 Os materiais sujeitos à deterioração ou obsoletismo deverão ser adquiridos em
quantidades suficientes à plena utilização antes da perda de sua utilidade, adotando-se,
para tanto, critérios adequados a sua quantificação.
2 As requisições de compra de material somente deverão ser emitidas após consulta ao
setor de almoxarifado ou de patrimônio, conforme seja o caso, para certificar-se da real
necessidade da aquisição.
3 Sempre que detectar requisição de compra de material em quantidade acima da sua
capacidade de armazenamento em condições de segurança e conservação, a DIMAT
deverá informar o requisitante e cientificar a SAT.
4 Os setores que demandam materiais em grande quantidade e/ou que sofram grande
variação de consumo dependendo das atividades programadas, deverão apresentar à
DIMAT a previsão do consumo excepcional, descrição e quantidade de material, ao
longo do exercício.
5 Eventual redução ou suspensão da utilização de material, inclusive suprimento para
equipamento a ser substituído, deverá ser informada à DIMAT, de forma que possam ser
reprogramadas ou suspensas as compras futuras.
34
6 O acompanhamento dos níveis de estoque e as decisões de quando e quanto comprar
poderão ocorrer em função dos fatores, fórmulas e orientações constantes do módulo 11
da IN-06-01 do CJF.
1 A produção interna de materiais deverá ser registrada no sistema de almoxarifado ou
patrimônio e no sistema contábil, observando-se o seguinte procedimento:
a) a guia de produção ou ordem de serviço deve possuir os elementos necessários ao
levantamento do custo de produção, a ser contabilizado, considerando os insumos
utilizados, o custo da mão-de-obra e outros custos diretos e indiretos;
b) o registro será realizado com base na guia de produção ou ordem de serviço,
através dos eventos contábeis apropriados, conforme orientação da SCI.
2 Qualquer material para ser recebido deverá vir acompanhado de documento hábil
para tanto, a saber:
a) documento fiscal na aquisição do material;
b) termo de cessão, transferência ou doação;
c) guia de produção; ou
d) outro documento, se for o caso.
9. O recebimento provisório de material não constitui aceitação do mesmo.
10. A aceitação é condição essencial para o recebimento definitivo do material, que se dá
com a verificação da quantidade, qualidade e valor, de acordo com o contrato.
11. O recebimento de material de consumo deverá ser realizado, sempre que possível, por
intermédio da DIMAT.
12. O recebimento de material permanente deverá ser realizado pela DIMAT, e, ainda,
quando for o caso, com os setores técnicos e comissões especialmente nomeadas.
13. Nas situações previstas na legislação, e sempre que julgar necessário, a SG poderá
providenciar a nomeação de comissão composta de pessoas habilitadas para realizar o
35
recebimento do material, sem prejuízo do acompanhamento e das medidas de
competência da DIMAT.
14. Quando a aceitação do material não demandar verificação de características técnicas
específicas a ser efetuada por servidores ou comissão especializada, o responsável pelo
almoxarifado, após as conferências de praxe, poderá receber definitivamente o material.
15. Quando se tratar de material de consumo imediato, que não transite fisicamente pelo
almoxarifado, o recebimento do material deverá ser imediatamente comunicado àquele
setor para que possam ser efetuados os registros necessários no sistema administrativo,
de forma a compatibilizá-lo com o SIAFI.
16. O gestor do contrato, quando não aceito o material entregue, deverá providenciar junto
ao fornecedor a sua regularização, cientificando formalmente à DCONT para fins de
acompanhamento e adoção das medidas que se fizerem necessárias.
ENTRADAS (INCORPORAÇÕES):
As entradas de materiais, contabilmente chamadas de incorporações patrimoniais,
deverão se dar, ordinariamente, por documentação específica para cada caso que lhe dê
origem, que poderão ser: Aquisição; Doação; Permuta; Transferência; Empréstimo; Devolução;
Produção, entre outras.
Seus registros devem ser bem especificados e serão efetuados a partir das seguintes
informações: classificação da origem (aquisição, doação, …); número do documento de origem
(nota de empenho, termo de transferência, termo de doação, …); nome do fornecedor /
remetente; número do processo (quando houver); número da nota fiscal/fatura; data do registro
de entrada; nome do setor destino; classificação contábil; código do material; descrição do
material; quantidade; unidade de fornecimento; preço unitário; preço total do item; preço total da
nota; prazo de validade/garantia.
36
3.2.8.2 FOMULÁRIOS DE ALMOXARIFADO
Ao estabelecer-se o sistema de controle em almoxarifado, é necessário frisar a
importância dos formulários, que representam os documentos oficiais nas operações internas e
externas desse Setor Fundamental.
Entre outros podemos destacar os seguintes:
Ordem de Fornecimento: é um formulário emitido pelo setor de Compras. Sua função é
a conferência do material recebido.
Requisição de Material: é o documento utilizado por todos os setores da empresa e tem
por finalidade requisitar material do almoxarifado e informar a contabilidade sobre a utilização e
o custo do material. Os materiais solicitados devem constar do elenco de materiais do
almoxarifado, sempre respeitando os prazos e normas estipuladas pelo mesmo.
Ficha de Prateleira: é uma ficha auxiliar para o almoxarife. Dela constam os dados
referentes a entrada e saída do material, apoiando a almoxarife em sua conferência nos
inventários periódicos.
Ficha de Controle de Estoque: é utilizada para controle de estoque do almoxarifado.Tem
por finalidade controlar os materiais existentes no almoxarifado e servir de instrumento de
medida para reposição de materiais.
Nota de Entrada de Material: é o documento que registra todos os dados do material
recebido pelo Almoxarifado.Esses dados são extraídos da Ordem de Fornecimento e da Nota
Fiscal/fatura do fornecedor.
Formulário de Autorização para Requisitante: documento que autoriza o credenciamento
de servidor junto ao Almoxarifado da Instituição para fins de requisição de material. Essa
autorização será dada pela direção geral de cada órgão requisitante, cabendo a mesma toda a
responsabilidade decorrente de tal ato.
Carta de Cobrança a Fornecedor: documento utilizado sempre que for constatado atraso
na entrega de material por parte dos fornecedores.
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Aviso de Devolução: documento a ser utilizado pelo Almoxarifado sempre que
constatar, no ato do recebimento do material, qualquer irregularidade decorrente da entrega
efetuada pelo fornecedor.
3.2.8.3 ACOMPANHAMENTO E COBRANÇA A FORNECEDOR
Comumente observa-se reclamações da qualidade das empresas fornecedoras,
disponíveis no mercado, não obstante a necessidade de cadastramento prévio, exigida em lei,
com alguns casos de exceção. Citam-se problemas dos mais variados: atraso de entrega,
entrega de mercadoria falsificada, falsificação de documentos, entre outros.
Porém, quando se trata de tomar as providências necessárias para coibir este tipo de
comportamento de fornecedores não quistos dentro do plantel dos órgãos públicos, geralmente
os responsáveis desconversam, alegando que encaminharam o problemas para o escalão
superior, ou que já deram uma “dura” e estão aguardando a resposta, ou ainda, que dado as
exigências da lei e dificuldades de conseguirem fornecedores, simplesmente deixaram para lá,
acatando a desculpa.
Impressiona-se a complacência com que são tratados os maus fornecedores, não
obstante o rigor com que trata a lei 8.666/93 no seu artigo 87, imputando penas de Advertência,
Multa, Suspensão e declaração de Inidoneidade, além da recente legislação do Pregão que
institui a penalização por até 05 anos. Vale observar que toda legislação sempre tende a
preservar i interesse público.
Na verdade, a punição não é imputada adequadamente por desconhecimento,
descompromisso, conchavos e, principalmente, por não se dispor de recursos organizacionais
suficientemente claros para tal fim.
Num procedimento mais ajustado, seriam necessárias as seguintes medidas
saneadoras das disfunções acima citadas: criação de regulamento interno que defina em que
condições as penalidades serão aplicadas; definição de prazos de tolerância para atrasos, de
cobrança, de justificação, etc; definição de rotina de cobrança rigorosa, com agilidade nos
encaminhamentos a autoridade superior, setor responsável pelos registros cadastrais, etc.;
documentação e registro de todas as fases e contatos, através de expedientes formais e/ou
despachos, nunca verbais, que darão sustentação a uma possível ação jurídica, solicitar que
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conste no Edital de licitações todas as informações e esclarecimentos, resoluções internas e
previstas em lei.
3.3 DISTRIBUIÇÃO
A distribuição é uma importante etapa dentro da gestão do Almoxarifado. Representa
uma atividade que tem como fundamento principal o fornecimento e entrega ao cliente do
material certo, na hora certa e no local certo. Caso não possua eficiência, pode colocar a perder
todo o processo e etapas da cadeia do material.
Lembramos que todo material adquirido e conseqüentemente, recebido pelo
Almoxarifado, depois de debitado pela contabilidade, passa a ser de inteira responsabilidade do
Almoxarifado, que terá como incumbência a sua guarda e distribuição.
Assim, observa-se que a distribuição de materiais deverá ser planejada, com definições
claras de ações e, principalmente sustentada por normas de funcionamento, tipo: entrega
programada de materiais aos setores – cronograma de entrega - ; identificação prévia de
responsável pelo recebimento nos setores; documentação que acoberte toda a operação.
Deve-se estar sempre em alerta que nenhum material existente no estoque do
Almoxarifado deve ser fornecido sem a competente requisição.
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CAPÍTULO IV
GESTÃO PATRIMONIAL
4 FUNDAMENTOS DA GESTÃO
A manutenção de estoque de material representa imobilização de capital, além de
acarretar outros custos administrativos para a organização.
O ideal para a empresa seria não possuí-lo, na medida em que fosse possível atender
ao usuário no momento que ocorresse a sua necessidade. Entretanto, na prática, isso não
acontece, tornando-se necessário a existência de um certo número de itens de materiais
estocados, disponíveis aos usuários de forma imediata, que serviria para garantir a manutenção
das atividades operacionais da Instituição.
Se não podemos evitar a formação de estoques, deve-se, quando muito, tê-los em
número reduzido de itens e em quantidades mínimas.
Justifica-se a existência de estoques, a partir das seguintes razões:
ü Impossibilidade de se ter os materiais em mãos quando as necessidades ocorrem;
ü Redução da necessidade de acionar constantemente o serviço de compra, que além de
gerar custos é, por via de regra, moroso;
ü Segurança contra riscos de desabastecimento do mercado fornecedor;
ü Garantia quanto a variação dos custos unitários, comum em períodos inflacionários.
Acredita-se que o objetivo fundamental da gestão de estoques consiste na busca do
equilíbrio entre o estoque e o consumo, o que será obtido mediante as seguintes atribuições,
regras e critérios:
ü Impedir a existência de materiais desnecessários, mantendo em estoque somente
aqueles de real necessidade do órgão;
ü Centralizar informações e dados que possibilitem o permanente acompanhamento e
planejamento das atividades de gestão.
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ü Definir os parâmetros de cada material incorporado ao sistema de gestão de estoques,
determinando níveis de estoque respectivos – máximo, mínimo e segurança;
ü Determinar, para cada material, as quantidades a comprar por meio das estatísticas de
consumo;
ü Analisar e acompanhar a evolução dos estoques da empresa, desenvolvendo estudos
estatísticas à respeito;
ü Desenvolver e implantar política de padronização de materiais;
ü Ativar o setor de compras nas compras regulares, bem como naquelas em que as
encomendas necessitem serem aceleradas;
ü Acompanhar e promover o acompanhamento das entregas junto aos fornecedores,
especialmente nas questões que ocasionam atraso de entrega;realizar frquentes
estudos visando o saneamento de estoque, minimizando assim as ocorrências de
materiais obsoletos e inservíveis em estoque.
4.1 TEORIA DO ESTOQUE ZERO
Dentro da filosofia japonesa “Just in Time”, que tem como fundamento eliminar o
desperdício, se apóia a teoria do ESTOQUE ZERO, que prega a idéia da eliminação de estoque
na empresa, ficando essa atribuição com os fornecedores, que deverão garantir o fornecimento
de materiais ou produtos nas quantidades necessárias e no momento exato em que serão
usados. Isto implica na necessidade de um planejamento e controle bastante apurado.
Teoricamente os fornecedores têm que saber com antecedência todo o planejamento de
consumo de seu cliente para que, a tempo e a hora, promovam a entrega dos itens necessários.
Se existe uma grande dificuldade de aplicação desta Teoria nas empresas privadas, que
gozam de autonomia e liberdade na escolha de seus parceiros comerciais, imaginem no setor
público. Essa dificuldade decorre da qualidade da parceria que deverá se estabelecer entre a
empresa contratante e o fornecedor, com garantia, compromisso e responsabilidade de
fornecimento, dentro de um elevado padrão profissional, sob risco de paralisação da produção.
Infelizmente, o mercado dispõe de poucos fornecedores que atendam a tais pré-requisitos.
Atualmente, no Setor Público, devido a evolução da legislação e a criação do
instrumento legal chamado Sistema de Registro de Preços, já podemos aplicar de forma
41
adaptada a teoria do estoque zero, uma vez que, se não podemos eliminar todo ou parte de
nossos estoques, podemos trabalhar com parcelas bem menores, limitados a um consumo
mensal ou bimestral, diminuindo substancialmente nossos custos e problemas de
armazenagem.
4.2 SISTEMA DE COTAS DE MATERIAL
Para se aprimorar o controle efetivo do consumo de materiais, adota-se o sistema de
cotas de materiais por unidade consumidora, que nada mais é que a definição de quantidade de
material pelo/para o usuário, que deverá ser consumida num determinado período de tempo.
Funciona como se fosse um fundo de crédito a disposição do usuário de material, estabelecida a
partir de determinados critérios. A definição destes critérios nem sempre é fácil, uma vez que no
setor público ainda não existe uma consciência sobre a utilização racional dos recursos
materiais, o que dificulta encontrar o ponto ideal do que realmente necessário, sem
desperdícios.
Todavia, a implantação do sistema de cotas é possível e se estabelecerá com base nos
seguintes critérios sugeridos, que poderão ser considerados de forma individual ou
conjuntamente: consumo histórico, demanda informada, limitação de recursos orçamentários,
descentralização orçamentária, controle por centro de custo.
4.3 FORMAÇÃO E DIMENSIONAMENTO DE ESTOQUE
Uma vez que se justifique a necessidade de estocar bens, deve-se definir qual e o
quanto estocar?
Caberá um planejamento para identificação do universo de materiais necessários a
cada setor da Instituição, bem como da quantidade de consumo que atenda a sua
produtividade.
Deve-se tomar cuidado com o segundo aspecto citado, uma vez que o usuário sempre
superestima as suas necessidades.
O maior desafio deste trabalho é alcançar o ponto de equilíbrio entre o ideal e o
possível, considerando sempre que, nesse caso, qualquer acréscimo gera gastos adicionais.
42
Finalmente, todos os dados levantados para o dimensionamento de um estoque devem
ser planilhados dentro de uma matriz de demanda, valor e criticidade.
4.3.1 CLASSIFICAÇÃO POR TIPO DE DEMANDA
Tem-se três tipos de demanda: a Regular ou Comum, a Específica e a Eventual.
Caracteriza-se a Regular como sendo aqueles materiais previsíveis, geralmente de uso comum
e vinculados a manutenção administrativa do Setor; já a Demanda Específica refere-se àqueles
materiais que são aplicados ou utilizados em condições e situações operacionais especificas de
um determinado Setor. Por último, a Demanda Eventual se caracteriza pelo material de
consumo de difícil previsão, eventualmente utilizados. Normalmente atendem a uma
programação específica, não existindo todo o tempo no Almoxarifado.
4.3.2 CLASSIFICAÇÃO POR VALOR DE CONSUMO
Desenvolveu-se o método ABC para que dar maior mobilidade no gerenciamento dos
estoques, pois permite identificar itens que justificam atenção e tratamentos diferenciados.
O método ABC ou curva ABC consiste no agrupamento de todos os itens de consumo
em três classes diferentes, de acordo com o valor real de estoque ou de consumo de cada um.
4.3.3 CLASSIFICAÇÃO POR VALOR OPERACIONAL – CRITICIDADE.
Consiste no agrupamento de todos os itens de estoque em 3 níveis, de acordo com a
importância operacional de cada item, sob a ótica das implantações dos riscos decorrentes de
sua falta.
ü Níveis de Criticidadeà Nível 1(X) – materiais imprescindíveis ao funcionamento da
empresa, cuja falta ocasiona a paralização da produção e custos não recuperáveis;
ü Nível 2(Y) à materiais cuja falta pode ocasionar custos adicionais, porém podem ser
substituídos por equivalentes.
ü Nível 3(Z) à materiais cuja falta não gera custos adicionais e nem provoca a
paralização de atividades.
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4.3.4 VALORAÇÃO DE ESTOQUE
Três são os sistemas existentes para a valoração dos estoques:
PEPS – primeiro a entrar primeiro a sair – é aquele que consiste na baixa dos itens de
estoque de valor mais antigo para os mais recentes.
O sistema PEPS muito embora seja permitido pela legislação do Imposto de Renda, sua
aplicação em uma economia inflacionária não é recomendada. Esse sistema é muito utilizado
para o controle físico dos materiais com base na Dara de validade.
UEPS – último a entrar e primeiro a sair – neste sistema a baixa de estoque se dá
sempre pelo custo das unidades mais recentes para aquelas mais antigas.
Muito embora seja o sistema de valoração mais apropriado para a economia
inflacionária, seu uso não é aceito, no Brasil, pela legislação do Imposto de Renda.
PREÇO MÉDIO – consiste na média ponderada entre os custos unitário dos estoques
remanescentes e o custo unitário mais recentes.
Este sistema é o mais recomendado visto que além de atender a legislação do Imposto
de renda, é de simples execução.
Para se apurar o preço unitário de movimentação, divide-se o saldo em valor pelo saldo
em quantidade.
4.3.5 RESSUPRIMENTO
O controle dos níveis de estoque não deve ser feito pela experiência, intuição ou
observação visual, apesar da importância que essas análises também possuem na prática
diária, mas sim, baseado em fórmulas matemáticas que garantam maior precisão e segurança
na definição de parâmetros de ressuprimento, impedindo assim que haja falta ou estoque ocioso
no almoxarifado.
Os parâmetros a serem considerados na hora de definição do ressuprimento são:
Consumo Médio – a média do consumo dentro de uma unidade de tempo;
Tempo de Reposição – é o tempo decorrido entre a data da requisição de compra e a
data do efetivo recebimento do material pelo Almoxarifado.
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Estoque de Segurança – é a quantidade destinada a evitar o desabastecimento
decorrente do atraso de compra ou aumento de consumo. Deverá ser o menor possível e para
aqueles materiais de alta criticidade, considerando a imobilização financeira e o seu caráter de
proteção.
Ponto de Pedido ou Reposição – é a quantidade de material que ao ser atingida
determina a emissão de um pedido de compra.
Intervalo de Ressuprimento – é o intervalo de tempo entre dois suprimentos. O Intervalo
de ressuprimento será estipulado pela gerência dentro da política de estoquer adotada pela
Instituição.
Quantidade de Reposição – é a quantidade de material a ser solicitada a compra,
sempre que o estoque atingir o ponto de reposição.
Estoque Máximo – é a quantidade máxima de material permitida para estoque.
Teoricamente será sempre o resultado da som entre o estoque
4.4 INVENTÁRIOS
O inventário dos materiais de estoque consiste na contagem física dos mesmos, de
modo a permitir uma boa administração e a conciliação das posições dos registros contábeis e
dos saldos físicos do estoque.
Representa excelente ferramenta na gestão de Almoxarifado, uma vez que através do
inventário que temos uma avaliação completa do desempenho do Almoxarifado, verificando
seus controles, condições de armazenagem, qualidade de materiais, possíveis avarias e
extravios, deficiências de acondicionamento e embalagem, sistemas de identificação,
conservação dos materiais e segurança dos equipamentos e instalações.
Normalmente, a responsabilidade pela execução dos inventários físicos será de
comissão a ser designada pela administração superior do órgão, geralmente composta por
servidores de outras unidades administrativas, possuindo entretanto, um representante do setor
de contabilidade.
Os principais tipos de Inventários:
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Inventário Geral – consta da contagem de todos os itens em estoque, o que geralmente
o inviabiliza ou dificulta a sua execução em Instituições que possuem um grande número de
itens, pois necessita de uma paralisação total das atividades da Instituição.
Inventário Rotativo – consiste na contagem de um certo número de itens, com a
periodicidade definida de acordo com as conveniências da Instituição.
Pode-se utilizar, por exemplo, da curva ABC para definição da freqüência de acordo
com a relevância do item a ser inventariado. Os itens classificados como categoria A devem ser
incluídos evidentemente, mas vezes nos inventários rotativos que aqueles da categoria B e os
da classe C, por sai pequena importância financeira, podem ser inventariados uma só vez por
ano.
Inventário Permanente – consiste na contagem do item sempre que houver
movimentação (entrada ou saída). No ato do fornecimento ou recebimento de novo lote, o
estoquista informa o saldo físico que permaneceu no estoque.
Essa informação é, em seguida, confrontada com o registro na ficha de estoque. Caso
haja divergência, devem ser procuradas as causas e se proceder a imediata regularização.
Ajuste de Estoque – apesar de tecnicamente não serem aceitas divergências entre o
estoque físico e estoque contábil, podem ocorrer faltas e sobras por falha humana ou pela
própria característica dos materiais (avarias, quebras, volatização, prazo de validade, etc).
O Almoxarifado deve dispor de mecanismos que ajustem os estoques através da
emissão de documentos explicativos cuja regularização deve ser autorizada por autoridade
competente.
Nunca devem ser mantidos na área de estocagem materiais que não façam parte do
estoque real.
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CONCLUSÃO
O que se pôde observar na pesquisa para confecção deste trabalho foi que o
conhecimento dos procedimentos inerentes a compra, distribuição e armazenamento de
materiais, o respeito ao erário público e o engajamento com o trabalho em um almoxarifado são
vitais para que a gestão patrimonial tenha êxito.
Foi visto que, muitas vezes, o processo se torna ineficiente pelo fato de suas atividades
se conservarem viciadas e estagnadas, sem desconsiderar a maior dificuldade da relação
humana que a efetiva comunicação entre os envolvidos num processo.
O estudo e as entrevistas feitas focando uma gestão efetiva, nos apresentaram
procedimentos simples, demonstrando dinâmicas facilitadoras, destacando a necessidade de
interação entre os setores de Compras e Almoxarifado, envolvendo todos os setores clientes e
principalmente o respeito ao patrimônio público, que, invariavelmente, o servidor não consegue
fazer a conexão entre seus impostos e o desperdício que ocorre quando o material não é bem
utilizado.
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BIBLIOGRAFIA
FERNANDES, José Carlos de F. ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAL – UM ENFOQUE SISTÊMICO. 2ª Ed.
Rio de Janeiro: Livros Técnicos Científicos, 1984.
FILHO,João Chinelato, O&M INTEGRADO À INFORMÁTICA. 7ª Ed. Rio de Janeiro: Livros Técnicos
Científicos, 1997.
MOURA, Reinaldo Aparecido. MANUAL DE LOGÍSTICA – ARMAZENAGEM E DISTRIBUIÇÃO FÍSICA. VOL.
II – 2ª Ed. São Paulo: IMAM, 1997.
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL. LEI 8.666 – NORMAS PARA LICITAÇÕES E CONTRATOS DA
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, 1993.
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL. CONSTITUIÇÃO FEDERAL. 1988.
SILVA, Renaud Barbosa da. ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAL – TEORIA E PRÁTICA. Rio de Janeiro:
ABAM, 1986.
TRIGUEIRO,Fernando Guilhobel Rosas. ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS – UM ENFOQUE PRÁTICO E
VISÃO LOGÍSTICA. 4ª Ed. Recife: Focus, 2001.
VIANA, João José. ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAL – UM ENFOQUE PRÁTICO. 1ª. Ed. São Paulo:
Atlas, 2002.
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ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO .......................................................................................................................... 01
AGRADECIMENTO ........................................................................................................................... 03
DEDICATÓRIA ................................................................................................................................ 04
RESUMO ....................................................................................................................................... 05
METODOLOGIA ............................................................................................................................... 06
SUMÁRIO ...................................................................................................................................... 07
INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 08
CAPÍTULO I: NOÇÕES BÁSICAS DE ALMOXARIFADO. ........................................................................... 11
1 - CONCEITOS BÁSICOS ............................................................................................................... 11
1.1 - COMPETÊNCIA ..................................................................................................................... 13
1.2 - A INFLUÊNCIA DA ATIVIDADE DE COMPRAS SOBRE O ALMOXARIFADO ........................................ 13
1.3 - LEIS, COMPRAS E ALMOXARIFADO ......................................................................................... 14
CAPÍTULO II: ORGANIZAÇÃO DE ALMOXARIFADO ................................................................................ 16
2.1 - ALMOXARIFADO OU DEPÓSITO? ............................................................................................... 16
2.2. -IMPORTÂNCIA DO ALMOXARIFADO............................................................................................. 17
2.3 - ATRIBUIÇÕES DO ALMOXARIFADO ............................................................................................. 17
2.4 - O ALMOXARIFE ....................................................................................................................... 18
2.5 - ESTRUTURA ORGANIZACIONAL ................................................................................................. 19
2.6 - NORMAS INTERNAS DO ALMOXARIFADO .................................................................................... 19
2.7 - PLANEJAMENTO FÍSICO DO ALMOXARIFADO ............................................................................... 19
2.7.1 - LOCALIZAÇÃO E INSTALAÇÃO ................................................................................................. 20
2.7.2 - TIPOS DE ALMOXARIFADO ..................................................................................................... 20
2.7.3 - ESPAÇO E LAY-OUT .............................................................................................................. 21
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CAPÍTULO III: ATIVIDADES DE ALMOXARIFADO ................................................................................... 23
3.1 - RECEBIMENTO ........................................................................................................................ 23
3.1.1 - TIPOS DE CONFERÊNCIAS ..................................................................................................... 23
3.2 - ARMAZENAGEM ...................................................................................................................... 25
3.2.1 -PLANEJAMENTO DE ESTOCAGEM ............................................................................................ 25
3.2.2 - LOCALIZAÇÃO DE MATERIAIS ................................................................................................ 26
3.2.3 - SISTEMAS DE ENDEREÇAMENTO OU LOCALIZAÇÃO DOS ESTOQUES ........................................... 26
3.2.3.1. SISTEMA DE ENDEREÇAMENTO FIXO .................................................................................... 26
3.2.3.2. - SISTEMA DE ENDEREÇAMENTO VARIÁVEL ........................................................................... 26
3.2.4. - CLASSIFICAÇÃO E CODIFICAÇÃO DOS MATERIAIS ................................................................... 27
3.2.5 - EQUIPAMENTOS DE ARMAZENAGEM ....................................................................................... 30
3.2.6 - CONSERVAÇÃO DOS MATERIAIS ............................................................................................ 31
3.2.7 - SEGURANÇA NA ARMAZENAGEM ............................................................................................ 32
3.2.8 - CONTROLE DE ALMOXARIFADO .............................................................................................. 32
3.2.8.1 - MOVIMENTAÇÃO DE ESTOQUE ............................................................................................ 33
3.2.8.2 – FORMULÁRIOS DE ALMOXARIFADO ..................................................................................... 36
3.2.8.3 – ACOMPANHAMENTO E COBRANÇA A FORNECEDOR .............................................................. 37
3.3 - DISTRIBUIÇÃO ......................................................................................................................... 33
CAPÍTULO IV: GESTÃO DE ESTOQUE ................................................................................................ 39
4 - FUNDAMENTOS DA GESTÃO ........................................................................................................ 39
4.1 - TEORIA DO ESTOQUE ZERO ..................................................................................................... 40
4..2. - SISTEMA DE COTAS DE MATERIAL .......................................................................................... 41
4.3 - FORMAÇÃO E DIMENSIONAMENTO DE ESTOQUE .......................................................................... 41
4.3.1 - CLASSIFICAÇÃO POR TIPO DE DEMANDA ................................................................................. 42
4.3.2 - CLASSIFICAÇÃO POR VALOR DE CONSUMO ............................................................................. 42
4.3.3 - CLASSIFICAÇÃO POR VALOR OPERACIONAL – CRITICIDADE. ..................................................... 42
4.3.4 - VALORAÇÃO DE ESTOQUE ..................................................................................................... 43
4.3.5 – RESSUPRIMENTO ................................................................................................................ 43
4.3.4 – INVENTÁRIOS ...................................................................................................................... 44
50
CONCLUSÃO ................................................................................................................................... 46
BIBLIOGRAFIA ................................................................................................................................. 47
ÍNDICE ........................................................................................................................................... 48
FOLHA DE AVALIAÇÃO ..................................................................................................................... 51
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FOLHA DE AVALIAÇÃO
Nome da Instituição: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES – PROJETO A VEZ DO MESTRE
Título da Monografia:�GESTÃO E ORGANIZAÇÃO DE ALMOXARIFADO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Autor: ROSELI RIBEIRO MOTTA DE ALMEIDA
Data da entrega: __________________
Avaliado por: ________________________________________ Conceito: ________