UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS-MS · etapa final da ativação dos ativação de fatores...

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Prof. Dr. Ubirajara Lanza Júnior

UNIVERSIDADE

FEDERAL DA GRANDE

DOURADOS-MS

17 º Workshop de Plantas Medicinais

Principais Interações entre

Medicamentos Fitoterápicos e

Medicamentos Convencionais

INTRODUÇÃO

Droga ?

Veneno?

Remédio?

Medicamento?

FITOTERAPIA (do grego therapeia =

tratamento e phyton = vegetal) é o estudo

das plantas medicinais e suas aplicações

na cura das doenças.

INTRODUÇÃO

Na China, 3000 a.C. :

Cho-Chin-Kei

descreveu as

propriedades

do Ginseng e

da Cânfora.

Fitoterápico: Substância obtida

exclusivamente de matérias-primas ativas

vegetais.

Caracterizado pelo conhecimento:

propriedades F.Q, eficácia e dos riscos de

seu uso, assim como, pela reprodutibilidade

e constância de sua qualidade.

FITOTERÁPICOS: DEFINIÇÃO

FITOTERÁPICOS REMÉDIO

OU MEDICAMENTO?

FITOTERÁPICOS PODEM SER

REMÉDIO E/OU

MEDICAMENTO

Ex: Andiroba (Carapa guianensis Aubl.) Ex: Ginseng (Panax ginseng L.)

REMÉDIO CASEIRO: USO

TÓPICO

Fonte Medicina Natural: www.ignisnaturachilef

FARMACOCINÉTICA: VIAS DE

ADMINISTRAÇÃO

CIT-P450 e ISOENZIMAS (CYP) Indução Enzimática

Inibição Enzimática

FARMACOCINÉTICA:

BIOTRANSFROMAÇÃO

Droga A Droga B Droga

A + B

Droga

A+B

Droga

A+B

Sinérgico por

potencialização

Farmacodinâmica: efeitos das Interações (associações)

entre Agonistas

Resp

osta

Sinérgico

por adição

Antagonismo

DROGA VEGETAL

E MATÉRIA PRIMA VEGETAL

ETAPAS PARA OBTENÇÃO DO

FITOTERÁPICO

DA PLANTA À F.F

TAXONOMIA

VEGETAL

Carlos Lineu

1707-1778

Carolus Linnaeus, em

português Carlos Lineu,

foi um botânico, zoólogo e

médico sueco, criador da

nomenclatura binomial e da

classificação científica,

sendo assim considerado o

"pai da taxonomia moderna"

PLANTAS BEM CONHECIDAS

REGIONALMENTE NO BRASIL, COM

PRINCÍPIOS ATIVOS ISOLADOS E

IDENTIFICADOS, UTILIZADAS NA

OBTENÇÃO DE FITOTERÁPICOS

Allium sativum L. (Alliaceae)

Nomes populares:

Alho-comum, alho-de-horta, alho-

hortense, alho-manso

Farmacopéia: Garlic (USP 32); Garliac

Delayed Release Tablets (USP 32); Garlic

for Homeophatic Preparations (BP 2009, Ph

Eur 6.4); Garlic Powder (BP 2009, Ph Eur

6.4); Powerderd Garlic (USP 32); Powdered

Garlic Extract (USP 32).

Allium sativum L. e origem

Deserto da Sibéria

e tenha sido

levado para o

Egito por tribos

asiáticas nômades.

Allium sativum L. (Alliaceae)

Principais Constituintes:

Sulfurados: aliina, alicina, alilmetiltrissulfeto,

alilpropildissulfeto, dialildissulfeto, entre outros...

Ajoeno: vinilditinas e mercaptano;

Flavonóides: canferol equercetina.

Allium sativum L. (Alliaceae)

Usos e indicações:

Infecções sistema respiratório (resfriado, gripe,

bronquite)

Anti-hipertensivo arterial;

Antitrombótico (fibrinolítico);

Antitumoral ;

Antimicrobiano.

Egen et al., 1992, Amagase et al., 2001, Foster et al.,2001, Zou et al., 2002.

Allium sativum L.

(Alliaceae)

Revisão das Interações com

Medicamentos Convencionais

Alho + Antiplaquetários

EVIDÊNCIAS EXPERIMENTAIS:

Ajoeno (5 mL extrato liquido por 13 semanas):

inibe a ligação do fibrinogênio ao seu receptor

Potencialização de: dipiridamol, epoprostenol e

indometacina.

MECANISMO: interação à uma etapa anterior à

etapa final da ativação dos ativação de fatores

da cascata intrínseca da coagulação.

(Steiner & Li, 2001,Rahman et al., 2000, Apitz-Castro et al., 1986).

Alho + Benzodiazepínicos (ansiolíticos)

EVIDÊNCIAS EXPERIMENTAIS:

Aliina comprimidos de alho 600 mg/2x dia):

inibe a CYP3A4.

Nenhuma alteração efeitos midazolam e

triazolam: Outros benzodiazepínicos

(potencialização?)

MECANISMO: inibição enzimática do CIT-

P450?Markovitz et al., 2003, Gurley et al., 2002, Greenblatt et al., 2006.

Alho + Clorzoxazona (analg. rel.

musc.)

EVIDÊNCIAS EXPERIMENTAIS:

Dialilssulfeto 200 μg/kg (15 dentes de alho): ↑ a

[ ] plasmática da clorzoxazona.

Aumento do efeito analgésico e relaxante

muscular.

MECANISMO: inibição enzimática do CIT-

P450, isoenzima CYP2E1.

Gurley et al., 2002, Loizou & Cocker, 2001, Chen & Yang, 1996.

Alho + Gentamicina (ATM ↑

espectro.)

EVIDÊNCIAS EXPERIMENTAIS:

Dialilssulfeto : extrato de alho 0,25-1mg/mL

↑ poder antimicrobiano da gentamicina.

MECANISMO: sinergismo por potencialização

(efeito bactericida).

Maldonado et al., 2005.

Alho + IECA (Anti-hipertensivo)

EVIDÊNCIAS EXPERIMENTAIS:

Extrato oleoso bruto: 1 cápsula 4 mg de

alho/dia.

Hipotensão arterial severa

MECANISMO: sinergismo por potencialização

(vasodilatação arterial sem envolver

angiotensina, NO? )

McCoubrie, 1996.

Alho + Inibidores de proteases (anti HIV-1)

EVIDÊNCIAS EXPERIMENTAIS:

Alicina: 1 cp 600 mg 2x dia.

Diminui [ ] plasmáticas em até 50% de

saquinavir, ritonavir e ritanavir. Doses

menores (200 mg) não determinam esse

efeito.

MECANISMO: indução enizimática, inibição

glicoproteína –P.Piscitelli et al., 2002, Jace et al., 2004, Patel et al., 2004, Gallicano et al.,

2003, Laroche et al., 1998.

Alho

Agnocasto - Vitex agnus-castus L.

(Lamiaceae)

Nomes populares:

Alecrim –de-angola, agno-casto,

árvore da castidade, cordeiro-casto,

flor-da-castidade, pimenteiro-

silvestre, pimenta-do-monge.

Farmacopéia: Agnus castus (BP 2009, Ph Eur 6.4) Chaste Tree (USP

32)

AgnocastoArbusto originário da região mediterrânea.

Agnocasto

Plínio: as mulheres gregas que queriam

preservar a sua castidade colocavam

folhas da planta nas suas camas e

dormiam com ela.

Agnocasto (Agnus castus )

Constituintes do extrato

seco:

Do fruto maduro: Flavonoide:

casticina (0,08%), Iridoide

glicosídeo: agnosídeo

Outros constituintes majoritários:

diterpenos, labdânicos e clerodânicos,

além de outro flavonoides (orientina,

Agnocasto (Agnus castus )

USOS E INDICAÇÕES DO EXTRATO SECO

Distúrbios menstruais (deficiência de corpos

luteinizantes, amenorreia, STPM);

Supressão da libido em homens

Supressão da acne

Revisão das Interações com

Medicamentos Convencionais

Agnocasto (Agnus castus)

Agnocasto + Estrógenos e

antagonistas do estrógeno

EVIDÊNCIAS EXPERIMENTAIS:

Extrato seco 600-1200mg: efeito aditivo com

estrógenos, potencializa efeitos tamoxifeno

MECANISMO: do efeito aditivo: agonista

estrogênico parcial, potencializa os efeitos do

tamoxifeno (diminuição nº de receptores).

Cahillet al., 1994, Jarry et al., 2003 e 2006.

Agnocasto + Agonistas

dopaminérgicos e

neurolépticosEVIDÊNCIAS EXPERIMENTAIS:

Extrato seco 600-1200mg: ↓ níveis séricos de

prolactina (D2), ↓ bromocriptina, ↓ apomorfina.

Antagonizam os efeitos de neurolépticos

(metoclopramida e proclorperazina)

MECANISMO: potencialização dos efeitos da

dopamina (em D2), antagonismo competitivo

reversível com neurolépticos.

Wuttke et al., 1997, Jarry et al., 1994, Meier et al., 2000, Jarry et al.,

2006.

Agnocasto + Opioides

EVIDÊNCIAS EXPERIMENTAIS:

Vários tipos de extrato bruto: afinidade

receptores opiodes, o extrato lipofílico mostra

afinidade maior para o receptor μ e κ de

maneira semelhante à morfina, e a fração

aquosa antagoniza receptores σ de modo

semelhante à naloxona.

MECANISMO: Efeito aditivo respectivamente.

Gray et al., 1988, Swantson-Flatt et al., 1990.

Agnocasto

Bromelina –Ananas comosus

(L.) (Bromeliacae)

Nomes populares:

Abacaxi, ananás.

Farmacopéia: Bromelains (BP 2009)

Haiti e Afeganistão

Bromelina –Ananas comosus

(L.) (Bromeliacae)

Revisão das Interações com

Medicamentos Convencionais

Bromelina

Constituintes do extrato

aquoso bruto:

Bromelina: enzima proteolítica

extraída do caule do abacaxi.

Usos e indicações: Antiartrítico, anti-

inflamatório alternativo aos AINES,

analgésico, cicatrizante de feridas,

queimaduras.

Antiedematoso, antitrombótico, fibrinilítico,

imuno modulador e antitumoral (in vitro).

Bromelina

Bromelina + AmoxicilinaEVIDÊNCIAS EXPERIMENTAIS:

Cápsula extrato seco 80 mg 1x dia: ↑ níveis

plasmáticos do antimicrobiano em 3x, no

tratamento de afecções trato respiratório

(garganta). (Tinozzi & Vegegoni, 1978).

MECANISMO: adição, competição com a

amoxicilina pelo mecanismo de excreção renal?

Bromelina + TetraciclinaEVIDÊNCIAS EXPERIMENTAIS:

Cápsula extrato seco 80 mg 1x dia: ↑ níveis

plasmáticos do antimicrobiano em 4x, no

tratamento de afecções trato urinário (DST).(Renzini & Varengo 1972).

MECANISMO: Várias doses repetidas

aumentam proporcionalmente o efeito, adição, ↓

pH facilita absorção da tetraciclina, competição

com a tetraciclina pelo mecanismo de excreção

renal?

Bromelina

Nomes populares:

Boldo, boldo-verdadeiro, boldo-do-Chile.

Sinônimos e ou espécies afins:

Boldea fragans Gay, Boldu boldus Lyons.

Farmacopeia: Boldo Leaf (BP 2009), Boldo Leaf

Dry Extract (BP 2009).

Boldo-do-Chile (Peumus

boldus Molina (Monimiaceae)

Boldo-do-Chile (Peumus

boldus Molina (Monimiaceae)

Plectranthus barbatus

Não confundir com falso boldo...

Boldo-do-Chile (Peumus

boldus Molina (Monimiaceae)

Boldo-do-Chile (Peumus

boldus Molina (Monimiaceae)

Revisão das Interações com

Medicamentos Convencionais

Boldo-do-ChileEVIDÊNCIAS EXPERIMENTAIS:

Principais constituintes: alcalóides: (boldina,

isoboldina e deidroboldina), lactonas do ácido o-

hidroxi-cinâmico: principalmente a cumarina.

USOS E INDICAÇÕES: Emagrecimento,

dispesia, indigestão, constipação, cálculos

biliares e distúrbios hepáticos, cistite e

reumatismo. Além disso a boldina é um

excelente antioxidante.

Boldo-do-Chile

Boldo-do-Chile + VarfarinaEVIDÊNCIAS

EXPERIMENTAIS:

Extrato aquoso (10 gotas) :

Potencialização do efeito

anticoagulante (varfarina é

derivado sintético da cumarina)

MECANISMO: Inibição da

síntese dos fatores da cascata

da coagulação sanguínea.

Feder et al., 2012, Lambert & Cormier, 2001.

Boldo-do-Chile

Ginkgo (Ginkgo biloba L.)-(Ginkgoaceae)

Ginkgo

Ginkgo biloba, de origem

chinesa, é uma árvore

considerada um fóssil vivo,

pois existia já no tempo dos

dinossauros, há mais de 150

milhões de anos.

É símbolo de paz e

longevidade por ter

sobrevivido às explosões

Ginkgo

Nomes populares:

Ginco, nogueira-do-japão

Sinônimos e ou espécies afins: Salisburia adiantifolia

Sm., Salisburia biloba Hoffmanns.

Farmacopeia: Ginkgo (USP 32), Ginkgo capsules (USP 32 2009), Ginkgo

dry extract, refined and quantified (BP 2009), Ginkgo leaf (BP 2009),

Ginkgo tablets (USP 32), Powdered ginkgo extract (USP 32)

GinkgoPRINCIPAIS CONSTITUINTES: Flavonoides:

ginkgetina, bilobetina, sciadopitisina, quercetina

e derivados do canferol. Lactonas terpênicas:

ginkgolídeos e bilobalídeo.

USOS E INDICAÇÕES: Funções cognitivas em

casos de demência e perda da memória,

Alzheimer?

Antiplaquetários, anti-inflamatório, distúrbios

cerebrovasculares, zumbido, asma e doença

das montanhas.Biber 2003, von Moltke et al., 2004, Sugiyama et al., Hellum et al.,

2007, Etheridge et al., 2007, Yale & Glurich, 2005.

Revisão das Interações com

Medicamentos Convencionais

Ginkgo (Ginkgo biloba L.)-(Ginkgoaceae)

Ginkgo + FAINESEVIDÊNCIAS EXPERIMENTAIS:

Cápsulas 100 mg 2x/dia : Potencialização dos

efeitos antiplaquetários do ibuprofeno, flurbiprofeno,

mas não do AAS e diclofenaco. OBS: Risco de

hemorragia.

MECANISMO: Inibição da COX, no entanto,

isoformas teciduais diferentes.

Meisel etal., 2003, Hoffman., 2001, Greenblatt et al., 2006, Mohust et al.,

2006, Becert et al., 2007, Rowin & Lewis, 1996, Vale.,1998, Gilbert., 1997,

Benjamin et al., 2001, Fong & Kinnear, 2003, Fessenden et al., 2001,

Griffiths & Jordan, 2004.

Ginkgo + Aminoglicosídeos

EVIDÊNCIAS EXPERIMENTAIS:

Cápsulas 100 mg 1x/dia por 20 dias :

Potencialização dos efeitos do ATM, causando

ototoxicidade.

MECANISMO: Competição pelo mecanismo de

excreção renal?.

Miman et al., 2002

Ginkgo + Antiepléticos

EVIDÊNCIAS EXPERIMENTAIS:

Cápsulas 120 mg 1x/dia : Antagonismo dos efeitos

dos seguintes antiepiléticos: valproato e fenitoína.

MECANISMO: Disparos de potenciais de ação

ectópicos no SNC via ativação de canais para sódio?

Depleção do GABA? Indução da CYP2C19?

Kupiee., 2005, Granger., 2001, Miwa et al., 2001.

Ginkgo + Propranolol

EVIDÊNCIAS EXPERIMENTAIS:

Cápsulas 100 mg/dia : Aumento do cronotropismo

positivo cardíaco.

MECANISMO: Indução CYP1A2 o que resulta na ↓

dos níveis plasmáticos do antagonista β1 e β2

adrenérgicos.

Zhao et al., 2006

Ginkgo + Risperidona

EVIDÊNCIAS EXPERIMENTAIS:

Cápsulas 160mg/dia : Priapismo induzido pela

risperidona é potencializada (ativação de receptores

α-2 adrenérgicos endoteliais)

MECANISMO: Efeito aditivo: ↑ liberação de NO?

Vasodilatação direta sobre o músculo liso vascular?

Lin et al., 2007.

Ginkgo + Haloperidol

EVIDÊNCIAS EXPERIMENTAIS:

Cápsulas 80mg-360 mg/dia : aumento dos efeitos

extrapiramidais, principalmente em doses elevadas

(160 mg)

MECANISMO: Interferência na transmissão

dopaminérgica pela eliminação de NO, que por sua

vez reduz atividade locomotora

Zhang et al., 2007, Fontana et al., 2005.

Ginkgo + Tolbutamida

EVIDÊNCIAS EXPERIMENTAIS:

Cápsulas 120 mg 2x/dia : Reduz significativamente

os níveis glicêmicos.

MECANISMO: Potencialização, Indução CYP2C9,

Tolbutamida é pró-farmaco.

Mohustsky et al., 2006, Uchida et al.,2006, Sugiyama et al.,

2004.

Ginkgo + Varfarina

EVIDÊNCIAS EXPERIMENTAIS:

Cápsulas 100 mg /dia : Hemorragia intracerebral,

anticoagulação aumentada.

MECANISMO: Inibição de isoformas da ciclo-

oxigenase

Mohustsky et al., 2006, Uchida et al.,2006, Sugiyama et al.,

2004.

Ginkgo

Ginseng-Panax ginseng

C.A.Mey (Araliaceae)

Ginseng-Panax ginseng

C.A.Mey (Araliaceae)Nomes populares: Ginseng

Sinônimos e ou espécies afins: Panax ginseng

C.A.Mey (ginseng -asiático), Panax quinquefolius L.

(ginseng-americano), Panax-notoginseng (ginseng-sanchi,

tienchi) e Panax pseudo-ginseng (ginseng-do-Himalaia).

Ginseng Siberiano (Eleutherococcus senticosus Maxim) não

é ginseng!!!

Farmacopeia: American Ginseng (USP 32), Asian Ginseng (USP 32),

Ginseng (BP 2009, Powdered Eluthero (USP 32)

Ginseng-Panax ginseng

C.A.Mey (Carl Anton von Meyer) (Araliaceae)

PRINCIPAIS CONSTITUINTES: Saponinas:

ginsenosídeos, panaxosídeos. Óleo volátil:

sesquiterpenos.

USOS E INDICAÇÕES: resistência ao estresse,

melhora da performance física e mental. Utilizado

também para diabetes, insônia, inadequação

sexual, antienvelhecimento, melhora na

cicatrização e estimulante do SNC.

Liu et al., 2004, Henderson et al., 1999, Etheridge et al., 2007,

Budzinski et al., 2007, Chan & Chen., 2002, Kim et al., 2003.

Ginseng

Revisão das Interações com

Medicamentos Convencionais

Ginseng + Antidiabéticos

EVIDÊNCIAS EXPERIMENTAIS:

Cápsulas 2g 3x/dia : Panax quinquefolius, diminui

drasticamente a glicemia pós prandial administrados

concomitantemente a sulfoniluréias e metformina

MECANISMO: Sinergismo por potencialização

Vuksan et al., 2008, 2000, Hikno et al., 1986.

Ginseng + Álcool (etanol)

EVIDÊNCIAS EXPERIMENTAIS:

1 cápsulas 3g/65kg/dia : Panax ginseng (ginseng-

asiático): redução dos níveis plasmáticos em até

51% do etanol ingerido em alcoolistas.

MECANISMO: Indução enzimática da alcool-aldeído

desidrogenase.

Lee et al., 1987, Petkov et al., 1977, Choi et al., 1984.

Ginseng + Medicamento

fitoterápico: GuaranáEVIDÊNCIAS EXPERIMENTAIS:

1 cápsula 200 mg de ginseng asiático + 75 mg

extrato de guaraná : Melhora do desempenho

cognitivo, como atenção e memória.

MECANISMO: Sinergismo por potencialização,

ambos são estimulantes do SNC.

Lee et al., 1987, Petkov et al., 1977, Choi et al., 1984.

Ginseng

Sene (Cassia senna L., Cassia

angustifolia Vahl (Martin Vahl). (Fabaceae)

Sene (Cassia senna L., Cassia

angustifolia Vahl (Martin Vahl). (Fabaceae)

Nomes populares: Sene, sene-da-alexandria ou

sene-de-cartum

Sinônimos e ou espécies afins: Cassia angustifolia

também é conhecida como sene-de-tinnevelly.

Farmacopeia: Alexandrian Senna Fruit (BP 2009), Senna Fluid extract

(USP 32), Standardised Senna Granules (BP 2009).

Sene (Cassia senna L., Cassia

angustifolia Vahl (Martin Vahl). (Fabaceae)

PRINCIPAIS CONSTITUINTES: Constituintes

majoritários: glicosídeos antraquinônicos.

USOS E INDICAÇÕES: As folhas do sene ou

seus frutos são utilizados como laxantes

Liu et al., 2004, Henderson et al., 1999, Etheridge et al., 2007,

Budzinski et al., 2007, Chan & Chen., 2002, Kim et al., 2003.

Sene

Revisão das Interações com

Medicamentos Convencionais

EVIDÊNCIAS EXPERIMENTAIS:

Comprimidos 100 mg 1 x/dia : ↓ absorção do FAINE

e sua eficácia.

MECANISMO: antagonismo: ↓ na produção de ATP

nas células intestinais responsáveis pela absorção

do cetoprofeno.

Laitinen et al., 2007,

Sene + Cetoprofeno

EVIDÊNCIAS EXPERIMENTAIS:

Comprimidos 100 mg 1 x/dia : Hipocalemia, arritmias

cardíacas e câimbras.

MECANISMO: perda de K+ no bolo fecal.

Cummings et al., 1974, Abebe., 2003.

Sene +

Corticosteroides

EVIDÊNCIAS EXPERIMENTAIS:

Comprimidos 100 mg 1 x/dia : ↑ potência inotrópica

do digitálico.

MECANISMO: Potencialização: depleção de K+ no

bolo fecal, dificultando diástole cardíaca.

Laitinen et al., 2007.

Sene + Digitálicos

EVIDÊNCIAS EXPERIMENTAIS:

Comprimidos 100 mg 1 x/dia : ↓ eficácia do estradiol.

MECANISMO: Antagonismo: perda do fármaco

conjudado ao ácido glicurônico no bolo fecal devido

ao aumento do trânsito intestinal

Lewis et al., 1998.

Sene + Estradiol

Sene

Pimentas (Capsicum spp.)

(Solanaceae)

Pimentas (Capsicum spp.)

(Solanaceae)

Nomes populares:

Pimenta-caiena, pimenta, pimenta vermelha, pimentata-

basco

Sinônimos e ou espécies afins: Capsicum annuum L.,

Capsicum baccatum, Capsicum chinense, Capsicum

frutescens, Capsicum minimum, Capsicum pubenscens.

Farmacopeia: Capsicum (BP 2009), Capsicum Oleorensis (USP 32).

Pimentas (Capsicum spp.)

(Solanaceae) PRINCIPAIS CONSTITUINTES: Capsaicinas (6,7

di-hidrocapsaicina, nordi-capsaicina, homodi-

hidrocapsaicina e homocapsaicina), carotenoides,

vitaminas A e C e pequena quantidade de óleo

volátil.

USOS E INDICAÇÕES: antiespasmódico,

dispepsias flatulentas, aumento do fluxo

sanguíneo periférico. As preparações tópicas são

usadas para tratamento de micoses, dores

reumáticas, e neuralgia.

Axsain., 2007, Reilly & Yost, 2006.

Pimentas

Revisão das Interações com

Medicamentos Convencionais

Pimentas + Cefalexina

EVIDÊNCIAS EXPERIMENTAIS:

Consumo de pimenta na alimentação: ↓ absorção do

ATM.

MECANISMO: Antagonismo: inibição dos

transportadores nas microvilosidades intestinais

para a cefalexina.

Komori et al., 2007.

Pimentas + Ciprofloxacino

EVIDÊNCIAS EXPERIMENTAIS:

Consumo de pimenta na alimentação: ↑ absorção do

ATM.

MECANISMO: Sinergismo: aumento do fluxo

sanguíneo intestinal resultando numa maior

absorção do ATM.

Sumano-Lopez et al., 2007.

Pimentas + Ferro

EVIDÊNCIAS EXPERIMENTAIS:

Consumo excessivo de pimenta na alimentação:

Anemia ferropriva.

MECANISMO: Antagonismo: ↓ absorção intestinal do

ferro advindo da alimentação.

Tuntipopipat et al., 2006.

Pimentas + Digoxina

EVIDÊNCIAS EXPERIMENTAIS:

Consumo excessivo de pimenta na alimentação:

Aumento do inotropismo cardíaco.

MECANISMO: Potencialização: ↑ da expressão

gênica da glicoproteína-P responsável pelo

transporte intestinal do digitálico para a corrente

circulatória.

Han et al., 2006.

Pimentas + Teofilina

EVIDÊNCIAS EXPERIMENTAIS:

Consumo excessivo de pimenta na alimentação:

aumento do efeito broncodilatador e cronotrópico

cardíaco.

MECANISMO: Potencialização: ↑ do fluxo sanguíneo

na circulação mesentérica resultando no ↑ da

absorção intestinal da teofilina.

Bouraoui et al., 1986, 1995, 1988., Wanwimolruk et al., 1993.

FIM

OBRIGADO!