USO DE SUPLEMENTOS EM PASTAGENS: ESTADO DA ARTE E DESAFIOS DA PESQUISA Apresentador: Henrique M. N....

Post on 17-Apr-2015

105 views 0 download

Transcript of USO DE SUPLEMENTOS EM PASTAGENS: ESTADO DA ARTE E DESAFIOS DA PESQUISA Apresentador: Henrique M. N....

USO DE SUPLEMENTOS EM PASTAGENS:

ESTADO DA ARTE E DESAFIOS DA PESQUISA

Apresentador: Henrique M. N. Ribeiro Fº

Orientadores: Gerzy E. Maraschin e

Paulo César de Faccio Carvalho

OBJETIVOS

• Resumir informações que possibilitem tomadas de decisões quanto a utilização de suplementos energéticos e/ou protéicos em pastagens.

• Detectar pontos que devem ser melhor investigados para que o uso destes suplementos seja otimizado.

RELAÇÃO PASTAGEM X SUPLEMENTO

• Aditiva

• Substitutiva

Eficiência de suplementação

• Aspectos Relacionados à Pastagem

Quantidade de forragem

Qualidade de forragem

• Aspectos Relacionados aos Animais

Exigências nutricionais

• Aspectos Relacionados ao Suplemento

Quantidade

Características

Efeito da altura da pastagem e suplementação sobre o consumo de matéria orgânica (MO), comportamento ingestivo e produção de leite.

Baixa (4,83 cm) Test.(6,36 cm)S/sup. C/sup. S/sup. C/sup.

Consumo MO, % PV Forragem 2,15 2,10 2,40 2,30 Total 2,40 2,75 2,68 2,90Comportamento ingestivo Tempo de pastejo, min/d 596 565 585 555 Taxa de bocados, boc/min 78 77 76 76 Massa do bocado, g/boc. 265 290 340 347

Prod. Leite, kg/d (4%) 25,3 26,8 27,0 28,6Adaptado de KIBON & HOLMES (1987).

Efeito do concentrado no consumo de MS da pastagem,produção de leite e composição do leite em vacas no início dalactação sob três níveis de oferta de forragem (Adaptado deGRAINGER & MATHEUS, 1989).

Oferta de forragem (kg MS/vaca/dia)Parâmetro 33,1 17,1 7,6

Sem Com1 Sem Com1 Sem Com1

Cons. de MS da past.** 15,9 13,7 11,8 11,0 6,0 6,3

Cons. de MS total * 23,1 24,0 20,9 23,1 15,4 18,5Proteína prod. no leite(g/vaca/dia) ns 714 750 628 707 452 526Energia prod. no leite(MJ/ vaca./dia) ns 74,6 76,1 66,4 72,3 51,4 57,01 3,2 kg de concentrado / vaca /dia.** Interação (P<0,01); * Interação (P<0,05); ns Interação não significativa.

Mudança no consumo voluntário de MO da forragem devido ao suplemento em função da relação matéria orgânica digestível (MOD) proteína bruta (PB) da forragem (MOORE & KUNKLE, 1995).

3 6 9 12 15 18

Relação MOD:PB da forragem

Mu

dan

ça n

o co

nsu

mo

de

MO

da

pas

tage

m (

% P

V) 0,5

0,0

-1,0

-0,5

-0,5

n = 64 n = 71

Variação no consumo consumo de matéria orgânica digestível (MOD) total por grama de suplemento em diferentes tipos de forragem (KETELAARS et al., 1997).

0,01 0,03 0,05

0,017

-1

0

1

2

3

Y = 0,33 + 11,6 * e(-166*N/MOD)

Var

iaçã

o n

o co

nsu

mo

de

MO

D t

otal

(g)

/ g

MO

D d

o su

ple

men

to

N / MOD (g/g)

• EM PASTAGENS COM ALTA QUALIDADE E ALTA

OFERTA DE FORRAGEM OS EFEITOS BENÉFICOS

DA SUPLEMENTAÇÃO SÃO MUITO PEQUENOS.

• Aspectos Relacionados à Pastagem

Quantidade de forragem

Qualidade de forragem

• Aspectos Relacionados aos Animais

Exigências nutricionais

• Aspectos Relacionados ao suplemento

Quantidade

Características

Consumo médio diário da pastagem por animal (g/kg PV0,75) em ovelhas nas fases inicial e final da lactação, pastejando azevém anual com 60 mm de altura (Adaptado de MOLLE et al. 1998).

Fase inicial 1 Fase final2

S/ supl. C/ supl.3 S/ supl. C/supl.3

Cons. de pastagem

(g/kg PV 0,75) 118 100 118 76,81 53 1 dias após o parto.2 98 3 dias após o parto.3 0,5 kg de milho/animal/dia

Produção de leite observada em função do potencial individual de vacas mantidas exclusivamente em pastagens com digestibilidade maior que 75 % (Adaptado de PEYRAUD et al., 1999 - dados de 187 lactações).

15 20 25 30 35

15

20

25

30

Potencial de produção (l/dia)

Pro

du

ção

de

leit

e ob

serv

ada

(l/d

ia) Y = 5,5 + 0,64 X

• COM FORRAGEM DE QUALIDADE O CONSUMO É DETERMINADO PELO POTENCIAL GENÉTICO DO ANIMAL E BONS NÍVEIS DE PRODUÇÃO PODEM SER OBTIDOS SEM SUPLEMENTAÇÃO.

• A TAXA DE SUBSTITUIÇÃO DIMINUI A MEDIDA QUE AUMENTAM AS EXIGÊNCIASNUTRICIONAIS DOS ANIMAIS.

• Aspectos Relacionados à Pastagem

Quantidade de forragem

Qualidade de forragem

• Aspectos Relacionados aos Animais

Exigências nutricionais

• Aspectos Relacionados ao suplemento

Quantidade

Características

Variação no consumo de NDT em função do consumo de NDT do suplemento (MOORE et al., 1997).

0,0 0,4 0,8 1,2

1,2

0,8

0,4

0,0

Consumo de NDT do suplemento, % PV

Var

iaçã

o n

o co

nsu

mo

de

ND

T, %

PV

Variação do NDT na dieta total em relação ao consumo de NDT do suplemento, considerando a relação NDT:PB da forragem (MOORE et al., 1997).

Consumo de NDT do suplemento, % PV

0,4 0,8 1,2

Var

iaçã

o d

o N

DT

na

die

ta ,

% M

S

10

5

0

-5

-10

< 6,3

> 6,3

Relação NDT: PB da forragem

Ganho médio diário e eficiência de uso do grão em pastagens de diferentes qualidades com baixa oferta de forragem.

Ganho médio diário (kg)Eficiência de suplem.

(kg supl./kg PV)Sem 0,5%PV 1,0%PV 0,5%PV 1,0%PV

Boaqualidade 0,258 b 0,633 a 0,593 a 4,27 9,55Baixaqualidade 0,015 c 0,269 b 0,556 a 6,30 5,92

Dumestre & Rodrigues (1995), citados por MARTINS (1997) In: INIA, Série Técnica 83.

Influência da suplementação no consumo da pastagem, tempo e eficiência de pastejo.

Regime desuplementação

Cons. da Pastagem

(%PV)

Tempo depastejo

(min/dia)

MO depast./kgPV/min.

Sem suplementação 3,1 504 0,062Milho - 0,3 % PV (m) 2,6 550 0,047Milho - 0,3 % PV (t) 2,9 540 0,066

Sem suplementação 1,8 490 0,037F. Alg. 0,25 % PV (m) 2,0 401 0,050F. Alg. – 0,25 % PV (t) 2,0 410 0,050

Sem suplementação 1,7 637 0,0270,22 % PV F. algodão 2,0 548 0,0380,36 % PV Glut. milho 1,5 543 0,0290,52 % PV feno alfafa 1,9 540 0,035

Adaptado de KRYSS & HESS, 1993. J. An. Sci. 71: 2546-55.

Efeito do pH na digestibilidade ruminal da parede celular (FDN) de diferentes espécies forrageiras.

pHFeno dealfafa

(45 % FDN)

Feno de B.inermis

(67 % FDN)

Silagem demilho

(39 % FDN)6,8 26,1 30,3 47,06,2 25,8 30,0 43,75,8 22,5 23,9 35,2

Adaptado de GRANT & MERTENS, 1992. J. Dairy Sci.75:2762-68.

pH ruminal em novilhos pastejando capim elefante anão com alta oferta de forragem (RIBEIRO Fº et al., dados não public.)

y = 0,0019x2 - 0,0577x + 6,8618

r2 = 0,6903

6,0

6,2

6,4

6,6

6,8

7,0

0 4 8 12 16 20 24

Horas após o amanhecer

pH

ru

min

al

• EM BOAS CONDIÇÕES DE PASTAGEM

QUANTIDADES MODERADAS DE CONCENTRADO

APRESENTAM MELHORES EFICIÊNCIAS DE

SUPLEMENTAÇÃO.

DESAFIOS DA PESQUISA

• Descrever curvas de produção animal para níveis de suplementação relacionados com o manejo da pastagem, qualidade da forragem e o potencial produtivo do animal.

• Interrelacionar tipo de animal e de suplemento com o processo de pastejo e respectivos processos digestivos.