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Coordenadoria de Pesquisa – COPq
PIBIC e PIVIC Mackenzie/ MackPesquisa 2013
APLICAÇÃO DE SISTEMAS CONSTRUTIVOS NA HABITAÇÃO RIBEIRINHA
Aluna: Maryana de Andrade Sant’Ana – Orientadora: Célia Regina Moretti Meirelles
Apoio: PIBIC Mackenzie/MackPesquisa
ResumoA seguinte pesquisa surgiu dentro do Escritório Modelo Mosaico de Arquitetura e Urbanismo da Faculdade de Arquitetura Urbanismo Mackenzie a partir de uma visita de integrantes do Escritório que visitaram comunidades ribeirinhas em visita ao Amazonas junto com o “Projeto Amazon Vida da Universidade Presbiteriana Mackenzie. A partir da visita identificou-se através de relatos de moradores das comunidades, assim como a partir de observações e reflexões feitas posteriormente pelos estudantes integrantes do Escritório alguns ciclos e relações desarmoniosas que afetam tanto a população quanto a natureza. Logo foram pesquisadas e levantadas possibilidades para solucionar questões como o problema de casas que sofrem constantemente com as cheias dos rios. Essa pesquisa buscou identificar ao redor do mundo quais outras possíveis soluções são usadas para sanar alguns dos problemas identificados. Exemplos de uso de materiais como bambu em substituição a convencional madeira é em outras partes do mundo bem assimilada, por várias vantagens das propriedades do bambu. Uma possibilidade de sistema alternativo ao uso de madeira nativa como elemento flutuante para casas é o uso de tonéis plásticos cheios de ar como demonstraremos adiante. Outra ideia é o uso de sistemas modulares para a construção das habitações, estas que garantem uma maior flexibilidade na composição das casas que vai se alterando ao longo do tempo e a partir de novos membros integrantes nos grupos familiares.
Palavras-ChaveMadeira, bambu, flutuação.
AbstractThe research started after student members of the Model Office of Architecture and Urban Planning – Mosaico went to visit riverside communities of Amazon with the Presbyterian University Mackenzie’s project – Amazon Vida. After communities’ citizen’s reports and after observations and reflections made by members of Mosaico, we could detect some disharmonic relations and cicles that affected directly people and environment. In this research paper we pointed out possibilities and solutions we found around the world to deal with questions of populations that have a direct relationship with the waters. The use of bamboo in substitution of the conventional wood is well assimilated in different countries such as Vietnã and Nigeria for bamboo’s properties. An alternative system to the native wood as a floating element for houses is the use of plastic barrels filled with air, as we’ll show. Another idea is the conception of modular systems on habitation that gives more flexibility to construction.
Key-wordsWood, bamboo, flotation.
INTRODUÇÃO
Em 2011 pela primeira vez o Escritório Modelo Mosaico de Arquitetura e Urbanismo
Mackenzie acompanhou um dos Projetos promovidos pela Universidade Presbiteriana
Mackenzie; o Projeto Amazon Vida; este que junto com uma equipe multidisciplinar passa
uma semana visitando comunidades ribeirinhas da bacia Amazônica afim de promover uma
troca de experiências e suporte a população dessas comunidades que constantemente
sofrem com as cheias dos rios nos períodos chuvosos. Logo, nosso estudo tem seu recorte
nas populações ribeirinhas do Amazonas visando estabelecer um vínculo com os estudos
previamente realizados por um dos grupos de trabalho do Escritório, o “GT Amazônia”. O
grupo buscou encontrar possibilidades que proporcionassem melhoria na qualidade de vida
dessas populações, que refletiam questões que iam do conforto térmico das habitações até
a questão do saneamento básico das comunidades.
As habitações tem uma identidade que diz respeito aos aspectos econômicos, regionais,
culturais e sociais que correspondem ao modo de vida de uma população. A relação
estabelecida entre os habitantes e o local que habitam muitas vezes se caracteriza por um
eminente desequilíbrio, onde, por exemplo, no caso ribeirinho temos constatações em que
quando as cheias dos rios ultrapassam a altura esperada as águas invadem as casas,
criando situações de calamidade pública em várias comunidades.
A relação direta que os ribeirinhos tem com a água, utilizando-a para lazer, banho, lavar
roupas e pratos é dissonante quando se tem conhecimento da inexistência de uma
infraestrutura de esgoto capaz de dar um destino adequado ao descarte de dejetos, logo
essa relação é causadora de diversas moléstias destacadas pela equipe de Biologia durante
o Projeto Amazon Vida 2012.
Ao projetar uma habitação busca-se a criação de um abrigo a fim de proteger aqueles que o
habitam contra intempéries e agentes externos. O uso desses agentes externos a favor do
próprio funcionamento da habitação é uma possibilidade quando se pensa de maneira
sistêmica. A integração territorial e a redescoberta de tecnologias, como a Permacultura
“sistema de planejamento para a criação de ambientes humanos sustentáveis” cria um
contexto de possibilidade de troca de informações muito grande, que dá a possibilidade de
aprimorar a relação entre construções x meio ambiente. (MOLLISON, 1991).
Um dos focos desta pesquisa é buscar referências de projetos e construções, com ênfase
em sistemas construtivos com bambu e madeira, sistemas flutuantes e modulares que
possam servir como alternativa ao modelo observado, nas comunidades ribeirinhas sem que
estes percam a identidade regional.
REFÊRENCIAL TEÓRICO
A área de formação de um arquiteto é bastante ampla e abrange tanto questões da
construção civil e seus impactos quanto questões de bem estar social. Logo, um bom
arquiteto tende a estabelecer soluções em que a manutenção de ecossistemas esteja em
harmonia com o crescente desenvolvimento da sociedade.
Na década de 70, os resultados de um crescimento desenfreado foram aumentando,
gerando cada vez mais impactos ambientais. Chegou-se a um ponto eminente das
consequências destes para o planeta, crescendo a conscientização mundial do nível de
degradação ambiental que o planeta vem evidenciando. Esses indícios são descritos por
Richard Rogers em seu livro “Cidades para um Pequeno Planeta”, que aponta e descreve o
setores industrial e da construção civil, como os principais impactantes ao meio ambiente.
(ROGERS, 2001).
A partir do levantamento de questões que afetam nossa subsistência, a comunidade
internacional começou a realizar encontros que discutiam o tema de práticas sustentáveis.
Nestes encontros surgiu o conceito de sustentabilidade associado ao conceito em que o
desenvolvimento econômico deveria estar em equilíbrio com o meio ambiente. Segundo a
equipe de pesquisa britânica Met Office, as atividades humanas são as principais
causadoras do fenômeno conhecido como aquecimento global. Uma das principais causas
dessa elevação de temperatura é o acúmulo de Gases de Efeito Estufa (GEE) na atmosfera,
como o CO2, que impedem que o calor se dissipe na mesma. Apesar da natureza contar
com seu próprio mecanismo de “defesa”, responsável pela conversão de gás carbônico em
oxigênio através da fotossíntese, a atuação do homem está tornando cada vez mais
escassa a fonte deste elemento essencial para sobrevivência. (MARENGO, 2011)
O Rio 92/Eco 92 foi um grande marco dos encontros internacionais e visava reverter o
quadro global de deterioração ambiental através da elaboração de soluções e
recomendações que regulamentassem práticas sustentáveis. Neste encontro foi criada a
Agenda 21 (Agenda 21/ Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e
Desenvolvimento/ 1992) documento de planejamento para o desenvolvimento sustentável
dos países e também os créditos de carbono, solução encontrada para que os países
diminuíssem a emissão de CO2. (SVMA, 1997)
O conceito de sustentabilidade estabelece uma relação de condições necessárias para o
funcionamento de um sistema. No caso, o planeta Terra depende do equilíbrio entre o
crescente desenvolvimento da sociedade e exploração consciente do meio natural. As
relações entre a interferência do homem no ambiente natural e as consequências deste para
o mesmo, passaram a ser assunto de grande importância na comunidade internacional.
Segundo o site Bambu Carbono Zero (2012) o bambu é considerado um dos pilares da
sustentabilidade na construção civil além de ser um vetor de inserção social. O material
apresenta baixo impacto ambiental, pois evita o desmatamento de florestas nativas
(aliviando a pressão sobre ecossistemas ameaçados), presta serviços ambientais (contendo
o solo, evitando erosões, recuperando recursos hídricos e matas ciliares), além de poder ser
usado como matéria prima em substituição à madeira na construção civil (a escassez desta
tem acarretado um aumento nos preços que chegaram a 40% nos últimos 3 anos). Por ser
da família das gramíneas pode emitir infinitas brotações, além de crescer com uma
velocidade muito rápida se comparada a qualquer outra planta, chegando a seu período de
maturação em 3 a 4 anos. “Possui altas taxas de captação de gás carbônico apresentando
uma eficiência 35% maior que outras espécies vegetais de mesmo porte na conversão do
CO2 em oxigênio” (LAVERDE, 2011), contribuindo assim para minimizar mudanças
climáticas causadas pelo aquecimento global. Ou seja, com a constantes exigências e de
posturas políticas mais sustentáveis por parte do crescimento econômico do planeta, o
bambu se apresenta como um excelente material natural para investimento.
Na construção civil, o bambu é bastante versátil podendo ser utilizado como pilar, viga,
caibro, ripa, telha, dreno, piso e revestimento. Também tem a capacidade de substituir
outros materiais, pois algumas espécies, como o bambu Mossô (Phyllostachys pubescens),
apresenta uma resistência de tração compatível à do aço, além de ser um material mais leve
do que a madeira.
O arquiteto Vo Trong Nghia demonstra as diversas aplicações do bambu em seus projetos
como no Vietnam Pavilion, em Pudong na China e o Bamboo Wing, em Phúc Yén no Vietnã,
aplica argamassa de cimento no interior das ligações do bambu, aumentando a capacidade
deste material de vencer ousados vãos e balanços. O bambu por sua alta flexibilidade
também permite a criação de formas orgânicas, onde ganha destaque o projeto wNw Bar,
em Thu Dau Mot no Vietnã do arquiteto Vo Trong Nghia. O arquiteto Simon Vélez em seu
projeto do Pavilhão de Hannover, na Colômbia, aplica concreto dentro dos colmos do bambu
Guadua (Guadua Angustifolia) para aumentar a resistência de cisalhamento paralelo à fibra
longitudinal, criando estruturas mais rígidas e firmes. (VILLEGAS, 2003).
O bambu é usado há milênios pelas culturas orientais, principalmente na China, Japão e no
Sul Asiático. Países como Colômbia, Equador, Peru e Costa Rica, vêm evidenciando seu
uso na construção civil, onde arquitetos como Oscar Hidalgo e Simon Vélez demonstram
sua aplicação em diversos de seus projetos, tanto na estrutura quanto nos sistemas de
fechamentos e vedações. No Brasil, apesar de pouco utilizado, arquitetos como Eduardo
Aranha, Leiko Motomura e Celina Llereno vem mostrando o potencial construtivo desse
material. (VILLEGAS, 2003)
Com o mercado pedindo por alternativas competitivas e ecologicamente corretas, o Brasil
apresenta um alto potencial em produção do bambu. A partir do final de 2011, o Ministério
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento começa a criar políticas de incentivo a pesquisas
e investimentos na área, sancionando a Lei do Bambu, liberando linhas de crédito para a
pesquisa e plantio do bambu.
Um projeto de lei sancionado no início de setembro cria a Lei do Bambu, mecanismo de incentivo ao cultivo e manejo sustentado deste recurso natural e que estabelece um novo conceito para a gramínea, que passa a ser tratada como produto agrícola e contará com linhas de financiamento diferenciadas. (…) A Lei também fomentará ações de pesquisa e desenvolvimento tecnológico com a cultura, iniciativas voltadas para a assistência técnica e certificação, parcerias e comércio. (EMBRAPA, 2011).
A formação das populações ribeirinhas do Amazonas está relacionada historicamente com a
expansão marítima Europeia, assim como as técnicas construtivas incorporadas por estas
populações tem procedência europeia, em especial as casas em madeira construídas sobre
as Águas, chamadas de palafitas.
“O surgimento das populações ribeirinhas se deu durante os séculos XV e XVII, a partir do processo da expansão marítima europeia este que ajudou na caracterização do processo de formação do sistema capitalista. No Brasil a ocupação do território foi uma consequência do dinâmico processo dessa expansão marítima pelas empresas comerciantes europeias em busca de prosperidade econômica baseada na exploração de recursos naturais da terra conquistada. Porém a limitação de recursos naturais não foi considerada, e deixou consequências e marcas dentro do território brasileiro. A ocupação do território da Amazônia é percebida a partir do processo de transformação da economia-mundo capitalista, onde os comerciantes buscavam na Amazônia produtos valorizados no mercado europeu. O processo de expansão marítima já vinha trabalhando com exploração e extração de produtos em outras regiões do globo, como na Ásia denominada “Índias”. (BECKER, STENNER, 2008)
Para as frentes de colonização europeia, surgiu a necessidade de criar fortificações que
defendessem os territórios conquistados de ataques indígenas e estrangeiros que também
estavam em busca de explorar as riquezas amazônicas, principalmente as drogas do sertão
(especiarias com efeitos medicinais e afrodisíacos, aromáticos e temperos). A partir dessa
demanda foram levantadas várias fortificações ao longo dos eixos fluviais e marítimos;
principais rotas de acesso ao território brasileiro por parte dos estrangeiros surgindo assim
os primeiros focos das cidades coloniais europeias no brasil. Outro fator de significativa
relevância na constituição do território amazônico foram a implantação das missões
religiosas no vale do Amazonas pela Coroa Portuguesa durante o século XVII. O Ciclo da
borracha também foi outro período histórico de relevância nesse processo, pois causou um
processo de imigração de pessoas em busca de riquezas, estas que permaneciam
concentradas na mão dos proprietários de terra da região. Esse processo marcado pela
miscigenação de pessoas de diferentes regiões ajudou na caracterização e formação das
várias comunidades ribeirinhas atualmente localizadas as margens dos rios na Amazônia.
Sabe-se porém que antes mesmo da chegada dos Europeus existiram pela civilizações
anteriores que já habitavam a região.
“À medida que novas descobertas se realizam, altera-se a ótica sobre os índios amazônicos, de tribos nômades e atrasadas, para grupos dotados de uma grande riqueza cultural. Sabe-se hoje que as civilizações complexas existiram na várzea do rio Amazonas, sobretudo em Santarém, onde as mais antigas peças de cerâmica policroma de toda a América teriam sido encontradas (8000 A.C.; os “tesos” – dotados dos séculos IV ao XIV d.C., supondo-se que estes nos maiores terraços articulados a população teria alcançado uma escala urbana, concentram o até 10 mil habitantes” (BECKER, STENNER, 2008 p. 13, 14)
As construções ribeirinhas representam uma “ligação direta com a água: alimentação,
proteção, comércio e transporte.” (INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM, 2012) Em
geral as comunidades ficam próximas a sua rede de transporte e consequentemente da
rede de comércio, das reservas de peixe, etc. O conceito de rede e seu impacto é discutido
por Becker, Stenner (2008) sobre o meio estão mostrada na figura 1 (tabela abaixo)
Mudança Estrutural Principais Impactos Negativos Construções
1. Conectividade - estrutura de articulação do território: redes de telecomunicação e transporte
• Migração/mobilidade do trabalho • Desflorestamento •Desrespeito às diferenças sociais e ecológicas
• Acréscimo e diversificação da população • Casos de mobilidade ascendente • Acesso à informação - alianças/parcerias • Urbanização
2. Industrialização - estrutura da economia
• Grandes Projetos - "economia de enclave" • Subsídio à grande empresa • Desterritorialização e meio ambiente afetado
• Urbanização e industrialização de Manaus, Belém, São Luís, Marabá • 2ª no país/valor total produção mineral • 3ª no país/valor total produção bens de consumo duráveis • Transnacionalização da Vale
3. Urbanização - estrutura do povoamento Macrozoneamento - povoamento linear; arco em torno da floresta
• Inchação - problema ambiental • Rede Rural - urbana - ausência de material da cidade - favelas • Sobre urbanização - Isto é, sem base produtiva • Arco do desflorestamento e focos de calor
• Quebra da primazia histórica de Belém-Manaus • Nós das redes de circulação/informação • Retenção da expansão sobre a floresta • Mercado verde • Locus de acumulação interna, 1ª vez na história recente • Base de iniciativas políticas e da gestão ambiental
4. Organização Social Civil - estrutura da sociedade
• Conflitos sociais/ambientais • Conectividade + mobilidade + urbanização
• Diversificação da estrutura social • Formação de novas sociedades locais - sub-regiões • Conscientização - aprendizado político • Organização das demandas em projetos alternativos com alianças/parceiros externos • Despertar da região - conquistas da cidadania
5.Malha Socioambiental - estrutura de apropriação do território
• Conflitos de terra e de territorialidade • Conflitos ambientais
• Formação de um vetor tecnoecológico • Demarcação de terras indígenas • Multiplicação e consolidação de Unidades de Conservação (UC s) • Projeto de Gestão Integrada (PGAIs) nos Estados; Projetos Demonstrativos (PDA) • Capacitação de quadros - Zoneamento Ecológico Econômico (ZEE)
6. Nova Escala - Geopolíticas dos grupos sociais - Resistência à livre apropriação
• Conflitos/construções • Amazônia como uma região do Brasil
Figura 1: Quadro Mudanças Estruturais na Amazônia. Fonte BECKER, STENNER, 2008.
Como projeto referenciais flutuantes levantamos a proposta de projeto do escritório H&P
Architects para habitação de baixo custo no Vietnã em Bambu, e a escola na Nigeria
estruturada em madeira projeto de r Kunle Adeyemi, e como um sistema construtivo
aplicando a alta tecnologia e pré-fabricação o sistema KNF idealizado por Johannes
Kaufmann.
Figura 2: Construção flutuante em bambu. Esquema de montagem da habitação. Sistema de vedações à esquerda e detalhes do projeto a direita. Disponível em: <http://www.designboom.com/architecture/low-cost-
house-for-middle-vietnam/>. Acesso em 20/julho/2013.
No Vietnã o projeto e protótipo proposto pelo escritório H&P Architects aplica o bambu na
construção de habitações, pois o material é bem assimilado pela população local, além de
ser abundante. As casas em bambu propostas apresentam um conceito modular, e
sistêmico que possibilitam posterior ampliação como mostra o quadro acima a esquerda.
Na figura 1 a direita temos o item 1, 2 e 10 mostrando as ligações propostas a partir do
agrupamento e composição dos colmos de bambu, com conexão amarradas de evitar
ligações pregadas e parafusadas evitando o cisalhamento paralelo a fibra longitudinal na
ligação. Os itens 1 e 2 mostram o encontro da mão francesa com as vigas de piso e 10
mostra a ligação das vigas com o pilar. O número 6 mostra a guia metálica deslizante. O
número 14 e 15 e 16 as vedações em bambu e o jardim vertical. A proposta constitui de uma
unidade flutuante a partir do uso de tambores, que se desloca no eixo vertical a partir de
guias metálicas deslizantes que impedem o deslocamento no eixo horizontal, além de
incorporar conceitos contemporâneos de conforto com ventilação cruzada, captação de
água de chuva, entre outros aspectos como paredes verdes.
Figura 3: Escola flutuante em Makoko e ilustrações esquemáticas do projeto. Disponível em: < http://inhabitat.com/kunle-adeyemi-designs-a-solar-powered-floating-school-for-the-flood-prone-coastline-of-
nigeria/nle-frame-school/.>. Acesso em: 20/julho/2013.
A escola flutuante apresentada na figura 3 projeto de Kunle Adeyemi tem a forma de um
prisma de base triangular, pois esta forma ajuda na estabilidade da construção. A estrutura
em madeira é posta sobre tambores que asseguram a escola o atributo da flutuação, logo
independente do nível das águas a escola continua seca, ao contrário das palafitas, que
quando o nível das águas sobem mais que o esperado não garantem que a estrutura não
fique submersa.
A forma espacial da estrutura é materializada por um esqueleto de madeira. As ripas fazem
parte da fachada, na horizontal criam com certo afastamento, esta composição ajuda a
garantir que o vento circule no interior da escola, assim como a parte superior ajuda na
dissipação do calor (o ar quente sobe), conferindo assim maior conforto térmico. A escola
também conta com painéis fotovoltaicos que captam energia solar e possui um sistema de
coleta de águas pluviais.
Figura 4: Sistema KNF. Fonte: HOLZBAU (2003).
O sistema industrializado de Habitação totalmente produzido em madeira criado por
Johannes Kaufmann, apresenta um alto grau de pré-fabricação, concebido com a intenção
de ser um sistema modular de fácil montagem. O sistema apresenta 24 tipos de painéis
totalmente pré-fabricados industrialmente que possibilitam a composição de diversas
maneiras, onde cada um dos painéis possui um design singular a possibilidade de instalar
no local de acordo com a vontade de cada morador.
A inserção do pensamento modular na construção em madeira pode referenciar-se a partir
do uso de múltiplos de 60 cm para composição de painéis de piso, vedação, etc. A
vantagem de sistemas modulares é percebido na hora da montagem pois a partir do
pensamento modular é possível gerar diferentes composições de acordo com necessidades.
MÉTODO
Como metodologia de trabalho, seguiram se as etapas:
Primeira Etapa: Inicialmente foi feita a revisão bibliográfica no livro “Bambu de Corpo e
Alma” dos autores Pereira e Beraldo (2008) afim de compreender melhor a dinâmica do
bambu. Os livros “Manual do arquiteto descalço” do autor Leegen (2004); “BAMBOO” do
Vidiella (2011) também foram consultados como fonte de referência de contruções com
bambu ao redor do mundo. O levantamento dos sistemas construtivos se deu também a
partir dos estudos referenciais:
Habitação de baixo custo em Bambu projetada por H&P Architects, no Vietnã, 2011.
Escola Flutuante projetada por Kunle Adeyemi, em Makoko Nigeria 2009
Habitação com uso do sistema KNF idealizado por Johannes Kaufmann, na
Alemanha 2003.
Segunda Etapa: Participação na Conferência das Nações Unidas Sobre o Desenvolvimento
Sustentável em 2012 e Visita ao Centro de Pesquisa e Tecnologia Experimental em Bambu
e Bioarquitetura em Visconde de Mauá no Rio de Janeiro onde foi possível registrar algumas
das obras existentes no local.
Terceira Etapa: Após os estudos baseados principalmente no livro Bambu de Corpo e Alma
(Pereira e Beraldo 2008) e Manual do Arquiteto Descalço (Leegen 2004) foram realizados
alguns experimentos com bambu afim de entender sobre o tratamento do bambu contra
agentes externos, plantio diferentes possibilidade de amarrações, composições de pilares e
vigas, etc.
Quarta Etapa: Estudo de Caso
Foi levantado como previsto o modelo de construção das casas ribeirinhas
implantadas pelo Incra através dos dados coletados previamente pelo Escritório
Modelo Mosaico pelo Grupo de Trabalho Amazônia. E através dessa fazer uma
análise prevendo possibilidades quanto aos métodos construtivos possíveis
apresentados pelos outros estudos de caso.
Analise do estudo de Ebiobambu espaço idealizado por Celina Llerena no Rio de
Janeiro.
Quinta Etapa: Redação e revisão do artigo.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
A constituição de uma habitação se dá a partir do modo de vida de determinados indivíduos
e da necessidade de um abrigo contra intempéries. Existem variantes que influem na
materialidade e forma que uma habitação possa vir a ter, e a cultura é um fator importante
que identifica a partir de hábitos e padrões a materialização de um espaço.
A importância da habitação está em proporcionar proteção aos seres humanos que vivem
nestas, assim como favorecer a vida naquele ambiente. Casas podem ser construídas de
diversas maneiras, com distintos materiais e de diferentes tamanhos; de acordo com a
disponibilidade de material, condições e de acordo com o terreno que se tem para a
construção.
Segundo a repórter Priscilla Mazenotti Repórter da Agência Brasil (2012):
“A cheia nos principais rios do estado afeta mais de 77 mil pessoas. Ontem (16), o Rio Negro alcançou o maior nível já registrado na história: 29,79 metros, 2 centímetros acima do verificado na cheia de 2009, até então considerada a mais intensa. Segundo o Serviço Geológico do Brasil, o nível do Rio Negro pode ultrapassar os 30 metros. Em Careiro da Várzea, 95% do município estão alagados. Em Anamã, a cidade inteira está debaixo d'água. A população está sendo transferida para abrigos flutuantes, sustentados por boias. O hospital e outras unidades de saúde também estão funcionando em estruturas flutuantes.” (MAZENOTTI, 2012)
A situação crítica foi encontrada na visita realizada a comunidade pelos pesquisadores
como mostra a figura 5 as marcas mais escuras nas paredes das casas demonstram a
altura que a água sobe mostram a realidade e o dia a dia dos ribeirinhos em época de
cheias, cemitérios alagados, falta de saneamento, casas inundadas, moradores na água e
usando ela para limpeza de pratos e roupas.
Figura5:Casas da comunidade submetida a inundação. Fonte: Acervo da autora.
A busca por sistemas construtivos que permitam atender anseios e necessidades dessas
populações em questão foram norteadores da pesquisa. Em visita a campo com o Escritório
Modelo Mosaico da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Mackenzie, no Projeto Amazon
Vida em julho de 2012, nossa equipe constatou junto com o resto da equipe multidisciplinar
situações que demonstravam relações desarmoniosas entre construções e natureza.
Nas comunidades ribeirinhas visitadas foi possível identificar algumas características
principais das casas ribeirinhas. A análise foi realizada junto ao escritório Modelo de
Arquitetura e Urbanismo Mosaico, e foram constatadas duas tipologias principais de casas
construídas, sobre palafitas e as casas flutuantes sobre toras de açacu, ambas construídas
em madeira.
Em geral as casas ribeirinhas são composta de sala de estar, cozinha e dois quartos. Sala e
cozinha constituem um único ambiente, nos quartos é muito comum o uso de rede para
dormir e o banheiro geralmente é um ambiente acoplado a casa ou se localiza no exterior; a
ideia de afastar o banheiro dos principais cômodos da casa se dá pelo fato de a maioria das
comunidades não ter uma estrutura de saneamento básico. A ausência dessa estrutura
causa diversas situações indesejáveis a comunidade, pois em época de cheia acontecem
casos em que a água chega a invadir casas, como na última cheia (2012) na comunidade de
Anamã que inundou 90% das casas da cidade. Algumas casas incorporam uma pequena
varanda. A imagem a seguir mostra a planta de uma casa ribeirinha.
Figura 6: Casa ribeirinha e sua configuração. Fotos e planta: Aline Ferreira.
Uma relação discordante entre as construções e a natureza é o ciclo insustentável da
extração das toras de madeira Açacú (Hura crepitans L.) que podem atingir entre 20 e 40
metros de altura e mais de 3,5 metros de diâmetro de tronco e tem propriedades flutuantes
porém seu tempo de crescimento e maturação é muito superior aos 40 anos que tem sua
utilização e vida útil da edificação flutuante, sua idade média chega a 130 anos para atingir a
maturidade de corte. Segundo o estado do Amazonas(1988) o Açacú é uma madeira leve e
apresenta uma grande “suscetibilidade a deterioração biológica”.
Figura 7: Casa flutuante e processo construtivo de uma casa flutuante. Fonte: Julio de Luca
Figura 8: Croqui da estrutura da Casa flutuante e processo construtivo de uma casa flutuante. Fonte Julio de Luca.
A figura 8 mostra um croqui da construção flutuante. A tora, as vigas principais, secundárias,
os esteios ou montantes, o assoalho e as paredes sendo montadas entre os montantes.
Os processos construtivos partem da aplicação da madeira com técnicas restritas e uso de
ferramentas simples manual como o arco de pua, martelos, etc; para serrar, perfurar e
pregar, onde a técnica construtiva é passada entre gerações. Ferramentas como serrote e
maquinas de furar manual como o arco de pua, martelos, etc. O sistema construtivo parte
portanto da composição de peças por encaixes ou por pregos. A visão sistêmica é
trabalhada com conceito de pequenas modulações e um pé direto baixo.
As casas em geral são compostas de montantes ou esteios, inseridos em posições
principais, como nos encontros das paredes, nas aberturas de portas e janelas. O sistema
de pisos recebe vigas secundárias sobre as quais são inseridos as tábuas de piso. Na
cobertura das casas mais simples não se utilizam tesouras e sim uma cumeeiras elevadas e
as vigas secundárias da cobertura as terças, sobre as quais irá receber as telhas de zinco,
ou até mesmo palha; porém esta vem deixando de ser utilizada pelo grande tempo
demandado para trançar a palha e a pouca duração do material quando exposto as
intempéries que pode durar até 3 ou 4 anos.
A vedação externa é composta por tabuas verticais de 22 cm de largura apoiadas na viga
base e na viga de topo do quadro estrutural. A união das tabuas ocorre por meio de ripas. A
técnica tem semelhança a estruturação das casas de madeira do Paraná, apresentadas por
ZANI(2003) mas produzida sob uma base elevada.
As técnicas de construção por palafitas encontrada nas comunidades ribeirinhas tem a
referência de uma colonização portuguesa (CALOR, 2012) com a base da palafita fixada no
terreno, até a altura do piso, a emenda do pilar neste ponto, as vigas principais pregadas na
face interna dos pilares, as vigas secundárias de piso sobre a principal e sobre elas as
tábuas do assoalho. O Instituto politécnico de Santarém (2012) indica sua origem em “3000
a.C.”, nas primeiras construções na Suíça e representam uma ligação direta com a água e
com a rede de transporte implantada.
Segundo observado as casas mais antigas apresentam maior qualidade técnica
apresentando beirais, generosas varandas e maiores acabamentos nos frontões das casas,
enquanto nas casas mais recentes são observadas uma maior simplificação muitas vezes
extinguindo as varandas, menor detalhamento no acabamento, entre outros fatores.
Figura 9: Duas casas sob palafitas; a esquerda uma mais antiga e a direita outra mais recente e simplificada. Fonte: Aline Ferreira.
A aplicação do bambu pelas populações ribeirinhas do Amazonas em especial nas
comunidades visitadas passa por um conflito pois não existe a tradição cultural nem o
domínio da tecnologia. Mas com um plantio da espécie adequada e apoio dos órgãos
governamentais, a técnica poderia ser transmitido a estas populações ajudando entre várias
questões a evitar a atual extração descontrolada da madeira nativa, substituindo por um
material de crescimento muito mais rápido e de grande eficiência como também possibilitar
a incorporação de uma nova técnica construtiva de baixo custo para as populações.
Constatações, levantamentos da aplicação do potencial do bambu na construção
Em visita ao Centro Ebiobambu, Escola de Bi arquitetura em Visconde de Mauá Rio de
Janeiro foram observadas diversas possibilidades para o uso de bambu, desde seu uso na
parte estrutural das construções, quanto de vedações a partir de diferentes tipos de
trançados. Vários tipos de encaixes e acabamentos que com ajuda de elementos metálicos
faziam parte da estrutura e composição das ligações como amarração dos colmos de
bambu, ligação com parafusos, injeção de concreto na ligação, etc.
Figura 10: Centro Ebiobambu em Visconde de Mauá, exemplo de estrutura em bambu com possibilidade de uma
cobertura verde. Acervo da autora.
A figura 10 mostra o potencial do Bambu na produção da habitação sustentável, mostra a
técnica associando o bambu com diversos materiais como o concreto no embasamento, o
adobe nas paredes e os grande beirais protegendo a construção das intempéries, a mão
francesa permitindo a construção do beiral cria uma beleza estética incorporada no edifício
além de uma qualidade associada ao conforto térmico. A arquiteta Celina Llerena incorpora
sobre uma trama de bambu a construção de um teto verde, aumentando o conforto térmico
e minimizando o aquecimento global.
CONCLUSÃO
Ao redor do globo diversas tecnologias sustentáveis, mostrando a diversidade de soluções
para suprir necessidades de populações que vivem em semelhantes situação a dos
ribeirinhos. A pesquisa buscou identificar os sistemas, materiais e técnicas alternativas afim
de demonstrar essas possibilidades.
O bambu é ressaltado na pesquisa como material com grande potencial construtivo quando
respeitadas suas características e aplicado de maneira adequada. O material apresenta um
rápido crescimento e seu uso para construção se dá depois de 4 anos, quando atinge a
maturação. É um material leve e de diversas viabilidade construtivas podendo ser usados
em composição com outros materiais, como demonstrado por Oscar Hidalgo que injeta
argamassa de concreto na ligação para dar maior rigidez e amarrações dos colmos de
bambu.
O uso de tambores de óleo reciclado em função das características flutuantes, são
observados como elementos passíveis de substituir os atuais métodos de flutuação
aplicados pelos ribeirinhos. Isso evitaria o corte desnecessário de árvores centenárias além
de dar um uso a elementos de maneira alternativa.
Outra constatação de técnicas usadas ao redor do mundo diz respeito modulação de
elementos. A partir da modulação é possível construir de acordo com as necessidades de
cada grupo familiar, possibilitando incorporar elementos posteriores dando assim maior
flexibilidade as habitações. Quando se trabalha com materiais naturais a habitação deve
trazer em si conceitos ligados ao clima tropical, com grandes coberturas e beirais criando
varandas e melhorando a qualidade de vida do cidadão, a durabilidade dos materiais e
qualidade plástica.
Entretanto, além de identificar as possibilidades técnicas construtivas é essencial que sejam
atribuídos aos órgãos governamentais a responsabilidade de garantir que investimentos
sejam direcionados para a educação e capacitação de moradores da região para que
acessem o conhecimento e retransmiti-los.
A pesquisa destaca a importância da construção de uma rede de pesquisa, ensino,
produção e distribuição que deve ter um rebatimento na preservação da madeira nativa. A
produção de elementos e componentes para a produção de uma habitação padrão de fácil
montagem, produzidas em fabricas de alta tecnologia, centralizada e gerida por equipes de
pesquisadores ligados a madeira nativa e ao manejo sustentável, inclusive as primeiras
produções ficarem centradas em 2 ou três fabricas ao longo do Rio. A população receberia
um treinamento em escolas de formação de carpinteiros. A criação de cartilhas ilustradas de
montagem da habitação e de sua responsabilidade e preservação do edifício que ele irá
construir. No Japão as cartilhas e técnicas construtivas das casas em madeira são
encontradas em bancas de jornal.
É importante lembrar a responsabilidade da arquitetura, de produzir habitações que levem
em conta o clima tropical, vislumbrando o conforto térmico, o aproveitamento das
ventilações naturais, a captação das águas da chuva , a flutuação, etc. e a melhoria da
qualidade de vida dos seus habitantes.
Quanto ao Bambu a pesquisa cita a aplicação e a existência no Amazonas mas temos que
destacar nas comunidades visitadas não existe a cultura sobre o material, portanto sua
viabilidade ficaria condicionada montagem da redes pelos órgão governamentais desde seu
plantio, ensino da retirada e tratamento dos colmos, e as técnica construtivas com o bambu.
O trabalho dos arquitetos vietnamitas mostra o potencial deste na habitação.
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