Zine peneira do miolo

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POESIA, REBELDIA E ARTEa LUTA É COMO UM CIRCULO, a lutaPOESIA, REBELDIA E ARTEé como um circulo, pode começarPOESIA, REBELDIA E ARTEem qualquer ponto, mas não POESIA, REBELDIA E ARTETermina nunca. a luta é como umPOESIA, REBELDIA E ARTEc i r c u l o , p o d e c o m e ç a r e m POESIA, REBELDIA E ARTEqualquer ponto, mas não terminaPOESIA, REBELDIA E ARTE

GI DI nadosNnA

PenEirA do MiolO

Logo no pri-meiro diaJá nos chamaram de vândalos, delinquentes juvenisNo segundo, Eu já via nossos ros-tos expostos e seus perfisTodos à venda nas banquinhas de jornaisE eu ainda esperava mais.Não demorou muito ate chagarChutes, balas, bombas e sprayEles diziam que não dava para matarMais que se preciso fosse não iriam amenizarEspalharam seus corpos pela avenidaImpedido os nossos de caminhar.O que fizemos? Todos chamaram de indignação popular!Já era o quarto dia conse-cutivoO cansaço deveria existirMas a vontade de mudar, o fez acometidoDe fazer qualquer bobagem.Passamos por asfaltos, pon-tes e ferragensNada mais perecia segurar.Eram 30 mil em fúria.Nômades, pulando de lugar em lugar!Eles, os grandalhões, Diziam ser impossível e inútil aquilo tudoNossa resposta foi a desobe-diência, o fogo, a rebeldiaNão adiantava mais acordo ou qualquer coisa que diziaOu revogava e voltava atrás.Ou o grandalhão-mor caia.Já era o fim da semanaA rotina da cidade foi toda mudada. Ninguém mais passava pela principalAs secundarias agora eram a porta de entrada.

Agora, para eles, sem duvidas éramos vânda-

los e bandidosAs armas, as espa-das e o Batalhão a

nos foram apontados.A eles demos flores, com os punhos desarmados.A quem dizia ser impossível a vitória.O povo nas ruas mostrou que tem poderFizemos ele engolir essa derrotaFizemos o estado e o pais inteiro ver.A indignação fez seu papelCumpriu nas ruas a sina de nosso povoLutar, resistir, vencer! E lutar de novo!

Se lutar por seus direitos é sinônimo de vandalismo e delinqüência.

Então, podem me chamar de vândalo e delinquente juvenil.

Meu jarro excede transfigurado em matéria alagando vizinhanças. Não há quem me toque sem tocar a vida.

-Vivo em essência.

Depois disso, dou-me toda razão, é preciso colidir.A

to d

e co

nfiss

ão I

II

(Rafael Geremias)

POESIA, REBELDIA E ARTEa LUTA É COMO UM CIRCULO, a lutaPOESIA, REBELDIA E ARTEé como um circulo, pode começarPOESIA, REBELDIA E ARTEem qualquer ponto, mas não POESIA, REBELDIA E ARTETermina nunca. a luta é como um

Assum

iram-se com

o talE

rgueram o punho

Agarraram

-se aos hinosForam

militar!

(Tassi)

LA

(Luan Matheus)

E o palhaço que trabalhaDesce busão e sobe busãoVendendo jujubas, balas.E leva tanto não na cara

Minha cara autoridade... Minha cara autoridade...

COMO É CARA A AUTORIDADE!COMO É CARA A AUTORIDADE!

(Salathyel Costa)

Mário¹ vive passarinho,Luís², no dualismo,eu, permisso macio.E você,por que não permitir-

se?

Em sonhos, todos idealizamTrabalho, materia-lizamAmor, aspiramCarinhos, eternizamRaiva, se rebeldiamE em sentir todos vivem

Mas se em sentir vivo,de nada se opõeo rabisco,que em palavras toscas,brutas, soltas,em melodia ou sem rima,traduzemum EU em versos.E pela realidade deslizarascunhos em poesia,já se deparandocom o final da linha.

Use a formaque melhor te servire a letra sair,todos somospoetas a vir.

Pense livre, passarinhe,dualize, contrarie,

permissie...

Sociedade dos Poetas Por vir

Seja um (a)socio-poeta

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@so

poet

aspo

rvir

(Suzianne Santos)

Fugas vãs

Me leva daqui pralgum lugarsó quero sair e respirarMe leva daqui pralgum lugarsó quero deixar de imagi-narMe leva daqui pralgum lugarum lugar que eu possa colorir Me leva daqui pralgum lugarquero viver, amar e me declararMe leva daqui pralgum lugarme tire as correntes, me deixe voarMe leva daqui pralgum lugarquero pensar e me libertarMe leva daqui pralgum lugarAntes que eu esqueçaantes que apareçaum bom motivo pra ficar.

(Fernanda Costa)

Viro páginas de contosna biblia filosófica do teu olharvejo a construção do viverno coletivo do teu pensarsendo o emergente na escuridãoacredito na revoluçãoonde contigo posso alcançar

Imaginando-me,encontro luz no teu acreditarno teu discurso determi-nadoacho núvens pro meu sonharvivendo o feijão com arrozvendo uma revolução a doisa forma de se iniciar

Venha fervente de for-ças e teorias

mesmo assim ainda será uma florem meio a pinturas alienadasés distribuidora de corno teu discurso me arrepiono teu entrançado, não sou um fiomais quero tear o teu amor

Revolução a dois

(MarcoFoyce) D

e tão longe teu per-fum

enasce a fom

e, te devoroarm

adilha, sangra o gum

enesse am

or que me

demoro

(André C

afé)

A hum

anidade vive bailandoem

uma realidade

de paradigmas am

ordaçadose apagados pelos séculos

Se pisa em pontas de ice bergs

sem notar a raiz de cada

traço que compõe a im

agem que

observam

A sociedade está toda

empoeirada e pensa

ser totalmente pós-m

oderna

Ela está mofando

com suas grades

sacadas escondidas emum

a caixa de pandora inversa.

Hum

ano

(Dine)

Eu via esta poesiaDeclamada em pleno meio diaCom tanta rebeldiaQue quase nada se entendiaQuanto mais se gritavaMais se inspiravaE mais parecia com um tipo de arte. Mas com tanta força com que gritava

(Victor Augusto)

Só se ouvia esta parte:Poesia, Rebeldia e Arte!

Teresini-me com teu calorTeresini-me com tuas arvoresTeresini-me com seu concretoTeresini-me com sua belezaTeresini-me com sua pobrezaTeresini-me contigoTeresini-me ao maximoTeresini-me com tuas opressõesTeresini-me com tua razãoSua racionalizaçãoTeresine-me com sua burguesia perfumadaTeresine-me com seu progresso?Sem nexo, permaneçoAnexadoEstagnadoMe mantenha tão perto, para que assim eu esteja mais distanteDescontextualizadoAli é nadaTeresine-meMe construaMe faça quem souBom ou ruimMe forjeTeresine-meTe

resi

ni-m

e

(Victor Marchel)

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