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Inversão de Matrizes
Objetivos:
– Saber determinar a inversa de uma matriz de maneira eficiente, baseada na
fatoração LU;
– Compreender como a inversa de uma matriz pode ser utilizada para analisar
características de estímulo e resposta em sistemas de engenharia;
– Compreender o significado de normas de matriz e vetores e como são
calculadas;
– Saber como utilizar as normas para calcular o número de condição da matriz;
– Compreender como a magnitude do número de condição pode ser utilizado
para estimar a precisão das soluções de um sistema linear de equações
algébricas.
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Matriz Inversa
Em aulas passadas foi introduzido o conceito de que se uma matriz [A] é quadrada,
existe uma outra matriz [A]-1, chamada de matriz inversa de [A], para a qual:
[A][A]-1 = [A]-1[A] = [I]
A inversa pode ser calculada de coluna a coluna. Por exemplo, se o vetor de termos
independentes possui o número 1 na primeira posição e zeros nos outros lugares,
a solução resultante será a primeira coluna da inversa da matriz. Similarmente, se um
vetor unitário com o número 1 na segunda linha é utilizado
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Matriz Inversa
a solução resultante será a segunda coluna da matriz inversa.
A melhor maneira de implementar tal cálculo é com uma fatoração LU. Como esta
metodologia é ideal para avaliar diversos vetores de termos independentes, terá grande
serventia na avaliação dos diversos vetores unitários necessários para calcular a matriz
inversa.
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Exemplo
Utilizaremos a fatoração LU para determinar a inversa para a seguinte matriz de
coeficientes:
Na aula anterior já havíamos calculado a fatoração LU dela, cujo resultado era:
Para determinar a matriz inversa devemos utilizar a substituição progressiva para
encontrar diversos {d} e resolver os vários {x} que determinarão a inversa.
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Exemplo
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Exemplo
No primeiro passo da determinação da primeira coluna da inversa temos:
Cuja solução é:
E o segundo passo da determinação da primeira coluna da matriz inversa:
Cuja solução é:
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Exemplo
No primeiro passo da determinação da segunda coluna da inversa temos:
Cuja solução é:
E o segundo passo da determinação da segunda coluna da matriz inversa:
Cuja solução é:
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Exemplo
No primeiro passo da determinação da terceira coluna da inversa temos:
Cuja solução é:
E o segundo passo da determinação da terceira coluna da matriz inversa:
Cuja solução é:
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Exemplo
Resumindo nossos resultados até agora:
Que resulta na seguinte matriz inversa:
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Cálculos de Estímulo e Resposta
Os sistemas que regem fenômenos na engenharia são, muitas vezes, lineares da forma:
Para equações de balanço os termos possuem uma interpretação física. Os elementos
de {x} são os níveis da propriedade sendo balanceada para cada parte do sistema. Num
balanço de forças, por exemplo, eles representariam as forças horizontais e verticais em
cada membro. Eles representam, enfim, o estado ou a resposta do sistema que estamos
tentando determinar.
O vetor de termos independentes {b} contém aqueles elementos do balanço que são
independentes do comportamento do sistema – ou seja, são constantes. Em muitos
problemas eles representam as influências ou estímulos externos que agem e guiam o
sistema.
A matriz de coeficientes [A] contém os parâmetros que expressam como as partes do
sistema interagem ou como estão acoplados.
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Cálculos de Estímulo e Resposta
Assim a equação abaixo
Poderia ser expressada da seguinte forma:
[Interações]{resposta}={estímulo}
Sabemos que existem diversas maneiras de resolver este problema. Entretanto,
utilizando a matriz inversa nos dá um resultado interessante.
Ou seja:
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Cálculos de Estímulo e Resposta
Cada um dos elementos representa a resposta de uma única parte do sistema a um
estímulo unitário de qualquer outra parte do sistema.
Por ser uma formulação linear, a superposição e proporção existem. Superposição
implica que se o sistema está sujeito a diversos estímulos, as respostas a cada um
podem ser calculadas separadamente e somadas. Proporcionalidade significa que se
um estímulo dobra, sua resposta também dobrará.
Assim, a-111 é a constante de proporcionalidade que nos dá o valor de x1 devido ao nível
unitário de b1. Assim podemos concluir que o elemento a-1ij da matriz inversa representa
o valor de xi devido a um valor unitário de bj.
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Exemplo
Revisitemos o exemplo da Aula 09 sobre Sistemas Lineares, no qual três saltadores de
bungee-jump estavam unidos por cordas. Chegamos ao seguinte sistema:
Utilizaremos o MATLAB para calcular a inversa desta matriz.
Cada elemento da k-1ij inversa representa a mudança vertical na posição, em metros, do
saltador i devido a uma mudança unitária na força (em Newtons) aplicado ao saltador j.
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Motivação
Vamos supor que, agora, três saltadores de bungee-jump estão unidos por cordas.
Podemos definir três distâncias x1, x
2 e x
3; medidas para
baixo quando não estão esticadas (esquerda). Após
saltarem, a gravidade fará seu trabalho e os saltadores
atingirão a posição de equilíbrio (direita).
Suponha que seu trabalho seja calcular o deslocamento
de cada um dos saltadores. Caso consideremos que cada
corda se comporta como uma mola linear e segue a Lei
de Hooke, diagramas de corpo livre podem ser
desenhados para cada saltador.
SLIDE 03AULA 09 – SISTEMAS LINEARES
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Exemplo
Os números na primeira coluna indicam que a posição de cada um dos três saltadores
aumentaria 0.02 m se a força aplicada ao primeiro saltador aumentasse 1 N.
Os números na segunda coluna indicam que aplicar uma força de 1 N ao segundo
saltador ainda moveria o primeiro saltador 0.02 m; mas moveria o segundo e o terceiro
saltador em 0.03 m.
Os números da terceira coluna indicam que ao se aumentar a força ao terceiro saltador
em 1 N continuaria movendo o primeiro saltador em 0.02 m; o segundo saltador em
0.03 m; mas moveria o terceiro saltador em 0.05 m.
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Análise de Erro e Condicionamento
A inversa além de fornecer informações sobre a sensibilidade do sistema também nos dá
indicações a respeito do condicionamento. Três métodos diretos podem ser utilizados:
(1) Faz-se a escala da matriz de coeficientes [A] para que o maior elemento em cada linha
seja 1. Inverte-se a matriz modificada e se existirem elementos de [A]-1 que são diversas
ordens de magnitude maior que outros, é provável que o sistema seja mal-condicionado.
(2) Multiplica-se a matriz inversa pela original e verifica-se o quanto o resultado está
próximo da matriz identidade. Caso não esteja, existe um provável mal-condicionamento.
(3) Inverte-se a matriz inversa e verifica-se o quanto ela está próxima da matriz original.
Caso não esteja, existe um provável mal-condicionamento.
Apesar destes métodos servirem para seus propósitos, o ideal seria ter um único
escalar que servisse como indicador do problema. Esta é a ideia por trás do conceito de
norma.
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Norma de Vetores e Matrizes
A norma é uma função matemática que retorna um valor real, fornecendo uma medida
do “comprimento” ou “tamanho” de entidades matemáticas de múltiplos componentes
tais como vetores e matrizes.
Um exemplo simples é um vetor num espaço tridimensional Euclidiano que pode ser
representado como:
Cuja norma é dada por:
Onde o índice “e” indica que
este comprimento refere-se à
Norma Euclideana de [F].
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Norma de Vetores e Matrizes
De maneira similar, para um vetor n-dimensional sua norma Euclideana é dada por:
Este mesmo conceito pode ser estendido para uma matriz [A]:
Isto recebe o nome especial de Norma de Frobenius, por isso o índice “f”.
Deve ficar claro que existem outros tipos de normas tanto para vetores quanto para
matrizes.
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Número de Condicionamento
Definiremos o número de condicionamento da matriz como:
Suponhamos que os coeficientes da matriz [A] tenham t dígitos de precisão. Seja então
que Cond[A] = 10c, então a solução [X] do sistema é garantida somente nos (t-c) dígitos.
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Exemplo
A Matriz de Hilbert, que é notoriamente conhecida por ser mal-condicionada, pode ser
representada em termos gerais por:
Estimaremos o número de condicionamento para uma Matriz de Hilbert 3x3:
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Exemplo
Devemos, primeiramente, calcular a inversa da matriz:
Tendo as duas matrizes, procedemos ao cálculo da Norma de Frobenius:
O fato do número de condicionamento da matriz ser muito maior que a unidade sugere
que o sistema é mal condicionado.
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Exemplo
Tendo em vista que
Podemos quantificar a dimensão do mau condicionamento.
Assim caso nós resolvêssemos um sistema linear tendo a matriz [A] como a matriz dos
coeficientes, os três últimos algarismos significativos da solução poderiam exibir erros
de arredondamento.
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MATLAB
O MATLAB possui as funções intrínsecas para calcular a norma e número de condição
através dos comandos:
norm (X,p)
cond (X,p)
tal que X é o vetor ou a matriz e p representa o tipo da norma ou número de condição,
que pode ser (1, 2, “inf” ou “fro”).
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Aviso aos navegantes
Todos os exercícios do livro que solicitem a resolução de um problema implica que:
– Você o resolverá no MATLAB utilizando seu próprio código, e não as funções
prontas do MATLAB ou as fornecidas em aula;
– Você resolverá o problema no caderno a mão;
– Você resolverá o problema numa planilha de cálculo.
O intuito é que você aprenda o método, e não há aprendizado caso você simplesmente
use uma formulação fechada já fornecida pelo MATLAB ou programada por um terceiro.
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Informações
Exercícios: 11.01 11.03 11.08 11.12 11.13 11.14
Em todos os exercícios envolvendo Norma: Vetores → Euclideana;
Matrizes → Frobenius.