æ Crise: K WrOOODWWÍCÍO Novo Governo, Baseado Nas Forças ... · 2015-02-26 · realiza-se hoje,...

8
I*. "' ! .,' nacionalismo democracia sodruiiisi TTSJmrfi ¦ ¦_¦ ^._ _^^^BÍk.W»Vi^__BH_ ^^—^^mm*—._^_d»kí-_ÍH í*«Si ¦ H Br _4__fc_V __ki - J f_á |_l :__j__fl _^_k_. ,_^^ 1 _JKV kr _4 VSÉ__k j__IK III l 1 »k_-_J f ^ W I L J I"k ,^**"""**"»"»"*"»**^^mM ^Or ' •• I Ufci I III ^..AimA .^.B.^ _^fl_fe_k. l immmmm^ ^H^^^^^^H^^v^^H mmMmM m ^m\ uaaW^M\\\ uaa\\ ^1_^h^.'v| l_É _______________________ * ******--,'"*,******-*,-**ZJ*'**'*»*^ •..'r-*_*r.»*-iJ" /•' PUA e Servidires Farão Ciiício Amanhã (Dia 28) Mi .11? a Partir ÂNOV M** (hw* •„ ,.,, _ 7 ær-— "—¦•-¦¦ ——-»- ..»--• 4 *a AMm* :í?M«JS2 O Pacto de Unidade e Ação e o Comando Geral dos Prévidenciárids vio realizar, amanha, sexta-feira, as 17hS0m, na .escadaria do edlficiò do Ministério do Trabalho..uma. assembléia de reivindicação da «xtonslo do IS» xúàt de salário a todos os servidores públicos federais etuttnralcos, a partir de 1963. .... A assembléia, deverão eomparecer milhares Att MMtat Iwft mi MttaNIrgteM (li) SOUDAReADE A CÜBA E RESPEITO M MOTO K WrOOODWWÍCÍO _ *, í**11 Provocação desencadeada eon* tra Caba pelo tltere venezuelano de Waa- hington, Romulo Betaacourt, vém provocas- do a mala viva repulsa de povo brasileiro, qae ae mobiliza em solidariedade ao povo Irmão da ilha e luta para que o Brasil, como de outras Tezes, mantenha firmemente na OEA aaa poslçio de respeito ao principio de autodeterminação dos povos e contrária á Intervenção direta oa indireta naquele pais. Além de outras manifestações programadas, realiza-se hoje, ás 29 horas, no Sindicato doa Metalúrgicos da Guanabara, grande ato po- Mico de solidariedade ao povo cubano e con- tra «ma nova agressão. Também está sendo divulgado um manifesto, assinado por de- senas de parlamentares (entre eles o depu- ' tado Leonel Brlzola e os senadores Ario Steiabruch e Vasconcelos Torres), lideres sindica»- o estudantis, intelectuais e traba- lhadores denunciando a nova provocação. O manifesto eom as assinaturas está na 7.* pá-.. giaa. Emaua Cr^nká d* Brisilia» ns_3' pá-.. gina. o tttpuado-Mgra AnttUo-deminels tstarebra* no Itamarati para levar r Brasil a romper eom Cuba. :lUuuuHuuuarm II ¦¦.R-F' ^r^^afufuuuTmurmBuMM^uuuur*' '' flflH l_ft_^_^B___tfI - .__t__H_fc*"'jME-HanHrm»uP^.i VMi HMpM ' IffuV'-vllMn_i H_hM '»awS_^_e"BfeVí?ly< e??... ¦*tfhÍr^^i%WzmMvm!m^^fí'íl 'm\ , ¦**i Í_B*-emmr"* u-*S_WÉk_iM»B*-hJ>>«-J.' 1 O**T *•**¦*> - . -*- ¦* * itagSa' ^ m%^:^ur^Érr:' \'*r fÇJrs MWHr j niiHPNi ir ¥9nIfJMPJI U yUmtIMpWnsyBV «s Dos Tratartadores Rirais Amant}i, sexta-feira, dia 20, a partir da» 9 hora», ma mndicato do» Bancária* (Ac^a Presidente Vargas, 502, 22' andar), terá * réedbada a assembléia de eleição e poete da r- diretoria da Confederação Nacional do» Trabalhadores na Agricultura, organização de cúpula predita nos estatuto» dq tra- J bathmdor rural. Participarão do ato cerca éo H ftderacbe», cada uma com quatro de- héadet, oriunda* de mai* ou menoi de» Betado» do paia, CGT, PUA, etc.;V$j Para a assembléia fprxm convidada* entidade» ttndtcali urbana», attim como o Paefo Vaidade e Ac&o (PVA\ e o Co-' \ manda Geral doe Trabalhadére» (CGT), ór- ' pde mdjmmf-jffu f>ooa/A«foree brattítiros. , Ao ato de posse da diretoria a ter eleita na oeatieo, previsto para at IS horas, etta- rêr> pretentci o ministro do Trabalho e e prtddênte da SUPRA, ir. João Pinheiro Ma, Esprra-se também a presença Xo tr. , Ne metmo local Sindicato do» Ban- edriaa -* terá efttuada hoje, dia 19, uma reunião preliminan eob auspício* da Co-- munéo Nacional de Slndicatixação Rural, atum de organizar os trabalho» da aitém- bléia de amanhã.""'.» I sana bi Nova Tra Recebe Diptanas em Festa <•¦• Nacionalista e Democrática . > <¦-. ,.„ No próximo dia 20, às 20^0' horas, ino salão do IAPC, terá lugar' a sessão solene de formatura da turma de 1963 do Instituto Superior de Estudos Brasileiros. ' O governador Miguel Arraes e o deputa- do Tronei Brizbla, respectivamente, foram •acolhidos pelos alunos como patrono, e pa* < raninfo. Serão homenageados também, du* rante a solenidade, as seguintes personàü* dados: Oswaldo Pacheco, representante do CGT; José Serra, presidente da UNE; sub* oficial Gelei Correia, representando as pôr: caa Armadas; Ignáeio Rangel, pelos ihtelec- liíais, e os deputados federais Neiva Morei- ra Temperam Pereira, da ÊPN. Homens- gem especial «erá prestada ao ex-ministro Páttló de Tarso. ' . ..Óarantela. solenidade, o .deputado. Leo*. nel Brlzola falará á Nação. de 1963 trabalhadores, mobilizados pelo PUA e pela lide- rança dos servidores da previdência e outros ieto> res do serviço público federal. Em solidariedade participarão do comido trabalhadores na indústria do petróleo, e representantes de todas as organiza- çôes sindicais, como COT, CP08 o Fórum Mndkal de Debatei, do Santos. (Pág. 2). Crise: Solução Pára a Novo Governo, Baseado 'tT' ¦-«¦¦. '' '*..* v : ' -*'. Kl'---,'' *¦.•>¦¦' .."..W.•" * ¦$,¦¦¦¦.%>£i»vl"< ^4> - *- '-;*. ' :.' Nas Forças Progressistas 43 Associações Pedem Anistia Para Sargentos MaU de 40 organlsMÓe* jw>inr>»d uaflttsiÇMtaBiB- $*.'ja íaftiiactsssrilMPni- na*: lntsgnua-M tgppmx- mente na eampaaB»i;jsla anistia sos sarftata " ^e^í-fln^aU.qiíi:': :-. -yil^a*'; pwnn;..»*m;j ¦ ^«v*».yitó- ¦Bmmfràmtím,.. Étttcéns srtldsdes HaiUali. e populares, í. natinu-pe grande ato p úb 1.1 eo. pite snlstia soe sarientos e em solidariedade a «uas fami- lim '(foto). Da marüfHt*- ^rdutamie a qv-tl-íol'UOa orna carta do sargento il- ¦ more à sua filha' eaprotaao um., documento ealglndo anistia Imediata, peruei- param, \. entro o a t ros, os' deputodo. Leonel Briiola e -¦•Adão Verelra Nunes, o re- piesentante do ea-mlnlstro Araújo eiuano e dlrifentes ^.OOT. da CPOB, oa liga »»t_lnlrja, da UNI e Oo Mo- %mpomW»W^m e raduados dss ttea -|teporta|em..nft;;j.«' ij*V»i^ 9ammtr*-.}iêiWt ¦^•»*M ¦(¦¦ ny,y-r.c!fsm ,í;t * £*> y, *"*¦ Si •* «Ri Vai Favela : Os moradores do Sal- guèiro contaram i ro* portagem de NR os pro- blemas do morro é a lu- ¦ ta que travam para 're* solver questões crucian- tes como o da água, es- gotos e saneamento. Pro* curam se unificar para poder melhor enfrentar as. ütuações com. que se d e Ir on tam e disser am que tém em nosso Jor- nal um legitimo porta- Vos de suas reivindica- ções. NR também esteve com os moradores do Pasmado, ameaçados pe- lo delírio demagégioo.cde , Lacerda, que quer des. pejá-los. para Bangu, obrigando-os a comprar as casas (sic> da chama- da «Vila A1 iançst». Os moradores do Pasmado estão resistindo ao deà* péjó que, se se cõncretí- zar, pioderá ÍfS*W&&i£. sttnprégo centenas' de trabairiadores. Reporta-' gens nas páglnw e 1, NaJQSo.áo MmltW® Salgueiro. wmwmtmÊÊBÊHtfijMffâ m^~Ma mmtÍ?ktà^'&tlmmr*kmmsmMffi"¦J.':*^.'«i>'-'í'- •-" •/-¦-Ç'í'.'- afmmM^mmmW^^rk^-i^m^g^'.T'"^" *' *.*'? *' . mmmmmmu+mmgtgjmmgm-mÈm^^'.-',¦:.- ¦••.i weMm mwt^-tttlBfMmMWirÍV,l^'i^,':^^i^''^ ¦ '' :^fe^mml »^_HÍamWBw^.uaz»lWW^jyfg*jÍ%''' /'r-m, msml*ikmmmmwÈÊmte9s>* - 'V''f >.':a * ^4;4alm«MPBE^aStml'-^ ¦¦ma ^MÍaw_SLV3 _m^_Li9ll -¦iíniHHL'_H »K_J^^I Br f* 'i^rÉÜÍ»^*3d_l Es^_é *- - *í*^^'*í'3jí23eH_ft_S_!!^_B?'^ mM^mtm *%j ^-âr^4u*)^dqfm^B^^M__3__y^r". _^_B _^_B ^ . %^**za1p||MÉ|l_^__^E9 H_L_^?9B^-Ífl - *9B_H»*_r>í-t *.«¦ '*¦¦••':"**w»_i_^_l LH 1*' :j -K'•*'!¦HIK|^«^M ¦ .' 9_I^^Í»msiB Pr''':>tl: ^HÍhev--*tJm\ Wfm^:'"' '. *^^^^H_^B^_w" ¦'*' - _^_^B |;í\v*^;i"--'v r*^5tí,^^^H_He^-^^T---r^ "¦' ¦ ¦¦ »_^_^_^_H ^Síljfv^i_B__ShSí!.V , -? AMt mu '- i **fii-*âl_ffnB BT^w UWmleWríl^M^M m •V-'.JÍ«|, •;• 'n|.PS^JPlrV ¦_L'' -dâmml èk^SliiíryaMS^sEfcS-^H_^W^I.^a'.-_Jsmml Lmm ?í#^RSSB3aHSl^H»mmV&v :,_#!_¦ _H -¦•*¦ ¦t*SsBlí'i,5*2B»TI*»TK* 'JrÈm mm , * >--***--.->mmt- fÀm ' •'¦ríSEL*mK_y_i I iv»^mw' "W_BM ^*.«»«-*»m nn¦ j* *jí__I __^__H ' "**,^^^?^^__B _^_Pi>*asl_^_i •¦tvjM LfaI ¦•|^V.'.-.'?-.'?'^?*,-'.";> :¦•-.-•.¦ "--^,,*,*~,,,,P,»,***>" A formação de um novo governo, apoiado nas forças nacionalistas e democráticas e formado por homens a elas vinculados é, hoje, uma exigénòia irrefreável da esmagadora maioria da Nação. um governo désse tipo, armado com um programa de firme inspiração patriótica e progressista, e contando com o decidido apoio das grandes massas do povo, terá condições de converter em realidade as refor- .mas de estrutura, golpear a espoliação imperialista o suprimir odiosos privilégios çue estão levando nosso povo a uma situação cada dia mais aflitiva, A dura experiência até agora vivida pelo Pala mostrara que os governos de orientação reacionária, cúpulas representativas do imrjertaiismo'^ tatt. fúndio, fracassaram totalmente. Du iIihb.sh da ministério, que se vém sucedendo, cada qual apro* sentando «soluções» diversas na aparência, maá vi* sando todas, no fundo, manter a dependência ao imperialismo e conservar a superada estrutura eco* nômico-social que está, chegamos a um resultado espantoso: o custo de vida se eleva 100% ao ano o o desenvolvimento econômico tende à estagnação; '' i * O povo brasileiro adquiriu, a consciência de,que nenhuma solução pode mais esperar dos velhos esquemas de Poder, da «boa vontade» dos saques* dores ianques, das manobras e acordos com as cúpu* Ias reacionárias responsáveis pelo incessante agrava* mento das condições de vida das grandes massas. Daí o impressionante apoio que vem encontrando no seio de nosso povo e de todas as. camadas pro» gressistas da sociedade brasileira a exigência formu* lada ao sr. João Goulart peias forças nacionalistas c democráticas: que se constitua um nôvó governo, composto por homens identificados com os anseios de emancipação, progresso e liberdade de nosso povo e capaz, por isso mesmo, de levar á prática uma política renovadora, à base de um programa que leve à efetivação das reformas de estrutura, ao rompi- mento com a dependência ao imperialismo é à am* pliação dos direitos democráticos do povo. Essa exigência, formulada no pronunciamento subscrito pelas entidades representativas dos trabalhadores, dos camponeses, dos parlamentares nacionalistas, dos estudantes, das mulheres, da intelectualidade e apoiada por homens públicos do prestigio do depu* tado Leonel Brizola e do governador Miguel Arraes, transforma-se rapidamente num movimento nacio* nal, apoiado calorosamente por todas as camadas do povo. Chegou o momento de formar-se no País um governo sem compromissos com o entreguismo e a reação,, um governo voltado resolutamente para os interesses nacionais e do povo, digno da confiança das grandes massas. Lutar por esse objetivo é, hoje, a grande tarefa das forças nacionalistas e demo- crátlcas. (Editorial e noticiário na 3a. página), , INSTITUTO DE INTERCÂMBIO CULTURAL BRflSIL-URSS Comemorando o seu 10.° aniversário, fará realizar ato festivo no auditório da ABI (9.° andar), às 19 horas do dia 21 do corrente, eom a apresentação de Heitor doa Prazeres e seu conjunto. ENTRADA^ FRANCA. in_L*lh.if-ir. iV ¦ Agü a "\-*^ •êmtàiÊâ ¦v' á ivi . .">•'.•:¦-•' í- 11 1 >. ;;

Transcript of æ Crise: K WrOOODWWÍCÍO Novo Governo, Baseado Nas Forças ... · 2015-02-26 · realiza-se hoje,...

Page 1: æ Crise: K WrOOODWWÍCÍO Novo Governo, Baseado Nas Forças ... · 2015-02-26 · realiza-se hoje, ás 29 horas, no Sindicato doa Metalúrgicos da Guanabara, grande ato po-Mico de

I*. "' ! .,'

nacionalismo democracia sodruiiisiTTSJmrfi

¦ ¦_¦ ^._ _^^^BÍk.W»V i^__BH_ ^^—^^mm*—. _^_d»kí-_ÍH í*«Si¦ H Br _4 __fc_V __ki - J f_á |_l :__j__fl _^_k_._^^ 1 _J KV kr _4 VSÉ __k j__I KII I l 1 »k_-_J f ^ WÂ W I L J I" k

^**"""**"»"»"*"»**^ ^mM ^Or ' ••

I Ufci I III ^..AimA .^.B.^ _^fl_fe_k.l immmmm^ ^H ^^^^^^H ^^v ^^H mm MmM m ^m\ uaaW ^M\\\ uaa\\ ^1 _^h^.'v| l_É

_______________________

* ******--,'"*,******-*,-**ZJ*'**'*»*^•. .'r-*_*r.»*-iJ"

/•'PUA e Servidires FarãoCiiício Amanhã (Dia 28)Mi .11? a Partir

ÂNOV M** (hw* •„ ,., , _ 7 r-— "—¦•-¦¦ ——-»- ..»--• • 4 *a Mm*

:í?M«JS2

O Pacto de Unidade e Ação e o Comando Geraldos Prévidenciárids vio realizar, amanha, sexta-feira,as 17hS0m, na .escadaria do edlficiò do Ministériodo Trabalho..uma. assembléia de reivindicação da«xtonslo do IS» xúàt de salário a todos os servidorespúblicos federais etuttnralcos, a partir de 1963.

.... A assembléia, deverão eomparecer milhares 4»

Att MMtat Iwft mi MttaNIrgteM (li)

SOUDAReADE A CÜBAE RESPEITO M MOTOK WrOOODWWÍCÍO_ *, í**11 Provocação desencadeada eon*tra Caba pelo tltere venezuelano de Waa-hington, Romulo Betaacourt, vém provocas-do a mala viva repulsa de povo brasileiro,qae ae mobiliza em solidariedade ao povoIrmão da ilha e luta para que o Brasil, comode outras Tezes, mantenha firmemente naOEA aaa poslçio de respeito ao principio deautodeterminação dos povos e contrária áIntervenção direta oa indireta naquele pais.Além de outras manifestações programadas,realiza-se hoje, ás 29 horas, no Sindicato doaMetalúrgicos da Guanabara, grande ato po-Mico de solidariedade ao povo cubano e con-tra «ma nova agressão. Também está sendodivulgado um manifesto, assinado por de-senas de parlamentares (entre eles o depu- 'tado Leonel Brlzola e os senadores ArioSteiabruch e Vasconcelos Torres), lideressindica»- o estudantis, intelectuais e traba-lhadores denunciando a nova provocação. Omanifesto eom as assinaturas está na 7.* pá-..giaa. Emaua Cr^nká d* Brisilia» ns_3' pá-..gina. o tttpuado-Mgra AnttUo-deminelststarebra* no Itamarati para levar r Brasila romper eom Cuba.

lUuuuHuuuarm II ¦¦.R-F' ^r^^afufuuuTmurmBuMM^uuuur*' ''flflH l_ft_^_^B___tfI - .__t__H_fc*"'jME-Han Hrm»uP^.iVMi HMpM ' IffuV'-vllMn_i H_hM'»awS_^_e"BfeVí?ly< e??... ¦*tfhÍr^^i%WzmMvm!m^^fí'íl

'm\ , ¦**i Í_B*-emmr"* u-*S_WÉk_iM»B*-hJ>>«-J.' • 1 **T *•**¦*> - . -*- ¦* * •itagSa' ^ m%^:^ur^Érr:' \'*r fÇJrsMWHr j niiHPNi ir¥9nIfJMPJI U yUmtIMpWnsyBV «s

Dos Tratartadores RiraisAmant}i, sexta-feira, dia 20, a partir da»

9 hora», ma mndicato do» Bancária* (Ac^aPresidente Vargas, 502, 22' andar), terá *réedbada a assembléia de eleição e poete da r-diretoria da Confederação Nacional do»Trabalhadores na Agricultura, organizaçãode cúpula fá predita nos estatuto» dq tra- Jbathmdor rural. Participarão do ato cercaéo H ftderacbe», cada uma com quatro de-héadet, oriunda* de mai* ou menoi de»Betado» do paia,CGT, PUA, etc. ;V$j

Para a assembléia fprxm convidada*entidade» ttndtcali urbana», attim como oPaefo dè Vaidade e Ac&o (PVA\ e o Co-' \manda Geral doe Trabalhadére» (CGT), ór-

'pde mdjmmf-jffu f>ooa/A«foree brattítiros. ,

Ao ato de posse da diretoria a ter eleitana oeatieo, previsto para at IS horas, etta-rêr> pretentci o ministro do Trabalho e eprtddênte da SUPRA, ir. João PinheiroMa, Esprra-se também a presença Xo tr.

, Ne metmo local — Sindicato do» Ban-edriaa -* terá efttuada hoje, dia 19, umareunião preliminan eob o» auspício* da Co--munéo Nacional de Slndicatixação Rural,atum de organizar os trabalho» da aitém-bléia de amanhã. ""'.»

Isana

bi

Nova Tra RecebeDiptanas em Festa

<•¦•Nacionalista e Democrática. > <¦-.

,.„ No próximo dia 20, às 20^0' horas, inosalão do IAPC, terá lugar' a sessão solenede formatura da turma de 1963 do InstitutoSuperior de Estudos Brasileiros.' O governador Miguel Arraes e o deputa-do Tronei Brizbla, respectivamente, foram•acolhidos pelos alunos como patrono, e pa* <raninfo. Serão homenageados também, du*rante a solenidade, as seguintes personàü*dados: Oswaldo Pacheco, representante doCGT; José Serra, presidente da UNE; sub*oficial Gelei Correia, representando as pôr:caa Armadas; Ignáeio Rangel, pelos ihtelec-liíais, e os deputados federais Neiva Morei-ra • Temperam Pereira, da ÊPN. Homens-gem especial «erá prestada ao ex-ministroPáttló de Tarso. '

. „ ..Óarantela. solenidade, o .deputado. Leo*.nel Brlzola falará á Nação.

de 1963trabalhadores, já mobilizados pelo PUA e pela lide-rança dos servidores da previdência e outros ieto>res do serviço público federal. Em solidariedadeparticiparão do comido trabalhadores na indústriado petróleo, e representantes de todas as organiza-çôes sindicais, como COT, CP08 o Fórum Mndkalde Debatei, do Santos. (Pág. 2).

Crise:Solução Pára aNovo Governo, Baseado

'tT' ¦-«¦¦. '' '*..* v : ' -*'. Kl'---,'' *¦.•>¦¦' .."..W. '¦ •" *

>« ¦$,¦¦¦¦ • .%>£i»vl"< ;í ^4>

- *- '-;*. ' :.' "¦

Nas Forças Progressistas43 AssociaçõesPedem AnistiaPara Sargentos

MaU de 40 organlsMÓe*jw>inr>»d uaflttsiÇMtaBiB-$*.'ja íaftiiactsssrilMPni-na*: lntsgnua-M tgppmx-mente na eampaaB»i;jslaanistia sos sarftata "

^e^í-fln^aU.qiíi:'::-. -yil^a*'; pwnn;..»*m;j

¦ ^«v*».yitó-¦Bmmfràmtím,..Étttcéns srtldsdes HaiUali.e populares, í. natinu-pegrande ato p úb 1.1 eo. pitesnlstia soe sarientos e emsolidariedade a «uas fami-lim '(foto). Da marüfHt*-^rdutamie a qv-tl-íol'UOaorna carta do sargento il-

¦ more à sua filha' eaprotaaoum., documento ealglndoanistia Imediata, peruei-param, \. entro o a t ros, os'deputodo. Leonel Briiola e

-¦•Adão Verelra Nunes, o re-piesentante do ea-mlnlstroAraújo eiuano e dlrifentes^.OOT. da CPOB, oa liga»»t_lnlrja, da UNI e Oo Mo-

%mpomW»W^me raduados dss ttea-|teporta|em..nft;;j.«'

ij*V»i^

9ammtr*-.}iêiWt

¦^•»*M

¦(¦¦ ny,y-r.c!fsm

,í;t *

£*> y, *"*¦

Si •*

«Ri VaiFavela

: Os moradores do Sal-guèiro contaram i ro*portagem de NR os pro-blemas do morro é a lu-

¦ ta que travam para 're*

solver questões crucian-tes como o da água, es-gotos e saneamento. Pro*curam se unificar parapoder melhor enfrentaras. ütuações com. que sed e Ir on tam e disser amque tém em nosso Jor-nal um legitimo porta-Vos de suas reivindica-ções. NR também estevecom os moradores doPasmado, ameaçados pe-lo delírio demagégioo.cde ,Lacerda, que quer des.pejá-los. para Bangu,obrigando-os a compraras casas (sic> da chama-da «Vila A1 iançst». Osmoradores do Pasmadoestão resistindo ao deà*péjó que, se se cõncretí-zar, pioderá ÍfS*W&&i£.sttnprégo centenas' detrabairiadores. Reporta-'gens nas páglnw • e 1,NaJQSo.áo MmltW®Salgueiro.

wmwmtmÊÊBÊHtfijMffâ

m^~Ma mmtÍ?ktà^'&tlmmr*kmmsmMffi "¦J.':*^.'«i>'-'í'- •-" •/-¦-Ç'í'.'-afmmM^mmmW^^rk^-i^m^g^ '.T'"^" *' *.*'? *'

. mmmmmmu+mmgtgjmmgm-mÈm^^ '.-',¦:.- ¦••.iweMm mwt^-tttlBfM mMWirÍV,l^'i^,':^^i^''^ ¦ ''

'¦ :^fe^mml »^_HÍamWBw^.uaz»l WW^jyfg*jÍ%'''/'r-m, msml*ikm mmmwÈÊmte9s>* - 'V''f >.':a

* >¦ ^4;4alm«MPB E^aStml'-^ ¦¦ma^MÍaw_S LV3 _m^_Li9ll

-¦iíniH HL'_H »K_J^^I Br

f*

'i^rÉÜÍ »^*3d_l Es^_é*- - *í*^^'*í'3jí23eH _ft_S_!!^_B?'^ mM^mtm*%j ^-âr^4u*)^dqfm^ B^^M__3__y^r". _^_B _^_B^ . %^**za1p||MÉ|l _^__^E9 H_L_^?9B^-Ífl

- *9B _H»*_r>í-t *.«¦ '*¦¦••':"**w»_i_^_l LH1*' :j -K'•*'!¦ HIK|^«^M ¦

.' _I^^Í»msiB Pr''':>tl:'¦ ^H Íhev--*tJm\ Wfm^:'"'

'. *^^^^H _^B^_w" ¦'*' - _^_^B

|;í\v*^;i"--'v

r*^5tí,^^^H _He^-^^T---r^ "¦' ¦ ¦¦ »_^_^_^_H

^Síljfv^i_B __ShSí!.V , -? AMt mu

'- i **fii-*âl _ffnB BT^w UWmleWríl^M^M m•V-'.JÍ«|, •;• 'n| .PS^JPlrV ¦_L'' -dâmml

èk^SliiíryaMS^sEfcS-^H _^W^I.^a'.-_Jsmml Lmm?í#^RSSB3aHSl^H »mmV&v :,_#!_¦ _H-¦•*¦ ¦t*SsBlí'i,5*2B»TI *»TK* 'JrÈm mm, • * >--***--.->m mt- fÀm' •'¦ríSEL*m K_y_i Iiv»^mw' "W _BM

^*.«»«-*»m nn ¦j* *jí__I __^__H' "**,^^^?^^__B _^_Pi>*asl _^_i•¦tvjM Lfa I¦•|^V.'.-.'?-.'?'^?*,-'.";> :¦•-.-•. ¦

"--^,,*,*~,,,,P,»,***>"

A formação de um novo governo, apoiado nasforças nacionalistas e democráticas e formado porhomens a elas vinculados é, hoje, uma exigénòiairrefreável da esmagadora maioria da Nação. Só umgoverno désse tipo, armado com um programa defirme inspiração patriótica e progressista, e contandocom o decidido apoio das grandes massas do povo,terá condições de converter em realidade as refor-

.mas de estrutura, golpear a espoliação imperialistao suprimir odiosos privilégios çue estão levando •nosso povo a uma situação cada dia mais aflitiva,

A dura experiência até agora vivida pelo Palamostrara que os governos de orientação reacionária,

cúpulas representativas do imrjertaiismo'^ tatt.fúndio, fracassaram totalmente. Du iIihb.sh daministério, que se vém sucedendo, cada qual apro*sentando «soluções» diversas na aparência, maá vi*sando todas, no fundo, manter a dependência aoimperialismo e conservar a superada estrutura eco*nômico-social que aí está, chegamos a um resultadoespantoso: o custo de vida se eleva 100% ao ano oo desenvolvimento econômico tende à estagnação;

'' i *O povo brasileiro adquiriu, a consciência de,que

nenhuma solução pode mais esperar dos velhosesquemas de Poder, da «boa vontade» dos saques*dores ianques, das manobras e acordos com as cúpu*Ias reacionárias responsáveis pelo incessante agrava*mento das condições de vida das grandes massas.Daí o impressionante apoio que vem encontrandono seio de nosso povo e de todas as. camadas pro»gressistas da sociedade brasileira a exigência formu*lada ao sr. João Goulart peias forças nacionalistasc democráticas: que se constitua um nôvó governo,composto por homens identificados com os anseiosde emancipação, progresso e liberdade de nosso povoe capaz, por isso mesmo, de levar á prática umapolítica renovadora, à base de um programa que leveà efetivação das reformas de estrutura, ao rompi-mento com a dependência ao imperialismo é à am*pliação dos direitos democráticos do povo. Essaexigência, formulada no pronunciamento subscritopelas entidades representativas dos trabalhadores,dos camponeses, dos parlamentares nacionalistas,dos estudantes, das mulheres, da intelectualidade eapoiada por homens públicos do prestigio do depu*tado Leonel Brizola e do governador Miguel Arraes,transforma-se rapidamente num movimento nacio*nal, apoiado calorosamente por todas as camadasdo povo.

Chegou o momento de formar-se no País umgoverno sem compromissos com o entreguismo e areação,, um governo voltado resolutamente para osinteresses nacionais e do povo, digno da confiançadas grandes massas. Lutar por esse objetivo é, hoje,a grande tarefa das forças nacionalistas e demo-crátlcas. (Editorial e noticiário na 3a. página), ,

INSTITUTO DE INTERCÂMBIOCULTURAL BRflSIL-URSS

Comemorando o seu 10.° aniversário,fará realizar ato festivo no auditório daABI (9.° andar), às 19 horas do dia 21 docorrente, eom a apresentação de Heitordoa Prazeres e seu conjunto. ENTRADA^FRANCA.

in_L*lh.if-ir. iV ¦ Agü a

"\-*^ •êmtàiÊâ ¦v' áivi .

.">•'.•:¦-•' í-

11 1>. ;;

Page 2: æ Crise: K WrOOODWWÍCÍO Novo Governo, Baseado Nas Forças ... · 2015-02-26 · realiza-se hoje, ás 29 horas, no Sindicato doa Metalúrgicos da Guanabara, grande ato po-Mico de

«f.'.

O 13* SALÁRIOArtlwr Caataltea(Conurlhtlm da Uallo dot Portu*.trio*, do r>raiil e *K**tério daConlrdrração dos Servidor,, Pu-hlicos do Brasil)

Acompanhado de mentagem doExecutivo, está na Câmara Fedaral oprojeto que institui o 13.* salário paraos servidores públicos. Assim, o Oovêr-no está dando a impressão de quererreparar uma injustiça, uma ra que,atualmente, os empregadores parti-culares estão obrigados (muito Justa*mente, aliás) ao pagamento do 13."salário, mas, contraditòriamente, damesma obrigação, em relação aos seusservidores, está isento o Oovérno.

A simples apresentação de umprojeto à Câmara dos Deputados, niopode servir de elemento tranqüilizantepara os servidores públicos. Muito aocontrário, deve servir de estimulantepara a luta pela conquista do 13." sa-lário. Foi com luta que os trabalhado»res em empresas privadas conquista»ram o 13' salário. E é bem recente,para que posta ser esquecido, o exem*pio da luta pela Paridade, a qual, paraser votada, precisou da invencível pres»são dos marítimos., portuários e ferro-viários.

Já está havendo luta pela conquis-ta do 13.' salário para oa servidorespúblicos federais e autárquicos. Osprevidenciários realizaram magníficasassembléias e voltarão a se reunir no*vãmente. Os servidores civis do Minis-tério da Marinha também realizaramuma grande assembléia, além de duaspasseatas, nas quais demonstraramque um novo e poderoso contingenteestará presente, daqui por diante, naslutas dos servidores públicos e dos tra-balhadores em geral. Os ferroviáriosda Central do Brasil estão mobilizadosem torno da reivindicação do 13.' sa-lário.

Portuários e marítimos são duasforças que não podem, é claro, ficaralheias a toda essa movimentação.Com uma boa tática de luta será certaa conquista do 13** salário. I a boatática é aquela que une todas as fôr*«as interessadas na reivindicação. Pre-cisamos,'urgentemente, nos entrosar.Previdenciários, marítimos, portuários,ferroviários, servidores civis do Minis-tério da Marinha, etc. Precisamosentrar em acordo, marcar uma mo-numental assembléia pública (nas es*cadarias do Palácio Tiradentea), onde,coletivamente, poderosamente unidos,danamos ao parlamento o prazo paraaprovação do 13." salário.

A campanha pela conquista doÍ3,v salário servirá, assim, para refor-çar, mais e mais, a unidade dos tra*balhadores brasileiros.

Guanabara

Servidores do DNEROs servidores rio Departamento Nado-

nal de Estrada-s de Rodagem conquistaram,após demorada luta reivlndlcatória, a gratl-flcação qüinqüenal a ser contabilizada peloplano diretor daquele Departamento;

Palhano relata ConferênciaO presidente da CONTEC, Aluisio Pa-

lhano, relatou aos dirigentes do CGT o quefoi a partiripaçSo da delegação brasileira iiaConfeiôncia Plenária do Comitê Sindical deLuta Ántimonopolista transcorrida recente-mente em Lcipzig, na República Democrá-tica Alemã.

Nessa Conferência, patrocinada pela Fe-deração Sindical Mundial, ficou estabelecidoque a luta contra o, monopólios constituiunia inestimável contribuição dos operáriosi causa da paz /'\o bem-estar dos povos.

Light: aumento salarialOs trabalhadores; da Light reúnlram-se,

em assembléia, nn dia 13, àa 19 horars, noSindicato dos Metalúrgicos, para estudaremas bases da proposta salarial a. ser encami-nhada aot emprPRa-rloie.s.

Além das deliberações tôbre a questãoda revisão salarial, pois o novo contratodeverá vigorar a partir de janeiro, discuti-ram os trabalhadores a respeito da* «Çãoconjunta a aer desencadeada pela conquistado abono de Natal, que a empresa se recusaa pagar após a concessão do 13.'-' mês. OComando de Carrit, Energia. Gás e Tele-íone está coordenando as ações.

CGT euMa de inoveiO Comando f>ral dos Trabalhadores

enviou uma delegação de lideres sindicais aBrasília com o objetivo de Intercedei juntoaos deputados nacionalistas, no sentido decorrigir alguns erros no substitutivo do pro-jeto de salário móvel em tramitação no Con-gresso.

itanaí: Campoieses Festejara!ie Títalas ExiiinJo ReferiaDoit mil tltulot dt pre»prlsdade dt torrai foram

entreguei a lavradores deXttguai, sábado pasitdo, pe»lt Superintendência da To-litica Agrária (SUPRA), tmuma reunião de mala dt 1Smil camponeses, eom t pre-ttnea do presidente JoioOoulart, do sr* Joio Plnhel*ro Neto, do governador Bad-ger Silveira, senador Vas»concelos Torres, e deputa-dot federaU Adio PereiraNunes, e Luiz Gonzaga dePaiva Munlz.

No discurso que pronun-ciou, o presidente JoioOoultrt pregou a urgênciada reforma tgrárla e da ex-tensão do direito de voto t«legibilidade aos analíabe-tos e esclareceu que essasprovidências náo poderãoser tomadas pelo governofederal isolado, e sim cotao concurso do povo.Reformai já

Disse o sr. João Goulartque os cartazes empunhadospelos lavradores, ali no lo-eal onde estavam reunidosem frente ao palanque dopresidente da República,exprimiam, com seus dize-res, objetivos que são tam-bem os do governo federal,"que tttá disposto — res-

EntreisAgrária

m*

I ^'^utMf9mw^r^íwm m-wm

BaUtáTaitÉaSI mmmmmm- m^mSÊÊSmMmAm**&"* ***** mwW-mlm :

ttltou — a realizar ai re-formas agora ou nunca".Disse o ar. Qourart que oscamponeses, junto com oOovérno, através dos sindl»cttos e federações r dtSUPRA, realizam, atual»mente, uma obra que re-tlmente Intirtssa "às maissentidas aspirações do.* tra»balhadores rurais do nossoPais".

Advertiu o presidente daRepública que "nio podere-mos continuar ipena* notreu nlndo perlòdleamenttcomo hoje fitemos aqui,para entregar títulos dtterras compradas com dl-nhelro do povo, desapropria-.das dentro das limitaçõesde uma lei e de uma estru-tura que não atendem maisaos interesses do Pais emulto- menos aos Interessesdo povo brasileiro".

— Aqui estamos — disse— t nio se Iludam os cam-ponetes. entregtndo terrasqu* o Oovérno está com-prando de acordo com aatual Constituição, que nãomais serve ás necessidadesatuais do Brasil. Saibam oslavrados fluminenses e to-dos os camponeses brasi-latos que. aqui mesmo', noEstado do Rio de Janeiro,multas dat terras Inicial-ment« detaproprladts pela

SUPRA estlo tendo objetodt contestação judicial tque te nós nio reformar»mos a Constituição comodeseja o POVo brasileiro ogoverno Itdertl será amanhl obrigado a usar o dl»nhelro do povo para ptgtrum preço exorbitante pilasterras qut tem o dever dtentregar aos que podtm tdesejam fazé-lts produilr.

Povo é Qua Reforma•Afirmou o presidente qutts reformss socltls, polltl»cas t econômicas ''nio tt •

fitem apenas pela vontadede um homem, mesmo queesse homem seja o presi».dente da República". — Seique tenho diante de meusolhos lideranças amadure-cidil e esclarecidas, lide-ranças que sabem perfeita-mente que as grandts refor-mu sociais nio ae conquis-tam através dt umt cami-nhada macia, num terrenode flores, num campo semlutas, com entendimentos efesta» e apenas em encon-tros entre o Oovérno e tra-balhadores. Mas conforta-nos também, trabalhadores,esta realidade que está aqui,e a realldide ninguém podeencobri-la por multo tempo.

Disse depois 0 tr. Ooulart

2u* a rtforma agrária nio

o únteo objitivo por qutlula o Oovérno: é ntetttá»rio também estender, pormtio d« reforma da Oonstl-tulçio. o direito dt voto teiegibllidtde aot analíabe-toa. "Nio te compreende —dtclarou - qut muitos dês»tos tribeJhadorts qut tqulestão, t outrot milham qutnot ouvem, qut participamda «Ida do Pais. qut lutamdentro do Brasil, que tioexplorados pelas camadasmais privilegiadas, nio pos-tam tktornar o ttu ptnsa-minto a rttptlto dot ho»mêns que «vem dirigir oidestinos do Brasil".

Voi do Lavrador

Em nome dos trabalhado»res. discursou o sr. BráulioRodrigues, da Federaçãodat Associações de Campo»neses do Estado do Rio, quemanlfettou, mala uma ves.a convicção girai dot tra-balhadores rurais — a danecessidade da reformaagrária. Solicitou tambémao presidente da Repúblicaque determine fiscalizaçãosevera do convênio da8UPRA com o governo ts»ttduti fluminense, para qutseja bem aplicada a vtrbtde financiamento dat aa»

iras. informou ao prtUden-te que. dot IO mUMts en-tregues pela SUPRA ao chi-mado "Plano Agrário" dogoverna flumlntntt, Hnt*>

r nhum totilo foi apilCMoam nenhumi árta dttMrrapriada do Eattdo do Rio".

Externou o tr. BráulioRodrigues, tombem, umaoutra rtlvlndtoteio dotcamponeats do Ittodo doRio: a dt que ttja retiradaImediatamente da fatendaAgro-Brssli a policia que Iaestá, e qut u terras deitafattndt sejam logo tatrt*SoTdSlxp^^irtSSl.'ro t ex-senador JtitalmoCoimbra Bueno. Salientouo sr. Bráulio que é precisoque a SUPRA comece de-pressa a colonização duterras que tem desapropria-do. finalmente, denunciouo executor do "Pltn0 Agra»lio", padre Carvalho, pordistribuir sementes podre*tot lavradores.

Vaiado Badgtr

O governador Badgtr 811-veira foi vaiado ao chegarto palanque do prttMenttdt República, por couta daação de despejo dt lavrado-res, em Agro-BraiU. tenta»-da pela policia do «todo.

<*. • t •»* ¦» «pf»»k,,».-f'» i, ¦ ,- -m' O ttitdkato dtt sUMáMés «isá, r» aW •'merrto, emptvihtdo tm luto por -MBOslaJ,Pltiittom ot trtbtlhteortt o ptgtmartto d» -irattflcaiio dt Natal liitittndtntttatatt do..^13* •aiárle, pois aqutia Já «>nsdtula Ma.qulsta dt categoria, ' ¦''"'¦..

• V* '. »i»m>!

ÜSMtStdOtAt ^avsatBastfsssMÉ m\ttmmtm "¦ •*¦»

Por ocasião da comemoração áe ajfftVtimo inlvertário do Sindicato, es trtlolfa».dores vendedortt viajantes do Cttodo <*-Guanabara homtntgttram o deputado ft-." ,deral Leonel Brizola. no dia 14 último, com.,um almoço. . "' •"•

-M ,(•/.,./ tinifi' y"D'e

Pela Libertação de Plácido e Delellis:Passeata Dia 27 e Novo Habeas CorpisSAO PAULO (Da sucur-sal» — Pequeno incidenteocorrido na Assembléia Le-

gislatlva do Estado, dá bemuma amostra do ambienteque st respira nas cúpulasgovernamentais do Estado.O deputado José Gomes deSousa, diretor do Sindicatodos Metalúrgicos, atualmen-te exercendo o mandatoparlamentar por algunsdias, em virtude da licençasolicitada pelo deputado CldFranco, desenvolvia algu-mas considerações em tor-no de memorial enviadoàquela Casa pelo Pacto deAção Conjunta.

A etrta altura, denuncioueom veemência os contínuosataques às liberdades demo»eritiesLs t sindicais efetua-dos pela policia de Ademardesmascarando, ao metmotempo, a "sórdida tramagolpista" sm que se procu-rava envolver os lideres me-telúrgicos Delellis e Plácido.Como se picado por umacobra, saltou de sua poltro-na o deputado Luciano No-

gueira Filho, do PSD (par-tido que está também nogoverno, em São Paulo),exigindo que a mesa "poli-ciasse os termos usados pe-lo orador".

Vários deputados enten-deram, instantáneamen-te, que o que pretendia osr. Nogueira filho ira ln-tlmidar o orador, perceben-do ser êste um trabalhadorpouco afeito a discursar euambientes como aquele. Ostrs. Farabullnl Jr., RobertoCardoso Alves t outrot par-la-mentares protestaram texigiram que a Mesa garan-tlsae a palavra ao parlamen-tar socialista. O sr. Gomesde Sousa continuou até ofim do seu discurso. .ttoomof rfoiboPOttooto !• ¦• ,*^-í,-*A' - ¦

Enfiando na própria et-beca a carapuça, o ardoro-ao defensor do sr. Ademarde Birros nada mais fés doque confirmar as notóriasligações do governo esta-

dual com os "gorilas" que,a pretexto da revolta dossargentos e da prisão dos di-rlgentes sindicais metalúr-gleos, articulam mais umagrosseira provocação. Aindana sexta-feira, dia 13 — diaem que seria Julgado peloSTF o "habeas corpus" im-petrado em favor dos pré»sos — novo acontecimentoprovava a exlsttnelt dessaaligações. A Secretária da Se-gurança Pública, por ordemde Ademar, proibiu a pai»teata que oa sindicatos rea-Usariam em defesa das 11-berdades públicas e pela rá-Sida

decretação do novo sa-irio minimo.O Juis José Tlnoco Btr»reto Imediatamente, tele»

grafou to secretário da Be-guranea Pública, manlfes»tando-lhe sua solidariedade.

Paitoata Dia VA proibição da passeata,

para cuja efetivação eento-nas de policiais foram pos-tados nas Imediações do

Sindicato dos Metalúrgicose praças centrais, não im-pediu que os trabalhadorestomassem pública a suaexigência de que Delellis ePlácido sejam postos em 11-herdade. No recinto do Sin-dleato dos Metalúrgicos,realizou-se concorrida reu-niio, com a presença de een-tonas dt pessoas, inúmerotliderei sindicais, e o sr. Ca-mal Scaln, representando oPartido Socialista Brasilei-ro. Em nome do COT falouo líder ferroviário, RafaelMartinelll, presidente da Fe-deração Nacional dos Ferro-viários. Encontravam-sepresentes também, os verea-dores eleitos Odon Pereirada Silva, Moacir Longo eDtvid José Lever. Em nomedeles «tou da palavra o ve-rttdor Odon.

Diversos oradores expres-saram a necessidade de termareada nova passeata. Asugestão foi aceita pelo Pac-to de Ação Conjunta (PAC)

que em reunião posteriorprogramou o diafll*» «ara odia 27 próximo, .

Os .trabalhadores nu induatritt gráfl-—.cas dá Guanabara reelegeram o ttütl |M>sldcntt do Sindicato, o líder gráfico Glovánt ".*Romita, para a próxima gestão. A eleição ;—íoi processada em sistema de chapa única.

AofOMirteei emento foi fa M%i .•» •

Foi assinado, na madrugada do dlà 1*.último, o novo contrato coletivo do trabalhe«ntre oa trabalhadores ta tnatvortti táftoe ..(aeronautas o aeroviáriosl a as empresas dt ,.navegação. Esse contrato assegura tot trt-balhadores as tegulntot etivftuatot: -„7,*,

o) aumento geral na base de 90í4, com -variáveis do ultimo acordo;

b) (tajuaumento salarial em Junhopróximo, dt acordo com a elevação tt* láregistrada pelo SEPT; , .., ,

c) tdmiasão dos novos empregados té '

com o salário vigente;d) estabilidade temporária pari Os de- ..

legados sindicais; tt) pagamento de taxas dt iatalubrida»

de e periculosldtde, regulamtnttdu ptla •'.portarlt ministerial;

/) complemcntação pelas empresai da .diferença entre o auxilio de doença pagaipelo Instituto e o salário do funcionário; >-•g) desconto de 20í* do aumento akan- ,.

çado para o Sindicato; '¦ -."a> formação da comissão paritárla pa» "

ra padronizar og salários dot ttronautticom garantia de um salário lixo corrtspon»dente a dois terços do máximo dt horttpermitido;

i) abolição do teto salarial. ..,¦N6vo Hobooi-CsraHit QuflRlCM M Ml

Ao mesmo tempo, notlcit-va-se que o advogado dtDelellis e Plácido, tr. Ral-mundo Pascoal Barbosa,Iria requerer novo "habeas-corpus" para revogação dopedido dt prisão prtventi-va.

Animodot

Os qulmlcos-lndustrlais, engenheira»*químicos t técnicos de produtos Mnntctu-ticos realizaram a sua assembléia' no 41a13, na tede da Associação Brasileira dtImprensa. Discutiram os trabalhadores acêr-ca da proposta a ser enviada ás entidadesSatronais.

O-atual contrate» termina- no dl» *1' pid-dmb,' licandõ 'acertado que a- reMn** *

dictçto terá dt ordem dt 100% tòbrt etsalários vigentes.

Aa inúmeras pattoai que Varunslrai. haía. amvisitam Plácido TJSélellit "¦raiwirwj noji, nnna prisão em qut Ot tncon»trtm, Informam tnotntra-rem-se os dois Udtrtt bemanimados, eonvlttat dt qutsçrão postos, finalmtnte. emliberdade. Otmonttram.tombem, a sua amledadtpara voltar aot Mui postosde luta, para participar dasnovas batalhas tm que seempenhará o proltttrladobandeirante.

Assembléia deExige Amanhã 13

OperáriasI Salário

e Servidores PúblicosPara Todo Mando

Será realizada hoje, no DaptrttttttitoNacional do Trabalho, uma mesa-ndenétentre representantes dos trabtlhadtMs mar» .conMns e oe patrões para mtandliataiMaacercar do aumento salarial **tt*dadletido patosoficiais de serraria. . T -.

O encontro, que já devia ter tido rta-lizado no dia 11 do corrente ae não foeet tboicote das entidades patronais, representaráum passo a mais na conquista dos 100% rti»vindicados pelos trabalhadores. -

d

Ferroviários i poete dia Zt í;.'i i '.1»

Uma assembléia de queparticiparão ferroviários,marítimos, portuários, esti- -vadores t funcionários pú-bllcos e autárquicos — se-rá realizada amanhã, sex-ta-feira, ás 17h 30m, na es-cadaria do edifício do Ml-nistérlõ do Trabalho, paraexigir a concessão do 13.°salário a todos os trabalha-dores aos quais êle não foiainda concedido e que sáoprincipalmente os funciona-' rios públicos e das aütar-quias da previdência social.

A assembléia está sendopromovida e organizada peloPacto de Unidade e Ação— integrado pelos ferrovia-rios. estivadores, portuários•e marítimos — junto como Comando Geral dos Pre-videnciàrios. P a r t iciparãodela, também, delegaçõesdos trabalhadores na indús-tria do petróleo, na Guana-bara e Estado do Rio, e re-preeentantes do Fórum Sin-dical de Debates, de Santos,e do Comando Geral losTrabalhadores.

Este Ano, AindaExigirão os trabalhadores

e servidores públicos, nareunião de amanhã, que o13.° salário seja concedidoa partir deste ano de 1963.Se náo puder ser pago an-

Ajuda aNOVOSRUMOSU m barbeiro d e

Colégio (RJ) .. 100,00Amigos de Icaral

(Niterói — RJ) 2.000,00José Lima da Silva

(Rio Bonito - RJ) 100,00Amigos de Cosmos

(Rio-GB) 800,00Amigos de FCB

(bancários) .... 18.000.00Amigos ds FCB 73.000,00

Total Cr» 93.000,00

tes do Natal, m igualdadecom o pagamento que dele•se faz às categorias de tra-balhadores que já o reçébem desde o ano passado,deverá ser pago no més dejaneiro — mas náo depois.

Para conseguirem o Í3.°salário, os trabalhadoresmarítimos, portuários, íer-roviários e outros, além aosdas autarquias da previ-dència social, estão dispôs-tos à greve, como instru-mento e recurso. Os funcio-nários públicos federais ma-nlfestam-se favoráveis àgreve, por não entenderema disparidade de direitos ea-tabelclda pela lei que ins-

KecacloAosLeitores

Mantivemos durantealgum tempo, à custa demuitos esforços, o preçode vinte cruzeiros paraNR. Entretanto, em vir-tude, dos inúmeros en-cargos que ultimamentetêm sobrecarregado oscustos de confecção dojornal (aumento perió-dicos do preço do papel,de oficina, dos saláriosde gráficos e jornalistas,além de outros) vemo-nos na contingência deelevar para 30 cruzeiros,a partir de 10 de janeiro,o preço de venda de NR.Esta decisão, confiamos,

será recebida pelos nos-sos leitores com a com»preemão e a simpatiavezes sem conta demons-iradas em relação a NR.

tltulu o 13.° més de salário,excluídos que foram da ex»tensão desse beneficio.

passado* No Congrott», NadaEnquanto operários e ser-vldora te movimentam afim de tornarem geral o pa-gamento do 13.° mês de sa-lário, no Congresso i>s do-

putados protelam: o mnlsque podem, o exame do an-teprojeto — a êle encami-nhado pela Presidênc-a daRepública — de universlll-zação do 13.° salário.

Nenhum indicio há naCâmara de que seja criadauma lei que solucione a ne-cessldade de se estender a

todos oa assalariados — te-nha o salário o nome quetiver: vencimento, soldo etc.— um beneficio já parcial-menti Outorgado. Os depu-lados — flue acabam de ini»ciar o que. em uma lrrisáoconsigo mesmo, chamaramde "vigília cívica" — prepa-ram-se para o Natal abso-lutamente insensíveis a umproblema de parcela nume-rosa do povo, que é o de re-ceber um beneficio a quetem pleno direito.

A necessidade e a justezade generalização do 13.° mésde salário compõem umaobviedade. No caso dos ser-vldores públicos, particular-

mento, ocorre t ain van ieapontada pelo pretidtnte doPacto de Unidade è Ação,Osvaldo Pacheco — a deque o aumento t> Venci-mentos qu» élM ftetberamjá se esvaiu completamente,por Já ser velho: data dejunho passado, tdt lá paraca a desvalorizatio dt moe-da foi de mais dl OlnqUen-ta por cento. ¦

Bulgária Começa a ImportarAutomóveis Feitos no Brasil

Encerrando os entendi-mentos mantidos een 1983com os paises socialistas daEuropa, o Governo brasilei-ro negociou com a Bulgáriaa venda de cinco mil auto-móveis, marca "Volkswa-gen**, que serão pagos deacordo com um sistema detrocas adotado pelos doitpaises.

Além de vender automó-vels. o Brasil vai vendertambém á Bulgária 300 miltoneladas de minério de fer-ro. através da CompanhiaVale do Rio Doce, no pró-ximo ano. De 1970 tm dltn-te, há possibilidade de queo volume de minério de fer-ro a ser exportado peloBrasil para a Bulgária che-gue a dois milhões de tone-ladas.

A Missão búlgara qae ne-goclou a compra de automó-vels do Brasil chegou ao ffJono dia 7 passado, chefiada

pelo vice-presidente do Con-selho de Ministros da Bul-gárla, Stanko Todorov. Alémdos entendimentos mantidoscom autoridades brasileiras,principalmente no âmbitodo Itamarati, os búlgarosvisitaram instalações Indus-trlals em São Paulo, ondtmantiveram contatos e veri- >ficaram as possibilidades deIncremento do comércioBrasll-Bulgárla.

O estabelecimento de re-lações diplomáticas entreo Brasil e a Bulgária foi fe!»to em 1961; de lá para cá,a Bulgária tem vendido aoBrasil, arame farpado, adu»bos químicos, equipamentosdiversos. Por acordo recen-te, a Bulgária comprome-teu-se a Instalar em Per»nambuco uma fábrica de ce»bola desldratada, com pro»jetos e equipamento técnl»co que fornecerá. Até age-ra, o Brasil vinha expor-tahdo à Bulgária principal-mente café, slsal e outros

produtos.

novosrumos

Prop-Kdtde es EDITORAALIANÇA DO tfUtlL

LTDA.Diretor

Orlando Bomflm JúniorDiretor EXKUtlV.

Fragmon Carlos Borges(Udator Ctsts

Luís GatsaatoCercai*

Guttemberg CavalcantiRedação: Av. Ri* anaeo. SS7,

17.* andar. Mia 1713 T«.leton# 49-7M4

Gerencia* Riu UafldroMártir.., 74. 1» MSfcr

(Centr*)Endtrtco ttttgrtríM*

NovosnuuotV EDIÇÃO DlMINAS OEsUIt

Redação • AtauaiMnctKRu. do-.ca/U**ui.

3» andar, I/SMTe! 4-8666 - 0*1* ttsrtssnt*

Sucursal de Uo PauloRua » d* Novwr.br* aaa,te andar, tala ttr- Telefono 11-0488 -

Sucursal do ParanáRua Joi* LourtlNk ua —1* andar, tala SÜ — Curitiba

AssinaturttAnual ...... Cr| i.ooo.CO

Assinatura AéreaAf-MJ Cri S.300.O»Semoatral .... S00.0ONamoro avulso ao.eeNomaro atrasa-

do .... .. ao.og,Trlmeatrai .... euo.OUtowootril ..... 1.300.00Trlmaat-ai .. 250,0*

nr

Será realizado, no dia 38 próximo, ti ,.20 horas, o ato ds posse da nova. Dlrtt0.*e .do Sindicato dos Trabalhadores em JCmprê» *"sas Ferroviárias da Zona dt Centrai dt *Brasil.

Naquela oportunidade terá também ina» --talada a nova sede social da entidade, à Rui .'.Santana, 77, local programado para t wto*nidade. rt

Estado do Rio3» Encoitn Sindical dttTrabalhadtrts Flumintiisas

Em preparação ao III Encontro dos Trt*balhadores fluminenses, a aer realizado noidias -U • 22 do corrente mes em NOvt iri-burgo, os üabalhadores de Angra dos Rei»realizaram, dia 14, o seu I Encontro Sindl»cal. No ato foi escolhida1 a delegação com*posta dos lideres sindicais Luiz Lobato VIU-"ra, Nelson Corroía Guimarães, Orlando Mtr- Iquês, Manoel do Rosário, João Rosa Filho,José Afonso Ramos, José Maria Noronha,Newton Coelho, Macillo Costa e José AngsltFreire, que representarão os trabtihtdoreide Angra no encontro que v*m sendo tguar»dado com ansiedade pelos trabalhadores ilu-mlnenses.

Por outro lado, os operários dè Barrado Pirai realizaram também, no dia 15, n*sede do Sindicato tíe ünergia Elétrica, o aeii

"Encontro Sindical,, onde foram debatidosproblemas econômicos t sociais da ttutii-dade c escolhida a comissão que deverá cora-parecer a Nova Friburgo, para o Encontro.Enquanto isto, no mesmo dia eram eltitOsem Cabo Frio trinta delegados perttnctaMsà Companhia Nacional de Alcaíis, trabalha-dores uo Sal. Resistência, Construção Civil,etc, que participarão do Encontro. .

Delegações de todos os municípios Ihl-mlnenses, entre eles Caxlan, Campos, Nltt»""rói, Petrópolis, Nova Iguaçu, TeresópoUt, São ,Gonçalo e outros mandarão seus repreéen- ,tantes ao Encontro.Além de delegações camponesas de mu-niclplos vizinhos, deputados federais e Está-duais, senadores e o ministro do Trabalho,foram convidados pela* comissão organiza-dora do Encontro, para tomar parta desteEncontro, onde vão ser debatidos problemasde interesse do operariado fluminense e na*cional, alem dos problemas mais premeoteique tfligem o povo brasileiro.

MiM Pirataria

t.AJF*der*ç*° Fluminense dt Juvtntudt,enüdtde que congrega a Juventude estudan- .ttl. operária e camponesa do'Estado dt Rio,elegeu e empossou sua nova diretoria, tendoa frente o ex-dirigente estudantil WtldomlroKwalsinski.Rio dt Janeiro, 20 o 26 de dezembro dt 1963

\ A

|ÉiÉÉ]iMBMiAÉ^a^i4^íite|B^i^É_1

Page 3: æ Crise: K WrOOODWWÍCÍO Novo Governo, Baseado Nas Forças ... · 2015-02-26 · realiza-se hoje, ás 29 horas, no Sindicato doa Metalúrgicos da Guanabara, grande ato po-Mico de

•'. •

Mnsioionai\4-r .-«J.*->* -' .. T't.'-jr^M tmmrM

.{, • t» ¦ ', >• r\ ' •"""^^'^•^J*^^*»^*'*"**'

Romper b Conchavo

Ias; >¦ ¦ ¦' % i * •Hl» «Miais ]

<ft i chefes carcomido* dotr^aniibanham ás pressasmói liderados para pôr emfuhclonamento sua máquinade prasslo. Procuram eles im*pedir que se recomponha oMinistério num sentido pro-gressJsta, passando a apoiar-seo Oovêrno em outro sistemade forças, nacionalista e demo-critico, adotando em comte-qüéncla nova poUtica, que seafaste- do comprovadamentefracassado caminho das impôs-iívels soluções conciliatóriascçm os inimigos da Nação esiga pelas amplas vias das eo*luçóea efetivas dos problemasde nosso povo. O papel que acúpula retrógrada do PSD re-preéènta no Oovêrno se tornaindlsfarçáveí. Trata de impe-d)k que se realize qualquertransformsçáo de estrutura nasociedade brasileira. Quer quepermaneça Intocada, nos seuselementos básicos, a situaçãoatual, continuando o Pais aser espoliado pelos monopóliosestrangeiros e entravado pelolatifúndio desumano e antieco-nómiço. Este é ó preço daconciliação, cobrado pelo PSDná aliança com o PTB. E só-bre os ombros do povo recai,sem dúvida, pagamento tãoalto e oneroso, que representaum contínuo acréscimo de so*frimehtos e privações.

. Por isso mesmo, é hoje maisevidente, para amplos setoresda população, a necessidade de

FMP: Lutemos Porum GovernoNacionalista e Democrático

Btprewítahtee. :.d«s. organl-«W nacionalistas • demo-criticas de âmbito nacionalreunlram-sé na Ouanabara,sábado e domingo últimos,por iniciativa da FMP, dis-cutindo amplamente a situa-çáo,poUtica atual, particular-

. mente a necessidade de umarecomposição-do Governo, coma constituição de um Ministé-riq vinculado ás forças patrió-ticas e populares.

As conclusões a que chega-ram. os representantes das cor-rentes nacionalistas estão fixa-das nà seguinte nota oficial:

«A Frente de MobilizaçãoPopular, reunida no Rio deJaneiro, analisando a profun-da crise econômica em que sedebate o País, e expressando,com absoluta unanimidade, aposição das forças populares enacionalistas, constata:

I — o completo malogro dapolítica governamental na ten-• tativa de realizar o programadas reformas que a Nação exi-ge,'agravando-se, conséqüen-temente, cada Vez mais a mi-séria e a fome do povo;

¦ T— que o próprio presiden-te da República, em reiteradospronunciamentos, não tem po-dido. deixar de reconhecer aíalérjcja da política econômico-financeira, que vem sendo sis-temàticaménte executada porministros conservadores, repre-«entativos de minorias e gru*pos comprometidos com os in-terêsses dò latifúndio e com aespoliação do nosso Pais;

3 •— que a adoção, de umanova política econômica e so-ciai, executada por um govêr-no que inspire confiança aopovo, consubstanciando-^ emmedidas que visem estancar oprocesso espoliativo a que oimperialismo nos submete, aca-bar com os privilégios anti-populares, e preservar as liber-dades democráticas e sindicais,é o caminho que se impõe nadramática situação em que aNação se encontra.

Diante dessas constatações,a Frente de Mobilização Po-pular conclama os trabalha-dores, camponeses, estu-dahteí7' paraimetttares, inte-lectuals, oficiais nacionalistas,sargentos, cabos, soldados, má-rínheiros, servidores públicos,a mulher brasileira, os pátrio-

v tas e nacionalistas —- o povoem geral — a mobilizar-se pa-ra reclamar do presidente daRepública a imediata recompo-sição do Oovêrno com homensvinculados a um programa queassegure radical reformulaçãoda atual linha econômico-fi-nanceira, visando a efetiva me-" ihoria das condições de vida:do povo, a emancipação nacio-nal e as reformas estruturais.

Nesta oportunidade, queremas forças populares expressara sua integral e calorosa soli-dariedade ao deputado LeonelBrizolá, em razão da campa-nha solerte que contra élemovem as forças da reação,face á cogitação de seu nomepara o Ministério da Fazenda»,

p documento tem as seguin-tes assinaturas:

Pelo CGT—- Oswaldo Pa-checo da Silva, Hércules Cor-rêa, Melo Bastos e AloísioPalhano:

Pela ULTAB — LyndolphoSilva, presidente; Nestor Vera,secretário, José Alves Portela,tesoureiro; V ?

Pelos deputados nacionalis-tas: Sérgio Magalhães, Tempe-ráni Pereira, Almino Afonso,Marco Antônio Coelho, NeivaMoreira, Max da Costa Santos,Henrique Cordeiro Oeste, sgt.''Antônio Garcia Filho, Lamar-tine Távora, Paulo Alberto,Fernando Santana, BeneditoCerqueira, Roland Corbisier,Roberto Saturnino Braga;

Pélá UNE: José Serra, Mar-ceio Cerqueira;

Pelo CTI: prof. Álvaro Viei-ra Pinto, Ênio, Silveira, Moa-

'¦'cyr Félix, Alex Viany, Dias Go-mes;

Pela Ação Popular: HerbertJosé,de Souza; < '

.,Pelas Ligas Camponesas: -

deputado Francisco Juliãtí,' Pardre Alipio de Freitas;

Pela Liga, Feminina: ElzaSoares Ribeiro, Zilda Xavier;

Pela Confederação dos Ser-vidores Públicos do Brasil:Carlos Taylor, Domingos Vio-ti, Arthur Cantalice;.

Pelo CDP: com. HenriqueMiranda;

Pela ADISEB: cel. LuizBayardo da Silva.

O documento teve, igual-mente, total aprovação dos re-preséntantes dos Oficiais Na-cionalistas e do Comando dosSargentos das Forças Armadas.

Cala • • ItamaratiVou, |»Je. tratar dt m Êm

bUm t-st.nso dat respeito •<*>ta«idotM tfo Owsrrtw Na<i>'Mi, Win» n cota* que tstso

se mudar de rumo, de se rom-per êsse conchavo falido, sen-do afastados do Governo ossetores que nele representamos interesses reacionários. Daió vigor do impulso inicial dacampanha por üm novo govêr-no e uma nova poUtica. Odocumento a respeito divulga*do contou com o apoio dasorganizações que representam

-as iôcças decisivas de nossopovo, os trabalhadores, os cam-poneses, os estudantes, oi in-telectuals, as mulheres, os par-lamentares 'nacionalistas,

osmilitares patriotas. E nesseapoio se uniram diferentescorrentes de opinião, todasidentificadas na compreensãocomum da necessidade de so-mar esforços na luta pela con-quista de um governo naclo*naliste e democrático, comoprimeiro e importante passono sentido da solução dos pro-blemas fundamentais de nossopovo.

Hoje, mais do que ontem, asituajão que o Pais atravessatorna mais favoráveis as con-diçoes a que as forças progres-sistas alcancem a vitória. Éentretanto indispensável quese fortaleça e amplie a unida-de já atingida e que sua açãose desenvolva mais estreita-mente coordenada. Por outrolado, o .pronunciamento daslideranças, da direção das or-ganizações, deve servir de ba-se e ponto de partida a umefetivo e organizado movimen-to de massas, de modo a quesua influência venha a ser de-cisiva no desenrolar dos acon-tecimentos.

acontecendo no Itamarati, tnluriíSo do chamado caio cuba*no, *

Tudo sr Iniciou com a (amo*sa denúncia do govfrno venc*:uclano, num.» antevespera elel*toral. ,i propósito dt uma desço*brrta dr arma* cubaruu no vlil*' nho p.ili. A noticia, ao primei*ro Instante, sò provocou cotnrn-tárioi de que Betancourt armouum escândalo para reforçar seucandidato. Logo em seguida, vá*no. observadores ironicamenteagregavam o raciocínio de quentojrrn crivei que guerr.lhclrosda FALN. que chegam a pren-der oficiais ame (canos em Cara*ia», procedessem de maneira titoinepta e descuidada. Um e«*ml*nlstro do Exterior do Brasil che-gou a dixer, * propósito da de-núncia do govimo venezuelano,que o caso fa:la*lhc lembrar ahistória dc um criminoso quetir xará a ,-irrun no próprio lo-cal do crime cum uma .etiquetaditendo onde estavam as imprts-soes digitais, a fim de pouparum maior trabalho aos policiais.'

Enfrentando o ridículo r nsobservações dos mais senidlos,começaram os homens do Depar-tamento dt Estado na OF.A am-xrr com os cordéis; e. agora,a Amer ca Latina vt-ae novnmen*te is bordas de uma nov-t cri-se na Arca do Caribe. Outrasfatos armam o quadro ge*al daconspiração que. por sinal, i aprimeira após o assassinato dopresidente Kennedy, o que Ian*ca ao ar a seguinte Indagação:rol para isso o crime de Dal*Ias? Essa pergunta tem o seupropósito, pois que se. por vá*rias víseí agentes secretos ian-aues |A liquidaram políticos daAmérica Latina, por.qur recua-riam diante do propislto deafastar o seu presidente que vi-nha tentando criar um clima decoexistência com a Cuba so*cialista? E os jornais nestecomeço de semana, dio uma no-ricia significativa: refiro-me aoafastamento do sr. Martindo cargo de subsecretário doDepartamento de Estado para a.América Latina. Para substitui-lo. foi nomeado o senhor Tho-mas Mann. que tem, como pe* -digree. o fato de ter sido umdos ma:s destacados colaborado*res do falecido Pôster Dulles eadepto rancoroso da. velha poli-tica do "big stik". Complrtan*do o quadro, tivemos também

o efAse^fa eleição do anil*: ftnjt tfpOEA. AH, o» america*• aos impediram que fdue eleito

O representante Iratilciro. for*çando ¦ vitória do peruano, quté conhecido como um dos gorl*Us mais despudorados da Or*qanisaçao Intrramericana.

Visto o panorama na ORAe nos Estados Unidos, velamosagora o que suiede nos basti*dores do velho palácio dn lia*tn.vali. Dt inicio, Irm-sr de re*velar um fato pouco conhecidodo grande publico: nestrs utn*mos seis meses foram substitui-doa quase todos os elementosda velha equipe, que introduziuImportantes alterações em nos*sa política e»tena. Os tlcmen*tos que articularam a posiçãobrasileira em Punia dei Estecederam o seu lugar a iniran*aigentes defensores Ha políticaianque, como os embaixadoresCelso Raul Garcia - LucilloHaddock Lobo. Quanto ao chan*•.eler, suas posições políticas aosinuosas, revelando sempre umprofundo desprero pelas fô-çaspopulares e progressistas doPais, consideradas por éle co*mo desunidas e até detmorali*radas. No fundo, quase o mes-mo comportamento de um Ho*rácjo Lnfér. dr um Raul Fer-narídrs ou João Neves da Fon*toura. Mas. o pior é que, ofi-ciosamente, fundamenta a posi*çáo capituladora com uma In*fnrm.içáo incrível: diz que épreciso que sc leve em conta a«xittt-ncla do chamado Tratadode Tordrsilhas, ou seja. do con-vénlo entre os Estados Unidose'a Unláo Soviética, pelo qualdeixaria esta de cumprir qual*quer obrigaçáo para com o go-vérno de Fidçl Castro.

Assim se explica a absurdaposiçfc do Brasil nas últimasreuniões do Conselho da OEAe a atitude concil adora do nos*so Mnistérlo das Relações Ex-terlo*es. que busca alterar aconduta brasileira rm defesa doprincipio da autodetermlnaçio eda nío-intervenç.lo. Afirmo is-so pois que jamais o Itamaratipoderia ter concordado comduas propostas que endossou:primeira — a de convocar umarcurrSo de consulta nos termosdo Tratado do Rio de laneiro.nu seja. para aplicar sançõesprevistas nesse Tratado face à

. acusaçáq venezuelana contraCuba: segunda — náo poderiaaprovar a constituição dé umaComissão da Of*A para investirgar os fatos. Com toda a mali-cia. o Itamarati estabeleceu cer-tas premissas para chegar ao

que rfestjsta ot ianques. Isto a,a ruptura dt relações d.plomá-ticas do Brasil com o governod» Havana. Convém rtltabraroue. por uma decisáo dt doisterços na reunllo dc consulta.de acordo com o Tratado doRio de Janeiro, poderio os ian*oues txigir do Brasil essa deci*slo de nosso Governo.

Muitos perguntam: por quênáo age agora o Itamarati co*mo ae conduziu em Punia deiEste? A resposta é simples: oMinistério dai Relações Este*riores está exatamente fazendoo oposto do que pude assistirna conferência de lantiro de1962. Ao invés de tomar comoponto de partida uma poslçáode resistência para obter apoiodas demais chancelarias dn Con-tinente, ti ia agora na atitudeatemorizada de quem aceita aruptura de relações, náo vendoa possibilidade de outros paisesacompanharem qualquer gestode resistência de nossa parte.Finalmente. asslnale*se aindaa declaração veiculada pelachancelaria de oue, sob.t a et.so, náo tem ainda uma poslçáofirmada, porque aguarda os re-aultados da comissão de invés*tigaçáo da OEA,.. Supremo des-respeito á maturidade políticabrasileira!

Porém, nem tudo está perdi-do. Felizmente, do ponto de vis*ta interno, o panorama é- favo*rável ár> forças, progressistas.Havendo uma rápida açlo po-pular contra as perigosas mano*bras do Itamarati, o quadro sc-rá alterado. )á o ministro Araú*jo Castro foi obrigado a virprestar contas a deputados na-cionalistas. Mas o que devere-mos reclamar dé concreto, a fimde náo permitir que o Brasil securve ás imposições norte-ame-ricanas? Entre outras coisas, de-vemos reivindicar que nossosrepresentantes estabeleçam, naOF.A. a seguinte poslçáo essen-ciai e Inarredável: partindo deque tudo isso representa umaameaça á par mundial, devemospropor que a denúncia da Ve-nrzuela seja- encaminhada aaNações Unidas. Êste é o localpróprio para a tomada de deci-soes. desde que nele existe umclima de imparcialidade e nele,inclusive, cata presente o go-vêrno cubano. Se Cuba foi ex-cluida da, OEA. esta nlo po*de mais tratar de qualquer as-sunto com ela relacionado. Eiso caminho que pode seguir oItamarati, at desejar interpretarrealmente a vontade de par dopovo brasileiro.

Arraes: Solução é GovernoApoiado Nas Forças PopularesO governador de Per-

nambuco, sr. Miguel Arraes,tornou público o seguintepronunciamento, dando oseu apoio k decisão adotadana reunião da Frente deMobilização Popular:

A nota/ que a Frente deMobillkação popular divul-gou, para fixar sua posiçãoem relação à crise nacionale tendo em vista a necessi-dade de uma nova políticaeconom.ca e social, tem to-do o meu apoio. Ela confir-ma a posição que tem sidoa nossa, decididamente emfavor de uma política de go-vérno nacionalista e popu-lar, definida em notas an-teriores.

As fontes conservadorasde. sustentação do governojã não são capazes de íor-mular, adequadamente, osproblemas brasileiros, querdo ponto de vista político,quer do ponto de vista eco-nomlco. Os sucessivos ira-cassos de composições ml-nlsterlats com base nessasfontes são. a melhor provadessa incapacidade. E isso éextremamente grave, dadoo dramático7 momento histó-rico que estamos vivendo.No plano interno, a agu-dlzação da crise econômica,social e política é a caracte-rístlca dominante do pro-blema' brasileiro. Disso re-sulta um estado permanen-te de tensão Interna, cujarutura pode ocorrer sem quese possa prever e preveniras conseqüências. Por suacomposição e por seu pe-culiar comportamento poli-tico-admlnistrativo, o atual

governo é Impotente paradebelar a crise. O própriopresidente da República, ementrevista concedida à re-vista "Manchete", féz paté-tica exposição do fracasso

das diversas tentativas depolítica econômico-finan-ceira de seu governo, todaselas formuladas. dentro deesquemas tradicionais.

No plano externo, tudoindica que a pressão sôbrenossa política externa inde-pendente vai recrudescer. Ocerco imperialista vai se fe-char ainda mais, tendo emvista dois objetivos princi-pais: a) manter e aproíun-dar o processo espoliativo denossa economia, procurandoliquidar as possibilidadesnacionais de emancipaçãoeconômica; b) atrelar oBrasil a uma política impe-nalista de pressão econômi-ca e militar, cujo pretexto éa luta contra o comunismoe da qual Cuba, depois doassassinato do presidenteKennedy. talvez'-seja a pri-meira vitima. Sem o apoiopopular, o atua! governo éimpotente para resistir aessa pressão.

Por tudo isso penso que,se o presidente da Repúbli-ca, fiel ã sua formação po-litica e aos compromissosque tem com as massas tra-balhadoras, deseja superarnossa aguda crise interna emanter nossa política exter-na independente, éle precisaapoigr?se nas "forças popú-lares" e com elas estabele-cer um novo governo, capazde , elaborar e de executarum programa democrático,nacionalista e progressista.

A posição de independén-cia das "forças, populares"em relação ao presidente daRepública não deve consti-tuir —-e realmente nãoconstitui — obstáculo a queessas forças, mediante acôr-do. componham com o pre-sidente da República umnovo governo, qualitativa-mente diferente do atual edos precedentes. Está claro

que essa qualidade nova dagoverno não será obtida,unicamente, pela indicaçãode um ou de alguns nomespara a composição de -umnovo Ministério; essa fór-mula, e outras habltualmen-te praticadas pelas cúpulas,náo serve pára traduzir arelação nova a ser tstabe-leclda entre o presidente daRepública e as "forças po-pulares". A fórmula é a daum acordo político-admlnls-trativo, tendo em vista aformação de um governocom os seguintes objetivosprincipais:

ai criar Imediatas possl-bilidades de solução para. acrise social, com a preserva-ção das liberdades democrá-ticas;

b) criar condições Ime-diatas para solucionar à cri-se económico-financelra;

c) efetivar as potência-lida des de emancipação na-cional;

d> fortalecer e aprofun-dar uma política externaindependente.

Com esses objetivos, e ga-rantida a participação darepresentantes das "forçaspopulares" em setores fun-damentals do governo, res-taria tão somente a dlscuá-são de um Programa de Re-formas, que dè érífase áamedidas de extinção do pro»cesso espoliativo da nossaeconomia, conforme acen-tua a nota da Prente de Mo-bilizaçáo Popular.

É desse modo que eu ve-jo a participação efetiva aInstitucionalizada .das "fôr-ças populares" na constitui-ção de um governo novo,democrático, nacionalista apopular, como a melhor for-ma de encaminhar o pro-blema brasileiro.

a) MIGUEL ARRAES

I LsaháaaaaAVt^L ^Ê^Ês^SmmmmmmiÂSmMi m%ÀMÊ)àt\ ''""*•»»•

SfciIflMfc ii iMlrufit IN, A Instrução n.° 2ÍS, ds SUMOC,

constitui um importante passo i frente,para solução do problema dc ampliaçãodc nossa pauta de exportações, Dc fato,tomo a maior parte da no»»» produçãoindustrial ainda é dependente dc supri,nientn» do exterior, o n....,, haUnço depa«ameiitus é fortemente onerado pelo*llens representativos da ini|«irtaç,1o do*insinuo», da» amortiraçiV* dc primi|ial,juros, royaltie», rir., sem <m.ili|ucr con*trapartida.

A conseqüência lógica •le»%« sitü*.çáo é o asravanirnio d» processo infla,cionirio, visto que o (kiverno i obriga*do, ante a pressão do» influentes >eto.re* industriais, a manter, a pè»o dcemiiiõcs, uma demanda artificial dc pro*dutos industrialirailm.

Outro» aspecto, negativos da rotag-nacio da*, nossa» exportações lio:

a) o aumento ¦)« prestigio dos ex-portador?* de produto» tradicionais(café, cacau) o» quais por gorarem deinúmeros beneficio», «ào o* únicos quetém condições de continuar vendendopara o exterior; c

kl mascarar a can*.* real de nà..se venderem deteiniitiail..» produtos pa.ra áreas itu-Kirtantcs. e que .sio as clau.»ula» dc reserva de mercado ini|io»ta»pelas malri/r*. à.% suas afiliada» duHra-.il.

A tuna Instrução, «rm alterar apresente colação do cru/eiro, cria duasbonificações a serem pagas .ao exporta-dor, juntamente com o contravalor dasdivisas entregues ao Bane» do Brasil:

a) a I.*, variável periodicamente, pro-porcional à elcvaçio do» custos internosdc produçio; e b) a -'.", fixada em10% do valor da taxa + l.1, cláss.fi*cada como restituição parcial de im.postos.

Acreditamos que o novo sistema po.dera proporcionar apreciável im-rcnicntode nossa receita cambial desde que sejacumprido, pela» nossas autoridades, uniaustero programa dc disciplina, o qualdeveria abranger, por exemplo:

a), — restrição das vendas de cám-bio pelo Banco do Brasil às empresasindustriais, a qualquer titulo, ao máxi-mo de 30% do montante das exporta*ções de manufaturados que realizarem,de acordo com a Instrução n." 249, daSUMOC; e

b) — inclusão das exportações rea-

Niadai cons fator adicional th jntfs*mento dt qualquer pretensão futura dtobter registro de finsatliawnto ou ia*vtstimtnto estrangeiro, bm como favo.re» crediticiot aot ntsbelccfaatntoi of»ciais.

rinalmente, a fim de qut k pottabem ajniiar da importincis no novoiiKiriuiifiito para a dinamiiaçio do no».mi comércio exterior, s convém que scapontem alguns ponto* negativos de sitaformulação.

A primeira, no nosso entender, c amaneira pela qual foi definida a formade incidência da nova sistemática, Ascategorias citada» da NomenclaturaBrasileira de Mercadorias abrangemproduto» que, na atual conjuntura, nionecessitariam de um estimulo tio forte.

Entendemos que melhor teria sidofirmar »e o critério da keleçio, pelos ór*glns governamentais competente», doaprodutos ilegíveis dentre o» que temmenor participação em notsa pauta dcexportação,

Outro ponto importante que merecereparos é o da fonte dos recurso» emcruzeiros |ndi»|icusivcji à manutençãodo mecanismo implantado. Segundo da-ilos incompletos (boletins itas principaishiilsas dc valore» do (ais) a arrecada,çáo global dos ágios ila categoria e»pe.ciai gira em turno de t rj 1 bilhão pormés. Dentro em pouco, por conseguinte,estarão as nossas autoridades diante daseguinte escolha:

ai — transferencia de determina*dos produtos da categoria geial para aespecial, a fim dr aumentar a procurae, em conseqüência a receita de ágios;

b) — extinguir o depósito de 200%ora incidente sóbre as importações dacategoria especial (Instrução n." 256, daSUMOC), o qúc levaria os importado*rrt a pressionar mais os leilões, aumen*tautlo a respectiva arrecadação; ou fi.ualmcnte,

c) — hijscar outras fontes dc re*cursos não inilacionária» para fazerface ao» encargos. Nesta última alter*nativa se inclui aquela que, nas atuaiscircunstâncias, seria a mais feliz solu-çáo: a extinção progressiva de todos nsrecolhimentos compulsórios à ordem daSUMOC. com o simultánro restabele-cimento do regime de leilões de duascategorias, preconizado |iela Lei nume.ro 3.244, de M.«?7 e abolido pela ins*truçáo n." 204 de 13-3.01.

A Declaração de Princípiosdo CongressoDos Metalúrgicos

Joie MastMi llttoNos últimos (fias a fer-

tilidade do governador naarticulação de casos movimmtou a AssembléiaLegislativa, Primeiro foio processo anti-regimentale inconstitucional do ar.Lacerda para obter, temmaior análise e ao apa*gar das luzes, a apruv—çio de um orçamento nãosó eivado de falhas comotambém enxertado na rc*daçáo final. Depois sur*gíria nas manchetes daimprensa outro grandeassunto: o discurso emque o governador iujuria-va. e': caluniava, indistiri.tamente, numa fúria ta.contida, os membros daCâmara local. Nem osudenistas escaparam daipancadas de cego. Duran*te esses dias assim agi-ta'dos compareci á tribn-na para proceder á lei-tura de um documentoque exprime o pensamen.to e a açio de pessoasde um mundo bem dife*rente desse em que o go-vernador, ardilosamente,consegue arrancar vota*ções de propostas orça.mentárias ou cria novosfatores dc escândalo,usando contra os depu.tados estaduais as armasda injúria e da calúnia.

O assunto que levei itribuna da Câmara foi adeclaração de princípiosaprovada-cm Pernambucopelo IV Congresso Nacio*nal dos TrabalhadoresMetalúrgicos. Conparcce-ram a éue Congressomais de 300 delegados,representantes de 800 miltrabalhadores metalúrgi*cos de todo o Pais.

Como apreciam osmetalúrgicos, a situaçãonaciond? Essa situação écada dia mais calamitosac as causas da calamiila.de residem na explora.Çio imperialista e lati.fundiária. Há ura proces*so crescente de patiperi-zação e quem o sofre é.justamente a classe ope-rária, construtora, comseu trabalho, da riquezanacional. Feita a consta-lação, os metalúrgicos,através de sua Declara-ção de Princípios, recla-mam a reforma da atualestrutura e afirmam queessa reforma é inadiável.

Para que a atual estru*tura seja substituída poruma outra que atenda aosinteresses dos trabalhadoros é preciso que a cias.se operária assuma suaposição histórica em deíe-sa da libertação nacional,

por um governo naciona*lista e democrático e con*tra qualquer tentativa dt

. cerceamento das liberda-des públicas..

A Declaração de Prin.cipios dos . Metalúrgico»aborda questoe»!. relativasàs suas imediatas reivin*dicações, como a .unifica-çáo das datas salariais .emtodo o território nacio-nal, o salário profissional, o de insalubridáde co de periculosidade, bemconto o cumprimento dalei Orgânica. Os delega,dos reunidos cm Pernam*buco resolveram lutarjunto ao Congresso Nacio*nal pela aprovação do Co*digo de Trabalho, com as-sugestões dos metalúrgi*cos.

Dirigiram u» compo.nciiies do IV CongressoNacional dos Trabalhado*res Metalúrgico» apelo atodas as categorias pro*fissionai* « a todos otpatriotas, no sentido , dequè dêem apoio á sua De*claraçio de Princípios, afim de que conquistemos,lutando, melhores diaspara eis brasileiros e a.

. instituição ile um govér. "no democrático e naciona.Iisj£, capar. I de assegurar

a independência do Pais*

^pP^' W"]|$?M® — poule motto limo

Numa entrevista concedida emPorto Alegre à jornalista' CelinaLuz, o escritor Érico Veríssimo íézconsiderações sóbre a política. Dia-se não ter partido nem ser fasci-nado pelos remédios e sim pelasolução dos problemas sociais doBrasil. Acha que estamos diante deum fracasso brasileiro. A culpadesse fracasso é atribuída ág eliteseconômicas • intelectuais. Então,chega-se ao seguinte resultado: umpequeno grupo cada vez mais rico,a massa afundando na miséria e aclasse média cada vez menor e ten-dendo a desaparecer. Acha ÉricoVeríssimo que os jornalistas e es-critores preocupam-se demais como lado mau da vida e que, satiri-zando, às vezes atingem pessoassérias. Entre as pessoas sérias In-justamente atingidas pela* sátira oescritor cita o sr. Raul PiHa,

. Em muitos casos Raul;PÍfía ésatirizado ou criticado sem Injustiçapor suas posições políticas. Muitasdessas criticas ao chefe do PartidoLibertador, muitas das sátiras quetomam como alvo o sr. Raul Pilla,são fundamentadas. Por que náodeveria ser criticado e satirizadoum homem como o sr. Pilla? Porpe-rtencer à categoria da gente sé-ria? Ora, isto não basta. Logo quea Câmara foi transferida para Bra-silia. para lã se transferiu tambémo sr. Pilla-, com sua seriedade pes-soai. Certa vez. numa reportagemSôbre a nova capital, apareceu emfotografia o sr. Pilla, recém-casadoaos setenta anos, com uma cestapendurada no braço, a fazer com-

pras no mercado de uma super-quadra. Evidentemente é séria aatitude de üm recém-casado qusvai ao mercado com a esposa com-prar carne, peixe e legumes. Pro-vàvelmente o sr. Pilla, nessas com-pras, nâo enganou ninguém no tro-co nem passou moeda falsa. Mas¦iào basta a um líder político ser,no que se refere a êsse tipo do se-riedade, ò contrário de um Ademarde Barros ou dc um Armando Eal-cao.

Outras objeções poderíamos oporaog conceitos do sr. Érico Verissl-mo. As chamadas elites econômicassem dúvida são responsáveis pormuitos dos nossos males. Más tam-bém nào estamos diante de um ira-casso brasileiro. Há uma evoluçãobrasileira. Há intelectuais que sãocúmplices das chamadas elites eco-nômicas. Outros, entretanto, for-mam no campo da massa mais atin-gíria- pelo processo de espoliação dcBrasil.

Sôbre política, sôbre qualquerassunto, devemos ouvir a todos, in-clusive homens da categoria do sr.Érico Veríssimo. Parece, contudo,que o escritor Veríssimo tem niaissensibilidade artística do que poli-tica. Isto é comum e natural emsua.posição e em sua profissão.Assim, devemos achar que éle estárigorosamente certo quando cami-nha. todas as manhãs, cinco qui*lômetros, admirando o céu de PortoAlegre, conforme também consta daentrevista, pois o céu de Porto Ale-gre é belo e os longos passeios apé são higiênicos.

""í

1

Rio dt Janeiro, 20 a 26 de dezembro de 1963 W\Jt¦ 3

v :• \ .1 \' '.' \\ \/¦ m

.Ai j. ¦ u X .-¦. -s.^;-..; • r i.. \ 1

Page 4: æ Crise: K WrOOODWWÍCÍO Novo Governo, Baseado Nas Forças ... · 2015-02-26 · realiza-se hoje, ás 29 horas, no Sindicato doa Metalúrgicos da Guanabara, grande ato po-Mico de

leste Bolívia: Estensoro Foi o Grande Derrotado Oev^Semv-xâ*

ENCICLOPÉDIA BÚLGARAAcaba d# ser

Subllcado, na

ii li ária. oprimeiro doscinco volumesda PequenaE n c le lopédlaBúlgara. Emobra. de queforam tirados62 200 exem-plares, contem27 mil artigo-s ò b r e todosos ramos daciência r dacultura. Farta-mente ilustra-da, a Pequena Enciclopédia contém foto-grafias, desenhos, gravações, mapas e es*quemas, que ocupam 15% da soas paginas.Nos trabalhos de elaboração da Enclclopé-dia participaram aproximadamente 1.500cientistas c especialistas búlgaros.

DEZ CASAS POR HORAEntre 1958 e 1963 foram construídas oi»

totalmente reformadas, na Repúbllca De-mocrática Alemã, 400.000 moradias, apro-ximadamente. o que significa dea por hora.Com o aumento da construção na base deelementos pre-fabrlcadoa, de 12% em 1058para mais de 70% atualmente, a RDAocupa o primeiro lugar no mundo quantoà aplicação de métodos de construção in-dustrlal. Nos próximos anos. * construçãode moradias se concentrará, principal-mente, nos centros Industriais e no cam-po. O total de moradia* na RDA 117 mi-lhòes de habitantes» será aumentado, nospróximos anos. atingindo 6 milhões, istoé. uma média superior a uma unidade portrês habitantes.

ACABA A MALÁRIAHá três anos não é assino lado um só

caso de malária na Rumànla. Técnicos daOrganização Mundial de 8aúde têm idoàquele pais, com o objetivo de assimilarexperiências noa trabalhos pela erradica-ção da malária. Vários trabalhos de cicn-tistas romenos, sôbre problemas do impa-ludlsmo, como se sabe, foram apresentadosno recente Congresso Internacional deMedicina Tropical e Malária, realizado noRio de Janeiro, notadamente o do profes-sor Lupascu, sóbre "Malária provocadapela transfusão de sangue".

COMÉRCIO SOCIALISTA. No mês de novembro último, em Bu-

dapeste, foi estabelecido ho nono Convé-nio húngaro-iugoslavo de intercâmbio co-mcrclal. para o ano de 1964. depois de ne-gociações que deixaram claro o interessereciproco pela colaboração econômica en-tre os dois paises. O convênio prevê umatroca de mercadorias entre a Hungria ea Iugoslávia superior a 15"í ao total do anoanterior, lato é, na importância global de60 milhões de dólares, em ambos os sen-tidos.

UMA ALIANÇA DE FATOA VWIo Soviética presta ajuda atu-

abrr>:.>t« aos países socialistas na eons-tração de 1.140 empresas e obras diversas.Entre •»*".' figuram centrais elétricas.empresas siderúrgicas e de metalurgianao ferros», indústria mineira e carbo-nlfera e refinarias de petróleo. Esse au-xlllo contribuirá ponderávelment» para.que em países socialistas cumpram comêxito seus planos de desenvolvimento eco-nòmieo. A URSS. ao mesmo tempo, estáauxiliando o fomento da economia demais de 30 novas nações da África e daAfia,

POLONESES EM SKOPLirUm grupo de arquitetos poloneses

«agulu para Bkoplie, capital da Macedo-nia, para dirigir os trabalhos de constni-ção de todo um bairro naquela cidade iu*goslava recentemente sinistrada. Seráum bairro varsoviano", pois todos o* seusconstrutores procedem da capital polo-nesa, Até o fim deste ano, já estarãoultimadas as obras de dezenas de casas.O bairro sc ergue em Tattallde, subúr-bio de Skoplie, e havia sido Inteiramen-te destruído eom o terremoto.

VINHO E ELETROSSOMCientistas

soviéticos (daGeórgia), es-t u d a n do asp r o p riedadcsdo som elétri-co, descobri-ram que. podeprestar grandeajuda aos vi-nlcultores. me-lhorando orendimento dosuco da uvaem 6 a 8 porcento e elevando sua qualidade. O vinhoassim obtido apresenta um novo aspectoe é mais agradável- Dos resíduos da uva,tratados pelo eletroasom. foram obtidostambém corantes naturais.

A MAIOR ROTATIVAFoi entregue à editora mo.sc.oyit*"Jovem Guarda1' á maicr rotativa construi-

da na Fábrica Plamag, de Plausn (Re-pública Democrática Alemã). Com 76metros de comprimento. 16 cilindros, pa-ra várias cores, a rotativa de Plauen éa única no mundo e sua capacidade é de400 mil jornais de 16 páginas, tamanhogrande, por hora. A rotativa pesa 1000toneladas e foi instalada por técnicosda RDA no periodo de 18 meses. A UniãoSoviética é a maior cliente da Fábricade Plauen. Os grandes diários soviéticos"lavesUa" "Komsomolskaya Pravda" sãoImpressos com máquinas dessa empresa,que tem entregue à URSS muitas outrasrotativas.CIMENTO PARA O MUNDO

A produção de cimento aumentou 10j na Bulgária, erri relação a 1939. Atu-

almeate, somente a exportação, que atln-ge a cerca de 200 mil toneladas, igualaa toda a produção anual de antes daguerra, O cimento búlgaro é exportadopara o Oriente Próximo, o Paquistão, aEspanha e vários paises africanos. Coma construção de novas empresas e atransformação de outras, em 1965 a pro-duçâo superará os 3 milhões de tonela-das Já em 1964, haverá um aumento de22 por cento e a produção "per capita"atingirá a 340 quilos.

A prisão dos lideres ml-wrtroa Irlnou «mente!, rm-derico Escobar o Jorge Au-ral, pela policia de Isten-soro, representou na verda-de mais uma etapa da mar-cha para a direita que vemcaracterizando as dlretrttesdo govémo boliviano. PuKstensoro. depois de suaviagem aos Estados Unidos,passou a tomar várias me*dldas, nos terrenos político,

econômico, social e militar,com o claro objetivo de ga*' rantlr sua permanência nopoder.

Um dos mus primeirosatos foi uma furiosa cam-panha contra os mineiros,acusando-os de sabotar aprodução, ao mesmo tempoem que procurava organi*zar uma nova entidade sln*cal, para cindir a classeoperária boliviana, particu*

SUPRA PROPÕE A JANGODESAPROPRIAÇÃO DE TERRASA 10 KM DAS RODOVIAS BR

A SUPRA elaborou umprojeto de decreto, que Jáentregou an Presidente daRpúbllca, no qunl ficamdeclaradas como de utlllda-de pública, para efeito dedesapropriação, as terrascompreendidas dentro doralo de 10 quilômetros dasrodovias federais, exceto asqu« integram a faixa quevai de Guamá. no Pará, aGurupl em Goiás, ao longoda Bclêm-Brasilia, cujo po-voa mento inicial incumboao Ministério da Guerra,por decreto não revogado.

Pelo parágrafo primeirodo artigo primeiro do dc-creto proposto à assinaturadn presidente João Goulart,"incluem-se, na presentedeclaração 'de utilidadepública), as terras desapro-priávels do dominl0 da

União". Excluem-se, pelnparágrafo terceiro do mes-mo artigo, "as requisiçõesde bens móveis e Imóveisnecessários às Forças Ar-madas e k defesa passivada população".

O objetivo da 8UPRA écriar e melhorar centros depopulação, nas faixas deterreno contidas no raiode 10 quilômetros dos eixosrodoviários, com a lmplan-tação de seu abastecimentoregular de meios de aubsls-tèncla; outro objetivo é oaproveitamento Industrial,"nos termos da lei, das ml-nas e das Jazidas federais,das águas e da energia hl*dráullca. visando a eonsti-tuir núcleos de colonizaçãoe de produção econômica àmargem das estradas".

Ilrmente seu setor maiscombativo, representado pe*los trabalhadores nu ml*nu de eatanho. Contarão***ra Isto com o spojo oatan-sivo do govémo norte-ame-rleano, e foi exatamente oadido trabalhista da embal*xada Ianque em La Pas,Thomaa Martin quem coor-denava asse trabalho de ln*flltraçáo. Martin, aliás, es*teve em grande evidênciadurante os recentes acon*téclmentos, não só por tersido um dos reféns, comoporque apareceu no noticia-rio oficiai como pertencen-te ao serviço da espionagemnorte-americano.

Pimentel. Escobar e Asa*ral, cuja prisão foi o esto-plm da revolta dos minei*ros, sáo acusados dé diri-glr a sabotagem das mlnlsde Catavl, bem como damorte de alguns trabalha-dores em choques ocorri-doa em 1060. Na realidade,esses dirigentes sindicais II-deravam a luta pelas rei-vlndlcaçócs de seus compa-nhelros, ao mesmo tempoem que denunciavam * ln-terferêncla. cada ves maisaberta, do Departamento deEstado ianque nos nego-cios internos da Bolívia. E'é.ue um outro aspecto daguinada de Estensoro. O go-

vêrno boliviano vtm man*tendo negociações com clr*cuias financeiros norU-americano*, «ob o pretextodt.reorganisaçao da Ooipo*ração Mineira da Boiir.a,através da concessão da em-préstlmos, que levariam na-luralmentc a outra» -ornei*soes, por parte do governode La Pas, essas de caráterpolítico.

O líder mineiro Juan Le-chln, vice-presidente da Rc-pública, esteve à testa dunegociações com os minei-ros. A campanha de Esten*soro contra Lcchln, visamais à liquidação das mili-cias mineiras, que são umaconstante dor de cabeça- pa-ra os planos contlnulstu ereacionários de Psz Esten-soro. Eram os mineiros, atéhá algum tempo, u únl*cas lórçu armadas da Bo-livia, pois o'exército regulartiniu sido dissolvido. Esten*soro, aos poucos, com o au-xilo de Washington, reorga*nliou um novo Exército,que JA nos últimos acon te-cimento* esteve a pique deentrar em luta com oe tra-balhadores de Oruro.

Os mineiros, embora lhestenha causado insatisfaçãoo acordo firmado por Le-chln com o governo Esten-soro, resolveram aceitá-lo.

SOLIDÁRIOS COM CUBAREÚNEM-SE EM JANEIRO

. _^ ¦* ammmÈ+WaWOx- jk'ail mt ""*#V

'^'i^^mmmaêr ""^^É, ^.. T-S.. yi, ^àmBmWm ,¦ :'^^âW^AwAmm

>¦ ' ffltfHyi wkm% WA Jl«ti li IImm-

amJíÊ "' *;'lÈ

»W^P9 lUÉÉfl Ic^sa»»^

B' *ík*™^l B^l

li t ÊM Iakji Rm Bj

B^tWaWymr^*^ lf*C»m^^mmm!t^EammmmmWm

Será realizado, nos diu3. 4 e 5 cie janeiro do anoque vem, o Encontro de Ha-vana, que está sendo prepa-rado pela Comissão Conti-nental de Solidariedade aCuba, e que foi programadopor uma resolução — a denúmero cinco — do Con-gresso Continental de Soli-darledade a Cuba, realizadoem Niterói, no Inicio desteano.

O Encontro de Havanadeverá examinar as seguin*tes questões: fortalecimen*

to, extensão e ampliação dosmovimentos nacionais desolidariedade a Cuba; co-ordenação dos movimentosnacionais de solidariedadea Cuba, através de uma Co*missão Continental; compo-siçáo dessa Comissão; esco-lha de data e pais para arealização de um SegundoCongresso Continental deSolidariedade a Cuba; dis-cussão «obre qual o pais ón-de deverão funcionar a pre-sidêncla da Comissão Con-tinental e suas reuniões.'

Libertaram os reféns, sob apromessa de desmobiiiuaviodu tropu que o« cercavam,de om Julgamento imparei-ai para mus lidere» aprü.e-nados. Mas nio esconderamque aceitaram as condiçõescontrifelto-, como um latoconsumado. O governo Es-tensoro tudo fês para pro-vocar um massacre dai ml-nelros, quo i,s poderiam le-var a medldr,- de represáliacontra os reléns. propiciai)*do a Intervenção militar dosEstados Unidos.

Se Juan Lechln *aiu der-rolado dê-v» Incidente ou soéle constituiu um revéstransitório dos mineiro.*,talvez seja cedo para jul-gar. O mais importante, noentanto, é que Pas Estenso*ro sofreu um tremendo des-gaste entre seus próprioscorreligionários p o 1 i tiros,pois terá que enfrentar aoposição organizada da cias-se operária boliviana, prin-cipal força com que contoupara assumir o poder. Nãofoi outro o sentido do gritodc guerra dos mineiros aoclamarem na assembléiaem que concordaram com asolução proposta por Le-chln: "Catavl é o túmulodo presidente Paz Kstenso*ro".

Q MARXISMO i umateoria eternamente

viva e evolutiva. Os errose desvios do movimentocomunista internacionalrepresentam sérios peri-gos.

Por qué?Leia o artigo de Lau-

rence Sharkey, no n*10/63 de PPS, à vendano seu jornaleiro e nasprincipais livrarias ouna Rua da Assembléia,34, salas 204 e 304. Rio(Gb).

GRANDE FESTA CAMPESTRE

MA M HMIENSA MNGARâFor motivo do transcurso do Dia da Imprensa Húnga-

ra, a Legaeáo Aa República Popular da Hungria em nossoPais ofereceu um eoquetel (foto) à Imprensa brasileira. Aoato, realizado na aede da ABI. compareceram o ministroGustav Droppa o outros membros da representação dlplo-mátlca húngara, numerosos Jornalistas carlocu e corres-pondent.es da Imprensa estrangeira. O coquetel transcorreunum ambiente de grande cordialidade.

No próximo dia 5 de janeiro, do*mingo, na localidade chamada ParadaAngélica (raiz dá serra), será realiza-da uma grande festa campestre que,entre outras atrações, oferecerá: ba*nho de cachoeira, jogos e brincadeiras,concurso de rainha da festa, conjuntomusical com «crooner», «show» com aparticipação de grandes astros e estré-lu do rádio e da televisão, alimenta*ção variada e bar a pregos razoáveis— tudo isso em meio a frondosos eácoSiedores bosques.

Haverá condução especial para osinteressados, a partir das 7h30m, naPraça do Pacificador, em Caxias, aopreço de Cr$ 100,00 (ida e volta) por

pessoa. A condução será gratuita paraas crianças menores de 5 anos.Os que têm condução própria, de-

vem seguir o seguinte roteiro: na altu-ra do km 18 da Rio-Petrópolis, dobrará direita, junto ao Posto Shell, ir atea Taquara (Fábrica Nova América),seguindo em frente até ao local daíesta.

Os convites numerados, que permi-tem concorrer ao sorteio de um Hqui*dificador «Walita», a se realizar nolocal, podem ser procurados na Reda-çio ou na Gerência de NOVOS RU-MOS, nos seguintes endereços: Av. RioBranco, 257, sala 1712 (Redação) eRua Leandro Martins, 74, 1.» andar(Gerência).

Comunistas do Equador Presos e TorturadosPor Uma Ditadura Cada Dia Mais Violenta

Newton Moreno, membrodo Comitê Central do Par-tido Comunista do Equador,dirigente da FederaçãoEquatoriana de. Índios' • umdos fundadores da Federa-ção de Estudantes Univer-aitários do Equador, é umadas vitimas mais recentes'da ditadura qu» se instau-rou no Equador com derru-bada do governo Arosemena,a 11 de julho passado.A morte de Newton Mo-reno — narra um reltóriodo recém-fundado ComitêPró-Democracla no Equador

— decorreu da negativa- das autoridades governa-mentais de meios para queéle se tratasse da enferml-dade que o acometera."New-ton Moreno estava enfermo—diz o relatório — gravís-simamente, desde fins dèsetembro. Kntâo. seus pa-rentes e amigos pedirampermissão para levá-lo auma clinica; o médico daPenitenciária determinarasua hospitolizaçáo, Mas aditadura militar preferiudeixá-lo morrer. Dai que,durante uma semana, antea angústia . e o desesperode seus companheiras e pa-rentes, entrou em agonia ecomeçou a esvair-se lenta-mente- Só quando Já eracerto que não poderia sal*var-se, é que foi transpor-tado a um hospital, para alimorrer — • nâo na celaonde agonizara. CULMINOUASSIM O ASSASSINATO".

Violência

A ditadura que bojo man-tém o poder conservador noEquador, fruto de um gol-pe militar desferido peloPentágono o pela "CentralIntelligence Agence", ór-gãos do governo dos Esta-dos Unidos, assume cada diaum caráter de maior vio-lèncla. Em outubro — éainda o relatório do Comi-tè Pró-Democracla no Equa-dor que narra — ocorreu ocaso de uma doença que

atacou, na prisão, EnriqueGi] Giibert, membro do Co-mitè Central do PartidoComunista e q u a t orla n o."Apesar de determinaçãomédica, na Penitenciária,Enrique não foi hospitaliza-do. Sua melhora tem sidodlficil e lenta, e até agoranão conseguiu curar-se porcompleto". Também o secre-tárlo-geral do Partido Co-munista equatoriano, PedroAntônio Saad, preso no mêsde setembro e levado a umquartel dos arredores deQuito, passou cinco diassem comer nem dormir. Foisubmetido por uma comls-são de especialistas norte-americanos ás torturasmais requintadas capazes delevar k loucura qualquerhomem. Saad resistiu, massua saúde não.

O número de prisões po-líticas no Equador é gran-de e cresce. Os prisioneirossão submetido» a tortura.*ihfãmantes. Quase todos fo-ram pendurados dós dedospolegares. Alguns — comoo também comunista Fio-resmilo Romero — foramconduzidos a local deserto ecavaram a própria sequltu*ra. depois de negarem-se atrair o seu Partido.Ação do Pentágono

O Equador é um dos trêspaises que, em 1963, sofre-ram golpes militares con-cordes com a linha de com-portamento do Pentágono.Honduras e Repúbllca Do-minicana são os outros. OEquador é um dos paisesque mais sofrem a ação doimpério econômico norte-americano; aeu povo, umdos mais pobres. O desem-prego lavra como um in-cêndlo. Da terra em quetrabalham, são expulsai oscamponeses, que são milha-res de maltrapilhos « des-calços a pervagar pelo pais.sem elra nem beira. Porfalta de consumidores, umafábrica de sapatos, das maisimportantes do Equador, foi

fechada antes da implanta-çáo da ditadura atual..

Antes de. deposto, Arose-rnena satisfez o Pentágonoo quanto pôde. Comprou ar-mas, permitiu a entrada noEquador de dezenas de "téc-nicos" norte-americanos pa-ra estudar a situação dopais, e comprometeu-se acomprar mais dos EstadosUnidos, em prejuiso da in*dustrialiaaçáo do Equador.Os protestos gerados pelocomportamento do governode Arosemena recrudesce-ram e depressa começarama unir os democrata- de cor-rentes politicas diversas. Di-ante disso, os gorilas per-petraram o golpe: depuse-ram Arosemena e estabele-ceram a ditadura que agorafustiga o povo equatoriano.

Solidariedade

A situação do Equadorexige a solidariedade dasforças e dos elementos de-mocratas da América Lati-na — e essa exigência ditouo apelo feito pelo PartidoComunista equatoriano, aque em todos os paises seorganizem comissões de so-lidarledade, enviem-se tele-gramas e mensagens ás en-baixadas do Equador e àOr-ganlzação das Nações Uni-das, de repúdio ao desres-peito á liberdade, atualmen-te posto em prática pelogoverno equatoriano.

Centenas de vidas estãoameaçadas no Equador: osprisioneiros de "Garcia Mo-reno", em Quito, tles pró*prios tém organizado umasérie de protestos, para quesua denúncia chegue a to-do o Equador • até os or-gãnismos internacionais. Ademocracia no Equador, ademocracia que nunca hou«ve — foi abolida: a fachadada constltucionalidade dosgovernos foi retirada, e ho-je os inimigos do povo doEquador alardeiam-se, os-tentam-se. através de umaditadura sangüinária.

¦¦:;à laf 'JsMHIÍ

jdAM ^B \.*J^^f ^^^ft.^1ÉÉ^atarJè* ' "'¦*,' ^vfl

^K 'èiÊa^ÊàmaT^''''' ''''mM

BB :'; BB má B k "VuBn>' '-. jm * .^H

Bslfev **¦¦; ^í''.í,í''íB B .'..' , ,'..!'vB7~~\ 1 JA [ - :¦¦"¦' :^A

^BisajÍW*Í *-^ÉW^B

Bff- ^ -^BB?' ^ BBA^l^mA% mmAt3' *' 'BBBBBWWP^^^^^t^yTiiii '"^LSM''êsm/mm^ ^r**. • ^.mmgsõmmsamm ymwlKsmt

• " ¦• •¦ >~~:tJi>. ,'J/j'•'¦'¦¦ ¦¦—-—1-~ " L "gWJirU- '^Jíi.rjíiiJSBi^:.'-,¦má«»t»*»»^4»JHPÉR|"Í*'HMI^^?x?*^**^^^h^. ¦. , ^, '..!»¦ ''>&?&*$£*&•*L'iBmmmK&B wmwaymsxi

¦f. 1*^*§P< > V* *^ ^* ^^^^mmmmW^aaa^aBaWàW^aamt^^mm

TORTURADOPedro Saad, valoroso dirigente comunista, secre-

fólio do PC do Equador, está encarcerado e é vitimadas maiores torturas. A situação em que ae encontraestá a reclamar a solidariedade de todos os demo-cratas e patriota»,

S&-..Í:

MISÉHA NOS 4STAIB»' i"\ M-. .• : l*i¦£9*. -, Punelonanoa EstadosUnidos um"Comitê Nacio-nal de*ZonasPobres", o queparece, indi-ear a existen-ela da tais ao-nas no pais li-der do chama-do mundo II*vre. Os socló-logós que Inte-gram éste ór-gão acabam deafirmar, emrelatório, quevinte milhõesde. eldadioanorte-ameri-canos v I v emem condiçõesde "abjeta po-breaa", nácd 1 s pondo drminimo vitapara sua subslsté n e 1 s

j"^ A c reseenta •"L. documento quhá um para*

doxo chocante na vida norte-americana:quanto mais próspero é o pais, mais po-bres há que não participam da crescenteabundância. O Comitê elaborou uma "re*celta de pobrez» norte-americana", tnu-merando uma série de condições que,reunidas, "não deixam praticamente ne-nhuma probabilidade a um cidadão doaEUA de escapar á miséria",

RECEITA DA MISÉRIAO "Comitê Nacional de Zona* Pobres"

passa então a relacionar essas condições,passa a formular a receita da miséria,enumerando as três "situações mais peri-gosas" que são as seguintes: 1) não serbranco; 2) viver no campo; 3) ser umamulher de 69 anos. que tenha ainda en-cargo de uma familia. O relatório baseia-se essencialmente nos trabalhos doprofessor Oscar Ormati, da "New/SchoollFor Social Research", de Nova Iorque,assinalando ainda que os riscos de po*breaa são maiores no Sul dos Estados Uni-dos. Diz Ormati que, para não converter-se em pobre, hoje. é necessário reunirM condições seguintes, que são uma ou-tra receita, uma receita da fartura: terbranco, ter entre 25 e *5 anos, nao termais de dois filhos, residir numa cidadedo Norte, ter o máximo de instrução (não ficar doente. Fica-se sabendo que na,terra em que "todo operário tem um ca*,dilaque". quem fór preto, viver no cam*po. ter mais de 45 e menos de 25 anos.ter três filhos ou mais. morar no Sulnão gozar muito boa saúde, entra diretopelo cano.

NAO HOUVE HITLERA noticia

vem do loto*'colmo, Suécia.Num teatrodaquela canl-tal está sendoapresentado"O Diário doAnne Frente",por alunos doescolas da el-dr.de. Há pou-cos dias. apa-rece ram noteatro algunspanfletos an-ti-semltas,afirmando quro d l á rio diAnne Frank •

falso e acrescentando qu» não houve naAlemanha a execução de um sõ judeu-O cinismo dos nazistas não tem limites,ainda mais porque centenas de crlmlno-sos de guerra, responsáveis pelo exter-mtnio de milhões de judeus, não só naAlemanha, mas em toda a Europa, dirigemhoje o governo de Bonn, o governo "de-mocrata" da Alemanha ocidental. Agora,só falta acusar os judeus de "arianlcl-dio", isto é. do extermínio da raça purade Hitler. se é que élea admitem qu« oAdolt tenha existido.

UMA MEDIDA JUSTAComo já era esperado — mas Já es«tava tardando — o governo dos Estados

Unidos reconheceu, há dias, os regimesde Honduras e da Repúbllca Dominica-na. Nesses paises, como se sabe. houvegolpes militares, dirigidos por gorilas, hácerca de três meses, o Departamento deEstado, justificando sua atitude, ó quealiás procurava fazer desde o dia dogolpe, ou talvez antes, divulgou que osnovos ditadores de Honduras e dá Re-pública Dominicana haviam prometidorealizar eleições "brevemente'*. Mas. con-fessa o Departamento de Estado, o que in-dusiu mais rapidamente o governo nor-te-americano a tomar essa medida foram"as perspectivas de contragolpes", con-siderados "ainda mais perigosos". A OEAficou multo satisfeita com a medida, con-siderada pelo representante dominicanocomo "justiceira"*

.»-•:•' .;.•¦¦¦! '

\O GRANDE SÓCIOO falecido John Foster Dulles ral-~voso e belicoso secretário de listado. Ins-tituiu. de volta das reuniões da OTAN,um passeio a Madrid. Ia conversar comFranco, sobre problemas da defesa dasdemocracias. Agora, anuncia-se que DeanRua**., sucessor de Dulles, visitará n dl-tador espanhol, logo após o término darejinião do Conselho da OTAN. iniciado

. esta semana. Rusk vai relatar a Francoos resultados da reunião e dar-lhe ciênciade qual.deverá ser a participação da Es-panha nos planos aprovados, que prevêem! a utilização, na defesa do mundo cristão,das . bases norte-americanas existentesem território espanhol, entre elas trêsaéreas e uma naval.NAO SAO FANÁTICOS

4 nr

Teodoro Moscose, coordenador da AU-anca para Progresso, para os EUA. dei-tou falação em Sáo Paulo, defendendoa iniciativa privada. E disse que a Alien-ça é um programa para assegurar aosnossos povos liberdade econômica, liber-dade de consciência. e segurança social",Tendo em vista que o Congresso norte-americano tem realizado profundos cor-tes nas verbas de ajuda ao exterior, eon-clul-se que os Estados Unidos não sáomuito ortodoxos na defesa dessa segu-rança e daquelas liberdades. -

Rio de Janeiro, 20 o 26 de dezembro de 1963

. \. ^ ,''- v¦ ià.,-.l*Í.TÍ;.'>i ¦¦¦¦>.,,..A. rJ -¦¦•--"-'""•"¦""¦¦-«*-' llilWÉ*Hj|,-:'.-:'-

\ y ¦)\

Page 5: æ Crise: K WrOOODWWÍCÍO Novo Governo, Baseado Nas Forças ... · 2015-02-26 · realiza-se hoje, ás 29 horas, no Sindicato doa Metalúrgicos da Guanabara, grande ato po-Mico de

I - Inflação de FilmesEsmaga Produção

ImportadosBrasileira

Começa pela Importaçãoo comércio de cinema emno-so PaU. Para Importarfilmei cinematográficos lm-prestos (filme comum paraser exibido) o importadorpraticamente nio gasta ne-nnum dinheiro, pois a im-portaçao e feita sem cober-tura cambial, isto é: nào seexile qualquer depósito oupagamento de taxas espe-ciais para a entrada dequalquer filme no mercadobrasileiro; apenas são co-brados pequenos impostosalfandegários e natural-mente o frete da mercado-ria, Ê um mercado de lm-portaçao absolutamente II-vre. Exatamente o opostode todas as Importações fel-tas pelo PaU, Inclusive,muitas vezes, maquinaria,equipamento e materla-pri-ma Indispensáveis à nossaindústria básica. Quer dl-«er, a Importação de filmestem um tratamento tn-telramcnte privilegiado. —Será que Isso é bom para oBrasil?, achamos que náo!Vamos explicar por què.Ora, se nlo ha nenhumaexigência financeira paraum determinado cidadãoimportar um filme da Ame-rica, da Europa, ou de ou-tro lugar, é claro que êle vaiImportar o maior númeropossível, ou melhor, a quan-tidade que desejar. Pois se

Walter NataI* dt tuna icrie

o Oovêrno nio exige nenhu-ma cobertura cambiai, ne-nhuma Usa especial, ne-nhum deposito Bancário, aImportação fica quase degraça, nlo é mesmo? — Re-

sultado: o mercado brasilei-ro da filmes para exibiçãofica completamente abarrO-tado, fica saturado, cheioate a tampa. Se nlo veja-mos o quadro seguinte, pu-bllcado na Revista és Gel-clae (Orupo Executivo daIndústria Cinematográ-fica»:

Filmes estrangeiros lançados no mercado tm 19M .... 711".-..- : i :: •• -w».... «s" "" 1M0 .... 749

Agora, para o leitor teruna Idéia do que Uso slg-nlflea, vamos dar o númerode filmes colocados nosmercados de exibição de ai-

EUA 52S filmes; paraAlem. Ped. 532Inglaterra. 908 " ".Itália .... 527 "França .. 425 "

guns paUts, no mesmo pe-riodo precisamente o anodt 1S«0, que é maU ou me-nos Igual aos outros exer-eielos:

2 300000000 de espectadores609400000 "515 000000 "744800000 "372 845000 "

O número de espectadores'i correspondente' ao nume-ro de Ingressos vendidos noano.

O total de espectadoresno Brasil é de 328255000por ano. Por ai, os leitoresJá devem ter observado queo nosso PaU, embora tenhao menor mercado e-dbldorentre oa paUea citados, é oque te.ii maior número defilmes em circulação nomercado. Isto é. filmes cs-trangeiros. t uma autêntl-ca Inflação de películas emnosso mercado, que é esgo-tado, podemos dizer espre-

mldo, por essa avalancha. Renào, o que é que sobrapara o produto nacional,pura o filme produsido aquimesmo, para o nosso fllml-nho brasileiro? Quase nada,amigo! E ainda mais, se sa-bemos que a nossa produ-ção média é de uns 30 fll-mes por ano. O qut é issopara lutar contra quase ot-tocentos filmes estrangel-ros?

Está ai, leitor, porqueachamos que o mercado li-vre para Importação de fll-mes cinematográficos nü*> ébom para o Brasil. Nào hà

Indústria nacional que re-süta a uma avalancha dei-sas, é o chamado dumplng.R Um mais.,. Quando umdeterminado filme estran-8tiro

chega ao Brasil, urlun-o de um paU que possuaum grande mercado exibi-

dor, êsst filme Já vem tom-pletamente pago e comgrandes lucros para o seuprodutor, que Já o cxpluruuen seu próprio paU, Querdlser. qualquer renda quedtr no Brasil, é lucro llqui-do. Exatamente o opusto dasituação do produtor nacio-nal. que não dispõe de umgrande mercado Interno,nem tem condições flnan-celra» para enfrentar omercado Internacional. _ tpor essas e outras, leitor.que o cinema nacional vaisempre mal...O JEITO t LUTAR

A esta altura dos aconte-cimentai, o leitor já deveter pensado com os seu» bo-toes: "mu qut diabo, comoé qut os cineastas brasilei-ros agüentam esta situação,por qut é qut nào denun-ciam Uto, por que é que nàobrigam»'* — Brigar, brigar,brigar... Essa é a vida dobrasileira qut resolve entrarna produção da cinema. Lu-tam maUdo que trabalham.Viram legisladores, econo-mistas, políticos, e tudo omaU para saírem dessa si-tuação. t uma luta antigat sa» quartel. —> "E o oo-

vêrno, o que é que fas, quenào poe um paradeiro a ta-ta situação dt tremenda in-fcriorldade do produtor bra-sllelro"? Embromar. embro-mar, embromar... Espa é avida do Oovêrno, ou melhordizendo, dos governos, poiso ru.-o vem de longe. Valeà pena lembrar au leitor,aquela celebre história deum trem chamado inslru-çào 113, da Bumoc; criadano tempo do dr, Café Pilho,amamemada na era do dr.Juscellno, acariciada pelodr. Janlo — de recente me-morta — moltuda pelo Ur.Santiago, e finalmente, pa-rece, começando a ser tos-queada pelo professor Car-valho. — t uma coisu, lei-tur. & uma coisa! No uossoPais, preparamos leis e re-KuUmcntos para atenderxos capitalistas dos outrospaUes. t o que alguns so-ciólogos patrícios chamam,maliciosamente, de "Com-plexo colonial, de Inferlorl-dade"... Até quando, nàosa Demos.

O FILME VIRGEM

Continuando o capituloreferente à Importação,chegamos ao chamado fll-mt virgem, que é a mate-rla-prima para toda a pro-duçào de filmes nacionais e,Inclusive, para outras atlvi-dadea eomo a medicina, es-tudos científicos, t mesmo,para « reprodução de fll-

A ptpulaçit ativa m IrasRVários leitores pedem-nos dados sò',,re a

população ativa do Brasil. O assunto é msUatual do que nunca — mas é também com-plexo e exige pesquisas, mais tempo e maisespaço. Picaremos, por ora, em suas linhasgeroU.

Nossa população ativa pode calcular-se,hoje, em cerca de 28 milhões ou pouco maUde 37% do conjunto da população brasileira.Seu maior contingente situa-se ainda nocampo —• eom 15,5 milhões de trabalhado-res, ou 35% do total. Seus elementos com-ponentes escalonam-se, ali, entre dois extre-mos: os 73 mil latifundiários, donos de pro-priedadea de 500 a 100 mil hectares, que re-presentam menos de 1 milésimo de nossapopulação atual; e o poderoso contingentedos assalariados agrícolas cujos efetivos ul-trepassem a casa dos 5 milhões.

A população ativa das cidades vem crês-cendo rapidamente, mas nào Ultrapassa ain-da 12,5 milhões. M por cento desse totalconstituem a massa de assalariados direta-mente ligados às atividades econômicas: ostrabalhadores da indústria (4,5 milhões) edos transportes (excluídas as empresas depoder público) com perto de meio milhão;os comerciados (3 milhões, aproximada-mente); os empregados de estabelecimentosde crédito e seguros (em torno de 300 mil).A terça parte restante divide-se entre dl-versas categorias: o funcionalismo federal(incluindo as autarquias, os Institutos, ostransportes do Estado e as forças armadas),com 1 milhão de representantes; o fünclo-nallsmo estadua' e municipal, também os-cllante em torno de 1 milhão; o contlngen-te profundamente heterogêneo e dlverslíl-cado dos donos de empresas (a grande, amédia e a pequena'burguesia), com meto a1 milhão de proprietários, metade dos quaisrepresentada pelo artesanato do Nordeste;a intelectualidade. Incluindo os represen-tantes das profusões liberais, com efetivosem torno de melo milhão. Só os professoresregistrados constituíam, em 1981, um con-junto de mais de 350 mil: 225 mil no ensi-no primário, mais de 112 mil no ensino.mé-dlo; cerca de 33 mil no ensino superior. Po-der-se-ia acrescentar ainda outras catego-rias: empregados domésticos e atividades dl-versas e temporárias, num total, aproximado

. de melo milhão de trabalhadores, registra*dos ou náo.

São, como se vi, dados aproximados,Desde já, porém, eles nos chamam à análl-se atenta de algumas peculiaridades nacio-nais:

o predomínio da população ativa docampo, o que revela o desenvolvimento ain-da limitado da economia nacional;

o caráter temporário da atividade dtconsideráveis setores do campo: em 1950, em1,5 milhão dt assalariados o semlassalarla»dos agrícolas do Nordeste, apenas 25% te-nham ocupação permanente ^1);,o enorme peso especifico dos- assalaria-doa, Uespossuidos de meios dt produção tostrabalhadores da Indústria, do comércio,dos transportes, dos bancos e empresas deseguros t serviço; a massa do funcionalismoe da Intelectualidade, etc.) no conjunto dapopulação ativa do paU: 93% na* cidades a33% no campo (cerca de 50%, Incluindo oiacmlaaaalarlados rurais);

a presença e a contribuição da popula-ção jovem: já em 1950, os jovens de 30 anosrepresentavam 1/4 do proletariado urbano e1/3 dos trabalhadores do campo;

o crescimento impetuoso do semipro-letarlado, em conseqüência da pulverizaçãoda pequena e da média propriedade ho cam-Po e da proletarização acelerada das classese camadas médias urbanas;

e, em particular, a parte crescente doproletariado no quadro da população traba-lhador» urbana e rural. Tomando-st o pro-cesso produtivo como um conjunto de ati-vldades necessárias à produção e à captaçãode maU-valla — e estendendo-se de créditoà indústria, ao transporte e ao comércio (1)¦— a classe operária constitui Já hoje, comos assalariados agrícolas, um amplo eontln-gente de 13 a 14 milhões de trabalhadores— cerca de metade de toda a população ati-va do Pais.. i

O que é mais uma revelação de seu ea-ráter de classe avançada, cujos efetivos eeujo grau de concentração crescem com oprogresso da economia e euja força a desen-volvimento se confundem eom o próprio dt-senvolvtmtnto social. '

(1) PPS *- n.» § (1980) e 9 (1981).Sinopse preliminar do Censo Agrícola —1980. IBQE.Anuário RttatUtleo do Brasil —1982.O Nordeste, a Sudene t o desenvolvi-mento (Fragmon Borges Portes).

QUEM SERÁ O GORILA DE 1963?Com esta pergunta a UNE acaba de lançar nova e In-

teressante promoção que certamente despertará o interes-se não apenas da,toda a juventude do PaU mas Inclusivede todas as .forças progressistas de nosso PaU.

Naturalmente ao terminar mais um ano todos os nos-sos colunistas sociais se lançam em campo para eleger as"10 mais elegantes", as "10 mais eertlnhas", a "mãe doano" e assim por diante. Ora, a UNE que sempre esteve àfrente das grandes causas sociais que abalam o Pais teriatambém que dar sua contribulçàozlnha nesse terreno ele-gendo aquele que por se ter destacado mais por auas po*lições de subserviência aos Imperialistas, por suas posiçõesantlpátria, antlpovo deve receber das forças conscientesda nação o titulo de GORILA DO ANO.

Sabemos qut a disputa nào será fácil. Os candidatossão pouco mais os que existem estão bem munidos de ex-celentes credenciais. Esperamos que os perdedores saberãose consolar com uma "menção honrosa".

A participação no concurso é bastante simples. Bastaenviar no decorrer do mês de destmbro para a sede da UNE,Praia do Flamengo 132 — Rio dt Janeiro — OB, o nomedo Oorila 83.

O resultado do concurso qu* está aberto para todo cl-dadão brasileiro e patriota será conhecido até fins de de-zembro, !

O cartas acima está sendo amplamente divulgado noameios estudantis e operários.

mr» Impressos estrangeiros.Ntiie caso de filme virgem,a estória é de morte, ima*8Ine

o leitor uma coisa bemIflcll de acontecer... poisbem, é pior ainda, Vamos

lá. Vimos lá ni cima que asfitas Uupre.ssus, de mocl-nhas, de horror, de crimes,de traiisvlidos e outras"maravilhas", entram nuPuU absolutamente livresde ônus para os senhoresImportadores. Entretanto, ofilme virgem, que é mate-rla-prima Indispensável, étaxado, além da coberturacumulai, em mais 7'.„ deImposto de Consumo; L>m>.depoU de panar tôdu.» astaxas alfandegárias, ilepósi-to no Banco do Brasil punicobertura cambial, etc. —Quer dlser: a situação exa-tamente Inversa do que se-ria conveniente para nós. ofilme virgem para todos osdireitos e obrigações dumercadoria comum, e porcima, ainda mais 7% deImposto dt Consumo nnhora do faturamento aoconsumidor ou Industrialpatrício. Isto merece umachamada especial para oprofessor Carvalho Pinto!Atenção professor, mandeexaminar esse assunto.CAMINHO ERRADO

t assim, leitor, a posiçãounânime doi cineastas bra-alleiros tem sido uma so:que o Oovêrno limite ao nu-mero necessário e razoávela entrada de filme no Pai».Se.n easa limitação, é lm-possível criar uma indústria

.cinematográfica nacional. £Imprescindível barrar êssedumplng exercido sóbre oBrasil, pelos grandes pro-dutores de cinema. Foiaqui que surgiu um órgãodenominado Orupo Executl-vo da Indústria Clnemato-gráfica OEICINE, encerre-Sado

cm nome do Oovêrnoe estudar e propor as solu-

ções para o assunto.Acha o OEICINE que não

se pode limitar simples-mente o número dt filmes,pois seria uma medida ar-bltrárla t sem apoio legali temos aqui n o s s a s dúvl-das)...; preferiu sugerir ai-terações na taxa de Impôs-to de Renda sobre as re--nessas dc lucros para o ex-terior, proveniente da dls-trlbulção de filmes no Pais.Desse modo, essa taxação«o Imposto de Rtnda foielevada de 25 para 40%;sendo que, desta última per-centagem, o Oovêrno blo-queia quarenta por cento,ou melhor, deposita noBanco do Brasil, a favor da-quela firma remetente de 'luoros, que usará êsse dl-nheiro, exclusivamente, naprodução de filmes no PaU.Trocando em miúdos, en-tendemos o seguinte: o.OEICINE propôs t foi acei-to qut o Oovêrno aumen-tasse o desconto de Impôs-to de Renda sóbre as re-•nessas de lucros para o ex-terior, entretanto, que con-tlnuasse dando uma colher-de-chà aos Importadores defilmes, Isto é, devolvendo40% do Imposto que (oi pa-?o,

para o sujeito produzirUmes no Brasil, t, leitor,também estamos descon-fiados de que êsse negócionão é bom para nós! Procu-raremos explicá-lo em nos-so próximo artigo, pois opresente, já paasou do tem-po permitido. Também pre-cisamos diaer mais algumacoisa sóbre as sugestões doOEICINE a.respeito da ai-tuação do filme-virgem, po-rém deixaremos para o ca-pitulo da Produção. — Opróximo artigo aerá sóbre adistribuição de filmes dns-matogràflcos no Brasil, toutra coisa, leitor I

nr romance

Um Dia na Vida de Ivã DenissovitchÁltxsndr Soljtnitiin

Tradução ds B. AlbuquerqueTalvez procure o tetlo par» comprar-lhe fumo, Porque, fie

hoje par» «maiiM-, porte terminar.Shukhov jantou sem pio: duas raçür* de sopa e o pão por

cima é exagero. O pio fica |>ara amanha. A barriga * umacoisa odiosa. Logo se esquece que comeu. E amanhl, outra ver• pedir.

.Shukhov acaboti.de comer a sopa tem prestar muita atençãonat pessoas que estavam à sua volta. N'So precisava :Mçò'nlia*'p'.''.'que lhe correspondia e não esperava nada-ile novo. Contudo, >

:percebeu que justamente à sua frente ocupou-o lugar que ficaralivre o YU-81, um velho alto, da equi|»e 64, PrecisamenteShuklwv ouvira contar na fila das encomendas que i 64 tocarair para. a obra nova cm lugar ila 104 e que passara odia inteiro *em ter onde se aquecer, estendendo os arames paraconstruir sua próprio zona de segurança.

Shukhov ouvira dizer sõhre aquele velho, que ile tinha ttiiitempo incalculável por campos e cárceres,' sem que o alcançassenenhuma anistia, e que enquanto cumpria uma pena aplicavam-lhe dez anos mais.

Shukhov podia observá-lo de perto. Entre todas as costascurvadas do campo,' a sua se distiiigjjia pela retidão. Sentadoá mesa, parecia que tinha colorado alguma coisa sobre e banco.Km sua cabeça limpa nada havia a raspar. A boa vida cucarre-yara.se. de deixá-lo calvo. Km vez de estar atento a tudoquanto acontecia no refeitório, o velho tiiiha o olhar perdido,

— 97 —

por cima de Shukhov, absorto em seus pensamentos. Comiapaiiiadameute i sopa cum un» colher de madeira rachada, tam-pouco baixava a cabeça «obre a escudcla, como todos os butrus,mas elevava a colher até a boca. Nâo tinha um único dente,nem em cima nem em baixo. O rosto macilcnto náo oferecia,contudo, a aparência débil do inválido, mas sim a da pedra negracinzeUda. E pelas mios grandes, gretadas enegrecidas podia ver*se que poucas folgas havia gozado durante esses anos, Maseslava claro que nlo queria dobrar-se: nao colocava seus trèzcíútos gramas de pão sóbre a mesa suja, cheia de respingos, comotodo mundo, mas em cima de um lra|>o limpo.

Entretanto, Shukhov nlo tinha tempo para ficar contem-plando-o. Quando acabou de comer,- relambeii a colher, enfioii.ana bota, colocou o gorro « abandonou a mesa,- levando as dua*raçAei de pio: a sua c a de César. Uo refeitório sala.se poroutra porta, onde •atavam de guarda dois homens qu* niotinham outra obrigação além de levantar o ferrolho, deixar saira gente * voltar a fechar.

I.á ia Shukhov, de estômago cheio, satisfeito e pensando que,sinda que, togo tocassem recolher, valia a pena aproximar-se daonde estava o letao. E, sem deixar o pAo em seu barracão,apertou o passo; rumo á sétima.

A Lua, muito alta, branca e límpida, parecia incrustada no ,céu, todo èle clareado, K as estréias que apareciam aqui e ali,eram as mais hrílliaiies, Mas liara que Shukhov menos tinhatempo era olhar o céu. Só sábia unia coisa: que o frio apertava.'Alguém ouvira diaer que o rádio -anunciava trinta graus paraa noite e até quarenta de manhã.

Os barulhos estendiam-se a uma grande distância: no po*voado rugia um trator • lá na estrada relinihava uma escava-deira. K cada par de botas de feltro dot que andavam ou corriampelo campo fazia ranger a neve.

O vento nlo soprava.Compraria tabaco, como ji comprara outras veies, a nm

rublo o copo, embora lá fora custasss três ruhlot ou mesmo mais,conforme a qualidade. Mas no campo de trabalho regiam unapreços próprios, que nlo tinham nada de comum com ot outros:como lhes era- proibido ter dinheiro, tinha muito nuit valoro que conseguiam esconder. Naquele campo nin pagavam nemum cjipeque pelo trabalho. (F.m Utt.Ijnia, iielu menos, Shukhovrecebia trinta rubloi por mè.O. K se alguém recebia uma re-mesta da íenillia, tampouco a entregavam em dinheiro. Ia parar

numa conta da qual podia retirar todos os meses certa quanti.dade para comprar, no quiosque, sabonete, Imlaclias raiíçosat ecigarros "Prima",. Agradassem ou não aqueles artigos, tinhaa obrigação de gastar a quantia que solicitara, É, se uno gas-tava, de qualquer forma perdia o dinheiro porque já o linhadescontado.

Uo-"lo a Shukhov não conseguia dinheiro a n5o s,-r comot biscates que procurava: ia/.er chinelo» de trapo* jmra alguém?Dois rublos. Remendar um paletó? O que quisessem.'

O sétimo barracão, ao contrário do. nom,, não era feitode duai grande» naves. O sétimo tinha um corredor compridocom as portai dc de» quartos, em cada uiit dut .quais vivia umaequluei Nus quartos havia tete twres.de belicliet duplo*. Havia,além disso, uma cabitie para o uriuol, uma cahine paia o chefedu barracão c outra onde viviam ot pintores.

Shukhov entrou no quarto onde morava o letão, listavadeitado no beliche de baixu, com os pét para cima, apoiados notuporte dn outro beliche, é conversava tnf letao com seu vizinho.

Depois de senta-se a seu lado, Shukhov cumprimentou-o.Olá! Olá!. Mas o outro, sem baixar ot pés. Km um quartotio pequeno tortos logo vêem unem chega e porque vem, Osdois percebiam is»o claramente e por este motivo, Shukhov con-tinuou falamlu de umat coitas e outras: como vai a vida, vamoslevando, hoje faz frio, que sim,..

Quando uhIos voltaram ài tuas conversas (estavam discutiu-do sóbre a guerra da Coréia e te seria deflagrada ou não umaguerra mundial com a intervenção dot chineiet) Shukhov incli-nou.se para o letío c perguntou;Tens fumo?

¦ —- Simi.~ Mostra.O letío baixou os pés, colucouot no chio t te endireitou.

Que tipo mait mesquinho é étte letiol Sempre que enchia umavazilha de fumo, tremia para que a mio nlo exagerasse.

Mostrou g tahaqueira a Shukhov, ahrlndo-a.Ao colocar um pomo na palma da mio, Shukhov viu queera o mesmo ila outra vez. Tela cór e pelo picado. Aprnxinmu.o

do nariz e cheirou a Kr» o mesmo. Contudo, disse ao k-lão:Nio parece igual.Igual! Igual! — o letão enfadou*;<e. — Nunca lenho de

entro tipo. Sempre é do mesmo.

Briga tfMtra fc PDCRalAo brigando oa deputados estadual* Rvrrardo Ma*

galháts Castro e Álvaro Vale, ambos do PDC da Ovana-bara, A briga st desenvolve através de discursos proferidosna Assembléia t artigos ou cartas que saem nos Jornai*.Como nenhum dos litigantes possui a "bossa" do Idtr Jo-fre, a briga fica mesmo no terreno daa palavraa t pala*vrinhas i podendo, eventualmente, passar aos palavrões •*De certo mudo, todoa nos alegramos com o fato do qut abriga ktja apenas verbal, o que talvta resulta da condiçãode mero* deputados estaduais dos contendores. Be fossemsemutores. provavelmente o negócio seria resolvido à bala,em um duelo do qual sairia ferido um colega qut nlo Unhanada com o peixe. Prliuitente sao deputados.

Mineada di EvirardtA um observador superfl*

ci.il. poderia parecer que aKltuuçAo atual da briga en*tre oa dois deputados doPDC du Guanabara é a deum bi-lo empate. Álvaro Va-le dis.se que o Everardo éum di-biloide e murcou umtento: Everardo disse que oÁlvaro Vale 6 um carrelris-ta e igualou o marcador.Perfeito equilíbrio, portanto.Mas a coisa não esta pitei-sa.iu-nie nesse pé: um acou-

teclmento de decisiva lm-portàncla jà comprometeuseriamente o Evtrardo. Comaqueles olhos que parecemter levado "rimei" o aquilaalábios qut parecem tor tidoretocados com batom, oEverardo teve a audácia dodeslarar aos jornalistas que,além do mais, descendia dugloriosa familia dos MacedoSoares. E com esta confia-sáo. perdeu a parada, naitem nem ovo.

Um Querrtlre dai ArábiasE por falar em "ovo", vocês sabem quem está frito? OGuerreiro. Para ser mais explícito: o professor GuerreiroRamos, autor de um livro intitulado A Keducla Soelelé-

fica, no qual teve o trabalho de organizar e publicar aaldelas formuladas pelo seu colega Vieira Pinto em dettrml-nada fase da evolução intelectual deste último. Vieira Pln-to formulava as Idéias, utiilzava-as, ultrapassava-as t Jo-gava-as fora; Guerreiro Ramo- ia recolhendo, organizandoe publicando, de tal maneira que acabou famoso. Agora,que nao tem mais quem lhe forneça Idéias, passou a fa»brlca-liig por sua própria conta. E está pagando veiamaacolossais. 1Picaratada am Lukici

O elemento de Ouerrelro,apesar do nome bélico, naoé a briga. Por predisposição,temperamento e vocação,Ouerrelro evita a pugna eInclina-se pelo entendimen-mento, pelo acordo, pelatransação. iSe núo corres-se o risco de ser mal In-terpretado eu diria: Incli-nase pelo comércio). Mas,em caso de ser obrigado alutar, Guerreiro preferirásempre a arma escolhida pe-los deputados acima referi-dos: a palavra. A palavra,

A nova aiquarda

rMalias, ainda não é o seu Ins-trumento preferido. A annaque o sociólogo maneia eommaior desembaraço o rato-mo a picareta. E no seu rt-cente livro sóbre a revolu*cito brasileira, hi um capl-tulo em que a perícia dtOuerrelro no manejo da pt-careta se evidencia com ad-mlràvel nltldes: é o capltu-lo dedicado ao pensadofhúngaro Georga LukieaGuerreiro vibra em Lukáaiuma pujante plearetada.

1

Im.

Além de repetir uma bobagem de Kostas Axelos fode que Thomas Mann retratou Lukàca sob os traços doLeo Naphta na Montanha Mágica) —- bobagem qut foi em»mentida por Thomas Mann e pelo próprio Lukáca — Ooor*relro acaba por declarar peremptória e dogmaticamenteque o livro A Deatralçae da Rasaa de Lukáes é obra do "umvelho gagá". Quando foi que Ouerrelro já escreveu um 11-vro que se ombreasse com o mais deficiente dos eapltukfeporventura encontrávei- na Destrulcia At RaaftoT Guam 4que lhe reconhece autoridade para falar assim do ura U-vro que provavelmente n&o leu e qúe, ao tivesse lido, aisteria podido entender? Guerreiro perdeu a noeao daa eoâ-sas. Enbrlagou-se com a sua idéia de uma esquerda MT,osi comunistas, isto t, com a aua Idéia da criar um iam-nhao assexuado. "

0 aatMiiarrafroDizem que Guerreiro Ra-

mos levou anos para com-por o seu recente livro, es-tudando a revolução brasl-lelra e formulando as basespara a tal "nova esquerda"ou "esquerda sem os comu-nistas", o que significa queGuerreiro trabalha mal edevagar. Neste caso, pode-se dizer que Nelson WerneckSodré é o anti-Guerre.roRamos, pois trabalha bem edepressa, como prova o seu.recente Uvrlnho IntituladoQuem Matou Kennedy? Em

It''/'; l

menos d» dose dias, logo aaseguida à morte da Xtn*nedy, Nelson Wtmtek m>dre — ajudado .por uma bri-lhante equipe de jovens pro*fessóres — escreveu, reviuimprimiu e coloeou ao al*cance do público uma aná*lise que revela aquilo qutnem os trogloditas da Dal*las nem os "técnicos" dlFBI conseguiram poretbaristo é: que quem mato»Kennedy foi.... ,

Leiam o livro para aabtimeus amigos.

Im

.-•*¦¦*

-'¦•¦•¦

¦

m aáiéra l/lliEm troca do número 1de 1969, ntctooário ao»» arquivo, PPS lhooferece uma colociocompleta daa edicoeg«l»az o Socialismo».

-. Besü - deMH,cl.,H,.se Shuklwv. - Pôe-me aqai um copocheio, paru provar, «ji verei s« levarei dois.¦jJisiêra "cno cheio" poniue o letao tinha o cotUiine deciiçlie-lo sem comprmur.U letão tirou de baixo do traves-si-iru outra taliaiuieira. maitvolunma, e um cuiw da mesinha. Embora ò copo fosse d«ptiituco, Sliukhoy medira-o, para certiitçar.te dc une nele cabiaa mesma mmutiilade que not de vidro comuns.Pót-í a viii-lií-.lo.

-Vauiof, hoiueiii, apert»! — Shukiiov aliou a aciu . «a-lavra paru uiaiòr (janiutlii,Ku sei u mie devo fazer! — protestou aborrecido o letío,BMtiamio; o copo c coiitprl.njiiido o fumo, nm nao tanto quantocomor_.Slmkl.uy. h goiitiiiuuü cnclicndu.,1,hlii|uant'ci isso, Slínkhov

'dc'sai)otoara o paletó c, tateando,procurava eiltrc 6 tecido d(| forro um papel-que só èle vra«!(!-.!! de ciK-uim-ar. l>ep„|.s, cni|,iirnin,|,,.„ pouco a |Hjiico entreo lou,,, com as dua* tintos -jevou ir para um buraco pequenino,aiierto cm lugar coiuplrtaiiienic ,.liin«-i,te « fechado com dniti-HUdos pontas, (Juanilo o cnsomiiu ali peilo, ai-ruiicou d iiocoiu as unhas, doliiou mais uma vez o papel ao comprido ft-nt.,,!'ru ia Çstivtfsse dobrado ao coniprido) t- o extraiu pelo rasgâo,f-iain ,|i,is ruiilos, muito velhos, que nfioniais csialavam ao lato.

Allliiém sritava n,., quan,,:. ¦ ^uu, que vos dará uuiila att-n^lo .u li-, bigodialol t.st

liau se fia nem uo pai! Quanto mais t-iq vocês, seus 'malucos.

• c algo l,oiii tciu ¦ cstt campo ile irabalho è que. >e prklédizer o que liem se éntcínlc, l-ju . Ust-ljm», se alguém dizia qtji •cMavain faltando vvlas nas alilei.u ganhava outros «tez mu.'».-Mas aqui pode-se <li»er ,, que der na vencia. Néiii mi-sino otalcaiiiietcs. vào espalhar a história, pois uiiiguéiii mais Jhes dà.caso.

Só qia- aqui nilo há tempo para se conversar multo..,liem íroiix,, o deixa»!? — lamentou ShuMlUV.Toiiia, anda, toma! replicou o outeu, acroceutando

mais un* iiap,,>.Sliuklmv lirmi »un taliaqueirn ,1c um lh,l>in|io interno e nela

colocnu o fumo,A flua I, riulie unir,,, vamos — decidiu êle. porque não

queri» filmar i» pre.-»as aqui-lc primeiro cigarro tão ansiado.

— 88 — 99 — 100 —(Continua)

Rio do Janeiro, 20 a 26 de dezembro de 1963 IbI*

<r'. 1. \

Page 6: æ Crise: K WrOOODWWÍCÍO Novo Governo, Baseado Nas Forças ... · 2015-02-26 · realiza-se hoje, ás 29 horas, no Sindicato doa Metalúrgicos da Guanabara, grande ato po-Mico de

wmw"'</:.

if-f,

V Saliueiro Sem Ama, Esfito e MatizaçãUiir Para Resolverr Vai se

Oa* probiemu que encon-tuiito,« numa das favelastu.iucas sào, em geral, co-murai a todas elas; náo há,praticamente, condições demglenr; a água náo e ca-naiisada e o-, "esgotos" sáoregos naturais cavados pe-,a chuva: a iluminação éprecária e a assistência me-dica e social, quase nenhu-ma. Os barracos náo ofere-7riu segurança alguma; emcertos casos, enormes pe-dias ameaçam rolar morroabaixo. Nessas condições vi-ver cada dia e um risco, umvi'i dadeiro ato de heroísmo.

Mais lamentável ainda évpi- a total Incompreensãocom que costumam consi-dei ar os favelados. E isto,as vezes, com a ajuda daimprensa estrangeira, comofof o caso do New York Ti-me.s, divulgando que os mo-radores do Salgueiro se dl-vidcm cm malandros e prós-uiutas sem exceção.

Mas.é indo vê-los de per-to que aprendemos a com-preendé-ios e admirá-los,que chegamos a respeitar onu empenho na luta con-tra o ambiente adverso emque vivem. E, afinal, o quee preciso é chamá-los a seorganizarem para o traba-lho em sua própria defesa.

A Vida Difícilno Salguoiro

A reportagem de NOVOSRUMOS ouviu vários mora-dores do morro do Salguei-ro, antigos e recentes. Eera sempre a mesma friserepetida: "A vida aqui éduríssima". Os casos de ti-fo se sucedem com regula-ridade, devido à falta deesgotos; oa favelados nãodispõem de recursos para acompra de medicamentos, ereclamam .que o Posto Mt-dico da organização Leão

. XIII nada fornece; a esco-Ia situada perto do morronão comporta tôdas as cri-ancas da favela, muitas dasquais já nào têm esperan-ça de aer alfabetizadas; aassistência social que oca-aionalmente visita o morronio consegue provar aosmoradorea » eficácia de suaajuda. Oa favelados recla-mam também da ilumina-cio, que * toda feita porparticulares, e denunciamqae a Light, em lugar deajudá-los neste ponto, apro-prioa-ee de am enormetorreão ao alto do morro,oom o objetivo di construirali ama rede de alta ten-sào. estendida até ao Jar-dim Botànieo.

A água, é preciso que esmoradorea do Salgueiro acarregue tm grandes latas,porque nio existe canaliza-elo, tarefa árdua ainda

ParaíbaFestejou7 de Novembro

A Paraíba comemorou comvárias solenldades — culmi-nantes. em uma- festa deconfraternização de opera-rios, estudantes e campo-neses — o 7 de Novembro,data de aniversário da Re-voluçio Soclaliot* de Outu-bro.

Uma conferência de Da-vid Capistrano, eõbre a to-mada do poder na Rússiapelos sovletes, seguida dedebates com o auditório pre-sente, foi realizada na sededa Associação Paraibanade Imprensa, eomo partedo programa comemorativodo aniversário da revoluçãosoviética.• No domingo, 9 de no vem-bro, uma caravana de ope-rários, estudantes e inte-lectuais viajou até Sapé,onde confraternizaram comos camponeses. Depois, ain-da em Sapé, foi feito umcomício. I ¦¦¦:¦':¦

0 ASSASSINATO DEKENNEDY E ASCONTRADIÇÕES DAALIANÇA PARA0 PROGRESSO

O brutal assassinato deKennedy empresta particu-lar atualidade a todos os es-tudos da política externados Estados Unidos. Depoisdo odioso crime de Dallas éde grande interesse a leitu-ra do artigo de HermánBarrera sóbre as contradi-çóes da Aliança para o Pro-gresso. Este artigo compõe oN.° 10-da revista PROBLE-MAS DA PAZ E DO SÓCIA-LISMO.

No mesmo número, copio-sa matéria sôbre as diver-génclas entre os eomunls-tas chineses e os demaispartidos comunistas do Ocl-dente e do Oriente; um ar-tigo de A. Torres sóbre aatividade dos comunistasportugueses e um trabalhode O. Neumann sóbre o re-vanchismo nas escolas daAlemanha Ocidental.

Excelente a edição do nú-mero 10 (outubro) de PPS.

/mais por falta dt uma ti-cada que di acesso tomorro.

Um antigo morador domorro (desde IMS) decla-rou: "Quando aqui cheguei,já existiam esses mesmosproblemas. As melhorias fo-ram quase nada, cm rela-çáo a todo êsse tempo de-corrido". l

Ntcttsidodt dtOiyonisoffio

Tôdas essaa dificuldadespoderiam ser resolvidas emgrande parte caso oa fave-lados do Salgueiro unissemseua esforços num trabalhocomum, caso organizassem,com o objetivo de soluclo-nar os problemas que sáode todos, a iniciativa, a dis-posição individual que ca-da um demonstra ter paramelhorar as condições de•ua própria vida na favela.

De fato, aos domingos,muitos moradores traba-lham com eficiência naconstrução de barracos eno conserto de instalações.Alguns jà substituem aa tá-buas; de madeira por tljo-los. tornando as casas me-nos frágeis.

Perto da casa do favela-do Flávlo existe uma pedraImensa. Está sendo removi-da e os favelados de "mar-reta em punho transfor-mam o granito em casca-lho para concreto.

Sebastião Olímpio, conhe-cldo como "Blquinho", hàdex anos comprou um terre-no e até hoje trabalha naconstrução e melhorias desua casa. Conta "Biquinho",que possui um botequim,que há pouco tempo o Es-tado começou a exigir umalvará, colocando-o na con-díçào de .comerciante. Estealvará exige 1/25 da vendaanual, pagos em duas par-celas semestrais. Sào cobra-das também impostos de5% sóbre a venda. Esta me-dida dificulta mais ainda ofornecimento de betfidas euns poucos gêneros alimen-ticlos, necessitando os fa-velados descer o morro pa-ra obtê-los.

Quincas, profissional es-peciallzado, trabalha no Cl-ne Santa Alice hà váriosanos. Dedica seus domingosà restauração de latas pa-ra o carregamento de água.Seu barraco no alto do

morro está em situaçãoprecária. Questionado, de-clarou: "Anteriormente, mo-rava em outro barraco epagava aluguel. Sei que vá-rios moradores tambémpagam aluguel, apesar deexistir uma1 lei que Isentan favelado de tal pagamen-to. O que nos falta é umaorganização para controle".

A necessidade de uma or-ganlzaçáo que se volte es-senelalmente para a reso-lução dos numerosos pro-blemas dos favelados, ésentida por quase todos.Apesar da participação dofundo financeiro da Escolade Samba no sentido deajudar em alguns.*, quês-toes. oi favelados entrevia

'. «í .. . .-« • K

do*•' I J

és

r,MaWilrSm

• firmar: "precisamos dtuma associação • ajuda,para consertar f«U «ida ea-da vez pior".OMof*«oraí ¦• oo SolgiMirs

Oi favelada dó morroBotei, dão um bom exemplodessa uniào: , já possuemU.E£ *tíSl. Prünlaaçto -. aUTT i União dos Trabalha-dores Favelados», • num es-forço exclusivo doa própriosmoradores, jà construíram-ruas, escadas,;caixa dágua,providenciaram assistênciamédica r jurídica. .

A UTT atua eomo uma

vala*'cimentada! que cons-traíram, fazem bem um•erviço dt estbtos, A fabri-caçlo ' de chiqueiros e o'controle d« UTT impedequt ta animais sejam cria-doe «oitos e contaminem aiáreas residenciais.

Tais realiiaçôes nio ieverificam no mono do Sal-guelro. onde as condlcfiM.devida sio piores, eomo jà teregistrou. '¦ ' •

Os moradores do Salguei-ro têm intenções de te or-ganliar, o qué seria umgrandt.puso nb («atldo.demostrar que, unidos, ae tor-nario -mais fortes • obte-rão vitoriai nas suas reivin-dicaçôes. A -união dos mu-radores do Salgueiro é ca-

tados foram unânimes em verdadeiro "prefeitura". As mlnlio para a urbanlaaçào

pmjmt mmmmmmmm ãmmmmmm^ vtism m^^^jb i^^.^

M\ 'm^^^ W tim\\ mr^^^^^m mm^^mM\ ^m^immm Ir -' WÈ PS E$¦¦¦¦' m aST^-W^tmwm miím BÜT-tÍ- -1 m^^K'"-' ''¦'¦AMMm |iMam

Mm ¦<"• ¦¦'.r.'M M¦ ¦ ... y^Ám M

«''''k^MC^-^id BméÉ. J '.W^fcB^ftfH MM&mmTG?fm

mma^mm. í mjsMmm»mmm

mmmmm~'1*'^y&l^ KàVp-y%M\ M¦ '- - - •'r^LM\ mBmmó^^mm mm\mm\ ^1Mm < '-mmmm ^Híy^^H ^Hl^H Mm¦ ' Am mm

\\m^^^ JS^S WZSznk M,.^. ¦ '^9M mw^'J' * ¦¦&mM Mm

^A%W "'*&ÊÊM 1''-,VV_ ,-.. ¦ . WW(. ,

™ ; -ÁGUANo dia de. folga, o trabalhador, quemora na favela procura resolver o pro-

blemt da água. Conserta ai latai fura-das de todoa oa moradorea do Salguei-ra

do popular morro, 4 mo-nhecer que devem inovei-tar a quantidade Ue mate-rial dt construção que pos-•usm na* sede de "Unidosdo Salgueiro", e iniciar obrade valas, escadas, caminhos,caixas d'água, etc.

Segundo declarações deCulça Larga, figura conhe-cida no mono, fazem partedai reWindlcaçõps dos fave-lados, quando Já devida-mente organizados: Recor-rer à Secretaria de Saúde;ao Depto. de Iluminação; adireção de Serviço de Re-cuperação dé Favelas, «osentido de se fuzerem ouvirem suas queixa.*; pressionarpara que se ¦ realize umareforma urbana, que cons-trulrá uma rua .ligando aPraça San- Pefta ao morrodo Sumaré t perto do Sal-guelro i, o que facilitarapara oa favelados a obten-Cio.de esgotos.

Escola do Samba:Extmplo dt União

Os moradores do morrotém uma noção multo cia-ra de que "a união faz aforça". A história do Sal-guelro. diz que, outrora, aliexistiam três Escolas deSamba: Azul e Branco, De-pois Eu Digo e Unidos doSalgueiro. Ai rivalidadesentre elas sempre as Impe-dlram de ter sucesso naconcorrência com Escolasmaiores, durante o Carna-vai. Foi o desejo de vitórianos desfiles que as unificou,e no Carnaval passado es-sa uniào deu seu fruto: oSalgueiro conquistou o tãoalmejado primeiro lugarentre as grandes Escolasde Samba.

Essa capacidade de orga-nlzaçào e de trabalho emconjunto — com os favela-dos do Salgueiro elevaram aarte e o prestigio de sua Es-cola de Samba — deve sertambém voltada para a so-lução dos problemas funda-mentais do morro. Porque amelhoria das condições emque vivem depende princi-palmente de sua própria, lu-ta organizada, e não dospolíticos que, em época deeleição, e só então, prestamalguns pequenos e superfi-ciais benefícios à vida domorro, em troca dos votosdaquela sente humilde, en-ganada aasim em sua boa-fé.

•• • V'.- -¦?£¦*»-¦•

'..; ",,y.'-. ' .', |,7*

Macaniie Trabalhadtresum Estaleiro Míderno eEnquanto a frota do Lói-

de navega pelos mares domundo, uma Ilha da balade Ouanabara está encar-regada de fazer og repa-ros em suas embarcações, enela, o estaleiro de Mocan-guè com cerca de 3.000 ope-rários. Construído nas pri-meiras décadas do séculopara reparar os navios deuma pequena e bisonhafrota mercantil, o Mocan-guê foi se tornando, como passar dos anos e o avan-ço da técnica naval, umconjunto . de maquinariasobsoletas que, se funcionamaté hoje, o fazem por obrae graça dos trabalhadores.

Relicário

Aa máquinas cinqüente-nárlas fazem com que oestaleiro de Mocanguê,aparelhado com dois diquese dispondo* de centenas demetros de cais se trans-forme a cada dia num cen-tro industrial ineficaz. Essasituação é tão velha quan-to o Lólde, pois desde quea. oficina de reparos foifundada, , pouquíssimas di-retorias levaram à frenteum plano de reaparelha-mento de suas instalações,limitando-se a mandar osnavios-avariados para esta-leiros europeus, entrando,assim, na distribuição defartas propinas. Felizmente,nesse aspecto, a situaçãotornou-se menos calamlto-sa, pois a administraçãoMonteiro Neto estabeleceuum sistema de prioridadepara os estaleiros nacionais,trazendo uma consideráveleconomia de divisas semresolver entretanto, o pro-blema do Mocanguê.

Ondt Não Funciona

A longa caminhada dostrabalhadores do Mocanguêcomeça às sete horas damanhã na Praça 15. ou naPonta da Areia, em Nite-rói, onde o» operários es-peram a chegada da lan-cha que vai levá-los ao tra-balho- Mas, por incrivelque pareça, existem doishorários de lanchas e umso turno de trabalho. Assim,o trabalhador que chega às730 ao estaleiro, só vai en-trar no serviço quando os

seus companheiros' que to-maram a lancha cerca deuma hora depois, tiveremtrocado de roupa, e issose as lanchas não atrasa-rem.

Uma vez prontos para otrabalho, vão entrar nas 28oficinas que abarcam des-de o estofamento de mó-veis até os reparos nas cal-deiras e limpeza das tubu-lações, totalizando cerca deduas centenas de máquinas,em sua maioria obsoletas.A seção de pintura, porexemplo, funcionaria nor-malmente, se náo fossemsuas duas deficiências: fai-ta de tinta e de pistolas,que levam os operários adesdobrarem-se em mlstu-ras dé restos de tinta e afabricarem pistolas combombas de Inseticida. A se-ção dé eletricidade, lògi*camente a mais importan-te da ilha, está em casoIdêntico à de pintura: fai-tam os fios.

Convém lembrar também,o que sucede com o proble-ma da energia para a ilhaalimentada por um cabosubmarino é por alguns ge-radores que entram em

funcionamento diante dequalquer imprevisto. Entre-tanto, o que sucede é queos acidentes com o cabosubmarino são. freqüentes.Na época de maré baixa, oscascos dos navios rasgam aproteção do cabo, o que le-va a que o contato dos me-tais com a água provoquecurtos-circultps que Inter-rompem o fornecimento deenergia ao estaleiro. Se porum acaso o. choque entre ocasco do navio e o cabo fôrmuito violento fazendo com.que o núcleo condutor docabo venha a atritar eomo casco da embarcação, es- <ta . receberá uma carga demilhares de volts. Por ou-tro lado. quando o forneci-mjento de energia é inter-'rompido,, devem-se: desligartodos os transformadoresda usina, sob pena de queessa venha a saltar- pelos jares. Entretanto, até hojenão foram1 colocadas- aschaves que desligarão ostransformadores automàtt-camente. e os trabalhadoressão obrigados * fazê-lo ascarreiras, colocando,em Jò-

. go fiMàa vida». . .*A: cada oficina que se VI-

i Lutam ParEficieaie•ita prosseguem Os reclamosdos operários. Na seção deferreiro, a carvoaria foiadaptada e hoje serve co-mo banheiro e vestiário; aoficina de carpintaria estáequipada com prensas e

. serras fabricadas em 1902,em sua maioria paradas oufuncionando com um terçoda produtividade normal,fazendo com que a mão-de-obra se torne três vezesmais cara. ,

Ondt Funciona

Mas. apesar de' tôdas es-sas deficiências, o costadodo Mocanguê está perma-nentemente ocupado en-quanto outros navios vespe-ram ao largo. Isso é a de-monstraçào cabal de que oestaleiro do' Lólde funciona.Com absurdos e lusufici-énciàs, mas funciona ati-vando, os. navios de nossafrota estatal.'tsse. íehômè-no, que brevemente terá deser considerado milagre, éobra dos trabalhadores que,incansáveis; .' reclamam / eprotestam enquàfito' õpe-tam. na cert»zá de qtie,como está' escrito à porta

ftfll B ft 'SSMhI ^m^P4I BkJD^K'** ;,,ffl Eíi*iRhh me ^^v ¦¦ LBIa KJT^IIvV HIJt4

Mmwm^?)mMmm ^ÊÊsmf^^mÊ ^L^^^fe Hp^P^^H^B^^tea^i IK KiJB LF j^fl

Mt Mk-\'^Ê em'MlM •'. mmf ¦''¦ aÊ'^^^ H,' ¦¦•¦'¦ '^mmmw- <:tí'i'&$Lw&ffiiÍaWkMmmmmmmmWMmt.^Mt^Mpfv^vmSl^Mmi ^^K"' '•' '^^W^ ' 'i' mb^) ^i^immTiy^mi 'mrMM ^mm^-'^' • ^ ¦:^^mmmmms^2.ímmM^mmmm^M^M

'^tMmOí- ^^Mmmlmmj'.':' t•<M*mm H< "> '?--M.'*- HhIi. 'íiêrmÊmm ¦ * - ''°'': • ^^Hmy:-'"Hu•mzMtm\ÈmmmwJ'$i' «'í^'*1' 'ví'SíÍÉl BwsS

.|rifl|Mfl|i^,..^dp^:::":'--i *-...'fc' ..% -mvÍJhI |iH ii^Pt^lí%yV;^^^'

A "PRAÇA"mações do Conselho Sindica-1. Ê uma espécie

do estaleiro, "servir ao Lôl-de é servir ao Brasil".

Os três mil operários dosestaleiros de recuperaçãodispõem de uma forte or-ganização sindical, quealém de curar e resolvertodos os problemas entre adireção da empresa e ostrabalhadores, apresenta aopinião dos operários paraa solução dos problemastécnicos da ilha. Opiniãoque às vezes não é ouvida,e um dos casos slgnlftcati-vos foi o da compra de má-quinas para solda ocasiãoem que os operários da usi-na fizeram ver à direçãoque a rede elétrica do esta-leiro nào suportaria os gas-tos das máquinas adquiri-das. O conselho não foi ou-vido, e, atualmente, quan-do as.máquinas entram emfuncionamento, o forneci-mento de energia entra emcolapso, Os trabalhadoresnão se cansam de lembrar,também, a direção, da ne-cessidade de serem refor-mados os vestiários e osbanheiros sem que venhama ser tomadas providênciaseftelvas nesse sentido.

ComponhaCoordenados pelo Sindica-

to dos Operários Navais epelo Conselho Sindical doMocanguê, os trabalhadoresdo estaleiro estão empenha-dos agora na luta peloagrupamento em quatrocategorias, ao invés dasonze existentes, ao mesmotempo que reivindicam — eestão sendo atendidos — opagamento da taxa de in-salubridade que está atra-sada desde 1959.

Mas à luta dos operáriosnão está limitada á melho-ria de suas condições devida. Quando se empenhampelo término das obras dorestaurante, que deveria tersido inaugurado em dezem-bro do ano passado, cadaum dog operários navais doMocanguê e de sua vizinha,a ilha da Conceição, estáempenhado na campanhapor um estaleiro mais bemaparelhado, com uma maiorprodutividade, para que as-sim trabalhando durantequase toda sua vida possamfazer do Lólde uma moder-na e bem equipada empré-sa para alegria dá Nação e

nr: Reunidos na "praça", os operários do de..ritual, diário, uma. mosi.ra. da «levada tristeza daqueles oue r>ro-estaleiro Mocanguê p?rmanec?m durante organização atingida pêlos --três^ mil traba- curam «»Wo- ! i^,-,^-todo o horário de almoço ouvindo as infor- lhadores que reparam a frota do Lóide. estatal.

Deide a sua cefa na penitenciária s em m atm ntoamio.J. A. Bo-get dlviia a fivela do Morro de Sio Csrk». •mottèrt, humano, vegetam na ma» sóriHda pipaiicuidads". ..."Dianie ile um quadro «mo éite, dc SUprcM mWKa «•cniitinus éle —,' é impouivel nio viver e nio sofrer o' dramadaqurlti que sil habitam, Embora' o dia amanheça a prometer.altariai, ai petua* do morro eiboçam tm ku* ibenom getinsa iri»iria peculisr il.it que donhirsm com fome e acordaram ia. iminlot; »ileiiciu«ot, ilrxnn eom farrapos tóbre kw corpos, tub-nuiritlo.. cabeça baixa como w íótKin crimino»oi peraate ueiJúri. NiiiRuém ri, niurfiiím cumprimenu ninguém c nem alça oiolho* an ml que ilumina aquela mliéiia — miiéria ane elo édele*, mat que lio obrisadot a vivê-la, miiéria que é tièue Bia«sil, riquittiiiHi, mai que »» truitci exploram com a voracidade «feíerai liuaciávci*. Oi menino», nuhrapilhui e raquítica», diifir-çam a inWria com a alegria ingéntu de uma 'pelada" «om_hn*Ia» <le |wnu, na vi esperam;» de galgarem a fama de um "?til"elé", in»-. m- nio o cunteguirein. reita-lhei ainda a triite gló-'ria de um "Mineirinho", e o.término de luai çarreirsi terá eiiacela.de. onde, hoje, oi contemplo.

Oi adulto» ti-m um. roteiro nio menoi; trigkti^ **Mbricaionde. ganhario «aláriói de fome, cato nio queiram wgnir a trilhado crinie ou da proitituiçin". ' ,.'

Cai a noite. O favelado com »ua' fome retorna <k> trabalhomal iiago nu, pior ainda,, da procura infrutífera'de trabalho,--Masa noite "lhe estimula o eipirito boêmio e, entlo, éle esquece afome: rríuic o» coii)|ianhciroi e coineçi a faier lamba. .',Cáit^;mr» tristezas e alegria» até alta madrugada, enriquecendo aniih 'a nn>»a múiica popular. Ue »ua miséria surgem obrai que'ren*• «lem milhôe» soi " magnaUs" da múiica: o» dono» dai gfava* (dqra». Música» como cila, que expressa com pUreaá o drimaem que vivem: "Se o doutor subisse a favela/ia ver cóiial «je;cortar o çoraíjió :/barracos calndo/criançai chOrandoApedindrt',«|r.pedaço de pio", A policromia da» luies que iluminam a cidade,!cá embaixo, ie assemellia à fantasia por éle* viita na» eomédiaiamericanai, na» pouca» veiei que podem freqüentar o "poira .Aquela» fantiitirai t excitantes eomédiai.roubam-lhei o.ultioloníquel e aneitesiam*lhei a conicicncia, atirandò-o» fora '^a mi-,lerável realidade de sua (avela. Muito» chegam a esquecer qüevivem numa vitrina de miiéria: — A Favela", _.,

REMESSA DE LUCROS: --.y'V;V,-.;-.<r

Interessa ao trabalhador a limitaçin da reméisa de .lúirfit'pára o exterior? Este o titulo das considerações do ir.' J. C,-fdelas destacamos o seguinte: ...

'_•¦; '"'¦"Muitos respondem que isso é política (o interesse do tfà..

balhador pela limitação da remessa de lucros), e que, portanto,o» Sindicatos nio devem envolver-se em política. Logicamenteéle.» concluem que os Sindicatoi devem cuidar apenas d«s quês-,toes* especitica» ao» trabalhadores e operários. Porém,, ot qut..assim afirmam, induzem os Sindicatos a realizar a pior politká'Porque política nefasta é se desinteressarem dos. problemas po--;liticos nacionais1'. '" • ¦ t". "_'V>f-

Após chamar a atenção para- a calamitosa situação de inç.tabilidadc salarial em que hoje vivem os trabalhadores'" brasilei-,ros, devido ao áuiüciíto desenfreado do custo de vida, o ir. J. C _afirma que os Sindicatos "devem volver suas vistas para'as cau-sas desse"estado de coisas". E e«.<a causa *e.á mis trustes im-perialistas, que carreiam para fora os lucros excessivos qué. aquinos extorquem. Não é possível que os lucros de quase tudo.- que-é fundamental e rendoso sejam remetidos para fora da Nação.Se aqui ficassem, seriam aplicados em nutras iniciativas, resul.,tando numa maior aplicação dc mão-de-obra, num maior progres-so c num.nivel de vida mais seguro, dentro de um padrão' e*.tável. Ê de se ver o montante que é remetido para fora em 1» .cros. juros, serviços técnicos e royaliits". -• :

O sr. J. C. lembra a deterioração dos preços existente» emnossas relações de exportação: "Os EUA pagavam, em 1957,82 dólares por uma saca de café. Hoje, pagam quarenta e-poucoi"-'dólares'por essa mesma saea. Assim acontece também com ou--tros produtos nossos. Como vamos agüentar? É possível conti*nuar assim? Só podem achar que *im os Lacerda», os Ademares,os "Movimentos Sindicais Democráticos", etc. Isto é, gente que ¦recebe, direta ou indiretamente, as propinas, as gorjetas. Eis -por* •que assa gente vive alardeando que os Sindicato» nio. devem .en-volver-se em política. Mas os Sindicato» devem envolver.ie aapolítica nacional, em defesa dos interesses da Nação e no, seupróprio". .

' . 'r' .' '

E finaliza dizendo que, para desenvolverem essa partícipe-'ção na política nacional, os Sindicato* "devem educar a» tUM-massas através de 'folhetos,

conferências, etc, para. t&fPper?.*uma pressão dinâmica e positiva sóbre os Governos, Çèngrtsioie Patronato!*. '.' . - -". .'.<¦:''¦>

LACERDISMO CONTRA COSME E DAMttO"Venho por. intermédio desta formular' veemente1 sípélo -A ¦'¦¦<

sentido de que seja publicada nesse valioso s-manário á» mai)tristes injustiças sofridas por aquele* bravos ^cosme.eiainiko* 'que inspecionam o trânsito do Palácio Guanabara, injustiça* et>tas impostas pelos oficiais lacerdistas que òra os comandam. .Tedos os policiais optaram pelo serviço federal. Será éite o motive ;das injustiças?. . .. \\.

Eu sou um grande admirador desses bravos soldados, estoi .constantemente cutn eles c vejo com os meus olhos coisa» diarrepiar. Sào vigiados por detrás das árvores e tratados con) «maior desprezo. Assim que foi criado aquele .serviço,

'éle*'.. ra>balbavam somente durante o expediente do Palácio; depois qu»foi criada a I.ei 4.242, que lhes deu o direito de retornar paraa esfera da. União, ai tudo mudou. O capitão Paulo Monteiro,,que tem cara de bom mas, não é, aumentou o horário de -tra-balho para 24 horas. A coisa-piorou ainda'mais, porque, ós.comandantes que se revesam na guarda fazem o diabo com o»soldados. As vezes, estando o governador passeando li para Mato .Grosso, um tal tenente Pascoal, vulgo "Sapato Furado", coloca opobrezinho do guarda lá no sinal durante seis horas, consecutivas,sem necessidade.- -.' -,,-'.¦,

Tudo o que aqui está escrito é pura verdade. Aproveito esta. joportunidade para lázer um apelo: que o coronel Edson NJoWa.Freitas faça retomar, ao Batalhão aqueles pobres policiais,, por-,

que lá, tenho plena certeza, eles serão bem considerados e',opovo nas .ruas precisa deles". . .' „• ¦ '

(Üe um leitor da GB)

EXTRAVIO DE NOVOS RUMOS '¦<,.

io Machado da Luz, ferroviário de Santiafai da Mt-

O sr. Abilii(RGS), escreve para reclamar contra o não recebimentoção n.° 246 de NOVOS RUMOá, além de outras. ;taátM-íqúetém sido extraviadas. E pergunta aos responsáveis por .tt|Ís é5c*trayios: "Por

que nãn procedem assim com a imprensa-amarela,a imprensa lie aluguel que está a serviço do imperialismo'nòflt.americano c contra os inleiésses do povo brasileiro?"-.Em »e-guida, faz um veemente apelo aos fimcioiiários do» '-'Corrárf*para que não extraviem NOVOS RUMOS:."porque, ,cãip é*n-trário, çstarás agindo contra ti mesmo, estarás,jogando (pira-t«i

. porta-voz, o porta-voz do teu irmão".-. .- . ,Ainda em subsidio ao seu apelo, aos funcionários'dos"Cor.

feios, explica: " O jornal NOVOS RUMOS circula graça» ácolaboração dos trabalhadores, a tinta que sé usá pafa' -eiçl-evê-lo'é suor e sangue dos teus irmãos do batente.. Quando pegarei unipacote desse jornal com a intenção de jogá-lo fora,: pensa pri-¦neiro nas aflições <le tua própria família, pela falta de algumacoisa, às vezes até.pela falta de alimento, ou de remédio. ,E' seisto nau acontece contigo, pensa *htãn que certamente-está acuo*tecendo com teu semelhante". .' ¦. , - - . '; ,

''• ,

CORRESPONDÊNCIA ^A. E. G. — Por falta de espaço, deixamos ét publicar, sea

Iioema "Aurora de 1965". ', • ¦,,.;-•' ^" .,. .¦:,;-;MARQUES — Pelo mesmo motivo, lamentamos nio poder

publicar' os dois poemas que nos enviou, intitulados "De Pari*a Cuba" e "Natal com pão". » • . : .

'ANTÔNIO ARRAES BARBOSA (GB) — Recebemp* iUa

carta cm qué afirma sua concordância com o comentário saídoneste jornal a respeito dn discurso pronunciado por Joio-Goulartera Vitória, no més passado. ¦',-. •"...••..•.

EUSTAQU10 NASCIMENTO JÚNIOR (Brasília) s^.Veremos a possibilidade de atender.ao seu pedido a.propósito daposição do sr. Assis Chateaubriand: contrário à lei. de remessade lucros e a favor da técnica com que a Hanna explora o nOs-ípovo. ...'..'¦' ",' '•'•'

CR.ICJCMA — No dia 15 próximo passado, tomou-pos*e snova diretoria do Sindicato dos Traballiadores na Indústria <jExtração do Carvão dc Criciúma (Santa Catarina), eíeitapaj--o biênio 18-12-1963/1965 e assim constituída'.- Jorge João Feli-ciano (presidente), Raimundo Verdieri (secretário) e João JbWda'Costa (tesoureiro). A nova diretoria daquele órgão de classe,as nossas felicitações. . ¦ , .' •

Rio de Janeiro, 20 o 26 de dezembro de 1963

'/

-. B MuntfiL

Page 7: æ Crise: K WrOOODWWÍCÍO Novo Governo, Baseado Nas Forças ... · 2015-02-26 · realiza-se hoje, ás 29 horas, no Sindicato doa Metalúrgicos da Guanabara, grande ato po-Mico de

:l ¦ ' ¦- :'*OT','''T«i\?»**-(-':?f' <*v.**at»p'.'">>> MBM

••¦i

i'Vi-V '"***• "t*l'.•»'•«Hfí"»>

A-át- dl -jJM-ml-els-tU'•i™^»*»»*-•* *•". "•"•J"»'*»--» mmqmammãnt

Soberania delra_ftl<'Jt!

do Brasil e da América,.Víad?mndc;\^ SHm^^ S^^MS: duffS

|_ t, 6S-^^_^^a :<:

fabricação tterie-smerleana,quando para dlstrlMr ms»

por Cuba — e o Movi-mento BrasUelro dt Solide»ilsdade a Cuba dis casta»psrg funda-

a mmpsuhs qut ea-

quanta para alctribatr ms» dlofto da defesa da^totssjsvosákstía**. alados Cados"teria o Denertamento de nos.Estado. A ildéla de comple

pos ttntiat-atal e nam sc«- Basaalhe

sff*sTtaaasj^a*p . *T4ta»*»v^

Jà is d Mesa ...oamsMssmaumfão do povo•maamo e ce repódio áTn»

tar o bloqueio de Cuba contlnua a atrair e movimentar tltcree, nas

wmmi,-i «as os EsudosesMo atenelsndo

eom a conivência de__ . paises da-América,?enetutu principalmente,•rara a curto da revoluçãodeseitadeada par Ftdsi

tvinpo

m -Majagem-apêl© dl»rígida ao povo brasUelro, oMovimento Brasileiro de-Wldariedade a Cuba de-nunela a ameaça que teavoluma à soberania deCuba, e afirma: -i li emCuba qus sa encontra aprimeira trtoeheva, na pe»leia pela independência esobtranla de todos os Esta-das tmericanos, a batalhaque tá as trava também nospertence. Por isso Cuba nãoestá sò". A mensagem doMovimento é assinada pormultas deputados da Fren-te Parlamentar Nscionaus»

Leonel Brizola,Magalhães, Almlno

w, Nelva Moreira, luasda Oeste Santos, FranciscoJullfto e outros, por lidere»sindicais s estudantis e ele»mentes da intelectualldaae.A Êm\mmt\mmrmtÊ*mSmÊé-• snrtT*ã**^_^MpVfBI

'.* o seguinte o texto dameneegem-apélo do Movi-mento Brasileiro de Solida-riedade. a Cuba:"A ameaça à soberania tà Independência de Cuba,denunciada na Declaraçãoda Niterói aos Povos da.América, aprovada no Con-gresso Continental de Soll-daricdade a Cuba, continua.As msmfestaçoes da lm-prensa norte-americana, asdealaracóse de vários deatos políticos, o recrudesci-mente do reacionarismo ede orno dm inimigos da pas,deamaaaram a permanênciado periaa.de nova agressão

HrUóW Urre da Re-Caba. ¦

r Mela, da ex»a insólita' atltu-

Venesue-PMei Castro de

da

3apJm•fará'

rias mais ou menos sabor-diaadat ao Departaracntode Estado. B o qaa sa eo»nhece doe ttttcedentts daOrgarusacfto dot BotadosAmericanos, e das lafleén»cias que.o dominam, butapara criar a convicção dsque o Departamento de Es-tado procura transferir pa»ra a OEA a ftjgonjasjUlS»de du provcmifasa e daimedldss repressivas ou ainiciativa de uma interven-çào, que todos sabemos on»dt está sendo realmenteplanejada.A experiência doa suem-am dos últimos anos, oexemplo trágico da acate-mala em 19S4, criam aconvicção de que a OEA naopode ser incumbida da apli-cação de sanções políticasou econômicas. Nem é pos-sível assegurar, ns Organi»ação das Nações : >r. :d*a, acoexistência pacifica de to»dos os povoa e admitir, nu-ma organização regional,subordinada ao sistemamundial, a prática do etc»tarismo guerreiro, que leva»rá, lnelutãvelmente, o mun»do ao 'conflito têrmonu-clear. O organismo regionalnão pode ir além de umtrabalho auxiliar, para oreforço da causa da paz,nunca pára a prática deatos, que possam compro-metê-la. A exigência doquorum de dois terços doevotos é insuficiente, paragarantir a soberania doaEstados americanos, st con-siderarmos a influência efe-tlva doa B.UA, ou de seuDepartamento de Estado,no aliciar votos e compormaiorias facciosas.

Conclamamos por Isso,todos os brasileiros paraque defendam, em Havana,,a própria soberania do Bra-sil, o que vale .dizer a so-beranla de todos os Esta-dos americanos. E parachegar a asse resultado de-nunciemos a OEA eomo Ins-trumento do imperialismo eagência do Departamentode Kstado. Como inimiga daPas. Esta denúncia, a dt»núncia doa tratados quecriaram e consolidaram aOEA é um Isaperattvo da

O Encontro de Havana,nos primeiros dlss de Ja-nelro próximo, na capitalde Cuba, deverá constituir~ missão Continental dorledade a Cuba, o quaKer. deverá intensul»cara luta contra a OEA taasaiurar. de nwdo mais flr»vaJS dfW_f"Uaegu.»^, m «uni *»»¦'» »*»»d?autod>ternSaçao^d1nfto-intervençáo para todoa«a povos, Apoiemos o Bn-eoalro ds Havana, refor-«ando e moviatnto brasl»Ulrp dt solidariedade aCuba aindo-lhi* maior im-plltude e profundidade, or»ganizaçào mais perfeita eeficiente. Mostrcmofl o quevem sendo a OEA eomo

. Instrumento do Imperialls»mo e ameaça contra a so»beranla dc todos oa Esta-doe americanos. E sobretu»do façamos sentir o quevale, para oa povoa da Ame-rea, a luta que Fidel Cas-tro vem sustentando, t lá,em Cuba, que se encontraa primeira trincheira, napeleja pela Independência esoberania de todos os Es-tados americanos. A bata»lha que lá se trava tambémnos pertence. Por Isso Cabanão ata só; Abandoná-laseria abandonarmos a nósmesmos e a todos os países,que têm na autodetermina-ção e no principio de nfto»intervenção a garantia au»prema de sua Independeu-cia e de sua soberania.

Rio de Janeiro, 11 de dc-sembro de 19gS".

Assinaram o apelo até omomento, at seguintes per-sonalldades: ParlamentaresLeonel Brizola, Sérgio Ma-galhàes, Almmó* Affónao,Nelva Moreira, Msx da Cóe»ta Santos, Marco Antônio,Ferreira, Oarcla «ho, Tem-peranl Pereira. Adio Pt-relra Nunes, Henrique Oest,Clldenor de Freitas, Barbo-sa.umajtotatah». rtoalidM Bsptista,cesta (deputedm t*Ptulo AlbtrtõTldnaHércules Corrêa, João Mutena MeUo, Jamll Haddad(deputados estaduais daGuanabara), Afonso Celso,Nogueira Monteiro, BMa

«deputados esta.E do Moi. Cide Beehe Mendca

estaduais porSão Paulo. Senadores: AsrãoBtelnbruch e VasconcelosTorres. Organizações sindi»cais: Osvaldo Pacheco daSilva, OOT a Federaçáo Na-danai dos Estivadores;AMslo Palhaao, COT epresidente da OONTEC:Cte. Mello -testo», Fed. Nac.doe Aeronautas; Paulo deSantana Machado, Presi-dente dò Sind. Nàc. dos Ae-raaauta»; Hermes Calrts.srtatdente do Sindicato «oslodovlários da Ouanabara;Manas Maravilha, diretordo itttdlcftto rtáclonsi dosAeronautas; Antônio Percl-ra Neto, 8. N. C. M; ArlsteuFerreira de Melo, SindicatoNacional dos Marinheiros:Domingos Vtottl, presidenteda Federação dos Servido-rm Públicos de Minas Oe»mis: Valentia RJgamonU,presidente do áundkato omGráficos de lia Paulo; Odi-lo Borges, presidente daFederação dos Trabalhado-ru na Indtstria do Ves-tuário da OB e Hi; Ral»mundo Rela, CPOB da Ba»hia. e, Wilson Peixoto, se»crctario-gcral do Sindicatodm Bancários da Bahia.Outras oresnsmeoat: PauloSchlling, FMP, Miguel Lm.si Jr, Bêde Plrallnlnga;Prof. Álvaro Vieira Pinto,diretor do I8SB; José Ber»va. presidente da BWB; Du-srte Lago Pacheco, vice-8residente

da UNB; Msrlaasará dt Castro Oomes,

tesoureiro da UNS: Oen. Fe-llciaauno Cardoso, presiden-Wiitrc^Sote imndu!sidente daCla. ase.' pelaBefocma Agrária; cmte.

«Henrique Miranda, generalOUberto S. Alvim, presiden.te da Frente de LibertaçãoNscional da OB*. generalLula Oonsaga Leite, presi»dente da Sociedade Amigosdt Cuba; Carlos Taylor,Cs.

áa VHSP; Bavard Boi-ux, pres. do PSB (seçãoda OB), Luht da Silva, pre-sidente da ADISEB. Intclec-

tuals, estudantes, trabalha»dores, etc. Balo Silveira,editor: Almir Matos, cçcrl»tor; mss Oòmes, Teatrtlo»go; Jurema Finamour, escri»tora; Barbosa Mele, escri»tor; Raul Una e Silva, ad»vogado; Orlando Valverde,eeonomlsta; Beber Mara-

nhlo — Interventor da Leo»poidina; Olga Verjoveki --Arquitete; Padre Alipto deFreitas — Sacerdote — Pro»fe&sor Universitário; Hilde»brando Pelágio — Eng.°Arquiteto: Teclo Linse Silva — Estudante: ElsaSoares Ribeiro — Jornalis-te; - Zllda Xavier -li-der Feminina; — Magari-not Torres FUho ,— Advo-gado; Jádsr Resende — Bn» .Senheiro

Agrônomo; Arün-o Ribeiro — Eng. Civil;Moisés Rupormsn — Enge»nheiro Civil; Carlos Hasa dsMelo -. Oaneraii ftortanoSaiim Soum - í.t TenenteR,fi A1*!»1 '•»•¦• tUtSMSSOen. R/l; José Bine deO. Cunha — Estudante;Manoel Antônio Mendes —Operário; Manoel de FreitasOperário; Abgail Oonçal-ves — indusUiária; Bda Re-glna Nunea Silveira — Per»roviária; Franelaco dê As-sU Silveira - Coamrclário:José F. Réao — Jornalista;Francisco Rego — Funcio-nárloiPttueo; Moactr falix- Eiírít»* laaiuno PereiraMetelárgleo; SevsrtnoOerváelo - Mestre deObras; Orimaldl Dias Oon»çalm — Marítimo; Oracl»liano do Nascimento — Mo»torista; Buclldes Maurícioda Silva — Motorista.- Pau-lo Fernandes de Oliveira —Pintor: Munia Bandeira —Jornalista; Teotónlo JúniorProf. Universitário; Bpa-mtnondas Oomes dos Ban-toa -.Marechal do Ar H/l;Osnv Duarte Pereira — De»sembargador; Antônio Pe»relra FUho — Dirigente Sin-dical; Plínio Alves — mem-

.teo JJR do IAPI; Joio Oui-lhetvne — Pres. Sind. dosfttMJjWa- JoséLellls da Costa — Presi-dente Sind. dos Mctelorgi-cos: Adalto Rodrigues —Pres. Sind. dos Alfaiates;Maria Scgovte — Tesourei-ra Stod. dos Alfaiates; Ma»noel Meneses -, Prm. Blndl-cato Marosnelrot; AntônioPereira — Sec. SindicatoSanearia; Orlando Bean-eetu - Pres. Sind. át Ele-trlclrtss; Vsldemiro Luís —Pres, Sind. dos Moinhos;Seledino Nunea Oliveira —Prm. «ad. Bmp. XottltirosiapUsnlo de OUveln Bragass Prm. Btnd. Oarrls; Ho-ml Marques — Sec. .Sindi-cato 8ecurltáriot; HermesCalret — Prte. Sind. Rodo-viários; OdiloPrm* Fed. Vestuário.'

Nfto sei se vocês Já uiUtlrsm um fimdt felr». qutndo as barracas começam ater desarmadas, os pesados camlnhtoa vãorecebendo madeiras, cestos enormes, tudoo que antes compunha, expondo á vendaverduras, peixes, e aquele inundo de varia-dag mercedoriss: dos sapatos às panelas,dos móveie de pinho ás flores mais dlver-sas. Ê uma dss cenas mala Impressionar)»tee, mala brutala o fim das feiras. Homens,mulheres, crianças, catam pelo chão o quefo| Jogado for» por Imprestável. Tomates,laranjas, Jilós, alfaces, couves, tudo. Sãopessoas quase despidas sujas, muito sujas,Já que nesta cidade é ImpMsIvel separar nmendicância da sujeira-mais Imunda. Digonesta cidade porque na minha oa pobressão Kn-amdadM, roupas etfrangalhadasmas limpos: exibem miséria, nfto sujeira.

Agachadot vfto aqueles desgraçadosrebutalhos humanos catando no lixo o quecormr. £ trágico e desumano. Nfto vamosdiscutir o problema «a mendicância; sabe»mo»lo sodsl e para cornentá-lo, ums era»nica nfto bsiturf». Conversemos sobre êsseUm ds feira qua é um dos espetáculos mslscomuns ncs.a ii.iut.e e dos mais dolorosos..VI uma mulher preta, cabeça amarradacom um pano imundo, catando tomates efalando sozinha ou com eles, não sei. Pc-gava um a um, esbudegados, podres, • Ia.— depois de olhá-los '— lançando no seucesto. Tentei ouvir o que dizia ma» só

escutei uma pslsna: era ie uvpnão a repetirei.

Ouuo eepstáeulo tenrlvali odo "rapa" com os smiilstis de gaUrns oplantas, Sfte gente dmpara oa feiras vender aarranjar nem ee sabá i.resolveram fsmr árvores do Nstetgalhos diversos, ptotendo-ea áe prateada.Um deles devo ter tido um trabalha onar-me: o galho era de pequeninas fôlhss,•itiiise minúsculas e estavam todas prmea- .dn*. Quanto tempo terá levado aquéiehomem naquele pintar de foodnhssT S o"rapa" chega, cassetete em punho, pCJklalecom caras tremendas (hornens au foraar)e avançam aêbre et vendedores eem itma»brutalidade total. Ontem assisti: um"homem vendia éeeea objetos que eervempara deixar mais elegansm as eetarinhosdoa homens. Viu o "rapa", o como cuamercadoria é de pequeno porte, colocou-ano bolso. O guarás Investiu, tu eom «mio direta ao bolso do i*P-w o nmm \hetudo, Nfto reeglut um suor Una detetu-iht pels tmts, pos»ss s andar eamo umsonãmbulo. Estaria prejudicando alguém?' • que Iria ganhar com aquilo prejudicariaa Fazenda Nacional, o comércio?

Amigos, um fim de feira é coisa de,:estarrecer. Desculpem se êste não é assun»to para dezembro com tantas feetaa sm "perspectiva. ,

Moradores do PasmadoLutam Contra Despejo da FavelaOs moradores da favelado Pasmado estão em lutaaberta contra o governadorda Guanabara. E' que La»cerda pretende removê-los

para o longínquo subúrbiode Senador Camará, ondepassariam a ocupar, nachamada "Vila Aliança", ha-•bltaçóes de quarto e salaque mal podem comportaruma pequena família.

Por outro lado, essa mu-dança obrigaria . os atuaisresidentes do morro do Pas-mado (em Botafogo;, queem sua maioria trabalhamna Zona Sul. a gastar gran-dt parte de mus salários -somente no Ir-e-voltar ooserviço.

Poro Qui ?j Lacerda eó toma a raspai-to das favelas aquelas ms»dldas que convém a êlspróprio. Assim é também apropósito do presente casoda favela do Pasmado: pre-tende agora agradar o seueleitorado da Zona Sul (jà

franco decréscimo),

Cem Jumento do Imposto tia FomeAdemar Quer Reforçar a "Caixinha"fio Pealo 'Da ' sucursal)

— Cadeiras voaram e pa-paia foram rasgados em pie»no recinto da AssembléiaLschaatlva de São Paulo.Tale canos ocorreram quan-do da discussão da emendada a-rtorta do deputado Pi-admiro St., elevando a ali-quota do imposto de vendssa eoradfnaçóee de 4,t% pa-ra¦•»• A miciaUvá do bafa-fá coube aos deputados daeporieão Fsrabullnl Jr., Ara-ripe serpa e Roberto Cerdo-eo Alves. O objetivo que U-aham sm vista os citadospartamentsrm era o de obs-brota á dlscuMãde ultertor .votrsefto da proposição au-msatufte. Se até o dia 31d» eorrante nfto fór vota-da a aludida emenda, náovigorará em 1964 o aumen-to pretendido pelos srs. PI-nheiro • Jr. o Ademar deBarros.' A obstrução deverá eon-ünuar, porém'agora em si-tuaçfto mais difícil para aaposição, desde que foi en-carrada a fase da discussãopassando-se á da votação,quando cada parlamentardisporá de apenas alg>insminutos para encaminh-i.-mento. Wfto obstante tais

dificuldades, anun cla-seque a obstrução continua-rá. prevendo-se a possivelocorrência de novos tumul-tos.Protestos do Povo

Fora da Assembléia er-guem-te os protestos parti-dos de várias camadas e st»tores da população. O pode-roso Pacto de Ação Conjun»ta, que congrega mais de100 mil trabalhadores, en-caminhou ao Legislativo Es-taõual memorial de protes-to, assinado pelos dirigen-tes sindicais José Oomes deSouza, Valentim Rigamont,Romildo Chiapartm, Ma-noel Lourenço, .Tose M*>Ie-nidio e Eugênio Chemp. Osmetalúrgicos e outras ca-tegorlaa profissionais toma-ram idêntica atitude. A of-ganizaçào de mulheres,Frente única Feminina,também manifestou-se con-traria á proposição do sr.Pinheiro Jr.

Os comerciantes que tesentem diretamente atingi-dos, há vários meses movi-men tam-se contra as a:te-rações Introduzidas aqueletributo, Agora, tomam amanifestar-se através de

memorial conjunto aaslna-do por cinco entidades docomércio varejista — os »ln-dlcatos do Comércio deCarnes, dos Retalhistaa deMantimentos, doa Merca-dos d« São Paulo, dos Fd-rantea.e Ambulantes.250IíHmosna Caixinha

O argumento invocado por' Ademar para atenuar ogolpe desferido eontra opovo — vCrbae para aten»der ó aumento de venci-mentos do funcionalismo —>nfto foi engolido por maiugente. Sintoma claro dessefenômeno encontra-se naimprensa, que em sua maio-ria coloca-se contra a ele»vaçfto tributária. A aapll-cação de que o "gerente*pessebista pretende, comema Jogada, fundamental-mente novos e vultosos je-cursos para s sua campanhaeleitoral em eo, Já é aceitapor ambos círculos da po-pulação.Analisando mala detalha-damente o comportamen-to das hostes situacionistasna presente batalha, depu-tados da opotlffto •eresesn»taram outros argumentos

apresentados antes. No or-camento para o exercício de64. Já votado, para o item"serviços de adminlatraelo",o govêmo estadual estabele»ceu o montante de 130 bi-lhões de cruzeiros. Essa ver»ba aparece assim em bruto,sem nenhuma especificação.Ademar fica, portanto, comas mãos livres para dispordela a seu bel-praser, Alémdisso, calculam os mesmoselementos que, em decorreu»cia do chamado aumentovegetatlvo (resultante docrescimento da população,expansão do movimento docomércio e da Indústria,etc.) a arrecadação se ele-vara de 120 a 130 bilhões decruzeiros a mais de que em1963. Tais detalhes não teencontram previstos no or-çamento constituindo-se,também, em verbas que po-derfto ser manejadas à von-tade pelo governo. Assim,somente das duas fontes cl»tadas Ademar terá. parausar e abusar como lhe con-vier, a respeitável soiaa de250 bilhões de cruzeiros! eálnda quer o aumento doimposto d* vendas # consig»nações, o homem é insaclí»

Mulharos Contrao Aumonto

Assinado pela presidenteda entidade, ítala 8chwar-tzmann, a Federação dasMulheres do Estado de SáoPaulo fés entrega à Assem-bléla Legislativa, do teguln-

; to documento, contra o au»mento do imposto da íome:

Sáo Paulo, 16 do desem»bro de 1963

Digníssimos Senhores De-putadoS da Câmara Legisla»tlva do Estado de Sao Paulo.

A Federação das Mulhe-res do Estado de São Paulovem, através dêste memorialapelar aos Digníssimos De-

. putadoa para que lancemseu veto contra o pretendi-do aumento do Imposto deVendae e Consignações.

Senhores Deputados, anossa Federaçáo é compôs-ta, na sua maioria, de mu-lherea operárias e da cias»se média que sentem nalabuta diária n quanto lhesé penoso proporcionar aosseus familiares o minimopossível para um padrão deinda que poma ser chama»dó humano. Isto, BtnhormXMputados, porque •emns

nós que sentimos mais da»lorosamente na nossa carneo peso da carestia. Os fa-tos nos amarguram aindamais, Senhores, quando naangústia premente de equi-librar o nosso modesto or»çamento, temos «« abando-nar oe nossos filhos, quecrescendo sem orientaçãomaterna correm o perigode ser, amanhã, desajusta-dot sociais.

Este nosso apelo é umprolongamento da estafan-te campanha que lançamoshá anos s que sempre, pos

'momentos precisos, encon-trou o apoio forte doa Se-nhores Representantes i doPovo que, eleitos pelo povo,sentem que de suu reivin-dicaçôee não podem H dl-vorciar.

Finalizamos, Senhores,apelando aos brios paternose nacionalistas dos Senho-rea Deputados, lembrandoque neste passo decisivo oscompromissos partidáriosdevem ser esquecidos, exis-tlndo somente aquele com-promlsso feito com o Povode, nesta Casa. serem ossenhoras o porta-vos dasverdadeiras reivindicaçõesda família paulista,

mandando construir naque-le local um edifício de 33andares, eom piscina, êle-vadores para carros — umprojeto do arquiteto SérgioBemardea — a fim de "ali-vlar" a paisagem da entra»da do túnel do Pasmado.

Moradoras so Defendem;«Unidos, ImpedíramosDospejo»

Os moradores do Pasma-do argumentam que as pas-sagens de ônibus são carase que a distância entre Se-nador Camará e a Zona Sul,onde a maioria deles traba-lha em construção civil,os obrigaria a reduzir aln-da .mais as suas horas desono.

Por estas razões e tam-bém porque não terão maiorconforto nas essas para on-de Lacerda deseja transpor-tá-los, é que os residentesdo morro estão mobilizadosPara faser vslsr seus direi-

Com faixas s cartazesalusivos ao despejo, organi»,saram-se em passeata paraprotestar contra o "govêr-no" que lhes quer Impor tãoinjusta medida. Saca-minharam-se também a As-sembléia Legislativa a fimde entregar várias listas deassinaturas dm moradores

em protesto e deixaram acargo da Câmara levar aOconhecimento de Lacerda asua disposição de nio se re-tirarem do morro.Um dos manifestantes,

transmitindo a opinião damaioria, declarou: "Essacorja do Lacerda, antes daaeleições, vivia no Pasmadoprometendo-nos água, luz,esgoto e muitas outras me-lhorias. Agora, quer-nosmandar embora para longe,a fim de se construir ali umedifício de granflnO. Quero-mos é nrbsnlzaçáo, e luta-remos contra o despejo até«fim." .':-.

A Malomoda SandraA malamada e não menosreacionária secretária dotServiços Sociais do govêr-no, esteve no Pasmado, nu-ma tentativa de aplacar odesejo dos favelados de per-manecerem ali. Foi ouvida

por uma minoria, num elu-be de um português conhe-cido como Xavier e que é,segundo disseram oe mora-dores, homem de. ligação deLacerda e traidor oficialdaquela gente.

Sandra Cavalcante, n»seu comlciozinho fracassa-do, culpou os comunistas deestarem "agitando o mor-ro". Mas os favelados res-ponderam que "se defendernossos Interesses é ser co-munista, então nós Já so-

mos". B acrescentaram:"Náo importa o nome quenos.dêem. Queremos a ur-bsnlzaçáo do Pasmado, anada de despejo."

Antônio da Bandlnha

O proprietário ds um ee»tabelecimento comercial doPasmado, conhecido eomo"Antônio da Bandlnha",disse qut a opinião dos semcolegas donos de blroscas t'a mesma que a da maioriados moradores: "Urbaniza.Çáo, sim; despejo, não." Iacrescentou que as casas detal "Vila Aliança" são mui»to pequenas, não compor,tam as famílias numerosa,dos favelados, como é o sespróprio caso. Além disto, ex*pllcou que, "lá em SenadosCamará, os blrosquelros per*derfto o seu ganha-pfto, por*que lá nfto é psrtattlde.construir pequenos somempara fias comerciais, s, aln*da que fome pcraltldo, aigrandes lojas locais redrará»riam a nada os nossos pe»quenos lucros eom que sus-tentamos nessas famílias".

*Mr, ,

Quando Sandra, a mala-nsda iacardlsta. na suapretensiosa agitação,que os favelados seriaimovidos "com todo o ito, com toda a atençãocom todo o crltérlo-rilmcomentaram: "Governo quémata mendigo nfto tem rea»peito para eom nenhum' ssrhumano." E reafirmaramr."nfto sairemos de nosso mor-ro. Se quiserem melhorar anossa vids, multo bem — éuma obrigação de qualquergoverno — mss ral ter emaser squl mesmo. ErdgMtesa urbanização do morro:Isto é que nos melhorará eVvida."

;'fiâ

SoIWaríodoooI.. IU

O presidente da Federa*•:ão das Associações daa Pa»«elas do Estado da Ouana»bara, esteve no Pasmado a"fim de prestar seu apoio,aos moradores. Declarar.

,então estar disposto a aja-dar o movimento eontra adespejo. Da mesma forma,D. Kátla Konlg, presldente>da União Operária s Cam»poneea, afirmou sua solida-riedade nessa hrte. >

O Jornal NOVOS BUMCdCque é multo lide peloa mo-radores da favela do Pas»mado, também ae tolldarisecom o movimento de pro»

"testo a mais esta ameaça deLacerda eontra a gente tra»'.balhadora da Ouanabara. ~

A

•-—*¦¦¦-»-¦»¦ ¦¦»,.¦ -• - . ¦

/<^IÜ.....-.OlSÔB.-.. •^T>>," I~

•svamBsBBBBTávL AWWm*^ ...',-^;i--V ¦vf:;>V i'X- 'i ¦¦¦,*'¦¦-- ¦ ¦ ' :¦ ^y,.,:.,,:,

V^s

t \«cr/ ,n

Rio ws Jonairo, 20 a 26 de dezembro do 1963 HI" 7

li • .•¦'¦- V "u v '>v;''

Page 8: æ Crise: K WrOOODWWÍCÍO Novo Governo, Baseado Nas Forças ... · 2015-02-26 · realiza-se hoje, ás 29 horas, no Sindicato doa Metalúrgicos da Guanabara, grande ato po-Mico de

'i ••. *. * --—-

».l I^BHBHBBBBBBII^ ¦ -- . *^M

- :"is" ,>"* '; ¦'*Mf^_JMgjK '¦' •''ii.-iA^'3tÍ_Sfí»l_íW;,'''í' " ' "¦ ' " '"-'¦"•' •' ' ' "l"r"«T?. ..fí* '•V* * ' f-.\\ «WjfclHÍp4<,*wMl -¦Qtâ»-'iwxfnMM-<'&;ú%:-. • ¦¦.'•.•* -...,-..<" *y ;, ¦/..". »«ti l;'f/í ' : .,<'*

48 BNTIDADKS UNIDAS N|L dMMff .MPHA.ífNi ry>- ¦ _ }___»_^a^i^s_Ji — -— ¦' í:

CMS EIMUTMES REÉHÉ HHSTIIRIU SHH6EMT0S UH CllHMIÜIGIVETOH

£_lj_____^_^:__í Manifesto!¦*__¦____.-; - ja*_?!t_j B*?&'II V*w^«%D

- '^^**-»s> ^*^' mm •fP^miSm .^F7í»3 H_¦ Wr^rLmmmWÈÈ I__r-Í Ul I_H _^F-ifl ^^^1 ^1^1 ^1

aaaai ^b. ' ¦ sy^^ajB^HLiiH v^- h^p¦ ¦¦ l|.;|a|ra!l Il-7'jr] K ¦HLH fcjjflp»^*'*^! ^r_í M --/«^B-fl In*'

__ B-^m Bfc^_g_j Mtfrl BB _i^t^B V-!—I W^ZB BB EK'1 P^B EiM BB B

mmmmmmmmmmm- . ¦,mmmmmmm».

Onze deputados, cinco generais. 43 entidades de classe,dois coronéis, um senador e ainda um ex-ministro da Ma-rlnha, representado por seu filho, capitão Pedro Paulo deAraújo Susano, levaram na noite do dia IS seu apoio k'campanha pela anistia aoa sargentos e lideres sindicaisInjustamente presos em virtude dos acontecimentos de Bra-silla, durante o ato realizado no Sindicato dos Rodoviários,sob o patrocínio da Liga Feminina do Estado da Ouana-bara, do CGT, UNE e outras entidades populares.

DEPUTADOS FALAMDurante a manifestação, que foi considerada uma. das

mais concorridas do ano que está findando, fizeram usoda palavra os deputados Adão Pereira Nunes — autor do¦n)eto de anistia -. Leonel Brlzola, Max da Costa San-tos e Edna Lott, falando ainda o senador Aarao stelnbruch.Tanto os parlamentares como os dirigentes sindicais fize-ram breves alocuçôes devido ao grande número de orado-res Inscritos para manifestarem sua solidariedade aos mlli-tares e civis presos. ¦•

O autor do projeto que visa k libertação dos sargentos,deputado Adão Pereira Nunes, lembrou que "a anistia estasendo obstniida na Câmara Federal, mas se ela vai serconcedida em 10 ou 20 semanas, em 10 ou 20 dias. e umproblema que vai depender do povo. cuja vontade naopode mais ser obstruída". Prossegulndo, o deputado flumi-nense afirmou: "minha experiência de lutas populares en-sinou que quando alguém é aprisionado por uma causa Justa,só sal da cadela.quando o povo resolve tlrà-lo". Finalizando,o orador lembrou as privações \|ue estão sofrendo os faml-liares dos graduados, que viram recentemente serem reco-lhldos seus aparelhos eletrodomésticos, pois as esposas dos

presos não puderam pagar as prestações.

BRIZOLÁSeguindo-se ao deputado Max da Costa Santos que ha-

via asseverado 'ser pacifica a caminhada do povo brasi-leiro pela sua libertação, mas que este saberá tomar a sen-da da violência se a minoria golpista tomar a iniciativa ,ocupou a tribuna o deputado Leonel Brizolá, que procurouexplicar as razões das perseguições que antecederam, pro-Vocaram e sucederam-se ao levante de Brasília, afirmando"que à primeira vista muitos fatos podem estar desligadosmas existem dezenas de acontecimento» que vão explicar

• a perseguição aos sargentos. Todos vão começar em agô6tode 1961, quando esses bravos patriotas isolaram e prende-ram em vários pontos do pais as minorias de oficiais gol-pistas que maquinavam uma ditadura militar".. Depois de citar vários exemplos ocorridos no Rio Gran-de do Sul, o deputado Leonel Brlzola lembrou a frustrada"operação mosquito", que visava Impedir o pouso do presi-«ente dá República em Brasília durante aquelas longos diasde agosto. A verdade sôbre o que ocorreu em Brasília em1961 poucos sabem, maa é do conhecimento público que ro-tam exatamente os sargentos da Aeronáutica que ee rebela-ram, sé armaram e prenderam os oficiais que irradia-vam o golpe na estação da torre de controle do aeroportodaquela capital. , - . .

Referindo-se a outro aspecto da posição dos sargentosna luta pela legalidade, o deputado Leonel Brizolá lembroua tentativa de bombardeamento do Palácio Piratini, quefoi frustrada pelos sargentos da Base Aérea de Porto Alegre.Finalizando, o sr. Leonel Brlzola declarou que ao invésde haver punições contra os graduados, deveria haver umprofundo sentimento de gratidão por parte do Governo,pois foi exatamente essa classe que impediu a implantaçãode uma "gorilada" no Brasil.

0 PovoA sede do Sindicato

dos Rodoviários ficou su-perlotada. O povo (oi ma-nifestar de vjva voz suasolidariedade às famíliasdos sargentos e exigiranistia.

UNE, ESPOSA E MULHERES

A SOLIDARIEDADE

___tp .1*

Carta da Prisão

Falaram ainda o representante da UNE, estudanteDuarte Brasil, e as senhoras Neuza Ooulart Brlzola e Mariada Conceição Nlcácio da Silva, a primeira representando2 Movimento Nacionalista Feminino, que féz a entrega deSem mil cruzeiros á vice-presidente da Liga Feminina para!«ue fõ6sem distribuídos entre as esposas dos sargentos, asegunda, esposa de um sargento do Corpo de Fuzileiros Na-tais preso há mais de dois meses, agradeceu em nome dassenhoras de sargentos a ajuda que têm recebido de todasas partes do pais. ;. _

Logo após íoi lida pelo radialista Gerdal dos Santos acarta do sargento Aimoré Zoch Cavalheiro a sua filha desete anos, onde o sargento que teve seu mandato cassadoexplicava á filha que náo iria vè-la no Natarpois estariapreso. A leitura da missiva foi Interrompida oito vezes pelaassistência que Irrompia em aplausos.•" A manifestação do dia 13, assim como grande parte domovimento de solidariedade e de luta pela anistia, tem aparticipação efetiva da Liga Feminina do Estado da Gua-nabara, cuja vice-presidente, sra. Elza Soares Ribeiro, fa-lando durante o ato, procurou historiar a participação daentidade desde o dia em que algumas esposas de sargentos •procuraram a Liga em busca de apoio.

0 LADO TRISTESe por um lado a manifestação levada, a efeito no Sln-

dlcato dos Rodoviários mostra quão fundo calou nas enti-dades populares o problema dos sargentos presos e de suagfamílias, que Já receberam centenas de milhares de cru-zeiros para que se possam manter sem passarem necessi-dades, ninguém poderá preencher o vazio que os militarespresos estão deixando em suas casas, com suas esposas eseus filhos, quase todos pequenos. Essas senhoras estão en-frentando com a mesma bravura de seus maridos as difi-çuldades desta hora difícil e continuam lutando para queseus esposos sejam libertados o mais depressa possível. Paraisso, muitas delas abandonaram suas casas em Brasília evieram para a Guanabara, onde vivem com as famílias oecolegas de seus maridos, às vezes com 19 pessoas num apar-tamento de três cômodos, como é o caso da esposa do sar-gento Prestes de Paula.

OS SALÁRIOS. Outro aspecto difícil da vida das famílias dos sargentos

é o que diz respeito aos vencimentos dos militares, poisapesar de só terem direito a dois tenços, as famílias têmque ir à Brasília para receberem o dinheiro. Isso acarretagastos de viagem com os quais não podem arcar. Agoraestá sendo organizada uma coleta para arrecadar dinheiropara a viagem das esposas dos sargentos à Brasília antesque os vencimentos de seus maridos caiam em exercíciofindo.

Acusado de estar envolvido no levante de setembro, osargento Aimoré Zoch Cavalheiro, que teve aeus oito milvotos anulados pela mesma ietàsio toi STF que provocou-o.movimento de protesto, foi preso em Sáo Paulo por detet-mlnação do 2.° Auditor Militar. Preso, depois de ter pei-dido seu legitimo mandato, o sargento Cavalheiro enviouá sua filha de sete anos a carta que. a seguir transcrevemos:

São Paulo, «de dezembro de 1963.Minha querida Lina AlmerlO Palzlnho se preparava para passar contigo, no Rio

Grande do Sul, teus oito aninhes, a 22 de dezembro. Tam-bém o Natal e o Ano Novo. Ia levar a correntlnha comJesus Cristo, que pediste e conqulstaste. tirando o primeiro'lugar no colégio, com apenas seis anos de Idade. Mas, .teveaviso que não será possível; o Palzinho estará prêsò. - .

NAO DEVES TE ENVERGONHARt que o Conselho dá Auditoria Militar daqui, desenten-

de-se com o sr. Presidente da República e eu e outros, quetambém são pais terão que ser presos por Isso. Mas, não teenvergonhes I Podes dizer aos teus amlgulnhos e amlgul-nhas que hão és filha de um criminoso. Teu pai-desejaa ti e a tôdás as crianças, um Brasil pnde voçôs possasttser felizes. Onde os meninos tenham onde trabalhar,, pOS-sam viver como criaturas humanas, serem honrados e utelsà sociedade em qüe vivem, e, nào farrapos humanos, semi-nus. dormindo no chão ou sóbre pelegos, a espera de. quea fome e as doenças, venham levá-los para os túmulosem grande parte. ¦£•'.-. . .

Onde a menina tenha mais possibilidade de ser umadona-de-casa trabalhadora ou mãe honesta e honrada, doque um rebutalho humano, Jogada numa rua de amargurae devassldão. ' '-¦! .

Onde as crianças possam estudar e realizar a numam-zação do seu próprio ser.

Onde as crianças e os adultos, possam ter um métitco,remédios e hospitais, assim, como os bezerros, as pvelhinhase ss cães de faça dos fazendeiros dai, têm o veterinário eo resto, quando estão doentes. _¦¦ • -

Onde as crianças não passem fome, e nao morram qua-tro em cada dez que nascem, numktotal de mais de duasmil por dia. ''v-"-,'

; • Onde aa crianças sejam «irtuchinhM. assim eomo tués e também fellaes. como nlo te posso .fazer neste mo-

¦SmehtoV. '-Sí'-- '¦'*•.;,->':•fc.;••^'¦.&•>,': , Cmde a»-nosaaí. rtqueAíe nio somente u nossas des-

¦«ças, aejaih hossae e náo em maior parte de estrangeiros.Onde oa filhos di pe&o de estância,.os trabalhadores,

os sargentos, os cabos e soldados profissionais, possam serdeputadosTíenáddrés, etc., desdenue o povo queira e.vnãosomente eis dono» do poder econômico, em maioria. Assimesta;éscrltoíniriDirelaração.,dós Direitos do Homero e naCajiadasNiçôillWldas.- - ' -V"'. •• i;' ' V ' * ..'

Onde esta gènte:bda dai, do nofio longínquo Arvoredo,como de todo o Brasl), tenha um pedaço de terra ondeplantar é produzir'/riquezas que, façam a eles e ao.nossopovo, feliz, e. a. nossa Pátria, rica, llvte e poderosa,. .

-Ela algumas coisas das.que o Palzlnho, como tantosoutroa qt» atada não foramempreendidos * Págath noscárceres o preço.desíaincortpreensão; deseja. ¦•; •

Lamento imensamente tua sorte, minha filha, O des-tíiiò roubou-ta a Mlezlnha com quatro anos. apertas; agoraquerem roubar-te o Palrinho. Maa, peço que te conformes.São multas criancinhas que não terão seus pale nesse Natal,mas, sim, atrás de umas grades --filhos de sargentos,- ca-bos e soldados e trabalhadores." Também a Carollne_ e oJohn não terão.o seupal, nunca málvpole o PresidenteKennedy, em sua¦¦grandes»,'como hcYem.-.n<wsaipeqa.enez,lutou: por *,tiw::múndp4aelhore enjwntíqu^nas balas^aísas-sinas rrespoita ilèesáímeama Inct^preehaw quji: hoj[ej teuPalzlnho-enfrenta.-.. ;'" - ¦' : -,'•¦'¦.<¦' V ¦ •'!•• ¦'¦¦'.' :_

. É porisso'que nesta carta aberta que. te envio,-comoPai e como representante escolhido por quase olto_.mil ci-dadáos gaúchos, chamo a atenção dot Congresso Nacionale da sensibilidade poUtica e humana doe «"»»«"?"?• .d*imprensa e de todos os yèemócratas alnçeros:.-Mrthtjnesses homeiis a seua.lares.È ao conylyip^djs_«uas f*«nP*af.neste Natal e Ano Novo, atràvée d* ANISTIA,, num «ti-cinlo de Pai e Tranqüilidade no AsfA- jU. largo ^humanogesto que tanto dignificaria á Demoicrt.çla.B-;a8llelra;

EncerrrTaqul, mlpha lííha, repetindo: não te «nyergp-nhes de dizer às tuMíimigulnhas,qu.íi teu Pairinho. e«tápreso, mas, nàoP^tadlgiüdMe, pois deves »P«nd« «*uemais vale um Paiprôso ou mortp do ;a_e; outro lndlffrenteou covarde.-quando está em ,**«^J^ro-^^^|llh08

;V;;^;í^%^:'Z0CH íCAVA^^ÉB^^r^do. Exército. »-,- -.;¦ '>¦¦*;¦;*• ¦ v" ••' •"•''

. ftf*> " ¦-*..;.,.,.'. • . •¦¦ \

"¦ r . ¦. ;* i •

Representantes de di-verisas, entidades partici-paraif ólítílM«ntÇ-«imanifestação. Deputadose líderes do movimentofeminina também com-pareceram. ,-: >-\'•;

A cada dia estão sendo recebidas mensagens de ade-são à campahha pela anistia, na sede da Liga Feminina,São milhares de comunicações Informando que uma enti-dade está enviando telegramas aos deputados e ministrosmilitares etc. Muitas vezes, junto com as mensagens che-tam alguns milhares de cruzeiros arrecadados em sindica-tos como ocorreu no Sindicato dos Foguistas, que doou qua-tenta mil crueiros á campanha. Por outro lado as esposasdos graduados recebem a cada dia a solidariedade de dis-tantes agremiações, bem como de importantes entidades,tais como a Federação de Mulheres do Estado de Sao Pauloõue enviou uma mensagem ao sr. Presidente da Republicanedindo-lhe que para o Natal sela concedida anistia aosínüitares e civis presos sob a acusação de terem defendidomandatos consagrados pelo povo.

mW*mm\ II^MÉR ¦' * XB ¦ 'li

I¦¦¦¦' flpw.^.,, •-¦•.-¦¦* ^SfSilfs '^Ê\ B*y í, , -S| ^KhSn ^kÍ%^ ^Pü^l Bil^^B*v*^^H INV^^^^^HÉR.>-- -*.* -9^i^T<l0*'^HIÍ <--i*isHâÍfltiw&-*H3^^^lB^H ^^^bc*.*!^^!.

il Ma iül I" j. I^b ^1 l_r_ftrL^fl 1'"*^ 1' MmmmmlmmmW fll^H

BrPJ H^kWIfI Br# 'BB'

!\ ^^aí'HBBIlÍB '_j._n-«- _r_rti**^lli i 1 *P*f: --'- /¦ V;ÉS M W\nJ^Lw1*mmm9^&IBài^^.M ,.•; rlff I lU9 .ihH í^J ¦s« » • «• *r~> j_-s|r ,-*i .ti*.** ¦> « .?*-.•¦ ^^B ^MmmmV&r < ,^'SaPsP^l"- ¦'¦-'¦'__#**'';l/: * :lí ¦2 5-- {¦pn ¦l_ài^*£wi^¦¦'• ¦¦¦ "1'¦'/¦¦ F':>S '.*-.:>'*. ^^_^_aBM_aaaa|^-_-|-gf>f|g_ggKM|- (í G^^^BÍ^-^Í^H ^¦KE?t4'^JV ¦%'¦¦'£¦ ^Va^B'»£.

iKlgfl B_||_|^ , Lr ¦|>'ll H__@Kw^' I

Durante a grande manifestação pela anistia aossargentos, as entidades e as personalidades presenteslançaram um Manifesto ao Povo e às Autoridades.O documento, que já conta com milhares de assina-turas; deverá ser cnvJado à Presidência da Repúblicae às autoridades responsáveis pela prisão dos sargen-tosj para que essa responsabilidade numa, prisão setransforme no gesto simpático e necessário da anis-tia. Abaixo transcrevemos a integra do Manifesto.

MENSAGEM AO POVO E AS AUTORIDADES«Trabalhadores, parlamentares, donas-de-casa,

militares, intelectuais, pessoas de todas as catego-rias profissionais, declaram-se a favor ,da ANISTIApara os militares de Brasília, esperando que nesteNatal todos voltem para as suas casas e festejem adata com as suas famílias.

Consideramos que o protesto feito por eles éparte da luta que reúne todos os nacionalistas, emdefesa das Reformas de Base, cuja luta é uma pro*messa dè terra para os que nela trabalham, de me-didas para o desenvolvimento independente da eco-nomia nacional, de vida e proteção para as criançasque sofrem e que morrem de fome, de direito à par-ticipação dos sargentos, cabos e soldados em todos

. os escalões políticos, nas casernas e nos parlamen*tos, com a conquista da elegibilidade, sem restrições,

Lembramos que a anistia tão rapidamente con-quistada pelos chamados rebeldes de Jacareaoangae Aragarças não pode ser negada, nem sequer pro*telada para aqueles que formaram na primeira Unhado movimento histórico pela legalidade democrática,que permitiu a posse do Presidente da República.

Comovemo-nos com a situação de dezenas decrianças e mães que sofrem a separação de seusentes queridos, passando dificuldades) desalojadas,de suas casas, assoberbadas de problemas que pode*rão ser solucionados com o retorno à tranqüilidade,ao carinho, ao bem-estar rom.a liberdade dos mili»tares presos.

Terminamos por conclamar a todos os demo*cratas, aos homens e às mulheres de boa vontade,no sentido de que juntem as suas vozes e ássuas ações, às nossas vozes e às nossas ações,em nome do direito que temos de votar e de sermosvotados de protestar contra a violação dos direitosdemocráticos, Contra as injustiças sociais frutos dosprivilégios e da espoliação, de' sonhar com a eman*cipação de nosso Pais e de lutar por ela como penhorda felicidade de nossos filhos e da soberania de nossaPátria. i . ¦

Conclamamos para que todos subscrevam anossa mensagem em favor dos militares de Brasília,esta mensagem de solidariedade às suas famílias,encaminhando-a ao Congresso Nacional, para queseja aprovado um projeto de anistia.

E juntos festejaremos o Natal — o Natal daanistia — que será conquistado com o nosso -cora-ção e a nossa unidade que deverá estar presente,agora e em todas as lutas pelas Reformas de Base,que esperamos sejam!alcançadas através da refor-;mulação do Oovêrno, tornando-o capaz de encami-:nhar as soluções que correspondam aos problemasfundamentais do povo brasileiro. ;.:'!

URGÊNCIA PARA A ANISTIA DOS MILITARES, EXTENSIVA A TODOS OS PARTICIPAIÍTÉ£DELUTAS REIVINDICATÔRIAS!

Rio de Janeiro, 13 de dezembro de 1963». .

Quem flp6iaO ato público realizado na noite do dia 13 recebeu o

apoio de 43 entidades, todas integradas na campanha pelaanistia aos sargentos. Essas agremiações, representando mi-lhares de trabalhadores, estudantes e donas-de-casa sãobem um retrato da decisão tomada pelo povo, de libertaros sargentos e civis o mais depressa possível. Transcreve-mos a seguir a lista das entidades que se associaram k ma-nlfestação promovida pelo COT, UNE, CPOS, FNL, Movi-mento Nacionalista Feminino, Liga Feminina do Estado daOuanabara, Centro de Estudos «Dafesa do Patcóleo e Eco-homTa Nacional,'; Conlanffó doí TraljalMdortrintelectual?:

Sindicato dos Rodoviários, Comissão de Militares N%-cionalistas, Sindicato da Estiva de Minérios, Sindicato dosBancários, Associação dos Servidores da Central do Brasil,Frente de Mobilização Popular do Méier, União Nacional doaServidores Civis do Ministério da. Marinha, Sindicato iaEnergia Elétrica e Produção do Oás, Associação dos Apo-sentados da Marinha Mercante, Federação Nacional dosFerroviários, Sindicato dos Ferroviários- do Ceará, Sindicatodos Alfaiates e Costureiras, CACO, Frente de MobilizaçãoPopular dos Ex-Combatentes, Associação dos Marinheiros aFuzileiros Navais do Brasil, Clube dos Suboficlals e Sargen-tos da Aeronáutica, Sindicato dos Trabalhadores em Em-presas Ferroviárias do Rio de Janeiro, Clube Beneficentedos Sargentos da Marinha, Sindicato dos Marceneiros, At-»soclação dos Motoristas do Serviço Público, Sindicato desTaifelros, Sindicato dos Práticos e Arrais, Sindicato dosCondutores Autônomos Rodoviários, União dos OperáriosFerroviários de Sergipe, Movimento Nacionalista Femininodo Estado do Rio, Associação dos Centros Pró-Melhoramen-tos e Entidades Congêneres do Estado do Rio. Sindicato ceBebidas, Sindicato dos Ensacadores de Santos, Sindicato dosEnsacadores de Paranaguá, CGNTEC, Sindicato dos Mari-nheiros, Sindicato dos Maquinistas e Foguistas Terrestrese ainda o Sindicato dos Professores e a Sociedade dos Ami-gos de Cuba, "'

1

! -

\\ \À\ s> X \ . -\v s ;\\

¦T

>