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entre MARGENS BIMENSÁRIO | 30 ABRIL 2015 | N.º 537 DIRETOR: LUÍS AMÉRICO FERNANDES APARTADO 19 . 4796-908 VILA DAS AVES. TELF. E FAX.: 252 872 953 EMAIL: [email protected] PROPRIEDADE: COOPERATIVA CULTURAL DE ENTRE-OS-AVES, CRL 1,00 EURO PUB. Polémica instalação dos serviços descentralizados no Centro Cultural ganha novos contornos DIRIGENTE LOCAL DO PS, SÓNIA MARTINS CRÍTICA POSTURA DA JUNTA DE FREGUESIA QUE QUER INSTALAÇÃO DOS SERVIÇOS DE AÇÃO SOCIAL NO PÓLO DE RINGE VILA DAS AVES // 10 E 11 PSD levou deputados da AR a Santa Cristina Santo Tirso voltou a receber os deputados da Assembleia da República, eleitos pelo PSD pelo círculo do Porto no passado dia 27 . A tirsense Andreia Neto não faltou à visita feita a mais uma empresa concelhia. PÁG. 12 Mia Couto em Santo Tirso na próxima terça-feira Dez anos de luta, um ano de obra e aí está o Complexo Desportivo de Roriz COMEMORAÇÕES DO 41.º ANIVERSÁRIO DO 25 DE ABRIL

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entreMARGENSBIMENSÁRIO | 30 ABRIL 2015 | N.º 537 DIRETOR: LUÍS AMÉRICO FERNANDES

APARTADO 19 . 4796-908 VILA DAS AVES.TELF. E FAX.: 252 872 953

EMAIL: [email protected]: COOPERATIVA CULTURAL

DE ENTRE-OS-AVES, CRL1,00 EURO

PUB.

Polémica instalação dos serviçosdescentralizados no CentroCultural ganha novos contornosDIRIGENTE LOCAL DO PS, SÓNIA MARTINS CRÍTICA POSTURA DA JUNTA DE FREGUESIAQUE QUER INSTALAÇÃO DOS SERVIÇOS DE AÇÃO SOCIAL NO PÓLO DE RINGE

VILA DAS AVES // 10 E 11

PSD levoudeputadosda AR a SantaCristinaSanto Tirso voltou a receber osdeputados da Assembleia daRepública, eleitos pelo PSD pelocírculo do Porto no passado dia27. A tirsense Andreia Neto nãofaltou à visita feita a mais umaempresa concelhia. PÁG. 12

Mia Couto emSanto Tirsona próximaterça-feira

Dez anos de luta, um anode obra e aí está o ComplexoDesportivo de Roriz

COMEMORAÇÕES DO 41.º ANIVERSÁRIO DO 25 DE ABRIL

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GANHE UM ALMOÇO PARA DUAS PESSOAS

DEVE O PREMIADO RACLAMAR O SEU JANTAR NO PRAZO DE 3 SEMANAS (SALVO OS SORTEADOS QUE RESIDAM NO ESTRANGEIRO)

No restaurante ESTRELA DO MONTE o feliz contemplado nesta segunda saída deabril foi o nosso estimado assinante Manuel Martinho Coutinho

Martins, residente no Bloco da Praça, entrada 7A, 3.º Dt., em Vila das Aves.

O premiado com um almoço para duas pessoas desta quinzena,deve contactar a redação do Entre Margens

Restaurante Estrela do Monte | Lugar da Barca - Monte | Telf: 252 982 607

Construtorde hinos||||| TEXTO: MIGUELMIGUELMIGUELMIGUELMIGUEL MIRANDMIRANDMIRANDMIRANDMIRANDAAAAA

O mês de abril começa mentiroso,tem fama de águas mil e, para nós,portugueses, é motivo de orgulho,dado que fizemos uma revolução pra-ticamente sem sangue. Ficou a ideiada inexistência de tiros, mas infeliz-mente morreram 4 manifestantes. Amúsica teve um papel preponderanteno arranque de toda a operação, umavez que “E Depois do Adeus” (dePaulo de Carvalho) e “Grândola VilaMorena” (de José Afonso) serviramde senhas para, nomeadamente, astropas se prepararem e, de seguida,saírem dos quartéis.

Luís Cília, um cantor de interven-ção, estava em França quando se deuo 25 de Abril. O seu exílio não per-mitiu uma participação ativa na Revo-lução dos Cravos, mas isso não be-lisca a sua importância como interve-niente na denúncia da guerra colo-nial e da falta de liberdade em Portu-gal. É precisamente em 1974 que sai“O Guerrilheiro”, uma reunião de ro-mances e canções desde o séculoXIII até ao século XIX. A interpreta-ção com instrumentos da época faz-

Dentro de portas - “O Guerrilheiro”

A Confissão de LúcioMário de Sá-CarneiroLEYA

POR // BELANITA ABREU

A partir dessa noite, a minha obsessãoainda mais se acentuou.Parecia-me, em verdade, enlouquecer.Quem era, mas quem era afinal essamulher enigmática, essa mulher de som-bra? De onde provinha, onde existia?

Narrada na primeira pessoa, estaobra expõe o triângulo amorosode três amigos inseparáveis. Lú-cio apaixona-se por Marta que écasada com Ricardo. Os dois têmuma relação extraconjugal que,para Lúcio, parece óbvia demaispara Ricardo não perceber. Noentanto, Lúcio descobre que Martaencontra-se com outro amante efica com ciúmes.

Ao longo da narrativa, a ambi-guidade está sempre presente oque conduz o leitor a formular vá-rias hipóteses sobre o que real-mente aconteceu entre eles.

Extrema sensibilidade, silêncio,desilusão e loucura povoam estaobra que foi considerada, por JoséRégio, a obra-prima de Mário Sá-Carneiro. |||||

nos viajar no tempo, com imagens deamores proibidos de outrora (“O Con-de Niño”) ou batalhas históricas (“AGuerra do Mirandum” ou “D. João daArmada”). O não aproveitamento daconjuntura política daquela fase pare-ce-nos, à distância, um pouco estra-nho e, ao mesmo tempo, audacioso.Torna-se um disco contra a corrente eisso é sempre louvável. O mergulhoao passado dos cancioneiros coinci-de com a sua opção de se demarcarde uma inflação de revolucionários.

A discografia de Luís Cília é vastae quase exclusivamente em vinil. Osdiscos iniciais foram editados fora donosso país e não são fáceis de en-contrar. O seu maior êxito talvez seja“Avante Camarada”, uma das mais co-nhecidas músicas de resistência anti-fascista e uma espécie de segundohino do PCP. Além disso, o tema ho-mónimo desta minha sugestão foiaproveitado e adaptado para o hinoda CGTP-IN. Como pièce de résistancesó posso evidenciar: as canções des-te intérprete e compositor portuguêsnão são exclusivas para os votantesnuma determinada orientação políti-ca. Isso seria o mesmo que não ouvirBob Marley por algum ignóbil pre-conceito racial. |||||

FIM DE SEMANA02 | ENTRE MARGENS | 30 ABRIL 2015

GUIMARÃES // MÚSICA

DIR

EITO

S RE

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ADO

S

Os discos iniciais de LuísCília foram editadosfora do nosso país e nãosão fáceis de encontrar.O seu maior êxito tal-vez seja “Avante Cama-rada”, uma das maisconhecidas músicas deresistência antifascistae uma espécie desegundo hino do PCP.”

Antecipando a saída do novo dis-co “Riû”, Cuca Roseta apresenta-seeste sábado, 2 de maio, no CentroCultural Vila Flor, na cidade-berço,para desvendar pela primeira vez, eao vivo, alguns dos segredos destenovo trabalho, passando igualmentepelos temas mais marcantes da suacarreira.

Depois de um primeiro álbumhomónimo, produzido pelo concei-tuado Gustavo Santaolalla, CucaRoseta lançou um segundo traba-lho, “Raíz”, onde escreve e compõequase a totalidade do disco. Em co-mum, o facto de ambos os álbunsterem conquistado o “disco de ouro”.Agora, é chegada a vez do terceiroálbum, com edição prevista para

este mês de maio. A fadista prome-te surpreender com um fado reple-to de excelentes participações. Oconceituado produtor brasileiroNelson Motta assina a produçãodeste disco.

Iniciando no Centro CulturalVila Flor uma nova tour e depoisde um ano cheio de sucessos einúmeros concertos em Portugal eno estrangeiro, a fadista regressa aGuimarães para uma noite que pro-mete ser inesquecível. Uma opor-tunidade única para escutar umadas mais marcantes e aclamadasvozes da nova geração.

Marcado para as 22 horas, osbilhetes para o concerto de CucaRoseta custam 10 euros. ||||||

Cuca Roseta revelanovo discoem GuimarãesCONCERTO AGENDADO PARA ESTE SÁBADO, 2 DE MAIO,NO CENTRO CULTURAL VILA FLOR, ÀS 22 HORAS

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SEXTA, DIA 01 SÁBADO, DIA 02Chuva moderada. Vento fraco.Max: 17º / min. 13º

Aguaceiros. Vento fraco.Máx. 21º / min. 15º

Chuva moderada. Vento fraco.Máx. 17º / min. 14º

DOMINGO, DIA 03

ENTRE MARGENS | 30 ABRIL 2015 | 03

Rua António Abreu Machado, nº111 | 4795-034 AVESTELEF/ FAX 252 872023 | email: [email protected]

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DECORAÇÕES

SANTO TIRSO // MÚSICA

Maio pardo e ventosofaz o ano formoso

Os tirsenses Room40 são os cabe-ças-de-cartaz da segunda edição doTomaz Alive que se realiza este sába-do, 2 de maio, no pavilhão despor-tivo da escola Tomaz Pelayo, em San-to Tirso. Organizado pela Associa-ção de Pais e Encarregados de Edu-cação da referida escola, em articu-lação com a Associação de Estudan-tes, o Tomaz Alive reúne algumas dasmelhores bandas de música rock emúsica alternativa do concelho. AosRoom40, juntam-se as atuações dosBoundless, Ecos da Tuna, FML, Greye Leonor Alves a solo.

Com início marcado para as 21horas, e com entrada gratuita, o To-

Room40 na segundaedição do Tomaz ALiveINICIATIVA REALIZA-SE ESTE SÁBADO, A PARTIR DAS 21H00 NA TOMAZ PELAYO EJUNTA EM PALCO VÁRIOS COLETIVOS MUSICAIS ORIUNDOS DE SANTO TIRSO

maz Alive será, desta forma, prota-gonizado por bandas e intérpretesoriundos de Santo Tirso esperandoa organização “uma grande afluên-cia de público para ouvir temas con-temporâneos interpretados por jo-vens promessas que aliam a músicae a criatividade à vida académica”.

Quantos aos cabeças-de-cartaz,trata-se de uma banda de coversformada no final de 2009. O gru-po nasceu do reencontro musicalde um grupo de amigos de longaque, nos seus tempos de juventu-de, integraram outros projetos mu-sicais. São eles: Hélder Silva, NunoSoares, Pedro Silva, Carlos Sousa e

Jorge Rocha. O reportório musicaldos Room 40 assenta sobretudo nopop/rock e new wave dos anos de1980, década de grande influên-cia musical dos elementos da ban-da que, ainda assim, tem evoluídopara ouros estilos musicas culminan-do com uma grande variedade detemas de referencia no panoramamusical atual. ||||||

Aos Room40, juntam-se as atuações dosBoundless, Ecos daTuna, FML, Grey eLeonor Alves a solo.

“ASSIM, TIPO... DANÇA CONTEMPORÂNEA”, DA COMPANHIAINSTÁVEL, É APRESENTADO ESTA SEXTA-FEIRA NA CASA DASARTES DE FAMALICÃO. ESPECTÁCULO TEM INÍCIO ÀS 21H30

Estreado no final do ano passado,“Assim, tipo… dança contemporânea”,chega agora a Famalicão em jeito decelebração do Dia Mundial da Dança.A efeméride, propriamente dita, assina-lou-se ontem, 29 de abril, mas este,que é um dos mais recentes espetácu-los da Companhia Instável, é apresen-tado a 1 de maio, na Casa das Artes.

É dança contemporânea mas o cria-dor, esse, vem do teatro. Tiago Rodri-gues, ator, encenador, dramaturgo e,desde o final do ano passado, tam-bém diretor artístico do Teatro D. Ma-ria II, foi o convidado a colaborar coma Companhia Instável, inaugurando“Assim, tipo… dança contemporânea”uma nova prática: quer-se que a dan-ça, a dança contemporânea, se cruze

Famalicão celebraDia Mundial da Dançacom criaçãode Tiago Rodrigues

com outras expressões artísticas e queos intérpretes – centro da ação e pro-pósito desta companhia que a cadamomento se forma, vive e depois sedesfaz – experimentem outros proces-sos, outras formas de fazer e de criar.Este é um espectáculo com iguaisdoses de ironia e ingenuidade.

Criada em 1998, a Companhia Ins-tável trabalha no sentido de criar opor-tunidades de desenvolvimento artís-tico e profissional aos intérpretes naárea da dança. Uma companhia queé, como o nome indica, instável. Acada ano e com cada criador se cons-titui, através de audições, cria, faz cir-cular o trabalho desenvolvido e de-pois se dissolve dando lugar a outrocriador e a novos intérpretes. ||||||

FAMALICÃO // DANÇA

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04 | ENTRE MARGENS | 30 ABRIL 2015

ENTREVISTA

|||||| TEXTO: ELELELELELSSSSSAAAAA CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

A história de Luís Carneiro é feita demilhares de outras histórias, de re-cordações do escutismo, das brinca-deiras que ele os irmãos faziam nabarbearia do pai e de tantos episódi-os que poderiam bem ser parte doargumento de um famoso filme a pre-to e branco. Nasceu em 1935 numaVila das Aves que ainda não era Vila,e foi o segundo de oito irmãos. Opai trabalhava na Fábrica do Rio Vizelaque empregou também lá a mãe. “Aoterceiro filho”, conta Luís Carneiro, “aminha mãe teve que ir embora, tinhatrês filhos para cuidar, já era precisaem casa antes mas eles precisavam dedinheiro”. Luís ainda se lembra de co-mo a mãe pagava 20 escudos de ren-da, de como o médico cobrava 20escudos, de como “era quase tudo a20 escudos”. “O meu pai ía daqui paraPaços de Ferreira e para Cabeceiras deBasto arranjar milho para mandar moer

NO FINAL DO MÊS DE MARÇO, O LAR FAMILIAR DA TRANQUILIDADE, PRESTOU-LHEHOMENAGEM: DESDE A PRIMEIRA HORA QUE LUÍS CARNEIRO É O BARBEIRO DESERVIÇO DAQUELA INSTITUIÇÃO DE VILA DAS AVES. JÁ LÁ VÃO 25 ANOS. NÃO COBRANADA PELOS CABELOS QUE CORTA OU PELAS BARBAS QUE APARA, TALVEZ PORQUE,DE PROFISSÃO, NA REALIDADE NÃO É BARBEIRO OU TALVEZ PORQUE, PATRÃOMESMO, SÓ TEVE UM, O DA FIATECE, ONDE TRABALHO DESDE OS 12 ANOS. AGORA,COM 80 ANOS, SOBRAM-LHE AS HITÓRAS PARA CONTAR

Na barbearia deLuís Carneironão se ganha do ofício

e fazer pão”, lembra. Era Luís e os ir-mãos quem amassavam e peneiravama massa, mas cabia à mãe colocá-losno pequeno forno que tinham ‘numcantinho’ da casa. “A minha mãe éque tinha que meter as broinhas por-que senão elas não cabiam, tinha queser tudo muito ajeitadinho”. Alturashouve em que não havia pão, e asrefeições eram feitas de batata cozi-da com casca que a mãe preparavapara os filhos. “No princípio da vidajá é complicado para quem tem umfilho, para quem tem oito ainda é pior”,diz Luís Carneiro.

Dos oito irmãos, quatro eram rapa-zes e quatro eram raparigas. Os rapa-zes enveredaram, desde cedo, pelo escu-tismo, as meninas foram para a Juve-ntude Operária Católica (JOC). LuísCarneiro guarda, ainda hoje, grandesmemórias do tempo em que vestia afarda pelos escuteiros. “Eu fui paraos escuteiros quando fui à comunhãosolene”, recorda, “os meus pais em vezde me darem uma roupinha novaderam-me a farda”. Os episódios querelata têm um detalhe que quase nostransporta para uma realidade commais de 70 anos. A forma comoaprendiam a marchar “como os mili-tares da tropa”, como iam para osacampamentos e mesmo não saben-do “fazer cozinhados” iam aprenden-do uns com os outros. “Para dormirlá ou pedíamos a um lavrador umbocadinho de palha para nos deitar-mos ou, se não houvesse palha, ar-ranjávamos fetos”. Levavam marmitas,uma machadinha, uma faca de mato

e cordas, “transportes é que não ha-via”. “O nosso transporte era a pé”,conta Luís sorridente. Depois haviaas mochilas com a roupa que leva-vam às costas. “Levávamos um cober-tor, dobrávamos e púnhamos por forada mochila, alguns usavam-no comoagasalho, outros como lençol, desen-rascávamo-nos”. Desenrascar pareceser, de resto, a palavra que melhordescreve as experiências de Luís Car-neiro. Aprendiam a fazer todo o tipode nós nas reuniões semanais desexta-feira. “Se víssemos alguém afli-to no rio o que é que íamos fazer?Tínhamos que lhe mandar uma cor-da”, mas o nó tinha que ser perfeito,para não “alagar nem apertar”. Quan-do os acampamentos incluíam pas-sar por rios não era raro que crias-sem pontes improvisadas com cordas.“Os que sabiam nadar amarravamuma corda do lado de lá da margem,numa árvore, e do lado de cá também.Depois amarrávamos uma corda àspessoas e eles iam para o outro lado”.Luís garante que o escutismo era a“alegria dos rapazes e das raparigas”,ele e os irmãos chegaram mesmo air a alguns acampamentos nacionais.Um foi para Tomar, outro para Avintes,outro para Braga e Luís foi para Coim-bra e ainda se lembra de como erampoucos os escuteiros nesses acam-pamentos, sobretudo pelo preço. “Al-guns podiam melhor que nós, mas aminha mãe era pobre mas não que-ria nos faltasse nada, não sei onde

ela arranjava o dinheiro mas arran-java”. Luís desconfia que viria de umameia velha que mãe tinha e onde iaguardando todo o “dinheirico” quepodia. Mas nem só de acampamen-tos são feitas as memórias que Luístem do escutismo. “Naquela maré fa-zíamos, ao fim de semana, o fogo doconselho, um género de teatros ondeas pessoas iam ver as nossas habili-dades”, lembra.

Luís conciliava o escutismo com aescola, e mais tarde o trabalho nabarbearia do pai. “Naquela altura sóiam estudar os filhos dos ricos. Ospobres, se calhar, tinham tanta inteli-gência como eles, ou mais, mas nãotinham dinheiro”. Gostava da escolamas sabia que mais cedo ou maistarde ia ter de a abandonar. “Para asmulheres ainda era pior, quando tiras-sem a terceira classe já não precisavamde continuar”. O pai só trabalhava trêsdias por semana na Fábrica e, comoo dinheiro não era suficiente, mon-tou uma barbearia em casa. “Nós nembarbeiros éramos, o meu tio é queensinou o meu pai a ser barbeiro, mastambém não era barbeiro de profis-são, trabalha na Rio Vizela”. Com fi-lhos pequenos, o pai de Luís Carnei-ro contratou um empregado para oajudar na barbearia. Na altura, conta,só havia três barbeiros em Vila dasAves, “um no mercado, outro à beirado cinema e o meu pai”. Tinha clien-tes de Cense, da Barca, de Sobrado.“O meu irmão mais velho teve queaprender a cortar barbas e cabelos edepois fui eu”. Tinha sete anos e ascadeiras onde os clientes se sentavam

ATUALMENTE COM 80 ANOS, LUISCARNEIRO CONTINUA A CORTARCABELOS NO LAR FAMILIAR DATRANQUILIDADE, MAS NUNCA FEZDISSO PROFISSÃO. APRENDEUO OFÍCIO COM O PAI, QUE NÃOERA BARBEIRO, QUE POR SUA VEZAPRENDEU COM UM TIO,QUE TABÉM NÃO ERA BARBEIRO

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ENTRE MARGENS | 30 ABRIL 2015 | 05

era tão altas que o pai teve que fazerum “estrado” a toda a volta da cadei-ra para Luís conseguir trabalhar. “Nósantigamente entrávamos às nove naescola, vínhamos comer ao meio dia,entravamos à uma e às duas e meiasaíamos. Eu quando saia, às duas emeia, tinha os deveres para fazer, maslá ia eu fazer barbas”. Os clientes eramtantos que chegaram a ter duas cadei-ras para cortar cabelos, e duas paracortar barbas. “O meu pai cortava ca-belos, o meu irmão também, eu cor-tava barbas, depois é que outro meuirmão também aprendeu”. Nenhumdos mais novos quis aprender a cortarcabelos por verem o que Luís “passa-va”. “Eu não tive infância nenhuma,foi só trabalhar. Aos sete anos ondeé que eu tinha um sábado livre? On-de é que eu tinha um domingo livrepara ir aqui ou acolá? Não tinha na-da”, lembra.

Luís saiu da escola no final da quartaclasse. “O que é que eu havia de fa-zer? Os meus pais não tinham di-nheiro”. Os pais foram empregandoos filhos mais velhos e Luís Carneirocomeçou a trabalhar na Fiatece aos12 anos, como ajudante de pedrei-ro. Trabalhou lá 52 anos e garantenunca ter conhecido outro patrão. Aomesmo tempo continuava a ajudar opai e os dois irmãos na barbearia. Osdias eram longos mas recheados dehumor e as partidas aos clientes eramcomuns. “Nós estávamos todos com-binados”, lembra, “se um dissesse uma

senhores para fazer novamente a bar-ba mas Luís que não sabia se estariaem casa, garantiu-lhe que se encar-regaria de ir ao lar. Pegou na bicicle-ta e foi. Começou por cortar a duaspessoas mas depressa passaram aquatro, a cinco. “Alguns utentes ti-nham barbeiros, mas quando soube-ram que eu não levava dinheiro ne-nhum, deixaram logo o deles e en-tão começou a crescer, a crescer [onúmero de utentes]; passaram a 12,despois foram 14, e agora são 30 etal”. O que luís nunca imaginou foifazê-lo durante tanto tempo. “Eu pen-sei que um mês ou dois depois ar-ranjavam outro, mas o tempo foi pas-sando e foram 25 anos”. As quartase sábados de manhã são dedicadasexclusivamente aos utentes do lar.Chega por volta das oito da manha,sai cerca do meio-dia. A barbearia éno rés-do-chão e é lá que recebe aspessoas, que guarda os pinceis, asnavalhas e tudo que é necessário.Falam do FC Porto, dos jogos do Avese o tempo passa a correr. “São 30 etal a cortar o cabelo, eu corto o cabe-lo todas as semanas, reparto pelosdias, mas 28 barbas são sempre ehá dois que estão na cama e eu te-nho que levar o estojo com tudo”.Luís conta sorridente que, em 25anos nunca teve uma constipaçãoque o impedisse de ir ao lar por umdia. “Fui todos os dias”. Na cerimóniaque assinalou os 25 anos do lar ho-menagearam-lhe a dedicação. “Ofe-receram-me um quadro para ficarcomo recordação e foi logo com outente que está lá há 25 anos”.

“DAR A CESAR O QUE É DE CESAR”Pelo caminho e pelas mãos de LuísCarneiro passou ainda a Associaçãode S. Miguel Arcanjo, da qual foi pre-sidente. “Fui lá parar quase por obri-gação”, recorda. “O presidente é esco-lhido pelo padre, depois o presiden-te arranja dois secretários e dois te-soureiros, que vão a votos, e o queganhar fica e há ainda três consulto-res”, explica. Numa altura em que aninguém se oferecia para assegurar osdestinos da Associação, Luís arran-jou, a pedido do padre, dois secretá-rios e dois tesoureiros. “Agora vocêé o presidente”, disse-lhe o padre,mas tal coisa nunca lhe tinha passa-do pela cabeça. Ficou cinco anos edecidiu que era altura de sair. Opoeta Fernandes Valente Sobrinhoassumiu o lugar mas no final domandato, foram “busca-lo” novamente.Foi presidente durante mais doisanos. Hoje com mais de 90 anos, aAssociação é formada exclusivamente

por homens. “Foi formada porquenaqueles tempos, há 92 anos, haviahomens com o vício de jogar cartase dominó a dinheiro, chegavam acasa e não levavam nem um tostão,como é que iam dar comida aos fi-lhos”, lembra, “então criaram a asso-ciação para chamar os homens e paraajudar as pessoas com dificuldades”.

Mas se há coisa que entristece LuísCarneiro é a confusão em torno doprimeiro presidente da Associação.“““““Toda agente diz que o primeiro pre-sidente foi Luís Gonzaga Mendes deCarvalho, mas não foi, eu sei porquetenho lá os livros. O primeiro presiden-te foi o Padre Cândido das Eiras”. Luísgarante que Luís Gonzaga Mendesde Carvalho era um dos consultoresna primeira direção e que só depoisse tornou presidente. “. “. “. “. “Eu só queriadar a Deus o que é de Deus e dar aCésar o que é de César”, sublinha.

Luís Carneiro tem 80 anos, diznão ser rico, mas honesto. “Comeceide simples pedreirico, fui conseguin-do evoluir, Graças a Deus”. |||||

mentira nós percebíamos e alinháva-mos”. As histórias são imensas e infin-dáveis e incluem episódios que pas-savam por dizer horas erradas e fazerpessoas aparecer cedo demais a com-promissos, trocar casacos de clientese fazê-los levar o errado ou dizer que“fulano de tal estava todo ligado emcasa porque teve um acidente”. “Umavez, um senhor disse ao meu pai queachava que estava menos gente doque o habitual na barbearia, ele res-pondeu que não era de admirar por-que uma cobra como nunca foi vista,do tamanho de uma pessoa, estava nalinha e uma locomotiva quando pas-sou por cima virou e estava toda agente lá a ver. O senhor saiu a correrpara ir ver também”. Luís garante queas pessoas entravam na brincadeirae “não costumavam levar a mal” massempre que eram confrontados comas brincadeiras diziam seriamente: “Eunão tenho culpa, as pessoas dizem-nos as coisas aqui e nós contamos”.

Conheceu a pessoa que viria aser sua esposa, ainda jovem, com cer-ca de 16 ou 17 anos. “Ela era da JOC,eu era escuteiro, havia o terço às 15horas, ela ia ao terço e eu ia tam-bém”. Foi para a tropa. Nos escuteirosainda tentou pedir ao chefe nacio-nal para o “livrar”. Não conseguiu enunca mais insistiu. Esteve em Espi-nho, voltou e acabaram por casar.Quando o pai morreu ninguém que-ria assumir a barbearia, mas havia fre-gueses de mais de 40 anos e a mãeinsistiu que Luís continuasse a tratar,pelo menos, desses. O trabalho con-tinuava a ser muito e havia dias emque Luís deixava a barbearia às 23h30ou mesmo já de madrugada. Na al-tura tinha já uma filha pequena e asituação começou a ser difícil de ge-rir. “Eu disse à minha mãe que nãocontinuava a fazer aquilo em casa delaporque os meus irmãos podiam jul-gar que eu estava a ganhar uma for-tuna e que a casa não é minha, dis-se-lhe que ia dizer aos clientes que,se quisessem podiam passar em mi-nha casa para fazer a barba e cortaro cabelo”. Os clientes continuaram aaparecer. Uns diziam que os pais nãopodiam sair de casa e o barbeiro nãoia lá. Luís ia, mas desde que passoua barbearia para sua casa nunca maiscobrou dinheiro. “Aqueles que po-diam continuavam a ir lá e alguns sóquando morreram é que deixaram”.

Continua a fazê-lo até hoje. Cor-ta a barba e o cabelo aos irmãos, aalgumas pessoas que ainda lhe vãopedindo e é, há 25 anos, o Barbeirodo Lar Familiar da Tranquilidade. Luísconta que, em 1990, quando o larabriu, o diretor foi à sua barbearia elhe disse: “Oh senhor Luís, não cortaa barba a estes dois senhores?”. LuísCarneiro disse que sim e não acei-tou que lhe pagassem. António Bar-bosa disse-lhe que voltaria com os

“Alguns utentes tinhambarbeiros, mas quan-do souberam que eunão levava dinheironenhum, deixaramlogo o deles e entãocomeçou a crescer, acrescer [o número deutentes]; passarama 12, despois foram 14,e agora são 30 e tal.”

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06 | ENTRE MARGENS | 30 ABRIL 2015

Nos 41 anosdo pós 25 de Abril

41 anos do pós 25 de Abril e 40 so-bre as primeiras eleições livres paraa Assembleia Constituinte que quasefizeram o pleno da afluência às ur-nas, tal era a ânsia de participar naconstrução de um país novo, merecía-mos todos bem mais por parte dosaparelhos partidários que se consti-tuíram como a salvaguarda da Demo-cracia que temos. Justamente quandoum novo ciclo eleitoral se abre, como épossível que um diretório de deputa-dos representativo de três grupos po-líticos tire da cartola uma disposiçãolegal que, constrangendo uma dasaquisições mais importantes de Abril,a liberdade de imprensa, pretenda fa-zer dos órgãos de comunicação, umveículo da propaganda eleitoral dospartidos concorrentes definindo comrégua e esquadro os espaços disponí-veis para conteúdos noticiosos equita-tivos dos vários quadrantes em prejuí-zo dos conteúdos editoriais e forma-tivos de uma opinião pública saudávele livre de tutelas e clientelas formata-das para o voto? A reação dos órgãosde comunicação foi unânime, rejeitan-do este projeto de lei, “que represen-ta uma ingerência inaceitável e perigo-sa do poder político na liberdade edi-torial”, ao ponto de até a imprensa es-trangeira, por exemplo, o El Pais em Es-panha, dizer preto no branco “que a

OPINIAO~

INSCRITO NA D.G. DA C.S. SOB O Nº112933

DEPÓSITO LEGAL: 170823/01

PERIODICIDADE: BIMENSAL

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FERNANDO TORRES, MIGUEL MIRANDA, ANTÓNIO LEAL, ALBERTO GOUVEIA, CARLA VALENTE, BELANITA ABREU,

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ENTRE MARGENS - Nº 537 - 30 DE ABRIL 2015

As freguesias do concelho deSanto Tirso, como com certeza asde todos os concelhos deste paísà beira mar ‘prantado’ devem so-frer da mesma maleita: o enve-lhecimento.

Envelhecimento que significa,em geral, decadência, degrada-ção, fragilidade, dos equipamen-tos e das pessoas e, quando ostempos se apresentam como os dehoje, em que há dinheiro para tu-do menos para o que é mais urgen-te e necessário mas que não dánas vistas, os maus resultados des-se envelhecimento tornam-se maispesados para quem dele sofre.

Nessas freguesias, verdadei-ramente ‘da periferia’ parece nãohaver verdadeira preocupaçãocom os deficites, as carências oudecadência dos equipamentos edas pessoas.

Tudo e todos estão cada vezmais velhos, gastos, em mau esta-do: espaços e equipamentos, pas-sagens para peões e passadeiras(quando há) estão, em geral, emmísero estado e cada vez há maisgente deles necessitando…

Censura prévia volta a Portugal”. En-fim, um vício ‘prévio’ datado do 24 deAbril (de 2015) e que só não teve maisconsequências, porque os autores detamanho dislate logo foram desmenti-dos por protagonistas mais sérios e avi-sados do poder político-partidário.

Não vou fazer eco dos costumeirosatos festivos do 25 de Abril na Assem-bleia da República em que o discursomais aguardado é sempre o do Presi-dente da República, que nas presentescircunstâncias é o discurso de alguémem fim de funções, incapaz já de ter umaeficácia performativa na condução dapolítica governativa. Também não vouconsiderar como facto mais importan-te do 25 de abril, aquilo que ‘antes deo ser já o era’, o anúncio de que a coli-gação se manteria por vontade dos seusdois líderes, numa aposta de conti-nuidade irremediável que visa sobre-tudo desacreditar a perspetiva derutura com a ‘austeridade’ pela ‘al-ternativa’ socialista personalizada poreconomistas ‘reformistas’ com créditoe reconhecimento. Falarei do único atofestivo que me foi dado testemunharna sede da nossa democracia local,por iniciativa da Assembleia Munici-pal, um órgão que, pelo menos formal-mente, se assume como espaço de li-berdade e de algum protagonismo epara o qual votamos também, sem noentanto vermos habitualmente os seusefeitos e eficácia na política camarária.Usaram da palavra eleitos locais con-celhios com representação eleitoralminoritária com perspetivas mais crí-ticas e por vezes mais agudas do exer-cício do poder pelas maiorias insta-ladas no poder executivo e nos apa-relhos ideológicos dominantes e issofaz a diferença, há sempre válvulas de

escape de outras ideias, de outras ló-gicas, de movimentos de cidadãos e,dar-lhes voz é imperativo na demo-cracia participativa local. Foi longa asessão, não houve limitação de “tem-pos de antena” e por isso quase todos“extravasaram” demais, com os repre-sentantes das maiorias estabelecidas asair do campo dos temas locais, quedeviam ser os que verdadeiramenteimportavam aos munícipes, para “pe-rorarem” sobre as políticas nacionaiscomo se fossem deputados da AR apiscar os olhos ao eleitorado em con-sonância perfeita com as estratégiasoficiais dos partidos por que forameleitos. Falou também o presidenteda Câmara, como era natural e, comoera natural, fez crer que o essencialda sua política neste ano e meio demandato não só estava de acordo comos princípios programáticos que apre-sentou, como estavam a cumprir ‘Abril’e a constituir uma almofada indispen-sável para minorar os efeitos de umacrise ‘austeritária’ que, causada pelagovernação vigente na sua opinião,penalizava gravemente uma popula-ção já atingida pelo flagelo do desem-prego e, aparte uns sorrisos irónicose uns acenos de cabeça divergentes, nãoteve réplica por parte de quem deve-ria tê-la assumido por antecipação.

Não deixou de ter um significadosimbólico nesta sessão solene do 25de Abril concelhio, no átrio da Câma-ra, a inauguração de um ascensor queproporciona, a partir de agora, a mo-bilidade das pessoas com deficiênciamotora permitindo-lhes o acesso aoprimeiro andar e a eliminação dasbarreiras arquitetónicas e entraves àmovimentação na casa da democraciae do poder municipal. |||||

Luís Américo FernandesO DIRETOR

ArmadilhasEste envelhecimento exigiria

um estudo atento mesmo de si-tuações aparentemente normaismas que se tornaram perigosaspor isso. Dou um exemplo:

As escadas que ladeiam o edi-fício da Junta de freguesia, apa-rentemente normais, tornaram-seuma ratoeira para as pessoas maisidosas e nelas já houve quedas,mais ou menos aparatosas!

Faltam-lhes corrimãos a quenos possamos segurar na subi-da e na descida. Então aqui ficao pedido: coloquem-lhes lá umcorrimãozinho se faz favor…

Os mais novos e os mais ve-lhos agradecem. ||||| JOSÉJOSÉJOSÉJOSÉJOSÉ MMMMMACHADOACHADOACHADOACHADOACHADO

As escadas que ladei-am o edifício da Jun-ta de freguesia, apa-rentemente normais,tornaram-se umaratoeira para aspessoas mais idosas.”

CARTAS AO DIRETOR

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CARTOON // VAMOS A VER...

Obrigado!

O 25 de Abril não é apenas uma datahistórica: existiu, existe e existirá. Háquarenta e um anos, o povo portuguêsempolgou-se e aderiu massivamen-te à revolta dos capitães de Abril, cujoobjetivo primordial era, depondo o re-gime da Ditadura do Estado Novo, aca-bar com a guerra colonial e construiruma sociedade mais justa, livre, demo-crática, solidária e mais desenvolvida.

Com o fim da guerra, a paz voltouao seio das famílias portuguesas. Osdireitos, liberdades e garantias, sone-gados durante mais de quarenta anos,foram constitucionalmente garantidose a democracia foi restaurada desdeentão até ao presente.

Todavia, como afirmou recentemen-te o patriarca de Lisboa, Manuel Cle-mente, na Assembleia Geral do Epis-copado Português, muito se fez de-pois da Revolução dos Cravos, masainda falta outro tanto para que osideais de Abril se cumpram.

É que, segundo o Relatório da Ca-ritas Portuguesa, Portugal foi o paísque mais aumentou o risco de pobre-za e de exclusão social em 2014, se-guido pela Grécia, e que, apesar daausteridade e dos sacrifícios exigidosaos portugueses, a dívida pública au-mentou exponencialmente para 128por cento do PIB, a mais alta a seguirà Grécia (174,9 por cento).

Por outro lado, a fim de reduzir asdesigualdades sociais existentes, a ri-queza criada no país deve ser distri-buída de forma mais equitativa e so-cialmente deve ser alcançado um“equilíbrio mais justo na repartiçãodos sacrifícios”. Acresce que é neces-sário e urgente, entre outras medidas,pôr um travão à corrupção, por trans-versal à sociedade portuguesa, quecontamina e pode pôr em risco a de-mocracia portuguesa.

Não é fácil, mas não é preciso to-mar medidas tão drásticas como a des-crita no Génesis, primeiro livro da Bí-blia, em que Deus, “vendo que a terra

Ideais de Abril - oque falta cumprir

Fernando Torres

Manuel Neto

ENTRE MARGENS | 30 ABRIL 2015 | 07

Diz a nossa autarquia que no anoletivo 2015/2016 nenhuma escolasob a sua tutela terá amianto. Maisum passo dado para melhorar osestabelecimentos de ensino do nos-so concelho. Uma notícia sem dú-vida muito boa mas, como habitual,transmitida e utilizada para ajudara agenda política.

A reboque de tal feito, o executi-vo camarário representado pelo seupresidente, decidiu que era uma boaoportunidade para glorificar o seupartido e atacar o partido da oposi-ção. Transmitiu a sua insatisfação como facto do atual governo não estar acumprir com as suas obrigações noque diz respeito à remoção de ami-anto das escolas sob a alçada doMinistério da Educação, alegandoainda que este se tem esquecido doconcelho de Santo Tirso aquando daatribuição de financiamento para equi-pamentos escolares. E aproveita paraelogiar o anterior governo, atravésdo programa de renovação de es-colas através da Parque Escolar.

Se é para refletir nas obrigaçõesdos nossos políticos e nos seus pro-gramas, deixem-me só relembrarumas coisas: em 2003 o Parlamen-

CRÓNICO

estava completamente corrompida”, fezcair sobre ela um dilúvio de água, deque, dos seres humanos, se salva-ram apenas Noé e a sua família.

O combate eficaz à corrupção era,aliás, expressamente uma das medi-das imediatas do programa do Mo-vimento das Forças Armadas que de-sencadeou o 25 de Abril em 1974.Mas as medidas tomadas foram, nestedomínio, sempre insuficientes.

E o que é a corrupção? “É a preva-lência da mentira e da batota”, expli-cou na semana passada, em Évora, opresidente do Tribunal de Contas,Guilherme d’Oliveira Martins, aos alu-nos de uma escola secundária. E àpergunta “É possível eliminar a corrup-ção?”, respondeu que nunca, porque“a carne é fraca”. Mais disse que “acorrupção começa de favor e acaba nocrime”, que passar à frente numa filaou meter uma cunha tem consequên-cias. Mas nenhum de nós está imunee, por isso - defende - é preciso tomarmedidas preventivas, porquanto, emcasos de corrupção, “a matéria de pro-va é das mais difíceis” de obter, daí re-sultando poucas condenações. Entreessas medidas preconiza “maior trans-parência”, leis “poucas e claras” (as leismuito complicadas favorecem a cor-rupção) e mais “meios para investigar”.

Eis, no meu modesto entendimen-to, algumas medidas necessárias paraque se cumpra o ideário de Abril! ||||||

É necessário e urgentepôr um travão à cor-rupção que pode pôrem risco a democracia.”

to Europeu emitiu uma diretiva queveio impor a remoção de materiaiscontendo amianto sempre que es-tes estejam presentes em locais detrabalho, ensino... Ou seja, demo-rou 12 anos para se fazer cumpriruma diretiva. Acrescento que du-rante esses 12 anos a autarquia queagora se faz elogiar, liderou a câ-mara municipal com maioria cor-de-rosa e que 10 desses 12 anos con-tou com um governo central igual-mente cor-de-rosa.

Utilizar a Parque Escolar como umbom exemplo, só mesmo um políti-co. Se falar com qualquer diretor deum agrupamento de escolas perce-berá que esta iniciativa foi um verda-deiro esbanjar de dinheiro público.Lembro-me de ouvir um diretor deum agrupamento, aquando da elabo-ração do projeto para melhorar umadas suas escolas, dizer que o que seestava a fazer era equivalente a tercinco filhos para vestir, decidir quese iria gastar todo o fundo mone-tário num fato de veludo vermelhopara o mais velho, sem se perceberque depois se ficava sem dinheiropara o mandar lavar a seco, quantomais vestir os restantes filhos.

A notícia das obras que a câma-ra tem levado a efeito nas escolasque tutela poderia ter ficado pelareferência ao feito em si. Eu teria fe-licitado e ficado mais tranquilo rela-tivamente aos espaços que as nossascrianças habitam. No entanto, comohabitual, o executivo optou por ves-tir os seus fatos de veludo e ence-

nar uma peça de teatro cor-de-rosa.E como qualquer peça de teatro,

esta precisava de um palco e umaplateia, que o executivo camaráriomuito rapidamente definiu comoideal, uma sala de aula. Devo dar-lhes os meus parabéns, não haviamelhor local:

- Passou a haver registo de visitado executivo às escolas, numa altu-ra em que toda a confusão e incom-petência política que marcou o iní-cio do ano letivo já tinha acalmado;

- Os funcionários que gerem oespaço farão tudo para assegurarque a visita corra lindamente, por-que já perceberam que o seu empre-go depende diretamente da sua re-lação com a autarquia local;

- A plateia é garantida. Existemleis e regulamentos que lhe proíbea saída do espaço, e, para todos osefeitos já está habituada a ter que ou-vir matéria defendia por políticos queem nada lhes interessa ou cultiva.

Comecei e termino agradecen-do a nossa autarquia pelo feito.Contudo não posso deixar de lheslembrar que não fizeram mais doque a sua obrigação.

Estando eliminada a matéria tó-xica das escolas do nosso concelho,o próximo passo seria anunciaremo fim dos discursos tóxicos nas es-colas que tutelam. Como é algo queos políticos não conseguem contro-lar, como é algo transversal a todosos partidos, crianças, tenham paci-ência, eles só querem as suas pen-sões vitalícias. É crónico... Eu sei. ||||||

Estando eliminada a matéria tóxica dasescolas do nosso concelho, o próximopasso seria anunciarem o fim dosdiscursos tóxicos nas escolas que tutelam.FERNANDO TORRES

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08 | ENTRE MARGENS | 30 ABRIL 2015

ATUALIDADE

||||| TEXTO E FOTOS: ELELELELELSSSSSAAAAA CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

Poucas vezes se terá falado tanto deliberdade de imprensa como na pas-sagem do 41º aniversário da Revo-

OS DISCURSOS DOS VÁRIOS PARTIDOS VOLTARAM A FAZER-SE NA CERIMÓNIA QUE MARCOU O 41º DO 25 DE ABRIL

“A liberdade é olhar em volta e ver onosso povo a viver com dignidade”

lução dos cravos, que trouxe esse eoutros direitos a Portugal e instau-rou a democracia. O 25 de Abril,neste 2015, foi assinalado sob a som-bra de um projeto lei da autoria doPS, PSD e CDS que estabelece novasregras de cobertura jornalística dascampanhas eleitorais. Um dos pontosmais controversos obrigaria os órgãosde comunicação social a enviar, an-tes do início da pré campanha, “umplano de cobertura jornalística do pe-ríodo eleitoral”, com pesadas multaspara os incumpridores. A intençãolevou os jornalistas a ameaçar nãofazer qualquer cobertura e alguns mé-dia internacionais a falar em censura.“O direito a informar dos jornalistase o direito dos cidadãos serem infor-mados não podem ser condiciona-

dos nem limitados pelo poder políti-co”, podia ler-se no comunicado con-junto de alguns dos maiores meiosde comunicação privados nacionais.

Em Santo Tirso, o assunto surgiupela voz de Luís Freitas, que no seudiscurso, enquanto deputado muni-cipal eleito pelo PS, alertou para “umasuposta intenção dos partidos dochamado arco do poder de preten-der condicionar uma conquista fun-damental do 25 de abril que é a baseda nossa democracia”. O antigo vice-presidente da Câmara, salientou aimportância de debater, “com a máxi-ma urgência” o assunto “a que alguémjá chamou de censuras ocultas”, “deforma a suprir o mau estar e desconfi-ança que se instalou nas pessoas”.

A cerimónia que assinalou o dia

da Liberdade contou, como de restoaconteceu no ano passado, com aintervenção de todos os partidos comassento na Assembleia Municipal e,entre memórias de um passado re-cente e de um presente mais ou me-nos conturbado, a mensagem foi,sobretudo, de esperança.

As cores da Liberdade que o pre-sidente da Assembleia Municipal, RuiRibeiro, descreveu pintam-se com li-nhas de direitos fundamentais. “A li-berdade é olhar em volta e ver o nos-so povo a viver com dignidade, quenão vive acima das suas possibilida-des mas que tão-somente deseja sa-tisfazer as suas necessidades. Umpovo com liberdade de emigrar poropção e não por obrigação, um povoque possa cuidar dos seus, que pos-

sa envelhecer sem medo da fome,que não empobreça dia após dia, quetenha direito ao trabalho sem precari-dade, à saúde sem ser amontoadoem corredores de urgência, à justiçacega, sem que para alguns prescre-vam os crimes e para outros prescre-vam os direitos”. “Hoje, mais do quenunca, temos de reafirmar os valoresde abril”, afirmou, por sua vez, o pre-sidente da Câmara, “hoje, mais doque nunca, os ideais que guiaram os“Capitães de Abril” devem ser postosem prática ao serviço de todos”. Joa-quim Couto lembrou o esforço exigi-do aos portugueses durante os últi-mos anos o “abalo profundo” que oEstado Social sofreu e como “a Euro-pa, aqui tão perto, nunca foi verda-deiramente solidária connosco”. “Ho-

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ENTRE MARGENS | 30 ABRIL 2015 | 9

“JOAQUIM COUTO, CMST

A entrada de Joaquim Couto nasessão solene comemorativa dos41 anos do 25 de abril fez-se deelevador. Em sentido descenden-te, o presidente da Câmara - acom-panhado de um munícipe commobilidade reduzida - assinaloude forma simbólica, a entrada emfuncionamento do elevador pa-norâmico instalado no edifíciocamarário. Ou, por outras pala-vras, e eliminação de uma barrei-ra arquitetónica que permite ago-ra o acesso de todos ao, por exem-plo, salão nobre da Câmara Mu-nicipal onde mensalmente o exe-cutivo debate assuntos que dizemrespeito a todos os munícipes.

No final da cerimónia come-morativa, o Coro S. Bartolomeuinterpretou o célebre “GrândolaVila Morena” de Zeca Afonso e oHino Nacional, num momentomusical dirigido pela maestrinaSusana Ferreira. Mais tarde, pe-las 18 horas, outro momento co-memorativo da Revolução dosCravos, desta vez protagonizadopela atuação da Orquestra Sinfó-nica de Sopros da ARTAVE, com-posta por meia centena de jovensinstrumentistas. ||||||

je, 41 anos volvidos à Revolução deAbril, ainda é por Liberdade e apro-fundamento da Democracia que te-mos que lutar”, referiu, “mas hoje a lu-ta não dá pelo nome de revolução.Tem outros nomes, mas não deixamde exigir uma grande coragem e es-forço: impedir que pela primeira vezdesde o 25 de abril de 1974, os nos-sos filhos vivam pior do que os pais”.

Num 25 de abril que também sefez de números, de défices, de cres-cimento e percentagens, destacou-sea importância do poder autárquico,da escolaridade, da saúde, do em-prego e desenhou-se um futuro me-lhor do que o presente, inspirado emvalores do passado. “Como tudo se-ria diferente se fossem acarinhados osprincípios da justiça, através das tare-fas fundamentais do Estado, ondeficassem garantidos os direitos e liber-dades fundamentais e o respeito pe-los princípios do Estado democráti-co”, assinalou Henrique Pinheiro Ma-chado, eleito pelo Movimento Inde-pendente P’ra Frente Santo Tirso. “Co-mo tudo seria diferente se, na realida-de, todos os cidadãos tivessem a me-sma dignidade social e usufruíssemde tratamento igual perante a lei, ese ninguém pudesse ser privilegia-

do, beneficiado, prejudicado, privadode qualquer direito ou isento dequalquer dever em razão da sua as-cendência, sexo, raça, território, reli-gião, convicções politicas ou ideoló-gicas”. “O país deverá ser pensado,planeado com outro timing que nãoa utopia de quatro anos”, defendeudepois José Moreira Pacheco, do Mo-vimento Agua Longa é de Todos.

“Em tempos a sociedade civil envol-via-se, debatia, interagia e lutava pelassuas ideias, pela sua qualidade devida e pelo seu país. Será que hoje,25 de abril de 2015 a acontece omesmo?”, questionou Ricardo Rossi,eleito pelo CDS-PP. “Não”. Até por-que, defende, “a democracia sendopilar da sociedade contemporânea épara servir e não para ser servida e omodo como os políticos descredibili-zaram a democracia resulta no de-sinteresse dos cidadãos”. CláudiaMonteiro, do PCP, acredita que “aspolíticas que se tem praticado, con-trariando e invertendo os valores deabril, apresentam resultados sociais eeconómicos desastrosos na vida dosportugueses”. “Assistimos hoje a umapolítica fraca para os fortes e fortepara os fracos”, resume.

Luís Freitas não esquece que ossérios desafios que o país tem vindoa enfrentar abalam a estabilidade dasconquistas de outrora, que vão “des-de o alheamento dos cidadãos em re-lação à vida politica, ao tecido demo-gráfico que se desequilibra perigosa-mente pela baixa natalidade e peloenvelhecimento progressivo da popu-lação, ao desemprego com os seusefeitos sociais e especialmente nefas-tos para os desempregados de meiaidade e de longa duração e para osjovens que dispondo de talento e pre-paração como nenhuma outra gera-ção anterior”, o continuam a ver des-perdiçado.

Para Luísa Magalhães, eleita pelacoligação PSD/PPM, é importante re-alçar que “o Portugal de hoje não é omesmo de há três anos”. “Levanta hojea cabeça com dignidade entre os seuspares, e é o testemunho vivo de queo esforço, o empenho, a honestida-de e a firmeza na assunção dos com-promissos vale a pena”. “Todos senti-mos na pele o imenso esforço feitopara chegar aqui, por vezes até comalgum desalento, mas afinal a incontor-nável austeridade deu frutos, a eco-nomia portuguesa afastou o espec-tro da rotura e est’a em crescimento”,sublinhou.

Sobre o futuro, Luís Freitas realçaa necessidade de “mobilizar os cida-dãos para os deveres de participação

na discussão e na decisão dos as-suntos do bem comum” e encurtar“a distância entre eleitores e eleitos”.Essa é, também, a opinião de Henri-que Pinheiro Machado que acreditaque “a democracia que se tem quequerer construir é a que faz de cadadia um novo 25 de abril de 1974,onde o povo participa nas suas asso-ciações locais, nas reuniões da câ-mara e assembleias municipais, nasassembleias de freguesia ou em qual-quer outro fórum”.

“O 25 de abril trouxe-nos a de-mocracia, o encanto da democraciaé saber usá-la aplicá-la e vivê-la”, su-blinhou Ricardo Rossi. Para LuísaMagalhães, o difícil ciclo pelo qual opaís passou transformou todos, “emopções, em prioridades, até em valo-res de vida por vezes adormecidos”.“Todas as crises profundas têm esteefeito”. E Cláudia Monteiro não temdúvidas: “Portugal não está conde-nado nem ao fracasso, nem à misé-ria, nem à perda de soberania, por-que Portugal voltará a ser a terra daliberdade, a terra da fraternidade, dosrostos da igualdade, onde é o povoquem mais ordena”. |||||

ELEVADORPANORÂMICO

“O país deverá ser pla-neado com outrotiming que não a uto-pia de quatro anos”

JOSÉ MOREIRA PACHECO, MOVI-MENTO ÁGUA LONGA É DE TODOS

CLÁUDIA MONTEIRO, PCP

“As políticas que setem praticado, con-trariando e inverten-do os valores deAbril, apresentamresultados sociais eeconómicos desastro-sos na vida dos por-tugueses”

“Todos sentimos napele o imenso esforçofeito para chegaraqui, mas afinal aincontornável auste-ridade deu frutos, aeconomia portuguesaafastou o espectro darotura e estaem crescimento”.LUÍSA MAGALHÃES, PSD/PPM

“O 25 de Abril trouxe-nos a democracia, oencanto da democra-cia é saber usá-laaplicá-la e vivê-la”RICARDO ROSSI, CDS-PP

“Como tudo seria di-ferente se fossem aca-rinhados os princípi-os da justiça, atravésdas regras fundamen-tais do Estado”HENRIQUE PINHEIRO MACHADO,P’RA FRENTE SANTO TIRSO

“[É preciso] mobilizaros cidadãos para osdeveres de participa-ção na discussão e nadecisão dos assuntosdo bem comum”LUÍS FREITAS, PS

A Europa, aqui tãoperto, nunca foiverdadeiramentesolidária connosco”.

“Abril Português”, peça representativado quotidiano do povo Português en-tre 1960 e 1974 através da música,dança e poesia, encheu, no passadodia 24 de abril, o auditório Engº Euri-co e Melo, em Santo Tirso. A inicativa,por sua vez, assinalou a passagemdo 41.º aniversário da Revoluçãodos Cravos numa inicativa levada acabo pela União de Freguesias deSanto Tirso, Couto (Santa Cristina eS. Miguel) e Burgães.

No feriado de 25 de Abril foi ain-da levada a cabo a distribuição sim-bólica de cravos pela população daUnião de Freguesias, relembrando as-sim esta data junto de quem para elalutou e agora usufrui diariamente. |||||

SANTO TIRSO // ABRIL

União assinalouo 25 de Abril

Em vésperas do encerramento da ex-posição “Esculturas e Desenhos –1963-2015”, patente na Fábrica deSanto Thyrso, a Câmara Municipal eAlberto Carneiro formalizaram a von-tade do artista plástico em deixar asua obra ao município.

O Contrato de Doação de Obrasde Arte foi assinado ontem na navecultural da Fábrica de Santo Thyrsonuma cerimónia no âmbito da qualfoi também apresentado o projeto dofuturo Centro de Arte Alberto Car-neiro. Mais informação no próximonúmero do Entre Margens. |||||

Alberto Carneirodoa espólio

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10 | ENTRE MARGENS | 30 ABRIL 2015

ATUALIDADE

“Não há razão para quea nossa junta não sejatratada da mesmaforma que as restantes”ASSEMBLEIA DE FREGUESIA APROVOU MOÇÃO QUE DEFENDE A INSTALAÇÃO DA AÇÃOSOCIAL NO PACAR, EM RINGE E O ESPAÇO DO CIDADÃO NA JUNTA DE FREGUESIA.

||||| TEXTO: ELELELELELSSSSSAAAAA CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

Se era certo que a Junta de Freguesiade Vila das Aves não via com bons

al da autarquia acabou por dominargrande parte da sessão. O assunto foilevantado pela Secretária Coordena-dora do PS de Vila das Aves, SóniaMartins, que aproveitou o período deintervenção do público para “tirar al-gumas ilações” de entrevistas ondea presidente defendia que o serviçose realizasse na junta. “Se efetivamentea Câmara Municipal dispõe de equi-pamentos e infra-estruturas própriasé perfeitamente normal que utilize assuas”, defendeu Sónia Martins subli-nhando que “o Centro Cultural nãoexiste apenas para apresentar culturamas sobretudo para servir toda a po-pulação”. A secretária Coordenado-ra mencionou inclusive, a exposiçãoque assinalou os 60 anos de vila, rea-lizada no salão nobre da Junta. “Tam-bém não tem pretensão de utilizar oespaço municipal a que chama Casada Cultura, ainda por cima sabendoque é pretensão da autarquia que opólo cultural seja dinamizado tam-bém com atividades proporcionadaspela junta de freguesia de Vila dasAves e também pelas juntas envolven-tes”. Para Sónia Martins não foi ‘debom tom’ a ausência da presidentena sessão de apresentação do aten-dimento e “demonstrou que os inte-resses políticos se sobrepuseram aosverdadeiros interesses da população”.

Quem não gostou da interven-ção foi Sebastião Lopes, do PSD, que,de imediato, se mostrou contra o fac-to de se “aproveitar a Assembleia deFreguesia para fazer campanha”. “Nin-

guém está contra o serviço de açãosocial”, explicou Sebastião Lopes, “to-dos estamos de acordo com a descen-tralização”. A grande questão é mes-mo o local onde instalar os serviços.

NEM TIDA NEM ACHADA“Eu não podia ficar apática nem cala-da neste assunto, nem vou ficar”,garante a presidente da Junta, Elisa-bete Roque Faria que admite louvar aatitude. “Chamem-lhe o que quise-rem mas eu não acho que haja aproxi-mação quando somos chamados pa-ra uma reunião e nos é informadoque vai ser assim”. A presidente asse-gura que a Junta não foi ‘tida nemachada’ no assunto e que quando, a5 de janeiro, lhe foi apresentada adescentralização dos serviços mani-festou, de imediato o descontenta-mento. “Não há razão para que a nos-sa junta de freguesia não seja trata-da da mesma forma que as restantesjuntas do concelho, havendo nestaespaço e disponibilidade. Na quali-dade de membro da comissão execu-tiva do centro cultural não fomos ou-vidos nessa tomada de decisão, nãonos parece que o centro cultural sejavocacionado para este tipo de ativida-des porque já que se trata de descen-tralizar poderia a excelentíssima câ-mara equacionar instalar os serviçosde atendimento no PACAR, em Ringe,para onde esta junta já encaminhaeste tipo de atendimentos”, referiu oexecutivo da junta, por carta.

Sebastião Lopes, por seu lado, lem-

olhos a instalação dos serviços des-centralizados da ação social da autar-quia e o espaço do cidadão no Cen-tro Cultural de Vila das Aves, é ain-da mais certo que o assunto ganhounovos contornos. É que, depois de aComissão Social de Freguesia ter feitochegar uma carta à autarquia onde so-licitava que o serviço passasse a funci-onar no edifício da Junta, agora foi avez da Assembleia de Freguesia apro-var uma moção no mesmo sentido.

Na Assembleia de Freguesia deVila das Aves de dia 18 de abril iriaser debatida a Conta gerência de2014, o inventário e outras informa-ções do executivo mas tornou-se embem mais do que isso e a descen-tralização dos serviços de ação soci-

VILA DAS AVES // ASSEMBLEIA DE FREGUESIA

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ENTRE MARGENS | 30 ABRIL 2015 | 11

RUI BATISTA, PSD

O parque teve um custode 21 531,78 euros. Odonativo foi 22 mileuros, está explanadonos documentos.

Gostaria de saberqual foi o custo doparque infantil e odonativo que foi dado.ANTÓNIO COSTA, PS

Foram enviados os fi-cheiros das contas dafreguesia, o planoplurianual de investi-mentos e o inventário.Alguns destes ficheirosestão ilegíveis. (…) Nãose verifica o rigor e atransparência apregoa-dos pelo que não seespere a sua aprovação.

No Centro Culturalcriaram-se as salas queestão viradas para aMidouro e, no projeto,estava previsto queseriam para as váriasassociações de Vila dasAves, por isso quese dê o uso para oqual aquilo foi feito.

ANA LUÍSA SANTOS, PS

ELISABETE ROQUE FARIA,PRESIDENTE DA JUNTA

Qual é o órgão doCentro Cultural do qualo presidente daAssembleia de Freguesiafaz parte e para o qualnunca foi convocado?AMÉRICO LUÍS FERNANDES,PRESIDENTE DA ASS. DE FREGUESIA

SEBASTIÃO LOPES, PSD

brou que “não vai há muito tempo aUniversidade Sénior pediu salas aoCentro Cultural e foi-lhes dito quenão havia salas” e apresentou mes-mo uma moção onde solicita à autar-quia que instale o Espaço do Cida-dão na Junta de Freguesia e os servi-ços descentralizados da ação socialno PACAR, em Ringe. “Sendo do co-nhecimento público que noutras fre-guesias do concelho estes mesmosserviços estão ou vão estar sediadosnas juntas de freguesia, consideran-do que o Centro Cultural não esta vo-cacionado para este tipo de ativida-des, além de não ter havido a aber-tura e disponibilidade bastantes paraceder, por exemplo, espaços de tra-balho à recém criada universidadesénior que oportunamente lhe foramsolicitados, estando certo que o edi-fício da junta de freguesia já albergaum posto de atendimento da segu-rança social e tem condições para ins-talação do espaço do cidadão, consi-derando também que o centro comu-nitário da associação de moradoresbem como o PACAR de Ringe têmvindo ao longo do tempo a realizartrabalho de atendimento de muníci-pes no domínio de ação social, a as-sembleia de freguesia reunida emsessão ordinária no dia 18 de abrilde 2015 considera que deverão serapoiadas todas as iniciativas que ajunta de freguesia entenda necessá-rias para que o espaço do cidadãofuncione no edifício da junta de fre-guesia e as atividades da universida-de sénior passem pelo menos parci-almente para o Centro Cultural deVila das Aves. Deve ser apoiada aideia de descentralização do atendi-mento social camarário para o cen-tro comunitário do PACAR de Ringe”.A moção acabou mesmo por seraprovada mas sem os votos favorá-veis dos deputados socialistas queconsideraram não fazer qualquer sen-tido. “Eu acho que os avenses estãobem servidos na junta ou no CentroCultural”, adiantou António Costa,do PS. Para o deputado, trata-se “deuma questão política”, “é tudo politi-quice”, sublinhou. “É uma questãopolítica, sim”, apressou-se a respon-der Sebastião Lopes, “e por isso é queos serviços foram para o Centro Cul-tural e não para a junta e quem co-meçou com a política não fui eu”. Odeputado acredita que “não é assimque se procede”, especialmente quan-do “se diz que há diálogo aberto”.

A conta gerência de 2014 e oinventário acabariam por ser, igual-mente aprovados, com os votos con-tra dos eleitos pelo PS. |||||

“Sra. presidente informeos serviços camarários,não vá eles andaremperdidos, que a pontede caniços liga Bairro aVila das Aves e não Bair-ro a Rebordões como selê na Revista Municipal”.

Santo Tirso Market naFábrica a 9 de maio

Workshops, desfiles de moda,apresentações, concertos, show-cooking e prova de vinhos, passeiode automóveis clássicos e exposi-ção de 20 carros, espaço kids comatividades ludico-pedagógicas. Osingredientes que compõem o San-to Tirso Market by Amazing Bazaarsão mais que muitos e incluemainda algumas das melhores mar-cas de todo o país. Depois de tersido um sucesso no Porto, o even-to vai, este ano acontecer na Fábri-ca de Santo Thyrso, a convite daautarquia. Quando o presidenteda Câmara, Joaquim Couto, ouviufalar da iniciativa percebeu, de ime-diato, que “assentava que nem umaluva” naquilo que pretendiam de-senvolver para a Fábrica. “Temos umespaço esplendido, enquadra-seno conceito de moda, no concei-to de modernidade que toca vari-as áreas que a própria fábrica en-cerra no seu conceito”, adiantouo presidente da Câmara.

O presidente acredita que oevento tem também uma vertentede “promoção do concelho”, e de“afirmação das suas potencialida-des”. Para além disso, Couto acre-dita que “há aqui uma cultura têx-til que tem 150 anos que não sepode perder”. “O relatório Porterde há 15 ou 20 anos disse exata-mente que o futuro de Portugalera a reformulação, a moderniza-ção de tudo aquilo que é o seusaber e que esta no adn desta po-pulação da região norte como otêxtil, o calçado e outras indústri-as”. Por isso mesmo, sublinha oautarca, “agora o têxtil está viradopara as marcas, para as tecnologiase para todos os meios mais mo-dernos possíveis”

A organização do Santo TirsoMarket está nas mãos de VeraRoquette e Paula Austin que ga-rantem tratar-se de um evento di-ferente do que as pessoas estãohabituadas. Para Vera Roquette o

espaço da Fábrica de Santo Thyrsoé “maravilhoso” e nem o facto deser fora do centro do Porto diminuias expetativas, pelo contrário, ga-rante, “até traz uma beleza especi-al a este evento”. Paula Austin ex-plica que as marcas presentes sãosobretudo de vestuário e decora-ção e já ultrapassam as 60. “Va-mos ter muitas marcas de vendaonline, pelo que as pessoas vão teraqui a oportunidade de conheceros artigos e tocar-lhes”, adianta.

Dia 9 de maio, a Fábrica deSanto Thyrso irá encher-se de mo-tivos para conhecer a Santo TirsoMarket by Amazing Bazaar e VeraRoquette diz esperar que mais decinco mil pessoas por lá passem.O presidente da Câmara não temdúvidas: “vai ser um sucesso”.

Uma delas é a I love textile,uma loja online de produtostêxteis que está sediada naFábrica. Trabalham com cercade uma dúzia de designers eoferecem aos clientes a possi-bilidade de personalizaremos produtos que querem ad-quirir. Paralelamente, irão es-tar presentes várias marcas doconcelho, assim como de con-celhos vizinhos como Trofa ouGuimarães. “Temos as melho-res marcas nacionais, temoslista de espera de marcas paravir e em termos de comprasconfiem porque vai ser mes-mo o mercado do ano”, defen-de Vera Roquette. |||||

EMPRESAS ENCUBADASVÃO ESTAR PRESENTES

DIZ SER “UM EVENTO DO OUTRO MUNDO” E ESPERARECEBER MAIS DE CINCO MIL PESSOAS. O SANTOTIRSO MARKET BY AMAZING BAZAAR CHEGA À FÁBRICADE SANTO THYRSO NO PRÓXIMO DIA 9.

SANTO TIRSO // MERCADO

A organização esperaque no dia 9 de maio,mais de cinco milpessoas passem peloSanto Tirso Market

Rui Osório nosjantares debateda Amar -Santo Tirso

No âmbito do Ciclo de Conferências“Santo Tirso - Uma referência Nacio-nal”, promovido pela associação cívi-ca Amar – Santo Tirso e a Câmara Mu-nicipal, realiza-se no próximo dia 8de maio (sexta-feira), um jantar de-bate com o padre/jornalista Rui Osório.

Com um longo percurso como jor-nalista, nomeadamente ligado ao Jor-nal de Notícias, Rui Osório assumiuem 2005 a paróquia de São JoãoBaptista da Foz do Douro, e virá refle-tir sobre a Igreja Católica e o Papa Fran-cisco. Rui Osório celebrou em 2014as Bodas de Ouro Sacerdotais

Todos os interessados em partici-par podem-se inscrever até à próxi-ma terça-feira, dia 5 de maio atravésdo email [email protected]. Ojantar realiza-se no Salão Nobre dosBombeiros Vermelhos pelas 20h00. ||||||

PADRE E JORNALISTA RUIOSÓRIO EM SANTO TIRSO ANOVE DE MAIO

SANTO TIRSO // DEBATE

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12 | ENTRE MARGENS | 30 ABRIL 2015

ATUALIDADEPSD levou deputadosda AR a Santa Cristina

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Esta não é a primeira vez que os de-putados se deslocam a terras tirsensespara reuniões com empresários mas,desta feita, a visita insere-se no pro-grama “Portugal Faz Bem” que temcomo objetivos valorizar o esforço reali-zado pelos empresários portuguesesna recuperação económica do país,sinalizar a confiança e a esperançano futuro e identificar as preocupa-ções e as expetativas relativas ao Por-tugal 2020. Os objetivos da visita àFinieco, sediada em Santa Cristina doCouto, eram claros e, no final o balan-ço foi positivo.

“Sabemos que as empresas e osempresários têm tido um papel fun-damental na recuperação económi-ca e financeira que Portugal tem tidoe, nesse sentido, o grupo parlamen-tar do PSD tem feito um conjunto devisitas ao longo do país, nomeada-mente aqui no distrito do Porto a em-presas que são exemplo desse traba-lho de exceção realizado nos últimosanos, apostando na exportação, nadiferenciação do seu produto, acre-ditando que é possível fazer mais emelhor”, sublinhou o deputado Virgí-lio Macedo. Já Andreia Neto real-çou que a preocupação do grupo par-lamentar com as empresas não é re-

cente, “não se enquadra apenas e sóneste programa “Portugal Faz Bem”. “Éuma preocupação que nos tem acom-panhado ao longo de toda a legisla-tura”. A deputada e presidente da Co-missão Política do PSD de Santo Tirsolembra, de resto, que “os deputadosdo PSD do Porto têm andado no ter-reno desde o primeiro momento, des-de que foram eleitos”, continua. An-dreia Neto explica que a proximida-de com as empresas permite, entre ou-tras coisas, constatar “o crescimentoeconómico que tem sido desenvolvi-do pelos empresários e a confiançaque têm demonstrado no futuro”, mastambém os constrangimentos e pre-ocupações que existem no terreno.

O diálogo direto entre o poderpolítico e os empresários, “ouvi-los, veras suas expetativas, a possibilidadede eles transmitirem aquilo que é oseu dia-a-dia, as eventuais dificulda-des que tenham e a visão do que acre-ditam que está a acontecer em Portu-gal” é algo que Virgílio Macedo valo-riza. “É extremamente importante paranós podermos fazer o nosso trabalhopolítico de uma maneira mais eficaze de uma maneira mais produtiva etermos consciência, efetivamente, darealidade”. Sobre o Portugal 2020, odeputado sublinhou sobretudo a “mu-dança de filosofia” deste novo Qua-

SANTO TIRSO VOLTOU A RECEBER OS DEPUTADOS DA ASSEMBLEIADA REPÚBLICA, ELEITOS PELO PSD, PELO CÍRCULO DO PORTONO PASSADO DIA 27. A TIRSENSE ANDREIA NETONÃO FALTOU À VISITA FEITA A MAIS UMA EMPRESA CONCELHIA.

dro Comunitário de Apoio, optandopor investir de acordo com a “per-formance dos projetos” “Isso é umaaposta correta”, defende, “não se apro-vam candidaturas por aprovar masaprovam-se, sobretudo, as candida-turas que possam criar mais-valia, quepossam criar riqueza”.

Os constrangimentos que afetama empresa passam também por pro-blemas de acessibilidade, algo que,explica Andreia Neto, “é notório quenão têm as melhores condições e éuma situação que acaba por se en-quadrar também nas zonas industri-ais que existem no concelho de San-to Tirso e que, na nossa opinião, mere-ciam um melhor tratamento, mereci-am uma requalificação”. A deputadalembra que os vereadores do PSD têmfeito chegar essa preocupação àautarquia mas que a situação se man-tem. “A Câmara não tem acolhido apreocupação que é demonstrada”.

“PRODUZIMOS CERCA DE 180MILHÕES DE SACOS POR ANO”Fundada há 16 anos a Finieco é PMElíder em produção de sacos de pa-pel e exporta para vários países daEuropa. “A nossa vertente exporta-dora sempre foi muito intensa por-

que o mercado nacional não absor-ve o produto que nos conseguimosdisponibilizar. Estamos a falar de ummercado de 10 milhões de habitan-tes e nos produzimos cerca de 180milhões de sacos por ano, portanto omercado português seria sempre ummercado demasiado pequeno”, expli-cou Paulino Ribeiro, da Finieco. A em-presa que, começou por se fixar naMaia e depois em Matosinhos mu-dou-se para Santo Tirso pelo facto dehaver “áreas industriais com preçosbastante mais atrativos do que nou-tros locais”. Isso e as várias questõesambientais associadas e a mão-de-obra existente “com capacidade parasatisfazer os requisitos que a empre-sa procura nos seus trabalhadores”.

Paulino Ribeiro garante que em-presa esta aberta a “todos os playerspolíticos” que a queiram visitar e nãodeixa de ressalvar a importância daproximidade com o poder político.” Éessencial esse conhecimento diretoe orgulhamo-nos muito de poderinteragir e ter interlocutores validosa nível político a quem possamoscolocar as nossas questões e a quempossamos dar nota da nossa satisfa-ção, da nossa existência, dos nossosproblemas”. ||||||

PSD // VISITA À EMPRESA FINIECO

PAULINO RIBEIRO, DAFINIECO, LADEADO PELADEPUTADA TIRSENSE, ANDREIANETO, E VERGÍLIO MACEDO

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ENTRE MARGENS | 30 ABRIL 2015 | 13

A 23 de abril o executivo municipalteve nas mãos as contas relativas aoano de 2014. O documento foi apro-vado mas a análise que a maioria ea oposição fazem dele é tudo menossimilar. Na realidade, as diferenças naapreciação são tantas que poderiamaté induzir em erro quem não soubes-se tratar-se do mesmo documento.

O presidente da Câmara salientaa queda da dívida camarária em 9%,quando comparada com a do ano de2012, fixando-se, em 2014, nos 31,8milhões de euros. “O ano 2014 foio ano um do nosso mandato”, come-ça Joaquim Couto, “houve uma datade questões em aberto que tivemosque resolver, desde logo a necessida-de de arrumar a casa em termos finan-ceiros, tínhamos algum passivo finan-ceiro, algumas dívidas para com ter-ceiros nomeadamente para com for-necedores de serviços ao municípioe tivemos, durante o ano de 2014, denegociar e dialogar com esses credo-res”. Ainda assim, Couto explica que

A AUTARQUIA VOLTOU A DESCENTRALIZAR UMA REUNIÃO DE CÂMARA. DESTA FEITA FOI A FREGUESIA DE AREIASQUEM RECEBEU O EXECUTIVO MUNICIPAL PARA UMA REUNIÃO ONDE AS CONTAS ESTIVERAM EM DESTAQUE

“para os resultados obtidos no exer-cício de 2014, contribuiu em grandeparte a redução da dívida de curtoprazo que passou de cerca de 12 mi-lhões em 2013 para 9,3 milhões em2014, representando uma descida de23 por cento”. O autarca lembra ain-da que o cenário só não é mais favo-rável porque inclui a dívida dos ser-viços municipalizados entretanto ex-tintos e que representa cerca de 700mil euros. Isso e o montante que dire-cionado para o Fundo de Apoio Mu-nicipal, na ordem dos 1,7 milhões deeuros, “verba que o Município de SantoTirso vai contestar judicialmente”. Amaioria socialista garante ainda quehá um aumento de 28 por cento dapoupança corrente, quando compa-rada com o ano anterior, em cerca de5,9 milhões de euros, já a despesacorrente se mantem inalterada. A des-pesa total terá, ainda assim, caído 9por cento e o prazo médio de paga-mento passou de 145 para 76 dias.

Análise completamente diferente

fazem os vereadores do PSD/PPM queconsideram “francamente maus os re-sultados líquidos da conta de gerên-cia de 2014”. Os vereadores consi-deram o desfecho “inevitável”, tendoem conta o “aumento de mais de doismilhões e 900 mil euros que foramregistados na despesa”. Em contrapar-tida, sublinham, “a receita diminuiumais de um milhão e 600 mil euros”.Mas não é só. A oposição chegamesmo a afirmar que o passivo totalda autarquia já ultrapassa os 70 mi-lhões de euros. “A despesa total au-mentou 7,1 por cento”, explicam ga-rantindo que o valor foi “integralmen-te absorvido pelo aumento registadona conta “fornecimentos e serviçosexternos”. No lado da receita desta-cam o aumento de 11,9 por centono arrecadado com impostos diretossobre os munícipes. “Não há qual-quer dúvida, portanto, que os repetiti-vos anúncios acerca da redução dosimpostos que tão fortemente penali-zam as famílias de Santo Tirso não se

confirmam, é mera propaganda”, re-feriu o vereador José Manuel Ma-chado. Apesar das discrepâncias naanálise, as contas foram, ainda as-sim, aprovadas com os votos contrada oposição.

AUTARQUIA QUER HOSPITALNO SERVIÇO NACIONAL DE SAÚDEAinda no período antes da ordemdo dia, Alírio Canceles, pelo PSD/PPMlembrou alguns dos constrangimen-tos das freguesias de Além Rio, no-meadamente no que ao saneamen-to diz respeito. “Sequeirô e Lama têmapenas 10% do território com sane-amento e Areias cerca de 60%, já aPalmeira tem zonas sem ligação aoscoletores”. Mas Canceles identificaainda outros problemas que se pren-dem sobretudo com acessibilidadese falta de equipamentos desportivosao serviço da população.

Já o presidente da Câmara apro-veitou o período para marcar, maisuma vez, posição no que ao Hospital

diz respeito. Couto diz ter reunido quercom o Ministério da Saúde, quer coma Administração Regional de Saúdedo Norte onde ambos assegurarammanter o diálogo aberto à autarquia.“O governo parece ter dado o ditopor não dito e uma vez mais fez ques-tão de manter a Câmara Municipalafastada de um processo tão sérioquanto preocupante para a populaçãode Santo Tirso”, refere agora o presi-dente da Câmara que censura o gover-no “por mais uma atitude de desres-peito institucional”. O que os vereado-res socialistas também lamentam sãoaquilo a que chamam de “sistemáticastentativas de aproveitamento político”em torno do processo e não deixamde criticar “as vozes que na Assem-bleia da Republica votam contra as pro-postas a exigir a manutenção do Hos-pital de Santo Tirso da esfera do Ser-viço Nacional de Saúde (SNS) e noconcelho dizem defender o Hospital”.“O Hospital de Santo Tirso deve man-ter-se na ordem do SNS”, conclui. ||||||

Câmara diz que dívida caiu 9 por cento masoposição fala em passivo de 70 milhões

SANTO TIRSO // REUNIÃO DE CÃMARA DE 23 DE ABRIL

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14 | ENTRE MARGENS | 30 ABRIL 2015

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“A 23 de abril a Assembleia Munici-pal deliberou, por unanimidade, levara cabo a formação dos funcionáriosdas cantinas das várias escolas do mu-nicípio”. Se a assembleia tivesse sidoreal, se os deputados, os vereadorese o presidente, quer da Câmara, querda Assembleia fossem os verdadei-ros, este podia bem ser o início destanotícia. Não é. O passado dia 23 deabril foi ‘um dia político’ e levou aosalão nobre da Câmara Municipalalunos da Escola da Agrela e da Es-cola da Ponte que, ainda que por al-gumas horas, vestiram a pele de quemdecide os destinos de Santo Tirso ederam corpo a uma Assembleia.

“Uma das promessas que o dr. Jo-aquim Couto fez foi a de que gosta-ria de sensibilizar a população, no-meadamente a mais jovem, para umaintervenção mais ativa na vida políti-ca e para isso acontecer obviamenteque é preciso que lhes seja explica-do o normal funcionamento das ins-tituições aos mais diversos níveis”, adi-antou o vereador Alberto Costa. E foiisso que aconteceu. Depois de ses-sões de esclarecimento sobre os dife-rentes órgãos do poder local e o seufuncionamento, os alunos tiveram a

ALUNOS DAS ESCOLAS DA AGRELA E DA PONTE VIVERAM “UM DIAPOLÍTICO” E REPRODUZIRAM O FUNCIONAMENTO DE UMA ASSEMBLEIANO SALÃO NOBRE DA CÂMARA MUNICIPAL

Problemas à sériadebatidos porpolíticos de fingimento

oportunidade de ser eles próprios areproduzir o funcionamento normalde uma Assembleia Municipal.

Definiram a ordem de trabalhos ediscutiram os problemas do dia a diade uma escola. Condições de higienee segurança, formação para funcioná-rios das cantinas, tabaco e álcool e“outros assuntos de interesse” foramalguns dos temas que escolheramabordar e defender e que deixaramantever verdadeiros prodígios de in-tervenção na sociedade.

Rafaela Oliveira e João Pinheiro sãoalunos da Escola da Ponte. Reúnemtodas as sextas-feiras em Assembleiade Escola e estão habituados a ex-por aquilo que acreditam. No dia 23,Rafaela foi, por algumas horas, presi-dente da Assembleia e João, um dosmais interventivos deputados. No final,o balanço foi mais do que positivo.“Correu brilhantemente bem”, diziaRafaela. “Eu acho que estas iniciati-vas são sempre de louvar porque pro-movem a comunicação entre os alu-nos, a comunidade”, continuou João.

Antes do debate entre escolas, ca-da uma delas se preparou e, inclu-sivamente, simulou o debate. “Claroque fizemos uma pequena estruturadas ideias que queríamos transmitirpara termos um discurso claro e or-

Vânia não tem dúvida de que foiuma boa experiência, e vai mais lon-ge: “acho que como a Escola da Pon-te faz, todas as escolas deviam teruma Assembleia escolar para deba-ter alguns problemas da escola”.Alberto Costa, o vereador de verda-de, garante que o principal objetivo éo da sensibilização. “É aqui que te-mos que sensibilizar, não consegui-mos ter os adultos que queremos nomomento mas teremos no futuromelhores adultos e mais conscientespara esta área”, explica.

O repto foi lançado a todas as es-colas e direcionado aos alunos dos14 aos 16 anos e o vereador assegu-ra que irão tentar chegar a outrasidades. “O importante é fazer esteexercício de demonstração daquiloque é feito ao nível da autarquia, aonível das freguesias mas também sen-sibilizar as pessoas para que partici-pem ativamente e para que percebamque este exercício é, mais do que tudo,um dever cívico e também, como di-zia aos alunos, para permitir que, nofuturo, tenhamos mais e melhores po-líticos porque estando conscientes doque é a vida politica, a vida ativa, cer-tamente vão fazer muito melhor tra-balho do que nós fazemos e é issotambém que pretendemos”. ||||||

ganizado para a apresentar, mas de-pois conseguimos libertar-nos dospapéis e argumentar pela nossa pró-pria cabeça”, adianta João. Antes destaexperiência Rafaela já tinha tido aoportunidade de assistir a uma ver-dadeira reunião de Câmara. “Foi mui-to interessante assistir porque dá paraperceber um bocadinho aquilo quese passa realmente, e às vezes aquiloque dizem na sociedade não é bemaquilo que acontece”, sublinha.

Coube a Tiago Sá e Vânia Cunharepresentar o papel de presidente daAssembleia e vereadora, respetiva-mente, escolhidos pela Escola daAgrela. E até escolha foi feita demo-craticamente. Esta foi a primeira ex-periência do género para ambos, maso balanço é igualmente positivo.“Acho que ao principio estávamosum bocadinho vinculados só aosnossos papeis porque tínhamos trei-nado aquilo à letra, mas depois, quan-do a Escola da Ponte começou a pu-xar por nós, tivemos que nos agarrare tornar-nos um adversário à altura”,adianta Vânia. Tiago confessa que serpresidente da Assembleia o deixou“um bocadinho nervoso”, mas aindaassim, não deixa de sublinhar queconseguiram debater e ir para alémdo que tinham preparado.

ALUNOS DA ESCOLA DAPONTE E ESCOLA DAAGRELA NO ‘PALCO’POLÍTICO DE SANTO TIRSO

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ENTRE MARGENS | 30 ABRIL 2015 | 15

É JÁ UMA TRADIÇÇÃO ACADÉMICA DA SCUNDÁRIA D. DINIS:O “JANTAR QUEIROSIANO” CUMPRIU A SUA 10.º EDIÇÃO

||||| TEXTO: AMÉRICOAMÉRICOAMÉRICOAMÉRICOAMÉRICO LUÍSLUÍSLUÍSLUÍSLUÍS FERNANDESFERNANDESFERNANDESFERNANDESFERNANDES

O “Jantar Queirosiano” é, para osalunos do 11º ano da Escola Secun-dária do Agrupamento de Escolas D.Dinis, um ponto alto do seu percursoescolar que surge como o culminarda abordagem, obrigatória, na discipli-na de Português, do romance “OsMaias” de Eça de Queirós. Um jantaronde se pretende recriar as persona-gens, os costumes e o ambiente do sé-culo XIX que o grande escritor portu-guês tão bem carateriza. Um jantarque já é uma tradição “académica” daD. Dinis, pois já vai na décima edição,e onde praticamente todos os alunose alunas participam, trajados a rigora partir de guarda-roupas de famíliaou do guarda-roupa que a escola,ao longo dos anos, vai criando e jun-tando. Um jantar em que a própriaementa tem sabor literário, já que to-

SANTO TIRSO // ESCOLA SEC. D. DINIS

Jantar comementa literária

dos os pratos servidos, das entradas àsobremesa estão referenciados pelapena de Eça de Queirós num ou ou-tro dos seus romances mais conhe-cidos. No final do repasto a sala dorestaurante abriu-se aos familiares dosalunos que assim tiveram oportuni-dade de assistir a uma récita que com-provou, pela performance e empenhode todos os participantes que os obje-tivos escolares foram cumpridos naperfeição: depois das palavras de sau-dação e agradecimento de CláudiaSoares, diretora do Agrupamento, de-zenas de alunos passaram pelo aca-nhado palco representando persona-gens e cenas de “Os Maias”, demons-trando um conhecimento seguro eaprofundado da obra que só uma abor-dagem como esta permite alcançar.

Um acontecimento, um sucesso quemerece reconhecimento e parabénsa todos quantos nele intervieram. |||||

O AGRUPAMENTO ASSOCIOU-SE AO PROJETO “SINGTHE WORLD” E PARTICIPOU DA GRAVAÇÃO DEUM DVD COM MÚSICA TRADICIONAL PORTUGUESA

O projeto chama-se “Sing the World”e pretende dar a conhecer o patrimó-nio musical de todo o mundo e osalunos do Agrupamento de Escolasd. Afonso Henriques foram chama-dos a dar uma mãozinha. Du-rantetrês dias entoaram, no Centro Cul-tural de Vila das Aves, algumas dasmais conhecidas musicas tradicionaisportuguesas perante uma equipa degravação. O produto final será apre-sentado em DVD. Esmeralda Pinhei-ro, professora de música do agrupa-mento, acompanhou as gravaçõese, ao Entre Margens deu conta queo convite foi aceite com muito “agra-do”. A professora diz ter noção doquão “ambicioso” o projeto é, dadaa sua dimensão e o elevado núme-

ro de alunos envolvidos mas asse-gura que “os alunos aderiram mui-to bem”. “É uma experiência únicapara eles porque, de facto, podemperceber como as gravações acon-tecem e como tudo é feito”, explica.

“Laurindinha”, “Oliveira da Ser-ra” ou “Papagaio Loiro” foram algu-mas das músicas às quais os maisde mil alunos do agrupamento de-ram voz. “Elaboramos 30 grupos des-de o pré-escolar até ao 12º ano e acada grupo, de mais ou menos 50a 70 elementos, foi atribuída umamúsica popular portuguesa”, explicoua professora. O projeto englobajovens de vários países da Europa e,em Portugal, são as várias as esco-las que se juntaram ao projeto. |||||

Agrupamentodeu a voz porprojeto Europeu

VILA DAS AVES // AGRUP. D. AFONSO HENRIQUES

“A primeira meta da educação écriar homens que sejam capazesde fazer coisas novas; homens quesejam criadores, inventores, desco-bridores”. A frase de Jean Piagetfigura agora na sala dos professo-res da Escola Secundária D. Afon-so Henriques, em Vila das Aves. Aescola, que já homenageou nomescomo Sophia de Melo Breyner, le-vou a cabo mais um batismo cultu-ral e, desta vez, o escolhido foi opensador Jean Piaget. A escolha,diz o diretor do agrupamento, RuiSousa, foi feita pela equipa, “e temtoda a lógica por tudo o que elefez pela educação”. O trabalho en-volveu professores e alunos, “maisprofessores do que alunos”, subli-nha o mesmo responsável. “Todaa mão-de-obra foi levada a cabopor eles, e depois o projeto dasflores, das árvores e dos mochospintados na parede é um trabalhoda professora Lurdes”, acrescentou.Rui Sousa garante que a escola irácontinuar a apostar no batismo cul-tural de diversas salas, até porqueé algo que “humaniza as escolas”.

ESCOLA CONTINUA AAPOSTA NO BATISMO CUL-TURAL DAS SUAS SALAS

Jean Piagetganha sala naD. AfonsoHenriques

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16 | ENTRE MARGENS | 30 ABRIL 2015

CULTURA

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||||| TEXTO E FOTO: ELELELELELSSSSSAAAAA CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

A exposição, inaugurada a 15 de abrilno Centro Cultural de Vila das Aves, écomposta por cerca de 20 peças inspi-radas nas obras da pintora portugue-sa. Há peças exclusivamente trabalha-das por alunos, outras em parceria comos professores e ainda há as que fo-ram, exclusivamente levadas a cabo porprofessores. Ainda assim, o diretor doagrupamento, Queijo Barbosa, asse-gura que se trata de um projeto “arti-

DEPOIS DE JOANA VASCONCELOS E SALVADOR DALI, OAGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE S. MARTINHO DECIDIU,ESTE ANO, RECRIAR A OBRA ARTÍSTICA DE MALUDA.

Agrupamento deS. Martinhoexpõe Maluda

maravilhosas, umas recriadas, outrasreproduções de algumas dos traba-lhos mais conhecidas de Maluda”.

Sobre o projeto “recriar” olhandoum artista plástico que vai já na suaterceira edição, o diretor do agrupa-mento considera ser “uma apostaganha e um balanço francamentemuito positivo”. “Obviamente que aprimeira fica sempre na memória por-que foi novidade, o ano passado, foiDali, um nome incontornável, masneste dois dias em que foi montadaa exposição algumas pessoas queestão a ajudar confessaram que acha-ram esta ainda mais bonita que a doano passado”, sublinhou.

À semelhança do que aconteceunos anteriores a exposição está paten-te no Centro Cultural de Vila das Aves,algo que agrada a Queijo Barbosa.“Não são feitas mais atividades aquipor causa das dificuldades técnicasporque se este Centro Cultural fosselocalizado ainda mais perto da nossaescola nós estaríamos sempre a solicitá-lo para imensas atividades”, brinca odiretor, assegurando tratar-se de umaparceria que querem manter, “com mui-to gosto”. Recriar olhando Maluda po-de ser visitada até dia oito de maio. |||||

Mia Couto emSanto Tirso napróxima terça-feira

culado”, uma vez que inclui trabalhosde todas as escolas do agrupamento.

A inspiração deste ano é a pinto-ra Maluda e Queijo Barbosa acredi-ta que se trata de uma figura impor-tante no panorama artístico. “Ela temuma obra muito eclética, desde asaguarelas, os acrílicos, fez trabalhospara os CTT, foi muito premiada, foibolseira da Fundação Calouste Gul-benkian, tem uma obra fantástica etrabalhou muito bem o pitoresco dascidades, ou seja, vamos ver aqui obras

VILA DAS AVES // EXPOSIÇÃO

Foi o homenageado da última edi-ção da Poesia Livre que se iniciouem março e vai estar em Santo Tirsopara um encontro no átrio da Câ-mara Municipal. Dia 5 de maio, oescritor Mia Couto tem encontromarcado com os tirsenses.

Escreveu romances como “TerraSonâmbula” ou “Antes de nascer omundo” e foi, este ano, o rosto dapoesia livre que ao longo de qua-tro dias encheu o concelho de ver-sos e pedaços de literatura. MiaCouto estará agora em Santo Tirsopara encerrar o ciclo de poesa. Napróxima terça, pelas 15h30 MiaCouto tomará contacto com o tra-balho desenvolvido pela comuni-dade de Santo Tirso, que se mobi-lizou através de dezenas de insti-tuições, na promoção da poesia ena divulgação da sua obra. A pre-

SANTO TIRSO // LITERATURA

sença do autor será ainda marcadapela apresentação de alguns dostrabalhos desenvolvidos nos últi-mos meses.

Agora, e poucos dias depois deter lançado a Fundação com o nomedo seu pai, Fernando Leite Couto,que trabalhará na divulgação dosjovens escritores moçambicanos,Mia Couto protagonizará a sessãode encerramento do programa Po-esia Livre com uma conversa sobrea sua vida e obra.

Este encontro servirá ainda paraconhecer alguns pormenores dopróximo romance, com o título pro-visório de «Terras, guerras, enterrose desterros». Situado nos finais doséculo XIX, entre a crise do Mapacor-de-rosa e a detenção do impe-rador de Gaza, no sul do Moçam-bique, Ngungunhana. |||||

INICIATIVA ACONTECE AINDA NO ÂMBITO DO PROGRAMA‘POESIA LIVRE’ PROMOVIDO PELA CÂMARA MUNICPAL

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ENTRE MARGENS | 30 ABRIL 2015 | 17

Caros conterrâneos,Como o prometido é devido, aquivai um postal [recebido no início deabril] com notícias de Wolfenbüttelneste dia de aniversário da nossa vila.

Com certeza perguntarão onde ficaWolfenbüttel? Fica no norte da Ale-manha, na Baixa Saxônia, que tem co-mo capital Hanôver. E o que faço porestes lados? Aqui resido com a minhafamília, o meu marido e os nossos doisfilhos. O meu marido é alemão eambos trabalhamos na Universidade

UM POSTAL DE...WOLFENBÜTTEL

MARIA JOÃOPIMENTA

NATURAL DE VILA DAS AVES,MARIA JOÃO PIMENTARESIDE E TRABALHAATUALMENTE NA CIDADEALEMÃ WOLFENBÜTTEL

com plantas? Porque não há nadamais bonito do que uma flor ou maisessencial do que uma planta. Sem asplantas nâo nos poderíamos alimen-tar nem respirar. As plantas são seresvivos e nós, cientistas que trabalha-mos com plantas, tentamos percebercomo se desenvolvem, como funcio-nam as suas células, como sentem ereagem aos estímulos que recebemdo meio ambiente reprogramando oseu metabolismo para se poderemadaptar e sobreviver. Em resumo, oscientistas são simplesmente curiosos,tentam sempre saber o porquê detudo o que observam. Nós, os cien-tistas que trabalhamos com plantas,tentamos com o conhecimento quevamos adquirindo melhorá-las e aju-dar a preservá-las, não só para o pra-zer dos nossos olhos, como para po-dermos continuar a respirar e a ali-mentar a humanidade.

Um abraço.

de Braunschweig, quinze quilómetrosa norte de Wolfenbüttel. Escolhemosviver em Wolfenbüttel porque é umacidadezinha pacata, muito verde, con-servando ainda muitas casas antigasparcialmente construídas em madei-ra porque não foi bombardeada naSegunda Guerra Mundial. É tambémuma cidade muito ciclável, os nos-sos filhos vão para a escola de bici-cleta. Cada sábado há um mercado deprodutos frescos no centro da cidadee na Páscoa é particularmente colo-rido. São distribuídos às crianças ovosde chocolate pelos coelhinhos da Pás-coa, como manda a tradição (ver foto).

Durante a semana, passo grandeparte do meu tempo na Universida-de de Braunschweig onde ensino efaço investigação em biologia vegetaljuntamente com o meu marido. Já ou-viram falar disso num artigo muitosimpático que o Entre Margens re-centemente publicou. Porque trabalho

“Lanzarote a janela de Saramago”é um diário sobre o olhar sensoriale apaixonado do escritor visto pelofotógrafo João Francisco Vilhenaque esteve em Lanzarote para ofotografar e que 15 anos depoisregressou para capturar novas ima-gens da terra que encantou o Nobelda Literatura. O resultado faz partede uma exposição que chega a San-to Tirso, dia 8 de maio, com inau-guração marcada para as 18h30,na Fábrica de Santo Thyrso.

João Francisco Vilhena que traba-lhou como fotojornalista e trabalhoucom inúmeros jornais e revistas na-cionais e internacionais retrata a at-mosfera que Saramago sempre des-creveu. A tranquilidade, refletida naspalavras, a influência da paisagem,a luz e as nuvens, o mar e o silên-

EXPOSIÇÃO É INAUGURADA DIA 8 DE MAIO E FICA PATEN-TE NA FÁBRICA DE SANTO THYRSO ATÉ 16 DE JUNHO

SANTO TIRSO // EXPOSIÇÃO

As imagens Vilhenana Lanzarotede José Saramago

cio, a temperatura das cores, tudoisso influenciou a escrita e a vida deSaramago. Através das suas ima-gens João Vilhena procura retratarLanzarote como uma janela abertapor Saramago. O lugar e sua paisa-gem como símbolo de uma novafase; uma nova literatura, uma novavida, um momento diferente de cri-ação e do homem.

Esta é ainda uma exposição/ins-talação visual e sonora, composta porfotografias a preto e branco e sépiainteragindo com frases de José Sa-ramago. A exposição conta ainda comuma instalação sonora em que ou-vimos a voz de José Saramago, in-tegrada numa partitura musical cria-da para a exposição pelos Cindy Kat.“Lanzarote a janela de Saramago”pode ser visitada até 16 de junho. ||||||

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18 | ENTRE MARGENS | 30 ABRIL 2015

DESPORTO

Equipa avenseobrigadaa ganharA equipa de futsal sénior do Aves,conseguiu uma importante vitória(0-2) no pavilhão do Cabeçuden-se mas, na jornada caseira foi sur-preendido pelo Valpaços e perdeupor 3-5.

O Desportivo das Aves come-çou bem e só pode queixar-se desi mesmo, pelas facilidades que severificaram principalmente na de-fesa. Com esta derrota o Aves se-gue para o encontro com os Pio-neiros de Bragança com a obriga-ção de ganhar e não vai alem doempate a três bolas.

A equipa sénior fica assim emapuros na luta pela manutenção,esta no momento em 5ºlugar com17 pontos, igualado com o 6 e 7classificados.

Já a equipa junior, continua asua belíssima campanha soman-do a cada jogo uma vitória. Sãolideres isolados e incontestáveiscom 77 pontos. ||||||

FUTSAL // CD AVES

AO COMANDO DE EMANUEL SIMÕES, O AVES ESTÁ SEDENTO DE VITÓRIAS PARA SE AFASTAR DOS LUGARES DEDESPROMOÇÃO. NÃO TEM TIDO TAREFA FÁCIL E PRECISA MESMO DE VENCER OS PRÓXIMOS ENCONTROS

||||| TEXTO: VERAVERAVERAVERAVERA GONÇALGONÇALGONÇALGONÇALGONÇALVESVESVESVESVES

FOTO: VVVVVASCOASCOASCOASCOASCO OLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRA

No embate algarvio, em Portimão, oAves entrou determinado a vencer mas

2ªLIGA DE FUTEBOL // DEPOIS DA DERROTA COM O BENFICA B, CD AVES PERDE COM O CHAVES

Desportivo das Avescontinua em maré de azar

FC Tirsenseentrou emfase decisivaO Tirsense tem tarefa difícil na-quilo que cabe à sua luta pela ma-nutenção.

Depois da surpreendente der-rota caseira com o Felgueiras, oTirsense foi a Amarante com aobrigação de ganhar ao seu diretoopositor na luta pela manutenção.Entrou melhor na partida mas, nãoconseguiu segurar o jogo e aca-ba por perder por 4-1.

Jogou, no passado domingocom o Santa Eulália, Vizela, enca-rando o jogo como sendo o jogoda época, ou seja, aquele que seentenderia como uma autenticafinal. Mas, não conseguiu maisque o empate a uma bola.

Os próximos encontros são deextrema importância e o Tirsensenão dispensa o apoio de todosnesta fase final. Encontra-se em 5ºlugar com 20 pontos a 1 pontoda linha de despromoção. |||||

CNS // FC TIRSENSE

não foi além do empate a uma bola.Esteve a perder e só no final, Platinynum lance de contra-ataque conse-guiu evitar a derrota do Desportivo.Aproveitou uma desatenção da de-fesa e conseguiu marcar o golo.

Na jornada seguinte volta a em-patar sem golos. O clube de Vila dasAves, recebeu o Olhanense; os algar-vios foram pródigos no ataque e des-perdiçaram mais de 50 minutos desuperioridade numérica. Ginho, defe-sa do Aves, viu duplo amarelo (32’e 38’) e deixou o Aves a jogar com 10o resto do tempo. Este jogo serviuunicamente para mostrar o porquêdestas duas equipas ainda não terema permanência garantida na 2ªliga.

Continuando a maré de azar oumesmo falta de sorte, o Desportivo

das Aves vai a Lisboa e perde com oBenfica B por 2-1. Os avenses tenta-ram responder, ao longo de toda apartida, aos ataques dos encarnadosmas, apresentou muitas dificuldadesem criar lances de perigo para a ba-liza de Bruno Varela.

No jogo a contar para 41ª jorna-da, o Desportivo das Aves deslocou-se à cidade de Chaves e apresenta-se sem argumentos para contrariar ofavoritismo dos flavienses. O Chaves

entrou no jogo com o único objetivo,o de voltar às vitórias; desperdiçoulogo aos 5 minutos a sua primeiraoportunidade de golo assumindo porcompleto o comando do jogo. Emcima do intervalo, João Vieira, apósum cruzamento inaugurou o marca-dor. Após o intervalo o Aves entroucom vontade de estabelecer o empa-te mas, os transmontanos continua-ram a dominar; aumentaram a vanta-gem num grande remate de pé es-querdo de João Patrão. Valeu ao Aveso guarda-redes Quim, que evitoumuitas vezes o golo dos flavienses.

Com este resultado (derrota por2-0), o Clube Desportivo das Avesencontra-se na 19ª posição e vê-seobrigado a vencer para garantir a ma-nutenção de forma mais tranquila. |||||

“Na 19ª posição, Despor-tivo das Aves vê-se obri-gado a vencer paragarantir a manutenção

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ENTRE MARGENS | 30 ABRIL 2015 | 19

Roriz já temComplexoDesportivo

||||| TEXTO: ELELELELELSSSSSAAAAA CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

Quem, durante anos, se habituou aver o Complexo Desportivo de Rorizem terra batida, sujeito à lama e aopó, pode bem ter dificuldades em re-conhece-lo. É que o campo foi, depoisde anos de luta, sujeito a uma inter-venção e tem hoje todas as condiçõesnecessárias para a prática desportiva.

A oito de agosto, o secretário deEstado do Desporto e Juventude, Emí-dio Guerreiro, deslocava-se a Roriz,na companhia do presidente da Câma-ra, Joaquim Couto, e da deputada daAssembleia da República, Andreia Ne-to, para aquele que seria o lançamentoda primeira pedra do Complexo. “OQREN tem que estar executado atéao próximo verão”, dizia então o Se-cretário de Estado. O Complexo aca-bou por ser inaugurado ainda em abril.

Nem a chuva afastou todos aque-les que queriam ver com os própriosolhos um anseio de anos tornar-serealidade. O secretário de Estado,Emídio Guerreio, voltou a Roriz paraa inauguração, acompanhado porCastro de Almeida, secretário de Es-tado do Desenvolvimento Regional.“Este projeto arrastava-se há bastan-te tempo, mas foi possível há sensi-

OBRA CUSTOU MAIS DE UM MILHÃO DE EUROSE FOI INAUGURADA A 18 DE ABRIL

velmente um ano reunir as vontadestodas e, em parceria com o dr. Castrode Almeida, e em função daquilo queera o fecho do Quadro Comunitáriode Apoio, o governo tomou a decisãode alocar verbas que não estavam aser gastas para podermos ter um pro-grama dedicado ao desporto”, expli-cou Emídio Guerreiro. “Há um ano ha-via zero cêntimos e agora temos 35milhões de euros de obras a decor-rer só na região norte, em mais de 70projetos”, continuou.

Emídio Guerreiro defende a neces-sidade de “corrigir os desequilíbriosexistentes e fugir dos grandes centrosonde existem muitos equipamentos”e garante que nas intervenções queestão a ser feitas a norte a aposta nasperiferias está a ser privilegiada, “paraque jovens oriundos de zonas ondeexistam menos oportunidades as con-sigam ter”. O secretário de Estado su-blinha que “este governo passou daspalavras aos atos” e vê o complexodesportivo de Roriz como um bomexemplo disso. “Tivemos 10 anos deconversa e agora temos um ano deação. Passamos das palavras, do tem-po em que os políticos prometiam enão cumpriam para um tempo em quehá quem resolva os problemas”.

sidente da Junta de Roriz, MoisésAndrade, esteve também o presiden-te da Câmara. Joaquim Couto expli-cou que o Complexo nasce de “umacomplementaridade entre o Governo,a Câmara Municipal e a União Des-portiva de Roriz, com o apoio da jun-ta de freguesia”. “O processo não estáainda completo, faltam algumas pe-ças no exterior mas que a União Des-portiva de Roriz irá desenvolver”, adi-anta o presidente sublinhando que“finalmente a freguesia tem um equi-pamento desportivo à altura das suasnecessidades e com a dignidade deum equipamento moderno”.

Satisfeito com a conclusão do Com-plexo, Couto lembra que “alguns des-bloqueamentos que perturbaram oprocesso há oito anos ou mais estãoultrapassados e o que conta é a obrafeita, com a ajuda de todos”. Se, paraFrancisco Bessa, presidente da UniãoDesportiva e Social de Roriz, o lança-mento da primeira pedra do Com-plexo, em agosto passado, “era um mo-mento histórico”, o mesmo se podedizer da inauguração. “Foi um dia his-tórico, temos o complexo feito, esta-mos a pensar já noutras coisas e issoé que é o futuro”, referiu o presiden-te que admite que o caminho até àinauguração ‘foi complicado’. “Hou-ve algumas pedras duras que se me-teram no caminho mas com esforço,persistência, sabendo o que se quer,qual o caminho que traçamos, paraonde vamos, conseguimos”, refere. AUnião Desportiva e Social de Roriztem atualmente cerca de 150 atletasmas Francisco Bessa garante que onovo equipamento não será para usoexclusivo da União Desportiva, “pelocontrário, vai ser utilizado por outrasassociações e até por pessoas que oqueiram alugar”.

O novo Complexo Desportivo deRoriz demorou cerca 10 anos a sairdo papel, custou um milhão e 40mil euros e para além de todos osoutros benefícios que irá trazer, temuma vista de tirar o folego. ||||||

Na cerimónia, que contou com apresença de várias personalidades,entre elas a deputada Andreia Neto,o vice presidente da CCDR Norte,Carlos Neves, o presidente da Asso-ciação de Futebol do Porto, Louren-ço Pinto, alguns vereadores e o pre-

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RORIZ // DESPORTO

EMÍDEO GUERREIRO, ANDREIA NETO,JOAQUIM COUTO E FRANCISCOBESSA NA INAUGURAÇÃO DOCOMPLEXO DESPORTIVO DE RORIZ

EMÍDIO GUERREIRO, SECRETÁRIO DE ESTADO DO DESPORTO

“Há um ano havia zero cêntimos eagora temos 35 milhões deeuros de obras a decorrer só naregião norte, em mais de 70 projetos.”

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20 | ENTRE MARGENS | 30 ABRIL 2015

DESPORTO||||| TEXTO: VERAVERAVERAVERAVERA GONÇALGONÇALGONÇALGONÇALGONÇALVESVESVESVESVES

O S. Martinho é líder indiscutí-vel no seu campeonato. Encon-tra-se no momento em 1º lu-gar com 69 pontos, enquantoque o 2º classificado (Varzim B)conta com apenas 57 pontos.

A equipa de S. Martinho en-contra-se a um passo de carim-bar a subida ao Campeonato Na-cional de Seniores. É de ressalvara aposta feita desde a época pas-sada por toda a sua estrutura,que vê, com esta época magnífi-ca, o seu trabalho brilhantementereconhecido. A continuar esta belacampanha, o S. Martinho podemandar fazer as faixas e por ochampagne a gelar porque ha-verá festa para os campenses.

Na jornada 32, o S. Marti-nho revalida a sua intenção e

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S. Martinho a um passode carimbar a subida

vence o Rebordosa por 2-1. Fal-tam agora 6 jogos. Este campe-onato está ao rubro.

F.C. VILARINHOO F.C. Vilarinho está a um pon-to da subida de divisão. Na jor-nada 29, a contar para o cam-peonato da divisão de Honra daAF Porto, o clube da Vila deVilarinho recebeu e venceu osSandinenses por uma bola azero, num golo apontado porVítor Hugo logo aos 4 minutos

Só uma equipa bem estrutu-rada e organizada como a deJosé Gonçalves, segura a vanta-gem até ao final da partida.

Vitória muito importante parao Vilarinho que mantem o 3ºlugar com 52 pontos, a 1 pontodo 2º classificado (Barrosas) ea 6 do líder Pedrouços. |||||

A Associação de Morado-res do Complexo Habita-cional de Ringe, com a cola-boração da junta local, vailevar a efeito a 1ª GrandeDescida de Carros Artesa-nais (carrinhos de rolamen-tos), em Vila das Aves.

Tendo em conta a reali-zação do mesmo, agendadopara dia 25 de julho de2015, a organização estáneste momento a apelar àparticipação das associaçõeslocais, nomeadamente naformação de equipas e, con-sequentemente na constru-ção do respetivo carro artesa-nal para a esperada descida.Os interessados, deverão co-municar isso mesmo à As-sociação de Moradores doComplexo Habitacional deRinge até dia 22 de maio.

Segundo a mesma, a pre-paração requer a presençados carros logo pela manhã(análises técnicas), sendo aGrande Descida na parte datarde. O evento deverá ain-da ser abrilhantado com umfestival de churrasco. ||||||

Ringe recuperaDescida emcarros derolamentos

VILA DAS AVES //CORRIDA

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ENTRE MARGENS | 30 ABRIL 2015 | 21

Congresso Internacionalde Treinadores vaiter lugar em Santo Tirso

||||| TEXTO E FOTO: ELELELELELSSSSSAAAAA CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

“Os desafios para o futuro” é o lemado quinto congresso Internacional detreinadores que irá decorrer em diver-sos pontos do concelho nos dias 6e 7 de junho. O protocolo de cedên-cia de instalações foi assinado a 17de abril entre a autarquia e a Confe-deração de Treinadores de Portugal.“Teremos em Santo Tirso, durantedois dias, cerca de 500 treinadoresde várias modalidades que contamcom o apoio da Câmara na cedênciaquer de auditórios, quer de zonasdesportivas para que a Confedera-ção de Treinadores de Portugal pos-sa fazer formação e acreditar os seus

A INICIATIVA ESTÁ AGENDADA PARA OS DIAS 6 E 7 DEJUNHO E VAI TRAZER AO MUNICÍPIO DE SANTOTIRSO TREINADORES DE VÁRIAS MODALIDADES.

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treinadores”, explicou o vereador dodesporto, José Pedro Machado, du-rante a assinatura do protocolo.

“Nós queremos que, durante es-tes dois dias, Santo Tirso seja a capi-tal dos treinadores em Portugal”, su-blinha, por sua vez, o presidente dareferida confederação, Pedro Sequeira,lembrando que estarão no concelhotreinadores de modalidades “desdeo golf ao futebol, passando pelo judo,pelo voleibol e pela natação”. PedroSequeira considera que esta é tambémuma oportunidade de “as pessoasconhecerem a cidade” e diz-se “fasci-nado” com a Fábrica de Santo Thyrso.“Tem ótimas condições para aquiloque a gente pretende”, conclui. ||||||

Organizado pela Federação NacionalKaraté Portugal, com o apoio da Asso-ciação de Karate de Paredes e Valedo Sousa, decorreu no pavilhão Rotados Móveis em Lordelo (Paredes), nopassado dia 18 de abril, o 19º Cam-peonato Nacional de Clubes. A pro-va, dirigida apenas a equipas, contem-plou as categorias de juvenis, cadetes/

KARATÉ // CAMPEONATO NACIONAL DE CLUBES

juniores e seniores em kata e kumite.Estiveram presentes equipas de to-

do país e de todos estilos de karate.O Karate Shotokan Vila das Aves este-ve presente com duas equipas. A deKumite Juvenis masculino conquistouum honroso 3º lugar, sendo a mes-ma constituída por Leandro Luzio, Jú-lio Silva, José Pereira e Diogo Rodri-gues. Em Kumite Cadetes/Juniores fe-minino, pior sorte teve a equipa cons-tituída por Inês Tunes, Ana Guima-rães e Cristina Silva, que não conse-guiu chegar ao pódio.

A atleta Ana Pinto, por sua vez, clas-sificou-se em 3.º lugar Kumite Equi-pas Seniores feminino, mas pela mãodo CK Aguçadourense, em virtude denão se apresentarem a competiçãomais atletas seniores de Vila das Aves.

No mesmo campeonato fizeram-seigualmente representar a AssociaçãoRecreativa, Cultural e Desportiva Negre-lense e a Associação de Karaté deVilarinho, nomeadamente com a pre-sença da atleta Ana Monteiro e doárbitro José Monteiro. Sendo este umcampeonato exclusivo para equipase não havendo essa possibilidade derepresentação por parte das referidascoletividades do concelho, a ateltaAna Monteiro acabou por participarna prova integrando a equipa do CKSPorto. Constituída por Joana Almeidae Patrícia Aguiar (ambas do CKS Por-to) e de Ana Monteiro, a equipaKumite Sénior feminino acabou porconquistar o 3. lugar. |||||

A karateca de Vila das Aves TâniaBarros esteve, também no passa-do dia 18 de abril, em prova, masno Campeonato Nacional de Fran-ça, onde conseguiu um brilhanteterceiro lugar em kumite juvenisfeminino (menos de 50kg), me-dalha de bronze. Este campeo-nato nacional decorreu na regiãode Paris. |||||

TÂNIA BARROS CONQUIS-TA O BRONZE EM PARIS

Karatecas de SantoTirso chegamao pódio naRota dos Móveis

EM CIMA, O TERCEIRO LUGARDA EQUIPA DO SHOTOKAN DEVILA DAS AVES. EM BAIXO,ANA MONTEIRO COM O CKS PORTO

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DIVERSOSAGRADECIMENTO

Funeral a cargo de: Agência Funerária de Abílio Godinho

VILA DAS AVES

José António Silva Leite

A família participa o falecimento do seu ente querido,natural de Fafe, com 73 anos de idade, falecido na suaresidência no dia 24 de Abril de 2015. O funeral realizou-se no dia 26 de Abril, na Capela Mortuária de Vila dasAves, para a Igreja Matriz, indo de seguida a sepultarno Cemitério de Vila das Aves. Sua família renova ossinceros agradecimentos pela participação no funeral emissa de 7º. Dia.

22 | ENTRE MARGENS | 30 ABRIL 2015

ESCREVA-NOS UM POSTALSe é natural do município de Santo Tirso mas reside atualmente no exterior ou anda em viagempelo mundo, escreva-nos. Dê conta das suas impressões desses lugares mais ou menos longín-quos onde se encontra e partilhe-as com os leitores do Entre Margens. Ou, dito de outra forma,e à moda antiga, escreva-nos um postal (mesmo que usando os meios electrónicos).Morada: apartado 19. 4796-908 Vila das [email protected]

Os textos não devem ultrapassar os 2500 caracteres (contagem incluindo espaços) e devem seracompanhados de uma foto do local onde se encontra.

AGRADECIMENTO

Funeral a cargo de: Agência Funerária de Abílio Godinho.

VILA DAS AVES Maria Julieta Correia de Araújo(Filha de Adília Capela)

A família participa o falecimento da sua ente querida,natural de Vila das Aves, com 68 anos de idade, falecidaem Lisboa no dia 3 de Abril de 2015. O funeral realizou-se no dia 4 de Abril, na Capela Mortuária de Vila dasAves, para a Igreja Matriz, indo de seguida a sepultarno Cemitério de Vila das Aves. Sua família renova ossinceros agradecimentos pela participação no funeral emissa de 7º. Dia.

AGRADECIMENTOVILA DAS AVES

Joaquim da Costa Correia

A família agradece a todas as pessoas das suas relaçõese amizade que assistiram à Missa do 30º Dia de seu entequerido, que foi celebrada pelo seu eterno descanso, noSábado 25 de Abril, pelas 19 horas, na Igreja Matriz deVila das Aves. Desde já agradece a todos quantos sedignaram assistir ao piedoso ato.

AGRADECIMENTOREBORDÕESJustina Manuela de Freitas Pereira

(Esposa do João da Quinta do Lago)A família participa o falecimento da sua ente querida,natural de Rebordões, com 53 anos de idade, falecida noHospital de S. Tirso no dia 22 de Abril de 2015. Ofuneral realizou-se no dia 23 de Abril, na CapelaMortuária da Vila de Rebordões, para a Igreja Paroquial,indo de seguida a sepultar no Cemitério local. Suafamília renova os sinceros agradecimentos pelaparticipação no funeral e missa de 7º. Dia.

AGRADECIMENTOS. TOMÉNEGRELOS

Paulo Cesár Baptista da Silva

A família participa o falecimento do seu ente querido,natural de S. Tomé de Negrelos, com 50 anos de idade,falecido no Hospital de V. N. de Famalicão no dia 27 deAbril de 2015. O funeral realizou-se no dia 28 de Abril,na Casa Mortuária da Vila de S. Tomé de Negrelos, para aIgreja Paroquial, indo de seguida a sepultar no Cemitériolocal. Sua família renova os sinceros agradecimentos pelaparticipação no funeral e missa de 7º. Dia.

AGRADECIMENTOVILA DAS AVES

Maria Adelaide Ferreira Gomes

A família participa o falecimento da sua ente querida,natural de Vila das Aves, com 82 anos de idade, falecidano Hospital de S. Tirso no dia 26 de Abril de 2015. Ofuneral realizou-se no dia 27 de Abril, na CapelaMortuária da Vila das Aves, para a Igreja Matriz, indo deseguida a sepultar no Cemitério da Vila das Aves. Suafamília renova os sinceros agradecimentos pelaparticipação no funeral e missa de 7º. Dia.

No passado dia 13 de abril, faleceu o Sr. JoaquimPacheco Carneiro, residente na Rua Valcomeira, com55 anos de idade, casado com a D. Rosalina CelesteFernandes Martins.

Sr. Joaquim Pacheco Carneiro

AgradecimentoS. Tomé de Negrelos

Sua esposa, filho, nora e demais família vêm assim, muito sensibiliza-dos, agradecer a todos que se associaram à sua dor, e pelas provas decarinho e amizade que lhes foram endereçadas aquando do falecimentodo seu ente querido.A Família.Funeral a cargo de: Agência Funerária Santos Godinho, L.da- Vila das Aves - Telf.: 252 872 140.

Agência Funerária de Abílio Godinho

Funeral a cargo de: Agência Funerária de Abílio Godinho

Funeral a cargo de: Agência Funerária de Abílio Godinho

Funeral a cargo de: Agência Funerária de Abílio Godinho

HORIZONTAIS: 1- obedeço; errado; 2-cultive; maçã; 3-lavrai; saltar; 4-estrela; divisível por dois; long-play; 5-oque está no campanário; em ação; 6-contraçãoda preposi-ção e artigo; liga com linha e agulha (inv); 7-preposiçãode lugar; acento ortográfico; sons emitidos pelos bovinos;8-ser capaz; imperador romano; 9-do outro lado; reco-mece; 10-sua Alteza Real; furúnculo.

VERTICAIS: 1-fileiras; cabelos ralos; 2- queridos; religio-so chiita; 3-calcula; conceder; 4-três vezes; reparem; 5-orçamento de Estado; rio italiano; dirigir-se; 6-utensílio;artigo antigo; consoantes de nora; 7-sem mácula;internete (abrev); 8-das abelhas; designar; 9-lago salgadoda Ásia;pequena; 10-palerma; reles.

Palavrascruzadas

Verticais: 1-ACATO;MAL. 2-LAVRE;PERO. 3-ARAI;PULAR. 4-SOL;PAR;LP. 5-SINO;ON. 6-AO;ESOC.7-EM;TIL;MUS. 8-PODER;NERO. 9-ALÉM;REATE. 10-SAR;ANTRAZ.Horizontais: 1-ALAS;REPAS. 2-CAROS;MOLÁ. 3-AVALIA;DER. 4-TRI;NOTEM. 5-OE;PÓ;IR. 6-PÁ;EL;RN.7-PUROS;NET. 8-MEL;NOMEAR. 9-ARAL;CURTA. 10-LORPA;SOEZ

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Soluções

O Jornal Entre Margensenvia às famílias enlutadasas mais sentidas condolênciaspela perda dos seusqueridos familiares.

MISSA DO 30º DIA

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ENTRE MARGENS | 30 ABRIL 2015 | 23

As ofertas de emprego divulgadas fazem parte da Base de Dados do Instituto do Emprego e Formação, IP. Para obter mais informaçõesou candidatar-se dirija-se ao Centro de Emprego indicado ou pesquise no portal http://www.netemprego.gov.pt/ utilizando areferência (Ref.) associada a cada oferta de emprego.Alerta-se para a possibilidade de ocorrência de situações em que a oferta de emprego publicada já foi preenchida devido aotempo que medeia a sua disponibilização e a sua publicação.

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A FECHAR24 | ENTRE MARGENS | 30 ABRIL 2015

Próxima ediçãodo Entre Margens

nas bancasa 14 de maio.

Rui Batista continuaà frente da JSD

Se ainda não tem planos para o fimsemana, saiba que de 1 a 3 de maio,decorre em Santo Tirso o “Fim deSemana Gastronómico”, uma inici-ativa promovida pela autarquia queirá juntar 19 restaurantes. O desta-que deste ano vai para o cabritoassado, os jesuítas e o licor de Sin-geverga e quem escolher esta emen-ta usufriu de um desconto de 10%nos jantares de amanhã e sábado.

“Espero que esta edição do “Fimde semana Gastronómico” traga aSanto Tirso muita gente de fora, apro-veitando para conhecer não só asnossas iguarias, mas também o nos-so concelho”, realçou o presidenteda Câmara que sublinha a forma co-mo Santo Tirso “sabe receber bem”.

Se já está convencido só tem quevisitar um dos restaurantes que sejuntaram à iniciativa: Adega Regio-

O tesoureiro da Junta de Freguesiade Vila das Aves recandidatou-se àpresidência da Juventude Social-de-mocrata e saiu vencedor sem qual-quer oposição. A reeleição aconteceapenas alguns meses depois de tersido eleito vice presidente da JSDdistrital do Porto. A nova ComissãoPolítica é constituída por quinze mem-bros da JSD e conta com Quitéria Rorize Diogo Oliveira como vice-presiden-tes; Ana Cláudia Silva como secretá-ria geral e Arménio Pereira, Maria deFátima Ferreira, João Teles, FláviaSampaio, José Miguel Monteiro, JoséMiguel Machado, Luís Silva, AndréGonçalves, Joaquim Costa, Ana FilipaMartins e Rui Pereira como vogais. Amesa do plenário de secção será pre-sidida por Pedro Valentim Moura, quetem como vice-presidente Hilário Pi-nheiro e Secretária Liliana Moreira.

Rui Batista e a sua equipa têm agoramais dois anos de mandato pela fren-te onde a JSD se compromete a au-mentar a sua militância, reforçar a suaatuação junto dos órgão autárquicos,de modo a dar aos jovens tirsensesuma voz mais ativa na construção deum concelho para viver, estudar e tra-balhar. A JSD tem já programada paramaio uma visita de trabalho à Uniãode Freguesias de Além-Rio, assimcomo o lançamento do seu novo site.

Cabrito à mesacom descontos

nal Alambique, Adega Regional doZé, Adega Regional “O Escondidi-nho”, Assunção, Braseiro das Aves,Cozinha do Ave, D’Ambrósia, DonaUnisco - Hotel Cidnay, Excelênciade Sabores, Lanterna, Mira Parque,Mira Rio, Olímpico, Pedra do Couto,Ponto Final, RBrandão, Ruínas doCerrado, Santo António e Tirsense.

Nos hotéis que também aderi-ram à iniciativa, o desconto será de15 por cento para o alojamento nasnoites de sexta-feira e sábado, parareservas efetuadas diretamente nasunidades hoteleiras do Hotel Cid-nay e do Santo Thyrso Hotel.

Em Santo Tirso, a gastronomia écaracterística do Minho e Douro Li-toral, região onde se integra. É umadas potencialidades mais represen-tativas do concelho, atraindo mui-tos apreciadores da boa comida. |||||

Vila de Rorizcom caminhadaem dia daLiberdadeO dia 25 de abril foi comemora-do da melhor forma em Roriz. Ajunta organizou uma caminhadapela freguesia e juntou inúmeraspessoas que, sem medo da chu-va, celebraram o dia da liberdadede uma forma diferente. A cami-nhada começou e terminou no edi-fício da junta e passou por váriasruas da freguesia. No final hou-ve direito a bolachas e licor de Sin-geverga para os participantes. |||||