PUC...HUMBERTO MARCONDES ESTEVAM Orientadora: Prof. Ma. Keite Silva de Melo Trabalho de Conclusão...
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PUC RIO
PROPOSTA DE CURSO INOVADOR: HABILIDADES HUMANAS E A SIMBIOSE DOS SENTIDOS
HUMBERTO MARCONDES ESTEVAM
Orientadora: Prof. Ma. Keite Silva de Melo
Rio de Janeiro, 10 de junho de 2017
CTCH Centro de Teologia e de Ciências Humanas
PROPOSTA DE CURSO INOVADOR: HABILIDADES HUMANAS E A SIMBIOSE DOS SENTIDOS
HUMBERTO MARCONDES ESTEVAM
Orientadora: Prof. Ma. Keite Silva de Melo
Rio de Janeiro, 10 de junho de 2017
CTCH Centro de Teologia e de Ciências Humanas
PUC RIO
PROPOSTA DE CURSO INOVADOR: HABILIDADES HUMANAS E A SIMBIOSE DOS SENTIDOS
HUMBERTO MARCONDES ESTEVAM
Orientadora: Prof. Ma. Keite Silva de Melo
Trabalho de Conclusão de Curso – TCC apresentado ao Curso de Especialização em Educação Empreendedora da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro – PUC, como parte dos requisitos necessários à obtenção do título de Especialista.
Rio de Janeiro, 10 de junho de 2017
CTCH Centro de Teologia e de Ciências Humanas
Ficha Catalográfica
CDD: 370
Estevam, Humberto Marcondes Proposta de curso inovador : habilidades humanas e a simbiose dos sentidos / Humberto Marcondes Estevam ; orientadora: Keite Silva de Melo. – 2017. 42 f. : il. color. ; 30 cm Curso em parceria com o Instituto Gênesis (PUC-Rio), através da plataforma do CCEAD (PUC-Rio). Com o patrocínio do Sebrae em parceria com o MEC. Trabalho de Conclusão de Curso (especialização)–Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Departamento de Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação Empreendedora, 2017. Inclui bibliografia 1. Educação – TCC. 2. Sentidos. 3. Simbiose. 4. PNL. 5. Linguagem. 6. Comunicação. I. Melo, Keite Silva de. II. Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Departamento de Educação. III. Título.
PUC RIO
PERFIL DO ALUNO
Pós-Doutor pela Universidade Federal de Uberlândia - UFU 2011; Doutor em Educação pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - UNESP 2007; Mestre em Educação pela Universidade de Franca - UNIFRAN 2002; Especialização em Educação Empreendedora - Pontifícia Universidade Católica - PUC 2016 - 2017; Graduado em Tecnologia em Processamento de Dados pela Universidade de Uberaba - UNIUBE 1994; Professor no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Triângulo Mineiro - IFTRIÂNGULO desde maio/2008; Professor na Universidade Federal do Triângulo Mineiro - UFTM jun./2000 até dez./2008; Professor na Faculdade de Ciências Econômicas do Triângulo Mineiro - FCETM fev.2003 até dez.2008; Professor na Faculdade de Talentos Humanos - FACTHUS fev.2005 até dez.2008. Diretor de Ensino - IFTM em 2011 - Campus Uberaba Supervisor Pronatec/IFTM - 2012 Coordenador Adjunto Pronatec/IFTM - 2012 Coordenador Geral Pronatec/IFTM - 2012 até a presente data Pró-Reitor de Pesquisa e Inovação do IFTM Experiência nas áreas da Ciência da Computação: Arquitetura de Computadores, Sistema de Informação Gerencial, Ensino à Distância, Internet e outros; nas áreas da Educação: Didática, Metodologia Científica, História da Educação, Práticas de Ensino e Práticas Pedagógicas.
(Endereço para acessar CV: http://lattes.cnpq.br/2507916535010952)
TRAJETÓRIA ACADÊMICA
O vínculo profissional inicialmente disposto como instrutor e orientador de
Sistemas de Gestão aplicados a pequenas, médias e grandes empresas, promovido
pelo cotidiano de uma conceituada empresa de informática na cidade de Uberaba –
MG, na década de 90, proporcionou-me o exercício da primeira experiência como
professor. Esta rotina possibilitou um enfrentamento didático e pedagógico marcado
por tentativas, erros e acertos com os diferentes perfis de usuários de computador e
das mais diversas áreas de empresas, bem como suas categorias econômicas e
sociais. Esta possibilidade de enfrentamento contribuiu para um “despertar docente”.
Nasceu então, uma nova perspectiva, que motivado com auxílio financeiro desta
mesma empresa de informática foi possível concluir com êxito o curso superior de
Tecnologia em Processamento de Dados em 1994.
Após a Graduação fui convidado a participar como professor de
informática em escolas privadas, aderindo às novas tecnologias. Nesta época,
estava acontecendo a grande revolução da tecnologia, onde o indivíduo comum não
estava limitado o acesso à tecnologia, o que até então, era privilégio das grandes
empresas. A experiência se efetivava em treinamentos para professores de ensino
fundamental e seus respectivos alunos. Cabe aqui ressaltar que muitas escolas na
região montavam seus laboratórios de informática como forma de atrativos e ao
mesmo tempo como diferencial de mercado não se preocupando, todavia, com os
meios didáticos e pedagógicos aplicados e seus conteúdos. Pais e professores não
instruídos em sua grande maioria, acreditavam que o computador somente servia
para jogos eletrônicos, fato este, bastante intrigante e que trouxe atrasos didáticos e
informações errôneas da necessidade e importância da informática na vida escolar,
considerando, que na ocasião o número de softwares educativos não era tão grande
como no tempo atual. Em 1995, fui contratado como professor e coordenador de um
curso técnico em Processamento de Dados em uma escola pública estadual, onde
vivenciei não só a atividade didática, mas, também, dificuldades e restrições do
serviço público, principalmente, no que tange à educação. Pude em tempo
compreender que necessitava de habilidades para conseguir de modo didático
contribuir com o aprendizado dos meus alunos. Desde então, o pensar docente me
encantou abrindo novos caminhos norteados pelo aperfeiçoamento acadêmico.
Desde julho de 2000 tendo vivenciado a experiência como docente
universitário em algumas Instituições particulares e públicas e observando as
necessidades de se ampliar e disseminar a informação por meio das multimídias
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disponíveis, realizei uma pesquisa de Mestrado na área da educação intitulada “A
Internet como ferramenta de apoio ao Ensino na Área da Saúde”. Sensibilizados
desde então, nos propusemos no Doutorado a continuar no caminho intrigante que é
a avaliação e trabalhamos a “Avaliação do Perfil de Egressos do Curso de Mestrado
e Doutorado em Educação Escolar”, com suas perspectivas para a pesquisa
científica e para a docência, em uma Instituição pública de ensino Stricto Sensu.
Com a aprovação em concurso público em uma Instituição de Ensino Superior e em
decorrência desta experiência, resolvi seguir adiante e concluir o Pós-Doutoramento
em Educação em uma Universidade Federal em 2011. Desta maneira, a vida
acadêmica e as experiências vivenciadas no Ensino de Pós-Graduação de nível
Stricto Sensu possibilitaram desde a criação de projetos de novos cursos, como a
coordenação dos mesmos.
Em 2011 fui convidado para assumir a Direção de Ensino do Campus, o
que permitiu criar controles e perceber o quanto é importante a vida profissional
acadêmica e o contato com os docentes e alunos de uma forma especial, gerencial e
de amplitude para criar formulários, procedimentos, novos projetos de cursos. A
vontade de crescer e mostrar minha capacidade acadêmica e profissional me
permitiu coordenar desde 2012 o Pronatec/MEC - Programa Nacional de Acesso ao
Ensino Técnico e Emprego, que foi criado pelo Governo Federal, em 2011, por meio
da Lei 12.513/2011, com o objetivo de expandir, interiorizar e democratizar a oferta
de cursos de educação profissional e tecnológica no país. Com a autorização pelo
MEC em 2014 do Mestrado Profissional em Educação Tecnológica, projeto
idealizado há alguns anos na Instituição, fui convidado pelo diretor geral do Campus
a ficar na coordenação. A experiência de coordenar um curso de mestrado ampliou a
minha experiência com a pesquisa e junho de 2016 fui convidado a assumir a Pró-
Reitoria de Pesquisa e Inovação de minha instituição. De sobremaneira a educação
e a pesquisa sempre me acompanharam e permitiram expandir a capacidade
intelectual de gerenciar, promover e incentivar por meio da docência e da virtude de
ter investido ao longo de minha formação, meu ser educador.
AGRADECIMENTOS
A realização deste trabalho só foi possível graças à colaboração direta ou
indireta de muitas pessoas. Manifesto aqui minha gratidão primeiramente a Deus
pela vida e oportunidade de aprender com o mundo e os homens.
Minha gratidão também de forma particular:
a todos os colegas do Curso de Educação Empreendedora que no
cumprimento dos créditos virtuais e presenciais compartilhamos o prazer de uma
troca de experiências e dificuldades, o que beneficiou pelos grupos em redes sociais
a finalização das atividades propostas pelo conjunto de disciplinas e do TCC;
aos Professores e funcionários da PUC-Rio que de alguma forma se
esforçaram para o curso atingir ótimo padrão de qualidade;
aos Professores do curso que souberam ensinar com sabedoria e
dedicação, em especial aos Professores: Dra. Júlia Bloomfield Gama Zardo, Dra.
Ruth Espínola Soriano de Mello, Dr. Alfredo Laufer, Dra. Sandra Korman Dib, Dr.
Raphael Sachhi Zaremba, Dr. Eduardo Moreira da Costa, Dr. José Alberto Sampaio
Aranha, Dra. Maria de Fátima Ludovico de Almeida, Dr. Ricardo Ferreira de Mello,
Dra. Maria Isabel Monteiro Fausto Barreto, Dr. Eduardo Duprat e Dra. Lygia
Alessandra Magalhães Magacho que me ajudaram a criar um senso crítico mais
apurado para a educação e o empreendedorismo;
ao nosso querido Prof. Dr. Raphael Sachhi Zaremba que sempre nos
observou à distância em todas as disciplinas justificando as notas e com carinho
especial o nosso crescimento intelectual;
à minha orientadora deste Trabalho de Conclusão de Curso, Profa. Ma.
Keite Silva de Melo que com dedicação e paciência contribuiu para a finalização
desta pesquisa.
agradeço aos meus colegas de trabalho, principalmente da minha
Instituição pela compreensão, atenção e incentivo para continuidade de meus
estudos;
agradeço aos meus amigos e à minha família sempre orgulhosos com
minhas conquistas e de forma especial aos meus pais (in memoriam) que com
sapiência me educaram para a vida.
– Desculpe-me, mas quem é você? / – Quem eu sou? Venha comigo e veja. / Sinta o abraço que provoca arrepio. / Sinta o gélido como é frio / E o calor que queima e aquece. / Muito prazer, agora você me conhece. // – Desculpe-me, mas quem é você? / – Quem eu sou? Venha comigo e veja. / Experimente o doce que é muito gostoso. / Prove o amargo como é horroroso. / Comer é saboroso e apetece. / Muito prazer, agora você me conhece. // – Desculpe-me, mas quem é você? / – Quem eu sou? Venha comigo e veja. / Sinta suavemente o perfume de uma flor. / Sinta do queijo seu odor: que Horror! / Sinta da fruta o aroma que entontece. / Muito prazer, agora você me conhece. // – Desculpe-me, mas quem é você? – Quem? Eu? Não, somos ‘nós’! / Nós estamos juntos. Venha conosco e veja. / Olhos bem atentos, vendo e entendendo. / Conhecimento e informação. / Cores, velocidade, ação. / Agora, você nos conhece, então (SCOTT, Paul, 2010).
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ESTEVAM, H. M. Proposta de Curso Inovador: Habilidades humanas e a simbiose dos sentidos. Rio de Janeiro: Curso de Especialização em Educação Empreendedora da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro – PUC. Orientadora: Profa. Me. Keite Silva de Melo.
RESUMO
O treinamento das habilidades humanas e a simbiose dos sentidos são alvos de muitos questionamentos nas salas de aulas, nas reuniões de colegiados e de professores. A proposta do presente estudo é apresentar um novo Curso que propõe criar nortes de interlocução didática como complemento da formação do professor. Vários são os relatos, principalmente de alunos que o professor tem o conhecimento, mas não tem didática, não sabe transmitir. Diante desta realidade, a proposta aqui é amenizar a situação e propor uma mudança e capacitar como complemento de formação para professores e técnicos administrativos, necessária para atuar na sala de aula e para a comunicação humana. A natureza da proposta adveio das experiências adquiridas e observadas em trajetória pessoal acadêmica e da percepção educacional vivenciada. Para contextualizar nossa busca diante da importância do tema surgiram alguns questionamentos, como por exemplo: Como melhorar a comunicação? Como o aprendizado acontece? Que sentidos e que metodologia podemos utilizar durante o processo de transmissão de informações? Como inovar e contribuir para a ampliação dos sentidos humanos na conquista do conhecimento? Estas e muitas outras indagações contribuíram para o desenvolvimento de um curso inovador e que inicialmente não contempla todas as demandas das instituições de ensino e nem tampouco traduz as reais necessidades locais, mas é importante compreender as necessidades gerais criando em cada professor e técnico administrativo a responsabilidade e a consciência do aprimoramento humano, o que amplia a concepção da educação de qualidade enquanto pessoa determinante da formação de seus alunos e da comunicação em geral. O processo de ensinar é somente o começo para se aprender algo, sobre alguma coisa. Ainda temos muito o que aprender sobre os sentidos humanos e a perspectiva ultrapassa e abre portas para que outros estudos possam se nutrir deste primeiro e desenvolver ainda mais a intelectualidade humana nas comunicações.
Palavras-chave: Sentidos. Simbiose. PNL. Linguagem. Comunicação.
SUM ÁRI O
TRAJETÓRIA ACADÊMICA ........................................................................................ 3 AGRADECIMENTOS .................................................................................................. 6 RESUMO................................................................................................................... 10 INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 13 CAPÍTULO I – A EDUCAÇÃO E OS SENTIDOS ...................................................... 21 CAPÍTULO II – A COMUNICAÇÃO E A DIDÁTICA................................................... 25 CAPÍTULO III – PROPOSTA CURSO INOVADOR: SIMBIOSE DOS SENTIDOS ...30
APRESENTAÇÃO DA PROPOSTA ....................................................................... 31
ORGANIZAÇÃO DO CURSO INOVADOR ............................................................ 31
IDENTIFICAÇÃO INSTITUCIONAL ................................................................ 31 IDENTIFICAÇÃO DO CURSO PROPOSTO ................................................... 31 ASPECTOS LEGAIS ...................................................................................... 32 COORDENAÇÃO E LOCALIZAÇÃO .............................................................. 32 JUSTIFICATIVAS ........................................................................................... 32 OBJETIVOS ................................................................................................... 32 PÚBLICO ALVO ............................................................................................. 33 PERFIL DE EGRESSO .................................................................................. 33 FORMAS DE INGRESSO .............................................................................. 33 EVASÃO, DESISTÊNCIA E SUBSTITUIÇÃO ................................................ 33 CARGA HORÁRIA E FREQUÊNCIA MÍNIMA ................................................ 34 AVALIAÇÃO ................................................................................................... 34 INFRA ESTRUTURA ...................................................................................... 34 MATRIZ CURRICULAR .................................................................................. 34 DISCIPLINAS ................................................................................................. 34
CONCLUSÕES ......................................................................................................... 36 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 38
INTRODUÇÃO
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O desenvolvimento científico e tecnológico provoca e transforma os
processos produtivos da sociedade contemporânea e mudanças significativas
acometem em consonância com a Educação. Neste campo da educação, muito se
tem a descobrir e transformar, muitos investimentos nos processos produtivos da
educação, assim como outras formas de avaliação, pesquisas, formação de
professores, tudo isso vêm de encontro a uma demanda prioritária nos caminhos do
desenvolvimento intelectual, acadêmico e econômico de uma sociedade. A
educação nos sistemas de ensino tradicionais necessita de novas diretrizes e para
tal, são necessários investimento em políticas educacionais para a formação
adequada dos aprendizes com a nova formação direcionada para melhorar o
ensino/aprendizagem dentro da sala de aula. Para esta formação se faz necessário
a sugestão complementar de formação na área da educação, dos sentidos, da
comunicação e da didática, curso inovador que abranja estas áreas e que seja de
curta duração para evitar desistências e evasões – realidade bastante comum nos
cursos novos. Trata-se inicialmente, de um curso de Formação Inicial e Continuada
– FIC, que será foco de avaliação da gestão institucional e acompanhada para
análise da sua eficiência. Posteriormente, é importante repensar um novo curso com
uma carga horária maior e porque não, ampliar a oferta para a comunidade.
Mudanças para a educação
Fonte:http://www.giromarilia.com.br/colunas/prof-cicero-felix-da-silva/educacao-em-2017-mudancas-e- desafios-para-professores-e-gestores-educacionais/8395
Na imagem tradicional do que é uma sala de aula e do que é ensinar e
aprender, vale a crítica educacional de que é necessário formar o professor para um
treinamento de habilidades didáticas – saber como transmitir o conhecimento para
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seus alunos, tema desta proposta. O treinamento dos professores para lidarem com
esta nova percepção utilizando os sentidos como meio de interação entre o
conteúdo e o aprendizado é apresentado como proposta de estudos. Saber os
caminhos para motivar e saber implementar regras e ampliar a visão do aprendiz
para a formação para o trabalho.
O investimento na educação brasileira e a implementação do processo de
formação dos professores, valoriza as perspectivas histórias e empreendedoras que
devem ser destacadas e aperfeiçoadas neste momento de formação. A metodologia
utilizada foi a pesquisa bibliográfica que reuniu livros, artigos, sites e apostilhas. Este
trabalho de conclusão de curso apresenta em seus capítulos um pouco sobre a
educação, os sentidos, a comunicação e a didática, importantes para a formação
prática, principalmente do docente recém-chegado na instituição ou mesmo aquele
que necessita de uma formação ampliada da sala de aula. Nesta perspectiva, o
conhecimento da ciência e da tecnologia, diante das suas diversas transformações
nos processos produtivos vem de encontro às mudanças necessárias na educação –
como parte desta busca. Os sistemas de ensino precisam garantir às novas
gerações o conhecimento das diretrizes empreendedoras e para que isto aconteça é
necessário investir em políticas educacionais. E este investimento deve ser capaz de
garantir a formação dos profissionais da educação.
Diante da leitura da trajetória histórica da formação de professores no
país realizada por Sheibe (2008, p. 41-53), percebe-se que existe a necessidade de
criação de um novo perfil profissional, destinado a ocupar um novo espaço para
preencher as lacunas da formação para o trabalho. A legislação educacional no país
integra os processos formativos do docente na sala de aula e sua formação depende
desta fonte de treinamento. A formação necessita de atenção especial para que o
professor saiba lidar com o processo de transmissão das informações em sala de
aula. Com os aparatos tecnológicos do cotidiano existentes, podemos facilitar este
processo. Algumas aulas ou informações não necessitam da presença física do
aprendiz e a formação dos profissionais da educação atenta independente da
modalidade de ensino às características fundamentais como a associação teoria e
prática e todo o aproveitamento e mediante a capacitação didática. Para esta
realidade apresentamos a proposta de novo curso de didática, baseada em
necessidades observadas ao longo da nossa trajetória acadêmica e institucional.
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Diante da realidade vivenciada como Diretor de Ensino, Coordenador de
Curso de Mestrado e de Programas de Ensino, bem como com o cargo de Pró-
Reitor de Pesquisa e Inovação, tenho observado a necessidade de implementar um
curso inovador para a formação dos servidores (professores e técnicos
administrativos). São muitos os problemas consequentes da comunicação
ineficiente, desde o aluno que reclama do professor, até colegas de trabalho que
não sabem como se comunicar de forma eficiente. A proposta aqui é o
desenvolvimento do Curso Inovador que trabalhe com as habilidades humanas e
que permita conhecer mais sobre a Simbiose dos Sentidos, o que define toda a
problemática norteadora da proposta. Para Mahler (1989), a simbiose refere-se a um
modo de interação entre duas pessoas, sendo necessário para a sobrevivência de
uma delas. Pode ocorrer, ao longo da vida, o desejo de retorno àquele período onde
predo minava a órbita simbiótica na díade mãe-criança, processo denominado de
ilusão simbiótica. Muitos são os relatos, principalmente dos alunos que o professor
tem o conhecimento, mas não tem didática, não sabe transmitir a informação. Desta
forma, a nossa proposta é que se compreenda, amplie e desenvolva estas
características implícitas na comunicação humana. Sabemos que quanto mais
sentidos utilizamos, mais se aprende. O psiquiatra americano William Glasser (1925-
2013) aplicou sua teoria da escolha para a educação e de acordo com esta teoria, o
professor é um guia para o aluno e não um chefe. Sendo assim ele salienta que não
se deve trabalhar apenas com memorização, porque a maioria dos alunos
simplesmente esquece os conceitos após a aula. Em vez disso, o psiquiatra sugere
que os alunos aprendam efetivamente, fazendo. Além disso, Glasser destaca
também o grau de aprendizagem de acordo com a técnica utilizada:
Pirâmide de Aprendizagem de William Glasser
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Fonte:http://sucessoemvendas.com.br/treinamento-continuo/treinamento-de-vendas-vale- pena/attachment/piramide-aprendizado-william-glasser-treinamento-de-vendas-vale-a-pena-sucesso-em- vendas-2-01/
De certa maneira observamos na pirâmide de Glasser que os sentidos
fazem parte do aprendizado. A aprendizagem está intimamente ligada aos sentidos
e a proposta deste novo curso vem de encontro a uma ideia que surgiu de
observações desde a minha gestão como diretor de ensino em uma instituição
pública de ensino básico, técnico e tecnológico. Mesmo com um quadro de
excelência em currículos no que compete ao quadro de docentes, nem sempre a
característica encontrada nas salas de aulas são as melhores com relação a prática
docente – situação esta, comum na maioria das instituições de ensino. Muitos são os
docentes com formação e titulação adequada para atuarem nas salas de aulas, mas
em contraponto a esta titulação, não apresentam a didática necessária para
transmitir o conteúdo ao aluno. Com esta realidade, a proposta aqui é amenizar a
situação e propor o início de uma mudança necessária. Apesar dos problemas
encontrados na formação básica do aluno que recebemos em nossas escolas, este
novo curso tende a contribuir positivamente para que a geração de conhecimento
aconteça.
A ideia transcende aos conteúdos apreendidos até então e soma a
realidade vivenciada pela academia. O fato de me identificar com a escolha pelo tipo
de trabalho 1, submete a necessidade de formação continuada e institucionalizada.
Como a minha formação é na área de informática, minha trajetória na Pós-
Graduação de nível Stricto Sensu em educação (Mestrado, Doutorado e Pós-
Doutorado) na minha experiência profissional tenho observado várias falhas na
formação docente e na sua prática também. Muitos são os casos de professores que
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ao assumirem um cargo docente em uma Instituição de Ensino, em sua atuação em
sala de aula não conseguem corresponder aos aspectos acadêmicos e didáticos
necessários e exigidos pela qualidade do desempenho docente. Estes docentes
nem sempre possuem didática suficiente para gerar aprendizado, as vezes por
simplesmente reproduzirem o que sempre aprenderam. Por muitas vezes, sendo sua
primeira experiência em sala de aula os professores não conseguem repassar o
conteúdo de suas disciplinas. Assim como os técnicos administrativos que não
conseguem se comunicar de forma clara e em consequências causam prejuízos à
Instituição. Este fato se relaciona à área de formação do professor versus disciplina
a ser lecionada ou mesmo pela falta de disciplinas curriculares de formação para a
prática. Muitos cursos (principalmente os de formação técnica e profissionalizante)
não tem simplesmente o propósito de trabalhar os sentidos na prática didática, tem
em seu currículo a formação para o trabalho.
Os cursos e estudos nesta linha são raros e nem sempre fazem parte de
uma formação sintética muitas vezes estão fragmentados em cursos mais ligados a
crenças, religiões, terapias comportamentais, equilíbrio humano e ao esoterismo de
forma geral.
A justificativa para a apresentação dessa proposta de curso inovador que
trabalha o conhecimento dos sentidos humanos é desenvolver habilidades humanas
como complemento de formação didática, incluindo as observações e registros
gerados, necessários para aturem no desempenho de suas profissões (sala de aula
ou relação humana). Esta proposta vai desde a sensibilidade tratada dos sentidos ao
desenvolvimento de materiais de apoio (disciplinas S1 até S6, detalhadas na
proposta).
A natureza da proposta adveio das experiências adquiridas e observadas
em trajetória pessoal acadêmica e da percepção educacional vivenciada e que
apresentamos como resultado o novo curso. Assim, a proposta é inovadora e
pretende em curto espaço de tempo preparar os professores e técnicos
administrativos para trocar experiências, reestabelecer conhecimentos, melhorar a
comunicação, utilizar e conhecer os sentidos humanos, registrar os conhecimentos
gerados e socializar - no âmbito das perspectivas educacionais, os sentidos
humanos. Somente assim, poderemos compreender que o Curso inovador pode
promover resultados e consolidar o cotidiano escolar em transformações
acadêmicas e de alto índice de qualidade educativa.
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Para contextualizar nossa busca diante da importância do tema surgiram
alguns questionamentos, como por exemplo: Como melhorar a comunicação? Como
o aprendizado acontece? Que sentidos e que metodologia podemos utilizar durante
o processo de transmissão de informações? Como inovar e contribuir para a
ampliação dos sentidos humanos na conquista do conhecimento? Estas e muitas
outras indagações contribuíram para o desenvolvimento de uma proposta de curso
inovador que trabalha as percepções acerca das habilidades humanas e a simbiose
dos sentidos. Estas questões abrem caminhos para que possamos investigar e
desenvolver a proposta. A investigação parte das dimensões afetivas em uma visão
disciplinar a partir do pressuposto piagetiano de que a afetividade constitui aspecto
indissociável da inteligência, pois ela impulsiona o sujeito a realizar as atividades
propostas. As discussões acadêmicas sobre o processo educacional permitem
conhecer mais sobre os conceitos teóricos ligados aos estudos dos sentidos
humanos. Obras de vários autores conforme referência, constituem o material para
os estudos de fundamentação teórica, práticas e análise. A metodologia utilizada foi
de cunho inicialmente bibliográfico sobre algumas teorias, principalmente de
renomados filósofos, além de sites, artigos e outros modelos de propostas de
cursos, com a abordagem qualitativa. Os resultados esperados referem-se à
sugestão de um curso inovador que trate das habilidades humanas e a simbiose dos
sentidos para o aprendizado.
O professor sabiamente pode como maestro de uma orquestra envolver
seus músicos com a importância da música para suas vidas, criar cenários, traçar
um espírito de concorrência, de saber e fazer mais, cada vez mais e melhor,
entusiasta de suas vitórias e sempre motivando e promovendo novos caminhos e
novas expectativas. Entender então, que a frustação sempre estará presente e que
faz parte de todo aprendizado. Os erros são acertos de aprendizado coerentes e
com tem em si, a certeza de que o caminho é errado ou não é o melhor. Às vezes
acertamos e precisamos entender que poderíamos ter errado, que existem outros
caminhos e questiona-se o que aconteceria se tomássemos rumos diferentes?
Assim a trajetória do conhecimento não se limita à simples transmissão de
informações, é necessário trabalhar com alguns aspectos inerentes ao ser humano,
como os propostos na problemática e despertar na ocorrência de um impulso ou
motivação, a vontade de ensinar e ser educador. Neste caminho os sentidos (visão,
audição, paladar, tato e olfato), além de outros que não são de grande conhecimento
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e de fácil diagnóstico, podem ser determinantes para o exercício didático. O corpo
humano é dotado de sentidos (capacidades) que lhe possibilita interagir com o
mundo exterior, como pessoas, objetos, luzes, fenômenos climáticos, cheiros,
sabores entre outros. Determinados órgãos do corpo humano enviam ao cérebro as
sensações, utilizando uma rede de neurônios que fazem parte do sistema nervoso.
Saber utilizar estes sentidos em sala de aula contribui muito para o aprendizado e a
consciência do aprimoramento humano, o que amplia a concepção da educação de
qualidade enquanto pessoa determinante da formação de seus alunos e da
comunicação cotidiana.
A EDUCAÇÃO E OS SENTIDOS
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Antes de iniciar sobre os temas deste capítulo é importante a
compreensão da educação que ocorre pelos homens no processo de apropriação da
cultura. A educação, em sentido amplo, é o processo de humanização caracterizado
pela apropriação dos bens culturais produzidos pela humanidade no decorrer da
história. Parte dessa apropriação é direta: ocorre por meio da participação dos
sujeitos na cultura. Outra, porém, não pode ser captada diretamente pelos sujeitos
em sua interação com o mundo; trata-se do conhecimento teórico. Propiciar o
acesso a esse bem cultural específico, que não está garantido aos sujeitos por
outras práticas culturais, que não se adquire por meio da vivência e da empiria, é o
papel que cabe às instituições de ensino. É por essa especificidade da instituição
escolar que se valorizam os conhecimentos sistematizados pelas diferentes ciências
– os conhecimentos teóricos – como conteúdos centrais da atividade pedagógica
(SFORNI, 2017, p. 2).
Sendo assim, compreendemos que o assunto é bastante extenso e exige
muita dedicação. Portanto, neste capítulo busca-se apresentar pressupostos teóricos
necessários ao entendimento da educação, dos sentidos e da comunicação. A falta
destes entendimentos nos leva a dificuldades enfrentadas pela grande maioria das
instituições de ensino que recebem a cada dia dos seus alunos a reclamação de que
seus professores detém o conhecimento, mas não sabem ensinar. Quantos de nós
podemos falar sobre isso em nossa trajetória acadêmica? Quanto é importante
aprender e discutir mais sobre este tema?
Educação e os Sentidos
Fonte:http://ossegredosdamatematicadesucesso.blogspot.com.br/2013/03/vamos- dar-sentido-humano-educacao.html/
Grandes mudanças aconteceram nas últimas três décadas,
principalmente nos campos político, socioeconômico, da cultura, da educação, da
ciência e da tecnologia. Os movimentos sociais e as transformações tecnológicas
são realidades apontadas pela iniciativa humana – época de balanço e de reflexão.
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A linha de pensamento que induz a esta investigativa levanta a possibilidade de
ampliar os conhecimentos dos professores para ir além da sala de aula. Entusiasta
do saber e prudente em suas demandas acadêmicas, busca-se aprender mais sobre
como treinar as habilidades para com os sentidos humanos. Para clarear este
caminho vamos destacar os objetivos propostos, como por exemplo: pesquisar sobre
como preparar o professor para a sala de aula; investigar sobre quais disciplinas são
necessárias para trabalhar com suas habilidades e transformá-las em prática
docente; compreender como o estudante aprende, mostrar caminhos sobre as
leituras feitas em sala de aula, como os comportamentos, gestos, olhares e outros
que induzem o aprendizado; sensibilizar o docente sobre os processos de avaliação
e auto avaliação; preparar o conjunto de disciplinas necessárias para este
aprendizado na capacitação docente.
As habilidades fundamentam-se em abordagem interacionista tendo como
início e término a prática exercida no contexto escolar. Assim, respaldando-se nas
experiências vivenciadas e no referencial teórico acerca das disciplinas propostas,
procurou-se promover a reflexão crítica e a participação ativa, individual ou coletiva,
na construção e reconstrução de saberes e fazeres docentes, com a proposta
apresentada.
Sendo assim, permear os caminhos dos conceitos didáticos permite o
desenvolvimento das relações humanas e estas relações permitem a troca de
informações pelos sentidos, como o olhar, a audição, o tato e o paladar, enfim sobre
as minúcias das sensibilidades e sensações disponíveis e receptíveis para o
aprendizado das relações. Isso torna o processo responsável pela produção do
conhecimento e de acordo com os diversos modos de transmissão dos conteúdos.
Conforme Candau:
O domínio do conteúdo e a aquisição de habilidades básicas, assim como a busca de estratégias que viabilizem esta aprendizagem em cada situação concreta de ensino, constituem problemas fundamentais para toda proposta pedagógica. No entanto, a análise desta problemática somente adquire significado pleno quando é contextualizada e as variáveis processuais tratadas em íntima interação com as variáveis contextuais (CANDAU, 1983, p. 15).
Sendo assim, de acordo com a autora, para que a comunicação aconteça
e que possa ser eficiente é necessário compreender melhor sobre como utilizar e
contextualizar toda a prática pedagógica, conhecer melhor sobre as metodologias
acompanhadas dos métodos e dos materiais (o que chamamos aqui de processo)
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que envolvam as variadas formas de relacionar e armazenar o conhecimento. Estas
íntimas interações são as mais variadas e criativas formas encontradas pelo ser
humano na sua comunicação com o outro. Tentar transmitir e gerar conhecimento é
algo muito prazeroso para o professor. Contextualizar a didática com o processo de
comunicação utilizando os sentidos amplia as formas de armazenamento e
aprendizado das informações.
A COMUNICAÇÃO E A DIDÁTICA
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Para iniciarmos este capítulo é importante que se compreenda o conceito
de comunicação, derivada do latim "communicare", que significa "partilhar, participar
algo, tornar comum", é o ato ou efeito de comunicar, que envolve a transmissão e a
recepção de mensagens entre o transmissor e o receptor, por meio da linguagem
oral, escrita ou gestual, por meio de sistemas convencionados de signos e símbolos
(MICHAELIS, 2017). Por meio da comunicação, os seres humanos e os animais
partilham diferentes informações entre si, tornando o ato de comunicar uma
atividade essencial para a vida em sociedade. O processo da comunicação acontece
de várias formas ou por vários códigos: parte de um ponto inicial, codificado num
sistema de sinais definidos, que podem ser gestos, sons, indícios, uma língua
natural como português, inglês, espanhol e outras e por consequência ao
destinatário. Enfim, identificamos que para que a comunicação aconteça são
necessários alguns elementos como o emissor, o código, o canal de comunicação e
o receptor. Mas, não podemos aqui deixar de mencionar que no trajeto da
comunicação podem estar presentes alguns ruídos ou interferências que
comprometem a qualidade da comunicação, bem como podem comprometer toda a
comunicação.
A comunicação
Fonte:http://www.cnbbsul1.org.br/divulgado-o-cartaz-oficial-do-encontro- estadual-de-comunicacao-de-2013/
Quando a comunicação acontece pela forma escrita ou falada, denomina-
se de comunicação verbal, a mais importante e exclusiva dos seres humanos. A
comunicação não verbal está relacionada com os sistemas de sinais não
linguísticos, como gestos, expressões faciais, imagens e outros. Alguns ramos da
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comunicação são destacados pela teoria da informação, da comunicação
intrapessoal, da comunicação interpessoal, do marketing, da publicidade, da
propaganda, da comunicação social, da comunicação empresarial, das relações
públicas, da análise do discurso, das telecomunicações e do jornalismo. Não
queremos aqui aprofundar nestas teorias, apenas “comunicar” que elas existem.
O grande fator que diferencia o processo da comunicação eficiente na
ação do professor enquanto comparado, pois com um livro didático, por exemplo, é
que se ganha muito com a sensibilização do docente enquanto agente de
transformação. Ele pode transformar sua sala de aula em um grande aprendizado.
Suas observações e percepções de cada aluno norteiam sua conquista didática e
traz à tona o auto aprendizado. Nestas experiências didáticas é notório que haja
motivação – o que representa a vontade de ensinar, gerando aprendizados. Os
pressupostos teóricos enquanto apoio são de grande valia. O professor por si só,
não possui todos estes atributos, que devem ser exercitados, como um músculo. A
prática do professor enquanto agente utilizando o máximo possível dos sentidos
humanos para a prática do conteúdo lecionado não só faz com que o aluno aprenda
e retenha as informações, ele também tem mais interesse pela aula, se sente
motivado e satisfeito com suas conquistas.
Para este caminho, a prática do professor deve ser reflexiva, para que sua
ação não seja reproduções de livros ou simples teoria. O despertar para os sentidos
deve acontecer com a concentração necessária, com a dedicação para tal fim. A
criatividade entra a todo vapor neste momento e que para que isto aconteça o
motivador deve estar motivado. Mas quem motiva o motivador? Ele mesmo! Seu
estado de espírito. Quando percebe que está conseguindo transmitir conhecimento,
fica satisfeito e conduz melhor e cada vez mais em plenitude.
Na educação o processo de aprender é transformar-se e transformar o
meio em que vive. Veiga (1989, p.86) diz que é preciso “tornar o ensino da Didática
mais atraente e respaldado nos resultados das investigações envolvendo alunos em
processo de formação”, assim, entendemos sobre a importância do aprofundamento
neste assunto. A educação e sua didática são ramificações da pedagogia, que tem
como finalidade usar métodos e técnicas na aplicação das instruções ou transmissão
das informações. Estas informações são sobre o conhecimento que o professor
dispõe. É uma forma prática que tem como base as teorias pedagógicas que
analisam métodos convenientes para serem aplicados e que contribuem no
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processo de aprendizado. Conforme Pereira (2016), nas teorias da educação, a
didática é mais do que um termo utilizado para representar a dicotomia entre o bom
e o mal professor ou para designar os materiais utilizados no ambiente escolar.
Termo de origem grega didaktiké, a didática foi instituída no século XVI como ciência
reguladora do ensino e mais tarde Comenius atribuiu seu caráter pedagógico ao
defini-la como a arte de ensinar. Em busca da melhor compreensão sobre os
principais conceitos da Didática e das práticas e habilidades educativas, se propõe
aprofundamento nas questões de campo amplo, enquanto conceito, que discute
questões envolvendo os processos do caminho ensinar. É o ramo da ciência
pedagógica voltada para o aluno ou aprendiz, com objetivos educativos, ampliando-
se nos processos de ensino e aprendizagem. É notório que neste caminho as
relações se estabelecem e o ensino acontece. Sobre este foco, a educação passa a
ser a mediação para que as ações do conhecimento aconteçam, promovendo
diretivas, princípios norteadores comuns às áreas de conhecimento, sem restrição
às formas utilizadas na prática. Durante este processo é importante estabelecer
parâmetros de análise das condições de ensino e suas relações com os objetivos
propostos no conteúdo das disciplinas.
Para Libâneo (2002, p. 11), “... o campo do didático é o ensino, isto é,
investigar os nexos entre ensino e aprendizagem para propor princípios, formas,
diretrizes que são comuns e fundamentais ao ensino de todas as matérias”. A
proposta destes princípios deve iniciar com clareza na preparação de suas aulas,
dos materiais e dos alunos - submetido ao papel do professor, que neste processo
deve planejar, selecionar e organizar os conteúdos, programar as tarefas, criar
condições de estudo dentro da classe e incentivar os alunos.
Conforme Libâneo (2002, p. 10), “... a didática é uma disciplina
“pedagógica” e que na sua concepção “... é a teorização sobre finalidades e formas
de intervenção na prática educativa num determinado contexto sócio-histórico”.
Assim, a didática trata das condições e meios de realização do processo de ensino,
ligando meios pedagógico-didáticos a objetivos sócio-políticos. Não há técnica
pedagógica sem concepção de homem e de sociedade, como não há concepção de
homem e sociedade sem uma competência técnica para realizá-la
educacionalmente. Para Candau:
Concebe a Didática como um saber de mediação e garante sua especificidade pela preocupação com a compreensão do processo de
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ensino-aprendizagem e a busca de formas de intervenção na prática pedagógica, concebida como prática social, articulando sempre o “fazer” com o sentido ético e político-social de todo projeto educativo. Esta perspectiva situa-se no âmbito de uma abordagem crítica na educação (CANDAU, 1997, p. 74).
Portanto, para Barbosa e Freitas (2017, p. 6) estudar a Didática, não
significa acumular informações sobre as práticas e técnicas do processo de ensino-
aprendizagem, mas sim, de acrescentar em cada sujeito, a capacidade crítica de
questionar e fazer reflexão sobre as informações adquiridas ao longo de todo
processo de ensino-aprendizado. Neste caso, o aprendiz recebe as informações e
consegue associá-las de acordo com seus valores e transformá-las em
conhecimento; este é o processo onde a didática oferece os meios para que isso
aconteça.
Entendemos que a proposta deste curso inovador exige maiores estudos,
compreensão dos seus valores e consideração sobre os estudos da arte e da
ciência no ambiente escolar. Esta proposta não preconiza somente a transmissão de
informações e sim, aplica estes estudos dos sentidos na compreensão, aprendendo
a conhecer e desenvolver habilidades cognitivas nos alunos para torná-los críticos e
reflexivos. Para reforçar nosso pensamento crítico, destacamos uma grande frase de
Bourdieu (2002, p.1) “não há democracia efetiva sem um verdadeiro poder crítico”. É
preciso repensar a proposta de acordo com as experiências medidas ao longo deste
caminho inovador.
O professor tem nas mãos uma responsabilidade grande de ensinar e
fazer com que o aluno aprenda, sob consequência de formação da personalidade do
aluno. Em suas aulas, ele organiza a forma de como será transmitido as informações
e como estas informações serão transformadas em conhecimento e isso é
exatamente o que se propõe o curso inovador sobre as habilidades humanas e a
simbiose dos sentidos.
PROPOSTA CURSO INOVADOR: SIMBIOSE DOS SENTIDOS
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APRESENTAÇÃO DA PROPOSTA
A proposta do curso aqui apresentada traduz o que podemos chamar de
“Simbiose dos Sentidos”, a partir da interação entre professor e estudante e como
resultado, o aprendizado eficiente. Esta simbiose compreende muito mais do que
simplesmente transmitir informações, vai além dos instrumentos utilizados e alcança
objetivos superiores ao ser comparado aos métodos tradicionais de ensino. Ensinar
com os sentidos humanos é dar sentido ao entendimento de como é para o outro
aprender o que está sendo ensinado. Parece redundante pensar em tal sentido, mas
quando observado com outros olhares entendemos muito bem sua aplicação. A
ideia aqui não substitui e nem deprecia nenhum outro método com estes objetivos,
mas amplia e indica novos caminhos; assim, entendemos que neste percurso existe
muito a observar e aprender. Claro que o fator conteúdo e tempo devem ser levados
em conta. Portanto a proposta aqui é de acrescentar como complemento de ordem
instrutiva.
Esta proposta indica vários trabalhos de buscas que a partir daqui,
possam surgir, investigações e avaliações, bem como de observações e
implementos que ao longo do tempo e da experiência possam contribuir para sua
eficácia. O curso não destaca a Instituição idealizadora, porque cabe a qualquer
instituição educacional de ensino Técnico, Graduação e Pós-Graduação.
ORGANIZAÇÃO DO CURSO INOVADOR
IDENTIFICAÇÃO INSTITUCIONAL Instituição ofertante Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Triângulo Mineiro
Endereço Rua João Batista Ribeiro, 4000, bairro Distrito Industrial II
Cidade/UF Uberaba/MG
Telefones (34) 3319-6000 / 98411-6548
Site www.iftm.edu.br/cursos/sentidos
E-mail [email protected]
IDENTIFICAÇÃO DO CURSO PROPOSTO Nome do Curso Habilidades Humanas e a Simbiose dos Sentidos
Modalidade Presencial
Duração 200h – 10h por semana.
Turno Diurno
Turmas/Vagas 2 turmas / 30 vagas cada
Horários Turma 1 das 7h30 as12h30 Turma 2 das 13h30-18h30
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Dias da semana terças e quintas
Previsão Início fevereiro/2018 Término junho/2018
Tipo de oferta Anual
Público Professores da Educação Básica, Técnica e Tecnológica
ASPECTOS LEGAIS Lei 9394/1996 Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
Lei 12513/2011 Lei do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego.
Lei 11502/2007 Lei que atribui à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) a responsabilidade pela formação de professores da Educação Básica – uma prioridade do Ministério da Educação.
Portarias Internas Portaria Comissão Encarregada de Desenvolver as Ementas das Disciplinas de acordo com a Proposta.
COORDENAÇÃO E LOCALIZAÇÃO Coordenador Prof. Dr. Humberto Marcondes Estevam
Contato (34) 98411-6548
E-mail [email protected]
Secretária Me. Gabriela Borges
Endereço Rua João Batista Ribeiro, 4000, sala 8, bairro Distrito Industrial II, Uberaba/MG.
Contato (34) 3319-6000
E-mail [email protected]
JUSTIFICATIVAS Importância É importante para qualquer tipo de transmissão de informações saber a
melhor forma de se comunicar para alcançar seus objetivos. Identificamos que com os métodos adequados e implementados na utilização dos sentidos nesta etapa, proporcionam muito mais aprendizado e a inter- relação existente principalmente entre o educador e aprendiz fica muito mais rica se utilizados com sapiência, os sentidos. Sabe-se com certeza, que aprendemos muito mais desta forma. As informações são transmitidas e geram o conhecimento necessário e individualizado, o que gera mudanças individuais, locais e sociais. Estas mudanças contribuem para a geração de renda, ampliação da capacidade técnica, intelectual e contribui também para o desenvolvimento humano de qualidade, além de poder
lidarem melhor com as condições de relacionamentos cotidianos gerando benefícios.
OBJETIVOS Geral Propor um curso de técnicas de utilização dos sentidos para a geração de
aprendizado.
Específicos Entender melhor sobre nossos sentidos humanos; Fazer as leituras pertinentes;
Desenvolver habilidades dos sentidos; Observar como se aprende; Escolher conteúdo e praticar a transmissão com as variedades dos sentidos; Discutir e avaliar como se aprende; Praticar e desenvolver materiais e ampliar as técnicas; Registrar as melhores maneiras para a transmissão de conteúdo.
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PÚBLICO ALVO Professores Turma somente de professores que atuam na Rede Federal de Ensino
Técnico e Tecnológico, com possibilidade de áreas comuns de formação.
Técnicos Administrativos
Turmas com técnicos administrativos para melhorar a comunicação entre eles, professores e alunos.
PERFIL DE EGRESSO Professores Formar professores com capacidades ampliadas da percepção de como
poder melhorar a transmissão de seus conteúdos em sala de aula, gerando melhor formação intelectual de nossos alunos e preparando-os para as variadas relações humanas na sociedade e suas formas de comunicação. Gerando assim, melhores projetos e eficiência na transmissão das informações para o estudante.
Técnicos Administrativos
Formar e preparar os Técnicos Administrativos para lidarem melhor com as condições de relacionamentos cotidianos e beneficiando toda a relação e ao mesmo tempo contribuindo para o crescimento mútuo, inseridos em uma sociedade mais humana e compreensiva.
FORMAS DE INGRESSO Professores Portaria Institucional para formação da Comissão do Processo de seleção
para confecção do Edital de seleção. Este Edital será lançado anualmente e com inscrições 3 meses antes, obedecendo as regras contidas no edital, como por exemplo ficha de dados do professor (levantamento de formação, disciplinas ministradas, habilidades e expectativas). O processo será composto de duas etapas: seleção pela ficha de cadastro (50 pontos) e entrevista (50 pontos). Ambas etapas serão classificatórias. O candidato
deve ter disponibilidade de tempo extra curso para efetuar as leituras e contextos teóricos importantes para o aproveitamento prático.
Técnicos Administrativos
Portaria Institucional para formação da Comissão do Processo de seleção para confecção do Edital de seleção. Este Edital será lançado anualmente e com inscrições 3 meses antes, obedecendo as regras contidas no edital, como por exemplo ficha de dados do Técnico Administrativos (levantamento de formação, funções, habilidades e expectativas). O processo será composto de duas etapas: seleção pela ficha de cadastro (50 pontos) e entrevista (50 pontos). Ambas etapas serão classificatórias. O candidato deve ter disponibilidade de tempo extra curso para efetuar as leituras e contextos teóricos importantes para o aproveitamento prático.
EVASÃO, DESISTÊNCIA E SUBSTITUIÇÃO Evasão Será considerado evadido o cursista que não solicitar formalmente e com
justificativas sua desistência (em formulário próprio na secretaria acadêmica). Constará em sua ficha critério de Evasão que não o impedirá de pleitear novamente o curso, mas o prejudicará na classificação.
Desistência Será considerado desistente o cursista que formalizar na secretaria acadêmica e em formulário próprio (a qualquer tempo) e com as justificativas. Constará em sua ficha critério de Desistente que não o impedirá de pleitear novamente o curso, cabendo a comissão, avaliar este item para sua classificação.
Substituição A coordenação do curso poderá até 25% de carga horária do curso substituir o desistente ou evadido pelo próximo classificado na lista.
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CARGA HORÁRIA E FREQUÊNCIA MÍNIMA Aprovação Será considerado aprovado o cursista que integralizar no mínimo 75% de
frequência e nota igual ou superior a 60 pontos.
Reprovação Será considerado reprovado o cursista que não conseguir integralizar o mínimo para aprovação.
Aproveitamento Não será possível aproveitamento de carga horária, bem como conteúdo das disciplinas.
AVALIAÇÃO Aprovação Cada disciplina (conforme matriz curricular), distribuirá seus pontos. Sendo
considerado aprovado o aluno que totalizar no mínimo 60 pontos. O processo de Avaliação acontecerá durante todo o curso, de forma constante e contínua, demarcada pela observação direta da participação nas diversas atividades programadas individuais e coletivas. O processo de avaliação será definido pelos professores ministrantes de cada disciplina, devendo constar de: Participação em aulas; Frequência (pontualidade e assiduidade); Comprometimento com o curso; e, Domínio de conteúdo. O concluinte considerado aprovado terá seu Certificado do Curso emitido pela Secretaria de Registro Acadêmico do Campus.
Reprovação Será considerado reprovado o cursista que não conseguir totalizar 60 e/ou não ter frequência mínima de 75% da carga horária total.
INFRA ESTRUTURA Sala de Aula Salas de aula com quadro branco, pincel, apagador, Datashow e notebook.
Laboratórios Laboratório de informática com computadores ligados a rede de internet.
Biblioteca Acesso a biblioteca do campus para consultas em obras físicas e escritos digitalmente, como revistas, jornais, periódicos, artigos e outros.
MATRIZ CURRICULAR Cód. Disciplinas CH Pontos
S1 Epistemologias dos Capitais 36 10
S2 Os Sentidos Humanos 28 10
S3 A Linguagem Corporal 30 10
S4 Desenvolvimento das Metodologias para os Sentidos 36 20
S5 Didática 40 20
S6 Trabalho de Conclusão de Curso 30 30
TOTAIS 200 100
DISCIPLINAS S1 Epistemologias dos Capitais
Ementa Estudo introdutório dos principais teóricos como Pierre Bourdieu, Jean-Claude Passeron e suas traduções, sobre os Capitais social, linguístico, simbólico, cultural, econômico... Os agentes sociais e jogo de forças que inculcam modos de ser e fazer.
Objetivos Compreender melhor sobre as pesquisas realizadas e a produção dos capitais
desenvolvidos no ser humano. Identificar, socializar e gerar conhecimento sobre o conteúdo dos autores mencionados.
S2 Sentidos Humanos
Ementa Aqui ampliamos o que entendemos por sentidos humanos. Estudos demonstram que não conhecemos todos mais existem mais de 20 sentidos humanos.
Objetivos Buscar nas leituras e mídias diversas as teorias e as práticas necessárias para exercitar a percepção dos sentidos humanos. Compreender que existem outros
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sentidos não percebidos e que a deficiência e os treinamentos ampliam sentidos.
Aprender como os limitadores dos sentidos ou com as pessoas com deficiência e seus usos maximizados dos sentidos.
S3 Linguagem Corporal
Ementa Estudos de como o corpo fala e algumas técnicas que são aliadas as técnicas da programação neurolinguística.
Objetivos Introduzir a busca pelas linguagens utilizadas na comunicação, corporais, verbalizadas e intuitivas. Verificar como fazer um diagnóstico inicial de comportamento. Detectar as principais falhas e como o nosso corpo verbaliza.
S4 Desenvolvimento das Metodologias para os Sentidos
Ementa Como o apoio inicial das outras disciplinas, verificar o desenvolvimento de novas formas de encontrar os sentidos para aplicação prática.
Objetivos Observar, desenvolver novas metodologias para a utilização dos sentidos. Criar novas formas de ensinar e/ou de transmitir informações dotadas da ampliação.
S5 Didática
Ementa Estudos e técnicas para o desenvolvimento da didática, da comunicação, da compreensão do processo de ensino e aprendizagem. Levantamento crítico e desenvolvimento de propostas inovadoras aliadas a criatividade.
Objetivos Simular e desenvolver as habilidades didáticas dos alunos com relação a compreensão das outras disciplinas, identificando as principais correspondências metodológicas necessárias e contribuindo para o desenvolvimento de processos educativos.
S6 Trabalho de Conclusão de Curso
Ementa Tempo para criação com a orientação dos professores do curso de um material, uma forma, um método (aqui sem limitar) para que a utilização dos sentidos seja eficiente na comunicação.
Objetivos Efetuar o registro do aprendizado em forma de artigo ou resumo expandido. Apresentar em congresso realizado nos meses de novembro na Instituição ou para a turma envolvida.
Sabemos das deficiências humanas na comunicação, que há séculos
tentamos minimizar. Esta é sem dúvida a grande problemática humana – a
comunicação. Estamos acostumados a agir conforme nossa mente entende os
comandos e que as vezes é automática ou instantâneo, sem qualquer filtro ou
momento de reflexão. Interpretamos os comandos conforme nossos valores.
Entendemos o mundo, compreendemos, vemos o mundo conforme nossos capitais,
sejam eles capitais sociais, linguísticos, simbólicos, econômicos, culturais e outros.
Desta maneira, podemos entender que os reflexos de nossas ações são baseados
em como entendemos a vida e todo o seu processo e, é claro, que isto tende a ser
diferente de indivíduo para indivíduo.
A proposta aqui mencionada não é por si, uma etapa final, muito pelo
contrário é apenas o começo para que outros cursos de carga horária superior
possam complementar e contribuir para uma educação de qualidade. Para que isto
aconteça é necessário reavaliar inicialmente e ao longo do curso, permitindo
valorizar e conservar o adequado e modificar ou substituir o inadequado. Nesta
etapa a avaliação é essencial, tanto para o curso quanto para os estudantes, para os
professores e para a instituição.
CONCLUSÕES
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Concluímos que o projeto inicial não contempla todas as demandas das
instituições de ensino e nem tampouco traduz as reais necessidades locais. Cabe
aqui compreender sobre as necessidades gerais criando em cada educador a
responsabilidade e a consciência do aprimoramento, o que amplia a concepção da
educação de qualidade enquanto pessoa determinante da formação de seus alunos.
A proposta é de se iniciar o curso e contemplar suas diversas mudanças para o
propósito principal que é aprimorar o saber docente e discente na intrigante
comunicação humana. Com o uso dos sentidos em sua comunicação o professor
transforma suas aulas em aulas interativas, dinâmicas e que chamem e motivem a
atenção dos aprendizes, principalmente com as informações cotidianas e das
experiências exitosas de seus alunos e professores. O processo de ensinar com
mais ampliação sobre a utilização dos sentidos é somente o começo para se
aprender. Ainda temos muito o que aprender, mas saber a direção e o caminho a
seguir são de grande valia.
Outras propostas inovadoras poderão surgir ao longo da aplicabilidade do
curso e também das reais necessidades constatadas pelos seus gestores e diretores
da Instituição.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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