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-
ANt:íl TSE TERMO-HIDRt:íUI TCh DF VAPOR IZADQRfS
COM TUBOS HORIZONT,',IS
HENRIQUE GERKEN DE LANDA ~
T[SE SUBMETIDA AO CORPO DOCENTE DA COORDENACIO DOS
PROGRAMAS DE P6S-GRADUACIO DE. ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE
FEDERAL DO RIO DE JANEIRO COMO PARTE DOS REQUISITOS
NECESS~RIOS PARA OBTENCIO DO GRAU DE MESTRE EM CIINCIAS EM
ENGENHARIA MECINICA.
/.',provado por·:
.... __ -- .. .:~h 11: _ Ei:::'.: ~ --~~~-i~'.~ -~j~:.. -- --_ -· -- --_ -- _______ --_ Prof. LEOPOLDO EURICO GONCALVES BASTOS, D.Se.
( Pre:s; i de:nt e,)
RIO DE JANEIRO, RJ - BRASIL AURIL. - 1989
-
LANDA, HENRIGUE GERKEN DE
Anilise Termo-Hidriulica de vaporizadores com Tubos
Horizontais (Rio de Janeiro> 1989
cm C COPPE-UFRJ, M.Sc.7 Engenharia
Mecânica, i 989)
Tese - Universidade Federal do Rio de Janeiro
COPPE/UFR ,J
i. Vaporizador I. COPPE/UFRJ II. Título (série)
-
i i
À Lei la, Éllen e Frederico com muito amor
-
iv
AGRADECIMENTOS
Ao Prof. Leopoldo E.G. Bastos, pela amizade formada e
incentivo na elaboração deste trabalho.
Ao Programa de Engenharia Meclnica pelas disciplinas
oferecidas.
Ao amigo Mareio Ziviani pelos comentários e sugestões.
A PETROBRdS pela oportunidade de cursar as disciplinas
em regime parcial.
Aos colegas do Setor Térmico, e da Divisão de Projetos
Meclnicos do Centro de Pesquisas CCENPESJ pela compreensão
e pela contribuição na realiza;ão deste trabalho.
A Ana Cristina e Maria Inez pelo trabalho de
digitação e datilografia.
A esposa e filhos pelo estimulo e pelo apoio afetivo.
-
V
Resumo da Tese apresentada a COPPE/UFRJ como parte dos requisitos necessirios para obten;lo do grau de Mestre em Ciências
-
Abstract of Thesis fulfillment of the Science (M.Sc.).
vi
presented to COPPE/UFRJ as partia} requirements for the degree of Master of
THERMAt HYDRAIII IC ANALYSIS Of VAPORIZERS
WITH HORIZONTAL JUBEfi
HENRIGUE GERKEN DE LANDA
APRIL 1989
Thesis Supervisor: Prof. Leopoldo Eurico Gon;alves Bastos
Department: Mechanical Engineering
A new methodology is presented for thermal - fluid
dynamic analysis of vaporizers with horizontal tubes using
pure substances as process fluids. A computer program has
been developed using FORTRAN 77 in arder to implement the
new method.
Severa} comparisons have been done to show the
validity of the proposed methodology with respect to other
approaches.
-
yj i
ÍNDICE
Pág.
I - I NTR ODUCÃO ................................... • • • • i
II - REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ••••••••••••••••••••••••• 4
II.i - ESCOAMENTO BIFÁSICO .................................. 4
II.1.1 - CONFIGURAÇÃO DE ESCOAMENTO ••••••••••••••••••• 4
II.1.2 - MAPAS DE ESCOAMENTO PARA TUBOS HORIZONTAIS
II.1.3 - CORRELAÇÕES PARA QUEDA DE PRESSÃO •••••••••••• 9
II.2 - TRANSFERINCIA DE CALOR ••••••••••.••••.•••••••••. 13
II.2.1 - ESCOAMENTO MONOFÁSICO •••••...••••.•••••••••• 14
II.2.2 - EBULIÇÃO CONVECTIVA ••••.•••••••••••.•••••••• 16
II.3 - RECOMENDAÇÕES DA LITERATURA SOBRE VAPORIZADORES 27
II.3.1 - RESISTINCIA TiRMICA DE DEP6SITO ••••••••••••• 29
III - METODOLOGIA DE CÁLCULO •••••••••••••••••••••• 31
III.i - INTRODUÇÃO ........................................... 31
III.2 - DADOS DE ENTRADA ..........••.•••••.•••••••••... 32
III.3 - PERFIL DE TEMPERATURA •••.•••••••.•.•...•••••••• 33
III.4 - BALANCO DE ENERGIA .......••....••..•••••.•....• 35
III .5 - METODOI_OGIA .............................................. 36
-
vii i
IV - ROTINA COMPUTACIONAL •.••..••••••••••.••....•• 40
IV.l - BANCO DE DADOS ••••••••..••••••••.•....•••••••••• 40
IV.2 - ETAPAS DO PROGRAMA ..•.•.•••..••.•...•......•••.• 42
IV.3 - DESCRIÇÃO DAS SUB-ROTINAS ••••••••••••••••••••••• 54
IV.4 -· Fl_UXOGRAMA .......................................... 55
V - ESTUDOS DE SIMULAÇÃO ........................... 60
V.l - EXEMPLO DE APLICAÇÃO .••••••••.•••••••••••..•••••. 60
V.2 - COMPARAÇÃO DE RESULTADOS ••••..•....•••••.••.••••• 64
V.3 - ANdLISE DE RESULTADOS ••••.•••••••..••••••.••.•••• 69
VI - CONCLUS6ES E RECOMENDAÇ6ES ..••••••••..••••••• 72
REFERINCIAS BIBLIOGRdFICAS ••..•••••......•••• 73
APINDICE l - EQUIPAMENTOS PARA VAPORIZAÇÃO •.•..•.•..••• 79
APINDICE 2 - PROGRAMA COMPUTACIONAL ..••...••.•••••..... 91
-
NOMENCLATURA
Bo - Número de Eb•J l i ç:ão _-,d __ ÁG
Co - NI.Ímero de Convecç:ão [~] 0 ... (fJ,;s/(>,_) e."' N Cp - Calor específico Cfgo - Fator de atrito considerando toda vazão como gás
Cflo - Fator de atrito considerando toda vazão como líquido
d - Diâmetro interno
D - Diâmetro externo
Fr - NI.Ímero de Fraude G"' - --f"', .. GN d
GN - Aceleraç:ão da gravidade
HL - Coeficiente de transferlncia de calor para o líquido
HTP - Coef. de transferlncia de calor p/ esc. bifásico
K - Condutividade térmica
L - comprimento de tubo
Nu - NI.Ímero de Nusselt
p - Pressão
Pe - Número de Péclet
Pr - NI.Ímero de Prandt
Re - Número de Reynolds
T - Temperatura
x - Fraç:ão de vapor
V - Velocidade
ft - Fl•Jl·(O de calor
I<
(Re.Pr>
{re,u) K
< G, d> 1.1
-
p - Massa específica
'i - Tens~o superficial
u - Viscosidade
/.. - Calor latente
ÍNDICES
1 Líquido
g Gás
tp - Duas fases
w Parede
Sat - Saturado
-
Nas indl.Ístr-ias
CAPÍTULO I
INTRODUÇÃO
de Pf?tróleo e petroquímica, são
largamente utilizados os equipamentos destinados a
vaporizar fluidos, comumentes denominados vapor i zadore1;; ..
De uma m,1nei ra g"'ral estes equipamentos podem ser
chaleira identificados como: vaporizadores do tipo
-
perda de carga, distintas configura;Ses de escoamento para
o fluido em vaporiza;io, etc.
O objetivo do presente trabalho de tese é o de
desenvolver uma metodologia de c,lculo de desempenho termo-
fluidodinimico para vaporizadores com circula;io forçada. O
estudo analisa os equipamentos dotados de tubos horizontais
havendo internamente a vaporiza;io do fluido de processo.
No casco é especificado um perfil de temperatura, o
coeficiente de transferência de calor, e a resistência
térmica de depósito. A metodologia de c,lculo com
necess,rias hipóteses simplificadoras estio apresentadas no
capitulo III.
No Apêndice 1 é apresentada uma descri;io das
classifica;Ses existentes para vaporizadores, quanto ao
tipo de serviço e quanto I forma de circula;io. Também sio
abordados os tipos e os critérios de seleçio dos
vaporizadores
Considerando um equipamento vaporizador dotado de
tubos horizontais, tendo um ndmero distinto de tubos por
passe e sendo fixadas as condi;Ses de contorno, observa-se
que o fluido de trabalho (sofrendo o processo de
vaporizaçio) estar, submetido a distintos processos de
transferência de calor: convec;io for;ada (laminar ou
turbulenta) e ebuliçio convectiva. No capitulo II é feita
uma revisio bibliogr,fica sobre o escoamento bif,sico e
transferência de calor nos escoamentos monof,sico e
bif,sico do fluido de processo. Sio também apresentadas
neste capítulo as recomenda;Ses existentes na literatura
-
3
sobre a an,lise tirmica e a resistlncia tirmica de depdsito
para os vaporizadores horizontais.
No capitulo IV é apresentada um rotina computacional,
em linguagem Fortran 77, desenvolvida a partir da
metodologia de c,lculo proposta. A listagem do programa e
o manual do usu,rio sio apresentados no Aplndice N
-
4
CAPÍTULO II
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
II.1- ESCOAMENTO BIFÁSICO.
II.1-1) CONFIGURAÇÁO DE ESCOAMENTO
De acordo com a classificação proposta por DUKLER e
TAITEL (1976), o escoamento bif,sico g,s-líquido no
interior de tubos horizontais apresenta as seguintes
configuraçies de escoamento (flow patterns>: BOLHA,
INTERMITENTE (plug + slug) ESTRATIFICADO, ESTRATIFICADO
ONDULADO e ANULAR.
Observa-se a existfncia de classificação que considera
configuraçies mais específicas, como dada por BAKER (1954)
e indicada na figura II.1-1.
·---- ~ -_---·- -~---- ---- -----· - . ·- --- . --. '.
l St,at,1,ed) ESTRATI Fi CADD
( Wavy) ESTllA-:-IFICA DO
01~/DULt.DO
--· - - - -· -----~ ......... ,, .. ~ ...... . . .!..-t...., -·~ ':...~_! ~.."_ 2 : ~ .. ---
(Annula,) ANULAR
( Plug) INTERMITENTE
. ' ~- . "1 ··- -
-
5
Nota-se que DUKLER-TAITEL (1976) nio fazem distin;io
entre as configura;Ses do tipo Plug e Slug. Embora
existindo esta limita;io, neste trabalho é adotado esta
classifica;io.
II.1-2lMAPAS DE ESCOAMENTO PARA TUBOS HORIZONTAIS
Na literatura sio encontrados diversos mapas para uma
identifica;io da configura;io de escoamento em tubos
horizontais, sendo mais conhecidos os mapas de BAKER
(1954), MANDHANE (19741 e DUKLER-TAITEL (19761.
O mapa de BAKER (1954) utiliza dados experimentais
para uma mistura ar e igua em tubos com dilmetro de 25 mm.
As configura;Ses identificadas por
seguintes: disperso, anular, bolhas,
plug) e estratificado ondulado.
BAKER foram as
intermitente (slug e
MANDHANE (19741 e outros basearam-se em 1178
experimentos com uma mistura ar e igua e propuseram uma
corre;io para propriedade física do fluido. Os regimes de
escoamento identificados
intermitente,
estratificado.
anular,
foram os seguintes: bolhas,
estratificado ondulado
DUKLER e TAITEL 119761 propuseram um modelo semi-
empírico para determinar as configura;Ses do escoamento
onde sio considerados os efeitos das propriedades físicas
do fluido e do dilmetro do tubo. As configuraçies
identificadas foram as seguintes: anular, bolhas,
-
6
intermitente, estratificado e estratificado ondulado. Uma
comparação com os dados de MAOHANE foi efetuada mostrando a
superioridade do mapa de OUKLER-TAITEL.
MANZANO (19841 comparou os mapas de BAKER, OUKLER-
TAITEL e MANOHANE, e concluiu ser o mapa de OUKLER o mais
confi,vel para escoamento bif,sico em tubos horizontais.
BARNEA (19821 comparou o mapa de OUKLER-TAITEL com
resultados experimentais para sistemas ar e ,gua em
tubulação inclinada
-
7
Parimetros utilizadas no mapa de DUKLER-TAITEL
l./2
parimetro de Martinelli (II.1-1)
i/2
(II.1-2)
l./2
F = V., NQ de Froude modificado III.1-3)
K = V., L___.o l i /2 L
-
K
10
1
10
F
-1 10
-2 10
-3 10
1
ANULAR
COM VALORES DE K e X USE GRÁFICO C3
10
T
GRÁFICO C-2 1
B
1
COM VALORES DE TE X USE
GRÁFICO C2
10 10 2
BOLHA
INTERMITENTE
ESTRATIFICADO ONDULADO
ESTRATIFICADO
X 1 10 1 e?-
GRÁFICO C-1
GRÁFICO C-3
ROTEIRO PARA UTILIZAR O MAPA PROPOSTO POR DUKLER E TAITEL Inicie utilizando o grifico C-1, com os valores de X e F
FIGURA II .. 1-~.?
-
9
11.1-3) CORRELAÇBES PARA QUEDA DE PRESSIO
A queda de presslo para uma fase, líquida ou vapor,
tem sido bastante analisada, existindo v,rias correla;Bes
para representar o fator de atrito.
BRILL e BEGGS (1978) apresentam uma correla;lo para o
fator de atrito de Fanning para tubos lisos, que também é
recomendada por
horizontais.
DUKLER para fluxo bif,sico em tubos
f = 0,0014+0,125 (ReJ-e.32
f = 16/Re
2400CRe
-
10
COLLIER (1981) afirma que nenhum método empírico para
avaliar a perda de carga é apropriada para todos os casos,
e que as melhores correla;Bes apresentam erros t/picos na
faixa de 25Z a 50Z, recomendando as correla;Bes de BAROCZY
e CHISHOLM, indicando que a configura;io de escoamento deve
ser examinada para determinar a melhor correla;io para a
região.
SCHLUNDER (1985) baseado numa comunica;io pessoal de
WHALLEY indica as correla;Bes em termos das condi;Bes de
escoamento. Se a rela;io de viscosidade do líquido e do g,s
for menor que 1000, o autor recomenda a correla;io de
FRIEDEL, se esta rela;io for maior que 1000 deve ser
verificada a velocidade m,ssica. No caso de velocidade
m,ssica maior que 100 Kg/m~s usa-se a correla;io de
CHISHOLM e se a velocidade m,ssica for menor que 100 Kg/m~s
a correla;io de MARTINELLI deve ser usada.
WHALLEY (1987) afirma ser a correla;io de FRIEDEL
(1979) a de melhor resultados para o c,lculo da perda de
carga em duas fases. No c,lculo da fra;io de vazios
necess,rio para o c,lculo da queda de carga por acelera;io
recomenda a correla;io de PREMOLI (1970).
KERN (1950> recomenda para a queda de pressio
localizada Cexpansio, contra;io e mudança de dire;io), nos
permutadores de calor casco e tubos, o uso de quatro cargas
de velocidades por passe. Normalmente em projetos de
engenharia usam-se valores menos conservativos Cl,5 carga
de velocidade por passe)
-
ii
Correla~ão de Friedel
Queda de pressão na mistura bif,sica dPf• CdP/dZltp
(dP/dZltp = jlfLo"'. (dP/dZko
tx' " ?"l .. O ::::
E • ( i
E+ 3 ?4 E, H (FR)- 4 S (WEi)-~~
- xl"' + ( >()"' [ ~I . p ..
F • ·,.., ( 1 - x) .s;u:11
2:::J
H··-í~J-• [u...J·• [i-J.LaJ- 7 L.fu l..lL IJ.L.,.
FR •
WEi • G"' d 'f. PH
( j -
P•-
Queda de pressão no retorno dPr
dPr - 1r5.G2
2•fH
-
12
Queda de pressão por acelera;io (dPa)
dPa = [ ""' A-FV + (j - N )"' j_ - FV
FV
1 + lS ( 1 : x ) 1t ]
s = 1 + Ei [
y = ....JL... 1-B
B =
Ei = 1.578
1+ J 1/2
__._ __ - Y • E 2 Y.E2
(Re> --.,., ( 1.) /1.) ) ..... f" L. 1 (:,
E2 = 0,0273 WE2 CRe> -~• ( {) /1.) ,_ .... r· (.., r '·-
R e ·- . ..ll.J.1..
CII.1-17)
CII.1-18)
CII.i-19)
CII.i-20)
( II .1-21 l
CII.1-22)
CII.1-23>
CII.1-24>
-
II.2- TRANSFERÊNCIA DE CALOR
De uma forma idealizada, a configuraçio do escoamento,
as curvas de variaçSes de temperatura do líquido e da
superfície de um tubo horizontal, nas regiSes designadas
por A, B e C, estio apresentadas na figura II.2-i.
Na regiio de convecç,io forçada (regiio A) a
temperatura da superfície do tubo --~--;
"'\ 1 1~, }-- v.oft•.o,.Lo
O.O TlW 11\Íllli. DO llQ.,.,I,(.' n~1
ONB inicio da ebuliçio nucleada
FDB ebuliçio nucleada e omp l et ament e desenvolvida
é:.TSAT = TW - TSAT
6rsua = TSAT - TL
DISTRIBUIÇÃO TEMP. DO LÍG. E DA TEMP. DE PAREDE (COLLIER) FIGURA II.2-i
-
14
A região seguinte (8) onde inicia o aparecimento das
primeiras bolhas é chamada de região de ebulição sub-
resfriada, sendo de difícil determinação o coeficiente de
transferência de calor. Isto porque nesta faixa de ebulição
as condições superficiais da parede, velocidade de
escoamento e nível de temperatura de parede, tem bastante
influência no processo.
Notadamente sio encontradas referências bibliográficas
tratando o problema de determinação do fluxo de calor
necessário par.;;\ o início da eb•Jl içlo sub-resfriada para
fluidos sob fixadas condições de escoamento e especificado
materiais de parede do tubo, ver COLLIER (1981) e TONG
C i 975) • Devi do pois à dificuldade de fiNaç:ão das
características reais para o processo de ebulição sub-
resfriada, optou-se neste trabalho, por considerar nos
cálculos do coeficiente de transferência de calor este
regime como sendo ainda de convecção forçada.
Para região de ebulição saturada CC) estio disponíveis
na literatura diversas correlações. Algumas delas quando
submetidas a estudos comparativos por alguns autores
apresentaram desvios compatíveis para uma aplicação.
II.2-i ESCOAMENTO MONOFÁSICO
O problema associado com escoamento de um fluido e
transferência de calor em r eg i me l am i n ar , tem si d o
analisado por muitos pesquisadores. SCHLüNDER (19851
recomenda as seguintes correlaçies:
-
1.5
- Perfis de velocidade e temperatura desenvolvida
- Temperatura de parede constante
NU= 3,66 (II.2-i)
- Fluxo de calor constante
NU= 4,303
- Perfis de
(II.2-2)
velocidade desenvolvido e temperatura em
desenvolvimento
- Temperatura de parede constante:
NU= i,61 ( Pe.d/L )· 33 para Pe.d/L)i0g
NU= 3,66 + 0 19 ( Pe.d/L )· 8 1 + 0,117 C Pe.d/L)-~67
- Fluxo de calor constante:
NU= 1,302 < Pe.d/L )-~ para Pe.d/L)l0""
( II.2-3)
(II.2-4)
( II.2-5)
- Perfis de velocidade e temperatura em desenvolvimento
NU= 0,664 C Pe.d/L) C Pr) • ,...,
. .., CII.2-6)
quando L>10 d I recomendado a equaiiO (II.2-4)
Comparando um grande n~mero de dados experimentais de
coeficiente de transferlncia de calor com correlaiies
contida na literatura, GNIELINSKI (1976) sugere para
escoamento turbulento:
0,6 < Pr < i,:5
NU= 0,0214 CRe·ª-l00)Pr·"" [i+(d/L)g,..,a] (Tm/Tw)-~s (II.2-7)
1,5 < Pr < 500
NU= 0,012
-
16
II.2-2) EBULIÇÃO CONVECTIVA
SHAH (1976> afirma: llAs correlaç8es propostas para
transferlncia de calor do fluido com mudança de fase
internamente nos tubos, nlo slo de confiança além dos
limites do teste em que foram baseados. Somente a
correlaçlo de CHEN (1966) pode ser considerada mais geral,
entretanto sua aplicaçlo é limitada para o escoamento
verti cal ll.
COLLIER (1981), TONG (1975), BUTTERWORTH (1977), HSU
(19761, SCHLUNOER (1985) e WHALLEY (19871, concordam que a
correlaçlo de CHEN é superior as correlaç8es do tipo,
HTP=HL.f(1/Xtt) que diversos autores apresentam. Recomendam
a correlaçlo de CHEN tanto para a regilo de nucleaçlo
saturada como
forçada.
a regilo de vaporizaçlo por convecçlo
HSU (1976), recomenda uma extensio • correlaçlo de
CHEN para o regime intermitente ..
SHAH (1976), apresenta um ,baco e uma nova idéia de
c,lculo do coeficiente de transferlncia de calor para
ebuliçlo saturada em escoamento interno aos tubos. A partir
de valores conhecidos tais como llN~mero de Ebuliçloll,
llN~mero de Convecçloll e nN~mero de Frouden o ,baco fornece
um fator multiplicativo ao coeficiente de transferlncia de
calor da parcela de liquido calculado pela fdrmula de
Oi t tu s-8 oe 1 ter •
-
17
Posteriormente SHAH (1982) apresenta as diversas
curvas do ,baco em forma de equa;io facilitando o uso do
COLLIER (1981) indica a correla;io de SHAH para tubos
horizontais com vaporiza;io por convec;io for;ada.
SMITH (1986) recomenda as correla;Bes de CHEN e SHAH e
afirma que a equa;io de SHAH é mais indicada para tubo
horizontais com configura;io do tipo estratificado.
Seguindo a idéia proposta por SHAH, GUNGOR (1986)
apresenta uma equa;io para ebuliçio saturada interna aos
tubos ou para o espa;o anular entre tubos conclntricos
horizontais ou verticais.
Também seguindo caminho semelhante a SHAH, KANDLIKAR
(1987) apresenta uma equa;io v,lida para ebuli;io saturada
interna a tubos horizontais ou verticais.
As equa;Bes de GUNGOR e KANDLIKAR foram submetidos a
um banco de dados de 3700 e 5000 pontos respectivamente,
mas nio foi encontrado na literatura coment,rios sobre a
utiliza;io das mesmas.
A seguir sio apresentados os roteiros de aplica;io das
correla;Bes de CHEN, SHAH, GUNGOR-WINTERTON e KANDLIKAR.
-
i 8
a) Correla,ão de CHEN (1966)
Baseado no princípio de superposi,ão de ROHSENOW, CHEN
propôs dois mecanismo aditivos rep1resc.z-ntar
vaporiza,ão, com geração de vapor saturado para fluido não-
metálico em Os mecanismos de
transferfncia de calor foram chamados de micro-convec,ão e
dos mecanismos foram
representados pelas fun,ies F. e S.
Sendo F., obtida do parâmetro de Mart inel li , S
representa o fator de supressão de gera,ão e crescimento de
bolhas, obtido empiricamente como fun;ão do n~mero de
Reynolds para escoamento bifásico. A correla;ão foi testada
para água e fluido orgânico, num total de 600 pontos e
apresentando uma precisão de ± 12X em compara;ão a dados
e>{per i mentais ..
A região de interesse no estudo de CHEN é aquela
definida pelas seguintes condi;&es:
Fluido em 2 fases saturado em covec;ão forçada
- Regime axial vertical
- Regime estável
- Não existe região seca
- Fluxo de calor abaixo do valor crítico
O fluxo de calor é considerado em duas parcelas, fluxo
devido à convecção e fluxo devido à nucleação:
J1f = Jf..-., + JJn
Jlf = Hmic
< II.2-9)
(II. ~~-10)
-
19
Hmic = coeficiente de tranferlncia de calor por ebuli;io
n tJC 1 eada
Hmac - coeficiente de transferlncia de calor por convec;io
Para ebuli;io saturada Tb = Tsat.
Jf = H ( Tw - Tsat)
H - Hmic + Hmac
(II.2-ii)
-
20 IO''~~~~Trr
-
CHEN definiu o fator de supressio CS), na figura CII.2-4>
s = [~-- J ....... Tsat C II.2-17)
onde e:,.Pe corresponde a b. Te
Usando Clausius-Clapeyron
s = CII.2-18)
A equa;io original fica:
Hmic - 0,00122 K, ·""' Cp, ·"'"' Q, ·"'" ,Ó.Tsat·'""'.ô,Psat·""' S ,.. .. e l,lL."Q:9 /\-R
-
22
b) Correlação de M.M SHAH (1976)
Uma nova correlação para transferência de calor para
ebulição de fluido no interior de tubos, i apresentado em
um ,baco, semelhante ao ,baco de MOODY, para solução
gr,fica. No artigo original i mostrada uma comparação por
18 estudos experimentais. Esses dados incluem os mais
comuns refrigerantes na sua faixa de aplicação pr,tica.
Tambim incluem dados para ebulição de ,gua entre press8es
de 1 Kg/cm~ a 175Kg/cmA, v,rios materiais de tubos,
e horizontal, fluxo ascendente •
descendente, e uma grande faixa de fluxo de calor e massa.
Baseado nessas evidências SHAH recomenda o ,baco para
ebulição saturada dentro dos tubos para todos os fluidos
Newtonianos (exceto fluido met,lico> sobre toda a faixa
pr,tica. Não i recomend,vel para ebulição sub-resfriada e
ebulição em filme. A carta foi inicialmente desenvolvida
para ebulição saturada para fluxos de calor sub-crítico,
entretanto ela i aplic,vel em regime de falta de líquido
(fluxo de calor super critico) desde que o HDRYOUTH inicie
para título de vapor acima de 80Z. As equaç8es das curvas
do ,baco foram determinadas pelo prdprio SHAH (1982)
facilitando o uso computacional.
-
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EBULIÇAO POR
CONVECÇÃO FORÇADA
COM PAREDE DE TUBO PMlCII\LMENTE SECA
FRL --ºL ~ -' 3 4 b
j J ~e. O.OI• . ! .3
LINHA AB - EBULIÇÃO POR CONVECÇÃO FORÇADA COM PAREDE
TUBO COMPLET,~MENTE MOLHADA
REGIME • •
REGIME DE SUPRESSÃO DE BOLHAS ---~.,_,_,, DE EBULIÇÃO : NUCLEADA
' ' '
- 4 Box 10 = 50 30 20 15 10
7 5 4 3 2
1
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A B ,~ "'O L'I:'. "' •• ~ "\.J ,;; \ _ _, •• , :.... ..,.} ' l 1-\ :"l
10.
!\.1 w
-
24
PARIMETROS PARA CORRELAC~O
São definidos 4 parâmetros:
~=J:itp HL.
(II. 2-20)
Co = (t:) /1:) )"'·'~ rª r'-·· Número de Convec~ão (II.2-21)
Bo = Número de Ebuli;ão (II.2-22)
FRL ... ~ .. Número de Froude GN d
HTP - Coeficiente de transferincia de calor para escoamento bifásico
HL = 0,023 0,00003
~2 = 1 + 46 ( Bo ) ..... se Bo < 0,00003 pat'"a 0, 1 < N < :l
~2 = F Bo ..... enp (2,74/N"'•") se N < 0,1
~2 = F Bo ... " e:-xp (2,47/N"'·""')
-
c) Correlação de K.E.GUNGOR e R.H.S WINTERTON (1986)
Os autores apresentaram uma correlação v,lida para
ebulição saturada interna aos tubos ou para espaço anular
entre tubos concintricos horizontais e verticais. Os
prdprios autores apresentaram (1987) uma nova versão
simplificada e testada para ,gua, refrigerante e etileno
glicol, num total de 3700 dados experimentais. O desvio
mldio obtido com essa correlação segundo os autores Ide
19,7%.
!:iI.E. = 1 + 3000 B o 0 • 86 + 1 , l. 2 HL
Sendo:
80 =
'"• ..... E: 1 (>m
Ndmero de Ebulição (II. 2-22)
Ndmero de Fraude
Ei = i se
Ei = Fr
-
2b
dl Correlaç:io de S.G. KANDLIKAR (19831
É: apresentada 1Jma corre l aç io para determinar o
coeficiente de transferência de calor em ebu l i ;io
convectiva e da nucleação, e incorpora um fator dependente
do tipo do fluido. O prdprio autor apresenta (19871 uma
revisão na correlaç:ão para suportar experimentos de outros
autores e outros fluidos. A correlaç:ão foi submetida a um
banco de dados experimentais com 5300 pontos, apresentando
um desvio midio de l5,9Z para ,gua e i8,8Z para outros
fluidos.
HTP = Ci Coe"' (25 Fr,.l"" + C3 Bo"'"' FFl HL
(II. 2-26 l
Co - [i :l:í] 0 •'"
-
27
Fator dependente do tipo de fluido
FLUIDO FÓRMULA NOME FFt
H20 ÁGUA i,0
R-i i CCi:3F TRICLOROFLUORMETANO i, 3
R-12 CCi2F2 DICLORODIFLUORMETANO 1 r 5
R-i3Bi CBrF3 BROMOTRIFLUORMETANO i, 3:1.
R-·22 CF2Ci MONOCLORODIFLUORMETANO 2,.2
R-113 CCi2FCC1F2 TRICOLOTRIFLUORETANO 1 ' j_
R-ii4 CC1F2CCiF2 DICLOROTETRAFLUORETANO 1,.24
R-152a CF2C DIFLUORETANO i,i
N2 NITROGENIO 4,7
Ne NEON 3 ·~ '..,
HTP• Coef.de transferlncia de calor p/ escoamento bifisico
HL = 0,023 (Rf?L, ( 1 - >:)) ..... Pi·, ....... K,../d
-
2B
para ,gua. Para o c,lculo da perda de carga ao longo do
tubo é introduzido uma densidade média, calculada como a
média ar i t mét i ca entre as densidades da mistura
Clíquido+vapor) na entrada e saída. Observa-se que este
método apesar de ser muito conservativo é adotado por
muitos projetistas.
BUTTERWORTH (1977) e SCHLUNDER (1985) recomendam que a
configuraçio de escoamento deve ser observada seguindo o
mapa de MANDHANE (1974). Se a configura,io for anular ou
tipo bolha é indicada a correla5io de CHEN (1966). Para
outras configura,ies de escoamento sugerem que seja
calculado o coeficiente de transferlncia de calor do vapor
e do líquido. O coeficiente de transferlncia de calor para
a mistura bif,sica será obtido ponderando-se esses valores
com o perímetro ocupado pelo líquido e vapor numa se,io do
tubo. No cálculo da perda de carga ao longo do tubo
recomendam o método proposto por LOCKHART-MARTINELLI
(1949). Observa-se que o mapa de DUKLER-TAITEL (1976) é
superior ao mapa de MANDHANE (1974). Nio est, claramente
especificado no c,lculo do coeficiente de transferlncia de
calor para o líquido e para vapor se dever, ser considerado
a ,rea total dos tubos ou as ,reas ocupada pelas fases
1 í qu idas de vapor. Sabe-se também que o c,lculo do
perímetro molhado para conf i gur açies diferentes da
estratificadas é de difícil determina,io.
-
29
II.3-i) RESISTÊNCIA TÉRMICA DE DEPÓSITO
O mais difícil item para ser avaliado no projeto
térmico de um trocador de caloria resistincia térmica de
depósito que se forma nas superfícies de troca de calor.
Segundo SMITH (1986) nio existe um método racional para a
estimativa da resistincia térmica de depósito. Normalmente
no c,lculo do coeficiente global de transferincia de calor
e da ,rea necess,ria de troca num permutador de calor sio
utilizados valores de resistincia de depósito baseados em
experiincias anteriores ou recomendaç:Ões como as
apresentadas pela
Assoe i at i on > •
TEMACTubular Exchanger Manufactures
Com refirencia aos vaporizadores, observa-se que é de
grande importlncia o conhecimento dos valores
resistincias térmicas de depósitos, pois estas influenciam
sobremodo o coeficiente global de transferincia de calor.
Sabe-se que os coeficientes de transferincia de calor de
fluidos que mudam de fase sio geralmente elevados, e a
inclusio da resistincia térmica de depósito no c,lculo do
coeficiente global de transferincia de calor altera muito o
valor deste coeficiente, quando comparado com aquele
calculado para a situaç:io de nio incrusta;io (equipamento
1 i mpo >. Not a-·se que em virtude disso, o vaporizador
projetado e que leva em conta a resistincia térmica de
depósito apresenta uma maior ,reade troca para a condi;io
de opera;io inicial, ou seja, quando o equipamento ainda
f:st, limpo. Poderio ocorrer, em consequincia, alguns
problemas relacionados com opera;io do equipamento.
-
30
A resistlncia térmica de depósito ser, próxima de zero
quando o vaporizador estiver limpo e gradualmente ser,
incrementada com o tempo até o vaporizador necessitar ser
1 impo ou até o depósito atingir uma espessura de
equilíbrio. Neste ~ltimo caso, a taxa de formação de
depósito se iguala à taxa de remoção de depósito pelo
próprio escoamento do fluido. Em alguns casos, a taxa de
formação de depósito pode ser alterada com o tempo, devido
a mudanças nas condiç6es de operação do equipamento ou face
a características específicas do próprio fluido.
SMITH ainda observa que um cuidado especial deve ser
tomado quando do projeto de caldeiras e caldeiras
recuperadoras, pois a formação de depósitos pode fazer com
que cresça a temperatura de parede dos tubos de uma forma
descontrolada, expondo o equipamento a falha operacional.
PALEN (1986) afirma que a resistlncia térmica de
depósito é ainda um grande problema no c,lculo de
equipamentos de transferlncia de calor. A pr,tica usual de
projeto consiste em calcular o equipamento com um excesso
de ,rea de troca, o que sem d~vida é dispendioso e não vem
atender à exiglncia atual de equipamentos mais eficientes e
de menor custo.
-
CAPÍTULO III
METODOLOGIA DE CÁLCULO
III.1 INTRODUÇ~O
O método aqui utilizado para a avalia;io do desempenho
de vaporizadores consiste no seguinte: (il divisies do
feixe tubular em se;ies de iguais comprimentos de tubos;
(i il as condi;Ses de temperatura e pressiona entrada dos
tubos sio conhecidas; li i il em cada se;io I efetuada uma
análise termo-fluidodinlmica do escoamento, ( i V) as
condi;Ses de saída de uma se;io fornecem informa;ies
necessárias à análise do trecho seguinte; (v) após
considerar um balanço de energia em cada uma das se;ies,
mantendo-se conhecidas as condi;Ses do lado do casco,
obtim-se as temperaturas, as pressies e, para regime
bifásico, a massa vaporizada do fluido de processo, aa
longo do tubo para as diversas se;ies. Essa.metodologia de
cálculo leva tamblm em considera;io, na determina;io dos
coeficientes de transferincia de calor e no cálculo da
queda de pressio, as configura;ies existentes de escoamento
do fluido quando em regime bifásico. Desta forma sio
conseguidos os perfis de temperatura, pressio e º,-.,
coeficientes de transferincia de calor ao longo do feixe
tubular ..
Na sistemática de cálculo sio adotadas as seguintes
hipóteses simplificadoras:
la) o início da vaporiza;io ocorre na temperatura de
satura;io do fluido de processo. Esta hipótese equivale a
nio considerar a ebuli;io sub-resfriada.
-
3~.~
( b) nas correlaç:Ões para o coeficiente de
transferência de calor em escoamento bifásico, que dependem
do Ndmero de Ebuliç:io, considera-se que o fluxo de calor da
seç:io em análise j,k é
anterior j,k-1
igual ao fluxo de calor da seç:io
(c) na regiio de escoamento bifásico o calor trocado
numa seç:io de tubo é somente destinado a vaporizar o
f'luido.
III.2 DADOS DE ENTRADA
Para aplicaç:io da metodologia aqui proposta devem ser
conhecidos os seguintes valores:
- GEOMETRIA DO EQUIPAMENTO
Comprimento dos tubos (XLL)
Diãmetro interno dos tubos (d)
Diãmetro externo dos tubos CD)
Ndmero de passes de tubos CNPASSE)= j, varia~do de
i a 4
Ndmero de tubos por passe (ITUBOS(J))
Ndmero de seç:Ões ao longo do comprimento de tubos
(NPARTE>= k
- CONDUTIVIDADE TÉRMICA DO MATERIAL DOS TUBOS (XKM)
·- LADO DO CASCO
Coeficiente de transf'erência de calor (HCASCO)
Resistência térmica de depósito (RC)
Temperatura de entrada CTCE)
Temperatura de saída (TCS)
LADO NOS TUBOS
Resistência térmica de depósito (RT)
-
33
Temperatura de entrada (ti)
Pressão de entrada (Pi)
Vazão de fluido CXMT>
III.3 PERFIL DE TEMPERATURA
A temperatura imposta num elemento de tubo CTCASCO) l
calculada em função das temperaturas de entrada e saída do
fluido do casco e da posição relativa do elemento de tubo
k, do passe j. Portanto, nesta metodologia l considerado se
o escoamento interno aos tubos l contra-corrente ou
concorrente num determinado passe j, em relação ao fluido
do casco.
TCASCOJ,k - Temperatura imposta ao elemento k do
passe j
TCASCOJ,k = CTcasco(j,k) + Tcasco(j,k+i))/2
c,1culo das
Tcasco(j,k+i)
Se j = i ou 3
temperaturas impostas Tcasco(J,k) e
Tcasco(J,k)=TCE + (((TCS-TCE).(k-i))/NPARTE)
Tcasco(j,k+i)=TCE + (((TCS-TCE).(k))/NPARTE)
Se j = 2 ou 4
Tcasco(J,k>=TCE+ CCCTCS-TCE).CNPARTE-k+i))/NPARTE>
Tcasco(J,k+i)=TCE+ (((TCS-TCE>.
-
1
t '
111-4 4 + +~-4-+tt
---11---114-- + ~ -f 4 # ~++4+
4--+4
P1 , t 1 TCS
,o: TCE a: :, 1-,o: t casco (J,k+l) -
--==::::siç:-:--T CASCO J k = Tcasco (J 1k l+Tcasco (J,k+ 1) ' 2
a: L&J
---,...,._ __ T CS
a. :lE L&J
t( 2,1< 1-
T1
& ..• 1 IJ,k+i
~/NPar-t
t: ..... k
\
tJ ,k+,.
PJ,k+,~ PJ,k-CdPf+dPa+dPrlJ,k
onde:
tJ,k-temperatura do fluido na seçio k do passe J
tJ,k+,-temperatura do fluido na seçio k+i do passe J
PJ,k~pressio do fluido na seçio k do passe J
PJ,k+,-pressio do fluido na seçio k+i do passe J
dPf-queda de pressio devido ao atrito
dPa-queda de pressio devido à aceleraçio
dPr-queda de pressio devido ao retorno (mudança de direçio do fluido)
J:2
J=l
-
35
III.4 BALANÇO DE ENERGIA
Fazendo o balan;o de calor numa se;ão de tubo k, num
determinado passe j.
vazao __...,t · k ---- J,
TCASCO
G, .k -· U. ATROCA.i!.T
-
36
tJ,k•• -temperatura do fluido de trabalho na seçlo
k+l do passe J
XMTT -vazio de fluido por tubo CXMT/ITUBOCJJJ
AT -diferen;a de temperatura média logarltmica
T=CTCASCOJ.k-tJ,kJ-CTCASCOJ,k-tJ.•••> LnCTCASCOJ,k-tJ,kJ/CTCASCOJ,k-tJ.k••>
/-entalpia de vaporizaçlo
III.5 METODOLOGIA
Nestas equaçies acima slo conhecidos os valores de:
ATROCA, XMTT, Cp, tJ,k• TCASCOJ,k• HCASCO, entalpia de
vaporizaçlo, as resistências térmicas de depósito CRT e
RCJ, e a resistência térmica devido I parede de tuboCRWJ.
Para determinar o coeficiente de transferência de
calor interno aos tubos, h' necessidade de conhecer as
propriedades do fluido e o tipo de escoamento (monof,sico
ou bif,sico>.
Existindo escoamento monof,sico, o coeficiente de
transferência de calor da fase liquida e a queda de presslo
no trecho poderio ser calculados em funçlo das
propriedades físicas e da vazio de líquido existente na
seçlo J,k. Com o valor do coeficiente de transferência de
calor é calculada a temperatura de salda CtJ,k••> de tal
forma que satisfaça as equaçies III.4-1 e III.4-2. A
presslo na seçlo J,k+i ser, determinada subtraindo da
presslo na seçlo J,k a parcela devido I queda de presslo no
trecho k do passe j.
-
37
Conforme abordado na hipótese simplificadora (a), é
admitido que o início de vaporização ocorre quando o fluido
de processo atinge a condicio de líquido saturado. Para
tanto, a temperatura do fluído dos tubos na seção J,k+i i
comparada com a temperatura de saturaçio para a pressio
a temperatura do fluído permanecer
inferior• referida temperatura de saturação, o escoamento
permanecerá como líquido e as equaçies III.4-1 e III.4-2
serio válidas, e o mitodo passo-a-passo será seguido. Caso
contrário, terá início a vaporização e deverá ser efetuada
análise usando as equaçies III.4-1 e III.4-3, válidas para
o escoamento bifásico.
No escoamento bifásico o coeficiente de transferlncia
de calor e a queda de pressão poderio ser calculados em
função das propriedades físicas, da vazio de líquido e da
vazio de vapor existentes na seção J,k. Como no regime
monofásico, a pressão de saída do trecho será determinada
subtraindo-se da pressio de entrada a parcela devido •
queda de pressão devido ao escoamento bifásico. O valor da
pressão existente na seçio J,k+i determinará a temperatura
de saída do trecho, que será igual à temperatura de
saturação na pressão Pk••· Estando definidos os valores do
coeficiente de transferência de calor e da temperatura na
seçio J,k+i, i possível calcular o calor trocado no trecho
usando-se a equa;io III.4-1. Para o cálculo da massa
vaporizada i utilizada a equaçio III.4-3, que considera a
hipótese simplificadora (c), em que o calor trocado numa
seção j destinado somente a vaporizaçio do fluido de
proceSSOn
-
38
O cálculo do coeficiente de transferincia de calor
para o escoamento monofásico aqui adotado segue as
recomendações dadas por SCHLUNDER (1985) e GNIELINSKI
(1976), para escoamento laminar e para escoamento
turbulento, respectivamente. Na estimativa do fator de
atrito, utilizado no cálculo da queda de pressão do
líquido no trecho, é adotada a correlação de BEGGS-BRILL
(1978), conforme apresentado no capítulo II.
Na região de escoamento bifásico são utilizadas as
correlações de FRIEDEL para o cálculo da queda de pressão
por atrito. No cálculo da queda de pressão por a aceleração
é considerada a recomendação de PREMOLI para o cálculo das
frações de vazios. O tipo de configuração de escoamento é
obtida utilizando o mapa de DUKLER (1976>. Na avaliação do
coeficiente de transferincia de calor para escoamento
bifásico pode-se utilizar qualquer uma das equações
apresentadas anteriormente, ou seguir a recomendação de
COLLIER (1981) ou a de SMITH (1986), que consistem em
escolher a correlação em função da configuração de
escoamento. Indicando a correlação de SHAH para escoamento
tipo estratificado ou intermitente, e a correlação de CHEN
indicada para escoamento tipo anular ou bolha.
Aplicando a metodologia, obtém-se:
Calor trocado no equipamento
Q = G.J • "' • n tubo (j)
-
39
G1Jeda de pressão no eq1Jipamento (~)
N,-ARTE:
L!IP ·- ~ DPf + DPa + DPr k-·
Fl1Jxo médio de calor no passe (j) k
F l lJXO méd i o ·- ~ F l1J>:o., • k /K ~
Massa vaporizada M
M = n t1Jbo (j)
Temperat1Jra de salda do fl1Jido de trabalho
-
IV.l- BANCO DE DADOS
40
CAPÍTULO IV
ROTINA COMPUTACIONAL
Com intuito de submeter a metodologia proposta a
diversas simula;Bes de ordem operacional, foi desenvolvido
um banco de dados com parãmetros necess,rios ao c,lculo das
propriedades físicas de trinta componentes segundo as
equa;ies propostas por YAWS (1976). O programa principal
utiliza a sub rotina que fornece as propriedades físicas
necess,rias ao c,lculo de programa. Para o conhecimento dos
limites de validade de cada propriedade física, deve-se
recorrer ao trabalho do autor. A rela;io dos componentes e
a vari,vel de correspondincia, que é um dado de entrada, é
apresentada a seguir:
VARIÁVEL CN) COMPONENTE OBSERVAÇÃO
l AMONIA
') ,..,. BENZENO
3 1,3 BUTADIENO
4 BUTANO T ·-l40°C
6 N-BUTANOL
7 CUNENO T < -20"'C
8 CUMENO T)-20ºC
9 CICLOBUTANOI...
j_0 CICLOHEXANO
li CICLOPENTANO
12 CICLOPROPANO
-
41
13 ETANO
l. 4 ETANOL
15 ETILBENZENO T--40. 8ºC
17 ETENO
18 OXIDO DE ETENO
19 ISOBUTENO
20 ISOPRENO
21 METANO
,., ,., G.~ METANOL T < -40"'C
23 METANOL T>-40ºC
24 PROPANO
-,~ G.CJ N-PROPANOL
26 PROPRENO T-160ºC
28 OXIDO DE PROPRENO
29 ESTIRENO
30 TOLUENO T--40ºC
32 0-XIl.ENO
33 M-XILENO
34 P-XILENO
35 ÁGUA T
-
42
IV.2- ETAPAS DO PROGRAMA
Para melhor clareza é apresentado passo a passo o
desenvolvimento do programa.
iQ PASSO: Dados de Entrada
Constituem dados de entrada as seguintes vari,veis:
DI dilmetro interno do tubo.
DE dilmetro externo do tubo.
XMT vazio m,ssica do fluido de trabalho.
FFi parlmetro dependente do fluido para correla;io de
Kandlikar.
XKM condutividade térmica do material dos tubos.
RT fator de incrusta;io de tubos.
RC fator de incrusta;io de casco.
OPÇ•o- vari,vel que determina se a correla;io para o
c,lculo térmico do escoamento bif,sico ser, livre
(op;io=il ou imposta (op;io=2l.
TIPO - vari,vel que define qual a correla;io ser, usada no
escoamento bif,sico, caso a op;io seja imposta.
CTIPO=il- CHEN;(TIP0=2l-KANDLIKAR
CTIP0=3)GUNGOR;CTIP0=4l- SHAH.
FASE - define se o fluido entra líquido ou em 2 fases.
NPARTE- ndmero de parti;io desejado para o comprimento de
tubo do vaporizador.
NPASSE- ndmero de passagens nos tubos.
HCASCO- coeficiente de transferfncia de calor do fluido do
cascou
-
43
XLL comprimento dos tubos.
TCE temperatura de entrada do fluido no caso.
TCS temperatura de salda do fluido do casco.
ITUBO- nQ de tubos por passe.
Ti temperatura de entrada do fluido de trabalho.
P pressio de entrada do fluido de trabalho.
N vari,vel que define o fluido de trabalho.
VAP fra;io vaporizada inicial.
UNID - sistema de unidades. CUNID=ll-INGLIS;
CUNI0=2l-MdTRICO;CUNID=3l-INTERNACIONAL
2Q PASSO: Banco de Dados
Em fun;io da vari,vel No programa utiliza o banco de
dados que fornece os valores necess,rios para o c,lculo das
propriedades flsicas (densidade do liquido, viscosidade de
liquido, calor especifico do liquido, condutividade térmica
do liquido, densidade do vapor, viscosidade do vapor, calor
especifico do vapor, condutividade térmica do vapor, calor
latente de vaporiza;io, tensio superficial), em fun;io da
pressio e da temperatura.
3Q PASSO: Geometria
Nesta etapa do programa sio criados dois "loops". No
"loop" externo a vari,vel percorrer, todas as passagens nos
tubos do equipamento e considerando o ndmero de tubos de
cada passagem. O "loop" interno simula as parti;&es
desejadas ao longo do comprimento de tubos e faz com que
-
44
todas as parti;Bes sejam analisadas seguidamente. i
calculada a ,reade escoamento e a ,reade troca de calor
de cada elemento de tubo.
Comprimento do elemento DL=XLL/NPARTE
Posi;ão relativa
drea de escoamento
drea de troca calor
XL•k.DL
AREA=3,1416.d~./4
ATROCA•3,1416.D.DL
4Q PASSO: Perfil de Temperatura
O perfil de temperatura que cada elemento de tubo
est• submetido é definido a partir de sua posi;ão relativa
ao longo do tubo e das temperaturas de entrada e saída do
fluido do casco.
TCASCO = Temperatura imposta ao elemento Ck)
TCASCO = (Tcasco(k) + Tcasco(k+l))/2
temperaturas impostas Tcasco(k)
Tcasco(k+i)
Passe= 1 ou 3
TcascoCkJ=TCE + CCCTCS-TCEJ.Ck-111/NPARTEJ
Tcasco(k+il=TCE + CCCTCS-TCEJ.Ck)J/NPARTEJ
Se Passe• 2 ou 4
TcascoCk)=TCE + CCCTCS-TCEJ.CNPARTE-k+i)l/NPARTEl
Tcasco(k+i)=TCE + CCCTCS-TCEJ.CNPARTE-kll/NPARTEJ
-
45
5Q PASSO: Escoamento Monof,sico
5a - c,1culo da Queda de Presslo CdPfl
i calculada a viscosidade CuL) e a densidade do
liquido (sg) com a temperatura de entrada no elemento
c,1culo da velocidade m,ssica GM=XMT/CAREA.NTUBOl
c,1culo do ndmero de Reynolds Rei= GM.d/u,
c,1culo do fator de atrito (Fll em fun,lo do ndmera
Rei
Se
Se
Rei> 2400
Rei< 2400
Fl =C0,0056+0,5/Rel 0 • 32 )/4
Fl = i6/Re 1
dPf = i,15.Fl.DL.GM~/C sg.dl
Pressão na saída do techo Pk+• = Pk-dPf
5b - Coeficiente de transfêrencia de calor CHTUBO)
i calculada a viscosidade (uL) , o calor especifico
(cp) , a condutividade térmica Cxk), a densidada
(sg), para fase liquida em fun,lo da temperatura de
entrada em cada elemento de tubo Ctk)• A seguir I
calculada a velocidade m,ssica CGM) • o nlJmer-o
de Reynolds CRel), o ndmero de Prandt (Prl)e o ndmero
de Plclet (Pe=Rel.Prl) • O comprimento efetivo de
tubo(XL> I estimado fazendo XL=k.DL
HTUBo,, :,:k .NU/d
HTUBOE= HTUBOCd/Dl
Se Rei > 2300
NU = 0,012 CRe· 197-·280)Prl .... [_1.+Cd/L)""j CPrl/Prw> -••
Se Rei < 2300
NU= 3,66 + 0,19 e Pe.d/L >·ª i + 0,117 C Pe.d/L)-467
-
46
5c - c,1culo do Coeficiente Global de Transfirencia CU J
R - l/HTUBOE + i/HCASCO + Resist
U = 1/R
Resist = RC + RT.D/d + RW
RW = CD/2.XKMJ.LnCD/d
5d - c,1culo da temperatura de salda do trecho (t k+&l
tk+,=tk+ CTCASCO - TkJ.Ci-exp(- CATROCA.U/XMTT.cp)J
sendo XMTT vazio de fluido por tubo =XMT/NTUBO
5e - Inicio de Vaporiza~lo
A seguir é comparada a presslo P ••• com a presslo
de satura~lo para a temperatura t •••• para tanto é
utilizado o banco de dados que fornece a presslo de
satura~lo CPsat) para a temperatura t ••• e também
fornece a temperatura de satura~lo Ctsat) para a
presslo Pk••·
Se P••• > Psat fase liquida
Se Pk•• < Psat início de vaporiza~lo ,a partir
deste trecho o escoamento é bif,sico CFASE=2)
5f - Calor Trocado CG) e o Fluxo de Calor
trecho Ckl
(FLUXO) no
YMTD =
-
47
5g - Ao analisar o e 1 emento seguinte o programa
inicialmente iguala a temperatura de salda de um
trecho com a temperatura de entrada no trecho
seguinte, e existindo somente a fase liquida o
programa retornari ao 5Q passo, caso contririo seri
desviado para o 6Q passso e fari anil ise de
escoamento bifisico
6Q PASSO Escoamento Bifisico
6a - Cilculo da Queda de Pressio dPf= CdP/dZ}tp
A partir das seguintes condiç:8es de entrada do
trecho, fraç:io vaporizada (>:) , temperat1Jra Ctk > e
velocidade missica (GM> , é utilizada a correlaç:io
de Friedel para o cilculo da queda de pressio. Para
tanto o programa utiliza o banco de dados que fornece
as propriedades físicas necessirias.
Correlaç:io de Friedel
CdP/dZ}tp = /L..,."'• CdP/dZ),_..,.
+ 3 ?4 E H (FR>-•• CWEl}-~~
E= (l - x> 2 + .,
-
48
FR =
l,J E 1 = Q"' --.li 'f. ft1
º··· =, [ P~ + Nos c,lculos da queda de pressio (dP/dZ>Lo e do fator
de atrito do líquido para escoamento bif,sico(CFLo> ,
é considerado toda vazio de fluido como líquido e
utilizado as equa;Bes II.1-5 e II.1-6, para regime
monof,sico. No c,lculo do fator de atrito do vapor
para escoamento bif,sico (CFBol é considerada toda
vazio como vapor e utilizado as mesmas equa;Bes
do regime monof,sico.
6b - Queda de Pressio por Aceleraçio CdPa)
i utilizada a recomenda;io de Premoli para o c,lculo
da fra;io de vazios CFV), que é utilizada no c,lculo
da queda de pressio por acelera;io
dPa = ____..l1 GN •p, ..
FV
1 +
[~ FV
s }(
+ (1 - }( )"' j, - FV
-
s = i + Ei
y = _JL i-B
49
[
B = O, = w f>L.. X I+ f"' ( i ->:)
Ei = i,578 -· .. :S.9
E2 = 0,0273 WE2 < Re >
Re - ü. !~ l.lL
- ....
Pressão de saída no trecho P•+~
Temperatura de saída no trecho t•+~ ser~ igual a
6c - Posteriormente é verificado o modelo de escoamento
utilizando o mapa de Dukler. Para facilidade
computacional foram determinados e implantados no
programa as equaçies que representam as curvas
do referido mapa e adotado o seguinte roteiro.
-
~.i0
Correla;Bes utilizadas no mapa de DUKLER-TAITEL
XMART = [,.J ( dP /dZ )"'
F = V.,
1/2
1/2
j./2
AUXl• ( XMARTª· 76 + XMART. 0 -~ + 0,45) -•
Se F > AUXi e XMAT (l,6 escoamento tipo anular(MOD=l)
Se XMART > 1,6
AUX2= (0,76 + 0,05 .XMART0 • 8 ,- 0 -~
Se T > AUX2 escoamento tipo bolha (M0D=2)
Se T < AUX2 esc. tipo intermitente(M0D=3)
Se XMART < 1,6
AUX3 = (0,2 .XMART 0 • 39 + 0,13 XMART- 0 -~9 ,-•-• 7
Se
Se
K > AUX3
K < AUX3
escoamento tipo ondu1ado(M0D=4)
esc. tipo estratificado (M0D=5)
6d - Coeficiente de Transflrencia de Calor em Escoamento
Bifásico(HTP>
O programa dispSe das seguintes correla;Ses:(TIPO li
CHEN (1966), (TIPO 2) KANDLIKAR (1987), (TIPO 3)
GUNGOR-WINTERTON (1986) e (TIPO 4) SHAH (1976). Caso
seja adotada a op;ão (=1) 1 i vre, isto
correlaç:ão não imposta, o programa escolherá a
-
51.
correla;ão de transferência de calor em fun;ão de
configura;ão do escoamento de seguinte forma:
bolha ••..•••••••• ª •• ªªª•••••correlação de CHEN
intermitente •••••••••••••••• correla;ão de SHAH
estratificado ••••••••••••••• correla;ão de SHAH
estratificado ondulado •••••• correla;ão de SHAH
No caso da op;ão (=2) imposta, o programa usará o
tipo de correla;ão desejada, pelo usuário.
As correla;ies de Kandlikar, Gungor-Winterton e Shah
utilizam valores adimensionais conhecidos como Ndmero de
Ebuli;ão (Boi, Ndmero de Convec;ão (Co), e Ndmero de
Froude (Frl. O programa admite que as propriedades f/sicas
necessárias ao cálculo destes valores são estimadas na
condi;ão de entrada do trecho (k) e considera que o fluxo
de calor do trecho, necessário ao cálculo de Bo, f igual ao
fluxo de calor do trecho anterior, conforme hipdtese
simplificadora (b).
CHEN
HTP= Hmac + Hmic
KANDL.IKAI~
HTP = Ci coe"' ( 25 Fr, __ ) "'"' + C3 Bo"' ... FFi HL
-
GUNGOR
HTP HL
SHAH
= l + 3000 Bo 0 • 86 + 1,12
HTP = ~ .HL
Sc~nd o
HL = 0,023
(_1L.)e.,7!'S
i--:-: El
O roteiro para o c,lculo de,. e os outros valores
dessas correla;ies estio apresentados no capítulo II
6e - Coeficiente Global de Transferência de Calor (U)
R= 1/HTP + 1/HCASCO + Resist
U = 1/R
6f - Calor Trocado (Q) e o Fluxo de Calor (FLUXO) no
trecho Ck)
YMTD = (tk+~ - t.>ICLn(TCASCO -tk)/(TCASCO -t •• ~>>
Q = ATROCA.U.YMTD.NTUBO
FLUXO= Q/CATROCA.NTUBO)
6g - Fra;io Vaporizada (x) no trecho (kl
Considerando a hipdtese simplificadora (cl, o
programa assume que todo o calor trocado (Q) no
trecho i destinado a vaporiza;io do fluido.
>:k = Q / ( /\. XMTT. NTUBO)
,·,
-
53
7Q PASSO: Impressão
i efetuada a impressão dos resultados referentes ao
elemento de tubo analisado. Sendo impresso os seguintes
valores: temperatura do casco, temperatura do fluido de
trabalho, coeficiente de transferincia de calor, correla;ão
utilizada, configura;ão de escoamento, calor trocado, fluxo
de calor, queda de pressão total
acelera;ão e pressão local.
e queda de pressão por
Enquanto existir a fase líquida i impresso no local da
correla;ão utilizada o n~mero de Reynolds do líquido e no
local da configura;ão de escoamento i impresso a
abreviatura de monof,sico (MONOFAS).
8Q PASSO: Verifica;ão do Término do Loop Interno
Nessa etapa o programa verifica existincia de um
trecho seguinte para ser percorrido. Caso afirmativo o
programa retorna ao 3Q passo para an,lise do prdximo
elemento de tubo. Não existindo novo trecho, significa que
todas as parti;Ses foram analisadas, portanto o fluido de
processo retornar, e percorrer, os tubos existentes na
prdxima passagem. Nesta fase i calculada a perda de carga
devido a mudan;a de dire;ão de escoamento CdPrl, como
descrito no capítulo II, e impresso o fluxo médio de calor
nessa passagem e o calor total trocado.
-
54
9Q PASSO: Verificação do Término do Loop Externo
Caso exista nova passagem o programa retorna ao 3Q
passo, iniciando o loop
final do programa.
interno. Caso contr,rio chega ao
IV.3 - DESCRIGIO DAS SUB ROTINAS
Sub rotina DPFL - essa subrotina calcula a perda
de carga da fase liquida para o comprimento do trecho em
an,lise. O fator de atrito I calculado em fun;ão do n~mero
de Reynolds, segundo a sugestão de BEGGS-BRILL (1978).
Sub rotina HTUBO - é calculado o coeficiente de
transferlncia de calor para a fase liquida. São utilizadas
as equaç&es propostas por SCHLUNDER (1985) e GNIELINSKI
(1976) como descrito no Item II.2.
Sub rotina MARTIN - nessa sub rotina são efetuadas
as seguintes c,lculos: (1) perda de carga no trecho de tubo
devido ao escoamento bif,sico, utilizando a proposta de
FRIEDEL C1979J; (2) perda de carga devido a acelera;ão
segundo COLLIER (1981> e utilizando a correla;ão de PREMOLI
(1970) para o c,lculo da fra;ão de vazios; (3) é verificado
a configura;ão de escoamento utilizando o mapa de DUKLER-
TAITEL (1976). A sub rotina retorna com esses valores e a
configura;ão de escoamento que poder, definir a correlação
de transferlncia de calor caso seja adotada a opção (=1>
como descrito na etapa 6d da rotina computacional.
-
IV.4 ·- FLUXOGRAM,~
Ao inic:iê\r o termo hidradlico do
vaporizado1'·7 o programa iguala as var-iáveis
com os cálculos; em cada elemento de
tubo. As vari~veis DPTT, DPAC, representam a perda de carga
total e a perda por acelera;io e as vari~veis FLLJX e &TOTAL
representam o fluxo de calor e o calor trocado.
DP7i'= 0 FLux= 8 QTOTAL=0
EN'UADA DE DADOS
FLUXN = 0
x:. 1, NPll:RTE
' CALCULO Dll:S CONDICOES GEOKETF.lCAS, AH.A DE ESCOAHEM'?O, AJ:EA DE TROCA DE CALOl
t CALCULO DO PEF.FIL DE TEMPERATURA IMPOSTll: PARA O TRECHO EH ESTUDO,
ó
-
56
o
CALCULO DA PERDA DE CARGA EN 2 FASES -DPTP, PElDA 101 ACELElACAO -DPA- E VElIFICACAO DA CONFIGUlACAO DE ESC0ANEH10 -NOD- USANDO~ SU!-lOTINA HAlTIN,
?: ?-DfTl-t?ó DPTT = DPT'l'+DUP+DPA
1
t TEHPElATUlA NA SAIDA DO TRECHO,
T2= TSAT P
CALCULE O COEFICIENTE DE TlANSFElEMCIA tE CALOl IIFASICO EM FUNCAO DA ESCOLHA
CALCULE O COEFICIENTE DE TlAMSFElENCIA DE CALOR BIFASICO EN fUNCAO DA CONFI -&URóCóO DE ESCOóHENfO
TIPO 1 - COllELACAO CHEN TIPO 2 - COllELACAO J.ANDLIXAJ. TIPO 3 - COllELACAO &UNGOl ~INTElTOM TIPO 4 - C011ILACAO SHAH
MOD "IOll 2 l'IOD 3 M:OD 4 "'0Il S
COUILACAO CHEN COUELACAO C~Ett
- CORlELACAO SHA~ CORULACAO SHAH COU:IL1HAO SHAH
CALCULE COEFICIENTE SLOIAL RGLOJAL CALOI TJ.OCADO = Q
~--...... auxo DE CALO? =- HUX TAXA DE :JAPOJtIZACAO = XU:1U Q~OUL: QfOUL+Q FLUXN:=:FLUXNtFLUX VAP = 1JAP+XVAP
r G
-
IMU.IKI:R USULTADOS
s INPlil'tIR OJSD:IJACAO H ALHTA
CALCULE A PElDA DE CARGA NO RETORNO -DPR-P= P-DPR DPTT =UTT+I:PJ
e
• IMUIMIJ:
FLUXO tu::n O CALOR. TlOCADO
flH )
-
0 ' !CALCULO DA PERDA DE CARGA -DPT- NO TRICHO USANDO A SUi-ROTINA DPFL
1
DPT1' = D:tTTfDH . f :1-DfTT
1
• CALCULO DO COiflCIEHTI DI TRANSfIRINCIA ~I CALOl USANDO A sui-ROTINA HTU)O
; CALCULE COIFIC1INTI GLOBAL - R&LOtAL CALOR TROCADO - ~ TIHPIRA7URA DE SAIDA - T2 FLUXO DI CALOR - FLUX QTOTAL :.Q+ QTOTAL FLUX11::: FLUX+FLUXH
5 FASE= 2 r-+'
lHHIHilt ois. INICIO DE VAPORIZi!ICAO
t "4----~~~--' ~---------------~
TIHPIRATUiA DI SAIDA DO TRECHO I IGUAL ~ TIHPIRATURA DE ENTRADA DO TRECHO SI6U1HTI
t 0
-
59
G IKPUHU:
HSULUDOS
CALCULE A PIRDA DI C~R&A HO RITORHO-DFR-
P=f-DH
FIM
Dnt=HnHH
s
lMF'Rit1U FLUXO t1IDIO ! CALOJ.: TROC~DO
-
60
CAPÍTULO V
ESTUDOS DE SIMULAÇÃO
V.1 - EXEMPLOS DE APLICAÇÃO
A - O equipamento que motivou o estudo foi simulado no
programa TESE, e posteriormente os resultados foram
compc1rados com a folha de dados elaborada pela
Projetista BADGER.
NúMERO PERCENTAGEM GUEDA DE PREss•o TEMPERATURA PARTES VAPORIZADA TOTAL/ACEL.CKPa) SAíDA
* Inclui queda de pressio nos bocais do equipamento
Os resultados das demais correlaç:Ões são apresentados
a seguir :
NúMERO PERCENTAGEM GUEDA DE PRESSÃO TEMPERATURA PARTES VAPORIZADA TOTAL/ACELCKPa) SA:éDA (•K)
OPÇÃO 5 38.5 33.7 / 2.45 380. ~; LIVRE 20 46.1 50.8 / 6.12 373.4
CHEN 5 38.2 33.2 / 2"45 380.7 20 46.7 51.2 / 6.27 373.4
GUNGOR 5 33.7 30.8 / 1.96 381.6 ;.~0 41.4 46.5 / 4.9 375.4
SHAH 5 36.9 33.0 / ,., ,.,~ ,.,., • r... .J 380. f:l ~~~0 44.9 49.5 / 5.78 374.i
-
. -.. - . '
61
SISTEMA DE UNIDADE UTiLIZ/1DA " INTERNACIONAL
Lt,DO 00 CASCO
COEF. TRAHSF. OE CALOR (rn?OSTO) \685.~0000 il/M2K fA TOR DE INCRUSTACr10 • 30017 i12KíW
TEHPERATURA DE SAIDA 397.00060 K
GEOMETRIA
OIMETRO INTERNO .0\•183 M EXTERNO .01900 ~
COMl'RI~ENTO DOS TUBOS 6.09600 1-1 NUMERO DE rnECHOS 20
CONDUTIVIDADE TERMiCA 4j,00000 W/M!
N. DO PASSE N. DE :UBOS
350
2 708
l.;WO DOS TUBOS
VAZAO 31. 94 KG/SEG
TEttPERATURA OE ENTRADA 382.90000 !
tRESSAO DE ENTRADA 125.00000 KPA
COMPONENTE 3i
OPCAO ·l. l - EM fUNCAO DA CONFIGUR11CAO DE ESCOAMENTO 2 - lMPOSTA
CORRElfiCAO UTILIZADA PARA ESCOMENTO 8IFASICO
!. l - MONOFASICO 2 - BIFASICO iJAP = .00000
L 1-CHEN 2 - SGK 3 - SUNGOR 4 - s:rn:~
PA~AMETRO DEPENDENTE DO FLUJOO ?óRA CORRELACAO KAHDLIGAR i.00009
FATOR DE INCRUSTACAO .00017 H2K/W
-
62
PA$"SE NUK!:.ROS D[ 1UBOS = 3!;!
TEM!1,FLUID': COEF, TRAIISF, CORKELACAO TIPO CALOR FlUY.O DE QUEDA DE PRESSAO PHiWIT. OBSERVACAO
CASCO/TU80 CALOR UTILIZAO~ [SCOA!IEHTO TROCADO C:ALOII PRESSAO LOCAL IJAPORiZ,
lil/112K ' 11/IQ '" ,ri TOT ./ACfL
TRECHO 414.:i 383.9 1:!16.92 RH= 32238, tlO!lOFAS 168163.'n 16975.55 .116/ ·"' 124. 96 e TRECHO 413.6 38~•.5 1154.74 REL= 32760. KONO~AS 97&55.5~ i5246.63 .281/ .eee 12u:e ' TRECHO 3 u2.s 337 .e 1132.95 REL::: 33W. l'\ONOFAS 87957 .16 13811, 91 .3e1/ .,,, 124.76 TRECHO 411.9 388.4 1128.28 REL"' 3349~,. IIO!tOtAS 79784.98 12528.63 .461./ .eee 124.66
TRECHO m.9 3;1.6 1111.48 REL = 3383&. IIONOF/\~. 72266.32 11347.64 .~J/ .,e, m.se
TRECHO 6 4te.f J'N.l 1164.95 REL= 3415e. KONOFAS 65259.77 18247 .74. .681/ .10! 124.40
TRECHO 7 409. t 391.6 11199.75 REL= 3-4432. l'\OttOFAS 58931.35 9253.99 .782/ ·"' 124.Je e rnmo VAPORIZACAO
TRECHO 8 406.3 39í..l, 1579.62 SHA!l llfffRt\!T. l3l.B~, 74 19000.57 .822/ .887 124.l.C .6
TRECHO 407 .4 JS'i.4 16:M.B8 SHAH HiTER~lT, 6H:i~i.1b 96~8.36 1,-446/ .251 123.55 1.1
TRECHO 11 406.5 391.2 1599 .49 SHAH Ilff[f;Hll. 58U,3.71 9149.15 2.169/ .425 122.B3 1.6
TRECHO 11 405.6 :m.9 1550.16 SHAH I!ílHIHl. 5~3f..83 8642.43 3.803/ .573 l.22.80 2.1
TKECl-10 12 404.é 39e.l l499.B2 SHti!: INffRt\iT. 5l95U/, 8158.43 3.937/ .765 w .,6 2.1,
TRECHO 13 403.6 390.3 HJ0.7C Sf1Afi HffEl.:~:iT. 49639.59 7700.69 4.967/ .826 12U13 3.8
TRECHO 14 402.9 390.0 1681.59 SHM: INllRtiH. 48749.84 7655.19 6.083/ .948 118.9:: 3.4
Tic~CHO 15 402.9 389 .6 1748.69 Sl-tAH mmm. 481BL82 7~,5.B6 7.292/ 1.053 117.71 3.9
TRECHO 16 •\el.i; 389.? l889.e3 SHf:H IHTERt\JT. 47393.78 7442.24 B.59l./ i.H5 116.41 u
TRECHO 17 40~.i JB:.:.8 2':ii'2.56 CHEff k\lf:..fiR ~991U'9 783[;.15 9.977/ l.27B l15.82 4.i
TRECHO 1B 399.3 388.3 21e6.3e CHH! Al!UU1R 48554.78 7624.5~ llAM/ l..399 113.54 '.d
TRECHC, 19 398.~ Jl:;7.3 ;_lB3~ .58 Cfl[N AKULAR V23i.~e 7416.76 iJ.MI/ í .SH' 1ll.. 9l. 5.~.
TRECHO 2~ 397.1, 337.3 ~'958. 12 CHUi AflULr'-iX 45967 .B/ 7218.33 14.708/ 1.Me ll0.?9 :,.9
o FLUXC !'!::oro ::: 9773.'ll 1m.2
(1 alo~ TKOCADO TOTAL E l24rn::..~6
-
63
PASSE MUHEROS DE TUBOS = )IB
TEIW .FLUIDO COEF. TRANSf. CORRELACflC TIPO CALOR FLUXO DE 8UEDA OC PR[SSAO PERCDIT. OBSERVACAO
CASCO/TU30 CA,OR UTI!..IZllflA tstOAHDHO TROCADO CALOR PHSSAO ~OCAL VAPORIZ.
W/K2~ ' W/K2 KPA !PA TOT ./ACEL. TRECHO 397 .4 38b.2 l.759.89 CH(' ANULAR 86168.t.4 66ffl.le 10.er.11 .38S 166.92 6.7
TRECHO ' 398.! 386.1 1871.12 CH(' ANULfiR 1&&886.46 7f
-
64
V.2 - COMPARAÇÃO DE RESULTADOS
Vários e>:emp 1 os foram sub me:t i d os ao programa
desenvolvido (TESE>, ao método de KERN e ao programa TASC2
do HTFS (Heat Transfer & Fluid Flow Service) de uso interno
da PETROBR&S para comparaião dos resultados. Os principais
resultados são apresentados abaixo, em cada exemplo é
utilizado feixe tubular com tubos de dilmetro de 19 mm e
espessura de 2.1 mm.
dividido em cinco e
O comprimento total dos tubos foi
em vinte partes para analisar a
influlncia do ndmero de partiç&es nos resultados. Nos casos
em que não é adotada a correlação de KANDLIKAR é devido à
inexistlncia do fator de caracterização para o componente
ut i 1 i zado ..
EXEMPLO NúMERO PERCENTAGEM QUEDA DE PRESSÃO TEMPERATURA i PARTES VAPORIZADA TOTAL/ACEL.(KPa> SAÍDA (ºK)
OPÇÃO 5 Si 41.4 / 5.2 452.6 LIVRE 20 81.2 46.2 / 6.4 452.5
CHEN 5 79,5 40.0 / 5.0 452~6 ~.~0 80.6 45.5 / 6.34 452.5
KANDLIKAR e:-,J 80.3 41.0 / 5 .. 15 452.6 20 80.6 46.0 / 6.3 452.5
GUNGOR 5 78.4 39.3 / 4.9 452.6 ~~0 79.2 44.8 / 6.i 452.5
SHAH 5 80.2 40.6 / 5 .1 452.6 20 80.5 45.5 / 6.3 452.5
HTFS 81.0 28.3 / 6.7 454.6 TASC2 KERN 78.0 0.62 454.6
Temp. entrada: 355.2 ºK Coef.transf.casco: 2840 W/M"'K Fluido: água Temp.fluido casco: 588.5 I< Comp.tubos: 6.096 M Vel.mássica: 223 KG/M"'S Pressão de ent.: 1034 KPa NQ passes:
,,
-
65
EXEMPLO NúMERO PERCENTAGEM QUEDA DE PRESSÃO TEMPERATURA ,., ~- PARTES VAPORIZADA TOTAL/ACEL.(KPa) SAÍDA (ºK)
OPÇÃO 5 12.2 33.7 / 3.8 45:3 LIVRE 20 13.0 44.1 / 5. 17 452.5
CHEN 5 12.1 33.0 / 38 453 ;.~0 13 43.4 / 5.17 452.5
KANDLIKAR 5 12 33.6 / 3.77 45:3 ~~0 12.9 43.4 / 5 .1 452.5
GUNGOR 5 11.9 33.0 / 3.7 45:-J f.~0 12 43.4 / 5 .1 452.5
SHAH " ;J 12.1 33.7 / 3.8 45:3 ~!0 1 ~!. 9 43.4 / 5. i 452.5
HTFS 13. 1 26 .. ~~ / 4. i 454.6 TASC2
KERN 15.7 9.37 454.6
Temp. entrada: 355.2 K Coef.transf.casco: 2840 W/M"'K Fluido: água Temp.fl•Jido casco: 588.5 K Comp.tubos: 6.096 M Ve1.mássica: 745 KG/M"'S Pressão de entrada: 1034 KPa NQ passes:
,., r._
EXEMPLO 3
NúMERO PERCENTAGEM QUEDA DE PRESSÃO TEMPERATURA PARTES VAPORIZADA TOTAL/ACEL.(KPa) SAÍDA (ºK)
OPÇÃO LIVRE
CHEN
GUNGOR
SHAH
HTFS TASC2
KERN
5 20
5 20
21.5 24.1
21.3 24
20.9 23.6
21.3 23.9
23.2
20
Temp. entrada: 227.5 K Fluido: propano Comp.tubos: 6.096 M Pressão de entrada: 207 KPa
91.4 / 14 15i.4/ 34
90 / 13.8 149 / 33
88.6 / 13.4 145 / 31.3
90.8 / 13.9 149.4/ 33
62.7 / 11.7
24.8
234.i 218.3
234.4 219.i
234.6 220.4
234.2 218.9
248 .. ~:i
248.5
Coef.transf.casco: 567 W/M"'K Temp.fluido casco: 316.3 K Vel.mássica: 745 KG/M"'S NQ passes: ~:!
-
66
EXEMPLO 4
NúMERO PERCENTAGEM QUEDA DE PRESSÃO TEMPERATURA PARTES VAPORIZADA TOTAL/ACEL.(KPal SAÍDA (ºKl
OPl;ÃO LIVRE
CHEN
GUNGOR
SHAH
HTFS TASC2
KERN
5 20
5 20
5 20
90.4 97.6
88 96.4
86 94
89.3 96.5
96.5
71.5
Temp. entrada: 227.5 K Fluido: propano Comp.tubos: 6.096 M Pressão de entrada: 207 KPa
49.1 / 8.2 67.1 / 13.46
46.6 / 7.68 65.5 / 13.0
45.7 / 7.36 63.5 / 12.3
48.4 / 8.0 66.1 / 13
41.37/ 10.3
2.75
241.6 238.6
242. 238.9
242.2 239.3
241.7 238.8
f~48. 5
248.5
Coef.transf.casco: 567 W/M2 K Temp.fluido casco: 316.3 K Vel. mássica: 223 KG/M"'S NQ passes: 2
EXEMPLO 5
NúMERO PERCENTAGEM QUEDA DE PRESSÃO TEMPERATURA PARTES VAPORIZADA TOTAL/ACEL.
-
67
EXEMPLO 6
NúMERO PERCENTAGEM QUEDA DE PRESSÃO TEMPERATURA PARTES VAPORIZADA TOTAL/ACEL. (KPa) SAÍDA ("'K >
OPÇÃO LIVRE
CHEN
GUNGOR
SHAH
HTFS TASC2
KERN
5 20
5 20
5 20
56.2 54.7
54.8 53.6
53.2 52
55.2 53.5
60.3
53.0
Temp. entrada: 227.5 K Fluido: propano Comp.tubos: 6.096 M Presslo de entrada: 414 KPa
14.7 / 1.7 15.6 / 1.96
14.l / 1.6 15.1 / 1.9
l3.9 / 1.54 14.8 / 1.8
14.5 / 1.6 15.3 / 1.9
11.0 / 2.5
.94
267.7 267.6
267.7 267.6
~?67. 7 267.6
267.7 267.6
~?67. 7
267.7
Coef.transf.casco: 567 W/M2 K Temp.fluido casco: 316.3 K Vel.mássica: 223 KG/M"'S NQ passE·:·s: 2
EXEMPLO 7
NúMERO PERCENTAGEM QUEDA DE PRESSÃO TEMPERATURA PARTES VAPORIZADA TOTAL./ACEL.CKPa) SAÍDA (•K>
OPÇÃO LIVRE
CHEN
GUNGOR
SHAH
HTFS TASC2
KERN
5 20
5 20
57.0 59.7
54.7 58. 1
53.4 56.6
55.8 58.3
66.0
60.7
Temp. entrada: 227.5 K Fluido: propano Comp.tubos: 6.096 M Presslo de entrada: 690 KPa
8.6 / 1.8 10.4 / 1.4
8.1 / .97 10.0 / 1.3
8.0 / .95 9.9 / 1.28
8.5 / 1.01 10. 3 / 1. 33
7.8 / 1.8
1.4
~~85. 6 285.5
285.6 285.5
285.6 285.5
285.6 285.5
285.B
285.8
Coef.transf.casco: 567 W/M~K Temp.fluido casco: 338.5 K Vel.mássica: 223 KGIM""s NQ passes: ;;!
-
68
EXEMPLO NúMERO PERCENTAGEM QUEDA DE PRESSÃO TEMPERATURA 8 PARTES VAPORIZADA TOTAL/ACEL.
-
69
V.3 -AN&LISE DOS RESULTADOS
Considerando os nove exemplos do item anterior,
observa-se que as taxas de vaporizaçio, obtidas pelo uso
das distintas correlações de transferência de calor,
apresentaram resultados prdximos (ver a coluna~
da opçio livre
transferência de
nos exemplos). Quando da escolha
(condiçio
calor é
em que
escolhida
a correlaçio
em
de
da
configuraçio de escoamento), nota-se que os resultados
ficaram mais prdximos daqueles obtidos pelo uso do programa
TASC2 (HTFSl.
obtidos pela
Comparando os mesmos resultados com aqueles
metodologia de Kern, observa-se uma
diverglncia de valores, ficando alguns resultados abaixo e
outros acima.
Os valores da queda de pressio calculados pelo
programa TESE, quando utilizados as diversas correlações de
transferlncia de calor, apresentaram-se bem prdximos, para
o mesmo ndmero de partições (ver colunas:llndmero de partesu
e "queda de pressão"), principalmente a parcela devida à
acelera;ão. Quando esses valores são comparados com os
resultados obtidos pelo programa TASC2 CHTFSl, nota-se uma
proximidade dos valores para níveis elevados de pressio
(exemplo 8 e 9). Para níveis de pressio mais baixos, o
valor da queda de pressio fornecido pelo programa TESE é
influenciado pelo ndmero de partições utilizado. Devido ao
fato do programa ser realimentado com as condições reais de
escoamento (densidade, viscosidade), usando-se maior ndmero
de partições, o valor da queda de pressio aumenta.
-
70
A figura V.3-l mostra a influincia do ndmero de
partiçies no comprimento dos tubos sobre a queda de
pressão. Nota-se que os pontos oscilam e convergem para
determinado valor, a partir de ndmeros de parti~ies maiores
que 20. Deve-se relatar que para níveis de pressies baixos
(exemplo 3 e 4) não foi possível obter convergincia de
valores. Isso se deve ao fato de a velocidade mássica ter
sido imposta, acarretando valores de queda de pressão
comparáveis ao nível de pressão absoluta na entrada do
equipamento.
28, ___________________________ -
18
1
12
,. li t 11 V
o •li 8 li li
~ .. ' w A
li A Ili ::1
I EXOO'LO 9
e, 2,-1---------~-~--------------------I
IIÍIIDO DI PllRTICÔIS '
FIG.V.3-1 INFLUÊNCIA DO NúMERO DE PARTIÇÕES
SOBRE A GUEDA DE PRESSIO
-
71
Os valores da queda de pressio, seguindo a metodologia
de Kern, apresentaram-se em discrepincia com rela,io aos
valores calculados pelo programa TASC2 CHTFS) e estio longe
da realidade, como seria esperado, pois se trata de um
método simplificado.
As metodologias existentes consideram que o fluido
vaporiza a uma pressio e a uma temperatura constante. No
estudo em questio, é considerado o efeito da perda de carga
sobre a pressio de saturaçio. Por esse motivo, a
temperatura de saída apresenta um valor diferente se
comparada com o valor do programa TASC2
utemperatura de saídau exemplo 3 e 4).
(ver coluna:
-
72
CAPÍTULO VI
CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
A metodologia de c,lculo proposta e o programa
computacional mostraram-se adequadas para a an,lise termo-
fuidodinâmica de vaporizadores horizontais, utilizando
componentes puros como fluido de processo. Como uma
primeira recomenda;lo, poder-se-ia sugerir que o programa
de c,lculo admitisse que as propriedades físicas fossem
impostas pelo usuirio, o que abrangeria assim uma
infinidade de componentes. Outra sugestlo seria aumentar o
n~mero de componentes puros do banco de dados. Uma terceira
recomenda;lo seria melhorar o programa de modo a permitir o
c,lculo de vaporiza;lo de misturas de hidrocarbonetos,
utilizando a carta Cox, EDMISTER (1961), de determina;lo do
equilíbrio da mistura.
Como sugestões finais, recomendar-se-ia que fosse
calculado o coeficiente de transferincia de calor do lado
do casco, e que a resistincia tirmica de depdsito nlo fosse
parametrizada, ou seja, deveria ser levado em conta modelos
físicos de forma;lo de depdsito (dinâmica de deposi;loJ.
Convim ser observado que um programa computacional de
c,lculo de vaporizadores, para uso em engenharia, deve ter
sido a PFiori aceito, a partir do confronto de seus
resultados tedricos com dados provindos do campo. Assim, i
importante, para uma confiabilidade do programa, que sejam
analisados casos reais para os quais hajam resultados de
unidades em opera;lo.
-
73
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-
79
APÊNDICE i
EQll T PAMENTQS PAR A VAP QflI ZACéO
E>:istem duas classifica,ies para os vaporizadores., a
primeira referente ao tipo de serviço e a segunda quanto a
forma de circulaçio do fluido de trabalho. Além disso, sio
mostradas as vantagens cios diversos equipamentos em uso na
ind~stria de petr6leo e petroquímica.
i Caldeira (fired boiler): é um equipamento destinado a
gera;io de vapor d'igua visando uma for;a motriz ou
') ~-
se constituindo numa fonte de aquecimento.
Caldeira recuperadora (wast heat boileir): é um
equipamento destinado a resfriar um g~s de processo
produzlndo o vapor d 'iguay como descrito em A.in
3 Refrigerador (chiller): i um equipamento destinado a
resfriar uma corrente de processo~ uma temperatura
abaixo da atmosfera utilizando um fluido refrigerante
tais como freon7 E~tilenoy amônia., etc.
4 Refervedor (reboiler): i um equipamento destinado a
fornecer o aquecimento necessirio ~ uma torre de
dei;t i laçio ..
5 Vaporizador (vaporiser): i um equipamento destinado a
vaporizar um fluido armazenado como líquido
ou destinado a obter gis puro a partir de um 1 (quido
impuro ..
-
B0
6 Evaporador concentrador (concentrating evaporator): é
um equipamento destinado a concentrar uma soluçio.
7 l:::vap C)I' ad c:w c1r i st a 1 i zadrJ1·· ( c, .. yst (.-\ 11 is i ng evaporat or) ~
é um equipamento destinado a produzir cristais.
B - Classificacão quanto à forma de clrc 11Jacio de fl 11ido
i
,., o.
Circulaçio natural ou forçada: se a circula~âo do
·f-'luido de, trabalho fo1' efetuada por diferença
de densidades é chamada de circ11laçâo natural, se
t,fet uad a por meio de
circulaçio forçada.
Escoamento externo C)U
uma bomba é chamada de
interno aos tubos: se a
vaporiza,âo for externa aos tubo!; diz-se que o
equipamento é de vaporizaçio no casLC, caso contririo
seri de vaporizaçio nos tubos.
3 Posiçio do equipamento: em funçio da posi;io de
instalaçio do vaporizador é possível a existfncia de
escoamento vertical 011 horizontal.
e - TiPos de r1~itério de selecân
Com exceçâo das caldeiras onde sio seguidas uma
normalizaçio e um critério de projeto especificado pelo
ASME (American Society of Mechanical Engineers), todos 01;;
outros tipos de equipamentos sfüo classificados de acordo
com a nomenclatura do TEMA (Tubular Exchanger Manufactures
Associat ion) conforme mostra a fig. Ai-1,
-
A
1
e
N
D
8i
TIPOS DE PERMUTADOR DE CALOR
. -- ....._ ITATIONAIIT .... D ffPIS INNnPII laADTTPII . JL ~ T 1]
·rr ·~=1IT 1 1 L 1 flX!D ruar5Hffl
ON! r.us SH!U UK1 •A'" $T.t.TK)N:AIY HU.0
FjJ;-- ~+i 1] ~ CMANNff F M ANO l(MOVAll COVfl ~ l'IXED ruarSHm TWO r.t& SHEU UQ ... M STATIONARY HEAO WfTH L()NGrTUDINAL IAI• l! - ' c..1-,;a
~I T
:~ ~ :Il G ·----------- N ·c=Q[ ~·
1. flX!l) ruaf SHEET
·-· UICI 'M'" STATIC>NArf HEAO IIONHrT IINTIGUl COVO) Sl'l.ll ROW . ~[l __
ID t 'i m p ~IT • • H ·= oor.;iOE PACKID Fi.OATING HEAO NU E 1 .... ~-~~
OO'Jllf Sl'l.ll ROW i~ll\"~: . ..... ou . ,, T .. ~ 1]
s ,...~~ O!D l'LOW
- .a...-:.c- =e=' T T 1 -= - f • l ,uu THIOUGH ROA TIMG HUO 1 • ... .!. • K 1 -~ •
ü ~ OIANNft. tN'TlC'.t •. WITTI TUI[~ .L .l SHffl ANO l!MO' Allf COVU ~ ICfTI\I TYl'l IIOOILII u :-, u. T\11! IIUNDl.f ~
t-"
·~ "'~
~j 1~ •
li> 1 _t-1 X - ~ J - ~~~ w " "
5'IOAl 111GH NISWII C105Ulf aossMW !Xl!IMALL T RAL!D
f\OATIHO TUIUHlfl
FIGURA Ai.l.
FONTE: TUBULAR EXCHANDER MANUFACTURES ASSOCIATION
-
B2
Os tipos habitualmente encontrados na indt.lstria de~~
petr61eo e petroquímica e a sua aplicabilidade serfüo vistas
a seguiF ..
1.) RefervecJor tipo chaleira (l(dtle)
há um casco de maior di;metro para
permitir a sepa1raçio das fases ]Íqufda e vapor .. Para manter
onívcêl de 1 ,' qu ido cobrindo o fe i i:~?, usa····se um ve1't edouro ..
O excesso de líquido que cobre a chapa defletor-a é
considerado como produto de fundo da coluna de destilaião ..
O feixe de tubos, segundo classificação do TEMA (figUJ'a
Ai.1) 1 i usualmente tipo U, mas pode ser tipo Sou T, com
vár-ios passes ..
A vantagem deste tipo de referver-dor é de apresentar
um compo,,·t amcênt o hidrodinamicamente estável,,
conseqüentemente, ser de relativa confiança e de f,cil
dimensionamento. O problema do c,lculo da queda de pressão
em duas fases é eliminado. Apresenta muita confiabil idade
em aplicaçSes de alto v,cuo e com pressSes prdximas da
crítica onde, em geral, é difícil de se predizer o
comportamento hidrodinimico dos fluidos. Altos fl•J>:os d0,
calpr podem ser obtidos se aumentado o valor do passo dos
t Ui)OS,.
Observa····se que neste equipamento há uma grande
facilidade df? df;~pdsitos no fundo do
reservat6rio sendo O p i OI'
natu1reza .. Onde há pr(JIJ1emas de incrusta;ão devido à
-
03
vaporizaç:ão total, substâncias nio voliteis ou produtos
F>esacios tendem a se acumularem no casco, E::,:igindo a
efeito manutenç:âo de uma adequach":t
concentra,ão pode se tornar um problema se o fluido
contiver pequena quantldade de componentes corrosivos ou
i ncrustantE:s.
Esses refervedores sio nlelhor utilizados em servi,os ~
ba i >~as Pl'"ESSÔE.'S (sabe-se que, quando h~ grandes cascos com
altas pressões, as espessuras aumentam muito),
faixas de ebuliç:âo, fluidos limpos e para uma operaç:ão
prdxima ~ pressio crítica onde o custo do casco nâo é
importante, se comparado com a confiança operacional. t
recomendado para tipos de serviços A3, A4, A5 e A6.
CONT. NIVEL
1
1
VAPOR
L----
CARGA l
t FIGURA A.1.2 REFERVEDOR TIPO CHALEIRA
-
04
2) Reve1-vedo1- i nternc) à coluna
Suas características sio as mesmas do refervedor do
item anterior exceto pelo fato que o feixe, tipo TEMA U ou
T, é introduzido diretamente na coluna de destila,io,
conforme mostra a figura Ai.3.
As vantagens sâo as mesmas do tipo chalelra1 com
poucos problemas hidráulicos. Este é o mais barato de todos
os refervedores, devido à eliminaiio do casco e da
a carga de peso que deve ser
considerada para o cálculo da torre e as instalac:Õefü
,;,dicionais de manutenç:ão que deverá ser
considerada no projeto da torre. t