À LA CARTE

Vera Ribeiro de Carvalho

(você poderá ver a explicação desse título clicando aqui)

DESENCONTRO DE VALORES

(26/03/2011)

Esta coluna, na verdade, foi escrita na data acima... portanto, há oito anos... então, o que falo

sobre meus cursos de redação, embora ainda aconteça, não se refere ao último. Mais uma vez resolvo

republicar por ainda estar atual. Aliás... “atualíssima”, infelizmente!...

Segue...

*************

- Alô! Eu queria informações sobre o Curso de Redação para Vestibular...

- Então... começará no próximo dia 22, blá-blá-blá... E o último dia das inscrições será no dia 18.

Dia 17 à noite. Seis inscrições... Antigamente isso me deixava apreensiva. Meu Deus! Será que

não haverá o curso, pela primeira vez nesses anos todos? Mas hoje já não ligo mais. Sei que elas

entrarão no dia 18 – sempre na sexta-feira, o último dia das inscrições. Brasileiro que é brasileiro, deixa

tudo para a última hora. Infelizmente!

Não deu outra: ultimamente, sempre a mesma coisa. À noite do término, cinquenta inscrições e

duas condicionais. No sábado, mais duas ou três. No domingo, umas sete ou oito. E na segunda, gente

ligando... e no dia do início, gente ligando... Na maioria das vezes, até depois de uma semana, quinze

dias, alguém resolve ligar (ó: coincidência ou não, acabo de atender a um telefonema pedindo vaga.

Hoje (dia em que estou escrevendo isso) é 4ª feira, dia 23...).

Mas... e vocês com isso? E o título?

Pois é...

O problema é que fico injuriada ao ver como as pessoas são complicadas... Tanta

irresponsabilidade de alguns!...Quando termina o prazo, são incríveis as “desculpinhas”: “É que eu não

sabia”... “É que meu pai tinha viajado”... “É que eu não tinha o dinheiro” (na ficha de inscrição, consta

que tudo pode ser conversado!)... “É que eu achei que não tinha tanta importância”... “É que eu

precisava trocar os dias do meu curso de inglês, e só agora consegui...” (mas não falou comigo, nem

perguntou se eu podia esperar).

É esse o assunto de hoje... sou de “um tempo” (ah, no “meu tempo”!!) em que as coisas não eram

assim. Os tempos mudaram, sim, eu sei muito bem. Mas isso aí mudou para pior. Ninguém mais liga

para a responsabilidade – essa palavra hoje completamente desconhecida para alguns. Nada de dar

satisfação. Nada de ter consideração. Meu Deus!

E o tal “jeitinho”, então? São mães e pais ligando, eu explicando que não há mais como pegar

ninguém, que há uma lista de espera, que já fiz duas turmas de 25 alunos, que mais que isso é arriscar o

nível do curso... Mas eles são “surdos”: - “Ah, vê se dá um jeitinho!” (Leia-se: “Passe um desses

“insignificantes” da lista pra trás e encaixe meu filho”.) (!!!!)

Incrível!

A responsabilidade, hoje, é carregada nos ombros como um fardo horroroso, indesejável. Antes,

ela fazia parte do ser social – assim, naturalmente. Sem imposições.

Essa situação de irresponsabilidade me reporta a outras...

... Ao turista que deixa o lixo na praia. Ao pichador que corre para sujar o muro que o dono

acabou de pintar com muito sacrifício. Ao aluno que não “está nem aí” na escola, apesar da “nota preta”

que os pais pagam. Aos pais que compactuam com isso. Aos transportadores de alunos em vans cujos

motoristas nem têm carteira, nem têm cintos de segurança. Aos transportadores de alunos em caminhões

abertos.

Aos que fazem um “gato”, puxando um fio paralelo da rede pública e desviando a energia

consumida, talvez pensando que está roubando da companhia que fornece energia elétrica, mas que, na

verdade, todos nós, consumidores, é que pagamos pelo roubo que alguém possa estar praticando.

Aos jovens de periferia que pegam “carona” em ônibus... do lado de fora!

Aos “caronistas” de trens...

Aos pais que carregam suas crianças (às vezes várias!) em motos, e sem capacetes!

À criança que sempre esmurra a pedra em que tropeçou, porque os pais não ensinam que a culpa

pode, sim, ter sido dela. À mãe que liga na escola para dizer que o filho (que na verdade esteve viajando a

passeio) faltou à prova porque estava doente. Às pessoas culpadas “pela degradação da terra, pela

intoxicação do ar, pelo envenenamento da água, pelo enlouquecimento do clima e pela dilapidação dos

recursos naturais”.

Tanta coisa, gente! Daria para ficar “meses” escrevendo sobre isso!

É a tal mudança de valores. Hoje, quem devolve o troco que o caixa do mercado deu errado, é

tido como “otário”. Quem respeita fila é “bobo”. Quem devolve um dinheiro que achou é “retardado”.

Quem não pega o maior pedaço é “babaca”. Quem cumpre direitinho suas obrigações é “trouxa”. E

assim por diante...

Dizem que Jesus disse, certa vez, “que o nosso dizer seja sim, sim, não, não”. Mas parece que

quase ninguém “deu bola”!...E os que deram... são considerados por alguns, ao mesmo tempo, “otários”,

“bobos”, “retardados”, “babacas” e “trouxas”...

Bom... eu, então, prefiro ser tudo isso... Prefiro, inclusive, continuar cultivando a

responsabilidade. Responsabilidade de quê? – perguntarão alguns.

Prefiro também, viver “antenada”... ligada à evolução das coisas. Como, por exemplo, perceber

que o “luxo”, hoje, mudou... Além de todos esses valores – os já perdidos e os não – há uma “onda”

surgindo há algum tempo.

Bruna Lombardi fez belas reflexões sobre isso...

“Os antenados estão ressignificando não só a palavra, mas as suas atitudes em relação a ela.

A mudança de comportamento neste novo milênio mostra uma nova consciência no mundo. E

toda grande transformação começa quando ocorre uma mudança de valores, e é isso que estamos

vivendo. Aos poucos, mesmo os mais desatentos, os mais conservadores, mesmo os novos ricos,

deslumbrados com sua escalada social, vão perceber que o luxo agora é outro.

Então, o que significa luxo nesta era moderna contemporânea?”

Segundo ela, “o novo luxo é ter saúde... Liberdade... Tempo... Ter espaço neste planeta

atulhado... ter hortas orgânicas... ter abelhas... animais livres... água limpa... rios e mares limpos... matas

nativas e florestas preservadas... biomas naturais (...). O novo luxo é ter paz de espírito, consciência

tranquila, meditar e sentir aquela felicidade que nasce dentro de você, não importa o que aconteça fora

(...). O novo luxo é tentar entender quem pensa diferente, quem nos é estranho e saber que violência

sempre gera violência e esse beco não tem saída (...). O novo luxo é experienciar, vivenciar, aprender. O

novo luxo é conhecimento (...). O novo luxo faz de você um novo ser humano, sua busca é evoluir e ser

melhor. Sua busca é ser mais feliz.”

E a bela “escritora filósofa” fecha suas reflexões com chave de ouro... assim como eu encerro

esta coluna:

O novo luxo não é ter: é ser.

https://www.selecoes.com.br/colunistas/para-voce-qual-e-o-novo-luxo-do-milenio/

(Obrigada, Clovis Cordeiro, por ter enviado esse belo texto!)

Hoje convidei uma pessoa ligada à Cinderela Modas... Trata-se da mãe da minha querida “Ivete

da Cinderela”... mãe da minha querida “ex-aluninha” Selma Rodrigues Dias. Falo da Lenice, que foi

homenageada nos 50 anos da ACIG, juntamente com seu marido, como empresários antigos da cidade.

Vai nos apresentar uma torta famosíssima que ela faz! Dizem que é imbatível! Hummmmm!!

Lenice Rodrigues Dias

Torta salgada gelada INGREDIENTES 1 peito de frango grande 1 pacote de pão de forma 1 lata ou caixa de creme de leite Nestlé 1 maionese Helmman´s de 500g. 1 pacote de batata palha 2 cenouras grandes MODO DE PREPARO : 1- Refogue o peito de frango (tempero a gosto), deixe cozinhar, corte em pedaços pequenos e espere esfriar. 2- Rale a cenoura, misture com creme de leite e a maionese (não utilize ela toda , reserve 3 colheres ) e regue um pouco do caldo do frango que sobrou. 3- Coloque uma camada de pão, uma camada de recheio, outra camada de pão e outra de recheio . Obs: Regue as duas camadas de pão com leite gelado. 4-Depois de feito, passe o restante da maionese em volta para colocar a batata palha. 5-Deixe gelar e sirva-se ...

Da série “As ruas mais encantadores do mundo”

Obrigada, D.

Lenice!

Las Vegas Boulevard

Em Las Vegas, todo dia é sábado! Localizada no meio do deserto, a efervescente Strip é a

artéria mais importante da Cidade do Pecado, um inesquecível coquetel de luzes, cassinos, shows e

uma boa dose de luxúria. Além dos melhores hotéis, na Strip sempre há um clima único. Durante

grande parte do dia os hotéis oferecem espetáculos e as Fontes do Bellagio são um bom exemplo disso.

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Vegas se veste de gala, quando a noite cai.

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Clique no link abaixo para ler a coluna de hoje do Dr. Rodrigo:

https://goio.news/noticias/208/5527/minha-garganta-arranha

Dores fortes no abdômen, sobre o local do estômago... nem sempre é estômago. Pode ser

intestino grosso, vesícula e também coração. Só os exames poderão fazer o diagnóstico correto.

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Assinale o único trecho inteiramente correto.

a) As regiões de um país funcionam como os jogadores de um time de futebol. Sempre há um

que aparece mais; porém, ele não é nada sem os outros.

b) O país está doente e os sinais confirmam que a cada dia: a fome, a miséria, a corrupção estão

cada vez mais piores em todos os setores.

c) O Brasil é um país muito grande, não só em extensão territorial mas em diversidade étnico-

cultural.

d) O que seria da música brasileira sem Gil, Caetano, Mílton Nascimento e, tantos outros

grandes compositores espalhados pelo país à fora?

e) A crise política, econômica e social, afeta interesses de desenvolvimento cultural, de forma à

variar as conotações e denotações da linguagem falada e escrita. https://sitenotadez.net/portugues-gramatica/

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