Materiais no anexo do museu | RICARDO LOPES/METRO MARINGÁ

É entulho? Não, isso é um museu

Só um em cada 50 recursos em multas de trânsito prospera

Paraná prepara escolas para receber refugiados

Situação do anexo do Museu da Bacia do Paraná mostra como ainda damos pouco valor para nossa história PÁG. 12

A Jari, órgão responsável por julgar os recursos de trânsito, rejeita 98% das apelações em Maringá PÁG. 03

Estado passa a oferecer curso gratuito de português pensando especialmente nos venezuelanos PÁG. 05

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JESSICA CHASTAIN ARRISCA

MILHÕES EM ‘A GRANDE

JOGADA’ PÁG. 11

O ator Idris Elba é o advogado da protagonista vivida pela atriz

ELA DÁ

AS CARTAS

MÍN: 20°CMÁX: 30°C

MARINGÁ Segunda-feira,5 de março de 2018Edição nº 344, ano 2

Deu tudo certo para o tricolor que, além de carimbar a faixa do campeão do primeiro turno, mostra capacidade de reacão na competição | GERALDO BUBNIAK/FOLHAPRESS

3 X 0

Maringá FC bate o coxa no Couto Pereira em

tarde encantada PÁG. 16

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MARINGÁ, SEGUNDA-FEIRA, 5 DE MARÇO DE 2018www.metrojornal.com.br 02| {FOCO}

1FOCO

A Câmara dos Deputados aprovou, na última semana, a lei que regulamenta aplica-tivos de transporte no País. Segundo o texto, cada prefei-tura terá a responsabilidade de fazer as adequações na le-gislação local em concordân-cia com a lei federal. Fica sob responsabilidade, também, do município a fiscalização dos motoristas de aplicativo.

O secretário de Mobilida-de Urbana, Gilberto Purpur, disse que já teve acesso à no-va legislação, mas não con-seguiu estudar e apurar as discrepâncias entre a regula-mentação local e a federal.

“Agora nós teremos que comparar os textos e fazer as adequações. Quando a lei municipal foi feita, fizemos uma comissão na câmara, atuando junto à Semob. No-

vamente, essa comissão deve se reunir para aprovar as me-didas cabíveis”, explicou.

O texto final da lei, que vai para sanção do presiden-te, pressupõe cobrança dos tributos municipais devidos, exigência de contratação de seguro DPVAT (Danos Pes-soais Causados por Veículos Automotores) e a exigência de que o motorista esteja ins-crito como contribuinte indi-vidual no INSS (Instituto Na-cional do Seguro Social).

Fica estipulado, também, a obrigatoriedade de CNH (Carteira Nacional de Habili-tação), na categoria B ou su-perior, que tenha a infor-mação de que ele exerce atividade remunerada, certi-dão negativa de antecedentes criminais e condução de veí-culo que atenda os requisitos

como idade máxima e carac-terísticas exigidas pelas auto-ridades de trânsito.

Como o texto já havia si-do debatido no senado – e re-tornou à plenário da Câmara para aprovação de emendas, o texto agora vai direto pa-ra a Presidência da Repúbli-

ca sancionar ou vetar a lei.

Lei municipal Sancionada em 27 de julho do ano passado, a lei 10.453 – que regulariza o serviço de transporte por aplicativos em Maringá –, dispõe em sua se-ção 2, diversos itens sobre os

motoristas e os veículos.Na lei do município, veri-

ficou-se que já há vários itens que são demandados, tan-to pela regularização federal, quanto critérios dos próprios aplicativos, como a CNH tipo B, com observação de ativida-de remunerada, veículos com idade máxima de 10 anos e com quatro portas, ar-condi-cionado e mínimo de quatro lugares além do motorista.

METRO

Mobilidade. Câmara dos Deputados aprovou texto que responsabiliza municípios sobre regularização e fiscalização de Apps como Uber e 99 Táxi. Lei pressupõe uma série de adequações aos motoristas e veículos

Pela lei do município, app deve mostrar mapa do trajeto | RICARDO LOPES/METRO MARINGÁ

Aplicativos de transporte passam por adequações

“Agora nós teremos que comparar os textos [da lei municipal e federal] e fazer as adequações cabíveis”

GILBERTO PURPUR, SEC. MOBILIDADE

Circulando pela MorangueiraOs novos ônibus BRT (Bus Rapid Transit) solicitados pela prefeitura e entregues pela TCCC (Transporte Coletivo Cidade Canção) começam a transitar hoje pelos corredores da avenida Morangueira. Ainda não há data para o início das atividades na avenida Kakogawa | RICARDO LOPES/METRO MARINGÁ

A Prefeitura de Maringá realiza, na manhã de hoje – a partir das 8h30, no audi-tório Hélio Moreira, no tér-reo do Paço Municipal – o leilão para venda de bens móveis descartados do acervo patrimonial.

Serão leiloados ônibus, caminhonetes, caminhões, carros, pá carregadeiras, mo-toniveladora entre outros itens. As imagens dos bens podem ser obtidas pela Ge-rência de Patrimônio pelo telefone (44) 3309-8279.

Podem participar do lei-lão pessoas físicas ou ju-rídicas – com exceção dos servidores municipais em exercício, menores de 18 anos (não emancipados) e os interessados que este-jam cumprindo a sanção

prevista no inciso III do Ar-tigo 87 da Lei federal nº. 8.666/93, que suspende e impede de contratar com o Município de Maringá.

No ato da arrematação, os interessados, no caso de pes-soas físicas, deverão apre-sentar, sob pena de nulidade

do lance, CPF, RG, compro-vante de emancipação, se for o caso. Pessoas Jurídicas devem apresentar CNPJ, pro-vas de regularidade relativa ao FGTS, Fazenda Federal e prova de inexistência de dé-bitos inadimplidos perante a Justiça do Trabalho. METRO

Prefeitura realiza leilão hoje no auditório Hélio Moreira

Ônibus, caminhonetes e carros estão no leilão | VIVIAN SILVA/PMM

Homenagem

Cidadão

BeneméritoO médico Hiran

Mora Castilho foi

homenageado pela

Câmara com o título de

Cidadão Benemérito de

Maringá por seu trabalho

pelo desenvolvimento

da cidade. O médico

fundador do Hospital

Santa Rita contribuiu

para o crescimento da

área da saúde e também

participou da fundação

da Unimed, PAM Saúde

e integrou a direção da

Acim.

������� � �����ibu��� ��� � �� ���� �ditora LTDA CNPJ: 24.592.299/0001-89. Endereço: Av. Carlos Correa Borges, 1437, Jd. Cidade Monções, CEP 87060-000, Maringá - PR. Tel.: 044/3218-7688. O Metro Jornal Maringá é impresso na Grafinorte S/A – Apucarana-PR

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De cada 100 recursos de multas de trânsito apresen-tados por motoristas à Jari de Maringá (Junta Adminis-trativa de Recursos de Infra-ções) no ano passado, dois foram deferidos. Em 2016, a taxa de deferimento não foi muito diferente. A relação foi de 1,85 processo aceito por cada centena.

Segundo levantamento da Semob (Secretaria Mu-nicipal de Mobilidade Urba-na), em 2017, a Jari recebeu 3.106 defesas de motoristas multados no município e 63 foram deferidas. Um to-tal de 132 foram entegues fora do prazo e 108 consi-derados ilegítimos.

Em 2016, os dados da Semob mostram a entrada na Jari de 4.909 recursos de infrações, com 91 de-ferimentos, 236 com pra-zo de defesa expirado e 88 avaliados ilegítimos.

De acordo com o secretá-rio municipal de Mobilidade Urbana, Gilberto Purpur, a ta-xa de deferimento de recur-sos é baixa porque a maioria das multas é gerada por meio eletrônicos. “São provas mais contundentes os vídeos, as fotos e os registro eletrônicos das situações. Os equipamen-tos são precisos”, disse.

Na avaliação do secretá-rio, a maior parte dos moto-

ristas entra com recursos pa-ra ganhar tempo. “Todas as infrações passam por uma auditoria da Semob, por fil-tros, para que não haja erro. As multas manuais, que são feitas por policiais militares, têm um porcentual maior de equívocos”, comentou.

A Jari é composta por 19 servidores públicos munici-pais de carreira e represen-tantes de entidades do setor rodoviário. Quando o recur-so é deferido pela Junta, o au-to de infração é arquivado e o motorista recebe o resultado via Correios. No caso de inde-ferimento, abre-se prazo re-cursal para o Cetran (Conse-lho Estadual de Trânsito).

Radares

Com a instalação dos ra-dares de velocidade nes-te mês, o número de in-frações de trânsito tende a crescer em maringá. Os equipamentos foram desa-tivados e agosto de 2016 e uma nova empresa foi con-tratada pela prefeitura pa-ra operar o sistema.

Os novos radares de ve-locidade, que começaram a operar em 15 de feverei-ro, multaram 952 motoris-tas em oito dias. Segundo a Semob, dos 40 equipa-mentos instalados, 28 es-tavam em operação. Os de-mais ainda funcionam de maneira precária em fun-

ção da oscilação do sinal de internet, mas os dados estão armazenados nos equipamentos.

O número de multas aplicadas em Maringá pe-la fiscalização eletrônica, agentes de trânsito, poli-ciais militares e geradas pe-lo Estar (Estacionamento Rotativo) ano passado teve redução de 38% na compa-ração com 2016. Sem a ope-ração dos radares de velo-cidade ao longo de 2017, o volume de infrações caiu de 207.440 para 129.303.

CINCO ‘DESCULPAS’DADAS POR

MOTORISTASEM RECURSOSIMPETRADOS

NA JARI

“Havia uma carreta na frente tampando minha visão do semáforo” - no

vídeo não havia a referida carreta

“Havia dois meliantes em uma moto próximo ao meu carro e por isso

avancei o semáforo”

“Dei passagem a uma ambulância e fui multado”

- no vídeo não havia ambulância alguma

“Estava apenas olhando a hora no celular; não

estava falando”

“Parei apenas por 5 minutos e já fui multado”

- o motorista não tem credencial de idoso

AVANÇO DE SEMÁFORO

CELULAR AO VOLANTE

ESTACIONAMENTO IRREGULAR EM VAGA DE IDOSO

MARINGÁ, SEGUNDA-FEIRA, 5 DE MARÇO DE 2018www.metrojornal.com.br {FOCO} 03|

EDUARDO XAVIER METRO MARINGÁ

Só 2 de cada 100 recursos de multas são deferidos

Recursos de infrações analisados na Jari | RICARDO LOPES/METRO MARINGÁ

A Câmara de Maringá re-ceberá, até o dia 31 deste mês, as inscrições de parti-cipação no Programa Parla-mento Jovem. A iniciativa é voltada para estudantes matriculados no ensino médio ou técnico de esco-las públicas e particulares.

O objetivo do progra-ma é aproximar a juven-tude e o legislativo, con-tribuindo para a formação cidadã destes adolescen-tes e, consequentemente, da sociedade.

A inscrição deve ser feita pelo site da Câmara (www.cmm.pr.gov.br), on-de também está o regu-lamento do Parlamento Jovem.

“Este ano, a diferença é que os partidos temáti-cos serão formados somen-te após o início das ativida-des”, explicou Joaquim dos Santos, coordenador da Es-cola Legislativa que organi-za o Parlamento Jovem.

O Programa Parlamento Jovem foi lançado ano pas-sado com a inscrição de 77 alunos do ensino médio de 16 escolas maringaenses.

Ele foi implantado pa-ra completar os progra-mas oferecidos pela Câ-mara aos alunos que estão inseridos sistema educa-cional brasileiro como, por exemplo, a Câmara Mirim e o Estágio Conhecimento.

METRO MARINGÁ

Câmara. Parlamento Jovem recebe inscrições

Trânsito. No ano passado, dos 3.106 processos de motoristas que cometeram infrações em Maringá recebidos Jari, 63 foram aceitos

Família que velou corpo na rua entra na justiçaA família que ficou quase 14h velando o corpo de um homem vítima de latrocí-nio no meio de uma rua de Colombo, na Grande Curi-tiba, pede quase R$ 500 mil de indenização do go-verno do Estado.

Os pais e a companheira de Carlos Ramon Dias Del Antônio, morto no fim da noite de 15 de janeiro, en-traram na Justiça pedindo uma reparação por danos morais no valor de R$ 150 mil para cada um.

Na ação, o argumento é que eles foram submetidos a sofrimento “desumano e degradante”, e que houve

descaso por parte das au-toridades. Mas o advogado José Rodrigo Sade, que re-presenta a família, conta que a hipótese de acordo não está descartada.

“O bairro inteiro presen-ciou. A imprensa cobriu esse episódio. Não havia viatura

IML para levar o corpo para autopsia. Então, nesta ação, a gente entende que houve um prejuízo e um dano mo-ral muito grande à família e que o juiz fixe uma indeni-zação a ser paga pelo [Estado do] Paraná”, diz o advogado.

De fato, o governador Be-to Richa (PSDB) classificou o episódio como inaceitável e esse foi o motivo que fal-tava para a demissão do en-tão secretário de Segurança Pública do Paraná, Wagner Mesquita. A pasta já atraves-sava uma fase de problemas internos e, com o ocorrido, ele foi substituído Júlio Reis.

METRO MARINGÁ COM PARANÁ PORTAL

“O bairro inteiro presenciou. A imprensa cobriu esse episódio. Não tinha viatura do IML para levar o corpo para a autópsia” JOSÉ RODRIGUES SADE, ADVOGADO

A Secretaria de Saúde de Maringá mantém atendi-mento nos bairros, com ampliação no fornecimen-to de medicamentos para os distritos de Iguatemi e Floriano. Os dois recebe-rão remédios do Protocolo de Dor Crônica (morfina, metadona, gabapentina, codeína), já disponíveis nas duas Farmácias 24h do município.

A farmácia móvel aten-deu 876 pacientes entre 14 de dezembro do ano passa-do, quando começou a ope-rar, até 28 de fevereiro des-te ano. METRO MARINGÁ

Saúde. Farmácia móvel atendeu 800

MARINGÁ, SEGUNDA-FEIRA, 5 DE MARÇO DE 2018www.metrojornal.com.br 04| {FOCO}

Nos pés da Serra da Gracio-sa, na localidade de São João da Graciosa, em Morretes, 238 hectares no maior trecho contínuo de Mata Atlântica do país formam o Ekôa Park, nova atração turística do li-toral paranaense. Após lon-go processo de licenciamen-to ambiental de quatro anos, o Ekôa, que significa morada em tupi-guarani, foi aberto à visitação no fim de semana.

Segundo a diretora do par-que, Tatiana Perim, além do entretenimento, o local tem o objetivo de reconectar as pes-soas com a natureza. “Temos que nos espelhar e inspirar nela. O parque quer reforçar a noção de pertencimento do ser humano à natureza”, diz.

Entre caminhadas, ativida-des de aventura e oficinas sus-tentáveis, o parque vai ofere-cer atrações para todas as idades e perfis. Logo na che-gada os visitantes vão poder conhecer a história de Morre-tes em uma projeção 180o e a partir daí serão levados a ma-ta, onde poderão percorrer três trilhas, que vão de 500m a 1,2km. Uma delas conta a história do Caminho do Pea-biru – estrada inca que ia dos Andes peruanos até o Oceano Atlântico. Outra trilha, a das Aves, possui uma torre de ob-servação, ideal para a prática do birdwatching.

Em outra parte da reserva, no chamado Morro da Aven-tura, o parque terá atrações mais radicais como arvorismo com percurso de 250m e fim

em uma tirolesa, de 160m, passando por cima de um la-go. Sobre as águas do lago, o equilíbrio poderá ser desafia-do na bolha humana.

Além disso, o turista po-derá subir no balão cativo – amarrado por cordas a 40m de altura – com vista única da Serra do Mar e rapel na desci-da para os mais corajosos.

“Por meio do turismo eco-lógico e consciente, do uso racional e manejo criterioso dos recursos naturais, é pos-sível explorar com conserva-ção”, explica Perim, que de-dicou uma área do parque, o “Tekôa”, ou aldeia, para reali-zar oficinas sobre tecnologias sustentáveis, como de técni-cas construtivas de baixo im-pacto e plantio.

ComunidadeMesmo antes de operar, o Ekôa já vem apoiando a co-munidade local. Seu restau-rante, em formato de oca, vai valorizar a produção lo-cal e alimentos orgânicos. “Estamos fazendo um traba-lho com eles e o Sebrae, não queremos trazer alimentos de longe”, diz Perim, que tam-bém está ajudando a implan-tar sistemas de tratamento de esgoto por zona de raízes (fil-tro com plantas de baixo cus-to), já que a grande maioria de moradores da região não tem saneamento básico.

Morretes. Aliando ecoturismo e educação ambiental, Ekôa Park abriu as portas com atrações para todos os públicos a 60 km de Curitiba

Litoral ganha novo parque para imersão na natureza

Instituto orienta sobre doenças rarasEstá sendo criado em Curi-tiba um instituto para orientar famílias que en-frentam casos de doenças raras. A iniciativa é do ad-vogado tributarista Eduar-do Berbigier, que conheceu as dificuldades enfrenta-das após o filho ser diag-nosticado com Adrenoleu-codistrofia, uma doença degenerativa do sistema nervoso, aos nove anos.

Com o filho em recupe-ração depois do transplan-te de medula óssea, o ad-vogado começou a militar pela causa até a idealiza-ção do Instituto Berbigier,

para atuar no tratamento, diagnóstico e prevenção de doenças raras.

“[O instituto] tem o ob-jetivo de aglutinar os por-tadores dessas doenças pa-ra que eles tenham voz junto ao governo federal. Nós vamos atuar politica-

mente para estabelecer po-líticas públicas e também buscar arrecadação de re-cursos através de renúncia fiscal ou doações”, explica.

Além disso, segundo o advogado, o instituto vai atuar na parte jurídica. “Vamos levar a quem não tem acesso ao Judiciário o direito de ter uma ação judicial buscando medi-camentos ou algum tra-tamento totalmente sem custo”, diz.

Como muitos são medi-camentos importados e de alto custo, muitos não tem como pagar. Já outros, ainda

não reconhecidos no país, são de mais difícil acesso.

De acordo com Berbi-gier, a maior urgência das famílias hoje é conseguir um diagnóstico correto – sem ele, o tratamento não pode ser iniciado. Ou seja, o tratamento, muitas ve-zes caro, já começa de for-ma tardia.

Segundo estimativas da OMS (Organização Mun-dial da Saúde), atualmen-te cerca de 13 milhões de brasileiros têm alguma das quase oito mil doen-ças raras catalogadas.

METRO CURITIBA

Copel apresenta eletropostoA Copel apresentou no Smart City Expo Curitiba um eletroposto para abastecimento de carros e bicicletas elétricas, que leva meia hora para carregar 80% da bateria de um carro. Segundo a Copel, uma unidade será inaugurada no polo da BR-277 como 1o ponto da futura eletrovia da empresa no PR. | DIVULGAÇÃO/COPEL

Tira-dúvidas sobre o Ekôa:

• Onde. Estrada da Graciosa, Km 18,5 – São João da Graciosa/Morretes

• Como chegar. De carro ou bike pela BR-116 e Graciosa ou pela BR-277 (estacionamento R$ 10 e bicicletário gratuito). Ônibus ou trem até Morretes

• Funcionamento. Sábados, domingos e feriados, das 9h às 17h

• Ingressos. No local ou pelo site serraverdeexpress.com.

br. A diária custa R$ 60 por pessoa – crianças até 3 anos não pagam. Estudantes e idosos pagam meia

• Incluídos no ingresso. Trilhas, observatório de aves, oficinas e projeção. As atividades de aventura são cobradas a parte e vão de R$ 20 até R$ 120

• Alimentação. No buffet do restaurante do parque. Não é permitido levar alimentos

• Contato. (41) 3462-4136, www.ekoapark.com.br ou contato@ekoapark.com.br

Serviço

BRUNNOBRUGNOLO METRO CURITIBA

Balão cativo precisa

de tempo bom para operar

FOTOS: DIVULGAÇÃO

Ponte sobre rio em

uma das três trilhas

Espaço Tekôa

Bolha humana no lagoInício do arvorismo

“Precisamos nos unir em torno dos portadores, pois o poder público não tem demonstrado boa vontade”

EDUARDO BERBIGIER, ADVOGADO

MARINGÁ, SEGUNDA-FEIRA, 5 DE MARÇO DE 2018www.metrojornal.com.br {FOCO} 05|

Português. Rede Estadual de Ensino passa a oferecer aulas e vai preparar professores nos próximos meses, já prevendo a vinda de venezuelanos

Turma no Instituto de Educação do Paraná, em Curitiba, com estudantes de oito nacionalidades | HEDESON ALVES/SEED

Educação do PR se prepara para chegada de refugiados

BRUNNOBRUGNOLO METRO CURITIBA

A Seed (Secretaria de Esta-do da Educação) passou a ofertar neste ano cursos de PFOL (Português para Falan-tes de Outras Línguas) gra-tuitamente em escolas da rede estadual de ensino. Até o ano passado, o ensino da língua para migrantes, refu-giados e apátridas não esta-va estruturado pelo Estado e grande parte das iniciati-vas nesse sentido (origina-das a partir da chegada de haitianos) se concentravam na capital, com os progra-mas da UFPR, UTFPR e de entidades religiosas, como a Pastoral do Migrante. A pró-pria Prefeitura de Curitiba tem um projeto.

Agora, catorze colégios estaduais de nove cidades de diferentes regiões já estão

com turmas em andamen-to. Segundo a coordenado-ra da educação de jovens e adultos da Seed, Márcia Du-deque, a idade mínima para ingressar é de 11 anos e não há limite máximo. A matrí-cula também pode ser feita a qualquer momento, com fotocópia de visto no passa-porte ou do documento de identidade de estrangeiro.

São cinco turmas em Cas-cavel, duas em Londrina – e mais quatro próximas na re-gião norte (Cambé, Rolân-dia, Jaguapitã e Arapongas). Ainda há uma Nova Laran-jeiras, no centro-sul e duas na RMC: em Pinhais, no Co-légio Estadual Arnaldo Bu-sato, e na capital, no Insti-tuto de Educação do Paraná Erasmo Pilotto.

“O ensino de português como língua estrangeira tem abordagem pedagógi-ca diferente, não é igual a Língua Portuguesa da gra-de curricular, uma alfabe-tização. E como não é uma escolarização formal fa-cilita a entrada de novos alunos ao longo do ano”, explica Dudeque.

Com carga horária de 160h/aula e duração de um ano, sendo duas aulas de 50 minutos por sema-na, o curso ofertado pelo Celem (Centro de Línguas Estrangeiras Modernas) vai emitir um certificado aos estudantes.

MARINGÁ, SEGUNDA-FEIRA, 5 DE MARÇO DE 2018www.metrojornal.com.br 06| {BRASIL}

Com a transição de vários ti-pos de serviços do físico para o on-line, outra área a entrar no mundo da web é a psico-logia. A novidade é a realiza-ção das sessões de terapia por aplicativos e endereços on-li-ne. A inovação tem gerado polêmica entre os psicólogos.

Rui Brandão, médico e CEO do Zenklub – um dos aplicativos que oferecem orientação psicológica vir-tual –, alega que a intenção é “ser o lugar de referên-cia para aqueles que dese-jam explorar seu potencial emocional”.

Para ele, a ferramenta tecnológica beneficia prin-cipalmente o paciente tí-mido, que teria dificuldade de se apresentar na recep-ção de um consultório, mas não teria dificuldade em participar do atendimento por videochamada no com-putador da sua casa.

A plataforma é reconhe-cida pelo Conselho Federal de Psicologia e, de acordo com a startup, o trabalho é feito dentro das especifi-cações dos órgãos regulado-res da profissão.

Apesar da boa intenção do aplicativo, a psicóloga

Adriana Spadoni sustenta que o atendimento on-line não é o suficiente. Segundo ela, a alternativa não é reco-nhecida como acompanha-mento terapêutico, mas ape-nas como aconselhamento ou apoio de urgência.

A psicóloga Juliana Ribei-ro também reprova o servi-ço digital na forma de acom-

panhamento terapêutico. “O atendimento em consultório é o ideal. Nesse caso, não há como substituir o ‘ao vivo’”, afirma Juliana.

A profissional lembra que a alternativa poderia ser de certa forma útil para assun-tos rápidos: “Se ficar apenas nas consultas breves, como imagino que seja a maioria

dos casos, pode ser”.Além do suporte ser fei-

to em vídeoconsultas, há ou-tras empresas, que oferecem o mesmo tipo de serviço, mas trabalham apenas com a possibilidade de troca de mensagens, como o Talkspa-ce, lançado há alguns anos nos Estados Unidos.

Nesse sentido, Adria-

na vê outro fator que impe-de a melhor análise do ca-so. “Existem outras questões no procedimento terapêuti-co além da linguagem. Nas sessões, são trabalhadas ex-pressões, comportamentos e emoções”, explica.

Opinião reforçada por Ju-liana, que diz que dentro da psicologia há de se analisar vários movimentos do corpo humano na hora da sessão. “A psicanalítica é complicada para que apenas o virtual sus-tente as sessões”, completa.

Adriana ainda relata que os colegas de trabalho mais tradicionais, com experiên-cia na área, têm muita resis-tência a esse método e, no geral, são contra. Já os recém--formados muitas vezes têm uma visão um pouco dife-rente. Enxergam uma forma mais facilitadora para a ini-ciação profissional.

Apesar dessa reprovação, Juliana crê que os dois tipos de consultas dividam prefe-rências futuramente.

Aprovado, com exceçõesCom o fortalecimento da nova forma de atendimen-to, o Conselho Federal de Psicologia se reuniu em de-zembro, em assembleia, em Brasília, para criar no-va regulamentação sobre a prática do serviço on-line e também a distância, que passará a entrar em vigor no segundo semestre.

A nova norma inclui, en-tre outras coisas, que a ati-vidade seja feita de forma apropriada, com qualidade, fundamentada na ciência psicológica e também sob a norma ética dos meios a se-rem utilizados. A internet se-gundo o texto, pode ser fer-ramenta útil no tratamento. Porém ressalta que em casos de urgência ou emergência o método on-line é vetado, ne-cessitando assim do atendi-mento presencial.

Para realizar a assistên-cia virtual é necessário um cadastro junto ao conselho.

METRO CAMPINAS

Tecnologia. Serviços de atendimento virtual ao paciente começam a ganhar espaço na psicologia. Opiniões de especialistas divergem

Uso de terapia on-line gera polêmica entre psicólogos

Plataforma on-line de atendimento virtual | REPRODUÇÃO

“O acolhimento feito de forma breve e on-line ajuda, mas não vai substituir o atendimento ‘ao vivo’ (presencial)”

JULIANA RIBEIRO, PSICÓLOGA CLÍNICA

Pacientes com febre amare-la em Minas Gerais têm um novo aliado para combater a doença. Em parceria com pesquisadores da USP (Uni-versidade de São Paulo), o Hospital Eduardo de Mene-zes, em Belo Horizonte, co-meçou a testar, no mês passa-do, um medicamento usado para a hepatite C. O remédio foi aprovado no Brasil há três anos e será estudado em MG e em São Paulo.

Segundo a Secretaria de Saúde, o procedimento foi adotado em razão “da seme-lhança observada entre o ví-rus da hepatite C e o da fe-bre amarela”. Os trabalhos acontecem por uso compas-sivo, que é “a utilização de um medicamento com in-

dicação de uso para um ti-po de doença, mas, median-te análise da equipe médica e autorização dos familiares do paciente, ele é emprega-do em outras doenças, co-mo alternativa de tratamen-to”, enfatizou a pasta. Ainda não hádetalhes sobre quan-tas pessoas serão tratadas com a medida.

O antiviral também foi testado pela Fiocruz (Funda-ção Oswaldo Cruz) no ano passado contra o zika ví-rus e, conforme a entidade, é eficaz para tratar a doen-

ça transmitida pelo Aedes aegypti. O uso de uma me-dicação em tratamento al-ternativo precisa de auto-rização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sani-tária). Por nota, o órgão ale-gou que não recebeu solici-tação para os estudos.

‘Medida de desespero’Para o patologista da Bene-ficência Portuguesa de São Paulo Rogério Alves, a no-va medicação é uma medida de desespero. “É uma doença grave, que pode se alojar no fí-

gado, no coração e no sistema nervoso. O correto seria testar o medicamento primeiro em não humanos, fazer estudos e saber a real ação dele no orga-nismo infectado. A hepatite é mais crônica, a febre amarela, mais aguda”, alega.

A professora do Instituto de Ciências Biológicas Gilia-ne Trindade, entretanto, ava-lia que o medicamento ajuda a bloquear a replicação do ví-rus da doença. “Eles perten-cem à mesma família da he patite C e, provavelmente, é por esse motivo que o re-médio vem sendo usado. É o mesmo caso dos humanos e dos macacos, que são prima-tas. Apesar de serem espécies distintas, têm várias seme-lhanças.” METRO BH

Em parceria com a USP, hospital de Belo Horizonte testa aposta contra febre amarela

Vacina: melhor forma de prevenção contra a febre amarela | NETO TALMELI/FOLHAPRESS

“O que acontece é uma ação de emergência. O vírus tem a mesma classe da hepatite, da zika”

ROGÉRIO ALVES, PATOLOGISTA

MARINGÁ, SEGUNDA-FEIRA, 5 DE MARÇO DE 2018www.metrojornal.com.br 08| {BRASIL}

Temer afirmou na semana passada, em entrevista à rádio “Jovem Pan”, que é preciso acabar com o “preconceito” com as Forças Armadas e fazer com que militares participem mais da administração pública | BETO BARATA/PR

Afago à caserna

Menos terno e gravata, mais farda. Michel Temer se cer-cou de militares e só perde para Itamar Franco, até hoje o presidente que mais recorreu às Forças Armadas na mon-tagem da equipe de governo após a redemocratização.

Em relação aos outros cin-co ex-presidentes desde 1985, Temer foi além da costumeira presença de militares na segu-rança pessoal e no comando de Marinha, Exército e Aero-náutica. Pela primeira vez em 19 anos colocou um militar, o general Joaquim Silva e Luna, como ministro – ainda que in-terino – da Defesa, órgão cria-do em 1999 para ser o elo dos civis com militares.

Itamar colocou oficiais como auxiliares diretos, no Ministério dos Transportes e na extinta Secretaria de Administração Federal.

Temer, porém, tem to-mado outras decisões que agradam a caserna. No mes-mo andar do gabinete presi-dencial está o general Sér-gio Etchegoyen, chefe do GSI (Gabinete de Seguran-ça Institucional da Presidên-cia da República), que, além da função militar, é uma es-pécie de conselheiro de Te-mer. A Secretaria Nacional de Segurança Pública tam-bém é ocupada por um mi-litar: o general de reserva do Exército Carlos Alberto

Santos Cruz – ex-comandan-te da missão de paz da ONU no Haiti –, que também acu-mula a secretaria-executiva do recém-criado Ministério da Segurança Pública.

O uso das Forças Arma-das em 11 GLOs (Garantia da Lei e da Ordem) no Rio de Janeiro, Rio Grande do Nor-te e Espírito Santo; e a no-

meação do general Walter Braga Netto como interven-tor da segurança pública do Rio também foram conside-radas demonstrações de res-peito e prestígio.

Outros governosOs ex-presidentes José Sar-ney, Fernando Collor, Itamar Franco e Fernando Henri-

que Cardoso ainda contaram com ministros da Marinha, do Exército e da Aeronáuti-ca. Após a criação do Ministé-rio da Defesa e do GSI, ambos no governo FHC, a presença se restringiu a funções mili-tares, não mais civis.

Antes de Temer, Dilma Rousseff concedeu a direto-ria-geral do Dnit (Departa-mento Nacional de Infraes-trutura de Transportes) para o general Jorge Ernesto Pin-to Fraxe, aproveitando a ex-pertise na divisão de obras de engenharia do Exérci-to. O militar foi investigado acusado de facilitar a atua-ção de uma ONG em con-tratos com o Ministério dos

Transportes e deixou o cargo criticando a burocracia pela falta de resultados.

Lula foi o presidente que tomou a decisão que deixou os militares mais ressabia-dos: colocou um comunis-ta no comando da Defesa, Aldo Rebelo. A desconfian-ça, porém, se dissipou e o ex-deputado foi avaliado in-ternamente nos quartéis co-mo mais eficiente que, por exemplo, os diplomatas tam-bém nomeados pelo petista: José Viegas e Celso Amorim, considerados burocráticos.

Governo. Michel Temer prestigia militares em decisões e cargos e só fica atrás do ex-presidente Itamar Franco no uso de integrantes das Forças Armadas na equipe

MARCELOFREITAS METRO BRASÍLIA

40%da população apontam as Forças Armadas como a instituição de maior confiança do país, segundo pesquisa Datafolha

39militares ocuparam o 1º escalão após a ditadura - 21 tiveram status de ministros; 3 em áreas sem relação com as Forças Armadas

NA HISTÓRIA Sob Temer, embora o número de ministros militares seja até inferior ao de alguns outros governos pós-redemocratização, a diversidade de postos estratégicos ocupados por integrantes das Forças Armadas na administração é maior

JOSÉ SARNEY(1985 a 1990)63 ministros, quatro militares

• Henrique Saboia, ministro da Marinha• Leônidas Pires Gonçalves, ministro do Exército• Octávio Júlio Moreira Lima, ministro da Aeronáutica• Rubens Bayma Denys, ministro-chefe da Casa Militar

FERNANDO COLLOR(1990 a 1992)39 ministros, cinco militares

• Agenor Francisco Homem de Carvalho, chefe do Gabinete Militar• Antônio Luiz Rocha Veneu, Ministro Chefe do Estado Maior

das Forças Armadas• Carlos Tinoco Ribeiro Gomes, ministro do Exército• Mário César Flores, ministro da Marinha• Sócrates da Costa Monteiro, ministro da Aeronáutica

ITAMAR FRANCO(1992 a 1995)58 ministros, seis militares

• Fernando Cardoso, chefe do Gabinete Militar• Ivan da Silveira Serpa, ministro da Marinha• Lélio Viana Lobo, ministro da Aeronáutica • Romildo Canhim, ministro chefe da Secretaria da Administração Federal • Rubens Bayma Denys, ministro dos Transportes• Zenildo Lucena, ministro do Exército

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO(1995 a 2003)98 ministros, oito militares*

• Alberto Mendes Cardoso, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República• Lélio Viana Lobo, ministro da Aeronáutica• Mauro César Rodrigues Pereira, ministro da Marinha• Mauro José Miranda Gandra, ministro da Aeronáutica• Sérgio Gitirana Florêncio Chagasteles, Ministro da Marinha e Comandante da Marinha• Waldemar Nicolau Canellas Junior, ministro da Marinha• Walter Werner Bräuer, ministro da Aeronáutica e Comandante da Aeronáutica• Zenildo Lucena, ministro do Exército

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA(2003 a 2011)106 ministros, sete militares**

• Enzo Martins Peri, comandante do Exército• Francisco Roberto de Albuquerque, comandante do Exército• Jorge Armando Felix, ministro de Estado chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República • Julio Soares de Moura Neto, comandante da Marinha• Juniti Saito, comandante da Aeronáutica• Luiz Carlos da Silva Bueno, comandante da Aeronáutica• Roberto de Guimarães Carvalho, comandante da Marinha

DILMA ROUSSEFF(2011 a 2016)119 ministros, quatro militares**

• Eduardo Bacellar Leal Ferreira, Comandante da Marinha• Eduardo Dias da Costa Villas Bôas, comandante do Exército• Juniti Saito, comandante da Aeronáutica• José Elito Carvalho Siqueira, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República

Em outras funções:• General Jorge Ernesto Pinto Fraxe, diretor-geral do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes)

MICHEL TEMERDesde maio de 201639 ministros, cinco militares***

• Sérgio Etchegoyen, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República• Joaquim Silva e Luna, ministro da Defesa• Eduardo Villas Boâs, comandante do Exército• Eduardo Leal Ferreira, comandante da Marinha• Nivaldo Rossato, comandante da Aeronáutica

Em outras funções:• Walter Souza Braga Neto, Interventor no Rio de Janeiro• Carlos Alberto Santos Cruz, Secretário Nacional de Segurança Pública e secretário-executivo do Ministério de Segurança Pública

* COM A CRIAÇÃO DO MINISTÉRIO DA DEFESA, EM 1999, OS CHEFES DAS FORÇAS ARMADAS FICARAM SEM STATUS DE MINISTRO, MANTIDO APENAS PARA O GSI ** UM COM STATUS DE MINISTRO *** DOIS COM STATUS DE MINISTRO

MARINGÁ, SEGUNDA-FEIRA, 5 DE MARÇO DE 2018www.metrojornal.com.br {EDITORIA} 09|

A busca da compra de um imóvel pelo sistema de con-sórcios cresceu 26,4% no Brasil em 2017 em compa-ração com 2016. No mes-mo período, o financiamen-to de imóveis novos caiu 17%. Segundo o presidente do portal de orientação fi-nanceira “GuiaBolso”, Thia-go Alvarez, em um financia-mento no banco ou direto nas construtoras o imóvel acaba custando no final, em média, o dobro do valor do pagamento à vista. “Apesar de o consórcio ter a taxa de administração, acredito que ainda seja melhor do que pagar os juros do financia-mento”, afirma Alvarez.

Ele explica que, no con-sórcio, o valor é dividido em parcelas pré-estabelecidas,

e o cotista não precisa ter uma quantia significativa para dar de entrada, como ocorre no financiamento. Uma segunda vantagem é a flexibilidade de usar o cré-dito no imóvel que quiser. “Com o tempo, o consumi-dor pode mudar de ideia so-bre o tamanho e as caracte-rísticas do imóvel. Como no consórcio a compra só ocor-rerá no futuro, a pessoa ga-nha tempo para avaliar suas necessidades”, diz Alvarez.

Há, porém, desvantagens nesse modelo de aquisição da casa própria às quais o candidato a consorciado de-ve estar atento. Uma delas é a falta de garantia do prazo em que ele poderá fechar a compra do imóvel, diz An-dré Bona, educador finan-

ceiro do “Blog de Valor”. Ou seja, não pode haver pressa.

“O consorciado deve ter em mente que não é possí-vel saber quando será con-templado. Mesmo que ele possa dar um lance, outros consorciados também fa-rão isso, e nada garante que, mesmo por lance, ele rece-ba sua carta de crédito para comprar o imóvel que qui-ser”, afirma o educador. E, enquanto não for contem-plado, terá de continuar ar-cando com as despesas do consórcio e, provavelmente, do aluguel de onde mora.

“E, em caso de desistên-cia, existem regras que po-dem também travar o di-nheiro até o final do prazo do grupo, além de multas”, diz Bona. METRO

Casa própria. Modalidade de compra do bem registrou crescimento de 26,4% em 2017. Candidatos a cotistas não podem ter pressa

Brasileiro volta a buscar os consórcios de imóveis

Educação financeira na escola pode ajudar nas contas da casaUma pesquisa realizada pela Abefin (Associação Brasilei-ra de Educação Financeira), em parceria com o Instituto Axxus e a Unicamp (Univer-sidade de Campinas), mos-trou que a educação finan-ceira aprendida nas escolas pode ter impacto direto so-bre as finanças familiares.

Uma das perguntas feitas aos adultos foi: “Se a partir de hoje você não recebesse mais o seu ganho mensal (salário), por quanto tempo conseguiria manter o seu atual padrão de vida?”.

Entre os pais de crian-

ças sem educação finan-ceira, 44% responderam que conseguiriam viver apenas um mês; 53%, até seis meses; e apenas 3%, acima desse período.

Já nas famílias com filhos que tiveram educação fi-

nanceira na escola, só 2% vi-veriam apenas um mês com o mesmo padrão de vida; 73%, até seis meses; e 25%, acima desse período.

A pesquisa foi embasa-da nos pais de crianças com idade de 4 a 12 anos, das ci-dades de São Paulo, Rio de Janeiro, Recife, Goiânia e Vitória, em escolas parti-culares adotantes e não--adotantes de programas de educação financeira. Entre-vistados: 81% mães, 11% pais e 8% cuidadores; 51% alunos do sexo feminino e 49% do sexo masculino. METRO

O Itaú Unibanco anunciou que antecipará o pagamen-to de todos os poupadores que aderirem ao acordo so-bre compensação das per-das com os planos econômi-cos, independentemente do valor. Para receber o total à vista é necessário ser cor-rentista do Itaú Unibanco.

Pelas regras do acordo, indenizações de até R$ 5 mil serão pagas à vista, em até quinze dias após a va-lidação do acordo. Acima desse valor, o pagamento poderá ser dividido em até cinco parcelas semestrais.

Para receber a quantia à vista no Itaú é necessário ter movido ação contra o ban-co, relativa às perdas com os planos econômicos Bresser (1987), Verão (1989) e Collor 2 (1991), e ter aderido inte-gralmente a todas as etapas do acordo. Se o poupador moveu ação contra o Itaú, mas não é mais correntista do banco, é possível receber à vista se voltar a ser.

O Itaú afirma que os pou-padores deverão aderir ao acordo, por meio de seus ad-vogados, em um site que será criado pela Febraban (Fede-ração Brasileira dos Bancos) em até 60 dias. METRO

Bancos. Itaúpagará à vista acordo de perdas com planos

O Facebook encerrou um teste que dividiu seu “Feed de Notícias” em dois, uma ideia que afetou a maneira como pessoas consomem notícias nos seis países on-de o teste ocorreu e desta-cou a preocupação com o poder da rede social.

O teste criou duas listas de publicações, uma foca-da em fotos e atualizações de amigos e familiares e outra chamada de“Explore Feed”. O segundo “feed” era dedicado a material de páginas do Facebook que o usuário curtiu, como veí-culos de comunicação ou equipes esportivas.

A rede social decidiu manter o “feed” único. “As pessoas nos disseram que estavam menos satisfeitas com as publicações que es-tavam vendo e que ter dois “feeds” separados na verda-de não as ajudava a se co-nectar mais com amigos e familiares”, disse o chefe do “Feed de Noticias” do Face-book, Adam Mosseri.

O teste começou em ou-tubro e aconteceu na Bo-lívia, Camboja, Guatema-la, Sérvia, Eslováquia e Sri Lanka. No Camboja, veícu-los da mídia saudaram a notícia de que o Facebook encerrou o teste. METRO

Tec. Após reclamações, Facebook põe fim a teste com dois ‘feeds de notícias’

Usuários em seis países foram submetidos ao teste | REPRODUÇÃO / PIXABAY

IRPF: calendário das restituiçõesAs restituições do Imposto de Renda serão pagas, neste ano, de junho a dezembro, seguindo a ordem de entre-ga da declaração, cujo perío-do começou na última quin-ta-feira e vai até o próximo 30 de abril. As restituições serão pagas em sete lotes.

Terão prioridade na resti-tuição os contribuintes com idade igual ou superior a 60 anos, sendo assegurada prio-ridade especial aos maiores de 80 anos. Também serão

privilegiados pela antecipa-ção do recebimento da resti-tuição os contribuintes com deficiência física ou men-tal ou com moléstias graves e aqueles cuja maior fonte de renda seja o magistério. O valor será colocado à dis-posição do contribuinte na agência bancária indicada na declaração.

Mais informações sobre a declaração do IRPF 2018 es-tão disponíveis no site da Re-ceita Federal. METRO

“A vida financeira de toda a família é impactada quando o filho tem essa aprendizagem” REINALDO DOMINGOS, PRES. DA ABEFIN

1 º lote

2º lote

3º lote

4º lote

5º lote

6º lote

7º lote

15/JUN

16/JUL

15/AGO

17/SET

15/OUT

16/NOV

17/DEZ

SEXTA

SEGUNDA

QUARTA

SEGUNDA

SEGUNDA

SEXTA

SEGUNDA

CALENDÁRIO IR

FOTOGRAFE E GUARDE!

2016 X 2017

FONTE: ABAC

TOTAL DE CONSORCIADOS DE IMÓVEIS NO BRASIL (EM MIL)

��tr��� �� ����� �onsorciados, mês a mês (em mil)

2017

0

12,5

25

37,5

DEZNOVOUTSETAGOJULJUNMAIABRMARFEVJAN

17, 2 16, 717, 5

24, 3

19, 020, 0

27, 028, 5

31, 5 30, 032, 0

21, 0

15, 0 14, 616, 3

17, 6

20, 5 21, 5

22, 8 16, 114, 2

16, 6

20, 7

29, 5 2016

2017

2016

832

792, 7

T O TA L

284, 7

225, 2

MARINGÁ, SEGUNDA-FEIRA, 5 DE MARÇO DE 2018www.metrojornal.com.br 10| {MUNDO}

Pesquisas de boca de urna indicaram ontem que ne-nhum partido ou coalizão te-rá maioria no Parlamento da Itália. De acordo com levan-tamento feito pelo consór-cio “Opinio Italia”, a aliança de centro-direita, que reúne o moderado FI (Força Itália), do ex-premiê Silvio Berlus-coni, e os ultranacionalistas Liga Norte e FDI (Irmãos da Itália), alcançou entre 33,5% e 36,5% dos votos no Sena-do e 33% e 36% na Câmara. O antissistema M5S (Movimen-to 5 Estrelas) teve 29% a 32% no Senado e entre 29,5% e 32,5% na Câmara. Já a alian-ça do governista PD (Parti-do Democrático), de centro--esquerda, teria sofrido uma dura derrota e ficado com 25% a 28% no Senado e 24,5% e 27,5% na Câmara.

Não bastasse o clima de incerteza política, a Itá-lia enfrentou problemas no dia da eleição, entre eles fi-las que chegaram a mais de uma hora de espera em al-

guns centros eleitorais e cé-dulas de votação erradas

O episódio que chamou mais atenção, porém, ocor-reu em Milão, quando Sil-vio Berlusconi foi votar. A

ativista francesa de origem iraniana Melodie Mousavi Nameghi, 29 anos, do mo-vimento “Femen”, subiu em uma mesa, tirou a blu-sa e mostrou uma mensa-gem de protesto pintada em seu corpo: “Berlusconi, você já era”. As confusões obrigaram o governo ita-liano a fazer um apelo pa-ra que os eleitores fossem votar o quanto antes.

Se os números da bo-ca de urna se confirma-rem, nenhuma aliança te-rá maioria dos assentos no Parlamento, condição ne-cessária para formar um go-verno. Caso isso ocorra, a Itália poderá ter uma “gran-de coalizão”, aos moldes da Alemanha, ou o presidente Sergio Mattarella convoca-rá novas eleições. METRO

Eleições parlamentares. Nenhum partido consegue 40% dos votos para formar governo

Berlusconi vota em Milão, após protesto de ativista do Femen (destaque) | REUTERS

Itália tem impasse, diz boca de urna

Andrea Nahles e Olaf Scholz, do SPD: juntos com Merkel | H. HANSCHKE / REUTERS

Os filiados do SPD (Parti-do Social-Democrata) apro-varam ontem com 66% dos votos o acordo de coali-zão com a CSU (União So-cial Cristã) e a CDU (União Democrata Cristã, permi-tindo o quarto mandato da chanceler Angela Merkel. Cerca de 240 mil pessoas votaram no “sim”, enquan-to 123 mil no “não”.

De acordo com o social--democrata Olaf Scholz – que com o resultado assu-mirá o cargo de ministro de Finanças –, o SPD agora tem

“força para governar e tra-zer o país na direção certa”.

Com a coalizão, Merkel respira, porque garante o quarto mandato, assim co-mo a União Europeia, pelo fato de a Alemanha repre-sentar o “motor” econômi-co-financeiro do bloco.

A chanceler já havia ven-cido as eleições de setembro de 2017, mas não conseguiu garantir a maioria suficiente no parlamento alemão para governar sozinha. Ela deve-rá oficializar o resultado no próximo dia 14. METRO

Alemanha. Socialistas aprovam coalizão; Merkel garante quarto mandato

Cinco pessoas são resgatadas após avalancheCinco pessoas foram resgatadas depois de uma avalanche ocorri-da na última sexta-fei-ra no Squaw Valley Ski Resort, estação de es-qui na Califórnia, perto do Lago Tahoe. A esta-ção fechou temporaria-mente após o incidente. Uma das vítimas resga-tadas foi levada para o hospital com ferimen-tos graves. METRO

Italianos sumidos foram vendidos a cartel criminosoAutoridades abriram processos criminais con-tra quatro policiais de Tecalitlán envolvidos no caso dos três italianos desaparecidos desde 31 de janeiro último. Todos os acusados confessaram que prenderam e entre-garam os três homens napolitanos ao cartel Ja-lisco Generación, que controla o crime organi-zado da região. METRO

Papa cria ‘Diade Maria, Mãeda Igreja’Pelo decreto “Ecclesia Mater”, o papa Francis-co decidiu incluir no ca-lendário romano como uma data festiva o “Dia de Maria, Mãe da Igreja”. De acordo com o decreto publicado no Vaticano, a comemoração aconte-cerá obrigatoriamente na primeira segunda-fei-ra depois do Pentecostes. Neste ano, será no dia 21 de maio. METRO

Comissária quer tirar do hino os termos masculinosA comissária da igualda-de da Alemanha, Kristin Rose-Moehring, quer reti-rar palavras como “Vater-land” (pátria) do hino na-cional do país porque ela é masculina. A proposta é substituir este e demais termos do hino com re-ferência masculina por outros de gênero neu-tro. Sairia “Vaterland” e no lugar entraria “Hei-matland”. METRO

Delegação de Seul chega hoje para visita a PyongyangA Coreia do Sul irá despa-char uma delegação lide-rada por autoridades de segurança para uma visi-ta de dois dias à Coreia do Norte, começando hoje. O presidente norte-ame-ricano, Donald Trump, sugeriu estar pronto pa-ra conversar com Pyong-yang, mas a Coreia do Norte afirmou não estar implorando para dialogar com Washington. METRO

Centenas fogem das forças pró-Assad em GhoutaCentenas de pessoas es-tão fugindo dos avanços das forças do governo sí-rio em Ghouta Oriental, conforme Damasco toca uma ofensiva para esma-gar a última grande for-taleza da oposição perto da capital. A Síria, com apoio da Rússia e do Irã, vem travando uma das ofensivas mais mortífe-ras da guerra civil em Ghouta Oriental. METRO

Síria EUA México Vaticano Alemanha Coreias

‘Devemos tentar isso algum dia’, diz Trump sobre presidência vitalícia de Xi JinpingO presidente norte-ameri-cano, Donald Trump, elo-giou o presidente chinês, Xi Jinping, após o Partido Comunista anunciar a eli-minação do limite de dois mandatos para a presidên-cia, abrindo caminho para que Xi sirva indefinidamen-te, de acordo com um áudio veiculado pela rede “CNN”.

“Ele agora é presidente para a vida toda, presidente para a vida toda. E ele é óti-

mo”, disse Trump, de acor-do com o áudio, com trechos de discurso feito na Flórida, em evento a portas fechadas de arrecadação de fundos. “E veja, ele foi capaz de fa-zer isso. Eu acho que é óti-

mo. Talvez devamos ten-tar isso algum dia”, disse Trump em meio a aplausos de apoiadores.

Não ficou claro se Trump, de 71 anos, fez o comen-tário sobre ampliar o ser-

viço presidencial em tom de brincadeira. Por tradi-ção, presidentes norte-ame-ricanos serviram um má-ximo de dois mandatos de quatro anos cada um, até o presidente Franklin Roose-velt ser eleito um recorde de quatro vezes, começan-do em 1932. Uma emenda à Constituição norte-america-na aprovada em 1951 limita a presidência a dois manda-tos no cargo. METRO

“Falar sobre ser presidente para sempre como Xi Jinping é o sentimento mais não americano expressado por um presidente norte-americano”RO KHANNA, DEPUTADO DEMOCRATA

Milhares de moradores de Barcelona foram ontem às ruas para protestar contra a independência da Catalunha e seus defensores. A mobili-zação encorajou “todos os ci-dadãos” a “exaltar a fraterni-dade e o otimismo diante da busca pela ruptura”. Nas elei-ções parlamentares de de-zembro passado, os partidos separatistas fizeram o maior número de cadeiras no par-lamento catalão, atiçando o movimento independentista da região. METRO

Participante de protesto contra a

separação da Catalunha | A. GEA / REUTERS

Barcelona. Moradores saem às ruas para defender união

MARINGÁ, SEGUNDA-FEIRA, 5 DE MARÇO DE 2018www.metrojornal.com.br {CULTURA} 11|

2CULTURA

A história de Molly Bloom é daquelas tão incríveis que parecem irreais. Sem saber qual carreira seguir após deixar a vida de es-quiadora olímpica, ela se viu com menos de 30 anos manejando milhões de dó-lares nas mãos e lidando diretamente com celebri-dades – tudo por conta das mesas de pôquer.

A ascensão e queda da jovem é narrada em “A Grande Jogada”, uma das novidades deste final de semana nos cinemas. Cou-be à atriz Jessica Chastain viver o papel da protago-nista, em uma jornada de autoaceitação que inclui um acerto de contas com o próprio pai.

Esse é o primeiro filme dirigido por Aaron Sorkin, conhecido por criar rotei-ros ao mesmo tempo ver-borrágicos e sedutores, co-mo o de “A Rede Social” (2011), pelo qual ganhou o Oscar.

Tal sedução é impres-cindível à personagem de Molly, mas nada vem de um jeito óbvio. É difícil, por exemplo, ficar indife-rente à inteligência e sa-gacidade que ela osten-ta diante de um ambiente essencialmente masculi-no. É com essas armas que ela se opõe à frequente ob-jetificação feminina nes-se meio e consegue organi-zar a mais cobiçada mesa de pôquer de Los Angeles,

fazendo astros de cinema e do futebol experimenta-rem o risco de perder mi-lhares de dólares em tro-ca de alguns momentos de adrenalina.

Traída, ela se reconstrói em Nova York até ver suas atividades serem barradas pelo FBI. O filme alterna presente e passado, mos-trando sua transformação ao longo dos anos enquan-to enfrenta o tribunal ao lado de seu advogado, vivi-do por Idris Elba.

O roteiro de “A Grande Jornada” é baseado na bio-grafia da própria Molly, lançada agora no Brasil. A adaptação rendeu uma no-va indicação de Sorkin ao Oscar de roteiro. METRO

Nos cinemas. Atriz seduz com jornada real de ex-atleta em busca de carreira e autoaceitação em ‘A Grande Jogada’

Atriz contracena com Idris Elba, na pele do advogado de Molly Bloom | DIVULGAÇÃO

Jessica Chanstain dá show como princesa do pôquer

Brad Pitt

Mais um com

TarantinoO ator Brad Pitt vai

se juntar a Leonardo

DiCaprio em “Once Upon

a Time in Hollywood”,

próximo filme do diretor

Quentin Tarantino, que

vai abordar a série de

assassinatos cometidos

por Charles Manson e

seus seguidores, em Los

Angeles, em 1969. O

longa tem estreia prevista

para 9 de agosto de 2019.

MARINGÁ, SEGUNDA-FEIRA, 5 DE MARÇO DE 2018www.metrojornal.com.br 12| {CULTURA}

Quem visita o MBP (Museu Bacia do Paraná), situado na UEM (Universidade Estadual de Maringá), provavelmen-te não encontrará fissuras ou degradação na parte interna do edifício. Pelo contrário, o espaço é bem organizado e está em bom estado – bicicle-tas reformadas, móveis histó-ricos, bem como apetrechos de cidadãos historicamente importantes para Maringá.

Apesar da boa impressão tomada de início, a situação real do museu é um pouco mais complicada. Muito em-bora somente a casa princi-pal – que pertenceu ao pri-meiro deputado estadual eleito pela cidade, Néo Alves Martins, e marca a primeira casa urbana do município –, seja tombada como patrimô-nio histórico do município, ela é composta também por

um anexo, que guarda uma quantidade considerável do acervo do museu.

Esse espaço – atolado de televisores, rádios, máquinas de calcular, registradora e de escrever, dos mais diferentes períodos – está com infiltra-ções, telhas quebradas e bu-racos na laje.

A responsável pelo mu-seu, professora Sandra Pe-legrini, disse que o espa-ço passa por um momento de muita dificuldade e que a intenção é traçar estraté-gias junto a iniciativa priva-da ou sociedade civil orga-nizada, para que não haja maior comprometimento na estrutura.

“Eu havia conseguido um prêmio da Caixa no valor de R$ 200 mil. Esse recurso é destinado para bens cultu-rais e o meu projeto consis-

tia em deixar mais acessível o museu. Como a contrapar-tida, a universidade deve-ria construir dois banheiros acessíveis. A UEM passa por dificuldades e não foi possí-vel a concretização do proje-to. Com isso, nós perdemos a verba”, explicou a professora.

O Museu Bacia do Paraná foi tombado como patrimô-nio histórico do município de Maringá no final de 2016. Apesar de ser uma estrutura de grande importância para a narrativa histórica da cidade,

o espaço é de responsabilida-de da UEM e, por consequên-cia, do Estado.

O secretário de Cultura de Maringá, Rael Toffolo, ressaltou que a situação do MBP preocupa o município, mas que não há muito a se fazer, já que o prédio não pertence a Maringá.

“Infelizmente, o mu-nicípio não pode intervir. Não podemos utilizar o di-nheiro público em investi-mento de terceiros [Esta-do]. Não é porque o bem é

tombado pelo município, que ele deve ser mantido pelo município. Estou em contato com a professora Sandra para tentar achar alguma solução”, enfati-zou o secretário.

“Insuficiente”

Procurada pela reportagem, a pró-reitora de Extensão e Cultura da UEM, Itana Maria de Souza Gimenes, disse que a contrapartida – na constru-ção dos banheiros acessíveis – foi avaliada em R$ 400 mil,

já que os anexos deveriam ser reformados.

“O projeto que foi feito incorporava a reserva técni-ca e tinha um espaço de ex-posição e treinamento. Ele aproveitaria a madeira ex-terna e faria toda a constru-ção em vidro. Era um proje-to muito bonito”, disse.

A pró-reitora enfatizou que, da verba do prêmio – que elencava uma série de itens –, havia apenas R$ 18 mil destinado para a cons-trução dos banheiros.

“A universidade pas-sa por diversas dificulda-des provenientes da falta de apoio do estado, sobre-tudo, na falta de reposição de mão de obra. Não houve negligência alguma da uni-versidade, apenas incapaci-dade financeira e de mão de obra”, destacou. METRO

“Eu havia conseguido um prêmio da Caixa, no valor de R$ 200 mil. Esse recurso é destinado para bens culturais”

SANDRA PELEGRINI, RESPONSÁVEL MBP

“Infelizmente, o município não pode intervir. Não podemos utilizar dinheiro público com terceiros [Estado]”

RAEL TOFFOLO, SEC. DE CULTURA MARINGÁ

“O projeto que foi feito incorporava a reserva técnica e tinha um espaço de exposição e treinamento”

ITANA GIMENES, PRÓ REITORA DE EXTENSÃO

Parte da laje do anexo – onde grande parte do acervo está situado – está esburacada e compromete alguns itens | RICARDO LOPES/METRO MARINGÁ

Telhas do anexo começam a cair | RICARDO LOPES/METRO MARINGÁAdministração do museu teve que colocar balde para evitar que infiltração comprometesse acervo | RICARDO LOPES/METRO MARINGÁ

Patrimônio tombado. Parte do acervo do Museu Bacia do Paraná corre risco de se perder por falhas na estrutura física do espaço

Cuidado com o museu!

MARINGÁ, SEGUNDA-FEIRA, 5 DE MARÇO DE 2018www.metrojornal.com.br {CULTURA} 13|

Nome dos mais emblemáti-cos das artes performáticas brasileiras, Tônia Carrero morreu na noite do último sábado, aos 95 anos, após sofrer uma parada cardía-ca durante um procedimen-to cirúrgico em uma clínica particular no Rio de Janeiro.

A atriz carioca sofria de hidrocefalia oculta, que pro-voca acúmulo de líquido na cabeça e compromete a fala e os movimentos do corpo.

Por causa da doença, es-tava ausente da vida pública desde 2007, quando fez seu último trabalho, o longa--metragem “Chega de Sau-dade”, de Laís Bodanzky.

A falta de trabalhos mais recentes, no entanto, não mi-nimiza em nada a extensão e a importância de sua carrei-ra no cenário teatral do país.

Batizada como Maria An-tonieta Portocarrero Thedim, Tônia formou-se em educa-ção física, nos anos 1940, e começou a atuar após se sub-meter a um breve curso com Jean Louis Barrault, em Paris.

De volta ao Rio, fez pon-tas no cinema até estrelar em “Um Deus Dormiu Lá em Ca-sa”, em 1949, sob a direção de Guilherme Figueiredo e ao lado de Paulo Autran. Pe-lo papel, foi apontada como atriz revelação pela Associa-ção de Críticos Cariocas, que, na ocasião, destacam sua be-leza e malícia.

A partir daí, sua carreira deslanchou. Mudou-se para São Paulo no início dos anos 1950, onde assinou contra-to com a Companhia Cine-matográfica Vera Cruz. Pelo estúdio, rodou “Tico-Tico no Fubá” (1952), dirigido por seu futuro marido, Adolfo Celi, e “Apassionata” (1952), de Fernando de Barros.

Ainda na capital paulista, integrou o elenco do semi-nal Teatro Brasileiro de Co-média (TBC) antes de voltar ao Rio e fundar a Compa-nhia Tônia-Celi-Autran (CT-CA), ao lado do esposo e do colega Paulo Autran.

Nos anos 1960, cria a Companhia Tônia Carre-ro, que servia de supor-te a montagens estreladas por ela mesma. Com ela, protagonizou desde clássi-cos, como “Casa de Bone-cas” (1971) e “Quem Tem Medo de Virgínia Woolf ?” (1978), ao papel de Sarah Bernhardt, em “A Divina Sa-rah” (1984), de John Murrel.

Em paralelo, seguiu uma

carreira na televisão, atuan-do em novelas como “Água Viva” (1980) e “Sassarican-do” (1987), o que lhe confe-riu grande popularidade por todo o Brasil. Sua última apa-rição na TV foi na novela “Se-nhora do Destino” (2004). Ao todo, participou de 54 peças, 19 filmes e 15 novelas.

Com seu primeiro marido, Carlos Thiré, Tônia teve seu único filho, Cecil Thiré, que

seguiu os passos da mãe e, aos 74 anos, é ator e diretor.

O velório de Tônia ocorreu na tarde de ontem, no Thea-tro Municipal do Rio. Atores como Ney Latorraca, Nicette Bruno, Antonio Pitanga e Ed-win Luisi passaram pelo local.

O corpo da atriz será cre-mado hoje no Memorial do Carmo, às 15h, no Rio, em cerimônia restrita à família.

METRO

Luto. Presença marcante no teatro, no cinema e na TV brasileira, Tônia Carrero morre aos 95 anos, no Rio, após sofrer parada cardíaca

Artista em retrato feito em sua casa, no Rio, em 2002 | CLAÚDIA MARTINS/FOLHAPRESS

Despedida da atriz total

REPERCUSSÃO

“Tônia Carrero sobe… voa! Esse lindo céu está aberto pra você.”GERALD THOMAS, DIRETOR, NO INSTAGRAM

“Que você descanse em paz, minha amada amiga Tônia Carrero. Luz e muita gratidão por sua existência. Estrela, diva e esplêndida. O mundo perde Tônia.”ZEZÉ MOTTA, ATRIZ, PELO INSTAGRAM

“Tônia é um pedaço da história do Brasil. Uma mulher que muito antes destes tempos de empoderamento, lutou para não ser escrava da maldição da beleza. Venceu.”LÚCIO MAURO FILHO, ATOR, PELO INSTAGRAM

“Uma das mulheres mais ‘incrivelands’ que já passaram pelas telas e palcos do Brasil! Seu brilho está eternizado em cada personagem, cada emoção, cada vez que você mostrou a força de ser mulher.”LEANDRA LEAL, ATRIZ, PELO INSTAGRAM

Trajetória

Relembre atuações marcantes de Tônia Carrero

Ao lado de Anselmo Duarte no filme

‘Tico-Tico no Fubá’ (1952)

Com Paulo Autran, na peça

‘Um Deus Dormiu Lá em Casa’ (1949)

Na pele de Rebeca, na novela

‘Sassaricando’ (1987)Com Cássia Kis Magro, no filme

‘Chega de Saudade’ (2007)

CEDOC/FUNARTE REPRODUÇÃO

DIVULGAÇÃO

Com Nelson Xavier na peça

‘Navalha na Carne’ (1968)

DIVULGAÇÃO

CEDO

C/FUN

AR

TE

“Quando cheguei no Rio ela morava na casa em frente à da minha tia, ali na Barão de Jaguaribe. Adolescente, vi da janela o casamento dela com Cesar Tedim! Linda! Inesquecível no seu desempenho em “Navalha na carne”!”GLÓRIA PEREZ, NOVELISTA, PELO TWITTER

“O Brasil se entristece com a morte de Tônia Carrero. A TV, o cinema e o teatro ficam com a marca indelével de seu grande talento.”MICHEL TEMER, PRESIDENTE DO BRASIL

Artista se provou para além da belezaExaltada no início de carrei-ra por sua beleza quase nór-dica, Tônia Carrero driblou o caminho fácil do rostinho bonito para se firmar como um dos principais talentos em atuação já vistos no país.

Logo após seus primeiros trabalhos, no fim dos anos 1940 e início dos anos 1950, ela puxou uma companhia particular e não temeu a em-

preitada solo de um grupo que levava seu próprio nome.

Arriscou-se por textos de Sartre, Pirandello e Shakes-peare e não se fez de rogado ao desafiar a ditadura, em 1967, para viver a polêmica prostituta Neuza Suely em “Navalha na Carne”, espetá-culo considerado um divisor de águas em sua trajetória.

Mesmo consagrada, ela se

reinventou nos anos 1980, ao abandonar clássicos para se arriscar na interpretação de textos modernos, como foi o caso de “Quartett” (1986), sob a direção de Gerald Tho-mas, que lhe conferiu o prê-mio Molière de melhor atriz.

“Ela foi afiando pacien-temente o seu instrumen-tal interpretativo, revelan-do progressivamente uma

sensibilidade, uma intuição e uma gama de recursos que lhe permitem abordar pa-péis frontalmente opostos à sua imagem padronizada. E a maturidade trouxe-lhe uma ousadia que tem am-pliado sua dimensão de ar-tista”, escreveu o crítico Yan Michalski em “Enciclopédia do Teatro Brasileiro Contem-porâneo”, de 1989. METRO

MARINGÁ, SEGUNDA-FEIRA, 5 DE MARÇO DE 2018www.metrojornal.com.br 14| {PUBLIMETRO}

Leitor fala

Greve para quê?Que vergonha senhores juízes. Vocês, que tem o dever de dar o exemplo nos cumprimentos da lei, falam em fazer greve. Cerca de 31.000 magistrados (cer-ca de 85%) recebem auxílio-moradia, onerando os cofres públicos em cerca de R$1,6 bilhões por mês, justificando que é para compensar o reajuste que não houve. Para vocês magistrados R$ 4.377 é uma mixaria, mas para o cidadão mé-dio já é um valor quase máximo de apo-sentadoria. Pensem um pouco nos traba-lhadores que sobrevivem ganhando uma mixaria de menos de R$ 1.000 por mês. TOSSI KASSAE - MARINGÁ

Hospital da CriançaTá muito estranha essa história do Hospital da Criança. Como o Estado vai contratar uma empresa de outro país para fazer a obra sem licitação? Afinal, quem vai manter o hospital e os funcionários, serão servidores pú-blicos ou vinculados a uma empresa? Essas perguntas ainda não foram res-pondidas nem pelo Governo do Esta-do, pela Prefeitura ou pelo Ministé-rio da Saúde. MARCELO AZEVEDO - MARINGÁ

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O momento é indicado para pesquisas e cautela antes de decisões financeiras. Dia propício para se

dedicar a crenças e temas espirituais.

Cuide para que a atenção aos problemas de pessoas não tire o foco dos seus assuntos. Solidariedade é

importante, mas com bom senso.

Período de atenção dobrada para evitar críticas e esclarecer equívocos nas relações. Gestos prestativos são

sempre bem-vindos. 

Às vezes expressar sentimentos é necessário para que a pessoa amada ou a qual paquera não tenha

que adivinhar tudo o que você gosta.

O empenho a assuntos domésticos será mais frequente, tanto para ajustes do lar ou de questões junto

a familiares.

A dedicação a novos círculos sociais tende a ser mais intensa. Ocasiões que envolvam

amizades e grupos farão bem ao dia.

Tenha mais atenção com seu ritmo para não sobrecarregar a mente, o corpo e a saúde. Terapia, temas

espirituais e exercícios farão bem. 

Atente-se para que a dedicação com suas obrigações cotidianas não impeça os momentos

especiais da vida afetiva.

Momento propício para esclarecer pendências jurídicas, assim como burocracias que envolvam temas

materiais e negociações.

O envolvimento com estudos, leitura, atividades culturais e temas diferentes que façam bem ao

intelecto fará muito bem ao seu dia.

Momento para valorizar o que tem e evitar consumismo com interesses apenas pela aparência ou por falsa

impressão de eficiência.  

Tendências a resgatar lembranças especiais e a retomar assuntos afetivos,

esteja solteiro (a) ou mesmo se for comprometido (a).   

Os invasores

Cruzadas

Sudoku

Soluções

Horóscopo Astrólogo de Plantãowww.astrologo.blog.br

guisalviano@gmail.comPor: Guilherme Salviano

Você acorda e a primeira coi-sa que faz é ver suas notifi-cações nas redes sociais e se-gue assim pelo resto do dia? Para um número cada vez maior de pessoas passar o tempo todo em frente às te-las de smartphones é a coi-sa mais normal e natural do mundo. Mas não é. É bom fi-car atento porque você pode estar viciado em seu celular. E saiba que a cura pode estar nele mesmo.

Combinando tecnolo-gia e inteligência artifi-cial, o aplicativo Onward, disponível para sistema iOS, aponta quanto tempo você passa por dia usan-do o celular e quais apli-cativos mais usa. Desta forma, o app espera ser um aliado importante no combate ao uso excessi-vo de dispositivos móveis que, aliás, pode trazer sé-rios prejuízos ao usuário, como perda de produtivi-dade no trabalho e proble-mas comportamentais.

O app começa o “trata-mento” enviando ao usuá-rio um gráfico que mostra os principais usos (redes so-ciais, mensagens, compras, entretenimento, notícias e outros). E a partir desse

diagnóstico, a pessoa pode definir como prefere conti-nuar utilizando seu celular.

Essa tecnologia é cha-mada de filtro inteligen-te. Por exemplo, é possível bloquear sites e aplicativos por um determinado ho-rário, durante a escola ou trabalho. E também defi-nir o tempo de uso de ca-da aplicativo, como twee-tar por 15 minutos por dia. Contudo, é possível desblo-quear essas funções a qual-quer momento.

A ideia de criar o On-ward foi de Gabe Zicher-man, cofundador e CEO da empresa ao perceber que, mesmo dividindo o espaço, amigos e familiares só fica-vam no celular. “A ideia é ajudar a alcançar o equi-libro da vida digital. Não acreditamos que o uso da tecnologia seja ruim, mas sim que cada pessoa deve estabelecer seus próprios limites e usar como quise-rem e não como as redes sociais querem”, afirma.

O app Onward também oferece um teste que de-tecta se a pessoa é vicia-da no celular. Para checar, acesse www.onward.org/quiz. METRO INTERNACIONAL

App combate o uso excessivo de celular Sob controle. Aplicativo permite filtrar, bloquear e definir horários de utilização

Gráficos apontam tempos de usos para combater excessos

DIVULGAÇÃO/ONWARD

Ainda na luta para se classi-ficar para as quartas de final do Campeonato Paulista, o São Paulo visitou o Linense na 10ª rodada e conseguiu a vitória, de virada, por 2 a 1.

Apesar de ter derrotado o CRB no meio de semana pela Copa do Brasil, o Trico-lor entrou em campo pres-sionado por não ter venci-do nos últimos três jogos do Estadual. A chance era boa, já que, apesar de ter um dos piores ataques da competi-ção, com apenas 7 gols mar-

cados, o adversário iniciou contra o time de pior defe-sa: 17 gols tomados.

Dorival Júnior colocou o time para frente e, mesmo atuando fora dos seus do-mínios, o São Paulo era do-no do jogo, em especial pe-los pés de Valdívia. Só que

quem fez o gol foi o Linen-se. Aos 37 minutos, Murilo passou pela zaga e guardou. A resposta veio em seguida, com Reinaldo aproveitando passe de Cueva para igualar.

Na etapa final, o panora-ma seguiu o mesmo, com o São Paulo indo para cima e deixando espaços para os contra-ataques do rival. Pa-recia que o Tricolor não con-seguiria acabar com o jejum. Só que, no final, Rodrigo Caio subiu após escanteio pa-ra garantir a virada. METRO

MARINGÁ, SEGUNDA-FEIRA, 5 DE MARÇO DE 2018www.metrojornal.com.br {ESPORTE} 15|

O Santos recebeu o Corin-thians no Pacaembu, em jo-go válido pela 10ª rodada do Campeonato Paulista, e, de-pois de muita insistência, conseguiu o empate por 1 a 1 nos minutos finais.

Apenas santistas foram ao estádio – 37 mil pes-soas – e o time começou o jogo ligado, indo para ci-ma, desafiando o forte sis-tema de marcação corintia-no. O Timão, também, tem a eficiência como arma. E foi assim que, apesar de o Santos pressionar, criava as melhores chances. Rome-ro e Rodriguinho tiveram as melhores chances, mas tinham um Vanderlei no meio do caminho. Do outro lado, era Cássio quem ga-rantia o outro zero do pla-car, quando Lucas Veríssi-mo e Copete tentaram.

A partida era disputa-da, até com algumas entra-das mais fortes, mas de mui-ta imposição física. Só que, aos 20 minutos, Vanderlei não conseguiu parar o chute de longe de Renê Júnior, que desviou em Cittadini. Atrás no placar, o Peixe tentava pressionar ainda mais, mas parava na sólida defesa do Corinthians, que passou a usar os contra-ataques como

principal fonte de perigo. Na etapa final, o San-

tos iniciou novamente ten-tando pressionar o Corin-thians, que se fechava. As tentativas do Peixe, que saíam especialmente com cruzamentos na área, não davam resultado. Na me-lhor delas, de cabeça, Ali-son desperdiçou.

O Timão praticamente não dava as caras no ata-

que. Aos 21, os refletores do Pacaembu apagaram – algo recorrente.

A luz voltou 50 minutos depois com o Peixe aceso, do jeito que estava antes da parada, com bastante velocidade e criando chan-ces. De tanto martelar, o Santos chegou lá aos 42, com Diogo Vitor aprovei-tando rebote de Cássio pa-ra igualar. METRO

É clássico! Corinthians larga na frente, mas Peixe arranca o empate por 1 a 1

Corintiano Balbuena e santista Jean Mota dividem lance no Pacaembu | MAURO HORITA/FOLHAPRESS

Forças divididas

SANTOS CORINTHIANS

1 1 3ESPORTE

Mas oi?

IbrahimovicRecentemente, Zlatan

Ibrahimovic tinha

levantado a possibilidade

de participar da Copa

da Rússia deste ano,

defendendo a Seleção da

Suécia. Ontem, publicou

uma imagem em suas

redes sociais e escreveu:

‘Estamos prontos para

Copa do Mundo’. Maior

artilheiro da seleção com

62 gols em 116 jogos, o

atacante se aposentou da

equipe após a eliminação

na Eurocopa de 2016.

LINENSE SÃO PAULO

1 2Um pouco de alívio

Classificado, Verdão joga com time mistoApesar de não ter entrado em campo no final de se-mana, o Palmeiras conse-guiu sua classificação para as quartas de final do Cam-peonato Paulista. Graças ao empate do São Bento por 0 a 0 com o Red Bull Brasil, a equipe está antecipada-mente garantida.

Por isso mesmo – e tam-bém para preservar alguns ti-tulares para o clássico contra o São Paulo, quinta-feira –, o técnico Róger Machado deve

dar oportunidade a outros jo-gadores para o duelo contra o São Caetano, hoje, às 20h30, no Allianz Parque, no com-plemento da 10ª rodada.

Os jogadores que estão pendurados com dois car-tões amarelos também de-vem ficar de fora: Antônio Carlos, Victor Luis, Felipe Melo, Lucas Lima e Borja. Marcos Rocha, Thiago Mar-tins, Dudu e Willian tam-bém devem descansar.

Um dos nomes certos é o de Fernando Prass, que ocupará a vaga de Jaílson, expulso no último jogo do Estadual, contra o Corin-thians. METRO

Reinaldo fez o primeiro gol tricolor | CELIO MESSIAS/FOLHAPRESS

Prass será titular do Palmeiras | DORIVAL ROSA/FOLHAPRESS

• Estádio. Allianz Parque, às 20h30

PALMEIRAS SÃO CAETANO

Grupo A

P V GP SG

1º CORINTHIANS 17 5 14 62º ITUANO 14 3 12 2

3º BRAGANTINO 12 3 7 0

4º LINENSE 6 1 11 -8

Grupo D

P V GP SG

1º SANTOS 18 5 15 72º BOTAFOGO 15 4 9 0

3º RED BULL BRASIL 12 2 9 1

4º MIRASSOL 11 2 6 -3

Classificados para a 2ª fase

Grupo C

P V GP SG

1º PALMEIRAS 20 6 14 72º NOVORIZONTINO 14 4 13 -1

3º SÃO BENTO 14 3 8 2

4º FERROVIÁRIA 11 2 11 -1

Grupo B

P V GP SG

1º SÃO PAULO 14 4 9 12º SÃO CAETANO 10 3 6 -7

3º PONTE PRETA 10 2 6 -1

4º SANTO ANDRÉ 8 1 9 -5

CLASSIFICAÇÃO

SÁBADO

0 X 0RED BULL SÃO BENTO

0 X 1SANTO ANDRÉ BOTAFOGO

3 X 2NOVORIZONTINO ITUANO

ONTEM

1 X 1SANTOS CORINTHIANS

1 X 2 LINENSE SÃO PAULO

Paulistão

10ª rodada

5 golsestão na conta de Bruno Moraes, do Botafogo, e Borja, do Palmeiras, artilheiros do Campeonato Paulista até aqui.

SEXTA-FEIRA

2 X 2FERROVIÁRIA MIRASSOL

HOJE

20h

XPONTE PRETA BRAGANTINO

20h30

XPALMEIRAS SÃO CAETANO

MARINGÁ, SEGUNDA-FEIRA, 5 DE MARÇO DE 2018www.metrojornal.com.br 16| {ESPORTE}

Taça Caio Junior1ª rodada

ONTEM

2 X 4RIO BRANCO TOLEDO

1 X 1LONDRINA PRUDENTÓPOLIS

2 X 2CIANORTE PARANÁ

2 X 0FOZ DO IGUAÇU CASCAVEL

0 X 3CORITIBA MARINGÁ

SÁBADO

1 X 0ATLÉTICO UNIÃO

Grupo A

P V GP SG

1º MARINGÁ 3 1 3 32º FOZ DO IGUAÇUFOZ DO IGUAÇU 3 1 2 23º CIANORTE 1 0 2 0

3º PARANÁ 1 0 2 0

5º CASCAVEL 0 0 0 -2

6º CORITIBA 0 0 0 -3

CLASSIFICAÇÃO

Grupo B

P V GP SG

1º TOLEDO 3 1 4 22º ATLÉTICO 3 1 1 13º LONDRINA 1 0 1 0

3º PRUDENTÓPOLIS 1 0 1 0

5º UNIÃO 0 0 0 -1

6º RIO BRANCO 0 0 2 -2

Vão às semifinais da 2ª taça

Com reservas, Coxa

leva surra no Couto

Com a bola área afiada, o Maringá atropelou o Coxa por 3 a 0 ontem no Couto Pereira. O time, que tinha vários atletas estreando co-mo titulares, deixou o cam-po sob vaias da torcida.

“Resultado horrível, sem desmerecer o adversário e sabendo como foi é difícil avaliar, tínhamos risco de lesionar os atletas que esta-vam jogando”, disse o técni-co Sandro Forner.

Apesar do mal começo na taça, o treinador adian-tou que o time titular deve voltar no clássico de quarta--feira. “Nosso objetivo é con-quistar o 2º turno, mas va-mos pensar primeiramente no jogo contra o Paraná”, declarou. O Paratiba está marcado para às 21h45, na Vila Capanema.

O jogoO Coxa teve um começo avassalador e pressionou o Maringá nos dez primeiros minutos. Foram pelo menos três chances claras de gol, com direito a bola na trave, mas o gol não saiu.

Passado o susto, aos poucos o time no Norte foi equilibrando a partida e pelo alto, principalmente na bola parada, deu as car-tas da partida.

Aos 24’, Alex Fraga subiu

mais que a zaga do Verdão em escanteio e abriu o pla-car com desvio no cantinho.

Catorze minutos depois, em cruzamento pela esquer-da, foi a vez de Washington aparecer no meio da zaga e cabecear no canto para am-pliar – a bola ainda tocou no pé da trave antes de entrar.

No 2º tempo, o Maringá

fez o terceiro logo aos 10’ e matou a partida. Alex Fraga, novamente em escanteio, desviou de cabeça no alto, Rafael Martins ainda tocou na bola, que triscou na tra-ve, mas a bola foi para o fun-do das redes. O gol abateu os jogadores do Alviverde, que não conseguiram reagir.

METRO CURITIBA

Taça Caio Junior. Com vários atletas poupados, Alviverde toma três gols de cabeça e perde por 3 a 0 para o Maringá em casa

Alex Fraga fez dois gols de cabeça em escanteios | GERALDO BUBNIAK/FOLHAPRESS

Na estreia do técnico Rogé-rio Micale, o Paraná ficou no empate por 2 a 2 con-tra o Cianorte, ontem, no Albino Turbay. Após abrir o placar, o Tricolor sofreu a virada perto do fim, mas conseguiu empatar de pê-nalti na sequência e iniciou a Taça Caio Junior conquis-tando um ponto.

“É lógico que queríamos a vitória, mas um empate aqui não é de todo ruim”, avaliou Micale. Na quarta--feira, o Tricolor faz o clássi-co contra o Coxa, às 21h45, na Vila Capanema.

O jogoCom várias modificações no time titular com a entra-da Richard, Jhonny Lucas, Marcelo Baez, Vitor Feijão e Thiago Santos, o Paraná não começou bem, mas lo-go em seu primeiro ataque, aos 17’, Mansur foi lançado e da linha de fundo cruzou para Báez, que vinha de trás e bateu colocado no al-to para abrir o placar.

O Cianorte empatou aos 35’ com chute de An-

dré Luís da entrada da área no cantinho.

Na 2ª etapa a partida se-guia em ritmo morno e com pouco tempo de bola rolando, até que aos 32’ Ne-to Costa se antecipou a za-ga em cruzamento baixo e cutucou no canto de Ri-chard para virar a partida.

Poucos minutos depois, Richarlyson cortou cruza-mento com o braço dentro da área e o juiz marcou pê-nalti. Diego Gonçalves, que havia acabado de entrar, ba-teu bem no canto e empa-tou o duelo. METRO CURITIBA

Jogo foi disputado sob forte calor noNoroeste | DIEGO MENEGON/CIANORTE FC

Paranaense. Na estreia de Micale, Paraná leva virada, mas empata em Cianorte

João Gabriel; Guilherme, Marcão, Feliphe Gabriel e

Arroyo; Everton Morelli, Carrilho (Richarlyson), Murilo e Deco; André Luís (Neto Costa) e Robert (Maikinho). Técnico: Marcelo Caranhato

Richard; Júnior, Neris, Rayan e Mansur ; Leandro

Vilela (Diego Gonçalves), Jhonny Lucas (Wesley Dias), Marcelo Báez e Carlos Eduardo (Zezinho); Vitor Feijão e Thiago Santos. Técnico: Rogério Micale

22

• Gols. Marcelo Báez aos 17’ do 1o, André Luís aos 35’ do 1o, Neto Costa aos 32’ do 2o e Diego Gonçalves aos 38’ do 2o

• Arbitragem. José Mendonça da Silva Jr

CIANORTE

PARANÁ

Rafael Martins; Marcos Moser, Alan Costa, Alex

Alves e César Benítez; Simião (Julio Rusch), Matheus Galdezani, Ruy (Fabricio Alvarenga) e Kady (Matheus Bueno); Pablo e Evandro. Técnico: Sandro Forner

Fábio; Rhuan (Danilo Mohamed), Alex Fraga,

Egon e Thiago Cristian; Carlão , Lucão (Edmar), Fabrício (Borges ) e Washington ; Bruno Batata e Paulinho Moccelin. Técnico: Fernando Marchiori

03

• Gols. Alex Fraga aos 24’ do 1o e 10’ do 2o e Washington aos 38’ do 1o

• Arbitragem. Robson Babinski

CORITIBA

MARINGÁ

Furacão no caminho certo

O Atlético abriu a Taça Caio Junior, no sábado, com vitória por 1 a 0 sobre o União, na Arena, com gol de João Pedro (foto). “Da forma que a gente vem jogando, merecemos algo maior. Estamos no caminho certo e vamos colher coisas boas ainda”, disse o meia. Na quarta o time visita o Prudentópolis, às 20h. | GABRIEL MACHADO/FOLHAPRESS

O Copel Telecom Maringá Vôlei voltou a mostrar em-penho dentro de quadra, teve um bom começo de jo-go, mas foi superado no úl-timo sábado pelo Minas Tê-nis Clube. A partida pela nona rodada do returno da Superliga Cimed Masculina de Vôlei 2017/18 foi fecha-da com parciais de 25/22, 19/25, 20/25 e 16/25.

A equipe maringaense conseguiu um bom desem-penho na recepção no set inicial, mesmo com os po-tentes saques do oposto F. Roque, do Minas, o que re-sultou em viradas de bo-la. O bloqueio funcionou bem em alguns momentos. O time maringaense ficou atrás do placar até a meta-de do set, recuperou-se e fechou a parcial que teve

duração de 27m16s.No segundo set, o Mi-

nas chegou a abrir 10 pon-tos de vantagem, que depois foi diminuída. O set termi-nou com tempo de 28m08s.

O Minas voltou a impor um ritmo de jogo mais intenso e venceu o terceiro set, com duração de 27m25s, e o últi-mo, com tempo de 25m10s

A torcida empurrou o ti-

me o tempo todo no Chico Neto. O maior pontuador do Copel Telecom Maringá Vô-lei foi o ponteiro Ialisson. O oposto Bisset foi eleito o me-lhor da partida. O cubano fi-cou com o troféu Viva Vôlei.

“Os nossos começos de segundo e terceiro sets não foram bons. Mas agora é tra-balhar forte de novo para o próximo jogo. Precisamos da vitória e ela virá”, disse o téc-nico Alessandro Fadul.

A próxima partida do Co-pel Telecom Maringá Vôlei na Superliga será no dia 10 de março, às 19h30, contra o Montes Claros Vôlei, em Contagem (MG); e na última rodada da fase classificató-ria da competição, o adver-sário será o Vôlei Renata, dia 17, às 21h30, no Chico Neto.

METRO MARINGÁ

Partida pela Superliga foi no Chico Neto | ANDRÉ RENATO/RESENHA COMUNICAÇÃO

Copel Telcom perde em casa