VESTIR80 · Num tom quase profético, Tolentino de Mendonça (Elogio da Sede) cita Saint-Exupéry...

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VESTIR · Nº 80 · MODATEX · Centro de Formação Profissional da Indústria Têxtil, Vestuário, Confecção e Lanifícios · Diretor: José Manuel Castro · 2018 · Distribuição Gratuita VESTIR80

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Num tom quase profético, Tolentino de Mendonça (Elogio da Sede) cita Saint-Exupéry para propor uma outra leitura acerca do que nos move para um projeto e da força que nos anima na busca de sentido(s) no impulso de viver “Se quiseres construir um navio, não comeces por dizer aos operários para juntar madeira ou preparar as ferramentas; não comeces por distribuir tarefas ou por organizar a atividade: Em vez disso, detém-te a acordar neles o desejo do mar distante e sem fim. Quando estiver viva esta sede meter-se-ão ao trabalho para construir o navio”.

Este porto de partida, este lugar de trabalho, (re)marca o desejo da revista VESTIR: aproximar saberes, evidenciar percursos, revelar projetos, enunciar perspetivas, parti-lhar informações, através dos contributos apurados na mescla dos variados contextos da ação do MODATEX.

Este número da VESTIR procura dar um enfoque particular ao valor do trabalho/em-prego no âmbito da indústria do vestuário e confeção, contributo essencial para o de-senvolvimento económico e progresso das empresas do sector, suportado nas capacida-des e competências dos seus recursos humanos e afirmação essencial de dignidade na construção de projetos de vida.

Este número da VESTIR anuncia também a partida da Sónia Pinto para outros projetos profissionais. Os sete anos de existência do (e no) MODATEX estão profundamente marcados pela forma como conseguiu manter viva esta “sede” de construção de um novo centro, assente na herança do(s) passado(s), mas voltado para os desafios incertos e exigentes do futuro. Nem sempre o tempo cronológico é juiz fiável na avaliação das mudanças, mas seguramente hoje, no MODATEX, todos abraçamos a missão, a visão de Liderar na Qualificação para o Sector do Têxtil e Vestuário!

Brilhante trabalho, pois, Sónia Pinto.

3 Formação, emprego e empregabilidade:

aprender a dançar com as músicas

deste tempo?

5 Rumo aos novos perfis profissionais

8 CENIT: Comércio externo português de

têxteis e vestuário Junho/2018

11 Feiras Internacionais Plano 2018

12 Inquérito a ex-formandos 2011-2016 ·

Empregabilidade e Qualidade distinguem

Modatex

14 Relatório de Execução Física e Financeira

IEFP 2017

15 “Sector Têxtil: Constrangimentos vs.

Potencialidades” · A importante batalha

das qualificações

16 Responsabilidade Social · Projeto Ciano

no Modatex Porto

18 Projetos transnacionais · Modatex aumenta

atividade no âmbito do Erasmus +

22 Open Day Modatex

23 Fórum da Indústria Têxtil · Respostas

rápidas para desafios constantes

24 EuroSkills · Modatex dominou

Campeonato Nacional

25 Breves

28 Visitas Institucionais

30 Plano de Formação · 2º Semestre 2018

34 Encontro Intercolor · maio 2018

38 42ª edição do Portugal Fashion

44 ModaLisboa · Prémios distinguem a

formação do Modatex

50 Trabalho de equipa cria coordenados para

desfile · I Mostra Internacional de Rendas

de Bilros Serra D’El Rei

EditorialJosé Manuel Castro

Presidente do Conselho de Administração do Modatex

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Certa é a certeza da incerta estabilidade dos cenários que vêm sendo construídos sobre o futuro do trabalho e as suas interações com os processos de formação/qualificação profissional. A estruturação do mercado de trabalho também parece não ter uma rela-ção direta e consistente com os sistemas de Educação e Formação Profissional, mesmo que influencie, indubitavelmente, a transi-ção dos jovens e adultos para um emprego.

Ao longo dos (seus) tempos a formação pro-fissional sempre nos pareceu uma bússola segura na compreensão dos mapas onde se entrecruzavam os percursos de aprendi-zagem/qualificação e o trabalho/emprego. Formação profissional que Luís Imaginário (2011) define como uma intervenção educa-tiva que visa intencionalmente gerar quali-ficações profissionais; enquanto modo de capacitação para o desempenho do papel de trabalhador, os percursos de formação sem-pre destacaram a relevância dos múltiplos papeis sociais que interligam a totalidade da nossa existência.

Esta visão confronta-se hoje com discur-sos contrastantes que afirmam o trabalho ora como direito ora como responsabilida-de, onde na sua aparente descentração face aos projetos de vida e ao primado do pleno emprego (ou emprego pleno?) se anuncia a promessa da plena empregabilidade. No esfarelar da confiança num emprego para a vida, garante-se agora a expectativa da em-pregabilidade ao longo da vida.

No horizonte do ano 2025 (daqui a 6 anos…), e na perspetiva do Centro Euro-peu para o Desenvolvimento da Formação Profissional (CEDEFOP) a proporção de

Formação, emprego e empregabilidade:aprender a dançar com as músicas deste tempo?

José Manuel CastroPresidente do Conselho de Administração do Modatex

Formação, emprego e empregabilidade: aprender a dançar com as músicas deste tempo?

trabalhadores que exercem profissões al-tamente qualificadas irá aumentar: 44,1% da população empregada exercerá um tra-balho altamente qualificado, face aos 41,9% em 2010 e 36,5% em 2000. Porém, também a percentagem de empregos não qualifica-dos registará um aumento, mesmo que inci-piente, situando-se nos 11,2% face aos 9,8% em 2000 e 10,2% em 2010. Este incremento ligeiro (e inesperado?) dos empregos “não qualificados” (tradicionalmente com um baixo nível de qualificação ou nenhuma for-mação), implicarão ainda assim um conjun-to de tarefas cada vez mais exigentes, onde mais do que o nível de qualificação exigido, terá de se ter em conta a evolução do grau de complexidade da rotina nas funções a desempenhar.

Todavia e de forma expressiva, até ao ano de 2025 (CEDEFOP), irão destacar-se os empregos que não possam ser facilmente substituídos por via da tecnologia, das mu-danças organizacionais ou da externaliza-ção de funções.

Então que “proveito tem o homem, de todo o seu trabalho, que faz debaixo do sol?” (Ec3:9)

No trilho de perplexidades deste futuro, a exigência do direito a um trabalho digno e com direitos, confrontar-se-á inevitavel-mente com a inadiável necessidade de sus-tentabilidade do nosso planeta, única forma de assegurar trabalho para as gerações fu-turas. Exigente desafio será a agenda do tra-balho sustentável, face às mudanças na na-tureza do trabalho, as alterações climáticas, acesso a recursos naturais, a longevidade e envelhecimento da população ativa.

A frágil e fragmentada representação so-

cial dos sistemas de educação/formação pro-fissional em Portugal tem caminhado a par da sua “invisível” relação com o desenvolvi-mento económico e coesão social. Ainda as-sim os modelos que parecem funcionar com melhores níveis de desempenho, eviden-ciam um elevado nível de desenvolvimen-to “ecológico” e coordenação/cooperação entre o estado, as entidades formadoras, os empregadores, outros parceiros sociais e a própria comunidade.

O investimento em competências deverá ser visto pelas empresas como sendo estra-tegicamente importante para a sua compe-titividade, produtividade e capacidade de atrair talento. Neste campo as pequenas e médias empresas precisarão de apoio e incentivos para investir nas competências dos seus trabalhadores e serão necessárias medidas específicas para garantir oportu-nidades de formação e de desenvolvimento abrangendo quer os jovens e adultos pouco qualificados quer os altamente qualificados.

No atual contexto demográfico português acentua a visibilidade acerca da situação dos jovens que não estudam, não trabalham nem estão em formação (NEETs) em contra-ponto com o progressivo envelhecimento da população ativa (onde cerca de 47% tem idades compreendidas entre os 45 e 65 anos)

Neste milénio este foi um dos focos das intervenções de educação de adultos e de aprendizagem ao longo da vida. Em Portu-gal, 62% das pessoas entre os 25 e os 64 anos de idade não concluíram o ensino secundá-rio e a maioria destes adultos fará parte da população ativa durante muitos anos, sendo por isso essencial dar-lhes oportunidades para participar em atividades de aprendi-

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Desde a criação do Modatex em 2011 e no passado, nas três instituições que o antece-deram, os perfis profissionais tiveram no mercado constante evolução, sempre enqua-drada com os sistemas conjunturais, bem como com os modelos de negócios das em-presas, quer ao nível do perfil dos candidatos disponíveis para formação, quer ao nível do referencial formativo e saída profissional.

Nos princípios pedagógicos do Modatex está incluído o desenvolvimento de ativida-des formativas como o modelo de incorpo-ração e desenvolvimento de competências, com atividades tão próximas quanto possí-vel às da realidade da indústria, na simula-ção efetiva dos cenários das várias áreas das empresas do setor têxtil e vestuário.

Os modelos formativos do Modatex, as-sentes em aprendizagem significativa dos formandos, tiveram, desde o passado mais longínquo até ao mais recente, procura pelo mercado nas áreas de caráter mais produ-tivo. Atualmente verifica-se maior procu-ra pela evolução na capacidade criativa e de desenvolvimento de produto, na força de vendas no contexto internacional, no marketing orientado para o marketing di-gital de moda, gestão eficaz dos processos, acabamentos têxteis, logística da distribui-ção, gestão global e gestão financeira. O setor têxtil e vestuário tem tido como fator de competitividade o “Time to Market”, a capacidade de resposta rápida entre a cria-ção e desenvolvimento de produto e a entre-ga das encomendas ao cliente, com suporte numa dinâmica “Just in Time” de elevados graus de desempenho em todos os segmen-tos de trabalho das empresas.

Os modelos formativos acompanham a evolução dos modelos de negócios das em-presas, assentes atualmente muito no mode-lo B2B por via do “Private label”, assim como dos negócios entre a rede de fornecimento do setor têxtil e vestuário, em toda a sua fi-leira, no modelo em fase de crescimento na gestão de marca e moda e distribuição em B2C, assim como no modelo dos têxteis de aplicação técnica.

Por força dos modelos de negócios das empresas pelo natural desenvolvimento do posicionamento do “made in Portugal” na

rota internacional dos têxteis e que tem in-crementado a forte imagem do setor têxtil e vestuário no mercado, junto das pessoas, das famílias e de quem trabalha no setor, há hoje uma forte notoriedade no setor têxtil e ves-tuário, com suporte na moda, mas também em todo o envolvimento das empresas do se-tor e de todos os que nelas trabalham.

Novas necessidades, novos perfisAs novas necessidades de especialização dos colaboradores das empresas, a que o Modatex não é alheio, pela parceria e pro-ximidade às empresas do setor e necessa-riamente pela intervenção formativa nas empresas que é hoje 40% da atividade do centro, induzem também os novos perfis para a qualificação profissional dos novos recursos para o setor.

Face à necessidade de especialização dos atuais colaboradores das empresas, acres-cida dos novos recursos qualificados pro-curados no território nacional, o Modatex desenvolveu, a partir da evolução dos já existentes, novos perfis profissionais, in-corporando as seguintes áreas formativas: · Modelação de vestuário com CAD

integrado · Marketing digital de Moda · Comércio internacional têxtil e vestuário · Logística e distribuição na ITV · Sistemas informáticos de suporte ao

desenvolvimento de produto nas áreas de estamparia, tecelagem e malhas, assim como aos produtos e processos produtivos

· Merchandising de Moda · Gestão eficaz dos processos · Métodos e tempos de trabalho aplicado

à ITV · Informática Aplicada ao Design · Processos operativos na fileira têxtil e

vestuário · Técnicas de costura · Design Moda · Coaching & PNL

A Modelação de vestuário com CAD inte-grado responde à necessidade crescente de desenvolvimento de produto, que por via de empresas com marca própria e desenvolvi-mento de coleções ou de empresas no siste-

ma “Private Label”, carece de recursos qua-lificados para o desenvolvimento de moldes de base, bem como em rápidas adaptações com recurso aos sistemas CAD.

O Marketing Digital de Moda surge como o contributo do Modatex para o crescimen-to da economia digital, na qualificação de recursos para a vertente comercial e marke-ting que privilegie a promoção, o relaciona-mento e a negociação por sistemas digitais assentes no marketing relacional.

O comércio internacional têxtil e vestuá-rio centra-se na pesquisa, prospeção e pe-netração em novos mercados, acrescidas do estabelecimento de novas relações comer-ciais, assim como nos sistemas de logística internacional de transportes, Incoterms e sistemas de seguros, crédito e pagamento.

A Logística e a distribuição na ITV foca--se não só na lógica interna de gestão de armazéns e materiais intermédios da produ-ção, mas também na distribuição ao ponto de venda e no sistema de transportes. No âmbito da indústria 4.0, o desenvolvimen-to criativo de produto têxtil, assim como a interação com o cliente até à aprovação da amostra, tem hoje enfoque em sistemas in-formáticos, com controlo online de situação de encomendas, no garante e resposta rápida ao cliente.

O merchandising de moda abrange a ges-tão da apresentação de produto, a organiza-ção de eventos e participação em feiras in-ternacionais, assim como a gestão do ponto de venda.

A gestão eficaz dos processos, com base no planeamento e gestão de produto ade-quado, tem como objetivo a minimização de custos de produção.

Os métodos e tempos de trabalho são uma ferramenta da gestão eficaz dos flu-xos produtivos no garante da eficiência dos sistemas.

A informática aplicada ao design usa fer-ramentas para o desenvolvimento criativo de produto têxtil e moda, assim como a sua apresentação e comunicação.

Os processos operativos em toda a filei-ra têxtil e vestuário são desenvolvidos com base no conhecimento tecnológico, na ex-periência e aptidão, mas também no tra-balho em equipa. A área profissional mais

Rumo aos novos perfis profissionais

Pedro GuimarãesChefe de Unidade da Qualificação e Planeamento Estratégico do Modatex

Rumo aos novos perfis profissionais

zagem permanente e para melhorar as suas competências de base. Daí a importância na utilização da experiência acumulada pe-los trabalhadores seniores e preservação de uma força de trabalho idosa (mas não en-velhecida…) que raramente está nas priori-dades estratégicas dos responsáveis dos re-cursos humanos das empresas; os desafios do “reskilling” (atualização de competên-cias) dos atuais empregados serão obriga-toriamente parte do processo de mudança da mão-de-obra e esforços de planeamento futuro (o mais difícil desafio estratégico!).

Ao mesmo tempo nos jovens NEETs, im-porta assegurar que os programas de apoio sejam atrativos e coerentes, a par de um sistema de informação e de orientação pro-fissional bem estruturado, visando essen-cialmente promover o incremento da quali-ficação e competências da população jovem de Portugal.

Os jovens NEET, filhos da incerteza líqui-da dos nossos tempos, são quem mais nos angustiam face à aparente imprevisibilida-de do seu “encaixe” profissional (histórico lugar da certeza da orientação…) nas (atuais) oportunidades de trabalho/emprego.

Saberão eles dançar as (novas) músicas deste tempo? Face à incerteza do “emprego certo” vale a pena então voar arriscadamente nas asas da esperança na empregabilidade?

Tradicionalmente a empregabilidade costuma ser percebida com um conceito unidimensional, com base na capacidade para obter e manter empregos (tanto dentro como entre organizações). Como processo individual, pressupõe (por parte da pessoa) uma ação amplamente flexível, num merca-do de emprego desregulado.

Hoje importa destacar a importância de três dimensões associadas a este constructo: a identidade vocacional (conjunto de repre-sentações acerca das experiências e aspira-ções vocacionais - formação e trabalho -), a adaptabilidade pessoal (otimismo, Locus de controlo interno, autoeficácia generalizada, abertura/flexibilidade, propensão/predis-posição para aprender) e o capital humano e social (nível educacional, a experiência profissional de um indivíduo e a rede de co-nhecimentos e o poder de influência). Será o somatório pessoal da construção experien-

cial e investimento nessas dimensões que assegurará aos indivíduos uma maior con-fiança no confronto com duas perspetivas de empregabilidade: a empregabilidade de iniciativa e a empregabilidade interativa.

A empregabilidade de iniciativa considera que as carreiras individuais são um produ-to da capacidade dos indivíduos em mudar de papel no interior das organizações, seja porque surgiu uma oportunidade seja por-que a isso é obrigado por via das reestrutu-rações internas; considera que uma carreira bem-sucedida requer o desenvolvimento de competências transferíveis e que permitam a mobilidade entre papéis profissionais.

A empregabilidade interativa acrescenta a esta lógica individualista uma dimensão interdependente e coletiva na determinação da empregabilidade, considerando que a empregabilidade individual é condicionada pelas regras de funcionamento do mercado de trabalho, pelas dinâmicas dos ciclos eco-nómicos; neste caso, chama a atenção para a sua relação/articulação com a emprega-bilidade dos restantes membros do grupo profissional de pertença e com as oportu-nidades, instituições e regras que regulam o mercado de emprego.

Músicas difíceis as destes tempos: com que competências competiremos, como distinguir o imediato do emergente, a ne-cessidade da perenidade, a urgência da ten-dência, o essencial do acessório, a premên-cia da permanência, o fim da finalidade?

Exigem-se formas de visibilidade e inte-ligibilidade da confluência entre sistemas de formação profissional de qualidade, cujo reconhecimento social e profissional permita o desenvolvimento de percursos, processos e modalidades de qualificação que assegurem o desenvolvimento humano holístico e inclusivo.

A Educação/Formação não deverá servir apenas para fornecer pessoas qualificadas para o mundo da economia, nem se destina unicamente ao ser humano enquanto agen-te económico: na sua essência visa a reali-zação completa do homem, na sua riqueza e complexidade de expressões: “individuo, membro de uma família e de uma coletividade, cidadão, produtor, inventor de técnicas, criador de sonhos.” (F.Mayor Zaragoza)

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A parceria entre a empresa Micaela Larisch e o Modatex é um caso de sucesso envolvendo a formação de jovens e a sua preparação para o mercado de trabalho. O Modatex, no âmbito da formação de jovens, desenvolve formação na modali-dade da Aprendizagem, enquadrada com o Catálogo Nacional de Qualificações em cursos de dupla Certificação (Certifi-cação Escolar do 12º ano e Certificação Profissional na respetiva saída profissio-nal do curso). Estes cursos contemplam formação em alternância, entre o centro e as empresas de realização de estágios (formação em contexto de trabalho), durante os 3 períodos do curso. A carga de estágio - consubstanciado na formação escolar e tecnológica com prática simula-da realizada no Modatex - é crescente ao longo do curso, por forma a garantir uma maior permanência dos formandos nas empresas.

Esta modalidade, por estar orientada para jovens (até aos 24 anos) e por ter uma componente de formação nas empresas com tutoria, contribui para o rejuvenesci-mento dos quadros técnicos do setor têxtil e vestuário. Neste sentido, o Modatex, entre as inúmeras empresas disponíveis para o acolhimento de formandos em estágio, procura as que têm boa preparação pedagógica de enquadramento de jovens em estágio, no sentido de encontrar uma tutoria mobilizadora de motivações e capaz de gerar novas aprendizagens no contexto do trabalho.

Fazer passar os formandos pelas diversas áreas da empresa, enquadrá-los no traba-lho em equipa e identificar os seus pontos fortes e fracos como oportunidades para o desenvolvimento estruturado de competên-cias, são conceitos pedagógicos desenvol-vidos pelo Modatex em articulação com as empresas e adequados a cada caso.

Entrevista com Micaela Larisch, adminis-tradora da empresa Micaela Larisch

Há quanto tempo recebem formandos do Modatex?Somos parceiros do Modatex, com uma cadência regular, desde 2012.

Quais são as principais qualidades destes formandos?Terem formação específica de áreas em que a nossa empresa consegue comple-mentar a sua formação.

A formação do Modatex prepara os alunos para ingressarem no mercado de trabalho? O Modatex prepara os formandos em termos técnicos, para a sua inserção no mercado de trabalho, mas muitas vezes se evidencia que as bases que os formandos têm em termos sociais são uma barreira à inserção; é um campo de atuação difícil para quem intervém no processo forma-tivo, mas o Modatex demonstra empenho para ajudar a ultrapassar essa questão.

O facto de esta empresa trabalhar um tipo de vestuário muito específico é desafian-te para os formandos ou, por outro lado, causa maior dificuldade?A meu ver, é especialmente enriquecedor, porque o nosso trabalho envolve imensos materiais de diferentes características, com um tratamento de moldes e técnicas que raramente se conseguem encontrar todas numa só empresa. Temos uma grande preocupação na formação que damos, no sentido de fornecer instrumentos que possam servir no futuro desempenho de funções, ainda que venham a ser totalmen-te diferentes dos praticados connosco.

Qual a principal vantagem no acolhimen-to destes estagiários?Para os formandos, é o complemento da formação que não é possível terem em aula e a possibilidade de passarem por diversas secções, dado que a nossa empresa é uma marca e tem o circuito completo, desde a criação até ao produto acabado. Para nós, tem vários sentidos: em primeiro lugar, ve-mos como uma missão, como complemento à necessidade do mercado formativo, sendo uma espécie de laboratório, em que vamos evoluindo e aperfeiçoando a passagem de testemunho ao longo dos anos. Em últi-ma instância, é uma forma de captação de talentos que poderão vir a engrossar a nossa equipa técnica, na medida da necessida-de. Por outro lado, é enriquecedor termos elementos novos na nossa equipa (ainda que por pouco tempo), que nos obrigam a repen-sar alguns métodos já implementados.

Micaela Larisch

Um exemplo da empregabilidade de jovens através da Formação Prática em Contexto de Trabalho (FPCT)

A empresa Micaela Larisch, tendo o Modatex como parceiro, continua a apostar numa formação diferenciadora e que prepara os jovens para o mercado de trabalho.

procurada, dependente muito da expansão das empresas pelo crescimento das expor-tações no setor do vestuário, é a área da cos-tura industrial. Nesta área o Modatex tem desenvolvido o novo perfil de técnicas de costura, assentes em competências de ma-teriais têxteis, de modelação, de métodos de trabalho, croqui técnico e fichas técnicas, língua inglesa e trabalho em equipa, acres-cido das competências técnicas de costura na composição dos mais diversos artigos de tecido e malha, refletindo assim a nova abordagem à costura industrial.

Por fim, o Design de Moda como o perfil criativo do produto vestuário, propicia no-táveis níveis de comunicação pelo impacto público da moda por todo o mundo, dando destaque à moda portuguesa por excelência, pela inovação e competência técnica de cria-ção conceptual de coleções, nos conceitos modernos do marketing de moda. O Design de Moda do Modatex possui, assim, um per-fil distintivo, tendo por base o modelo técni-co e pedagógico desta formação, assente em projeto e no desenvolvimento de produto.

O Coaching & PNL não sendo uma área de perfil profissional, é uma competência transversal a todos os perfis profissionais. Para além do domínio de competências tecnológicas de um formando, são efetiva-mente as competências comportamentais, assentes na gestão emocional, na comuni-cação horizontal e vertical e no trabalho em equipa, que diferenciam o maior valor dos perfis profissionais. O Modatex dá relevân-cia a estas competências no desenvolvimen-to de todos os perfis profissionais.

O Modatex apresenta assim as suas inova-ções incrementais, desenvolvidas ao longo dos anos, e que constituem hoje o desafio e a resposta do centro a toda a fileira têxtil e vestuário nos novos perfis, adequados às necessidades expressas pelas empresas.

O Modatex e o Grupo Valérius têm já uma longa parceria em termos de formação. O seu mais recente projeto conjunto teve como destinatários os ex-colaboradores da Empresa Ricon, que foram entretanto contratados pela unidade de Ribeirão do Grupo Valérius.

Em Abril, a Valérius fez uma parceria com o Modatex no sentido de desenvolver um projeto de Formar para Empregar. Foram desenvolvidas quatro ações de formação, que envolveram um total de 102 formandos. Cada ação de formação teve um total de 420 horas, tendo sido distribuídas da seguinte forma: 25 horas de formação em trabalho de equipa, 25 horas de materiais têxteis, 50 horas de confeção e 320 horas de Formação Prática em Contexto de Traba-lho. No final, todos os formandos ficaram empregados. Foi também desenvolvido, em paralelo, o processo de RVCC PRO que permitirá a cer-tificação de todos os formandos envolvidos.  

Em entrevista à VESTIR, José Manuel Vilas Boas Ferreira, Presidente de Valérius Têxteis, falou sobre esta parceria. Como surgiu a ideia desta formação para as ex-colaboradoras da Ricon?No âmbito da aquisição dos ativos de algumas das empresas do Universo Ricon e no desenrolar do projeto de contrata-ção de cerca de 150 trabalhadores, na sua maioria provenientes do ex-Grupo Ricon, detetou-se a necessidade de romper com o passado, de valorizar a vertente humana e os relacionamentos interpessoais,  assim como sensibilizar para a importância e incentivar a qualificação profissional dos trabalhadores. Todo o período conturbado e de extrema exposição social em que se viram envolvidos trouxe desconfianças e agudizou alguns conflitos entre os ex--trabalhadores da Ricon. Por tudo isso, entendeu-se que um período de formação, com uma forte componente relacional, permitiria alicerçar e facilitar a reentrada desses trabalhadores no mercado de traba-lho, bem como desenvolver e potenciar as suas capacidades profissionais.

Em que medida o Modatex foi importante para este projeto?O Modatex foi e continua a ser um parcei-ro de extrema importância em todo este projeto. O Modatex acompanhou-nos desde o primeiro momento, vivendo as nossas dificuldades e partilhando connosco solu-ções eficazes. Atendendo a que os ex-tra-balhadores do Grupo Ricon provinham de diferentes unidades, o Modatex fez a devida articulação e foi a maior fonte de motivação entre todos. Adaptou os conteúdos formati-vos às necessidades concretas e ajustou-se à visão pretendida para este projeto.

Das parcerias que têm desenvolvido com o Modatex – não só nesta ação – mas também em ações anteriores, qual a vossa opinião sobre a formação do centro?O Modatex é um parceiro de extrema importância. É admirável a forma como o Modatex procura corresponder às necessi-dades concretas das empresas e ajustar-se à cultura de cada uma. Com muito rigor e empenho, o Modatex tem partilhado con-nosco soluções eficientes e com elevado grau de sucesso. Avaliando o Modatex, numa escala de 01 a 10, onde 01 é muito mau e 10 é excelente, atribuiria ao Modatex  a pontuação de 8,5.

Formar para Empregar na Valérius Têxteis

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Os produtos têxteis e de vestuário repre-sentaram, no primeiro trimestre de 2018, uma proporção de 9,5% do total das expor-tações portuguesas de bens, apresentando um valor na ordem dos 1.363,85 milhões de euros. A quota anual dos produtos têxteis e vestuário no total das exportações de bens registou uma evolução negativa em 2017, sendo verificada uma proporção de 9,5%, abaixo dos 10,1% observados no ano ante-rior, bem como dos 10,3% verificados em 2010 e dos 13,2% em 2005. De referir que as exportações totais de bens cresceram 47,8% entre 2010 e 2017, enquanto as ex-portações de têxteis e vestuário registaram uma subida de 36,1% em igual período.

Exportações de têxteis e vestuárioDe acordo com os dados do INE, o valor das exportações portuguesas de têxteis e ves-tuário evidenciou uma descida de 0,2% en-tre janeiro e março de 2018, relativamente ao período homólogo do ano passado. Este resultado surge da descida de 0,7% nas ex-portações destinadas ao mercado Intra-UE e da subida de 2,4% nas exportações Extra--UE. As exportações destinadas ao merca-do Intra-UE representaram 84% do valor exportado, ficando cifradas nos 1.138,95 milhões de euros, enquanto as exportações Extra-UE representaram 16% do valor ex-

portado e ficaram cifradas nos 224,90 mi-lhões de euros.

De referir que o valor das exportações portuguesas de têxteis e vestuário regis-tou uma evolução positiva ao longo de 2017 (para 5.231,24 milhões de euros), eviden-ciando uma subida de 3,9% relativamente ao ano anterior. Este resultado vem na se-quência de uma subida de 2,2% nas expor-tações para o mercado Intra-UE, enquanto as exportações para o mercado Extra-UE conheceram um aumento de 13,1%.

Analisando a evolução ao longo dos pri-meiros três meses do corrente ano das duas principais categorias de produtos (com uma quota conjunta acima dos 60% das exporta-ções), verifica-se que as exportações de ves-tuário de malha (categoria 61) decresceram 0,6%, enquanto as exportações de vestuá-rio exceto malha (categoria 62) registaram uma quebra de 4,0%. No caso do vestuário de malha, o mercado Intra-UE caiu 0,4% (representou 93% do total exportado, para 520,24 milhões de euros) e o mercado Extra--UE registou uma descida na ordem dos 3,3% (representou 7% do total, para 40,40 milhões de euros) no primeiro trimestre de 2018, relativamente a igual período do ano transato. As exportações de vestuário exce-to malha (vestuário em tecido) destinadas ao mercado Intra-UE diminuíram 5,4% (repre-

sentou 87% do total, para 230,70 milhões de euros), enquanto as exportações Extra-UE cresceram 6,7% (representou 13% do total, para 33,68 milhões de euros).

Relativamente ao desempenho das duas principais categorias no ano 2017, verifi-cou-se uma subida de 2,7% nas exportações de vestuário de malha (categoria 61), para 2.157,84 milhões de euros, enquanto as ex-portações de vestuário exceto malha (cate-goria 62) registaram uma subida de 1,5%, para 1.001,96 milhões de euros. No caso do vestuário de malha, o mercado Intra-UE evidenciou uma subida na ordem de 2,0%, enquanto o mercado Extra-UE cresceu 12,5%. As exportações de vestuário exceto malha para o mercado Intra-UE aumenta-ram 1,0% em 2017, enquanto as exportações Extra-UE subiram 5,3%.

No que se refere às exportações de outros têxteis confecionados (categoria 63, terceira principal com uma quota acima de 10% das exportações), que incluem a grande propor-ção dos têxteis-lar, foi registada uma subida de 0,2% nos primeiros três meses de 2018, resultante de um aumento de 1,1% no mer-cado Intra-UE (representou 74% do total, para 112,22 milhões de euros) e uma dimi-nuição de 2,4% no mercado Extra-UE (re-presentou 26% do total, para 39,63 milhões de euros).

Durante 2017, as exportações de outros têxteis confecionados (categoria 63) evi-denciaram um crescimento de 0,4%, para 631,72 milhões de euros, resultante de uma descida de 3,7% no mercado intracomuni-tário e uma subida de 10,4% no mercado extracomunitário.

Para além das três principais catego-rias de produtos, salienta-se no primeiro trimestre do ano, entre as categorias com maior representatividade (quota na ordem de 3% do valor total das exportações de têx-teis e vestuário), o desempenho dos tecidos impregnados e revestidos (categoria 59) com uma subida de 14,9%, das fibras sinté-ticas ou artificiais descontínuas (categoria 55) com uma subida de 9,6% e dos artigos de algodão (categoria 52) com uma subida de 1,8%. Pela negativa, o destaque vai para os tecidos de malha (categoria 60) com uma descida de 14,8% e as pastas, feltros, falsos tecidos e cordoaria (categoria 56) com uma descida de 6,3%.

Principais mercados de destinoConsiderando o conjunto das exportações portuguesas de têxteis e vestuário de janei-ro a março de 2018, verifica-se que o prin-cipal mercado de destino é a Espanha, com uma proporção de 30,2% e um valor na or-dem dos 412,10 milhões de euros. Na segun-

da posição encontra-se a França, com uma proporção de 14,2% e um valor na ordem dos 193,86 milhões de euros. Nas posições seguintes surgem a Alemanha com uma proporção de 9,3% e valor de 127,32 milhões de euros, o Reino Unido com 7,6% e valor de 103,42 milhões de euros e a Itália com uma proporção de 5,8% e valor de 79,56 milhões de euros.

A listagem dos principais destinos das exportações de têxteis durante os primeiros três meses de 2018 é encabeçada pela Espa-nha, com uma quota de 18,1% e um valor de 97,34 milhões de euros (registou uma des-cida de 2,3% em relação a igual período de 2017). Nas posições seguintes encontram--se França com uma quota de 13,9% e um valor de 74,85 milhões de euros (subida de 4,6% em relação ao período homólogo), Ale-manha com uma quota de 9,1% e um valor de 49,22 milhões de euros (subida de 4,3% em relação ao período homólogo), Estados Unidos com uma quota de 8,6% e um valor de 46,56 milhões de euros (descida de 1,2% em relação ao período homólogo) e Reino Unido com uma quota de 6,3% e um valor de 34,07 milhões de euros (subida de 1,7% em relação ao período homólogo).

Relativamente à listagem dos principais destinos das exportações de vestuário du-rante os primeiros três meses de 2018, esta

CENIT

Comércio externo português de têxteis e vestuário

Junho/2018

CENIT: Comércio externo português de têxteis e vestuário Junho/2018

é também encabeçada pela Espanha, com uma quota de 38,2% e um valor de 314,76 milhões de euros (registou uma descida de 9,5% em relação a igual período de 2017). Nas posições seguintes aparecem Fran-ça com uma quota de 14,4% e um valor de 119,01 milhões de euros (subida de 6,4% em relação ao período homólogo), Alema-nha com uma quota de 9,5% e um valor de 78,11 milhões de euros (descida de 1,9% em relação ao período homólogo), Reino Unido com uma quota de 8,4% e um valor de 69,36 milhões de euros (descida de 11,3% em rela-ção ao período homólogo) e Itália com uma quota de 5,8% e um valor de 47,46 milhões de euros (subida de 47,7% em relação ao pe-ríodo homólogo).

Importações de têxteis e vestuárioA balança comercial portuguesa é tradicio-nalmente excedentária no conjunto das ma-térias têxteis e suas obras, tendo apresenta-do nos primeiros três meses do corrente ano uma taxa de cobertura de 138%. De referir que, ao longo do período de 2005 a 2017, a taxa anual de cobertura nas matérias têxteis e suas obras registou a proporção mínima em 2010 (112%) e a máxima em 2005 (136%).

De acordo com os dados do INE, obser-vou-se de janeiro a março uma descida de 0,5% no valor das importações portuguesas

Exportações (€) de bens por Local de destino e Tipo de bens (Nomenclatura combinada - NC8); Anual (1)

Local de destino: Mundo

Tipo de bens (Nomenclatura combinada - NC8)

€ 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Matérias têxteis e suas obras 4 097 353 759 4 229 078 550 4 352 314 964 4 087 790 958 3 501 234 149 3 843 827 669 4 166 848 470 4 126 658 190 4 288 147 151 4 617 235 287 4 810 727 436 5 035 792 328 5 231 241 161

Vestuário e seus acessórios, de malha 1 690 392 263 1 753 637 878 1 763 951 959 1 666 681 468 1 468 228 783 1 537 816 786 1 627 024 854 1 589 679 614 1 699 457 568 1 841 347 879 1 881 151 491 2 100 277 196 2 157 841 869

Vestuário e seus acessórios, exceto de malha 851 973 947 843 793 660 871 944 968 817 417 314 687 858 334 763 694 317 831 454 596 883 136 744 849 768 200 939 135 652 990 110 274 987 178 604 1 001 958 356

M€ 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Vestuário (M€) 2 542 2 597 2 636 2 484 2 156 2 302 2 458 2 473 2 549 2 780 2 871 3 087 3 160

Têxtil (M€) 1 555 1 632 1 716 1 604 1 345 1 542 1 708 1 654 1 739 1 837 1 939 1 948 2 071

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4,000

5,000

6,000

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Portugal: exportações de têxteis e vestuário (valor, 1.000.000 EUR)

Vestuário (M€) Têxtil (M€)

Exportações (€) de bens por Local de destino e Tipo de bens (Nomenclatura combinada - NC8); Anual (1)

Local de destino: Mundo

Tipo de bens (Nomenclatura combinada - NC8)

€ 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Matérias têxteis e suas obras 4 097 353 759 4 229 078 550 4 352 314 964 4 087 790 958 3 501 234 149 3 843 827 669 4 166 848 470 4 126 658 190 4 288 147 151 4 617 235 287 4 810 727 436 5 035 792 328 5 231 241 161

Vestuário e seus acessórios, de malha 1 690 392 263 1 753 637 878 1 763 951 959 1 666 681 468 1 468 228 783 1 537 816 786 1 627 024 854 1 589 679 614 1 699 457 568 1 841 347 879 1 881 151 491 2 100 277 196 2 157 841 869

Vestuário e seus acessórios, exceto de malha 851 973 947 843 793 660 871 944 968 817 417 314 687 858 334 763 694 317 831 454 596 883 136 744 849 768 200 939 135 652 990 110 274 987 178 604 1 001 958 356

M€ 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Vestuário (M€) 2 542 2 597 2 636 2 484 2 156 2 302 2 458 2 473 2 549 2 780 2 871 3 087 3 160

Têxtil (M€) 1 555 1 632 1 716 1 604 1 345 1 542 1 708 1 654 1 739 1 837 1 939 1 948 2 071

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2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Portugal: exportações de têxteis e vestuário (valor, 1.000.000 EUR)

Vestuário (M€) Têxtil (M€)

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de produtos têxteis e vestuário, ficando es-tas cifradas nos 990,05 milhões de euros. Esta descida foi o resultado da quebra de 0,9% observada nas importações provenien-tes de origens Intra-UE (representaram 76% do total, para 754,09 milhões de euros) e do aumento de 0,7% nas importações de ori-gens Extra-UE (representaram 24% do total, para 235,97 milhões de euros).

De referir que o valor das importações portuguesas de têxteis e vestuário registou uma evolução positiva em 2017 (ficou cifrado nos 4.138,07 milhões de euros), evidenciando uma subida de 5,0% relativamente ao ano an-terior. Este resultado surgiu na sequência de uma subida de 3,0% nas importações prove-nientes do mercado Intra-UE, para 3.178,27 milhões de euros, enquanto as importações Extra-UE evidenciaram um aumento de 12,2%, para 959,80 milhões de euros.

A representatividade das importações nos primeiros três meses do ano foi composta, por ordem decrescente, pelas seguintes ca-tegorias de produtos: vestuário exceto ma-lha, que representou 26,5% do valor total das importações; vestuário de malha, que representou 23,3%; artigos de algodão, que representou 13,4%; filamentos sintéticos ou artificiais, que representou 8,9%; e fibras sintéticas ou artificiais descontínuas, que representou 7,1%.

Principais mercados de origemConsiderando o conjunto das importações portuguesas de têxteis e vestuário nos pri-meiros três meses de 2018, verifica-se que o principal mercado de origem é a Espanha, com uma proporção de 36,3% e um valor na ordem dos 359,36 milhões de euros. Na se-gunda posição surge a Itália, com uma pro-porção de 11,3% e um valor na ordem dos 111,51 milhões de euros. Nas posições se-guintes encontram-se Alemanha com uma proporção de 7,7% e valor de 75,76 milhões de euros, França com 7,2% e valor de 71,08 milhões de euros e China com 5,6% e valor de 55,34 milhões de euros.

A listagem das principais origens das im-portações de têxteis durante o primeiro tri-mestre do ano é encabeçada pela Espanha, com uma quota de 19,9% e um valor de 99,00 milhões de euros (registou uma descida de 2,1% em relação a igual período de 2017). As posições seguintes são ocupadas por Itália com uma quota de 12,9% e um valor de 63,87 milhões de euros (descida de 2,5% em rela-ção ao período homólogo), Alemanha com uma quota de 10,2% e um valor de 50,64 milhões de euros (subida de 14,3% em rela-ção ao período homólogo), Índia com uma quota de 8,9% e um valor de 44,09 milhões de euros (descida de 12,9% em relação ao período homólogo) e China com uma quota

de 7,2% e um valor de 35,90 milhões de eu-ros (subida de 16,0% em relação ao período homólogo).

Relativamente à listagem das principais origens das importações de vestuário entre janeiro e maço, esta é também encabeçada pela Espanha com uma quota de 52,8% e um valor de 260,36 milhões de euros (registou uma descida de 0,9% em relação a igual pe-ríodo de 2017). Nas posições seguintes apa-recem França com uma quota de 10,3% e um valor de 50,64 milhões de euros (subida de 0,1% em relação ao período homólogo), Itália com uma quota de 9,7% e um valor de 47,64 milhões de euros (subida de 1,7% em relação ao período homólogo), Alemanha com uma quota de 5,1% e um valor de 25,12 milhões de euros (descida de 15,9% em rela-ção ao período homólogo) e China com uma quota de 3,9% e um valor de 19,44 milhões de euros (descida de 7,3% em relação ao pe-ríodo homólogo).

JAN-MAR 2017 JAN-MAR 2018 Δ% 2017/18 JAN-MAR 2017 JAN-MAR 2018 Δ% 2017/18

50 Seda (fios e tecidos) 51 215 13 261 -74,1% 2 602 650 2 478 317 -4,8%

51 Lã (fibras, fios e tecidos) 16 923 531 17 754 401 4,9% 24 127 961 26 651 922 10,5%

52 Algodão (fibras, fios e tecidos) 44 998 001 45 806 063 1,8% 147 053 321 132 844 547 -9,7%

53 Outras fibras vegetais (fibras, fios e tec.) 1 204 886 1 714 194 42,3% 12 978 974 16 640 184 28,2%

54 Filamentos sintéticos ou artificiais 22 614 781 23 696 340 4,8% 89 019 782 87 937 314 -1,2%

55 Fibras sintéticas ou artificiais, desc. 63 044 472 69 111 265 9,6% 68 858 791 69 908 956 1,5%

56 Pastas, feltros e cordoaria 72 072 896 67 549 258 -6,3% 24 473 983 26 406 268 7,9%

57 Tapetes e outros revestimentos 19 916 636 20 018 910 0,5% 17 182 605 18 294 536 6,5%

58 Tecidos especiais e tufados 26 301 917 28 838 870 9,6% 12 161 408 12 684 076 4,3%

59 Tecidos impregnados e revestidos 65 821 315 75 642 684 14,9% 33 763 410 33 743 901 -0,1%

60 Tecidos de malha 43 257 680 36 841 707 -14,8% 28 944 572 29 207 593 0,9%

61 Vestuário e seus acessórios, de malha 563 859 941 560 637 323 -0,6% 237 736 317 230 997 733 -2,8%

62 Vestuário e seus acessórios, exc. malha 275 342 408 264 373 572 -4,0% 257 076 107 262 237 878 2,0%

63 Outros têxteis confecionados 151 604 285 151 850 371 0,2% 39 351 220 40 021 771 1,7%

: Total 1 367 013 964 1 363 848 219 -0,2% 995 331 101 990 054 996 -0,5%

HS2 DescritivoExportações de matérias têxteis e suas obras Importações de matérias têxteis e suas obras

FEIRAS DE MODA · ADULTO · Pitti Uomo · Florença · 12 a 15 de Junho · Edition Showroom · Paris · 20 a 24 de Junho · Berlin Fashion Week · Berlim · 3 a 5 de Julho:

· Premium · Seek · Bright · Show&Order · Ethical Fashion Show · Panorama

· !!Mode City · 7 a 9 de Julho · Pure London · 22 a 24 de Julho · Gallery · Dusseldorf · 21 a 23 Julho · ColombiaModa · Medellin · 24 a 26 de Julho · MODA UK · Birmingham – 5 a 7 de Agosto · CIFF · Copenhaga · 8 a 10 de Agosto · Magic · Las Vegas · 12 a 15 de Agosto · CPM Moscow · 4 a 7 de Setembro · Who’s Next · Paris · 7 a 10 de Setembro · Momad · Madrid · 7 a 9 de Setembro · Modtissimo · 26 e 27 de Setembro

FEIRAS DE MODA · CRIANÇA · Pitti Bimbo · Florença · 21 a 23 de Junho · FIMI · Madrid · 22 a 24 de Junho · Playtime Paris · 30 de Junho a 2 de Julho · Indx · Birmingham · 1 e 2 de Julho · ColombiaModa · Medellin · 24 a 26 de Julho · Children’s Club · Nova Iorque · 5 a 7 de Agosto · CIFF · Copenhaga · 8 a 10 de Agosto · Magic · Las Vegas · 12 a 15 de Agosto · CPM Moscow · 4 a 7 de Setembro · Kind+Jugend · 20 a 23 de Setembro · Modtissimo · 26 e 27 de Setembro

PRIVATE LABEL / SOURCING · Fashion SVP · Londres · 26 e 27 de Junho · Pure Origin · Londres · 22 a 24 de Julho · Munich Apparel Source · 4 a 6 de Setembro · Première Vision Manufacturing · Paris · 19 a 21 de

Setembro · Modtissimo · 26 e 27 de Setembro · Mare di Moda · Cannes · 6 a 8 de Novembro

FEIRAS TÊXTEIS (FIOS, TECIDOS, ACABAMENTOS E ACESSÓRIOS) · Milano Unica · 10 a 12 de Julho · Première Vision New York · 17 e 18 de Julho · The London Textile Fair · 18 e 19 de Julho · ColombiaModa · Medellin · 24 a 26 de Julho · Munich Fabric Start · 4 a 6 de Setembro · Première Vision · Paris · 19 a 21 de Setembro

· PV Fabrics · PV Yarns · PV Accessories · Knitwear Solutions

· Modtissimo · 26 e 27 de Setembro · Intertextile Shanghai Apparel Fabrics · Xanghai 27 a

29 Setembro · Jitac · Toquio · 16 a 18 de Outubro · Mare di Moda · Cannes · 6 a 8 de Novembro

FEIRAS DE FILEIRA TÊXTIL · Baltic Textile & Leather · Vilnius · 18 a 20 de Outubro · Expotextil Peru · Lima · 8 a 11 de Novembro · IATF DUBAI · Novembro

Feiras Internacionais Plano 2018

Feiras Internacionais Plano 2018

FEIRAS TÊXTEIS-LAR E DECORAÇÃO · ColombiaModa · Medellin · 24 a 26 de Julho · NY Now · 12 a 15 de Agosto · Formex · Estocolmo · 21 a 24 de Agosto · Intertextile Shanghai Home Textiles · Xanghai · 27 a

30 Agosto · Maison & Objet · Paris · 7 a 11 de Setembro · Top Drawer · Londres · 9 a 11 de Setembro · Intergift · Madrid · 12 a 16 de Setembro · 100% Design London · 21 a 24 de Setembro · Interior Lifesyle Living Tokyo · 14 a 16 de Novembro

FEIRAS TÊXTEIS TÉCNICOS · Automotive Interiors Expo · Estugarda- 5 a 7 de

Junho · Performance Days · Nova Iorque · 23 e 24 de Julho · Febratex · Blumenau · 21 a 24 de Agosto · Performance Days · Munique · Novembro · Medica · Dusseldorf · 12 a 15 de Novembro

A participação das empresas portuguesas nestas feiras é uma iniciativa promovida pela Selectiva Moda e pela ATP – Associação Têxtil e Vestuário de Portugal, que visa promover a internacionalização das empresas portuguesas da área da Moda. O projeto From Portugal é co-financiado pelo Portugal 2020, no âmbito do Compete 2020 – Programa Operacional da Competitividade e Internacionalização, tendo um montante de apoio elegível de 12.118.285,17€, dos quais 6.695.352,55€ são provenientes da União Europeia, através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.

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Mais de 90% dos formandos que frequentaram o Modatex entre 2011 e 2016 recomendam o centro. Esta é uma das principais con-clusões de um trabalho de pesquisa que analisou também dados relacionados com a empregabilidade.

O trabalho de pesquisa e de análise estatística foi realizado por duas alunas da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto (FPCEUP), que estagiaram no Modatex. Foram efetuadas mais de 1500 chamadas telefónicas, abrangendo ex-formandos divididos pelos seguintes períodos: 2011-2014, 2015 e 2016. Uma das primeiras conclusões diz respeito à evolução posi-tiva ao nível de satisfação com os serviços prestados pelo Modatex, registando-se também um aumento da empregabilidade.

A primeira questão colocada dizia respeito à forma como tinham tido conhecimento da existência o Modatex. No primeiro bloco de anos (2011-2014) uma grande percentagem de formandos conheceu o centro através do IEFP; nos últimos anos, porém, a tendência é terem conhecimento através da empresa onde trabalham.

Os ex-formandos foram também questionados sobre o grau de satisfação, nomeadamente no que diz respeito ao atendimento e seleção, aplicabilidade dos conhecimentos adquiridos, qualidade da formação ou integração no mercado de trabalho. Segundo as autoras desta análise, a satisfação reportada pelos ex-formandos tem vindo a aumentar progressivamente. O item em que se observa uma evolução mais significativa é a satisfação com a (Re)Integra-ção no Mercado de Trabalho após formação, sendo que numa es-cala de cinco pontos a média aumenta de 3,15 (2011-2014) para 4,52 (2016). Neste último ano observado, 58% dos inquiridos pontuaram este item com o valor mais elevado (cinco pontos).

Empregabilidade a subirA terceira questão estava relacionada com a empregabilidade. Os ex-formandos eram questionados sobre se estavam a trabalhar e onde (empresa onde efetuou Formação Prática em Contexto de Trabalho, outra empresa do sector ITV ou empresa de outro sec-tor). Os valores relativos aos níveis de empregabilidade tendem a aumentar ao longo dos anos: 52,6% dos ex-formandos do período 2011-2014 estavam a trabalhar; nos ex-formandos de 2015 o valor subia para 66,7% e no último para 71,4%. No que respeita ao tipo de situação que se encontram empregados, o número ex-formandos que ficaram no local onde frequentaram a FPCT tem vindo a au-mentar ao longo dos anos, com a exceção de 2015, em que nenhum inquirido ficou no mesmo local. O número de formandos inquiri-dos que, à data do questionário, se encontravam a colaborar em empresas do setor têxtil e vestuário tem vindo também a aumentar ao longo dos anos. O crescimento mais significativo verifica-se en-tre o primeiro período em análise (2011-2014) e o segundo (2015); no terceiro período apenas se mantêm os valores. No que respeita ao número de ex-formandos que, após formação, se empregam em empresas de outro setor, os dados revelam que tem vindo a dimi-

nuir. Em 2011-2014 cerca de um terço encontrava-se nesta condi-ção, em 2015 cerca de 16,7% e no último ano (2016) apenas 15,9% dos inquiridos.

Outro indicador altamente positivo é o facto de, quando ques-tionados se recomendariam o Modatex, os ex-formandos terem respondido maioritariamente que sim, sendo que no caso dos ex-formandos do ano de 2015 todos os inquiridos responderam afirmativamente.

As últimas questões estavam relacionadas com o acompanha-mento que fazem da atividade do Modatex. A percentagem de ex--formandos inquiridos que seguem o Modatex nas redes sociais é de 22,3% no primeiro período, 11,1% no segundo período e de 19% no terceiro. O número de inquiridos que pretende receber a news-letter sofreu uma diminuição em 2015 e um aumento no último ano (2016) comparativamente ao primeiro bloco analisado (2011-2014).

Nota: Trabalho desenvolvido por Cristina Maria Alves Marçal - Mestrado Integrado em Psicologia - Área de Intervenção Psicológica, Educação e Desenvolvimento Humano na Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto (FPCEUP) e Ana Isabel Sousa Fidalgo - Licenciatura na Universidade Católica Portuguesa (UCP) e Mestrado em  Intervenção Psicológica, Educação e Desenvolvimento Humano na FPCEUP. 

Inquérito a ex-formandos 2011-2016

Empregabilidade e Qualidade distinguem Modatex

Inquérito a ex-formandos 2011-2016 · Empregabilidade e Qualidade distinguem Modatex

De 2009 até à data, abre-se um novo ciclo de recuperação e de sólido e sustentado crescimento, em que o volume de negócios e as expor-tações se aproximam dos recordes absolutos, alcançados em 2001, e em que, a partir de 2014, se começa a gerar novamente emprego.

Assim, face às prioridades estratégicas que foram destacadas no anterior Plano Estratégico, que não deixam de ter a sua pertinên-cia, haverá que definir que o grande objetivo da Indústria Têxtil e Vestuário portuguesa para 2025 é tornar-se a líder mundial na conceção, desenvolvimento e produção de artigos de valor acres-centado e de nicho, no domínio da moda e da inovação tecnológica aplicada ao setor.

Para tanto, há que realizar apostas em 5 grandes eixos, a saber:

1. Pessoas: Na educação e na formação, incluindo o empreendedo-rismo (jovem, sénior ou corporativo), de modo a obter profissionais mais qualificados e mais produtivos, assim como novos empreen-dedores no negócio da moda (na indústria transformadora, nas marcas e nos serviços que compõem o sistema moda), capazes de garantir uma regeneração permanente e mais valorizada da fileira têxtil nacional; 2. Tecnologia: Desenvolver a I&D (investigação e desenvolvimen-to) nas empresas e na relação entre estas e o sistema científico e tecnológico (universidades e centros tecnológicos), de modo a continuar a transportar valor acrescentado para o negócio do têx-til, vestuário e moda, através da transferência de conhecimento e tecnologia, orientada às necessidades das empresas e do mercado. Inscreve-se aqui o fomento ao subsetor dos têxteis de alta tecni-cidade, diversificando o tecido empresarial, o desenvolvimento (engenharia) de novos materiais, produtos, processos e funciona-lidades, assim como a Indústria 4.0 e todas as suas manifestações.3. Design: Competências completas no domínio do design, seja para a marca própria seja no “private label”, de modo a capturar em pleno estas competências que as grandes marcas estão a transferir para os fornecedores mais sofisticados e qualificados, fidelizando clientes de valor e capturando novos, em mercados e nichos cada vez mais sofisticados e com maior margem, afastando-nos de vez da competição pelo preço e dominando a concorrência pelos fato-res distintivos ou diferenciadores.4. Internacionalização: A matriz exportadora deverá ser reforça-da, apesar de o setor já vender ao exterior praticamente 80% de tudo o que fabrica, seja aumentando as quotas das empresas que já o realizam, seja por acréscimo no valor acrescentado nos produtos e serviços transacionados, seja, finalmente, alargando a base ex-portadora, trazendo ao comércio internacional empresas que ainda não estão aí ou o realizam de forma insuficiente.Inclui-se neste domínio o desenvolvimento de competências no “sourcing” internacional, nomeadamente no Norte de África e Leste Europeu, indispensáveis para compensar a perda esperada de partes de cadeia de valor mais dependentes de mão-de-obra

intensiva e de menor valor acrescentado, que podem (e devem) ser deslocalizadas para onde faça mais sentido.5. Imagem: Reforço na promoção da imagem interna e externa da nova indústria têxtil, vestuário e moda portuguesa, valorizada pelos “drives” do design, da tecnologia, do serviço e da internacionaliza-ção, de forma a que, internamente, seja um argumento de atração de novos talentos, destinados a enriquecer e regenerar o setor, e, externamente, a sedimentar a perceção positiva da etiqueta “made in Portugal”, sinónimo de excelência, desempenho industrial e no serviço, tradição, bom-gosto, design e tecnologia.

Face a esta construção conceptual, os caminhos definidos no Plano Estratégico 2013-2020 mantêm-se com algumas nuances:

1. O “private label” continuará a ser uma atividade dominante na indústria, mas tenderá progressivamente a diminuir, admitindo-se que, em 2025, não represente sequer 40% da atividade industrial na fileira;2. Os têxteis de alta tecnicidade sobressairão nesta recomposição de equilíbrios, sendo de admitir que, penetrando a tecnologia em todos os segmentos industriais, incluindo a moda “casualwear” e “city”, tal como sucedeu antes com o desporto, estes venham a ga-nhar um peso acrescido e possam chegar a representar cerca de 40% de toda a produção;3. As marcas “made in Portugal” fixar-se-ão entre os 20 e os 25% do total da atividade da fileira, suportadas agora por um mercado doméstico mais estabilizado economicamente e por uma expansão internacional menos exigente de recursos, essencialmente focada no comércio eletrónico, de que hoje já existem exemplos muito in-teressantes realizados no país e possíveis de emular.

Finalmente, é possível avançar 4 cenários de evolução até 2025, com base nos pressupostos desenvolvidos precedentemente:

1. Cenário Bronze: Declínio da atividade, determinada pela perda de competitividade da indústria e enquadrada num contexto de cri-se política e económica, nacional e internacional, conjugada com um acréscimo da concorrência internacional e pela emergência de modelos de negócio na indústria de moda, não compatíveis com as características e capacidades da ITV portuguesa.

Perda no volume de negócios que cai para os 6 mil milhões euros; quebra nas exportações, que recuam para 4 mil milhões de euros e na balança comercial incapaz de superar os 500 milhões de euros positivos; nova perda maciça de empresas e postos de trabalho, que se fixam abaixo dos 4 mil e dos 100 mil efetivos, respetivamente.

O setor deixa de ser considerado estratégico para o país, voltando ao estigma da obsolescência e do declínio, afastando novos profis-sionais e empreendedores, gerando-se um ciclo vicioso, tendencial-mente fatal a prazo. Probabilidade fraca de suceder: inferior a 10%.2. Cenário Prata: Estabilização da situação atual, por perda de dinamismo no crescimento, determinada pelo ambiente político e

As macrotendências para a competitividade

Os eixos prioritários: a continuidade e a mudança. Caminhos e cenários de evolução

(platina, ouro, prata e bronze)Paulo Vaz

Diretor Geral da ATP – Associação Têxtil e Vestuário de Portugal

Metodologia:O trabalho foi desenvolvido via contacto digital por plataforma e contacto direto via telefone, para o seguinte universo:

Contacto digital via plataforma, realizado em dezembro de 2017: · 204 ex-formandos contactados e com resposta (de 2011 a 2016) no universo

de 4546 contactados

Contacto direto via telefone, realizado em janeiro e fevereiro de 2018 não coincidindo com respostas via plataforma: · 1641 contactos telefónicos a ex-formandos (de 2011 a 2016), no universo

de 6472, com o sucesso de resposta em 257 contactos

DRDR

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social e/ou pela conjuntura pouco amiga dos negócios, incluindo a procura externa que estagna ou que não apresenta alternativas de mercado na esfera internacional.

O volume de negócios não supera os 7 mil milhões de euros: con-tinuação de quebra acentuada na atividade produtiva; exportações a fixarem-se nos 5 mil milhões de euros e com dificuldades de cres-cimento; perda de empresas e de emprego, resultantes de novos processos de reestruturação em busca de competitividade empre-sarial; balança comercial abaixo dos mil milhões de euros, afetada pelo crescimento mais rápido das importações, essencialmente de vestuário; número de empresas e de trabalhadores na casa das 5.000 e dos 110 mil efetivos, respetivamente.

Setor importante para o país, mas em perda de relevância, re-lativamente a outros de crescimento mais rápido, colocando em causa a sua perceção pública como estratégico. Probabilidade moderadamente fraca de suceder: inferior a 35%.3. Cenário Ouro: Continuação da tendência de crescimento atual, assente em novos “drives” diferenciadores, como a moda, o de-sign, a inovação tecnológica e a intensidade de serviço fortemente orientado ao cliente. Incremento da presença internacional, em mercados tradicionais e emergentes, através de produtos mais ela-borados e de maior valor acrescentado.

Volume de negócios rondará os 9 mil milhões de euros e as ex-portações atingirão os 6.5 mil milhões, com uma balança comercial a superar os 1.5 mil milhões. O número de empresas e trabalhado-res ao serviço estabilizará nas 5.500 e nos 130 mil, respetivamente. Setor manter-se-á estratégico e contribuirá decisivamente para a saúde das contas externas do país. Probabilidade de suceder eleva-da, superando os 50%.4. Cenário Platina: Este cenário é uma novidade que foi originada pelo facto de a realidade positiva que sucedeu nos últimos anos, ter pulverizado os melhores prognósticos e obrigando a antecipar em 4 anos os objetivos traçados no anterior Plano Estratégico dese-nhado para o setor.

Neste cenário até 2025, forçosamente otimista, quando não mes-mo eufórico, o volume de negócios atingiria a mítica meta dos 10 mil milhões e as exportações chegariam aos 7 mil milhões, mesmo que a produção continue a cair significativamente, atendendo à perda continuada de capacidade instalada ou insuficiente utiliza-ção da mesma, apresentando-se uma balança comercial superavi-tária superior a 2 mil milhões de euros.

O número de empresas (em dinâmica renovação) fixar-se-ia nas 6 mil e o número de trabalhadores nos 135 mil.

O setor será mais do que estratégico e será apresentado, interna e externamente, como um modelo a seguir e um “case study” de sucesso global relativo a uma indústria tradicional que se moder-nizou, incorporando os fatores críticos de competitividade, como a moda, design, inovação e serviço, na criação continuada de valor, regenerando-se, atraindo talentos e novas empresas, na constru-ção de um sistema mais moderno e complexo, entre criatividade, indústria, serviços e distribuição, com afirmação internacional. Probabilidade baixa: inferior a 15%

Relatório de Execução Física e Financeira

IEFP 2017

Relatório de Execução Física e Financeira IEFP 2017

Modatex lidera ranking no número de formandos Em 2017 o Modatex foi o Centro de Gestão Participada (CGP) com o maior número de formandos, revela o Relató-rio de Execução Física e Financeira do IEFP, divulgado em maio deste ano. Este primeiro lugar no ranking demonstra não só o bom desempenho do centro em termos de capta-ção de alunos, mas também o dinamismo das empresas e de um sector com uma necessidade crescente de recursos humanos especializados.

Assim, e de acordo com os dados que constam deste relató-rio, no universo dos Centros de Gestão Participada, o maior número de abrangidos pertence ao Modatex, com 15435, o equivalente a 12,8% do total da execução física realizada pelos CGP. Dos mais de 15 mil formandos do Modatex, 172 frequentavam cursos de aprendizagem e de especialização tecnológica. A maioria dos alunos (14093) estava inscrita em cursos de Qualificação de Adultos (abrangendo Cursos EFA, Formação Modular, Português para Todos e RVCC). A formação de formadores teve 18 formandos e 1152 parti-ciparam noutras atividades.

O segundo lugar deste ranking foi ocupado pelo CEN-FIM, com 10573 formandos.

Já no que refere ao grau de execução das metas, o Moda-tex ocupou o 5º lugar do ranking, com uma taxa de 128%, bastante superior ao grau de execução médio dos CGP, que foi de 101,2%.

Bons indicadores em 2018O Modatex iniciou o ano de 2018 em linha com a excelente performance de 2017, tendo vindo a evidenciar um cresci-mento sustentado ao longo do primeiro semestre.

De acordo com os dados apresentados nos relatórios mensais do IEFP, o Modatex registou uma evolução cres-cente desde o início do ano, passando de 1387 formandos em janeiro para 6819 em junho.

A partir de abril, com 5024 formandos registados, o Mo-datex atingiu a posição de liderança no ranking dos Cen-tros de Gestão Participada, posição que mantem no final do segundo trimestre de 2018, registando 6819 formandos e um grau de execução médio de 49,2%.

Os constrangimentos e potencialidades da ITV foram analisados na Conferência “Sector Têxtil – Constrangimentos vs. Potencialida-des”, que decorreu no passado dia 14 de junho nos Paços do Con-celho, em Barcelos.

Esta conferência promovida pela UGT-Braga reuniu empresários e entidades públicas, abordando temas como o emprego e a forma-ção num contexto marcado pela escassez de recursos humanos e pelos desafios lançados pela digitalização.

A escassez de mão-de-obra foi, aliás, um dos temas mais aborda-dos nesta discussão que contou com a presença de João Costa, da Associação Têxtil e Vestuário de Portugal e membro do Conselho de Administração do Modatex.

César Campos, presidente da UGT Braga referiu, na abertura da conferência, que “não pode haver bons trabalhadores se não hou-ver boas empresas. E, da mesma forma, não há boas empresas sem bons trabalhadores”. A questão da falta de recursos humanos, que se verifica igualmente noutros sectores tem, na opinião de Antó-nio Leite, delegado regional do Norte do IEFP, várias razões. Para além das questões demográficas, existirão também, no seu enten-der, fatores psicossociológicos, como o facto de o sector ter ainda dificuldade em atrair jovens.

Esta é uma questão que Ana Teresa Lehmann, Secretária de Esta-do da Indústria, espera ver ultrapassada quando, ainda no decorrer deste ano, for lançada uma campanha de aproximação dos jovens à

Conferência

“Sector Têxtil: Constrangimentos vs. Potencialidades”

A importante batalha das qualificações

“Sector Têxtil: Constrangimentos vs. Potencialidades” · A importante batalha das qualificações

indústria: “Temos de desenvolver esforços para dar a conhecer aos jo-vens, às suas famílias e à população em geral a indústria”, sublinhou.

A formação/requalificação profissional foi apontada por vários in-tervenientes como uma das principais medidas para ultrapassar es-tes constrangimentos. João Costa, vice-presidente da ATP, lembrou que “nunca a formação das pessoas se colocou com tanta evidência”. “Os trabalhadores com qualificações têm hoje mais possibilidade de escolher a sua remuneração e a empresa onde querem trabalhar”, garantiu. Ainda assim, e dado que a escassez de mão-de-obra per-siste, reforçou a necessidade de apostar ainda mais na formação: “Há insuficiência, não só no têxtil mas noutros sectores, de pessoas para trabalhar com qualificações adequadas. Quer dizer que a ba-talha das qualificações é uma batalha importante a que o país tem que responder”. O papel do Modatex neste processo foi destacado pelo representante do IEFP, que lembrou que no último ano o cen-tro “deu formação a quase 18.500 pessoas”.

Nesta conferência foram também abordadas questões como os novos desafios colocados pela crescente digitalização da indústria: funcionários e empresários têm de ajustar-se a esta nova realidade, mas a formação terá igualmente de ser dinâmica, de forma a adap-tar-se às necessidades das empresas. O Secretário-geral da UGT considerou: “É essencial fazer do ensino profissional uma grande ja-nela de oportunidades e não um anátema. Isso é uma questão social: é uma questão do IEFP, mas também é uma questão dos patrões, dos trabalhadores e também da política”. Fo

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Responsabilidade Social

Projeto Ciano no Modatex Porto

Responsabilidade Social · Projeto Ciano no Modatex Porto

O projeto Ciano Design resulta de uma parceria entre o Modatex e a ANARP (Associação Nova Aurora na Reabilitação e Reintegração Psicossocial) e tem como objetivo constituir uma resposta social para a capacitação e respetiva integração socioprofissional de pessoas com doença mental em risco de exclusão social.Esta iniciativa, integrada na política de responsabilidade social do Modatex, decorreu entre janeiro e julho deste ano no Modatex Porto, contando com a partici-pação de 13 formandos, que apreenderam a técnica de Cianotipia. O projeto contou ainda com a colaboração da Faculdade de Belas Artes e da Faculdade de Engenharia, da Universidade do Porto.

Esta formação teve como objetivo que os formandos aprendessem a aplicação prá-tica desta técnica em material têxtil, para intervirem posteriormente no laboratório da ANARP e desenvolverem um projeto profissional remunerado nas áreas do mer-chandising e turismo.Luísa Pereira (Assistente Social) e Liliana Sil-va (Psicóloga), responsáveis pelo Serviço de Qualificação e Emprego da ANARP, explica-ram à VESTIR alguns detalhes do projeto.

Como e porque surgiu esta parceria com o Modatex?A Associação Nova Aurora desenhou um projeto de empregabilidade na área da cianotipia para pessoas com experiência de doença mental, após interesse demonstra-do num workshop realizado pela nossa ins-tituição com a FBAUP (Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto). Tendo nós conhecimento que o Modatex é um centro de formação especializado na área têxtil, já com vários anos de trabalho de qualidade comprovado na área, considera-mos que esta seria a melhor escolha para assegurar a capacitação das pessoas que estarão envolvidas neste projeto. 

Qual a importância deste projeto para a ANARP e, mais concretamente, para os formandos envolvidos?Consideramos que o projeto de cianotipia, com o apoio da EDP Solidária, permitirá constituir uma resposta de empregabili-dade para alguns destes formandos e, por conseguinte, uma fonte de rendimento importante dadas as carências económicas em que muitos se encontram. Para outros, um contexto onde poderão melhorar, trei-nar ou adquirir competências essenciais que lhes possibilitem futuramente a inclu-são numa outra resposta profissional.Relativamente à importância deste projeto para a ANARP, dadas as dificuldades ainda presentes na obtenção de respostas de inserção profissional na comunidade ajus-

tadas ao perfil de pessoas com experiência de doença mental, este projeto permite criá-las internamente, proporcionando um contexto real de trabalho que poderá servir como alavanca para futuras respostas comunitárias.  

Qual tem sido a recetividade e evolução dos formandos a este projeto?Os formandos foram dando ao longo do tempo um feedback positivo da formação. Ressalvam a disponibilidade do formador, as condições do espaço e os conhecimen-tos/competências adquiridos/as.A presença nesta formação permitiu a aquisição de competências mais técnicas na área da estampagem, área têxtil e cianotipia, bem como no que diz respeito ao desen-volvimento e treino de competências mais transversais, fundamentais para o processo de integração profissional dos mesmos.

A curto e a médio prazo, em que medi-da os conhecimentos adquiridos nes-ta formação poderão ser importantes para a inserção social e profissional dos envolvidos?A curto/médio prazo, com o arranque do negócio social, as capacidades desenvol-vidas no decorrer da formação  (quer ao nível dos conhecimentos técnicos, quer ao nível das competências transversais)  se-rão fundamentais para garantir o sucesso profissional de cada formando, bem como o sucesso e sustentabilidade do projeto.

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Projetos transnacionais

Modatex aumenta atividade no âmbito do Erasmus +

O Modatex, no âmbito da sua atividade transnacional, participa neste momento em quatro projetos aprovados no âmbito do programa Erasmus +.

No início de 2018 foram submetidas mais três candidaturas em parceria.

Projetos transnacionais · Modatex aumenta atividade no âmbito do Erasmus +

Entre os projetos já a decorrer encontra-se o EDTEX, que pretende proporcionar compe-tências aos trabalhadores na reestruturação da indústria têxtil europeia, criar um equilí-brio entre as necessidades do empregador e as competências dos trabalhadores através de programas educacionais das escolas se-cundárias e centros de formação profissio-nal, aumentar as oportunidades de empre-go, promovendo a mobilidade de adultos/jovens qualificados; apoiar e promover a cooperação entre o setor educativo e o setor empresarial através da promoção da indús-tria têxtil e do vestuário como perspetiva que oferece novos desafios e oportunidades no mercado de trabalho em toda a Europa.

O Modatex e a ATP são os parceiros portu-gueses. A coordenação do projeto pertence à ATOK – Asociace Textilniho – Odevniho Kozedelneho Prumyslu (Associação da In-dústria Têxtil, Vestuário e Couro da Repú-blica Checa). O EDTEX conta também com a participação da TZU – Textile Testing Institute (República Checa), SPST – Stredni prumyslova skola textilni (Textile Secondary School) – (República Checa), PIOT – Fede-ration of Apparels & Textiles Industry Em-ployers (Polónia), CKZIU (Polónia – Sos-nowiec), ASECOM – Asocación de Empresas de Confección y Moda de la Comunidad de Madrid (Espanha) e FUENLLANA – Centro Cultural Pedralta, SA (Espanha).

Assim, e até à conclusão deste projeto, em dezembro de 2018, devem ser desenvolvidos trabalhos com vista à obtenção de quatro resultados: 1: Estudo comparativo dos quadros nacio-nais de qualificação dos países envolvi-dos tendo por base o Quadro Europeu de Qualificações;2: Estudo comparativo dos programas edu-cativos/formativos dos parceiros escolas/centros de formação;3: Conjunto de 4 unidades de aprendizagem para apoiar o futuro da mobilidade entre escolas/centros parceiros. As unidades de aprendizagem serão desenvolvidas de acor-do com os princípios do ECVET;4: Elaboração de um Acordo Internacional Multilateral, que apoia a parceria estratégica entre escolas/centros de formação e associa-ções do projeto, bem como 5 empresas do setor têxtil e do vestuário de cada país par-ceiro, num total de 20 empresas. O 6º e último encontro terá lugar no Porto, em novembro de 2018, que culminará com a apresentação pública dos resultados finais do projeto.

Também enquadrado no Erasmus +, decor-re até ao final de 2018 o projeto MODATOP (Moda Training on Practice), que pretende envolver diretamente cerca de 150 stakehol-ders que ajudarão a promover os resultados durante a sua vigência, com o objetivo de chegar a 2.500 representantes de três grupos alvo: formadores e formandos de escolas de educação e formação profissional partici-pantes em sistemas de dupla certificação no setor têxtil e moda, empresas do setor que recebam ou estejam interessadas em receber formandos de educação e formação profis-sional, legisladores e instituições que con-cebam e implementem sistemas de educa-ção e formação profissional que incorporem componente prática nas empresas. Na reu-nião realizada em março, em Praga, foram analisados os progressos e os resultados do projeto. Neste encontro, os parceiros decidi-ram as últimas modificações e os elementos a incluir de forma a finalizar as versões defi-nitivas nos próximos meses.

No dia 19 de junho decorreu, na sede do Modatex, no Porto, uma sessão prática para dar a conhecer todas as potencialidades e vantagens de utilização destas ferramentas de apoio à Formação em Contexto de Traba-lho nas Empresas.

Nesta sessão, que contou com mais de 50 participantes, foram desenvolvidos os se-guintes temas: identificação do tema, ou-tputs e parceiros internacionais do projeto Modatop; dados e estatísticas do setor têxtil e Vestuário Português e Europeu; conclusões do Focus Group realizado em Portugal e do agregado realizado pelos quatro países acer-ca da formação prática de estágio, realizada nas empresas; apresentação de Guia de Re-comendações para Tutores das empresas e Formadores; apresentação da Ferramenta de Reconhecimento, dos resultados da aprendi-zagem dos formandos em estágio; apresenta-ção vídeo de testemunhos de formandos, for-madores e tutores das empresas, dos cursos de aplicação de estudo do projeto Modatex, nomeadamente da Aprendizagem em Mo-delista de Vestuário na sede do Modatex no Porto e no Polo de Barcelos; avaliação, pelos participantes, da Ferramenta de Reconheci-mento, dos resultados da aprendizagem dos formandos em estágio nas empresas.

O 5º e último encontro terá lugar em Ma-drid, em novembro de 2018, com a apresenta-ção pública dos resultados finais do projeto.

O Fashion and Performance, outros dos projetos em que o Modatex participa, tem como objetivo manter em contacto alunos e professores durante os três anos do projeto,

com o objetivo de trabalhar a relação entre a moda e o espetáculo nas suas diferentes ma-nifestações: circo, cabaret, cinema, dança, teatro, music hall, burlesco, etc. Este tema será abordado em workshops e seminários, culminando na execução de um conjunto de coordenados a apresentar em desfile no final da iniciativa.

Este é um projeto essencialmente prático, que integra também as seguintes entidades formadoras: LP Octave Feuillet (Paris, Fran-ça), Liceo Artistico Enzo Rossi (Roma, Itália), Lycée Turquetil (Paris, França), Ins Anna Gironella de Mundet (Barcelona, Espanha), IPSIA Primo Levi (Parma, Itália), OSZ Bek-leidung und Mode (Berlim, Alemanha) e The Billericay School (Billericay, Reino Unido).

Novos projetosEm Setembro de 2017 foi aprovada a partici-pação em mais um projeto, o Textile Mode Cuir Design. Orientado para a mobilidade de formadores e aprendentes integrados na formação específica para a indústria têxtil, vestuário, couro e moda, oferece oportu-nidade para que os indivíduos possam me-lhorar as suas competências, aumentar a sua empregabilidade e ganhar consciência cultural, promovendo a mobilidade entre centros de educação e formação, empresas e outros atores deste sector, de diferentes paí-ses europeus.

No âmbito deste projeto, uma delegação da Académie de Lyon esteve em Portugal em fe-vereiro, tendo visitado o Modatex e o CITE-VE, entidades com as quais tem parceria. Es-tiveram igualmente em empresas do sector.

Foram ainda apresentadas três candidatu-ras a outros três projetos: BTEX, CosTUme e CONFYE, estando os 3 aprovados desde julho de 2018, contudo apenas os 2 primeiros com financiamento.

O Modatex tem vido igualmente a de-senvolver contactos com outras entidades transnacionais, externas aos seus parceiros de projeto Erasmus +, como meio de reforçar ligações com outras escolas/centros dedica-dos ao setor e estabelecimento de potenciais colaborações.

Nesse sentido, foi assinado um Memoran-do de Entendimento com várias escolas fin-landesas, com o objetivo de criar um quadro de cooperação e reconhecimento de créditos no âmbito do sistema ECVET, focado na mobilidade de jovens aprendentes nas áreas técnicas de Modelação e Alfaiataria. Fo-ram igualmente apresentadas candidaturas às iniciativas transnacionais FashionFac-toryEmpreend e Living Skills. ©

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A Acorfato, Indústria de Confeções S.A., situada em Tábua num envolvimento paisagístico idílico e ins-pirador, foi fundada em 1989 por António Correia, alfaiate de profissão, com uma vasta experiência na sua arte com apenas um objetivo: a total satisfa-ção do cliente, primando pela qualidade e inovação através de uma resposta eficaz e de maior rapidez ao cliente.A empresa de cariz familiar dedicada à confeção de calças e casacos para homem começou como mui-tas outras empresas da região numa garagem com apenas 28 colaboradores. Foi passando por várias fases de reestruturação, mudanças de instalações e superando com mestria, algumas crises no setor têxtil através da subcontratação de algumas empre-sas da localidade.Foi desta forma que foi consecutivamente aumen-tando os quadros de pessoal, crescendo através dos grandes investimentos feitos em novas tecno-logias e equipamentos essenciais para dar resposta à política de internacionalização para novos merca-dos como França, Alemanha e Espanha.Com o intuito de levar os seus artigos a novos mer-cados, a empresa conta atualmente com 247 fun-cionários e tem uma capacidade diária de 400 pe-ças. A Acorfato que conta com a Gerber Technology como seu parceiro tecnológico desde 1997, inves-tiu cerca de 1 milhão de euros em equipamentos de apoio à equipa de desenvolvimento de coleções, modelagem, CAD, planeamento e sala de corte.

NECESSIDADE DO CLIENTEA abertura de novos mercados como é atualmente o caso do mercado americano e mais recentemente o holandês, ambos ainda em estado embrionário, colocam novos desafios em termos de análise de consumos, desperdícios, otimização de stocks e apoio ao departamento comercial.Para dar resposta a esta exigência dos clientes, a Acorfato necessitava de um software de planea-mento e análise que ajudasse a planificar e a otimi-zar antecipadamente a quantidade de matéria-pri-ma necessária para determinado pedido, de forma a evitar o máximo desperdício possível.Na maior parte das vezes, o planeamento da ordem de corte com o Accuplan permite uma redução da margem de corte entre 3 a 5% e ajuda o departa-mento comercial a determinar o preço, fazendo face ao rigor do cliente no corte, no ato de enco-mendar os tecidos.

O DESAFIOAntes da implementação do AccuPlan na Acorfato, todo o processo era efetuado de forma manual, sendo por isso mais moroso, dando origem a uma maior margem de erro no cálculo por parte do uti-lizador, requerendo pessoal mais qualificado e tor-nando o acesso à análise de consumos mais difícil.

SOLUÇÃOA implementação do software de planeamento da ordem de corte Accuplan da Gerber, permitiu à Acorfato analisar ao pormenor os consumos de matéria-prima que iriam necessitar para produzir um determinado pedido, apoiando assim a gestão de stocks, eliminando desperdícios e apoiando a política comercial da empresa.Os relatórios emitidos pelo Accuplan conseguem reduzir a margem de corte até 5%, dando resposta ao rigor do cliente no ato de encomenda dos teci-dos, propondo também a melhor opção de corte, o que em termos de planeamento é bastante rápido e eficaz.Estes relatórios facultam também a possibilidade de saber com precisão quais os consumos exatos antes ou depois da encomenda com posterior aná-lise dos desvios.Uma vez que a Acorfato dispõe de várias soluções de CAD e CAM da Gerber, a integração e o enca-deamento do AccuPlan em todos os outros progra-mas contribui para um aumento da transparência no processo de produção e consequentemente um aumento da produtividade e qualidade dos artigos confecionados.

PRINCIPAIS VANTAGENS: · Com o AccuPlan da Gerber a Acorfato conseguiu

uma maior precisão e rigor na otimização de consumos.

· Redução de 3% a 5% da margem de corte, permi-tindo uma melhor gestão de stocks e consequen-te economia da matéria-prima.

· Maior celeridade na entrada e execução das or-dens através da sugestão de vários planos de cor-te, o que em termos de planeamento é bastante eficaz.

· Aumento de produtividade através da aceleração de todo o processo.

· Fluxo de trabalho melhorado devido à integração entre programas o que evita duplicação de tra-balho e elimina o recurso a programas externos.

· Emissão de relatórios dos planos de corte para simulação ou análise de resultados por parte das chefias.

· Permite aos quadros da direção não estar de-pendente do CAD para obter a informação dos consumos.

TESTEMUNHO DO CLIENTE“A mais-valia do Accuplan encontra-se no apoio prestado à otimização de consumos, dando se-quência em termos de tempo e custos em toda a empresa”, referiu Filipe Pinto, ceo DA Acorfato S.A..O CEO da Acorfato referiu ainda: “Com um grande rigor nos consumos em função dos tamanhos, vai de encontro às exigências dos clientes que não pretendem gerar stock de tecidos.O AccuPlan complementa a nossa política de digi-talizar toda a fábrica e impulsionar novas formas de trabalho mais produtivas e eficientes dando assim resposta aos clientes mais exigentes nos vários mercados”.

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PRECISÃO NO PLANEAMENTO GARANTE MAIOR RENTABILIDADEO Software de planeamento da ordem de corte – AccuPlan é desde a sua implementação, uma ferramenta ana-lítica essencial para o cálculo rigoroso de consumos e análise de desvios que permite otimizar a gestão de stocks e propor assim uma política de preços mais atrativa e precisa ao cliente.

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O Modatex continua a abrir periodicamente as suas instalações para divulgação da oferta formativa e de saídas profissionais em que a empregabilidade é praticamente certa.

Em abril, a delegação do Modatex na Covilhã recebeu cerca de 50 participantes no Open Day de Fiação e Tecelagem, que conhece-ram as condições de acesso e duração dos cursos, bem como as op-ções de emprego pós-formação. Este Open Day teve duas sessões: a primeira sessão focou-se na saída profissional de Operador de Fiação, enquanto a segunda esteve centrada nos cursos de Tecela-gem, Operações de Urdissagem, Operador de fiação e Metedeiras de fios.

Em maio teve lugar uma iniciativa semelhante, mas dedicada apenas à Tecelagem.

Em junho, o Open Day Modatex chegou também ao Cadaval. Integrado na Feira Dia do Emprego e Oportunidades do Oeste, o Open Day de Modelação e Confeção contou com a presença da Vice-Presidente da Câmara Municipal do Cadaval, representantes da Leader Oeste- Associação para o Desenvolvimento Local e do Modatex.

A iniciativa “Aula Aberta” teve como finalidade dar a conhecer à comunidade a ação de formação Costureiro/a Modista, permitindo que os participantes pudessem interagir com os formandos e for-madores em contexto de sala de formação.

Esta ação é desenvolvida pelo Modatex, em parceria com da Câ-

Open Day Modatex

Open Day Modatex

Mais do que olhar o futuro como algo dis-tante, a indústria têxtil tem de adaptar-se, com urgência, às exigências de um presente marcado pela digitalização, mas também pela sustentabilidade e responsabilidade social. Esta foi umas das conclusões do 20º Fórum da Indústria Têxtil, que decorreu no dia 4 de julho (Dia do Profissional Têxtil), no Citeve, em Famalicão.

Este evento organizado pela ATP discutiu temas como a Economia Digital e a Indús-tria 4.0, as novas tecnologias, o recurso à automação e as próximas macrotendências. O fórum contou com a presença do ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, que anunciou a criação de uma linha de apoio às exportações no valor de 600 milhões de euros. Na sua intervenção, que abriu o fó-rum, o ministro elogiou a forma como a ITV aliou a tradição com a inovação, destacan-do o peso que este sector tem na criação de emprego e nas exportações.

Numa iniciativa em que o excelente de-sempenho do sector nos últimos anos foi

Fórum da Indústria TêxtilRespostas rápidas para desafios constantes

Fórum da Indústria Têxtil · Respostas rápidas para desafios constantes

mara Municipal do Cadaval e a Leader Oeste- Associação para o Desenvolvimento Local e está a decorrer no Mercado do Cadaval desde março. Tem a duração de 1170 horas, terminando em feve-reiro de 2019.

Ainda durante o mês de junho, o Modatex Porto recebeu o Open Day de Design de Moda, uma iniciativa que permitiu que os visi-tantes ficassem a conhecer um pouco melhor este curso.

Os participantes tiveram também oportunidade de conhecer o espaço físico onde decorrem outras formações, bem como toda a oferta formativa do centro.

Para além de trocarem impressões com professores e alunos, puderam também usar a criatividade no desenvolvimento de uma ilustração de moda.

Próximas datas Open Day:

Barcelos Open Day Modelação + Confeção – 14 de setembro

PortoOpen Day de Confeção + Estamparia + Modelação – 14 de setembroOpen Day Design de Moda – 12 de outubroOpen Day de Confeção + Estamparia + Modelação – 9 de novembro

LisboaOpen Day Ciclo de Vida de Produto – 24 de outubro

bastante elogiado, foi reforçada a ideia de que, mais do que olhar para o passado ou tentar olhar para o futuro, é importante es-tar consciente das exigências atuais. E elas passam, como sublinhou o economista Da-niel Bessa, por perceber que “a receita que funcionou até agora não vai funcionar para sempre”. Já Jorge Vasconcelos e Sá subli-nhou que, “na luta pela sobrevivência, não se ser competitivo é ser-se culpado”.

Apostar na diferenciação e diversifica-ção do negócio, conhecer os consumido-res e os seus valores e acompanhar per-manentemente as novas tecnologias são princípios fundamentais para quem quer manter-se competitivo num sector em constante transformação.

Paulo Melo, presidente da ATP, destacou o “momento positivo” da ITV nacional, que a torna num caso de sucesso mundial, mas lembrou também que, apesar de todos os indicadores positivos, subsistem ainda problemas como o custo da energia, a fis-calidade, a subida do salário mínimo na-cional ou o financiamento das empresas.

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Formandos do Modatex voltam a represen-tar Portugal no EuroSkills. A preparação para o campeonato europeu que vai decor-rer em Budapeste, na Hungria, já começou. Beatriz Soares e o Bruno Feliciano, for-mandos do curso de Técnicos de Desenho de Vestuário, serão os representantes por-tugueses na prova Moda e Tecnologia, com-petindo com jovens de outros países euro-peus no campeonato que decorre de 27 a 29 de setembro.

“Raincoat” será o tema de uma prova em que os detalhes, a capacidade de trabalhar sob pressão e em equipa e a criatividade se-rão determinantes para o sucesso. Os dois formandos terão de conseguir destacar-se em cada um dos cinco módulos: Pesquisa, Desenho, Modelação, Corte e confeção e Caixa mistério (embelezamento). No final, todos os pormenores serão avaliados, pelo que cada hora de trabalho e cada decisão

Denim Young Contest: 3º lugar para formanda do Modatex Ana Carvalho de Sousa, finalista do curso de Design de Moda no Mo-datex Porto, conquistou o 3º lugar no Denim Young Contest, um con-curso da Troficolor com o objetivo de promover a utilização do denim, estimulando a criatividade e inova-ção de novos talentos do design de moda. Foram recebidas mais de 100 inscrições, tendo sido escolhidos 20 finalistas que apresentaram os seus trabalhos num desfile no passado dia 29 de junho. Os candidatos de-veriam desenvolver um coordenado composto por duas a quatro peças, usando tecido denim oferecido pela empresa.

Em 2016, após uma concluir a licenciatura em Design e Marke-ting de Moda na Universidade do Minho, Ana Carvalho de Sousa iniciou a formação em Design de Moda no Modatex - Porto. Integrou o grupo de formandas responsável pelo desenvolvimento do guarda-roupa do bailado “La Fille Mal Gardée” para Escola de Ballet do Porto, participou no projeto Bilros em 2017 e obteve o 2º lugar no concurso PFN da feira ModTissimo em fevereiro de 2018. Para o Denim Young Contest criou um coordenado masculino que teve como inspiração a Revolução e o 25 de abril, composto por cal-ças, camisa e um casaco com parte inferior amovível, unida ao blusão através de botões metálicos.

Modatex Lisboa mostra “Projeto de Camisas”Teve lugar no Modatex - Delegação de  Lisboa a exposição “Projeto de Camisas”, constituída por trabalhos dos formandos do curso de Técni-cos de Design de Vestuário. Este projeto foi executado no módulo de Desenho Vetorial - Criação de Imagens, tendo sido dada total liberdade no desenvolvimento do tema e escolha de materiais e cores.

O projeto decorreu em parceria com os módulos de Modelação de Componentes de Vestuário - camisas e blusas e de Confeção de Componentes de Vestuário.

Covilhã: Ação de Operador de Tecelagem com 100% de empregabilidade Terminou em março o percurso formativo de Operador de Tece-lagem, promovido pelo Modatex – Delegação da Covilhã, que tinha começado em julho de 2017. Cons-tituída por várias ações, incluindo a Formação Prática em Contexto de Trabalho, esta ação teve a duração total de 1020 horas. 13 formandos concluíram este percurso com aproveitamento, realizando a FPCT no Grupo Paulo de Oliveira. No final do estágio foram imediata-mente integrados nas empresas deste grupo.

Modatex e Câmara de Sesimbra assinam protocoloO Modatex e a Câmara Munici-pal  de Sesimbra formalizaram no dia 13 de abril um protocolo que prevê a realização de ações de formação, seminários, conferências, workshops e iniciativas similares neste concelho. Na ocasião da as-sinatura do protocolo foi efetuada uma visita às salas de formação, tendo sido estabelecido um primei-ro contacto com os formandos.

A primeira ação de formação, na saída profissional de Costureira Modista, já se encontra a decorrer no Centro de Formação Eagle Intuition, na Quinta do Conde, de-vendo estar concluída em janeiro do próximo ano.

Covilhã: Assiduidade premiada Para incentivar a assiduidade, foram atribuídos, a formandos do Modatex Covilhã que concluíram a ação de Operador de Tecelagem, certificados de Mérito Formativo, que podem ser associados ao Curri-culum Vitae.

Adriana Filipa de Jesus Almeida (98.68% de assiduidade), João Paulo Fonseca Abrantes (98.14%) e Sandra Maria Jesus Santos Silva (98.53%) foram os formandos que se distinguiram neste campo.

Coordenados de Inês Nunes do Valle no Modatex Lisboa A delegação do Modatex em Lisboa recebeu uma  exposição com coordenados de Inês Nunes do Val-

le, formanda do curso de Técnico de Design de Moda que venceu o prémio The Feeting Room do con-curso Sangue Novo da ModaLisboa.

A coleção “I’m in the wrong joke”, que tem o vermelho como cor dominante, é composta por justaposições e contrastes fortes, tendo os puffy jackets oversized como um dos elementos chave.

Projeto MODATOP apresentado em Famalicão O projeto MODATOP foi apre-sentado pela ATP e pelo Modatex na conferência “As pessoas e o sucesso no Século XXI - Desafios e Oportunidades”, promovida pela Câmara Municipal de Famalicão. Este evento decorreu no âmbito da Feira da Formação, Qualificação e Emprego 2018, no dia 26 de Abril, no Lago Discount, Associação para a Inovação Empresarial do Norte.  Modatex participou na I Mostra de Educação e Formação de Santo TirsoO Modatex marcou presença na I Mostra de Educação e Formação de Santo Tirso, que decorreu entre 18 e 21 de abril, na Fábrica de Santo Thyrso.

A iniciativa, promovida pela Câmara Municipal de Santo Tirso, procurou divulgar as diferentes ofertas educativas e formativas e contou com a presença de cerca de 40 instituições, tendo sido visitada por alunos de escolas do concelho.

Para além de um stand, onde deu a conhecer as formações e saídas profissionais relacionadas com o sector, o Modatex dinamizou um workshop com o tema “Cria o teu porta-chaves”.

Covilhã: Jovem refugiado etíope formou-se no Modatex É um caso de sucesso, quer a nível de integração social, quer em termos de sucesso formativo e consequente empregabilidade. Siraj Ibrahim Salih, de 21 anos, foi acolhido em 2016 pela Santa Casa de Misericórdia da Covilhã, tendo ficado com o estatuto de refugiado. Foi nesta instituição que tomou co-nhecimento da oferta formativa do Modatex e que foi direcionado para

a ação de Operador de Tecelagem, que teve início em julho de 2017.

Sem laços familiares no nosso país e ainda em fase de apren-dizagem do Português, o jovem contou com o apoio de formadores e colegas durante todo o percurso formativo. O estágio terminou em março e no dia seguinte Siraj assinou contrato de trabalho com a empresa Paulo Oliveira, onde tinha já realizado a Formação em Contexto de Trabalho.

Operadores de Fiação em ação solidáriaA Ação EFA de Operadores de Fiação desenvolveu uma atividade no âmbito do Tema de Vida, que consistiu em angariar fundos e gé-neros para a Instinto – Associação Protetora de Animais da Covilhã.

Os formandos produziram porta-chaves, ímãs, brinquedos para animais, mantas ou camas, reutilizando alguns dos materiais e matérias-primas da fiação. Estes artigos foram vendidos para ajudar a angariar verbas. Para a recolha de bens alimentares e outro tipo de bens, foi colocado um pote na receção da delegação do Modatex, apelando também aos donativos de colaboradores e formandos.

Os donativos angariados foram entregues no dia 9 de abril a um dos elementos da direção da Insti-tuto, que esteve no Modatex para agradecer pessoalmente a todos os intervenientes nesta iniciativa.

Modatex associa-se ao mês de prevenção de maus tratos da infânciaO Modatex associou-se ao mês de prevenção de maus tratos na infância. Numa ação de sensibiliza-ção para esta causa, colaboradores e formandos de todas as unidades orgânicas foram desafiados a vestir uma peça de roupa azul no dia 27 de abril.

são determinantes para somar pontos e ob-ter o melhor resultado.

Tal como tem acontecido com todos os formandos do Modatex que têm estado presentes nestas provas internacionais, a preparação começa vários meses antes da realização do campeonato.

Assim, e para além das muitas horas em que têm treinado com os formadores do Modatex, os dois jovens participam tam-bém em iniciativas promovidas pelo IEFP. No início de julho, Beatriz Soares e o Bruno Feliciano estiveram a aperfeiçoar as suas capacidades no Centro de Formação Pro-fissional do Porto, no Cerco do Porto, onde decorreu uma semana de preparação para o EuroSkills, que contou com a presença de outros jovens portugueses que vão partici-par na mesma competição. Entre 2 e 7 de setembro, os concorrentes nacionais volta-ram a juntar-se em Setúbal para mais uma semana de treino.

Equipa do Modatex prepara o EuroSkills

EuroSkills · Modatex dominou +Campeonato Nacional

Breves

Breves

Modatex dominou

Campeonato Nacional

Beatriz Soares e o Bruno Feliciano asse-guraram a presença nesta prova europeia depois de terem vencido, em março, o Campeonato Nacional das Profissões, realizado no Centro de Emprego e For-mação Profissional de Beja. O Modatex participou nesse campeonato com cinco equipas e conquistou as medalhas de ouro, prata e bronze.

Diogo Peixoto e Sílvia Rocha, alunos de Desenho de Vestuário no Modatex Porto, conquistaram o segundo lugar; a medalha de bronze foi atribuída a Filipe Vieira e João Coutinho, formandos do mesmo curso.

A prova de Tecnologias da Moda era composta por 5 módulos e todos os alunos do Modatex que participaram neste cam-peonato tiveram 100 horas de preparação, aperfeiçoando competências em áreas como modelação, corte ou confeção.

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Confeção de sacos para Minicurso do ICBAS O Modatex apoiou a 1ª edição do Minicurso de Medicina Tradicional Chinesa, organizado pelo depar-tamento de Medicina Veterinária da Associação de Estudantes do ICBAS, no Porto.

O apoio do Modatex a esta ini-ciativa traduziu-se na confeção e entrega de 55 sacos que foram uti-lizados como pastas de congresso e distribuídos a todos os participan-tes e oradores.

Lisboa: exposição de JeanswearO Modatex Lisboa mostrou os traba-lhos dos formandos da ação Técnicos Design de Moda realizados no âmbi-to do Projeto de Jeanswear, que teve como ponto de partida a reciclagem de calças e blusões de ganga.

Cada formando desenvolveu o seu trabalho partindo da história dos jeans e passando pela sua des-construção, o que permitiu fazer o mapeamento dos seus componen-tes e a posterior reconstrução.

Visita de estudo a ParisA turma de Técnico/a de Desenho de Moda 1501 do Modatex Lisboa deslocou-se a Paris no âmbito da unidade de formação de Planea-mento de coleção individual.

Esta visita teve como principal objetivo a visita às exposições “Margiela / Galliera, 1989-2009” e “Margiela, les années Hermès”.

Formar para Empregar na empresa Be Claw, Lda.No âmbito do projeto “Formar para Empregar”, teve início no dia 1 de junho uma ação de formação de Confeção Industrial, integrando 16 formandos, na  empresa Be Claw, Lda., em Sintra.

Esta iniciativa foi promovida pelo Modatex-Delegação de Lisboa em parceria com a  empresa, tendo como objetivo a formação de pro-fissionais qualificados que possam ser integrados profissionalmente depois de concluída a formação. A ação é composta por três percur-sos, com a duração total de 770h, incluindo a Formação Prática em Contexto de Trabalho.

Lousada: começou a formação em Máquinas de Confeção A extensão do Modatex em Lousada está a receber o primeiro percurso formativo de Máquinas de Confeção, tendo como objeti-vo formar técnicos afinadores de máquinas de costura. Esta ação tem a duração de cerca de um ano e meio e está a ser frequentada por 15 formandos.

Durante o curso serão adquiri-dos conhecimentos relacionados com a afinação de todo o tipo de máquinas de costura, mas também de serralharia, eletricidade-eletró-nica e pneumática.

No âmbito das UFCD de Serra-lharia, os formandos, para além dos conteúdos programáticos inerentes a esta área, decidiram, por iniciativa própria, e num gesto muito apreciado pelos formado-res e gestão do centro, restaurar também todos os equipamentos e espaços da sala de aulas práticas.

Fundão: Modatex esteve presente na “Vem Comigo”O Modatex esteve presente na “Vem Comigo”, uma atividade promovida pelo IEFP que decorreu no dia 22 de maio no Centro de Formação Avançada do Fundão, contando também com a participa-ção de várias empresas e represen-tantes autárquicos.

Está a decorrer, no Centro de Formação Avançada do Fundão, uma ação de Confeção Industrial e três formandas estão já a realizar Formação Prática em Contexto de Trabalho na empresa Twintex.

Lisboa: exposição de corpetes A delegação do Modatex em Lisboa expôs os projetos finais dos 15 for-mandos que participaram na ação de Corpetes. Esta ação decorreu entre novembro de 2017 e final de maio de 2018, em horário pós--laboral, tendo uma duração total de 125 horas.

Modatex e Serra D’El Rei assinam protocoloO Modatex e a Junta de Freguesia de Serra D’el Rei estabeleceram no dia 20 de junho um protocolo de colaboração com vista à divulga-

ção das rendas de bilros a nível nacional. O protocolo foi assinado pelo Presidente do Conselho de Administração do Modatex e pelo Presidente da Junta de Freguesia de Serra D’el Rei.

O objetivo é que os formandos do Modatex desenvolvam criações de moda em que sejam aplica-das rendas de bilros. Estas peças serão depois mostradas ao público durante a Mostra Internacional de Rendas de Bilros Serra D’El Rei.

Pinhel: formandas confecionam trajes das marchas populares O Modatex foi parceiro em mais uma iniciativa conjunta entre o Município de Pinhel e o Agrupa-mento de Escolas de Pinhel. As formandas da ação de Costureira Modista, que está a decorrer na Extensão de Pinhel, confecionaram os trajes para as marchas popula-res que tiveram lugar no dia 13 de junho.

Através de uma parceria com o Centro de Desporto, Cultura e Solidariedade Social do Pinheiro, o Modatex também marcou presença nas marchas populares que desfila-ram no dia 23 de junho, em Pinhel. As formandas da ação Costureira Modista confecionaram os trajes que foram usados pelo padrinho, madrinha e restantes participantes desta instituição.

Covilhã: Modatex abre portas a crianças e jovens A delegação do Modatex na Co-vilhã recebeu, no dia 26 de junho, dois grupos de crianças e jovens da Casa do Menino Jesus Lar Residen-cial e da Academia de Saber a Arte.

Os visitantes ficaram a conhecer as diversas áreas do centro, com demonstração prática do funcio-namento da fiação, tecelagem, laboratório, modelagem, corte e confeção. De seguida, realizou-se uma atividade prática, em que tive-ram a oportunidade de personali-zar uma t-shirt e um saco Modatex, estimulando assim a criatividade destas crianças e jovens e dando--lhes a conhecer o sector têxtil.

Formar para Empregar na empresa Ribeiro & Campos, Lda. Teve início no dia 19 de março uma ação de formação de Confeção de Peças de Vestuário com 17 forman-dos na empresa Ribeiro & Campos, Lda., no concelho de Barcelos.

Este projeto resultou do trabalho sinérgico entre o Modatex – polo de Barcelos, o Centro de Emprego de Barcelos e a empresa Ribeiro e Campos, Lda. É composto por três percursos modulares, com um total de 845 horas de formação e estágio integrado.

Modatex esteve presente no Viana VaidosaO Modatex, através dos seus polos em Barcelos e Vila das Aves, esteve presente no Viana Vaidosa, um evento que decorreu nos dias 11 e 12 de março no Centro Cultural de Viana do Castelo, tendo como ob-jetivo homenagear a área da moda na cidade, através da descoberta de novos talentos e da promoção do comércio local.

O centro de formação divulgou a sua oferta formativa junto de jovens e adultos, dando a conhecer os cursos e saídas profissionais relacionados com o sector ITV.

Covilhã: formandas confecionam vestuário para o Abrigo de S. JoséAs formandas da ação de Confeção de Peças de Vestuário, promovi-da pelo Modatex-Delegação da Covilhã na empresa Twintex, foram mais um exemplo da forma como o centro promove e incentiva a res-ponsabilidade social entre colabo-radores, formadores e formandos.

As formandas desta ação con-fecionaram 13 canadianas para crianças/jovens do Abrigo de S. José, instituição situada na fre-guesia onde decorre a formação. A concretização deste projeto culmi-nou com a entrega, no passado 23 de fevereiro, das peças de vestuário aos responsáveis e jovens desta instituição.

Pinhel: Modatex esteve presente na Feira das Tradições O Modatex participou na XXIII edição da Feira das Tradições e Atividades Económicas, que teve lugar em Pinhel, em fevereiro, tendo como tema central a música e os instrumentos.

Durante o evento, que decorreu durante três dias, o Modatex di-vulgou a oferta formativa prevista para a extensão de Pinhel. Ao lon-go deste ano, em horário laboral e pós-laboral, o Modatex vai realizar ações de formação em áreas como Costureira Modista, Língua In-glesa - atendimento, Socorrismo, Ambiente, Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho – Conceitos Básicos, Legislação Laboral e Iniciação à Costura.

Lisboa: delegação romena em formação no âmbito do ErasmusA delegação do Modatex em Lisboa recebeu, em março, uma formação em contexto prático destinada a um grupo de formandos e professo-res do Liceu Tecnológico Anghel Saligny, da Roménia.

Resultando de uma parceria entre a Casa da Educação Sapere Aude, Lda. e o Modatex, esta formação no âmbito do programa Erasmus durou 52 horas e teve como obje-tivo a obtenção de competências técnicas ao nível da tecnologia das máquinas, modelagem, corte e confeção de acessórios e elaboração de  diferentes peças de vestuário.

Modatex presente na FuturáliaO Modatex esteve na presente na Futurália, evento dedicado à oferta formativa, formação e empregabi-lidade que decorreu em março na FIL, em Lisboa. Durante quatro dias, os visitantes puderam co-nhecer instituições portuguesas e estrangeiras que deram a conhecer as suas ofertas formativas, bem como empresas de equipamento escolar e tecnologias educativas, empresas de recrutamento, ONGs e entidades financiadoras.

O Modatex, para além de divul-gar a sua oferta formativa, promo-veu um Concurso de Ilustração Criativa.

Santo Tirso: trabalhos de formandos com mensagem ambiental No âmbito do módulo de Ambien-te, os formandos dos cursos de Técnicas de Costura e Modelação de Vestuário da Fábrica de Santo Thyrso foram levados a refletir sobre vários temas e preocupações ambientais da atualidade.

Com base em vários aspetos abordados e em trabalho de pes-quisa, os formandos, trabalhando em grupos, manifestaram a sua “Mensagem Ambiental”. Assim, cada grupo vestiu um manequim utilizando apenas resíduos.

Nos trabalhos desenvolvidos fo-ram retratados os seguintes temas: Upcycling (a arte de aproveitar), Excesso de Consumo Têxtil (In-dústria têxtil poluidora), Desflo-restação, Reciclagem do plástico, As redes de pesca e a vida na água, Reciclagem do papel e Reciclagem do alumínio.

Modatex promoveu concursos na QualificaO Modatex participou na Qualifi-ca, evento que divulga ofertas de ensino, emprego e formação e que decorreu em março na Exponor, em Matosinhos.

Para além de um stand para divulgação da oferta formativa do centro, foram realizadas duas ativi-dades que apelaram à criatividade dos visitantes: um concurso de ilustração de moda e a construção de joaninhas em máquina de con-feção industrial.

Formanda do Modatex em 2º lugar no PFN Ana Carvalho Sousa, aluna do 3º ano do curso de Design Moda no Modatex, Porto, conquistou o 2º lugar no Concurso Jovens Cria-dores Portuguese Fashion News (PFN), que decorreu no âmbito do Modtissimo.

Este concurso foi dividido em duas categorias, ensino superior politécnico e ensino técnico-pro-fissional. A formanda do Modatex, que competiu na primeira cate-goria, trabalhou com materiais da empresa Paulo Oliveira.

João Feitor, aluno de Design de Moda no Modatex Lisboa, também representou o Modatex no PFN.

Lisboa: exposição de acessórios de modaAcessórios da autoria de formandos do curso de Técnicos de Desenho de Moda estiveram expostos na delegação de Lisboa do Modatex.

Estes trabalhos foram realizados no módulo de Técnicas de Execu-ção de Acessórios de Moda, tendo sido usadas várias técnicas e utili-zados diferentes materiais, como metais, peles, acrílicos e tecidos na confeção de sacos, pulseiras e complementos de vestuário.

Modtissimo contou com a presença do ModatexO Modatex esteve presente no Mo-dtissimo, no Aeroporto do Porto. Para além de um stand na zona des-tinada a expositores, para divulgar a sua oferta formativa, o Modatex esteve também representado pelos seus formandos, que participaram no Concurso Jovens Criadores Por-tuguese Fashion News (PFN).

Lisboa: Assiduidade premiada com Certificados de MéritoO Modatex procura incutir, nos seus formandos, o princípio de que a assiduidade nas ações de forma-ção que frequentam é essencial não só para que obtenham um bom aproveitamento, como para que, no futuro, possam ser bem-sucedidos profissionalmente. Assim, a dele-gação de Lisboa distinguiu, com certificados de mérito, as 31 for-mandas que, no ano passado, con-cluíram o seu percurso de formação com uma  taxa de assiduidade igual ou superior a 98%.

Covilhã: Formandos visitam Museu da Seda e Museu dos TêxteisFormandos das ações de Operador de Fiação e Operador de Tece-lagem da Delegação da Covilhã, acompanhados por formadores e responsáveis das ações visitaram, em janeiro, o Museu da Seda, em Castelo Branco, e o Museu dos Têxteis, em Cebolais.

No Museu da Seda foram abor-dadas questões relacionadas com a descoberta e utilização desta fibra, bem como nos procedimentos para obtenção dos filamentos e suas aplicações e importância da seda para a região, para o país e para a APPACDM, que gere o museu e o centro sericícola.

No Museu do Têxteis os forman-dos ficaram a conhecer as dife-renças entre o processo cardado e penteado, bem como a forma como se trabalhava, durante os anos 50, na antiga Fábrica da Corga, que deu origem ao museu.

Centros Qualifica do Norte Litoral estabelecem rede de cooperaçãoA cerimónia de assinatura do pro-tocolo da Rede Integrada de Quali-ficação do Norte Litoral (RIQNL), em que o Modatex está inserido en-quanto Centro Qualifica, teve lugar no dia 18 de janeiro, nas instalações do IPCA, em Barcelos.

Assim, e de acordo com este protocolo, os 23 Centros Qualifica comprometeram-se a colaborar na partilha de metodologias de inter-venção, procedimentos, formação contínua das equipas técnicas e pedagógicas, na elaboração de diagnóstico de necessidades de qualificação do território e no desenvolvimento de iniciativas, programas e projetos de interesse à comunidade.

O protocolo estabelece também uma política de reciprocidade entre os centros, que devem contactar-se para entreajuda em caso de temporária incapacidade de resposta.

Breves Breves

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VESTIR 80

28

Vereadora da Cultura na delegação da CovilhãNo dia 7 de junho, a delegação do Modatex na Covilhã recebeu a vereadora Regina Gouveia, res-ponsável pelos pelouros da Saúde, Cultura, Educação e Escolas, Ações de Apoio à Juventude e Ação Social na Câmara Municipal da Covilhã. A vereadora teve oportunidade de conhecer as salas, cursos e equipamentos existentes. No final da visita, a responsável autárquica abordou a possibilidade de alarga-mento da parceria entre o centro e o Município, para que sejam desenvolvidos projetos em ações de cariz social.

Delegação da IES Santa Engracia visitou sede Rosario Mateus Vicente, respon-sável pelo Departamento de Têxtil e Confeção, e o professor Fran-cisco Javier, do ciclo superior de Modelação e Moda, representantes da IES Santa Engracia de Madrid (Instituto de Educación Secundaria Santa Engracia), escola espanhola integra, tal como o Modatex, o projeto MODATOP, visitaram no dia 10 de abril a sede do Modatex, no Porto. Esta escola desenvolve cursos nas áreas de Design Moda, Modelação e Organização da Produção na Confeção. Nesta visita alargada ao Modatex foi possível tomar contacto com as diversas ações de formação.

Delegação russa no PortoNo dia 21 de fevereiro, e no se-guimento de contacto promovido pela Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) em Moscovo, teve lugar uma visita à sede do Modatex. O representante do AICEP, Evgeny Andrushenko, esteve acompanhado por Svetlana Molchanova, Diretora da Associação Empresarial União dos Fabricantes da Indústria Ligei-ra de S. Petersburgo e de Valentina Mironova, Diretora Geral da Firma Sharm, uma empresa russa que confeciona vestuário para senhora.Para além da visita às instalações, com a consequente interação com formandos de diversos cursos - para conhecerem as práticas portugue-sas de formação profissional na Indústria Têxtil e Vestuário - foram analisadas possibilidades de coo-peração entre a referida associação empresarial e o Modatex na área da Formação Profissional.

Lisboa: instituições europeias conheceram formação A delegação do Modatex em Lisboa recebeu em março a visita de repre-sentantes do Comité Económico e Social Europeu e do CEDEFOP (Centro Europeu para o Desenvolvi-mento da Formação Profissional). No âmbito deste encontro, no dia 23 de março o presidente do Conse-lho de Administração do Modatex, José Manuel Castro, e o ex-forman-do e atual formador, Leandro Costa,

Visitas Institucionais

Visitas Institucionais

participaram num dos painéis da conferência sobre Educação, For-mação e Emprego, que decorreu na sede da representação da Comissão Europeia em Lisboa.

Académie de Lyon esteve em Portugal Uma delegação da Académie de Lyon esteve em Portugal em feve-reiro no âmbito do projeto Eras-mus+, tendo visitado o Modatex e o CITEVE, entidades com as quais tem parceria.No dia 26 de fevereiro visitaram o CITEVE e a empresa Têxteis Penedo, SA. No dia seguinte os re-presentantes da Académie de Lyon estiveram na sede do Modatex, no Porto, onde decorreu uma mesa redonda entre equipas dos cursos de Design de Moda das duas esco-las. Seguiu-se uma visita à Petratex Confecções SA.

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VESTIR 80 VESTIR 80

30 31

COVILHÃ

Curso Modalidade Nível Destinatários Duração (H) Início

Técnico/a de máquinas de confeção Formação Modular Certificada - Vida Ativa

4 Desempregados >= 18 anos >= 9º ano escolaridade

1 460 jul/18

Costureiro/a modista EFA 2 >=23 anos >=4º ano de escolaridade

1 910 jul/18

Eletricista de instalações - Viseu Formação Modular Certificada - Vida Ativa

2 Desempregados >= 18 anos >= 4º ano escolaridade

825 jul/18

Modelista de vestuário Formação Modular Certificada - Vida Ativa

4 Desempregados >= 18 anos >= 9º ano escolaridade

1 820 jul/18

Operador/a de informática EFA 2 >=23 anos >=4º ano de escolaridade

1 935 jul/18

Prevenção e combate a incêndios Formação Modular Certificada

2 ≥ 18 anos, ≥ 4º ano escolaridade 25 jul/18

Primeiros socorros Formação Modular Certificada

2 ≥ 18 anos, ≥ 4º ano escolaridade 25 jul/18

Formação Pedagógica inicial de formadores Formação Modular Certificada

N/A >= 18 anos 90 set/18

Francês Formação Modular Certificada

4 >= 18 anos >= 9º ano escolaridade

100 set/18

CAD-iniciação Formação Modular Certificada

4 >= 18 anos >= 9º ano escolaridade

50 set/18

Relacionamento interpessoal Formação Modular Certificada

2 ≥ 18 anos, ≥ 4º ano escolaridade 25 nov/18

Photoshop Formação Modular Certificada

4 >= 18 anos >= 9º ano escolaridade

50 out/18

LISBOA

Curso Modalidade Nível Destinatários Duração (H) Início

Costureiro/a Modista - dupla certificação EFA 2 >= 23 anos , ≥ 6º ano escolaridade e < 9º ano escolaridade

1 910 jul/18

Alfaiataria Casacos Formação Modular Certificada

N/A >= 18 anos >= 9º ano escolaridade

300 set/18

Informática Formação Modular Certificada - Vida Ativa

N/A Desempregados ≥ 18 anos 225 set/18

Coleção de Moda Formação Modular Certificada

N/A Estudantes ou Profissional da área ≥ 18 anos ≥ 9º ano escolaridade

275 set/18

Design de Moda Digital Formação Modular Certificada

N/A Estudantes ou Profissional da área ≥ 18 anos ≥ 9º ano escolaridade

125 set/18

Modista de Atelier Formação Modular - extra CNQ

N/A >= 18 anos 610 set/18

Marketing e Mercado de Moda Formação Modular Certificada

N/A Estudantes ou Profissional da área ≥ 18 anos ≥ 9º ano escolaridade

150 set/18

Modelagem I Formação Modular Certificada

N/A >= 18 anos 175 set/18

LOUSADA

Curso Modalidade Nível Destinatários Duração (H) Início

Modelação de Vestuário Formação Modular Certificada - Vida Ativa

N/A >= 18 anos 1 820 Set/18

BARCELOS

Curso Modalidade Nível Destinatários Duração (H) Início

Técnicas de Tinturaria e Acabamentos - Laboratório Formação Modular Certificada - Vida Ativa

4 Desempregados >= 18 anos >= 9º ano escolaridade

1 120 jul/18

Técnicas de Comércio Externo Têxtil e Vestuário Formação Modular Certificada - Vida Ativa

4 Desempregados >= 18 anos 12º escolaridade

1 770 set/18

Métodos e Tempos de Trabalho Formação Modular Certificada - Vida Ativa

4 Desempregados >= 18 anos >= 9º ano escolaridade

1 395 set/18

Confeção de Peças de Vestuário Formação Modular Certificada - Vida Ativa

4 Desempregados >= 18 anos >= 6º ano escolaridade

845 set/18

Modelista de Vestuário Formação Modular Certificada - Vida Ativa

4 Desempregados >= 18 anos >= 9º ano escolaridade

1 880 nov/18

Marketing de Moda Formação Modular Certificada

4 >= 18 anos >= 9º ano escolaridade

100 jul/18

Modelação de Vestuário Formação Modular Certificada

4 >= 18 anos >= 9º ano escolaridade

1 200 jul/18

Técnicas de Tinturaria - Avançado Formação Modular Certificada

4 >= 18 anos >= 9º ano escolaridade

50 set/18

Iniciação às Artes Têxteis Formação Modular Certificada

4 >= 18 anos >= 9º ano escolaridade

200 set/18

Colorimetria Formação Modular Certificada

4 >= 18 anos >= 9º ano escolaridade

100 set/18

Introdução ao Corte Formação Modular Certificada

4 >= 18 anos >= 6º ano escolaridade

25 out/18

CAD - Modelação Assistida por Computador Formação Modular Certificada

4 >= 18 anos >= 9º ano escolaridade

300 out/18

Introdução aos Métodos e Tempos de Trabalho Formação Modular Certificada

4 >= 18 anos >= 9º ano escolaridade

300 out/18

Técnicas de Tinturaria - Iniciação Formação Modular Certificada

4 >= 18 anos >= 9º ano escolaridade

150 nov/18

Controlo de Qualidade Laboratorial Formação Modular Certificada

4 >= 18 anos >= 9º ano escolaridade

50 nov/18

Plano de Formação 2º Semestre 2018

Plano de Formação · 2º Semestre 2018

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VESTIR 80 VESTIR 80

32 33

MARCO DE CANAVESES

Curso Modalidade Nível Destinatários Duração (H) Início

Máquinas Rectas (Estruturas de Malhas) Formação Modular Certificada

N/A >= 18 anos 125 Set/18

Máquinas Rectas (Máquinas STOLL) Formação Modular Certificada

N/A >= 18 anos 75 Nov/18

Máquinas Rectas (Máquinas SHIMA) Formação Modular Certificada

N/A >= 18 anos 75 Nov/18

VILA DAS AVES

Curso Modalidade Nível Destinatários Duração (H) Início

Técnicas de Tinturaria e Acabamentos - Laboratório Formação Modular Certificada - Vida Ativa

4 Desempregados >= 18 anos >= 9º ano escolaridade

1 120 jul/18

Modelista de Vestuário Aprendizagem 4 Jovens entre 14 e 24 anos, 9º ano de escolaridade ou superior, sem conclusão do 12º ano

3 625 jul/18

Técnico/a de Enobrecimento Têxtil Aprendizagem 4 Jovens entre 14 e 24 anos, 9º ano de escolaridade ou superior, sem conclusão do 12º ano

3 675 jul/18

Controlo de Qualidade Laboratorial Formação Modular Certificada

4 >= 18 anos >= 9º ano escolaridade

50 jul/18

Técnicas de Tinturaria - Iniciação Formação Modular Certificada

4 >= 18 anos >= 9º ano escolaridade

150 jul/18

Modelação de Vestuário Formação Modular Certificada - Vida Ativa

4 Desempregados >= 18 anos >= 9º ano escolaridade

1 820 set/18

Operador/a de Tecelagem Formação Modular Certificada - Vida Ativa

2 Desempregados >= 18 anos >= 6º ano escolaridade

520 set/18

Introdução ao Corte Formação Modular Certificada

4 Desempregados >= 18 anos >= 9º ano escolaridade

25 set/18

Língua Inglesa Aplicada à ITV Formação Modular Certificada

4 Desempregados >= 18 anos >= 9º ano escolaridade

100 set/18

CAD - Modelação assistida por computador Formação Modular Certificada

4 >= 18 anos >= 9º ano escolaridade

200 set/18

Técnico/a de Logística EFA 4 >= 18 anos >= 9º ano escolaridade

2 045 out/18

Costura Industrial Formação Modular Certificada - Vida Ativa

2 Desempregados >= 18 anos >= 6º ano escolaridade

1 170 out/18

Empreendedorismo/Micronegócio Formação Modular Certificada

4 >= 18 anos >= 9º ano escolaridade

75 out/18

Marketing de Moda Formação Modular Certificada

4 >= 18 anos >= 9º ano escolaridade

75 out/18

Técnico/a de Tecelagem Formação Modular Certificada - Vida Ativa

4 >= 18 anos >= 9º ano escolaridade

1 200 nov/18

Máquinas de Costura Iniciação Formação Modular Certificada

4 >= 18 anos >= 9º ano escolaridade

300 nov/18

PORTO

Curso Modalidade Nível Destinatários Duração (H) Início

Modelista de Vestuário Aprendizagem 4 Jovens, entre 19 e 24 anos, 9º ano de escolaridade ou superior, sem conclusão do 12º ano

3 660 Jul/18

Logística e Distribuição aplicado à ITV Formação Modular Certificada - Vida Ativa

N/A >= 18 anos 1 525 Jul/18

Técnicas de Comunicação e Marketing Digital aplicado à ITV

Formação Modular Certificada - Vida Ativa

N/A >= 18 anos 1 525 Jul/18

Empreendedorismo / Criação de micro negócios Formação Modular Certificada

N/A >= 18 anos 75 Jul/18

Finanças para não Financeiros Formação Modular Certificada

N/A >= 18 anos 100 Jul/18

Eletricidade e Eletrónica Formação Modular Certificada

N/A >= 18 anos 150 Jul/18

Vitrinismo e Merchandising aplicado à ITV Formação Modular Certificada - Vida Ativa

N/A >= 18 anos 1 525 Set/18

Confeção de Peças de Vestuário Formação Modular Certificada - Vida Ativa

N/A >= 18 anos 1 195 Set/18

Costureiro/a modista EFA 2 >= 18 anos >= 9º ano escolaridade

970 Set/18

Métodos e Tempos de Trabalho Aplicado à ITV Formação Modular Certificada - Vida Ativa

N/A >= 18 anos 1 395 Set/18

Técnicas de Comércio Externo Têxtil e Vestuário Formação Modular Certificada - Vida Ativa

N/A >= 18 anos 1 770 Set/18

Técnicas Comerciais Formação Modular Certificada

N/A >= 18 anos 150 Set/18

Logística / Supply Chain Management Formação Modular Certificada

N/A >= 18 anos 50 Set/18

Modelista de Vestuário Formação Modular Certificada

N/A >= 18 anos 1 200 Set/18

Mandarim Formação Modular - extra CNQ

N/A >= 18 anos 100 Set/18

Illustrator 360º Formação Modular Certificada

N/A >= 18 anos 50 Set/18

Língua Inglesa aplicada à ITV Formação Modular Certificada

N/A >= 18 anos 50 Set/18

Técnico/a Especialista em Design Têxtil para Estamparia CET 5 >= 12º ano de escolaridade / <= 35 anos 1 560 Out/18

Design Moda Formação Modular Certificada - Vida Ativa

N/A >= 12º ano de escolaridade 4 595 Out/18

Determinação de custos de produção de vestuário Formação Modular Certificada

N/A >= 18 anos 50 Out/18

InDesign Formação Modular Certificada

N/A >= 18 anos 50 Out/18

Marketing Digital de Moda Formação Modular Certificada

N/A >= 18 anos 100 Out/18

Lean Six Sigma - Management Formação Modular Certificada

N/A >= 18 anos 175 Out/18

Planeamento e Gestão da Produção (Lean Manufacturing) Formação Modular Certificada

N/A >= 18 anos 75 Out/18

Alemão Formação Modular Certificada

N/A >= 18 anos 100 Out/18

Automação Industrial Formação Modular Certificada

N/A >= 18 anos 100 Nov/18

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VESTIR 80 VESTIR 80

34 35

TRAN

SCUL

TURA

L (IN) TRANS (IT) (IN) T

RANS

(IT)

TRANSFORMING

A Intercolor é uma organização in-ternacional sem fins lucrativos, cujo interesse incide na pesquisa e desen-volvimento da cor.

Criada em 1963, é atualmente constituída por 16 países: Alemanha, China, Co-reia do Sul, Dinamarca, Espanha, EUA, Finlândia, França, Itália, Japão, Portugal, Reino Unido, Suíça, Tailândia, Turquia e Hungria.

A ANIVEC/ APIV é o membro oficial português e o Modatex a instituição que elabora a proposta portuguesa.

Sazonalmente é realizado um congresso, proporcionando aos membros a oportu-nidade de conhecer, partilhar e debater diversas visões sobre cor.

O Modatex representa a ANIVEC/ APIV nesses encontros, apresentando e promovendo a proposta de cor nacional.

Os temas e respetivas paletas de cor são desenvolvidos com base na análise do contexto macroeconómico português, bem como nos valores nacionais e estilos de vida.

A equipa transdisciplinar responsável pela proposta é coordenada por Isabel Moutinho e Luís Parada. Nesta edição integraram o grupo: Fátima Leite (Trend Watcher e Artista Plástica), Nuno Gregório (Designer de Moda), Joana Campos Silva (Creative Manager), Ana Vaz (Area Mana-ger), Mónica Santos (Product Designer) e Miguel C. Tavares (Vídeo Editor).

Entre os dias 23 e 25 de maio, foram apresentadas por Isabel Moutinho & Luís Parada, na cidade de Marselha, a proposta de cor para a estação Primavera/Verão 2020.

O anfitrião desta edição foi o Comité Français de la Couleur (CFC) em parceria com a Maison Mode Mediterranée (MMM).

Encontro Intercolor maio 2018

Encontro Intercolor · maio 2018

Conceito apresentado por Portugal para a estação primavera/verão 2020

(IN) TRANS (IT)

Muito embora o futuro se nos apresen-te em fragmentos fugazes e efémeros, vislumbra-se já o quotidiano em perma-nente transgressão.

Ansiamos pela liberdade das normas sociais e buscamos hábitos flexíveis, quer seja na forma, ou em conceitos híbridos que desafiam género, época e classe. Paralelamente expandem-se os modelos impostos, as obsessões, os cultos, as conve-niências pessoais e egos inflamados.

Contribuímos para uma sociedade quase a transbordar de informação, na qual se oscila entre o rastreamento obsessivo dos dados pessoais e a restrição dos mesmos.

Apercebemo-nos que as culturas pró-prias de cada povo e os traços da identida-de pessoal são cada vez menos distintos e a estão cada vez mais interconectados.

Neste cenário que parece alimentado por

danos incompreensíveis e onde se apela à transparência, assiste-se a acontecimentos que inevitavelmente nos conduzirão aos limites do atual modelo de consumo.

A segunda década do séc. XXI marcará certamente um ponto de inflexão no perfil étnico/religioso/racial das maiorias. Habi-tamos um território social, mas também local e somos os atores da 4ª revolução industrial.

É premente entrar em contato com as coisas que nos tocam, quer emocionalmente quer fisicamente, incluindo a sexualidade, o humor, os micróbios…

Enquanto procuramos soluções e formas de estar mais conscienciosas, os conceitos acessíveis e descomplicados vão ganhando terreno.

Até lá, teremos um percurso que se faz pela e para a diferença e caberá à consciên-cia individual agir ou não.

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17-1505 TPX 18-1022 TPX 17-1446 TPX 18-5621 TPX 19-1337 TPX 18-1648 TPX 19-0814 TPX 18-1033 TPX 14-4112 TPX 19-0312 TPX

18-5105 TPX 17-5102 TPX18-1110 TPX 12-0530 TPX13-1318 TPX 14-1041 TPX16-1107 TPX 16-3915 TPX15-5704 TPX 15-4305 TPX14-0232 TPX 16-4421 TPX17-1506 TPX 18-3916 TPX17-0207 TPX 18-5203 TPX 18-1016 TPX

19-1020 TPX 19-0511 TPX19-1245 TPX 14-6408 TPX13-0947 TPX 17-1316 TPX12-0817 TPX 16-1210 TPX17-1328 TPX 15-4503 TPX13-1006 TPX 12-0601 TPX 19-3803 TPX 18-0513 TPX 19-4005 TPX

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Outono/inverno 19/20 · Beautiful Collapse

Vivemos num planeta onde quase metade da população vive nas cidades. Os mapas estão permanentemente a ser redesenhados e as populações não param de mudar. À medida que os países são remodelados por esses movimentos, levantam-se questões de classificação/identificação.Será que são as fronteiras que definem a identidade do individuo ou de um povo? E os limites geográficos de um país?

O Encontro Intercolor outono/inverno 2019/2020 realizou-se entre os dias 29 de novembro e 1 de dezembro de 2017, em Itália, na cidade de Milão.Especialistas em cor oriundos de vários países e três continentes (Europa, Ásia e América) representaram o seu país, apresentando os conceitos e respetivas

Ao longo da história as sociedades transformaram a natureza em pai-sagens culturais, caracterizadas por valores materiais e imateriais. A atualidade oferece a possibilidade de perceber essas paisagens a partir de outros ângulos. Nomeadamente, a fo-tografia aérea da paisagem possibilita visões alternativas dos lugares que, só por os habitarmos, julgamos conhecer. É uma oportunidade para ver o mundo em miniatura, onde a paisagem, apa-

propostas de cores para a estação, bem como as referências e ambientes que influenciaram as suas escolhas. O trabalho desenvolvido durante estes dias foi resumido numa proposta de cor (constituída por paletas e respetivos conceitos), devidamente concertada entre os países participantes. Sem

rentemente plana e infinita, se transforma numa tela de patchwork. Inspiração para uma gama de cores que terá de passar inevitavelmente pelo con-junto das existentes na envolvente urbana e natural.Uma variada mistura de matizes, que muito embora nos remeta para os 70s, apresenta-se como alternativa.

vínculo a qualquer mercado ou produto e apenas com o objetivo de ser uma inspiração e orientar. A proposta portuguesa para a outono/inverno 2019/2020 segue essa matriz de construção, propondo cores e temáticas que deverão ser sempre ajustadas ao produto quando utilizadas pela ITV.

Uma tempestade, água contamina-da, poluição atmosférica, o ruído, a poluição visual, toxicidade…são representações que preconizam um momento peculiar e que teremos em breve oportunidade de testemunhar, o da reconstrução do conceito de beleza. Há uma simplicidade quase pura nes-tes acontecimentos que vai direta ao coração doente da condição humana; à falha fatal do nosso relacionamento

A pausa que vem dos compassos de espera e que será abraçada com prazer, cujos principais agentes são o indivíduo e a passagem do tempo. A relação com a Natureza, onde o espaço é tratado como uma cenografia da memória, constituído, pelos lugares e paisagens de uma vida. Um mapa identitário, individual e único.A paleta nasce do conceito de essência e simplicidade.

Há beleza nas marcas do corpo que registam a história de uma vida.São traços exteriores únicos que per-mitem o reconhecimento dos sujeitos, indo além da sua Identificação e filiação. As marcas, embora estejam geral-mente relacionadas com experiências dolorosas, também relatam episódios positivos a que o corpo sobreviveu; daí a importância de as exibir como símbolos do triunfo e assim perpetuar

com os materiais, com os objetos, com a instrumentação e instrumenta-lidade e ainda com o mundo. A paleta deste tema é composta qua-se exclusivamente por tons neutros empoeirados, pontuada apenas por raros acentos dissonantes.Cores vindas das rochas e de metais como estanho são animadas por um rosado tóxico. Entre um tom de areia e um de alumínio está um verde ácido

São pigmentos genuínos e tímidos, impregnados de tatilidade. Um conjunto de cores quentes e aconchegantes, que convivem com escuros profundos e bases muito claras de aspeto rudes e crocante.Um tributo à perseverança para a criação do futuro.

a vontade de celebrar.O estigma que o corpo suporta pare-ce estar a transformar-se em veículo libertador de fraquezas que, por nada temerem, se revelam.A superfície da pele e da massa física servem como suporte de escrita aos carateres de uma nova linguagem. Inspira cores parceiras de aconteci-mentos passados e futuros, que fun-cionam como ensaio interpretativo.Roxos apaixonantes, azuis que servem

a contaminar o ambiente. Um inusi-tado amarelo limpo e pálido e outro mais intenso permitem ainda que por breves instantes se vislumbre uma névoa azul, que logo se desvanece.

de abrigo e um suave tom de pele. Os iridescentes são cores metafóricas da consciência e os rosados queimados da aceitação e resignação.

Proposta de cor apresentada por Portugal para a estação outono/inverno 2019/2020Beautiful Collapse

18-3737 TPX 18-3945 TPX 19-3952 TPX 19-3938 TPX 19-3619 TPX 15-1512 TPX 18-1512 TPX 18-1616 TPX

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Em Lisboa, Susana Bettencourt, formadora no Modatex, apre-sentou “Machine after machine”, uma coleção que recorda os jo-gos Arcade e o momento em que a amizade e os períodos de lazer reais passaram a ser cada vez mais virtuais. Dado que o conceito passava pela mudança dos hábitos das crianças, a designer enten-deu que este foi o momento certo para apresentar propostas para os mais pequenos.

As texturas e fios únicos e personalizados permitiram dar corpo à sua visão, transmitida também pelas malhas tricotadas grossas, fundindo-se com bombazine brilhante; os volumes são criados com fitas de malhas e franzidos. “O brilho dúbio do Chenil em conjunto com os jacquards de padrões fortes trazem a esta coleção profundidade e complexidade na combinação de cores”, realça a memória descritiva.

Já no Porto, o arranque dos desfiles foi assinalado com o Con-curso Bloom, que contou com a participação da marca Inna Stu-dio, criada por Patrícia Augusta, ex-formanda de Design de Moda do Modatex. Depois de ter participado enquanto finalista, a jovem regressou na última edição à plataforma Bloom com uma coleção que “aborda a busca da espiritualidade através do que nos rodeia”, tendo como objetivo encontrar a verdade. Para transmitir a ideia que a verdade é, por vezes, falaciosa, Patrícia Augusta apostou em

linhas e blocos assimétricos. A coleção alude a estruturas rígidas e volumosas, dando a ideia de proteção e o alcance e fluidez.

Sara Maia, que terminou em 2011 a formação em Design de Moda no Modatex, criou uma coleção que teve como ponto de partida agitadores e influenciadores tão diferentes como Le Cor-busier e ASAP Rocky. Na passerelle do Portugal Fashion optou pelo conceito de instalação e não pelo tradicional desfile de moda. Apresentou looks simples com cortes rígidos e influência militar, mantendo uma estética contemporânea e andrógina.

“Sound” foi o tema das propostas de Carla Pontes, ex-formanda e atual formadora do Modatex. O ponto de partida para esta cole-ção, que pretende reforçar a identidade individual, foi a exposição “No Limiar da Visibilidade” de Wolfgang Tillmans. Materiali-zando essa individualidade, foram criados para esta coleção ma-teriais texturados e irregulares de algodões e lãs compactas. Os pretos e o cinzento-escuro contrastam com tonalidades vibrantes de vermelho, azul e menta. A versatilidade é visível também nas silhuetas, com fitas que dão liberdade na construção dos looks, tornando-os soltos ou cintados, consoante o gosto ou o estado de espírito de quem os usa. São exploradas as volumetrias oversized, detalhes asiáticos, clássicos e desportivos, formas bicudas e con-trastes de cor.

A 42ª edição do Portugal Fashion mostrou, mais uma vez, o talento de várias gerações de designers formados no Modatex. No Terminal de Cruzeiros de Lisboa e no Parque da Cidade, no Porto,

foram apresentadas as propostas para o outono/inverno.

“Pé de Chumbo”, marca da ex-formanda Alexandra Oliveira, também esteve na passerelle do Portugal Fashion, com uma cole-ção inspirada nos tartãs tradicionais.

Streetwear, casual e festa foram os três temas de propostas em que os brilhos metálicos se misturam com as lãs e o xadrez, cons-truídos em texturas abertas com formas volumosas em tons grá-ficos, como o preto, cinza, branco e vermelho (para um ambiente urbano) ou tons bucólicos como beges, verdes e azuis. As formas cheias, texturas plastificadas e folhos dão forma a brilhos metáli-cos em fios pesados e lãs.

Punk, Blade Runner e burelHugo Costa, formador no Modatex, apresentou “(A)way of Punk”, tendo como premissa que o punk não morreu, apenas se transfor-mou. “Está implícito na coleção, que se reflete como reação. Atra-vés do uso da cor e das combinações de matérias mais agressivas e coordenados justapostos de forma não convencional, apostando sempre no movimento no gender. A coleção foge do color block e trabalha numa explosão cromática”, justifica o designer na memó-ria descritiva.

Em “Night Drive”, Luís Buchinho, ex-formando e formador no Modatex, explora a atração das imagens computadorizadas e a es-tética computacional do final dos anos 60. Os desenhos dos pa-drões foram inspirados pela pixelização gerada pelo ritmo da mú-sica sintetizada e pela abstração gráfica daí decorrente. A seleção de materiais e silhuetas foi inspirada pelo universo Blade Runner 2049, em que a roupa tem uma função e proteção, mas também de facilitar a mobilidade: mangas raglan, cinturas definidas e subli-nhadas, punhos e ombros alongados em ribs canelados, escapulá-rios compridos que cobrem toda a zona do peito, bolsos de chapa amplos e acolchoados matelassé são detalhes que contribuem para esta dupla função. A paleta é dominada pelo preto com diferentes tons e brilhos, mas inclui também o azul primário, verde azeitona e laranja puro. O multicolorido ponteado dos estampados remete para a pixelização das imagens computadorizadas e imprime rit-mo às peças.

Katty Xiomara, formadora e ex-formanda do Modatex, criou uma coleção que “apresenta um retrato abstrato do imaginário gestual, interpretando, de certa forma, a atual linha de pensamento baseada numa mistura de incerteza, alarmismo e otimismo”. Formas orgâ-nicas, em peças com assimetrias e contrastes, com diferentes tex-turas, volumes e janelas inesperadas de cor desconstroem obras do cubismo e do abstracionismo lírico para criar estampados extensos e cheios de cor. A palete de cores é composta por cores como o preto e o azul-escuro, que contrastam com rosa-choque, vermelho “tandoori spice”, rosa barroco, laranja, rosa-pálido, azul brilhante e azul-celeste. Os materiais usados vão desde a seda, renda e algo-dão leve a camurça, veludo, tecido duplamente acolchoado, pelo sintético e burel.

Pela passerelle do Portugal Fashion passaram mais uma vez as criações de Nuno Baltazar, ex-formando do Modatex, que apre-sentou uma coleção marcada pelos contrastes de volumes e pela escolha de materiais nobres, como sedas, lãs e algodão. Os vestidos românticos são criados para serem usados no quotidiano. Os bro-cados conferem textura a peças em tons como dourados, cinzas, pretos, tijolo, castanhos, bege ou azulão.

Nos desfiles dedicados às marcas, destaque para a Dielmar, em-presa onde Rita Gaspar, ex-formanda de Design de Moda, é uma das diretoras criativas. A coleção Outono/Inverno, intitulada “The Jouney”, apresenta uma nova perspetiva sobre a moda masculina, recuperando padrões tradicionais como o príncipe de gales, pied poule, riscas e espinhado. Laranja ferrugem, verde seco, cinza be-tão, azul elétrico são as paletas predominantes.

42ª edição do Portugal Fashion

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Prémios distinguem a formação do Modatex

A plataforma Sangue Novo, destinada a novos talentos da moda portuguesa, contou com a presença de vários alunos e ex-alunos e dois deles foram premiados. Filipe Augusto, formando de Design de Moda no Modatex Porto, recebeu o prémio Sangue Novo. O júri, constituído por Eduarda Abbondanza (presidente da Asso-ciação ModaLisboa), Lidija Kolovrat (designer de moda), Paulo Macedo (stylist), Miguel Flor (diretor criativo da revista Principal) e Myra Postolache (fundadora da TSCOF Agency x New Talents), distinguiu a coleção do jovem designer com uma bolsa de 5000 euros, um summer course numa academia de moda italiana e en-trada direta na próxima edição de Sangue Novo.

A coleção “Colheitas” foi inspirada no Douro e em “persona-gens reais” que, vestidas com trajes aleatórios, criam “de forma involuntária uma identidade visual própria, única e de certa for-ma irreal”. Uma coleção masculina feita de memórias, já que Fi-lipe Augusto nasceu em Peso da Régua. Concluiu a formação em outubro de 2016 e em abril de 2017 conquistou o segundo lugar no concurso I-com Global. Em outubro desse ano, com a coleção “7 saias” tinha conquistado uma menção honrosa no concurso Sangue Novo.

Inês Nunes do Valle, formanda de Design de Moda no Modatex Lisboa, foi a vencedora do prémio The Feeting Room, pelo que a sua coleção “I’m in the wrong joke” vai ser vendida nas lojas da marca em Lisboa e Porto. Embora tenha frequentado o curso de Arquitetura, sempre teve uma grande paixão pela área têxtil e em 2015 inscreveu-se no curso de Design de Moda no Modatex Lis-boa. A sua estreia no Sangue Novo da ModaLisboa foi, assim, co-roada de êxito. “I’m in the wrong joke” é uma coleção que resulta

de uma reflexão sobre a sociedade atual, caraterizada pelo hiper-texto e pela justaposição. A obra Untitled Joke (Prince R.,1987) é a referência utilizada para este exercício de reflexão.

“Fake it until you make it” é o tema da coleção OPIAR, mar-ca unissexo da autoria de Artur Dias e Vera Gomes, alunos de Design de Moda no Modatex Porto. Apostando em tons pastel, como o rosa, mas também em tecidos metalizados, esta coleção reflete sobre as aparências e a “fama” procurada através das redes sociais. Esta realidade é abordada “através da mistura entre uma linguagem romântica e delicada aliada a uma abordagem mais desportiva e robusta do sportswear, contrastando a vida que que-remos mostrar com a vida que na verdade vivemos”.

Isidro Paiva, ex-formando de Técnicas de Desenho de Vestuá-rio no Modatex Lisboa, apresentou “Beauty of Misfit”, uma co-leção que usa técnicas como os tricotados, drapeados, aplicação de missangas e pintura com borracha sobre tecido, apostando em cores como branco, verde militar, verde oliva, verde-garrafa, antracite, preto praliné e castanho avelã. O merino, bombazina, pele de pêssego, pelo de carneiro, denim, chenille, malha de tule e malha de algodão foram os materiais escolhidos.

Já na plataforma LAB, destaque para “Let me Breathe”, uma co-leção de Patrick de Pádua, ex-formando do curso de Design de Moda no Modatex Lisboa. Inspirada no imaginário coletivo dos anos 70, dá ênfase às cores vibrantes, padrões e a uma silhueta mais oversized. A paleta de cores retoma o preto e branco, já ha-bituais no designer, a que se juntam tonalidades de castanho e laranja. Materiais mais clássicos, como a fazenda e a bombazine, misturam-se com neoprenes.

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ModaLisboa · Prémios distinguem a formação do Modatex

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Dois formandos do Modatex foram premiados na última edição da ModaLisboa, dando assim seguimento ao reconhecimento que a formação

do centro tem conseguido neste e noutros eventos da moda nacional e internacional.

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I Mostra Internacional de Rendas de Bilros

Serra D’El Rei

Trabalho de equipa cria coordenados para desfile · I Mostra Internacional de

Rendas de Bilros Serra D’El Rei

Os coordenados apresentados na 1.ª Mostra Internacional de Rendas de Bilros, que decorreu nos dias 19 e 20 de

maio em Serra D’El Rei, Peniche, foram resultado de um verdadeiro trabalho de equipa, envolvendo formandos de

vários cursos do Modatex Porto.Para esta mostra, que contou com 18 delegações nacionais

e internacionais, foram elaborados 13 coordenados, mostrando, uma vez mais, que a tradição das rendas pode

ser incorporada em peças atuais e modernas. A criação foi da responsabilidade dos formandos de

Design de Moda, enquanto a modelação foi feita pelos formandos de Modelação de Vestuário. A confeção

dos coordenados esteve a cargo dos alunos do curso de Costureiro/ Modista. As rendas, aplicadas em vestidos, calças, jumpsuits, saias e camisolas, foram feitas pelas

rendilheiras de Peniche.

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Trabalho de equipa cria coordenados para desfile

Nádia MattosBoémia

Aqui se desenvolve a narrativa de uma mulher que abraça o seu carisma boémio nos seus momen-tos de lazer. A sua imagem salienta ousadia, elegância e feminilidade.O padrão florido e geométrico em Rendas de Bilros realça a sua segu-rança e a sua afirmação.

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Ana Rita de Sousa(anti) ARTE

O tema escolhido para o desen-volvimento do coordenado foi o Dadaísmo, especificamente 2 obras escultóricas de Marcel Duchamp: a Fonte e a Roda da Bicicleta. Destas obras foram retiradas formas, e ins-piração para a Renda de Bilros.

Pedro AriAudrey Hepburn

Audrey Hepburn é o nome de uma actriz norte-americana que, com a sua beleza e elegância, se tornou um ícone do cinema e da Moda.Foi uma musa inspiradora de Hubert de Givenchy, fundador da casa Givenchy. Audrey Hepburn foi também a ins-piração para a criação de uma rosa, e é essa rosa que serve de ponto de partida para o desenvolvimento deste coordenado, onde a Renda representa a silhueta das pétalas e a camisola, com o seu volume, dá vida ao conjunto.

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Diogo Van der SandtCleanSight

Inspirado na arquitetura do Museu do Louvre em Abu Dabi, o coordenado usa uma silhueta simples e feminina, conjugando cortes e texturas, para realçar o jogo de interior e exterior, claro e escuro do edifício.A Renda de Bilros, num padrão retira-do de um detalhe da abóboda, ajuda a reforçar os jogos de estrutura.

João CoutinhoSimplicar

A tentativa de simplificação da Natureza, da sua riqueza de formas e cores, é obtida através de jogos de camadas. A Renda de Bilros sobrepõe-se a todas as camadas, trazendo a textura que nos relem-bra da complexidade que o Natural encerra em si.

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Susana RaimundoBond

Quando falamos na junção entre Punk Rock, Anarquismo e Moda é impensável não nos lembrarmos da inigualável Vivienne Westwood - inspiração para este coordenado.A Renda de Bilros, aplicada em deta-lhes, reforça a feminilidade do vestido.

Mariana CharmeÓnix

A pedra ónix é uma pedra que por muitos é considerada como elemen-to de proteção, por outros torna-se actrativa devido às cores em que se encontra: preto e branco.Foi através destas duas observações que o coordenado apresentado foi desenvolvido.A Renda de Bilros serpenteia no vestido, destacando, distraindo e abraçando o corpo.

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Daniela CarvalhoNunca se fala do mar a qualquer pessoa...

A faina na história e nas estórias de Peniche. As memórias dos pesca-dores e das suas mulheres contadas pelos seus trajes e a Renda como elemento de tradição e ocupação são as inspirações para este coordenado.

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Sara VendaComplexidade

A complexidade dos movimentos realizados pelas Rendilheiras conta--nos estórias, mas também aludem ao passar dos tempos.Mas os tempos são outros, e a complexidade tem que ser conju-gada com o despojamento, com a simplicidade. Neste coordenado procura-se conjugar estes dois universos, onde a complexidade da Renda conta uma estória de assime-tria, rigor e densidade, enquanto que o vestido sweat simplifica a estória apresentada.

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Catarina MouraYellow Talks

A Renda de Bilros sugere leveza e delicadeza que inevitavelmente se mistura com feminilidade, doçura e fantasia. Levam-nos a viagens inte-riores onde o passado é despertado e memórias despenteadas e libertas do seu véu de transparências.

Ana Luís Silvatangled

Até na desorganização da mente se encontra o equilíbrio. Neste coor-denado a Renda de Bilros torna as formas retas e arquitetónicas menos rígidas e forma um equilíbrio entre o recto e limpo com a confusão. Uma combinação de intensidade emocio-nal com a rigidez das formas.

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Sílvia RochaRedes

Focando-se nas redes de pesca e na sua ligação às Rendas de Bilros, este coordenado brinca com as texturas e padrões das redes num detalhe das costas do Jumpsuit.

Rita MachadoFiligrana

A fonte inspiração utilizada foi a tradicional filigrana Portuguesa, mas numa vertente mais contemporânea. A imagem escolhida para ponto de partida foi uma folha, em ouro, em que os veios foram obtidos através da técnica de filigrana.O resultado final é uma peça que transmite a dualidade leve / pesado. Esta dualidade foi trazida para o coordenado, jogando-se com o peso e densidade do material com a leve-za obtida na Renda, reforçada pelo jogo com o preto e dourado.

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1 · A revista VESTIR é uma publicação periódica semes-tral do MODATEX · Centro de Formação Profissional da Indústria Têxtil, Vestuário, Confecção e Lanifícios, com uma tiragem de 2200 exemplares por número.

2 · A revista é publicada em português, mas poderá contemplar edições especiais ou suplementos em língua inglesa.

3 · A VESTIR pretende ser uma publicação de referência para o cluster Têxtil e Vestuário e para a Indústria da Moda (indústria, distribuição e retalho), oferecer valor e desenvolver o relacionamento com todos os stakeholders, inclusive na cocriação de conteúdos com os agentes do sector.

4 · Esta publicação apresenta-se ainda como um veículo de divulgação de conhecimento técnico e científico, de projetos de arte e de design, mesmo que experimentais, mas também de informação atual sobre e/ou com relevân-cia para os seus públicos, considerando os micro e macro ambientes.

5 · A revista VESTIR estrutura-se em 3 grandes secções que incluem genericamente as seguintes propostas de valor:

Atual Oferecer uma visão macro e de carácter global do ambien-te da Indústria da Moda, do Sector Têxtil e Vestuário.

Organizacional Partilhar uma mensagem institucional sobre um tema de atualidade; fazer comunicações que a organização considere significativas; partilhar valores com o público e através disso criar um espaço de identidade MODATEX/leitores e estreitar relacionamentos; divulgar os serviços/ benefícios que tem para oferecer ao público em geral mas especialmente às empresas, através dos seus serviços de formação e/ ou outros; dar a conhecer as iniciativas da entidade e os projetos cápsula dos formandos.

Inspiracional Secção que pretende ser inspiradora e/ou mesmo influen-ciadora através de conteúdos que relatam casos de suces-so, de informação com carácter prospetivo, da difusão de tudo o que possa ser novo/ emergente e de itens que se consideram “belos”.

6 · Ambiciona-se que a imagem da Revista seja um dos focos diferenciadores. Considerando que os conteúdos devem ser acessíveis (não demasiado especializados e/ou com linguagem mais hermética) · “Help the Reader”-

Estatuto Editorial

PropriedadeMODATEXCentro de FormaçãoProfissional da Indústria Têxtil, Vestuário,Confecção e Lanifícios

Sede do Editor / Sede da RedaçãoRua Professor Augusto Nobre, 4834150-119 Porto

Registo ERCInscrição Nº 113412

NIPC (509906478)

EditorMODATEX · Centro de FormaçãoProfissional da Indústria Têxtil, Vestuário,Confecção e Lanifícios

Centro de Formação Profissional da Indústria Têxtil, Vestuário, Confecção e Lanifícios

DiretorJosé Manuel Castro

Coordenação técnicaJosé Manuel Castro, Rosário Lourenço, Ricardo Moura e Porto de Ideias

Conselho EditorialJosé Manuel Castro, João Costa, José Robalo, Jaime Regojo, Américo Paulino

Redação e PublicidadePorto de Ideias

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pretende-se ao nível do design de comunicação não só oferecer um produto com a qualidade inerente ao “ Bom Design”, mas também soluções distintas, tais como:

· A utilização de um formato não tradicional (23,2 x 29,7, por exemplo);

· Opção pela alternância de papéis de características diferentes; (por exemplo, papel poroso e mate vs. papel lustroso para que o produto surpreenda pelo aspeto visual e táctil;

· Utilização de cores tendência, em bloco, que conferem emoção e simultaneamente expressam modernidade.

7 · A VESTIR garante-se o direito de convidar entidades parceiras para colaborar com conteúdos para as diferentes secções da publicação.

8 · A VESTIR reserva-se o direito de convidar não só autores de mérito reconhecido, mas também jovens autores para publicarem / divulgarem os seus projetos na publica-ção, contribuindo assim para a divulgação de jovens talen-tos em diferentes domínios (científico, técnico, criativo).

9 · A revista VESTIR não publicará artigos que vinculem opiniões de orientação política, religiosa ou com julga-mentos éticos.

10 · A publicação aceita a introdução de publicidade, desde que esta esteja em consonância com a linha editorial e descrições técnicas disponibilizadas pela Coordenação da Revista. Estas inserções serão pagas pelos anunciantes conforme tabela a divulgar, anualmente.

11 · Às entidades protocolares do MODATEX é dis-ponibilizado um espaço publicitário, com dimensões pré-identificadas.

12 · A Direção e Subdireção da revista VESTIR são da responsabilidade do Diretor(a) e do Presidente do Conselho de Administração do MODATEX, respetivamente.

13 · Ao diretor(a) da Revista, compete convidar e nomear o/a Coordenador Editorial da Publicação.

14 · A Revista VESTIR possui um Conselho Editorial que integra Diretor(a), Subdiretor(a), Coordenador(a) Editorial da Revista, bem como, especialistas convidados.

15 · A Revista VESTIR poderá eventualmente constituir um Fórum Consultivo de carácter flexível e eventual, com recurso a membros dos órgãos sociais e de administração, bem como, a colaboradores da Organização.

Estatuto editorial disponível em: www.modatex.pt

ColaboraçãoPorto de Ideias, CENIT, técnicos e formandos do Modatex.

PublicaçãoPeriódica

PeriodicidadeSemestral

Tiragem2.200 Exemplares

ImpressãoMultitema Comunicação Digital, Lda.Rua do Cerco do Porto, 3654300-119 Porto

Depósito Legal345913/12

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