EDITORIAL · oração e na dedicação. Os três novos sacerdotes, recentemente ordenados e agora...

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JORNAL DA PARÓQUIA DE S. MIGUEL DA MAIA AGOSTO/SETEMBRO 2014 ANO XXV - Nº 273 Preço avulso: 0,50 € PUBLICAÇÃO MENSAL http://www.paroquiadamaia.net [email protected] PDJ EDITORIAL A nossa Paróquia começa o novo ano pastoral. Todos os elementos do Conselho de Pastoral Paroquial têm já o seu plano sectorial que, agora, se vai tornar público pois cada grupo não vive só para si mesmo mas insere-se na comunidade e Paróquia que é a nossa. A Paróquia é única e tem de estar organizada. No plano de pastoral deste ano, ocupa lugar importante a formação dos Leigos. Todos sentem a urgência deste trabalho que é essencial. Espera-se que esta escola comece ainda em Outubro. Em breve, vai ser aberto o Centro de Dia e o Apoio Domiciliário no Lar de Nazaré. Toda a paróquia será informada, pois para estes serviços são precisas inscrições. Todos saberão as condições. O Lar há um ano que foi benzido. É causa de alegria para todos, embora haja quem tente resistir mantendo-se alheios. Graças a Deus são muito poucos os que pertencem a este grupo. O tempo vai-os despertar pois serã impossível resistir a tão bela obra que é para fazer o bem. Viveu a Paróquia as Festas da Catequese e a grande Festa tricentenária de Nossa Senhora do Bom Despacho, tende nela participado as Paróquias da Maia, excepto a de Águas Santas. A Paróquia da Maia, atarvés do seu Jornal - S. Miguel da Maia - que agradecer aos Senhores Bispos: D. João Miranda Teixeira, que presidiu à Celebração de Domingo e ao Senhor D. Manuel Martins, agora Paroquiano da Maia a presidância à Celebração de segunda-feira. Deixaram a todos maravilhados, pois a sábia palavra atentamente foi escutada e guardada no coração. Fazendo 22 anos a Dedicação da Igreja de Nossa Senhora da Maia, haverá celebração, no dia 12 de Outubro, para a qual todos são chamados, pois será celebração única nesse domingo, embora haja celebração vespertina. Às 17 horas haverá Procissão com Nossa Senhora da Maia. Preparemo-nos e participemos. Sair da Igreja e vir com a Imagem de Nossa Senhora da Maia à Cidade pela qual Ele vela, é motivo de esperança e de bênção à Cidade de todos nós.

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JORNAL DA PARÓQUIA DE S. MIGUEL DA MAIA AGOSTO/SETEMBRO 2014 ANO XXV - Nº 273 Preço avulso: 0,50 €

PUBLICAÇÃO MENSAL

http://www.paroquiadamaia.net [email protected]

EDITORIALA nossa Paróquia começa o novo ano pastoral.

Todos os elementos do Conselho de Pastoral Paroquial têm já o seu plano sectorial que, agora, se vai tornar público pois cada grupo não vive só para si mesmo mas insere-se na comunidade e Paróquia que é a nossa.

A Paróquia é única e tem de estar organizada.No plano de pastoral deste ano, ocupa lugar importante a

formação dos Leigos. Todos sentem a urgência deste trabalho que é essencial. Espera-se que esta escola comece ainda em Outubro.

Em breve, vai ser aberto o Centro de Dia e o Apoio Domiciliário no Lar de Nazaré. Toda a paróquia será informada, pois para estes serviços são precisas inscrições. Todos saberão as condições. O Lar há um ano que foi benzido. É causa de alegria para todos, embora haja quem tente resistir mantendo-se alheios. Graças a Deus são muito poucos os que pertencem a este grupo. O tempo vai-os despertar pois serã impossível resistir a tão bela obra que é para fazer o bem.

Viveu a Paróquia as Festas da Catequese e a grande Festa tricentenária de Nossa Senhora do Bom Despacho, tende nela participado as Paróquias da Maia, excepto a de Águas Santas.

A Paróquia da Maia, atarvés do seu Jornal - S. Miguel da Maia - que agradecer aos Senhores Bispos: D. João Miranda Teixeira, que presidiu à Celebração de Domingo e ao Senhor D. Manuel Martins, agora Paroquiano da Maia a presidância à Celebração de segunda-feira. Deixaram a todos maravilhados, pois a sábia palavra atentamente foi escutada e guardada no coração.

Fazendo 22 anos a Dedicação da Igreja de Nossa Senhora da Maia, haverá celebração, no dia 12 de Outubro, para a qual todos são chamados, pois será celebração única nesse domingo, embora haja celebração vespertina. Às 17 horas haverá Procissão com Nossa Senhora da Maia.

Preparemo-nos e participemos. Sair da Igreja e vir com a Imagem de Nossa Senhora da Maia à Cidade pela qual Ele vela, é motivo de esperança e de bênção à Cidade de todos nós.

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CONSULTANDO A HISTÓRIA

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S. MIGUEL DA MAIA Proprietário e Editor

Paróquia da Maia

Director e

Chefe de RedacçãoP. Domingos Jorge

Colaboradores Ana Maria Ramos

Ângelo SoaresAntónio MatosArlindo CunhaCarlos CostaConceição Dores de CastroD. Manuel da Silva MartinsHenrique CarvalhoHigino CostaIdalina MeirelesJoão AidoJosé Carlos Teixeira José Manuel Dias CardosoLuís Sá FardilhaManuel MachadoMª Artur C. Araújo BarrosMª Fernanda Ol. RamosMaria Lúcia Dores de CastroMª Luísa C.M. TeixeiraMaria Teresa AlmeidaMário OliveiraP. Francisco José MachadoPalmira SantosPaula Isabel Garcia Santos

CorrespondentesVários (eventuais)

ComposiçãoJosé Tomé Tiragem - 1500 exemplares

Maria Artur

CELEBRAÇÃO DO 22º ANIVERSÁRIO DA DEDICAÇÃO DA IGREJA E FESTA DE NOSSA

SENHORA DA MAIA12 de Outubro

11h00 - Eucaristia na Igreja de Nossa Senhora da Maia. Solenizada por todos os nossos Grupos Corais. 16h15 - Celebração do Terço17h00 - Procissão com Nossa Senhora da Maia.

O itinerário: Rua Dr. Augusto Martins, Rua Augusto Simões; Praça Dr. José Vieira de Carvalho; Av. Visconde de Barreiros;Rua de Santa Casa da Misericórdia; Rua do Viso; Rua Dr. Augusto Martins e Igreja

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Mês de Julho/AgostoBAPTIZADOS

06/07 - Bruno freitas Fernades Vicente Torres Avelar12/07 - Maria Maia Gomes20/07 - Miguel Ângelo Silva Sousa Rodrigo Alexandre Silva Sousa Tiago Miguel Gonçalves Pinto Poiarez02/08 - Iara da Silva Vaz03/08 - Leonardo Diego Macedo da Costa09/08 - Inês Teixeira da Silva15/08 - José Guilherme Torres Monteriro - Laura Silva Ferreira - Vasco Silva Ferreira23/08 - Lea Cunha da Silva24/08 - Inês Daniela Castro Silva - Nuno Miguel Silva Pinto31/08 - Betriz Ferreira Gonçalves MATRIMÓNIOS26/06 - Aníbal de Amorim B Malheiro Júnior e Brígida Raquel Ribeiro Ferreira05/07 - Pedro Filipe Viagem Alves e Carla Cristina da Costa Rodrigues - Armando Augusto Fernandes Peixoto e Paula Alexandra dos Santos Valente 20/07 - Miguel Albino figueiredo da Silva Pinto e Ana Cristina Barros de Almeida26/07 - André João Pona Sousa Maia e Maria Inês da Silva Fernandes02/08 - Marco Paulo da Fonte Vaz Azevedo e Daniela Filipa da Silva Azevedo15/08 - Ricardo Miguel da Silva Pereira e Joana Catarina Costa Novais16/08 - Paulo alexandre Ferreira Pereira e Elisabeth Marie Torres Nogueira

ÓBITOS01/07 - José Augusto Pereira Soares (71anos)12/07 - Mário Arlindo dos Santos Leal (81anos)14/07 - Manuel Joaquim Brou R Lopes (80anos)19/07 - Ana Teresa (96anos)23/07 - Maria Emília Ferreira P Queirós (52anos)30/07 - Margarida Barros Lima (84anos)14/08 - João fernando machado dias (46anos)19/08 - Cremilde Maria da graça e Sá (88anos)25/08 - Beatriz Nogueira Gomes (89anos)28/08 - José Francisco dos S Moreira (49anos)30/08 - Dorinda Moreira dos Santos (89anos)

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MOVIMENTO DEMOGRÁFICO

Equipa Paroquial Vocacional

Pró - VOCAÇÃO, por vocação

Para o serviço do Povo de Deus

Nas terras da Maia, passámos uma semana a cantar Maria, a Mãe de Jesus e Mãe nossa. Sim, foi a Mãe que andou pelos nossos caminhos, que andou na nossa oração, que andou nos nossos corações. Mas, não foi uma semana, queremos que seja por toda a nossa vida. Porque Ela é Mãe e chega. Vamos ver: olhamos para a nossa casa sem Mãe e que resta? – Solidão, frieza, tristeza, saudade. Resta vontade de não estar, olhos perdidos no passado, vida sem projeto, morte de sonhos, quebra de laços.

Porque a Mãe enche a casa com o seu encanto, com a sua omnipresença, com a sua capacidade de adivinhar, de prever, de acautelar, de ajudar, de enxugar lágrimas, de cobrir vazios, de encorajar.

Assim é a Mãe na nossa casa, assim é Maria na Igreja, assim é Maria contigo e comigo.

É a Mãe, a Mãe de Jesus e nossa Mãe – Senhora do Bom Despacho e Nossa Senhora da Maia, que nos saúda hoje com o Seu carinhoso Bom Dia.

BOM DIA!

No final de Julho, o nosso Bispo procedeu a uma série de no-meações de sacerdotes da diocese, através dum documento cujo título explica tudo: “Para o serviço do Povo de Deus”. Pela sua importância doutrinal e pastoral, transcrevemos aqui alguns excertos:

“Consciente de que «os presbíteros diocesanos são os principais e insubstituíveis colaboradores da ordem episcopal, investidos do único e idêntico sacerdócio ministerial, o Bispo associa-os à sua solicitude e responsabilidade pastoral de forma que se cultive sem-pre o sentido da Diocese, fomentando ao mesmo tempo o sentido universal da Igreja»;

Atento à idade, à saúde e ao trabalho pastoral dos presbíteros, cumpre-me destacar a generosidade e a dedicação testemunhadas ao longo de toda a vida pelos sacerdotes que, por motivos de saúde ou de idade, cessam os seus múnus pastorais (…).

Quero agradecer e louvar a disponibilidade e a comunhão manifestadas por quantos agora assumem novas responsabilidades pastorais. Acompanho a todos e a cada um na oração e na dedicação.

Os três novos sacerdotes, recentemente ordenados e agora nomeados para os seus primeiros múnus pastorais, são uma bênção de Deus, que devemos saber agradecer e são

um sinal de confiança no futuro da Igreja, que devemos saber merecer.Esta certeza de bênção e este sinal de esperança não nos fazem esquecer a escassez de Clero, mas animam-nos a trabalhar com

renovado entusiasmo, acrescido vigor e fundada alegria. Deus não falta à sua Igreja com os trabalhadores de que a messe necessita. A bênção que constitui para a Igreja no seu todo e para o Presbitério em si mesmo a ordenação dos novos presbíteros diz-nos

como é importante agradecer a Deus os sacerdotes que temos, manifestar dedicação aos Seminários, como escola e ambiente de formação, e trabalhar com alegria e confiança para que novas vocações surjam no horizonte do futuro.

A missão de Jesus funda a missão da Igreja. É como continuadores ativos e participantes da missão de Jesus e para o serviço da Igreja, Povo de Deus, que tem sentido a missão que a cada um, em cada tempo e em cada lugar, se confia.

Cada batizado é sempre membro da comunidade eclesial mais alargada, que se vive e realiza na Igreja particular, que é a Diocese. É neste contexto pastoral e com este sentido mobilizador de toda a Diocese que procedo às nomeações agora apresentadas. Reconheço o trabalho que a todos solicito e sei a exigência da missão que a cada um confio neste momento. Imploro a bênção de Deus para a ação pastoral que de todos a Igreja do Porto confiadamente espera.”

A Vigararia da Maia passa a contar com dois novos sacerdotes:- P.e Augusto Manuel Miranda Carneiro da Silva, Pároco de Moreira da Maia, que vem de Ovar;- P.e Joaquim Domingos da Cunha Areais, Pároco de Folgosa e S. Pedro Fins, que regressa de estudos em Roma.Para ambos e para as comunidades que os acolhem desejamos que a sua vinda seja motivação para um entusiasmo renovado na

vivência cristã e no serviço aos irmãos.

O Sr. P.e Leonel Claro, dos Missionários Combonianos, celebrou na Maia (no decurso do Encontro JIM) e na sua terra natal (Penude – Lamego) 25 anos de vida sacerdotal.

Ao mesmo tempo que felicitamos o P.e Leonel e desejamos que o Senhor lhe continue a dar o entusiasmo com que se tem dedicado à sua missão, pedimos a Deus que, através deste exemplo de sacerdote feliz, desperte noutros jovens a vontade de se Lhe entregarem como sacerdotes, ao serviço da diocese ou nas missões.

Novos Párocos na Vigararia da Maia

Bodas de Prata do P.e Leonel

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CENTRO SOCIAL

LIVRO A LIVRO

Manuel Machado

Maria Fernanda e Maria Teresa

Ana Maria Ramos

É um livro que reúne mensagens pastorais escritas por D. Manuel Martins enquanto primeiro Bispo de Setúbal, bem como outros textos, testemunhos da sua atividade pastoral.

Ficamos assim, a conhecer melhor o Bispo e o Homem que foi e é D. Manuel da Silva Martins: - um mensageiro de Paz, de Esperança, de Solidariedade!

A preocupação com o bem-estar, a felicidade do outro, o respeito pela dignidade de todo o ser humano são apelos dos seus escritos dirigidos a crentes e não crentes.

Soube bem ler este livro. Oferece conteúdo para refletir e pôr em prática!

Na verdade D. Manuel pode ser considerado um modelo

PREGÕES DE ESPERANÇA

ROSAS TRISTES

de cristão. São suas as palavras: «se acreditamos em Cristo a nossa vida é Páscoa». Já que Páscoa quer dizer: «novidade feita de verdade, de justiça, de liberdade, de dignidade, de alegria de viver». E como Viver sempre a Páscoa? Dá-nos a resposta o próprio autor num poema (pág. 68 e 69) onde são propostos alguns caminhos:

(…) «Quando acolhi alguém com fome de ser ouvido, porque encontrava as portas a que batia sempre fechadas, Construí Páscoa.

Quando dei pão aos que tinham fome, agasalho a quem tinha frio e caminho a quem andava perdido, Construí Páscoa.

Quando enxuguei lágrimas, quando ajudei a sorrir, quando despertei vontade de viver e de caminhar, Construí Páscoa.

(…) É que, se acreditamos em Cristo, a nossa vida é Páscoa, Construímos Páscoa.»

Porque há rosas tão tristes,Tão tristes e tão sem cor?Tristes rosas cultivadas,Maltratadas, torturadasPor quem lhes devia darTodo o carinho e amor?

Rosas que podiam ser belas,Rosas que sofrem e choram,Cultivadas sem amor…Colhidas antes de abriremPelos que as plantaramMuito antes de sorrirem.

Que mundo tão violento!Jardineiros que maltratamAs rosas do seu canteiro,Pais cruéis, sem coração,Maltratando e abusandoDe seus f i lhos em botão.

Ó tristes rosas sem cor,Ó crianças indefesasQue só conheceste a dor…Torturadas, violadas, Ceifadas sem florirSem conhecer o amor.

Regresso de Férias. Penso no ar pesado de tantos que regressam dum perío-do de férias como se fosse o fim de uma liberdade condicional, um retomar de trabalho forçado. Isto mostra egoísmo, porque vemos o trabalho unicamente em função de nós próprios, ou dos que nos estão próximos, como fonte de sobre-vivência ou, talvez, mera realização pessoal, e não como um serviço aos outros, a nossa contribuição para o bem comum.

A dignidade do trabalho reside, não tanto na ocupação que temos, na pro-fissão que exercemos, no protagonismo que proporciona, mas essencialmente na intencionalidade que lhe damos. O trabalho promove, o trabalho desenvolve a personalidade. Por isso é que eu, mal terminei a quarta classe, com apenas 11 anos, fui à revelia dos meus pais pedir trabalho, e fui logo admitido. E, desde aí, ja-mais parei. Os restantes oito anos da minha formação "académica" foram feitos a ganhar para eles. Não havia naquele tempo tanta preocupação com a exploração da mão de obra infantil. Mas eu, sinceramente, nunca me senti explorado.

Se vivemos e realizamos o nosso trabalho com a preocupação de partilhar a responsabilidade da construção deste mundo, de dar continuidade ao dia da criação, pondo a render talentos recebidos que em nós devem ser dom gratuito, seja qual for a actividade deve ser uma das fontes da nossa alegria e da nossa vida. Que enorme testemunho me deu um aquista japonês nas termas de S. Pedro do Sul, que a páginas tantas ligou para a sua empresa laboral, em Tóquio, a perguntar se estaria a fazer falta ao trabalho. Estupefacto, eu disse-lhe:

-Em Portugal, a maioria dos portugueses, quando está de férias, até esconde onde está para que de modo algum os chamem.

O japonês respondeu-me que é norma do seu país interromper férias se o trabalho exigir. Agora voltemos à nossa azáfama. As actividades no nosso Centro Social e na

paróquia renascem mais intensas após alguma letargia. Queremos que renasçam com novo fôlego, animadas pelo Espírito. É o Espírito que orienta e desperta a novidade. Há frutos do ano anterior a preservar.

Foi inaugurado o Lar de Nazaré que, brevemente, nos vai acolher e fun-cionar noutras condições melhor estruturadas, mais confortáveis e com profissionalismo, que tanto melhor será se for acompanhado de calor humano.

Tal como dizia Madre Teresa de Calcutá, «Filantropia é fácil; sentimentos de compaixão e campanhas de solidariedade têm o seu valor e até são nobres; mas amar é mais difícil: exige estar com aqueles a quem devemos amar. Não chegam os sentimentos, exige-se a vida partilhada».

Mobiliário acabado de chegar...

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EQUIPA PAROQUIAL DE PASTORAL FAMILIAR

Contactos:917373873 - 229482390 229448287 - 917630347 229486634 - 969037943 966427043 - 229416209 - 916746491 - 965450809 962384918

Inicia-se no próximo dia 5 de outubro, em Roma, o Sínodo extraordinário dos Bispos

sobre “Os desafios pastorais da família no contexto da evangelização”. Teremos presente, ao longo de todo o ano, esta iniciativa do Papa Francisco e a sua intenção de dar centralidade à família, na oração e na missão da Igreja.

Vamos procurar estar estar em sintonia e actuar.

www.paroquiadamaia.net; - [email protected] - Navegue

E. P.P.FMaria Luísa e José Carlos Teixeira;Jorge Lopes; Lídia Mendes; David Barbosa; Maria Elizabete e Jorge Real; P. Domingos Jorge

Sinodo da Família - Começará em Roma (Vaticano) em OutubroO último domingo deste mês de Setembro, dia 28, será dedicado à oração pela III Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos, que decorrerá no Vaticano de 5 a 19 de Outubro, tendo como tema “Os desafios pastorais da família no contexto da evangelização”.Um comunicado divulgado neste sábado, 6, o Secretariado do Sínodo, convida as Igreja particulares, as comunidades paroquiais, os Institutos de vida consagrada, associações e movimentos a rezarem nas Celebrações Eucarísticas e noutros momentos celebrativos, nos dias anteriores e durante os trabalhos sinodais

Quando falamos de «pecados contra a unidade» da Igreja não podemos pensar unicamente nos grandes cismas:inclusive as paróquias, em vez de ser «lugares de partilha e de comunhão»,estão muitas vezes «tristemente marcadas por invejas, ciúmes e antipatias», disse o Papa Francisco durante a audiência geral de quarta-feira 27 de Agosto, na praça de São Pedro. Prezados irmãos e irmãs, bom dia.Cada vez que renovamos a nossa profissão de fé, recitando o «Credo », afirmamos que a Igreja é «una» e «santa». É una, porque tem a sua origem em Deus Trindade, mistério de unidade e de comunhão completas. Além disso, a Igreja é santa, porque está fundada em Jesus Cristo, animada pelo seu Espírito Santo, cheia do seu amor e da sua salvação. Mas ao mesmo tempo, é santa e composta de pecadores, todos nós, pecadores, que fazemos a experiência diária das nossas fragilidades e misérias. Então, esta fé que professamos impele-nos à conversão, a ter a coragem de viver quotidianamente a unidade e a santidade, e se não vivemos unidos, se não somos santos, é porque não somos fiéis a Jesus. Mas Ele, Jesus, não nos deixa sós, não abandona a sua Igreja!...Os Actos dos Apóstolos recordam-nos que os primeiros cristãos se distinguiam pelo facto de terem «um só coração e uma só alma» (Act 4,32); além disso, o apóstolo Paulo exortava as suas comunidades a não se esquecerem de que constituem «um só corpo» (1 Cor 12, 13). No entanto, a experiência revela-nos que se cometem muitos pecados contra a unidade. E não pensemos unicamente nos cismas, mas também nas faltas muito comuns cometidas nas nossas comunidades, nos pecados «paroquiais», nos pecados que se cometem nas paróquias. Com efeito, às vezes as nossas paróquias, chamadas a ser lugares de partilha e de comunhão, são tristemente marcadas por invejas, ciúmes, antipatias... E as bisbilhotices estão ao alcance de todos. Quantas intrigas há nas paróquias! Isto não é bom. Por exemplo, quando alguém é eleito presidente de uma associação, tagarela-se contra ele. E se uma outra pessoa é eleita presidente da catequese, as outras mexericam contra ela. Mas esta não é a Igreja! Isto não se deve fazer ,não devemos agir assim! É necessário pedir ao Senhor a graça de não agir deste modo. Isto acontece quando aspiramos aos primeiros

lugares; quando nos pomos a nós mesmos no centro, com as nossas ambições pessoais e com os nossos modos de ver a realidade, quando julgamos o próximo; quando observamos os defeitos dos irmãos, e não as suas qualidades; quando atribuímos maior importância ao que nos divide, do que àquilo que nos irmana...Certa vez, na minha Diocese precedente, ouvi um comentário interessante e bonito. Falava-se de uma idosa que, durante a sua vida inteira, tinha trabalhado na paróquia; uma pessoa que a conhecia bem disse: «Esta mulher nunca falou mal de ninguém, nuncabisbilhotou e sorria sempre». Uma mulher como esta pode ser canonizada amanhã! Trata-se de um bonito exemplo. E quando vemos a história da Igreja, quantas divisões houve entre nós, cristãos! Até hoje vivemos divididos. Inclusive na história nós cristãos fizemos guerras entre nós por causa de divisões teológicas. Pensemos na guerra dos trinta anos. Mas isto não é cristão! Temos que trabalhar também em prol da unidade de todos os cristãos Caros amigos, peçamos sinceramente perdão por todas as vezes que fomos ocasião de divisão ou de incompreensão nas nossas comunidades, conscientes de que só se alcança a comunhão através de uma conversão permanente. Que o Senhor vos abençoe! Dirijo-me finalmente aos jovens, aos doentes e aos recém-casados. Hoje celebramos a memória de Santa Mónica, mãe de Santo Agostinho. O seu amor pelo Senhor vos indique, prezados jovens, a centralidade de Deus na vossa vida; encoraje-vos amados enfermos, a enfrentar com fé os momentos de sofrimento e estimule-vos, dilectos recém-casados, a educar cristãmente os filhos que o Senhor vos quiser dar. Obrigado!

Menos tagarelices na paróquia

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Maria Luisa C. M. Teixeira

VINDE A MIM TODOS VÓS QUE ESTAIS CANSADOSApós três dias de terem terminado as festas em honra

de Nossa Senhora do Bom Despacho, foi este o evangelho da liturgia do dia:

Evangelho (Mt 11,28-30): Naquele tempo, disse Jesus, «vinde a mim, todos vós que estais cansados e carregados de fardos, e eu vos darei descanso. Tomai sobre vós o meu jugo e sede discípulos meus, porque sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para vós. Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve».

Poucos terão sido dos que, arduamente trabalharam nessas festas, que tiveram a sorte de ler ou de ouvir este evangelho, nesse dia ainda tão próximo e em que ainda pouco alivio físico sentiriam do cansaço que acumularam nos trabalhos que realizaram durante as festividades.

Nosso fim, sem dúvida, de quem assume e trabalha nas coisas da casa de Deus, quem assume compromissos de séria responsabilidade, quem passa, por vezes, por incomo-das arrelias, trabalhos cansativos e desgastantes, horas e horas sem descanso, nosso fim, é estar sempre com Cristo, é tudo oferecer a Cristo. Nossa meta é ir indefectivelmen-te ao amor de Cristo, “jugo” de uma lei que não se baseia na limitada capacidade dos voluntarismos humanos, senão na eterna vontade salvadora de Deus.

Estes trabalhos não são realmente de voluntarismos humanos, são-no na verdade de olhos postos em Deus, neste caso também, em Nossa Senhora, e só Deles, é es-perada e sentida a recompensa, porque senão os voluntá-rios sê-lo-iam, provavelmente na sua maioria, apenas um ou dois anos, pois nem sempre é fácil voltar a dizer SIM no ano seguinte. Estas coisas não são razoáveis nas lógicas humanas, pois por essas lógicas de reconhecimento e gra-tidão humanas os trabalhos trariam muito pouco consolo ao serem assumidos e concretizados.

Já sabemos que sem trabalho nada se faz, e a realida-de é que as festas começam a ser pensadas e organizadas

muitos meses antes e, nos dias em que decorrem, há quem trabalhe horas a fio.

Hoje, diante dum mundo que decidiu virar as costas a Deus, diante dum mundo hostil ao cristão e aos cristãos, es-cutar de Jesus (que é quem nos fala na liturgia ou na leitura pessoal da Palavra), provoca consolo, alegria e esperanças no meio das lutas quotidianas: «Vinde a mim, todos vós que estais cansados (…) e encontrareis descanso para vós»

Consolo, porque estas palavras contem a promessa do alívio que provem do amor de Deus. Alegria, porque fa-zem com que o coração manifeste na vida, a segurança na

fé dessa promessa. Esperanças, porque caminhando, num mundo assim definido contra Deus, nós os que acredita-mos em Cristo, sabemos que nem tudo acaba com um fim, senão que muitos “fins” foram “inícios” de coisas muito melhores, como o mostrou a Sua própria ressurreição.

Eu tive a sorte de ler este evangelho, após o cansaço das festas, nele encontrei o consolo que na verdade sentia necessitar.

HOMILIA NA EUCARISTIA DA DEDICAÇÃO DA CATEDRAL E ABERTURA DO ANO PASTORAL - Porto, 9 de Novembro de 2014

"Abre-se, em dia da Dedicação da Igreja Catedral, para a nossa Dio-cese o novo cami-nho pastoral, que vamos percorrer ao longo deste ano. Temos o nosso olhar colocado no horizonte da ce-lebração dos 150 anos do nosso Se-minário Maior de

Nossa Senhora da Conceição, no próximo dia 15 deste mês, e dos 900 anos da restauração da Diocese, em outubro próximo, e daí partiremos no rumo do futuro, com datas a recordar e com metas a percorrer...

Convoco-vos para a missão. Ao verem-nos disponíveis e genero-sos e ao sentirem-nos discípulos de Jesus, o Mestre e Senhor, outros se juntarão a nós, guiados pelo mesmo Espírito de Deus...

Um novo ano pastoral, e este em concreto, que é o primeiro que vivo convosco como bispo para vós e como irmão convosco, deve ter a esperança como motor e como força propulsora das atitudes a cultivar e dos programas a realizar nas várias vertentes pastorais. Queremos ser um Igreja onde as pessoas sintam o gosto de a ela pertencerem...

Convido-vos, irmãos e irmãs, a viverdes este desafio prioritário que nos torne acolhedores, disponíveis e com espírito de comunhão nas paróquias, nas vigararias, nos secretariados, nos movimentos, nas instituições e na pastoral diocesana no seu todo...

Inicia-se no próximo dia 5 de outubro, em Roma, o Sínodo ex-traordinário dos Bispos sobre “Os desafios pastorais da família no con-texto da evangelização”. Teremos presente, ao longo de todo o ano, esta iniciativa do Papa Francisco e a sua intenção de dar centralidade à família, na oração e na missão da Igreja...

Vamos viver, igualmente, em comunhão com o Papa Francisco o Ano dedicado à Vida Consagrada. Queremos agradecer a Deus o dom das comunidades religiosas e da vida consagrada na nossa Diocese e dar mais visibilidade e atenção ao testemunho da vida consagrada...

Nunca perderemos na linha do horizonte desta viagem pastoral a prioridade a dar à pastoral vocacional que deve impregnar de espírito e de esperança toda a pastoral. Somos chamados, em Igreja, a sermos promotores das diferentes formas de realização vocacional, muito em especial das vocações sacerdotais e das vocações de consagração...

Confio este Ano Pastoral e as realizações que nele vão decorrer à proteção terna de Nossa Senhora da Assunção, padroeira da Catedral e da nossa Diocese. Feliz Ano Pastoral!..

"Igreja Catedral, 9 de setembro, Dia da Dedicação, de 2014António, Bispo do Porto

Obs.: Transcrevemos aqui algumas passagens da Homilia do Sr. Bispo. No nosso Site está disponível a Homilia. Procure lê-la

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Testemunhos1ª - No Monte Claro, dizia-nos a irmã Francisca no Santuário

da Virgem Negra que havia três coisas pelas quais o povo polaco lutou e que nunca lhe conseguiram tirar: a sua fé, a sua história e a sua cultura.

Na verdade, todas estas três coisas estavam constantemente presentes independentemente do sítio que visitámos. Uma fé viva marcada pelo respeito, contemplação e oração vislumbrada em to-dos os polacos. Uma história de luta e sofrimento que nunca lhes ti-rou a força de viver e uma cultura muito própria que corria nas veias de cada polaco e que nenhum louco conseguiu destruir. Visualizava-se a atitude um povo que nunca se cansa de agradecer a Deus e con-tinua a pedir ajuda e protecção. Os vários Santuários que visitámos traduzem tudo isto numa grandeza incalculável.

A serenidade e o sorriso terno de João Paulo II só poderia ser herdado de um povo assim.

Todos os santuários falavam de Maria, rainha e mãe de uma na-ção e do Santo João Paulo II amado e venerado por cada um dos polacos. Jamais se pensaria que aquele país foi um dia destruído pela guerra e pelo comunismo. Tudo tão belo e cuidadosamente restaura-do, tal o amor e a fé daquela nação.

Recordo com carinho e emoção o gesto que o pai de Karol Voytila teve quando sua esposa morre e este leva Karol ao Santuário de Nossa Senhora do Calvário dizendo: “A partir de hoje esta é tua mãe”. O pai entrega à proteção de Nossa Senhora o seu filho de nove anos.

Também recordo, mas com tristeza e dor, os campos de concen-tração onde tantos polacos judeus sofreram os horrores e torturas jamais imagináveis. Senti principalmente em Auschwitz em Bir Kenaw naquelas casernas em madeira construídas para cavalos, como se o cheiro daqueles mártires ainda se sentia. Gravei uma célebre frase que se encontra em Aushwitz: “Os povos que não conhecem a sua história estão condenados a repeti-la.”

Um bem haja ao P. Domingos. Pela alegria e carinho para com todos e a todo o grupo que revelou um simpatia que tornou a nossa peregrinação um dos momentos únicos na nossa vida.

Maria Fernanda Teixeira2ª - O dia que mais me marcou nesta Peregrinação à Polónia foi

aquele em que visitámos Auchewtz e a terra Natal de Sua Santidade o Papa S. João Paulo II.

Ninguém foi indiferente a Auchwitz. Provoca pela forma ostensi-va como são lembradas as atrocidades cometidas, provoca interroga-ções sobre a Justiça Divina e a justiça dos homens leva-nos a meditar, provoca-nos…

De tarde, o contraponto: participámos na Eucaristia na Igreja onde Sua Santidade S. João Paulo II foi baptizado, lembramos o ser percurso na casa museu, sentimos a proximidade da sua presença, comungámos do culto centrado em torno da sua personalidade. Senti-me apaziguada!

Nesta montanha russa de emoções, nesta amplitude térmica que vai da temperatura polar sentida nos campos de concentração, ao calor aconchegante que brota da figura de Sua Santidade João Paulo II, se sintetizam as minhas impressões

Sobre um país profundamente marcado pela hist´ria e pelo fer-vor religioso.

Símbolo desta religiosidade, marcou-me a pessoa da Irmã Fran-cisca, não só pelos seus conhecimentos, mas pela sua espiritualidade, vivacidade, sabedoria, fé.

Meu Deus, dai-nos um coração grande para amar, dai-nos um coração forte para lutar!...

PEREGRINAÇÃO À POLÓNIA

3º - Esta viagem à Polónia, que me ficará bem gravada na memória, ultrapassou todas as minhas expectativas.

Desde logo, quero salientar a grandiosidade e beleza dos di-versos templos visitados, associados à vivência religiosa do povo polaco, que por várias vezes tivemos oportunidade de constatar.

Sensibilizou-me e impressionou-me a fé e a alegria da Irmã Francisca, que transparecia no seu poder afável de comunicação, ao mostrar-nos todo o esplendor e beleza daquele grande com-plexo do Santuário de Jasna Gora, onde é venerada a imagem da Virgem Negra.

Também, quer em Varsóvia quer em Cracóvia, me deslum-brou a beleza, animação e a extensão das várias praças, jardins e parques.

De realçar o espírito peregrino de que se revestiu a nossa viagem, quer pelas orações diárias que se faziam nas deslocações dentro do autocarro, mas principalmente pelas quatro celebra-ções eucarísticas em algumas das muitas igrejas que visitámos.

Obrigada Sr. Padre Domingos que tão bem organizou e nos acompanhou nesta bela viagem.

Isabel Lima4º- São cinco horas alemãs. Muito teria que dizer destes dias

que passámos na Polónia. Uma peregrinação perfeita.Houve da minha parte, momentos de grande intimidade com

Deus. Uns cheios de alegria, outros mais dolorosos, mas todos esses momentos em paz.

Gostei, o nosso pastor com as suas ovelhinhas portaram-se muito bem, em todos os aspectos.

Os meus parabéns, para a agência, para a nossa guia Alex e motorista, sempre simpático e pronto a ajudar. Muita coisa teria para dizer mas fica para outro dia, estou um pouco cansada. Ter-mino com agradecimento, um beio do coração e o meu obrigado.

Milaidinha (Maria Adelaide Araújo

Um grupo, liderado pelo Sr. Padre Domingos, rumou à Polónia. Não foi simplesmente uma viagem de turismo, mas de verdadeira peregrinação o que deu a tudo mais brilho e profundidade. Porque não quer o grupo ficar com a riqueza só para si, quer partilhar o que viu e sentiu para gerar alegria e conhecimento do que viu em terras tão belas marcadas pelo Santo Padre João Paulo II, muito querido á Maia. Um dia, assinando o pergaminho da 1ª Eucaristia na Igreja de Nossa Senhora da Maia ele o fez com uma bênção para a Maia, como é do conhecimento de todos. As fotografias são muitas mas seleccionamos muito poucas devido ao pequeno espaço do Jornal.

Helena Isabel Lima

5º - Esta peregrinação à Polónia foi a coisa mais importante naMinha vida, nestes últimos tempos. Fiquei nais que uma vez

com lágrimas nos olhos. Em tudo vi de senti a Fé. Vi tantas mara-vilhas relacionadas com o Santo Padre João Paulo II. Redobrei de alegria quando vi que muito foi feito desde a minha última ida lá. As lágrimas saltaram-me dos olhos, foram lágrimas de alegria.

Obrigada a todas as pessoas que me ajudaram. Andei muto bem pois eu era a mais idosa do grupo. Fomos uma autêntica família.

Maria Emília Moreira Alves

6º - Agradeço a todos e a Deus por estes dias maravilhosos e inesquecíveis. Até sempre. Luísa Serra Silva

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O Compromisso de MissãoPara ser grande, sê inteiro: nada teu exagera ou exclui. Sê todo

em cada coisa. Põe quanto és no mínimo que fazes.” Este excerto literal de Ricardo Reis, heterónimo de Fernando Pessoa, veio-me à lembrança no momento em que se iniciaram as planificações das Equipas Pastorais em que me encontro mais envolvido, como o Grupo de Acólitos e a Catequese, para o Ano Pastoral que se avizinha.A Catequese é um dos meios de evangelização primor-diais, de que a Igreja dispõe, para iniciar, educar e formar na Fé, aqueles que livremente a pedem, com o desejo de se tornarem discípulos de Jesus e membros ativos no anúncio da Sua Boa Nova. Portanto, esta Missão que nos é confiada, enquanto ca-tequistas, é das mais importantes da Igreja, traduzindo-se numa grande responsabilidade para cada um de nós, mas da qual não nos devemos alhear, apesar de todas as dificuldades e limitações quotidianas.Contudo, a Catequese, como serviço paroquial que necessita de indispensável colaboração familiar, na iniciação cris-tã de todos os seus membros, conta com os pais, como primei-ros e insubstituíveis educadores na Fé.

Acredito que nos desafios a que somos chamados, e quando nos comprometemos com os mesmos, o devemos fazer de “cor-po e alma”, imbuídos nos seus objetivos e dinâmicas. Principal-mente quando se tratam de desafios voluntários. Pois penso que não existe organização voluntária no Mundo (Católica ou não católica) que resista sem este sentido de compromisso de cada um dos seus membros!E o nosso compromisso com Jesus Cristo deve ser permanente! Por isso, e neste início de Ano Pastoral, apelo a todos, desde pais a catequistas, para que possamos de facto estar presentes afetiva e efetivamente, de forma coerente, na educação cristã dos nossos catequizandos. Porque “enquanto houver estrada para andar, a gente vai continuar”.

Por fim, aproveito para publicar os horários de Catequese já estabelecidos para este novo Ano Pastoral, que se iniciará no dia 27/Setembro, pelas 15:30, com uma Celebração Conjunta, e que servirá igualmente para realizarmos o acolhimento aos novos ca-tequizandos, que se iniciarão no 1º Ano.

João Bessa

Os acólitos estão presen-tes, de uma forma assídua, em vários acontecimentos impor-tantes para todos os cristãos: nas Eucaristias dominicais, no Natal, no Tríduo Pascal ou mesmo nas procissões da Paróquia. Disso é exemplo a Procissão de Nª Sª do Bom

Despacho, que juntou andores de várias Paróquias do nosso Con-celho, no passado dia 13 de julho, e na qual alguns dos acólitos transportaram o andor do Menino Jesus de Praga, tendo os res-tantes acompanhado o Pálio.

Mas a grande questão é a seguinte: “Qual a razão que leva estes jovens a serem acólitos?”. Nos dias de hoje, são poucos os jovens que se afirmam como cristãos, muitas vezes por medo da reprovação da Sociedade ou gozo permanente dos colegas. Mas os acólitos não têm medo de mostrar que são cristãos nem de acre-

Porquê ser acólito?ditar na Boa Nova. Todos nós somos chamados a seguir Jesus, de uma forma ou de outra. Nós fomos chamados a sermos acólitos, a servi-Lo e é uma alegria enorme desempenhar uma tarefa tão reconfortante e animadora como esta.

No meu caso, por exemplo, sempre quis ser acólito. Quando ainda frequentava os primeiros anos de catequese e ia à Eucaristia de sábado às 19h, via os “meninos de branco”, tal como lhes cha-mava, e dizia que também queria ser como eles. Com o passar do tempo, a minha intenção foi crescendo e, numa catequese, surgiu a oportunidade, através do testemunho de um acólito, de me jun-tar ao grupo. A princípio não percebi muito bem o que significava ser acólito, mas depois de os associar aos “meninos de branco” que estavam na Eucaristia, afirmei, determinado, que queria sê-lo. E, agora, sinto-me extremamente realizado, por ter sido chamado e ter respondido “SIM!”! Mas, melhor ainda, por ter o privilégio de poder servir Jesus, com Organização, Crescimento e Exemplo (alguns dos objetivos principais do Grupo em que estou inserido).

Diogo Pereira

7º - Foi uma peregrinação muito boa e interessanteVivi cada momento com intensidade e emoção. Ver a cara de

cada polaco, a sua postura durante as Eucaristias, depois de conhe-cer a sua história fiquei a saber que foi um povo sofredor, mas na fé e na religião, encontrou sempre forças, esperanças para lutar e levantar a cabeça.

Tirei bastantes ilações disto, pois não devo desanimar e na fé e na oração encontrar ânimo e o caminho que que devo percorrer.

Houve muitos pontos altos: as várias visitas aos santuários ma-rianos e a casa onde nasceu e cresceu o Santo Padre João Paulo II.

Fiquei chocado e angustiado com o campo de concentração de Auschewitz com os maus tratos ali provocados a milhões de pessoas.

Houve momentos para tudo, oração, eucaristia, comunhão, partilha, folclore e tempo ainda para uma brincadeira.

No final, senti que não estava cansado mas feliz com o rosto radiante com o coração cheio.

Há coisas que não se conseguem partilhar só vivendo e parti-cipando. Decolores. António Texeira

8º - Recordação duma Peregrinação a um país católico em permanente mutação entre a opressão e o desenvolvimento ful-gurante.

Visitando Varsóvia, e face a todo o seu esplendor, dificilmente podemos acreditar que no mesmo país existe Auschwitz e todo o seu horror.

No intervalo deslumbramo-nos com Czestochowa, o o San-tuário de Jasnagora e a sua Virgem Negra, Lagiewniki onde viveu a Irmã Faustina Centro MunWadowicedial da Divina Misericórdia,

Niepokalanawe o P. Maximiliano Kolbe, Wadovice d a lembrança sempre presente de sua santidade João Paulo II, a Igreja de Arkapa-ne e a lembrança do comunismo e a Kalwaria Zebrzydowska,tudo lugares de grande fervor religioso, onde tivemos oportunidade de celebrar e orar.

No intervalo, pudemos ver lugares de encanto e deslumbra-mento como as Minas de Sal de Wieliczka, o Castelo Real de War-sóvia e o monumento a frederico Chopin, a estância de Sky de Zakopane (que frequentou S. João Paulo II ) e a Praça Medieval de Cracóvia. Enfim uma peregrinação de encantamento e oração, a que não faltou o folclore polaco e o conforto dos seus bons hotéis e restaurantes, mas que ao mesmo tempo nos fez recordar horrores e nos fez meditar no futuro da humanidade.

José Neto de Carvalho

POLÓNIA

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Ao regressarmos às nossas vidas normais de empenho e serviço na co-munidade humana sentimos a alegria de termos aproveitado as férias, o merecido tempo de descanso, da melhor maneira possível. Este período de deleite e comu-nhão é sempre o tempo propício à co-munhão com o Deus da vida e o Senhor do amor. “Concluída, no sétimo dia, toda a obra que tinha feito, Deus repousou, no sétimo dia, de todo o trabalho por Ele realizado. Deus abençoou o sétimo dia e santificou-o, visto ter sido nesse dia que Ele repousou de toda a obra da criação.” (Gn 2.2-3)

Acima de tudo esta paragem oferece uma oportunidade única para nos recor-darmos que o Senhor "fez os céus e a terra para nós", como seres criados para a comunhão e para a ajuda mútua. Assim, o descanso diário, semanal ou anual fa-vorece a união com o Criador. O pró-prio Jesus aproveitava cada oportunidade para manter a Sua comunhão pessoal e íntima com o Pai. Beneficiava do descan-so para crescer na comunhão com o Seu Pai e Seu Deus.

Deus conhece bem o peso da res-ponsabilidade e do compromisso. Sabe que a vida não é para ser sofrida mas para ser vivida para isso, nos convida a guardar o descanso para poder redes-cobrir a verdadeira razão do seu viver: “Vinde a Mim, todos vós que estais can-sados e sobrecarregados, e Eu vos darei descanso.”

Deus criou o ser humano para, num relacionamento dialogal aberto e sincero com toda a criação, louvar, entrar numa comunhão de amizade com o Cria-dor. Como bem disse Santo Agostinho: “Criaste-nos para vós, Senhor, e o nos-so coração não descansa enquanto não repousar em vós.” É precisamente aqui que reside o verdadeiro objetivo da sua vida: ser feliz.

Diz-nos a Bíblia Sagrada que Deus criou os céus e a terra e no fim descan-sou. Isto é, também Deus sentiu a ne-cessidade do repouso para melhor con-templar e se deliciar na beleza de tudo o que tinha criado com amor e para a vida. A Criação é oferecida ao ser humano como uma oportunidade, não só de em-preendimento e realização, mas também de deleite e contemplação. "Lembra-te do dia de descanso para o santificares, pois o Senhor abençoou o sétimo dia e o santificou". (Êxodo 20:8-11)

Se estas férias foram este tempo para descansar e cultivar-se, para nos de-dicarmos a algo de que gostamos, isto é para Deus e para os outros, certamen-te que foi um tempo bem passado; se, pelo contrário, foi uma oportunidade para não fazer nada, então, já nos devía-mos interrogar sobre a sua utilidade. Por exemplo, as férias deveriam permitir uma paragem para ler, refletir e rezar. Isto é, para ter mais tempo para cuidar mais e melhor das nossas dimensões comunitá-rias e espirituais. Libertos dos afazeres

ordinários, podemos olhar para nós mes-mos e para toda a realidade que nos aco-lhe de uma forma diferente; dar-lhe uma nova perspetiva e dimensão.

Todos aqueles que são capazes de se libertar do peso exagerado das preo-cupações temporais, encontrarão mais tempo para si mesmos, para os outros e para Deus. Assim, esta paragem deve-ria oferecer-nos algumas condições para readquirirmos equilíbrio mental, físico e espiritual para, agora, podermos iniciar o nosso compromisso de criar um mundo melhor onde reine a justiça, a paz, a ver-dade e o bem.

Este regresso ao nosso quotidiano aponta o caminho e lança-nos para a missão, como um convite urgente a não ficar à espera mas predispor-se a cuidar dos que vêm ter connosco. Os nossos Bispos dizem-nos: “O Bom Pastor não abandona ninguém, mas vai à procura de todos e de cada um com paixão. O Bom Pastor cuida das ovelhas que estão perto, mas dedica-se igualmente a procurar, en-contrar e chamar as que estão longe ou andam perdidas. Deus tomou a iniciativa da nossa salvação, amando-nos primeiro. Imitando o Bom Pastor, que foi à pro-cura da ovelha perdida, uma comunidade evangelizadora sente-se continuamente obrigada a expandir a sua presença mis-sionária, dando prioridade à ovelha per-dida (Mt 9,36; 10,6; 15,24; 18,12; Lc 15,4).

P.Francisco Machado, Superior dos Combonianos da Maia

RENOVADOS PARA O SERVIÇO

9º - Uma viagem em que podemos associar o aspecto turís-tico e cultural ao de peregrinação e crescimento na Fé, é sempre motivo de grande valorização pessoal.

Em termos gerais, diria que foi isso que esta viagem me pro-porcionou.

Especificando um pouco mais, e no aspecto turístico e cultu-ral, referirei que fiquei a conhecer melhor a história da Polónia, tão fortemente martirizada pela guerra e pelas perseguições na-zis, mas que soube levantar-se das cinzas, construir cidades muito belas, Igrejas riquíssimas, praças e avenidas todas floridas, que es-pelham bem a alegria deste povo.

Mas para além deste aspecto cultural, todo o visitante- pe-regrino se deixa contaminar pela vivência religiosa e Fé profunda deste povo que enche por completo as suas Igrejas, numa atitude de total agradecimento e louvor.

De referir a grande diversidade de pessoas, que celebram a sua Fé crianças, muitos jovens, adultos).

Todas as cidades visitadas me encantaram, mas guardo no coração com caminho com carinho especial a de Cracóvia pela ligação ao Santo Padre João Paulo II. E muito particularmente a região de Wadovice, terra natal de Sua Santidade, com a sua Igre-ja, Pia Baptismal, onde foi baptizado João Paulo II e Museu.

Também tenho muito presente a visita ao Santuário de Chestochowa da Virgem Negra e da personalidade cativante da Irmã Francisca que nos guiou nesta visita.

Outro momento muito comovente foi a visita à Igreja da

Divina Misericórdia e túmulo de Santa Faustina.As várias celebrações da Eucaristia, presididas pelo Sr. Padre

Domingos foram momento privilegiados para agradecermos a Deus por tantas graças recebidas.

Uma palavra final de agradecimento à nossa Guia Alex pela sua simpatia e amizade e também a todos os elementos do grupo pela simpatia e inter-ajuda.

Maria Emília Silva10º - Gostei muito, mesmo muito, da viagem, do que vi e

do que vivi. Igrejas e Catedrais muito lindas, como a Catedral de S. João em Warsówia, o famoso Santuário de Jasna Gora onde se encontra a Virgem Negra; o Centro Mundial da Divina Mise-ricórdia em Lagiewniki, onde existe o túmulo de Santa Faustina. Gostei de todas as Igrejas que visitámos, não é fácil vermos esta grandiosidade noutro local.

Visitámos também Zakopane, estância turística situada nas montanhas. Fomos também à Terra Natal de Sua Santidade João Paulo II (Wadovice) e vimos a casa onde nasceu.

Quanto à minha opinião pessoal do grupo da peregrinação, gostei imenso, pessoas de fé, amizade, cooperação e inter-ajuda. Agradeço a Jesus, por intercessão da Virgem Maria, tudo o que nos proporcionou e uma óptima viagem que nos deu.

O meu muito obrigado a todos.Maria de Fátima Marques Gomes

POLÓNIA

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AGOSTO MÊS DE FÉRIAS E DE FESTASDepois de um ano de trabalho, por vezes demasiado

“pesado”, sabe bem o tempo de descanso que normalmen-te se goza no mês de Agosto: férias, praia, passeios, excur-sões a locais emblemáticos: Barcelona, Viena, Paris... Tempo de lazer, de estar com os amigos, sem horários rígidos, sem obrigações inadiáveis... Os dias parecem mais longos e te-mos mais tempo para fazermos o que realmente nos apete-ce, no momento e sem compromissos... Sabe bem sentir o pulsar do tempo, da vida, viver situações diferentes durante o ano de trabalho, em que as obrigações e os compromis-sos nos dominam e limitam a nossa liberdade de agir.

Agosto é o mês de férias por excelência, tempo para abrandar o ritmo de vida, fazer e viver o que não se pode durante o ano, demasiado ocupados que andamos com as nossas obrigações e compromissos diários e inadiáveis. So-mos escravos das obrigações, pequenas ou grandes e com-promissos, muitas vezes sem liberdade de escolher e optar por aquilo que mais gostaríamos de fazer.

A nossa vida é como um rio que corre, umas vezes cal-mo e sereno, sem ondulações perturbadoras nem correntes traiçoeiras, outras vezes agitado e, de certo modo, imprevisto, que, no entanto não nos impede de viver segundo os nossos princípios e opções. Gosto dos rios calmos e serenos onde muitas vezes nos vemos pousados nos reflexos da luz.

O mês de Agosto, de certo modo quebra as nossas rotinas e hábitos. É o mês que todos esperam, sonham e preparam ao longo de todo um ano de trabalho. Em cada ano sonhamos e perspetivamos umas férias melhores que o ano anterior, umas férias inesquecíveis, no desejo, claro! que durante alguns dias nos farão esquecer a “vida normal” e a monotonia de todos os dias, sem horas para começar ou terminar o trabalho diário. Nas férias, somos donos do nosso tempo, podemos geri-lo à vontade conforme os nos-

sos gostos.. Não temos horários a cumprir, nem vivemos pressionados com pontualidades nem tarefas obrigatórias a resolver. Finalmente somos chamados a conduzir totalmen-te o curso dos nossos dias. As horas voltam a pertencer-nos durante umas semanas. A vida regressa às nossas mãos.

Mas as férias são sobretudo uma atitude, e vivê-las bem depende de cada um, conforme os objetivos atingidos: des-canso, reflexão, tempo para si próprio, comunhão com a natureza, relaxação.

Para que servem as férias? Para uns, as férias são a pos-sibilidade de esquecer o dia a dia rotineiro, sempre igual e algumas vezes aborrecido. Férias é tempo em que, de certo modo se põe de lado o nosso trabalho e as preocupações. Tempo para descansar e acertar os ritmos interiores, es-quecer as preocupações do dia a dia. Tempo para não “fazer nada”, que, de vez em quando sabe muito bem e também para fazer, sem compromissos, aquilo que nos apetece, o que nos dá gozo fazer... porque estamos livres e folgados.

Nas férias. somos convidados a simplificar a vida, a aliviar o stress acumulado ao longo das horas intermináveis do tra-balho diário, a fazer as coisas ao nosso ritmo, sem qualquer tipo de pressão externa ou compromissos inadiáveis.

Férias, tempo de descanso, o que nem sempre é verda-de. Se não descansamos o corpo, descansamos, certamente, a alma porque mudamos de rotinas.

Mas o mês de Agosto é também considerado o mês das festas. De Norte a Sul, em cidades, vilas ou aldeias, algumas perdidas no interior profundo, a alegria sai à rua em festas, arraiais, concertos populares, danças... Festas religiosas: Se-nhora da Agonia em Viana do Castelo. Senhora da Assunção na Póvoa de Varzim...e tantos outros locais onde se venera a Mãe de Deus. E no fim das férias, quando chegar a casa: “Sorria! Está na Maia!

Conceição Dores de Castro

Depois das férias fica o sabor doce do descanso, do não cumprir horários, do fazer só o que apetece. Fica o sabor de ver todos os dias o pôr-do-sol à beira mar, do saborear um gelado à sombra de um guarda-sol numa esplanada qualquer. De ler um livro ao som das ondas do mar. E, porque não… de ir às compras e apreciar montras e montras e montras…

Depois das férias fica o sabor amargo do que ficou por fazer, por ócio ou porque não se conseguiu realizar. Planos que se idealizaram e se esfumaram, por uma ou outra razão.

Depois das férias fica o sabor, para mim muito especial, da leitura. Da leitura dos vários livros saboreados numa es-planada, em casa, ao som das ondas… Fica o sabor de um livro em papel. Para mim, para a minha leitura, não há nada como um livro em papel. Nada de ebooks nem qualquer outra coisa virtual. Gosto de mexer num livro, folheá-lo de “trás para a frente e da frente para trás”. Gosto de sentir o papel, de virar a página, de voltar atrás para espreitar um qualquer pormenor. Leio e aprecio a capa, a contracapa as badanas, a lombada. Gosto de ler da primeira à última pági-na. Todas têm direito a serem lidas. Leio até as informações legais: título original, coordenação, capa, edição… Leio, de-voro, aprecio um livro.

E, como gosto muito de livros e de leitura é muito ha-bitual o meu Jorge dar-me imensos livros. Os meus amigos como sabem do que eu “sofro” também me oferecem livros. Assim, costumo ter “uma lista de espera” de livros para se-rem lidos. Tenho, na minha estante, uma prateleira só para isso.

Nestas férias, da minha lista de livros e entre outros que li, escolhi “Nunca Te Distraias da Vida”, de Miguel Forjaz. Recomendo a leitura. É forte, é doce, é comovente. Neste

Mário Oliveira

livro o autor decidiu partilhar a sua vivência e luta contra um cancro. Através de cinco capítulos e dois anexos, Mi-guel Forjaz descreve-nos a sua luta, a sua esperança, a sua desilusão, o seu desespero. Sempre sem perder a fé. Apesar de tudo, o autor afirma “Poderei morrer da doença, mas a doença não me matará”. Este subtítulo diz tudo.

As fotografias editadas neste livro ajudam-nos a estar-mos mais próximos do autor. Ajuda-nos a vê-lo, a sentir a sua força. A conhecer melhor a sua vida.

Nos anexos o autor dá dicas para quem está doente ou para quem tem de lidar com um doente. Uma das dicas mexeu comigo e sinto-a independentemente da situação, doença, contratempo, tristeza… Diz-nos: “(…) lembre-se (quem, como eu, tiver filhos) que ainda bem que fomos nós e não eles;”. É verdade, os nossos filhos sempre primeiro.

É um livro de ser lido de um fôlego. Não hesito, nem consigo deixar de transcrever:

“Sei que tenho um cancro e que um dia me vai vencer. Mas esse dia ainda não chegou e até lá tenciono continuar a aproveitar cada momento. Tive várias derrotas na minha vida, mas de todas as vezes caí de pé. É preciso nunca deixar de viver.”

Depois das férias fica o sabor… a vida!

Nota de rodapé: Manuel Forjaz partiu a seis de abril deste ano. Deixou-nos toda a sua luta e vivência de um cancro neste livro “Nunca Te Distraias da Vida”. Recomenda-se, pela esperança e força com que nos brinda ao longo do livro. Dedico também a todos os lutadores que tentam vencer um cancro. Dedico-o aos meus familiares que foram ven-cidos por ele…

Depois das férias

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O Estado Islâmico do Iraque e do Levante e a Atitude Internacional Arlindo Cunha

São conhecidas as dificuldades in-ternas do Iraque para assegurar a paz interna desde a queda do regime de Sa-dam Hussein. A intervenção aliada, de-signadamente a americana e a britânica, conseguiram acabar com a resistência do ditador. Porém, nos meses e anos que se seguiram, revelaram-se incapa-zes de controlar os múltiplos grupos de rebeldes que, pelas mais diversas razões e nos mais diferentes territó-rios, aproveitaram a fragmentação do país para fazer prevalecer a força das suas armas. Temos, assim, assistido, ano após ano, à barbárie de assassinatos em séries com atentados à bomba ou à metralhadora sobre tudo o que não seja a sua própria gente.

Por razões políticas internas, com-preensíveis na lógica das democracias ocidentais, os aliados foram-se re-tirando do Iraque. Apesar de terem procurado ajudar o governo iraquiano a formar as suas forças armadas e de segurança, é sabido que estas não têm conseguido anular as investidas dos grupos rebeldes e extremistas que se opõem ao legítimo poder constituído. Para eles o que conta é a sua própria interpretação do Corão: quem não pensar com eles é “infiel”. Ou seja, é abatido a sangue frio, seja cristão ou muçulmano de uma outra sensibilida-de, designadamente xiita.

Enquanto estes problemas ocor-riam no Iraque, começou a guerra civil na Síria para depor também ditador

Bashar alAssad. O que se está a pas-sar na Síria é muito parecido com o que aconteceu em todas as chamadas “Primaveras Árabes” com excepção da Tunísia. Deposto ou confrontado o po-der pessoalista dos ditadores de turno, instalou-se a confusão e a anarquia, em que os grupos islamitas radicais, bem organizados em rede e bem financia-dos, rapidamente ganharam vantagem e o domínio dos acontecimentos.

É neste contexto que nos apare-ce pela frente o designado “Estado Islâmico do Iraque e do Levante”, ac-tualmente designado pela imprensa com Estado Islâmico (EI). Os jornais, as televisões e as rádios estão cheios de notícias do que se está a passar no Iraque por acção deste “Estado”, que já conseguiu ocupar uma importante parte do território, surpreendendo e derrotando as forças armadas conven-cionais do legítimo estado iraquiano. Matanças em série de todos os que não são como eles e ameaças a todos os “infiéis” do mundo inteiro, a come-çar pelos americanos e europeus.

O Iraque está às portas da Europa, tendo apenas a Turquia como tampão para fazer fronteira com o território da União Europeia. O Presidente Oba-ma, ao arrepio do seu anterior discur-so político, assumiu que era necessário atacar o EI, enviando para o Iraque al-guns meios militares e dando ordens à sua Força Aérea para atacar as po-sições estratégias do “Estado Islâmi-co”. Em contraste, na União Europeia (U.E.), ouvimos uns discursos políticos e nada mais. Notemos a diferença: os EUA estão a mais de 10.000 Km e as-sumem que para se defenderem é pre-ciso voltar a colocar meios militares no Iraque e atacar o EI; a U.E., que está

às portas do Iraque e da Síria, não pas-sa da fase das palavras.

Está mais do que visto que estes grupos são fanáticos, radicais, não res-peitam ninguém que não sejam as suas próprias ideias e interesses. Matam, roubam, violam, pilham, rebentam com tudo o que não se identifica com eles. E então, na U.E. só o Governo do Reino Unido se preocupa com a situação?

Estamos perante a velha questão de a União Europeia ser uma entida-de praticamente inexistente no que tem a ver com a política de segurança externa. Até agora foi capaz de cons-truir uma fabulosa união a partir de um território europeu que até ao século XX foi dilaceradopor inúmeras guerras internas. Mas fê-lo com base na econo-mia. Está, porém, provado, que a eco-nomia tem o seu lugar, importante, sem dúvida. Mas só isso! Não se substitui a uma politica externa e de segurança comum para nos defender das agres-sões externas, nem de uma política ju-diciária e de combate à criminalidade interna, para nos defender do grande crime organizado que assola os nossos países.

Em que andam a pensar os nossos líderes europeus? Face a tão tremen-das questões, impõe-se questionar se é que o são verdadeiramente!

11º - Esta viagem à polónia foi encan-tadora. O Grupo foi óptimo. Como o Santo João Paulo II foi o Papa que mais admirei, para mim, a viagem foi alegre e comovente.

Georgina Valente

12º - Como “out-sider” nesta viagem, o primeiro ponto que devo referir é a cordialida-de existente entre todos. Durante sete dias, de-zassete pessoas conviveram sem o menor atrito, tendo-me aceitado como se fosse um deles há muitos anos.

Quanto à Polónia, é um país em que a fé ca-tólica se mostra de uma maneira extraordinária. Em cada povoação, por pequena que seja, tem a

sua ou suas Igrejas facilmente identificáveis pe-las suas altas torres.

Das que visitámos, não quero destacar nenhuma em particular. O povo polaco de-monstra a sua devoção de um modo admirá-vel ao culto de Nossa Senhora, onde a Nossa Senhora de Fátima ocupa um lugar admirável.

Do mesmo modo admirável a sua de-voção ao Papa João Paulo II.No meio desta beleza um horror: Os Campos de Auschewitz – Bircanaw.

Finalmente uma palavra de agradecimen-to à nossa guia Alex (Alexandra) pela sua afa-bilidade, dom de comunicação, disponibilidade e alegria.

POLÓNIA

José Armamno Cosme Costa.

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É preciso rezar pela Paz Houve um tempo, aí entre os anos 80 e os anos finissecula-res, em que a Humanidade viveu a ilusão de que a Ciência e a Arte da diplomacia tudo resolveriam, oferecendo ao Mun-do a tão almejada Paz e bem-estar para todos.O que temos agora diante os nossos olhos, é precisamente a prova concreta que nem a Ciência tem a fórmula mágica para resolver ou descobrir a solução para todos os males e problemas que afligem a Humanidade, e que por seu lado, a Diplomacia se tem revelado manifestamente incapaz de evitar que os conflitos mais preocupantes descambem em guerras fratricidas e dilacerantes.É inacreditável que em pleno século XXI haja tanta gente a sofrer, vítima sobretudo da crueldade, do radicalismo e do fanatismo que cega o coração do Homem.Quanto à Ciência, temos de reconhecer com sentido de Justiça que vai fazendo paulatinamente o seu caminho em busca da verdade e das respostas que podem ser úteis à Humanidade. Mas à medida que vai avançando nas suas ex-periências e descobertas, paira uma certeza incontornável, a de que esse caminho é infinito.

O que encontro em comum quer no caminho da Ciência, como no caminho da Paz, para além da necessidade da sua incessante procura e construção,, é na sua essência, a capa-cidade de acreditar, de crer que é possível…Quando ligo a televisão ou a rádio e sou confrontado com as preocupantes notícias que nos entram pela casa dentro, sinto necessidade de rezar, rezar muito.Por mais que reflicta, acabo sempre a dar comigo num diá-logo íntimo com Deus, pela Paz, esse bem maior que hoje é cada vez mais frágil.Rezemos para que Deus infunda nos corações dos homens de Ciência e nos líderes das nações e dos povos, a bondade e o genuíno desejo de encontrar a verdade e construir a Paz, como desígnio basilar das suas vidas. Um desígnio uni-versal ao serviço do bem comum.Face à realidade que se apresenta quotidianamente, a nós Cristãos não nos é dada a resignação, pelo contrário, somos chamados a acreditar num poder extraordinário, que não raras vezes, se revelou transcendente; - o poder da oração.

Victor Dias

O mês de Setembro significa para muitos, o recomeço de mais um ciclo: são as férias que acabam, o regresso às au-las para milhares de alunos, os catequizandos regressam para mais um ano de preparação na Fé, etc.

O grupo coral Nossa Senhora da Maia, que normalmen-te anima as celebrações da liturgia das 11:00 aos Domingos não foge à regra. Depois de uma pausa em Agosto, retoma a sua atividade normal.

O ano é exigente! Mas a recompensa pelo trabalho rea-lizado ao ajudar os outros (e a nós próprios) a “viver” as celebrações dominicais é ainda maior.

Recomeço...Para além da animação da celebração litúrgica, dinamiza-

mos algumas atividades de índole cultural como foi o caso do Concerto de Reis, realizado na Igreja de Nossa Senhora da Maia em janeiro deste ano,e que teve a participação de todos os coros da freguesia.

Para este novo ciclo temos já previsto algumas ativida-des extra e que partilhamos convosco:

a) Participar no concerto de coros a realizar em Corim, no Dia 6 de Dezembro

b) Organizar um concerto de Reis para Janeiro de 2015;c) Organizar um encontro de coros litúrgicospor altura

das festas do Bom Despacho.Contudo, os movimentos e grupos da paróquia vivem

dos elementos que os constituem. Assim e repetindo as palavras de outros artigos que escrevi no passado recente, convido-vos a cantar connosco! A participação é livre e não exige conhecimentos musicais. Só pedimos disponibilidade para os ensaios, que são realizados à sexta-feira (na Igreja da Nossa Senhora da Maia, das 21:30 às 23:00) e a presença nas Missa de Domingo!

Venha assistir a um ensaio, sem qualquer compromisso. Temos a certeza que vai gostar!

António Alves FerreiraGrupo Coral Nossa Senhora da Maia

Tendo em conta a devoção a Nossa Senhora do Bom Despacho e a Nossa Senhora da Maia, fizemos várias peças que poderá adquirir nos cartórios das duas Igrejas:

PINS: Nossa Senhora do Bom Despacho; Nos sa senhora da Maia; S. Miguel Arcanjo.MEDALHAS : pequenas e com guarnição: NªSª do Bom Despacho Nª Senhora da Maia; S. Miguel (algumas duas faces);PORTA-CHAVES: Nª Sª do Bom Despacho; NºSª da Maia; S. Miguel (2 faces)TERÇOS: várias cores ; com a imagem de NªSª do Bom Despacho e da Maia e a Cruz da Igreja de Nossa Senhora da Maia.CATECISMO DA DOUTRINA CRISTÃBÍBLIA SAGRADAMedalhões alusivos à Dedicação; Coroação de NªSª como Padroeira do Concelho da Maia e Decreto da Declaração de Santuário Mariano, plo Senhor D. Armindo e pela Igreja.

OBJECTOS RELIGIOSOS NAS NOSSAS IGREJAS

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S.MIGUEL DA MAIA - Pág. 13

O novo ano escutista já espreita a qual-quer momento, mas ainda há tempo para falar sobre os Caminhos de Santiago de Compostela. Os pioneiros e caminheiros do nosso agrupamento lançaram-se no de-safio de percorrer uma parte do Caminho Português. De 29 de julho a 3 de agosto calcorrearam os cerca de 120 quilómetros que os separavam do objetivo. Valença foi ficando cada vez mais para trás e nem o calor intenso e até mesmo a chuva os fez

desistir. Durante o Caminho partilharam as dificuldades do cansaço, do peso da mochila, das bolhas nos pés, testaram os limites da resistência e descobriram a força interior de quem quer ir mais além!Reforçaram-se laços de cumplicidade, espí-rito de partilha e entreajuda. Verteram-se lágrimas de dor e alegria, fortaleceram-se amizades para a vida.

Só quem percorre o Caminho com sinceraintenção co-nhece o remoinho de emoções que nos assalta quando se chega à PlazaObradoiro. Só quem procura algo maior é capaz de comungar do espírito do Peregrino. As palavras não che-gam para descrever a agitação de ver o botafumeiro percor-rer toda a Catedral durante a eucaristia do peregrino.

Escuteiro quem és tu?Chegámos! Todos ao final! Quase 30 escuteiros numa

aventura cheia de peripécias, mas sobretudo de ensinamen-tos de vida. O tempo vai apagar as marcas do esforço físico,

nada apagará as lições e marcas na alma. Parabéns a todos os que cresceram nesta viagem de autoconhecimento e descobriram que são verdadeiros Escuteiros.

Teresa Oliveira SantosChefe Clã – Agrupamento 95 Maia

13º - Fomos uma verdadeira Família, um Rebanho orientado pelo seu Pastor, que sempre esteve atento às suas ovelhas.

Podemos dizer que em todos o slocais encontramos algo novo e inesperado e o nosso encontro com Deus e sua Mãe foi permanente.

A Peregrinação excedeu as nossas expectativas da Fé e da cultura do Povo Polaco.

Foi emocionante encontrar a Nossa Mãe, Virgem Maria, em Jasna Gora de Czestochowa e em Kalwaria, e “Nossa” Senhora de Fé não tem fronteiras!

Perceber como viveram, em tempos tão difíceis, Santa Faustina e S. Maximiliano Kolbe, fez-nos sentir nais próximos da sua mensagem.

Campo de Concentração de Auschwitz, outro local que visitámos e nos fez arrepiar cruel que o ser humano foi para o seu irmão!

Outro momento alto foi Wadovice, terra natal de S, João Paulo II. Poder ver onde nasceu, onde foi baptizado, o Museu com as suas relíquias e onde deixámos a nossa mensagem pessoal, foi muito gratificante.

Tivemos a oportunidade de ter participado, juntamente com todo o grupo, nas celebrações presididas pelo Sr. Padre Domingos, em vários locais sagrados, que nos levou à reflexão, oração, à união com Deus e com os nossos irmãos.

Não poderíamos esquecer também a subida ao monte Gubalowka, onde se pode apreciar a magnífica vista das montanhas Tatra e respirar um ar tão puro e saudável. E ainda o nosso passeio pelo Rio Dunajec Gorge, onde nos divertimos à chuva, com as nossas capas coloridas, com o bom humor sempre presente e a beleza natural daquelas paisagens.

Queremos agradecer a todos os nossos companheiros de viagem, pela amizade, tolerância e carinho e em especial ao sr. Padre Domingos o nosso muito obrigado.

14º - A Polónia sempre foi para mim um mistério! Um país devastado por guerras, bombardeamentos, ocupações, incêndios, repetidamente, em que a sua população foi praticamente dizimada. Em 1944, quando Warsówia foi libertada, 2 em cada 3 dos seus habitantes que nela viviam antes da guerra, teriam sido deportados ou morrido. A sua reconstrução deu-se com a ajuda de outros países, mas também à Fé do povo polaco e à sua devoção a Nossa Senhora completam o mistério.

Como seria possível um povo devastado, torturado, não perder a espe-rança e erguer-se com muito mais força?

Já conhecia o norte da polónia, incluindo Warsówia, por isso as minhas expectativas centravam-se em Carcóvia.

Visitámos o Santuário de Jasna Gora, templo mariano onde se encontra a Virgem Negra, segue-se Lagiewniki, Centro Mundial da Divina Misericórdia onde se encontra também o túmulo de Santa Faustina e o Mosteiro.

Visitámos as Minas de Sal, autêntica maravilha… Que obra de arte inimagi-nável. A Catedral de S. Pedro e S. Paulo, antiga Catedral do Cardeal Voytila antes de ser Papa João Paulo II. Em Zakopane, visitámos a Igreja de Nossa Senhora de Fátima um misto de alegria e uma emoção enorme - alegria por ver a “Nossa” Virgem, as aparições de Fátima em painéis, a Bandeira de Portugal em vitral, os nossos pastorinhos aí representados – a emoção ao ver como são venerados por milhares de pessoas de todo o mundo, num país estrangeiro.

O chocante Auschwitz I e II campo de concentração nazi e campo de extermínio onde S. Maximiliano deu a vida para salvar um prisioneiro com família –não deixar de referir Niepokalanow, cidade em que viveu o Santo tendo visitado o Santuário e lá rezado. Seguiu-se Wadovice, lugar de nasci-mento de João Paulo II. Visitámos a casa onde nasceu, hoje museu, tendo lá celebrado, a Igreja de Todos os Santos (antes Senhora do Perpétuo Socorro), onde foi baptizado, baptistério transformado em Capela a si dedicada, onde vimos uma relíquia sua. O Templo Kalvária de Zebezydowska, onde o pai de João Paulo II o consagrou a nossa Senhora, após a morte da mãe, local onde sempre ia quando visitava a Polónia, mas como jovem e Cardeal era dos lugares que visitava. Finalmente a Igreja de Arkapana Nowa Hutta, símbo-lo da resistência comunista, com uma capela dedicada a Nossa Senhora de Fátima. Foi um grupo simpático, cumpridor e participativo. Foram várias as celebrações da Eucaristia, as orações, o Terço por nós, pelos nossos familiares, pelos paroquianos e, em especial, por aqueles que enviaram mensagens. Vim enriquecida, chorei em várias ocasiões, mas o meu coração ficou cheio de bons momentos e boas recordações. Não quero deixar de referir uma frase impressa no museu de João Paulo II: “Não, não fecheis as portas a Cristo, antes procurai abrir, escancarar as portas a Cristo.

Maria Ermelinda Costa e Silva

POLÓNIA

Paula e Jorge Abel

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Paula Isabel

Breve vão pedir-me um textoP’ra preencher meu quadraditoE eu não escrevi nadaNeste verão esquisito-Onde vou buscar matériaPara o meu “poemasito”!?

Desde as festas do mês JulhoJá se trabalha para as próximasE as férias de AgostoEssas são sempre ótimas-A frescura e a chuva“Praista” quanto lastimas.

A cambalhota do BESQue causou grandes espantosCulpa de gestores sem, espíritoE ainda menos, santos-E deixou bem periclitanteA confiança nos bancos!?

Arrasta-se há muitos mesesAquele debate sinistroPara eleger o candidato Candidato primeiro-ministro!?-Acho que nem o diaboTinha pensado nisto!...

Do Tribunal ConstitucionalFoi negativa a decisãoReuniu logo o governoSem impostos na solução!?-E convocou o parlamentoPara fazer a aprovação.

Na capital do desportoAquilo que mais se destacaFoi a Volta a PortugalTerminar cá uma etapa.-Mais a onda de suicídiosQue houve na urbe maiata.

Ao fim duns quantos minutosE de uma volta à mioleiraNão escrevi nada de interessanteNesta reportagem ligeira-Apenas flaches e instantâneosComparados a bandalheira.

Não rezo mais ao meu santoPara me abrir o espíritoJá chega de coisas tristesPassadas num país tão bonito-E será acho que isto chegaP’ra preencher meu quadradito.

Tenho a televisão ligada. Está a dar o filme «Guerra dos Mundos», de Steven Spielberg. Ironicamente, e atendendo aos acontecimentos que têm marcado estas semanas, o receio tantas vezes retratado na literatura, no cinema e na televisão, que a destruição do nosso mundo possa surgir de outros mundos, cujos habitantes protagonizam a vontade suprema de aniquilar toda a vida no nosso planeta, não parece fazer muito sentido. Temos dado provas irrefutáveis e com a devida constância de que somos capazes de fazer tudo isso sozinhos. Não precisamos de seres de outros mundos. Nós que habitamos este maravilhoso e admirável mundo estamos muito seguros de toda a nossa competência nestas matérias.

A tendência para a autodestruição está instalada e instalada com toda a ferocidade que se possa imaginar. Há uns anos li que o mundo nunca mais esteve em paz depois do fim da 2ª Grande Guerra Mundial. Verdade que tem números bem concretos de vidas perdidas, indiscrítivel e incontável sofrimento e prejuízos patrimoniais, que embora, não comparáveis com o valor da vida, são vidas perdidas também, pois representam, de forma inequívoca, o trabalho, o esforço, o conhecimento, as crenças e a cultura das gentes que lhes deram forma.

Passando para um registo infinitamente mais pequeno que é a vida de cada um, percebemos que é muito fácil alimentar ressentimentos e outros sentimentos altamente corrosivos que exarcebam o conflito e que ganham poderes destrutivos. Contrariar os efeitos deste manancial de produtos tóxicos é uma verdadeira luta. Ganhá-la é ainda uma luta maior.

A vaidade, a arrogância, a ambição desmedida e a ânsia pelo poder são formas de estar que catalizam o conflito. Seja ao nível do universo de cada um, seja ao nível político, económico ou das relações entre os países. Neste sentido, a lógica que acaba por imperar é «o vale tudo». E assim é. Vale tudo para ser admirado, endeusado, invejado pelo que se possui, pelo poder que se exerce, pela vida maravilhosa que se leva. Não é curioso como algumas pessoas são retratadas? Há gente que tem tudo maravilhoso e fantástico: emprego, filhos, marido ou esposa, família, casas e carros. Tudo perfeito. Mais, são sempre os pais perfeitos. Mas, como diz um amigo: «Todas as famílias são perfeitas quando vistas à distância». A verdade inegável é que todas as famílias se debatem com problemas e dificuldades. As dificuldades e os problemas são diferentes, naturalmente, bem como a forma como se lidam com eles. Eventualmente, será mesmo a forma como cada um lida com as agruras, contrariedades, sofrimento mas, também com as alegrias, os sucessos e a felicidade que faz toda a diferença em cada uma das famílias.

E porque a Igreja nas suas variadas vertentes e figuras procura acolher e ser espaço para todos, não pode esquecer que só o conseguirá fazer se assumir que deve estar mais próximo, mesmo quando corre o risco de mais facilmente se notarem as suas fragilidades e dificuldades. Não deverá, contudo, recear fazer caminho nesse sentido. Estar mais próximo, obriga a ser humilde, a conhecer e a cultivar a empatia. Obriga a ter disponibilidade para assumir erros, corrigir, procurar novo rumo, reverter, mudar de estratégia. Nada disto é fácil. Mas, é preferível ao ter uma imagem de perfeição, apenas quando vista à distância.

Henrique António Carvalho

Flashes e instantâneos

Com o outono já aí à porta, o dia-a-dia rotineiro regressa. Acabou-se o descanso, a falta de horários, o deitar tarde e tarde acordar. Acabaram-se os dias longos, que não estão preenchidos de compromissos. Acabaram-se as despreocupações.

Com o início do ano de trabalho que, para os estudantes é em setembro, começa-se a entrar na rotina do dia-a-dia. Os dias preenchidos e cheios de ritmo acumulam-se. Os compromissos, o trabalho, as tarefas habituais regressam à nossa lista a cumprir. Mas, após merecido descanso e descompressão, estamos aptos a regressar em pleno.

Não tendo “descansado” de Jesus nas nossas férias, é tempo de regressar às atividades pastorais com que estamos comprometidos. Se traçarmos o nosso perfil e juntarmos os compromissos pessoais e laborais com os compromissos religiosos, o nosso dia-a-dia fica completo.

Ser próximo de todos

Maria Lúcia

De volta à rotina

Partida da Maia e chegada a Warsówia, capital da Polónia. Após o almoço iniciou-se a nossa Visita/Peregrinação. Os primeiros contactos com o povo e a terra polaca foram de grande emoção e surpresa positiva. De salientar que, por quase todos os lados que visitámos encontrámos Imagens, pinturas e outros vestígios do Santo João Paulo II. Nos dois dias que visitámos Warsówia estivemos em várias Igrejas, todas elas com referência ao Santo João Paulo II.

Seguimos para Cracóvia segunda cidade da Polónia e ex-Capital, onde se intensificou o visionamento do Santo João Paulo II através de Imagens, pinturas, fotografias e estátuas. Não é de admirar pois ele é natural de Wadovice que pertence a Cracóvia e onde foi Bispo e Cardeal.

No dia 4 de Agosto, fomos visitar em Wadovice, sua terra natal, a casa onde nasceu e que está transformada em museu e a Igreja onde foi Baptizado.Neste mesmo dia ,mas de manhã, fomos visitar o Camo de Concentração de Auschwitz.Este dia ficou marcado pela positiva(de tarde) coma visita aos lugares onde viveu e passou o santo João Paulo II e pela negativa (de manhã) com

a visita ao Campo de Concentração.Foi uma viagem (Peregrinação) para recordar. Gostei muito.

POLÓNIA

José Américo Moreira Lima

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ESTÁTUA DE SÃO JOÃO PAULO IIMaria Albina M. Vieira de Carvalho....................................................250,00 Alguém ....................................................................................................... 5,00Z.S ............................................................................................................. 21,00Alguém ................................................................................................... 160,00Alguém ................................................................................................... 100,00A Transportar ............................................................18.830,00

Quem desejar fazer a sua dádiva (oferta) para o LAR DE NAZARÉ, por transferência bancária, pode fazê-lo usando o Balcão da Caixa do Crédito Agrícola (Maia), NIB 0045 1441 40240799373 19 ou entregar nos Cartórios Paro-quiais. A Obra é nossa .

Após a transferência indique-nos o NIC para lhe passarmos o Recibo para apresentar na Decl. do IRS.

IGREJAS DE Nª Sª DO BOM DESPACHO E DE Nª Sª DA MAIA

E OBRAS PAROQUIAISEm Julho /Agosto recebeu-se

PLANOMAIA CENTRO SOCIAL E PAROQUIAL

LAR DE NAZARÉ

OFERTAS -Julho/Agosto

Transporte.............................................................339.183,13

Julho - 3º Domingo 433,35;4º Domingo 317,00; Agosto - 1º Domingo 575,55;2º Domingo 405,70;Festa de Nossa Senhora da Assunção 284,20; 3º Domingo 385,12; 4º Domingo 418,89; 5º Domingo 409,66, 1º Domingo de Setembro 658,46; Vários 496,77; Cofre da Ig.NSdaMaia:SSacramnto 27,25;NªSªdaMaia 21,15;S. Miguel 7,00; Obras 3,10; Sagrada Família (Cartó-rio) 36,16; Emília Costa Nunes (BIP) 50,00; Cofre Santuário: S. Gonçalo e S. Francisco 0,90; Anjo da Guarda 6,20; S. Miguel e S. João 11,20; SS. Sacra-mento 12,00; Obras 3,20; S.Josée Menino Jesus de Praga 1,90; S.Lourenço e S.Sebastião 0,50;S. Roque 8,40; Sagrado Coração de Jesus 11,70; NªSª doBom Despacho 130,00;NªSª doBom Despacho (Sacristia)86,00; Santa Teresinha e Santa Bárbara 0,60;AcçãoSocial 2,50;Santo António-2,80;Almas 8,00;Nossa Senhora de Fátima 55,00;NªSenhora da Assunção 5,50;Cofre Capela dosPassos: Senhor dos Passos 35,50; Senhor dos Amarrados 42,80 ;N.ªS.ª das Dores 23,50; S.ta Eufémia e S. Frutuoso 5,90; Acção social 6,50;Obras 9,40.

3342 - Maria Cândida Estevinho Martins............................................100,00 3343 - Alguém ..................................................................................20,003344 - C.M.C.P..................................................................................20.003345 - Maria Manuela e Alberto Machado (Paços Ferreira)-----100.003346 - Alguém -M.M.........................................................................50,003347 - Maria Fernanda Silva Castro..............................................30,003348 - Guido Ferreira da Silva.......................................................10,003349 - Bodas de Ouro de Maria Teresa/José Sousa...................20,003350 - Alguém....................................................................................20,003351 -Por Mª Joaquina Barros.......................................................15,00 3352 - Bodas de Prata - Odete/Manuel.......................................20,003353 - Guido Ferreira da Silva.......................................................10,003354 - SOLAR - (No Lar - Festa NaSaBom Despacho)........5.725,003355 - TÔMBOLA ...........( " " " " ).......1.390,873356 - Bodas de Ouro de Alice/Abílio.........................................50,003357 - Guido Ferreira da Silva..................................................... .10,003358 - Alguém (P.C)........................................................................200.003359 - Maria Lúcia ...........................................................................10,003360 - Olinda ...................................................................................25.003361 - Maria (C.S.) ............................................................................5.003362 - Alguém ..................................................................................20.003363 - Guido Ferreira da Silva ......................................................20.003364 - Por Mª Joaquina Barros.......................................................15,00 3365 - Elisa Azevedo ...................................................................... 95.003366 - Alguém (M M) ...................................................................390.003367 - Alguém (D.P.) .................................................................... 400.003368 - Alguém ................................................................................. 10,00 A Transportar ...........................................................8.780,87

O Lar de Nazaré foi benzido no dia 8 de Setem-bro de 2013. Fez já um ano. Ao longo deste tempo ninguém adormeceu mas redobrou em trabalho para que comece a funcionar quanto antes. São muitas as pessoas que me perguntam.

Posso dizer que hoje, dia 9, todos os documen-tos deram entrada na Câsmara Municipal para aprove com a vistoria pedida.

Logo que seja aprovado será anunciada a toda a paróquia que estarão abertas as admissões...

Está pra breve. A todos quantos viveram com entusiasmo, gene-

rosidade todo o seu crescimento, Deus os abençoe.Ao Sr. Arquitecto Miguel, da Planomaia, o nosso

muito obrigado pela gratuidade do trabalho e Para-béns pela Obra. Merece que seja divulgada e conheci-da. O prémio de Arquitectura virá.

O LAR DE NAZARÉ

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S.MIGUEL DA MAIA - Pág. 16

S. MIGUEL DA MAIABOLETIM DE INFORMAÇÃO PAROQUIAL

ANO XXV Nº 273 2014 Publicação Mensal

PROPRIEDADE DA FÁBRICA DA IGREJA PAROQUIAL DA MAIADirector: Padre Domingos Jorge

Telef: 229448287 / 229414272 / 229418052Fax: 229442383 [email protected]

Registo na D.G.C.S. nº 116260Empr. Jorn./Editorial nº 216259http://www.paroquiadamaia.net

Impresso na Tipografia Lessa Largo Mogos, 157 - 4470 VERMOIM - MAIA

Telef. 229441603

Tiragem 1.500 exemplares

Luís Fardilha

Pela Cidade... DE REGRESSO ÀS AULAS, OUTRA VEZ

No início de Setembro há sempre uma atenção particular às questões relacionadas com o en-sino. O regresso às aulas marca os temas de sociedade, com notícias e reportagens sobre a aquisição de materiais escolares, a melhor forma de preparar as alterações nos ritmos biológicos associados a novas horas de acordar e de deitar, com uma atenção especial às crianças que vão pela primei-ra vez para a escola e precisam

de acompanhamento adequado… O tema chega mesmo a invadir domínios insuspeitados como o comércio de vestuário ou os regimes alimentares mais adaptados às exigências da “nova vida”! Numa sociedade como a nossa, tão marcada pelo consumo, é natural que o comércio apro-veite a ocasião para lembrar – ou criar – a necessidade de comprar isto e aquilo, procurando gerar uma “corrida” às lojas e aumentar os seus lucros. São estratégias previsíveis e legítimas, mais ou menos eficazes, mas que fazem parte do calendário anual e se tornaram rotineiras.

Respeitando o mesmo calendário, foram conhecidos por estes dias os resultados do concurso de acesso ao ensino superior. Atempadamente tinha sido positivamente salien-tado o aumento do número de candidatos (uma inversão relativamente ao sentido descendente observado nos anos mais recentes), mas este ano trouxe outras surpresas. A maior de todas terá sido o facto de se constatar que os cursos de engenharia civil atraíram muito menos alunos do que era habitual, não tendo tido nenhum candidato metade dos 20 cursos de engenharia civil oferecidos pela rede pública de ensino superior (universidades e institu-tos politécnicos). Surpreendente foi também que tenham ficado por preencher uma percentagem elevada de vagas mesmo em faculdades prestigiadas como o Instituto Su-perior Técnico da Universidade de Lisboa ou a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto.

Trata-se de uma situação que surpreende e preocupa, como não deixou de ser salientado pela Ordem dos En-genheiros e pelos Reitores das Universidades. À primeira vista será uma consequência da retração nas obras públicas e no mercado de habitação. O pessimismo alimentado pela acção do governo nos últimos anos, alimentado por declarações dos responsáveis pelas finanças públicas, terá gerado a convicção de que a empregabilidade na área da engenharia civil tenderá a diminuir, o que poderá ter justificado a opção dos candidatos ao ensino superior. Na expressão do coordenador dos Institutos Politécnicos, trata-se dum “problema nacional”, que exige estudo atento e uma resposta adequada.

Não sei quais serão as verdadeiras justificações para que se tenha verificado esta falta de atractividade dos cursos referidos. São certamente razões múltiplas, tanto a montante – fraca preparação nas áreas de matemática e físico-química no secundário, originando resultados desastrosos nos exames do secundário – quanto a ju-sante – clima económico negativo e previsão de escassa empregabilidade. Ainda assim, não deixa de ficar a nu uma

evidente falta de previsão e de estratégia de que enferma a governação, tanto do país como das instituições. Fica claro que se tem navegado à vista, ensaiando reacções aos factos ocorridos, sem que haja a capacidade para os antecipar e muito menos para os prevenir. Infelizmente, não há capacidade de planeamento a médio ou a longo prazo. Vai-se gerindo o dia-a-dia e procurando resolver, melhor ou pior, os problemas imediatos à medida que vão surgindo.

Há ainda outro sinal que parece claro: com um futuro tão nebuloso como é aquele que surge hoje no horizonte dos portugueses, torna-se difícil imaginar o que o país terá para oferecer, em matéria de emprego, daqui a uns cinco ou dez anos. Não havendo a explicitação clara de objectivos colectivos mobilizadores no plano nacional, nem planos credíveis assentes em apostas do governo numa perspectiva de médio ou longo prazo, as escolhas são feitas às cegas ou em função de motivações circunstanciais: os resultados dos exames nacionais, os interesses imediatos de cada um, a previsão de maior ou menor dificuldade em concluir o curso, etc. Dir-se-á que, de qualquer modo, ninguém sabe o que vai ser o futuro! Quando não existe uma vocação clara e forte, há sempre a tentação de se deixar ir ao sabor do momento.

Corremos o risco de estar a interpretar mal um sinal que até pode ser efémero. Embora esteja convencido de que se trata do indício de um mal profundo e duradouro – a descrença num futuro de desenvolvimento e recuperação do país –, não me custa admitir que posso estar a laborar num equívoco. Ainda assim, acho sintomático que a actual responsável pelas nossas finanças afirme convictamente que o ensino superior ou a investigação não podem escapar a uma redução continuada e acumulada do financiamento, como qualquer outro sector da sociedade portuguesa. Com este tipo de orientação, preconizada por quem dirige o país, mais do que falarmos em “cortes cegos”, teremos de reconhecer que estamos perante uma governação cega, encerrada no seu labirinto de austeridade, correndo atrás duma dívida externa fora de controlo, incapaz de criar esperança no país ou de mobilizar os portugueses. Restar-nos-á ir repetindo maquinalmente, em cada novo ano, os actos que o calendário determina.

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FESTA DE NOSSA SENHORA DO BOM DESPACHO 2014

(Dia 13 / 14 de Julho)

S.MIGUEL DA MAIA - Suplemento 1 - Pág. 1

SUPLEMENTO - FESTAS BIP ANO XXV - Nº 273

Setembro de 2014

A história vai-se fazendo... Para que os vindouros possam sentir quanto nós vivemos na Celebração da Festa de Nossa Senhora do Bom Despacho, hoje Padroeira da Maia, e a sua Igreja sendo Santuário por direito, elaboramos este SUPLEMENTO.

Uma imagem vale por centenas de palavras.

Fotos de: José ToméPadre Domingos Jorge

FESTA DE NOSSA SENHORA DO BOM DESPACHO Homilia de D. João Miranda Teixeira -13 de Julho 2014

Irmãos:Nazaré foi a Casa de Maria e de Jesus. Deus não precisa de casas para morar. Mas Jesus, feito homem, precisou de uma casa e

de uma família. E foi assim que revelou o mais autêntico ROSTO de Deus: um Deus que se fez pequenino para que os homens O entendessem e d'Ele não fugissem. No alto da cruz, quando se ofereceu como vítima pela salvação dos homens, indo deixar esta morada terrestre, deu uma Casa à Mãe e deu uma Mãe ao seu discípulo João. Assim começou a Casa da Igreja, feita não de pedra e telha, mas feita de acolhimento e agasalho para todos os que descobrissem esse teto de abrigo. Jesus é a Pedra de fundamento, a Pedra angular, Maria é a Mãe de todas as horas e João, junto com os outros apóstolos e a Mãe, formaram a primeira COMUNI-DADE de crentes.

Caríssimos irmãos:Diz o profeta: A minha casa será chamada 11 Casa de Oração". Nós somos habitantes dessa CASA, na qual entramos pelo

batismo. A Casa da Igreja é, antes de mais uma casa de oração.Frequentamo-la nós como tal, casa de oração? Ou só lá vamos para cumprir uma obrigação?Jesus indignou-se, quando, no Templo de Jerusalém, viu o espaço transformado em negócio. Pegou num azorrague de cordas e

expulsou os vendilhões do Templo, dizendo: A Casa de meu Pai é casa de oração e vós fizestes dela um lugar de negócio!Habite em vós, com abundância, a Palavra de Deus. Irmãos:A Casa da Igreja é também lugar da PALAVRA de Deus. A Bíblia, a leitura da Sagrada Escritura, o tempo dedicado a escutar

e ruminar a Palavra que Deus revelou, sobretudo no Filho, Jesus Cristo, é alimento indispensável para a vida espiritual do crente.Lemos a Palavra? Escutamos com proveito a pregação da Palavra na missa dominical? Ajudamos os que nos são próximos, sem

vergonha, a consultarem os Evangelhos? Foi morar numa cidade chamada Nazaré.A Casa da Igreja, na cidade ou na aldeia, deve ser igualmente um LAR acolhedor, onde se atende quem bate à porta, com

tempo e carinho.Continua na Pág. nº2

Page 18: EDITORIAL · oração e na dedicação. Os três novos sacerdotes, recentemente ordenados e agora nomeados para os seus primeiros múnus pastorais, são uma bênção de Deus, ...

S.MIGUEL DA MAIA - Suplemento 1- Pág. 2

Temos tempo para acolher os que nos pro-curam?

Deixamos outras coisas secundárias e damos tempo à ternura de uma Mãe que recebe os fi-lhos e os alimenta e os conforta nos desgostos e aflições?

A palavra do nosso Papa é insistente sobre o modelo de Igreja que temos de ser e viver nos anos à nossa frente. Tem de ser uma Igreja frater-na, fecunda, misericordiosa e acolhedora. Vivemos nas [amilias e nas paróquias um tempo de orfan-dade. Os nossos jovens são órfãos, às vezes de pai e de mãe, também de um Mestre em quem confiem, de um caminho seguro para percorrer, de ideais que aqueçam o coração, são órfãos de esperança ...

A Mãe de Jesus é exemplo de como vencer essa orfandade. Com que carinho ela acolheu o Filho no seio! Com que amor O deu à luz! Com que ternura O acompanhou em Nazaré, durante trinta anos, mesmo quando Ele fugiu aos cânones de uma família e se deixou ficar no Templo sem que os pais o soubessem!

Meus caros Irmãos:É a Solenidade da Senhora do Bom Despacho.Vamos ter com ela e pedir-lhe a sua interces-

são para a Igreja do século XXI, que vive as an-gústias de um tempo laico, em que a fé se debilita e estamos a ficar um RESTO ...

Maria aponta-nos sempre, antes de mais, o FI-LHO, como em Caná: Fazei o que Ele vos disser! Ela é de facto Medianeira entre Jesus e cada um de nós. Mas Ele é que é o Senhor: Ainda não che-gou a minha hora, disse à Mãe.

MARIA tem o nome de todas as nossas ne-cessidades.

É Senhora da Saúde, Senhora do Sim, Senhora dos Remédios, Senhora da Paz ... É Senhora do Ó, Senhora do Silêncio, Senhora das Dores ... É Senhora do Calvário, Senhora do luto, Senhora da Assunção, Senhora da Glória, Senhora de todas as graças e Senhora do Bom Despacho ...

Maria é MEDIANEIRA entre Cristo, seu Filho, e nós, a quem Jesus entregou como filhos na hora suprema da cruz, ao dizer a João: Eis a tua Mãe! Nele, em João, estávamos compendiados todos nós.

O único Mediador entre Deus e nós é Jesus (I Timóteo 2, 5).

Cristo participa da humanidade e da divin-dade: só Ele pode vencer o abismo que separa a criatura do criador (Jean Guittton, 247).

Porém, entre Cristo e nós há uma distância infinita. Se Ele se aproximou do homem, foi por-que se fez Menino de sua Mãe. Ela, a Mãe, é da nossa raça e, contudo, é Mãe de uma Pessoa divi-na. Como em Caná, ela intercede junto do Filho por nós (ibidem, 249).

Podemos recorrer a ela. Mas o Filho é que é a Fonte de toda a Graça, de toda a Cura, de toda a Consolação, pelo seu Espírito, que desceu no dia de Pentecostes. Peçamos-lhe a saúde, a paz, a conversão, a paciência nas dores, uma vida de tes-temunho e uma boa hora no momento da morte.

Rezemos assim:Senhora da Encarnação, Senhora do Livra-

mento, Senhora das Dores, Senhora da boa morte ...Senhora das Graças, Mãe de Deus, nossa

Mãe, Medianeira entre Deus e os homens,(Senhora do Bom Despacho) ...Alcançai-nos junto de Deus valia,Distribui por nós os dons de vosso Filho, Encaminhai-nos na salvação,Escutai, Senhora, a nossa oração!

(Maria de Lourdes Belchior - Cancioneiro Para Nossa Senhora, pg 32. Adaptação

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Lista das paróquiasAvioso (Sta Mar ia)Avioso (S . Pedro)

Barca Corlrn Folgosa

Gemunde GondimGuei fães

Maia Mi lhe iros Moreira

NogueiraPedrouços

S . Pedro de F ins S i lva Escura

Vermoim Vi la Nova da Telha

Sta Casa da Misericórdia da Maia

Para todos imploramos de Deus a Benção de Nossa Senhora do Bom Despacho

PARABÉNS