· tos outros compositores de marchinhas carnavalescas e sambas imortais que já partiram desta

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Os funkeiros de plantão que nos desculpem, mas depois desta com certeza ChiquinhaGonzaga, Donga, Lamartine Babo, Noel Rosa, Adoniran Barbosa, Pixinguinha, Cartola e mui-tos outros compositores de marchinhas carnavalescas e sambas imortais que já partiram destapara uma melhor ficaram arrepiados e de ponta cabeça em seus túmulos com o que aconteceuno último Carnaval em termos de inovação, ao introduzirem o funk na festa de Momo, se é quepodemos chamar isso de inovação.

Queremos deixar bem claro que não temos nada contra o funk – segundo o DicionárioMichaelis a palavra significa aterrorizar, intimidar, assustar, medo, pânico etc. -, muito menoscontra quem o curte, mas defendemos a idéia de que cada coisa deve ocupar o seu devido lugar. Imagine! Temoscerteza de que você nunca viu a música sertaneja invadir a avenida do samba, ou, por exemplo, uma festa de peão deboiadeiro ser animada em ritmo carnavalesco, uma festa junina com valsa, ou um pagode com música clássica.Seria demais, você não acha?

Uma coisa não se pode negar: o Carnaval é uma verdadeira “caixa de ressonância”. Eu vou tentar ser mais claroem meu raciocínio: o que o Brasil inteiro viu e ouviu no último Carnaval nada mais é do que o reflexo da própriasociedade, na qual, hoje, imperam a violência, a impunidade, a corrupção e a falta de respeito entre os seres huma-nos. Estão misturando alhos e bugalhos e os principais valores morais há muito foram deixados de lado.

A toda poderosa mídia, por sua vez, se acha no direito de enfiar goela abaixo do povão aquilo que mais lheconvém. E por outro lado, sem querer desmerecer ninguém, muito menos ser dono da verdade, a grande maioria dapopulação não se encontra preparada para separar o joio do trigo e ver o que é bom e o que é lixo. Infelizmente, essaé a grande verdade. Mas longe de nós querermos colocar o guiso no pescoço do gato. Como diz o adágio popular:“Gosto não se discute”. Há quem afirme, que se deve lamentar!

Não temos aqui a mínima pretensão de fazer uma análise sociológica sobre essa questão, nem teríamos compe-tência para tal, mas vale lembrar que já no início, o Carnaval, com seus lendários e famosos clubes cariocas, que aomesmo tempo funcionavam como sociedades literárias e musicais, exerciam atividades sociais políticas ao critica-rem os abusos e erros das autoridades em seus préstitos como verdadeira “caixa de ressonância” da sociedadedaquela época.

Isso vem comprovar que, no fundo, a folia de Momo funciona, de certa forma, como um espelho daquilo que asociedade vive no momento. Na base da brincadeira, os foliões trazem à tona, ao mesmo tempo, suas alegrias,descontentamentos, frustrações e fazem críticas ou mesmo reproduzem fatos do cotidiano.

Sendo uma das mais antigas festas da humanidade, o Carnaval tem sua razão de existir. Ninguém sabe ao certoa origem do nome dessa comemoração popular de origem pagã. Na versão do etmólogo Antenor Nascentes a pala-vra carnaval “se aplicava originalmente à terça-feira gorda, a partir de quando a Igreja proibia o consumo de carne”.

Outros estudiosos afirmam que a palavra vem do baixo latim carnelevamen, modificado mais tarde em carne,vale! que significa adeus carne! Carnelevamen pode ser interpretado como carnis levamen, que quer dizer prazerda carne antes das tristezas e continências presentes no período da Quaresma.

Nesta edição, a Revista Campo & Cidade traz aos seus leitores a história dessa festa milenar que tanto fascina econtagia o povo brasileiro e como ela foi introduzida aqui no período colonial e monárquico pelas mãos do entrudoportuguês. Por fim, mostra sua evolução e riqueza cultural ao longo dos anos no Brasil, hoje, considerado mundial-mente como o País do Carnaval.

João José “Tucano” da SilvaEditor responsável

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A origem do Carnaval é cheia de con-trovérsias, mas não há dúvida de que,como nos rituais antigos, os dias de foliatêm a função de subverter a ordem e afas-tar, ao menos por um curto período, ascoisas desagradáveis. Mesmo sem umarelação direta com o Carnaval de hoje,as festas da Antigüidade ajudam a com-preender o fenômeno, pois simbolizavama purgação dos males.

Foi há 12 mil anos que a humanidadecomeçou a domesticar animais e a plan-tar, mas é aos egípcios que se atribuiu odesenvolvimento da agricultura e doscultos agrários feitos de danças, cânticose orgias, que tinham por finalidade es-pantar as forças malignas que prejudica-vam o plantio.

Rituais semelhantes também ocorre-ram na Pérsia, em Creta, na Babilônia,com as Sáceas, festas que duravam cin-co dias e eram marcadas pela promiscui-dade sexual, pela inversão dos papéis epela coroação de um escravo, sacrifica-do no final da celebração.

Na Grécia, as bacanais em louvor aDioniso, o deus do vinho, tinham muitoem comum com o Carnaval. Eram diasde bebedeira, dança e luxúria, onde tudoera permitido. Dioniso foi expulso doOlimpo. Chegava todos os anos à Grécia,na primavera, acompanhado de um séqui-to de sátiros e ninfas. Era saudado por seusseguidores com música, danças, algazar-ra, vinhos, sexo e também violência, quemuitas vezes terminava em tragédia.

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Em 370 a.C., Atenas perdeu suahegemonia e o culto a Dioniso penetrouem Roma. As Bacantes, sacerdotisas quecelebravam os mistérios do culto ao deus,lá conhecido como Baco, dançavam esoltavam gritos estridentes nas ruas, atra-indo multidões. A bagunça fez com queo Senado Romano proibisse a celebra-ção. Em Roma também se faziam festassemelhantes em homenagem aos deusesSaturno e Pã.

Mania de festasDurante a Idade Média e o Renasci-

mento, diversas festas carnavalescasaconteciam, mesmo fora de época, emvários países da Europa. Na Inglaterraeram as festas do Arado e em Portugal, oCharivari, uma caçoada pública acompa-nhada por batidas de panelas.

O uso de máscaras virou mania no

século 18. Em Veneza, homens,mulheres e crianças andavamtodo o tempo mascarados. A prá-tica estimulou o crime, já que apolícia não podia reconhecer ocriminoso. O uso diário de más-caras foi proibido e osvenezianos passaram a se mas-carar só durante o Carnaval.

Modismos foram incorpora-dos às festas. Na Europa, o de-boche deu lugar ao tétrico e aomacabro. Durante o Carnavaltornaram-se conhecidas as dan-ças macabras da alta Idade Mé-dia, nas quais homens e mulhe-res iam para os cemitérios.

Controle da IgrejaA Igreja Católica, depois do

Concílio de Nicéia, em 325, con-siderou as festas pagãs libertinase pecaminosas. Incapaz de bani-las, impôs as primeiras medidas

que buscavam dar às cerimônias um tommais sério para combater o deboche quesempre descambava para a promiscuida-de. O povo nem tomou conhecimento.

No século 6, o papa Gregório I, o

Grande, regulamentou as datas para oCarnaval, que foi incorporado aos feste-jos cristãos. A Igreja teve muitos proble-mas com a festa pagã, pois havia umagrande participação de padres e noviços.Mesmo durante o período da repressão,os noviços organizavam a Festa dos Bo-bos. Elegiam um bispo ou abade dos bo-bos, organizavam danças na igreja e nasruas, procissão e missa simulada. Usa-vam máscaras e roupas de mulheres, ves-tiam os hábitos de trás para frente, segu-ravam o missal ao contrário, jogavamcartas, cantavam cânticos obscenos e xin-gavam a congregação.

O EntrudoO entrudo teve origem nas Bacanais

e Saturnais e firmou-se com esse nomelogo depois da oficialização do Carna-val cristão, por volta de 590. O povo pas-sou a comemorar o início da Quaresma,bebendo e comendo para compensar ojejum. O ritual foi se tornando grosseiro,consistindo em aspergir água nas pesso-

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as para purificar o corpo, numa misturade práticas religiosas judaicas e hindus.

O entrudo entre os povos latinos du-rou por volta de 11 séculos, fortalecen-do-se entre os anos 1200 a 1300. Na Itá-lia dos Médices, o entrudo existia na for-ma de batalhas de gesso e de água que seincorporaram aos carnavais antigos. EmPortugal, atingiu o máximo de violênciae falta de respeito, especialmente duran-te os reinados de Afonso VI (1656-1667)e João V (1706-1750).

De nada adiantavam as reações con-trárias da Igreja, os editais de proibiçõesde 1817 ou até o terremoto que quasedestruiu Lisboa. Nada fazia o entrudodesaparecer.

Eram famosos os carnavais de Nice,no sul da França. O Mardi Gras - terça-feira Gorda, último dia em que os cris-tãos podiam comer carne - era celebradocom uma grande parada. Em Colônia, naAlemanha, as mulheres saíam pelas ruaspara cortar as gravatas dos homens comtesoura. Em Veneza, na Itália, o Carna-

val ainda hoje é comemorado com fogosde artifício, foliões mascarados, inspira-dos na Comedia dell’Arte, máscaras de

porcelana, fantasias ecarros alegóricos queinfluenciaram o mun-do inteiro. O entrudochegou ao Brasil vin-do das ilhas Madeira,Açores e do Cabo Ver-de e era uma brinca-deira violenta e suja.

Mudança dehábito

A partir do século19, na Europa, o cle-ro, a nobreza, os co-merciantes e os profis-sionais liberais come-çaram a se afastar dosfestejos carnavalescos,entendendo que tais

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brincadeiras eram mais adequadas às ca-madas populares.

A Reforma Protestante e a Contra-Reforma Católica exigiram posturas di-ferentes do clero. Os reformadores cató-licos ressaltavam a dignidade do sacer-dócio. O pároco do velho estilo que pu-nha uma máscara e saía dançando pelomeio da igreja ou das ruas foi substituí-do por um novo estilo de padre, maiseducado e contrito.

Os nobres também mudaram de com-portamento. A fortuna e um verniz soci-al fizeram com que se comportassem deuma maneira mais estudada. O Carnavalcomeçou a ser encarado como exótico,curioso, fascinante, digno de ser regis-trado. Por isso quase desapareceu da Eu-ropa no século 19. Nesse período, os car-navais em lugares fechados exigiam mai-or decoro.

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Durante quatro dias, a folia se espar-rama pelas ruas, praças e clubes, na festamais popular do País: o Carnaval. Noanonimato, dançam juntos trabalhadoresbraçais, empresários, serventes e douto-res. Caem na folia negros, brancos, índi-os e estrangeiros. A fantasia cria novasidentidades. Cada um se transforma na-quilo que deseja. É tempo de esquecerou lembrar os amores perdidos, de can-tar as paixões ou de buscar novos par-ceiros. Pode-se protestar contra o gover-no, reclamar da miséria ou sugerir solu-ções, tudo temperado com muito bomhumor.

Na Bahia, a festa ganha novas corescom os cultos religiosos. As escolas desamba do Rio de Janeiro são as protago-nistas do grande espetáculo. EmPernambuco, um só bloco reúne milha-res de foliões. Em São Paulo, as escolasde samba se tornam mais belas e luxuo-sas a cada ano.

Africanos e portuguesesO carnaval chegou ao Brasil por dois

caminhos: da África, de onde os negrostrouxeram seus cantos e danças, e daEuropa, com o entrudo português, reali-zado desde o século 16, no período queantecedia a Quaresma. A primeira mani-festação carnavalesca de que se tem no-tícia aconteceu em 1641, quando o entãogovernador do Rio de Janeiro, SalvadorCorrea de Sá Benevides, determinou quese dedicasse uma semana inteira de fes-tejos para homenagear a coroação do reiDom João IV, o restaurador da monar-quia portuguesa.

O povo adorou. Blocos e préstitosanimaram as festas. A folia, diferente doentrudo, se estendeu até o domingo se-guinte, com combates simulados, corri-

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das de cavalos, jogos de argolinhas e blo-cos de mascarados.

A palavra entrudo vem do latimIntroitus (introdução). Consistia em ba-talhas com limão-de-cheiro oularanjinhas fabricados pelas próprias fa-mílias e cheias de água mal-cheirosa oude perfumes suaves. Um mês ou doisantes da festa, as famílias faziam aslaranjinhas de cera em forminhas. Enchi-am-nas de água perfumada e esperavamna janela os conhecidos que passavam.Quando as laranjinhas acabavam, usavam

copos d’água, regadores e baldes. Comose não bastasse, os rapazes saíam pela ruae pegavam à força qualquer um que pas-sasse e o jogavam dentro de uma tina outanque cheio de água. No século 18, jáse atirava de tudo: de urina a ovos po-dres e tomates estragados.

O entrudo ganhou adeptos no Rio deJaneiro por volta de 1800. Inicialmentenão havia música nem dança, e os foli-ões participavam de uma espécie de vale-tudo, em que as armas eram limões-de-cheiro, seringas, bisnagas e baldes com

O mito vem da Antigüidade. Entre osgregos e romanos, Momo era o ator que

interpretava uma peça familiar ecômica por meio de gestos. Éconsiderado pela mitologia

como símbolo dairreverência.Há também outra

versão de que na RomaAntiga, durante as festas a

Saturno, escolhia-se o maisbelo dos soldados para sercoroado como Rei Momo.Ele passava a receber um

tratamento especial até o fimda festa, quando então era

sacrificado num altar. NoBrasil a idéia de coroar Momo,um obscuro personagem, como

rei do carnaval foi dos jornalistasdo jornal “A Noite”, do

Rio de Janeiro.

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fuligem, goma, água e farinha. O tomfestivo ficava por conta da populaçãonegra que ocupava as ruas com músicase danças em grande passeata, agitandochocalhos, tocando marimbas e tambo-res.

O maior problema do entrudo era aviolência. A classe média tinha medo desair às ruas durante o carnaval. Inúmerasvezes as autoridades tentaram proibi-lo,mas sem nenhum resultado. Até campa-nha foi feita com essa finalidade pelaimprensa, que defendia um carnaval noestilo europeu, principalmente o deVeneza. Apesar disso, muitas donzelasrecatadas, do alto das sacadas, despeja-vam bacias de água fria sobre ospassantes, e até os imperadores Pedro I ePedro II eram fervorosos adeptos dofolguedo, não poupando os nobres daCorte.

Novos elementosA moda européia, feita de máscaras,

lança-perfumes, confetes, línguas-de-so-gra e serpentinas foi fazendo com que oentrudo desaparecesse aos poucos. Acre-dita-se que o confete foi introduzido noBrasil em 1892 e que a serpentina nas-ceu em 1896, em Paris. Da Alemanha,vieram os narizes, barbas postiças, bigo-des e óculos de celulóide colorido, em1901.O lança-perfume chegou da Suíça,fabricado pela Rhodia. Cheirado ou be-bido com cerveja, embalava os foliões,levando a excessos.

Em 1928, o abuso fez com os lança-perfumes fossem proibidos nas ruas e nossalões, mas ainda assim ficou em evidên-cia por quase 50 anos, até ser proibidopor um decreto do então Presidente JânioQuadros, em 61, e banido quatro anosmais tarde por Castelo Branco, duranteo regime militar, que acabou com sua fa-bricação no País.

Bailes mascaradosEm 1840, no Hotel Itália, do antigo

Largo do Rossio, hoje Praça Tiradentes,no Rio de Janeiro, foi realizado o primei-ro baile carnavalesco mascarado e comorquestra, promovido pela esposa dodono do hotel. O ingresso, 2 mil réis,dava direito ao buffet. Era o início daaristocratização do carnaval.

Anos depois, a atriz e cantora italia-na Chiara Delmastro organizou um des-lumbrante baile de máscaras no extintoTeatro São Januário. Foi o primeiro rea-lizado numa platéia e verdadeiramentecarnavalesco. Só entravam mascaradose fantasiados. Foi um sucesso! Mais demil casais lotaram o salão. A iniciativadespertou novos interesses e outros tea-tros passaram a copiá-la.

Os bailes marcaram o início da parti-cipação feminina nos carnavais.Até en-tão eram mal vistos pelos pais, que osconsideravam festas para negros e mes-tiços. Com um carnaval veneziano, deli-cado, colorido com confetes e serpenti-nas, as damas da elite também poderiamser acolhidas. A mulher costumava apre-ciar o movimento do alto dos camarotes.A dança era reservada a prostitutas emoças tidas como despudoradas.

Zé PereiraA tradição do Zé Pereira surgiu em

1850, numa segunda-feira de carnaval.O sapateiro português José Nogueira deAzevedo Paredes convidou alguns

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No século 15, surgiu na Itália uma ópera que falava dosnamorados Arlequim e Colombina. Arlequim era alegre,

esperto e malicioso. Vestia roupas brancas, calçaslargas, gorro e uma máscara. Eram roupas cheias deremendos grandes e coloridos. Colombina era umacamponesa bonita que sempre se metia em confu-

são. Um dia, os namorados encontraramPierrô. Ele era ingênuo, delicado, triste eapaixonado por Colombina. Usava umaroupa com pompons, gola de babados e

tocava bandolim. Colombina ficouindecisa entre os dois amores.

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patrícios para reviverem uma festa por-tuguesa.

Armados de zabumbas e tamboresalugados, o barulhento grupo saiu pelasruas do centro do Rio de Janeiro e aca-bou tornando-se um marco nas folias deMomo. O sucesso foi tão grande, que noano seguinte não faltaram imitadores quetransformaram os “Zé Pereiras” numatradição que durou meio século.

O bloco saía às ruas vestido com qual-quer camisa ou calça, não era precisoroupa especial e todo mundo podia par-ticipar. É possível que o nome “Zé Pe-reira” tenha saído da bebedeira do ban-do, que trocou o nome de Nogueira.

Os corsosNo início do século 20, o carnaval foi

movido a gasolina. Surgiram os corsos -carreatas dos que possuíam um automó-vel. Em cima dos capôs, homens e mu-lheres mascarados e fantasiados commuita roupa, jogavam confetes e serpen-tinas uns nos outros, enquanto molhavamos lencinhos no lança-perfume. A brin-cadeira durou pouco, pois o aumento donúmero de veículos impossibilitou suacontinuidade. Enquando isso, o povo sedivertia nos cordões de predominâncianegra. O primeiro deles, batizado de OsInvisíveis, foi criado no final do século19. Depois vieram muitos outros, entreeles o famoso Rosas de Ouro, para o qualChiquinha Gonzaga compôs o “Ó AbreAlas”.

Os cordões deram origem aos primei-ros clubes carnavalescos, com sede pró-pria e estatuto aprovado pela polícia, eaos blocos, formados por moradores dediversos bairros. Os mais populares eramos debochados e irreverentes blocos desujos. Vieram os ranchos, agremiaçõesintermediárias entre os blocos e as esco-las de samba, que foram trazidos por ex-escravos da Bahia.

Os mais antigosEm 1869, ainda durante o reinado de

D. Pedro II, foi criada a primeira socie-dade de foliões, o clube DemocráticosCarnavalescos, instalado na antiga ruaDireita, atual 1º de Março, no centro doRio de Janeiro. O clube era amado pelasmultidões e tinha a simpatia inclusive doimperador.

No início, recebia pessoas de todasas classes sociais, exceto negros. Poucodepois, com a mudança do estatuto, par-ticipou até da campanha abolicionista, jáque José do Patrocínio também era só-cio.

Mesmo com a adesão imperial, o clu-be atraiu os republicanos e seus salõesforam muitas vezes utilizados para osdiscursos inflamados de BenjaminConstant e Patrocínio.

Os Democráticos antecederam o sam-ba. Dançava-se polca e valsa e os hinoseram árias de óperas. Depois introduzi-ram o maxixe com coreografia de polcae tangos brasileiros. Foi um clube de van-guarda que desde os primeiros temposutilizava carros alegóricos.

Sua proposta até hoje é demoralização do carnaval e punição dosindisciplinados, além do desenvolvimen-to de ações sociais.

O cordão da Bola Preta nasceu em1918, como uma dissidência do Demo-cráticos, exatamente devidoàs punições. Eles que-riam um clube mais

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moderno e menos rígido. Com opassar do tempo, a entidade sefortaleceu, sempre com o lemaPaz, Amor, Folia e Tradição. Amúsica que abre os festejos, to-dos os anos -“Marcha do Cordãoda Bola Preta” - foi lançada em1958 . Seus estatutos são os mes-mos desde a fundação, com a ex-ceção da proibição do ingresso dehomossexuais, derrubada em1998.

Em razão de dificuldades fi-nanceiras, as duas sociedades, queainda existem, estudam a possi-bilidade de fundir-se para sobre-viver.

Escolas de SambaAs escolas de samba surgiram

da mistura dos blocos e cordõescom a beleza dos ranchos. Em1928 surgiu no bairro do Estáciode Sá, no Rio de Janeiro, a pri-

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meira escola de samba, a Deixa Falar,fundada por Heitor dos Prazeres, dentreoutros. Depois vieram a do Morro da Fa-vela (Fiquei Firme), a da Mangueira (Es-tação Primeira) e a de Oswaldo Cruz (Vaicomo Pode).

Foi na Era Vargas, iniciada com aRevolução de 30, que o carnavalcomeçou a ser valorizado. Em 35,os desfiles foram oficializados esubvencionados pelo governo. Afesta virou atração turística, e o DIP(Departamento de Imprensa e Pro-paganda) apropriou-se do carnavalpopular para difundir os interessesgovernamentais. Foram utilizadostemas nacionais nos enredos e asmarchinhas sofreram censura.“Com que roupa”, “Mamãe eu que-ro”, “Yes! Nós temos bananas”,“Touradas em Madri” e “A Jardi-neira” se tornaram clássicos da mú-sica popular brasileira.

Foi com Joãosinho Trinta , nadécada de 70, que uma nova formade carnaval apareceu. Foi o fim dostemas oficiais. Gigantescas alego-rias foram financiadas pelos ban-queiros do jogo do bicho.

A simplicidade dos primeirosdesfiles passou a contrastar com acomplexidade e organização dosgrêmios recreativos, que hoje reú-

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nem de 3 a 4 mil participantes cada um.A preparação de uma escola para o

Carnaval acontece quase um ano antesdela entrar na avenida. As agremiaçõesdesenvolveram o samba-enredo, temamusical do desfile. Até a década de 30, osamba era tocado basicamente com vio-lões e cavaquinhos. Depois uniu-se coma percussão dos surdos e cuícas. O quedeu origem ao samba moderno, base deoutros gêneros musicais como a BossaNova, imortalizada por Tom Jobim eJoão Gilberto, e o Pagode.

As décadas de 80 e 90 trouxeramgrandes modificações econômicas e ad-ministrativas no carnaval carioca. Coma construção, em 84, de uma passareladefinitiva para a realização dos desfiles -

o Sambódromo - as escolas tive-ram que se adaptar ao novo espa-ço. No mesmo ano surgiu a LigaIndependente das Escolas de Sam-ba - LIESA - que promoveu umanova organização.

Nem tudo é luxoQuem penetra nos bastidores

do carnaval, nos chamados “bar-racões”, não acredita no que vê.São grandes galpões geralmentesituados na zona portuária, ondesão confeccionadas as alegorias,alguns adereços e fantasias dasescolas de samba. A principal ca-racterística do trabalho é o segredo, epoucos podem entrar e ver o que está

sendo criado. É comum manter as ale-gorias cobertas para evitar que o segre-do se espalhe antes do tempo e acabecom o impacto da hora da apresentação.Impera a improvisação e a informa-lidade.

Os galpões, antigos armazéns, perten-centes à Cia. das Docas do Rio de Janei-ro são invadidos, e, não há interesse dasescolas em realizar obras de infra-estru-tura, já que a qualquer momento podemser despejadas. Algumas melhorias sãofeitas para permitir o trabalho: divisóri-as, luz elétrica, telefone, aumenta-se alargura dos portões de entrada, devido aotamanho das alegorias e pequenos repa-ros no telhado.

As relações de trabalho são infor-mais. Raros são os profissionais que têmcom a escola algum contrato. Não exis-te um sindicato de trabalhadores do car-naval, e, se algum trabalhador seacidentar, terá que contar com os diri-gentes da escola.

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Os preparativos começam nove meses antes para que asapresentações sejam as mais ricas e originais. É composto umsamba-enredo para cada escola, acompanhado pelo som dabateria e da percussão. A cada ano, os sambas-enredo abordamtemas comemorativos, de caráter social ou político. Coloridoscarros alegóricos garantem um espetáculo à parte, além dosfogos de artifício e raios laser. Milhões de dólares são gastosna produção de cada show.

Passarela do sambaAntigo sonho dos sambistas, que defendiam desde 1970

um local definitivo para os desfiles, o palco da maior festa po-pular brasileira tornou-se realidade no dia 2 de março de 1984.

O arquiteto Oscar Niemeyer foi o responsável pelo projeto,cuja obra foi construída em tempo recorde: 120 dias.

Localizado na avenida Marquês de Sapucaí, o sambódromo,que atualmente leva o nome Passarela Professor Darcy Ribei-ro, tem capacidade para acomodar 65 mil pessoas e fora doperíodo de carnaval, transforma-se em um complexo educaci-onal que abriga cerca de 8 mil crianças da rede pública de en-sino.

As escolas de samba carioca têm apostado na presença deestrelas do meio televisivo, musical, artístico e esportivo paraatrair o público.

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Duzentos e setenta e oito anos depois que os primei-ros entrudos portugueses desembarcaram na cidade, oCarnaval do Rio de Janeiro atingiu o status de “uma dasmaravilhas do mundo”. A festa cresceu e se aprimorou aponto de atrair milhares de turistas de todo o planeta.

Há Carnaval em praticamente todas as cidades brasi-leiras, mas em nenhuma delas a grandiosidade atinge asproporções do Rio, onde, ao lado das manifestações co-letivas de alegria, existe o Carnaval como megaespetá-culo de luxo e criatividade.

O ponto alto é o desfile das escolas de samba cario-cas. Atualmente há 69 escolas divididas em seis grupos,de acordo com a sua importância. O principal deles é ochamado Grupo Especial que abrange 14 escolas, cujosdesfiles acontecem no domingo e na segunda-feira decarnaval. Tudo é gerenciado pela Liga Independente dasEscolas de Samba (LIESA).

Os quesitos utilizados para a premiação são bateria,samba-enredo, harmonia, evolução, enredo, conjunto,alegoria e adereços, fantasia, comissão de frente, mes-tre-sala e porta-bandeira.

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Até mesmo os filhos da terra reco-nhecem que “baiano quando não está emfesta está ensaiando”. Os festejos popu-lares se sucedem, concentrados no verão,mas estendem-se por todo o ano. Asmanifestações folclóricas, de diversasorigens, encantam baianos e turistas comexibições ao ar livre e em casas notur-nas, de capoeira, maculelê e samba-de-roda.

O grande clímax festivo da Bahia, noentanto, é mesmo o Carnaval: um delíriode massas que se estende por sete dias,desde a quarta-feira até a manhã da quar-ta-feira de Cinzas. A festa toma toda acidade de foliões, fantasiados e pulandocomo “pipoca” atrás dos trios indepen-dentes, ou vestidos nos abadás e becasde seus blocos preferidos.

Há o circuito central, o da orla e, o maistradicional, do Pelourinho ao centro his-tórico. Neste último, o forte é a músicadas bandinhas de sopro e percussão, osblocos afros, afoxés e os fantasiados. Nosdemais, desfilam os grandes blocos, comseus possantes trios elétricos, uma cria-ção dos baianos Dodô e Osmar que viroumania em todo o Brasil.

Trio elétricoA idéia de se criar o primeiro trio elé-

trico do mundo, surgiu com Dodô(Adolfo Antônio Nascimento /1913-1978), rádio-técnico e músico, e Osmar(Osmar Álvares de Macedo/1932-1997),inventor e músico. Eles se conheceramtocando em programas de rádio, ao ladode Dorival Caymmi, entre outros nomesjá famosos na época.

Em 1950, pela primeira vez, a eletri-

cidade incorporou-se ao Carnaval baiano.Assim, em cima de uma fobica - um Ford1929 - equipada com dois alto-falantes,eles se apresentaram nas ruas da cidadecomo a “dupla elétrica”.

Foi um sucesso, mas havia resistên-cias, principalmente da classe média.Dodô e Osmar não desistiram. No anoseguinte, melhoraram a qualidade do some, com o surgimento de um terceiro mú-sico, Temístocles Aragão, formava-se otrio elétrico.

Em 52, já com um patrocinador, oêxito foi estrondoso e o trio seria, tem-pos mais tarde, glorificado pelo cantorCaetano Veloso, com o verso: “Atrás dotrio elétrico só não vai quem já morreu...”

O trio elétrico é um caminhão equipa-do com modernos sistemas de som, alémde instrumentos utilizados pela banda eum palco na parte superior, onde ficam oartista e a banda. A velocidade média dotrio é de 2 Km/h, e ele ainda faz muitasparadas ao longo do percurso de cerca de6 quilômetros para que os foliões possambrincar e dançar à vontade.

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promovida por um só bloco de carnaval.Mais de um milhão de foliões transfor-mam o centro da capital de Pernambuco,no sábado de Zé Pereira, num imenso bai-le a céu aberto..

O Galo da Madrugada, registrado noLivro dos Recordes, surgiu em 1977,como um pequeno clube de máscaras. Suapeculiaridade: os foliões começam a seconcentrar às cinco e meia da manhã, oque explica o nome. O sucesso foi cres-cendo e hoje, para animar a multidão, sãonecessários mais de 30 trios elétricos.

MaracatusOs maracatus encantam o carnaval de

Pernambuco ao evocar antigos cortejosde reis negros. Chefes tribais africanostrazidos para o Brasil reproduziam ges-tos da nobreza européia para mostrar asua força e seu poder, apesar da escravi-dão. Viajantes do século 18 já narravamos desfiles destas cortes e as coroaçõesde soberanos do Congo e de Angola no

pátio da Igreja do Rosário dos Pretos, noRecife.

Bonecos gigantesIrreverência, criatividade e alegria

tornaram o carnaval de Olinda um dosmais famosos do mundo. Anualmentemilhares de foliões chegam de todas aspartes para desfrutar da beleza da festa,que acontece dia e noite nas estreitas la-deiras da cidade.

Uma das características do carnavalolindense são os bonecos gigantes quearrastam milhares de foliões ao som dofrevo. Além deles, mais de 500agremiações, registradas oficialmente,alegram a cidade.

Os bonecos, que chegam a medir atémais de três metros de altura, são carre-gados pelas ladeiras. O boneco gigantedo Clube de Alegoria Homem da MeiaNoite, de 1932, é um dos mais famosos.

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Os pernambucanos costumam dizerque o Recife tem o melhor carnaval doplaneta. Mas não é à toa. Desde o iníciodo século 20, o carnaval já era realizadona cidade por sociedades carnavalescas,nas principais ruas do centro. Grupos demascarados desfilavam, atraindo foliõesde todo lugar. Essa fama ganhou força coma criação do bloco Galo da Madrugada.

Em Pernambuco, o entrudo portuguêsassimilou as tradições africanas. No sé-culo 19, surgiu o frevo, marca registradado carnaval pernambucano. Ele é origi-nário do repertório das bandas militares,misturando-se aos ritmos do maxixe, damodinha, da polca, do tango, da quadri-lha e do pastoril. Com o tempo, ganhoucaracterísticas próprias e passou a serdançado com passos rápidos eacrobáticos.

Galo da MadrugadaTodos os anos em Recife acontece a

maior concentração popular do mundo,

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Em São Paulo, o Carnaval era umafesta restrita aos salões. Começou a serpraticado nas ruas atendendo às influ-ências das escolas de samba do Rio deJaneiro, repetindo o estilo das grandesescolas cariocas ao enfatizar o luxo dasfantasias e alegorias.

O carnaval paulista começou nas so-ciedades familiares e, aos poucos, ga-nhou o povo. No século 19, em São Pau-lo, os costumes eram muito severos enão permitiam a presença de mulheresnas brincadeiras de rua. Elas assistiamaos cortejos e brincadeiras das janelas esacadas.

Os bailes de carnaval também eramrestritos aos homens e às mulheres vul-gares. Mesmo assim, muitos deles utili-zavam máscaras para não serem reco-nhecidos. Durante muito tempo, o Car-naval se resumiu aos bailes, guerras deovos e aos corsos - desfiles de carrospelas grandes avenidas.

O desejo de criar um Carnaval tipi-

camente paulistano, sem copiar o cario-ca, levou as escolas de samba a um ele-vado grau de profissionalização, até queSão Paulo encontrasse o seu próprio es-tilo.

Muito contribuiu para isso a criaçãoda Liga Independente das Escolas deSamba de São Paulo em 1986. Para ela,enquanto o carnaval carioca é mais téc-nico e voltado para o turismo, “o carna-val paulista é mais amador, de sambistapara sambista”.

Hoje o desfile é composto pelo Gru-po Especial que abrange as catorze es-colas de samba mais importantes de SãoPaulo e pelo Grupo 1 que conta comnove escolas. Cerca de 110 mil pessoasintegram as agremiações.

O desfile acontece no Sambódromodo Anhembi, inaugurado em 1991 pelaprefeita Luiza Erundina e reformado em1994 pelo prefeito Paulo Maluf. Pelo seuformato, o sambódromo paulista obrigaas escolas a fazer alegorias maiores do

que as da Marquês de Sapucaí no Riode Janeiro. Enquanto os carros cariocastêm em média 10 metros de altura, ospaulistanos chegam a 15 metros.

Reviver os corsosNeste ano, as ruas de São Paulo vol-

taram a ser o palco do corso. Historia-dores e colecionadores de carros anti-gos ressucitaram o hábito, esquecido hácerca de 50 anos.

Famílias fantasiadas desfilaram so-bre antigos conversíveis, ao som demarchinhas e sambas da década de 30,atirando confetes e serpentinas.

Ford Phaeton, Chevrolet 57, Jardi-neira Ford de 1931, Buik e Baratinhasforam alguns dos 30 veículos que parti-ciparam da festa. O desfile saiu doMemorial do Imigrante e terminou noVale do Anhangabaú, depois de percor-rer diversas ruas do centro velho.

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difusão, gratuita, o que permitia às grava-doras obterem lucros vantajosos. Com asofisticação da técnica e o desenvolvimen-to da indústria fonográfica, houvemelhoria na qualidade, mas os custos deprodução subiram substancialmente, difi-cultando o acesso e a penetração das mar-chas. A partir dos anos 60, as gravadoraspassaram a não mais investir no gênero.

Restaram aos foliões, além dos ve-lhos clássicos, os chamados sambas-en-redo que, graças ao prestígio crescentedas escolas de samba, independeram dodisco para se popularizar.

A fama das escolas de samba aumen-tou a cada ano e, se não sensibilizou omercado do disco, acabou atraindo umoutro meio de comunicação bem maissedutor: a televisão. Com a chegada datransmissão em cores, no início dos anos70, o carnaval passou a ser encaradocomo um espetáculo e obteve amplo des-taque na mídia eletrônica.

Com a participação cada vez menordo povo no carnaval de rua - para a gló-ria das escolas - o samba-enredo pediu eganhou passagem. As marchinhas aindaresistem nos salões, assegurando a tradi-ção carnavalesca.

O sambaO samba chegou ao Rio com as

baianas do bairro Cidade Nova. Umadelas, Tia Ciata, Hilária Almeida, (1854-1924), reunia músicos e boêmios quevaravam a noite cantando. Em uma des-sas reuniões surgiu a idéia da música quese tornaria o primeiro samba. “Pelo tele-fone” foi gravado em 1917 por Maurode Almeida, o Donga, e falava sobre ojogo no Rio de Janeiro. A letra dizia”Ochefe da Polícia/ Pelo Telefone/ Mandoume avisar/ Que na Carioca/ Tem umaroleta/ Para se jogar”.

Começava a morrer a distinção entrea música de salão e a de terreiro. Os sam-bas foram consumidos vorazmente porquem podia comprar discos, e a festa sedemocratizou.

Em São PauloO samba paulista também teve ori-

gem nas reuniões da comunidade negrado final do século 19. Destacaram-se osnegros de Pirapora do Bom Jesus que,no mês de agosto, por ocasião da festaem louvor ao Senhor Bom Jesus, eramexcluídos das procissões. Eles ficavampresos em barracões para não incomo-dar os brancos com sua presença. Nes-ses barracões, de acordo com a tradiçãooral, recitavam versos engraçados e ba-tucavam dia e noite num ritmo primitivoe apressado, acompanhados por umazabumba.

O escritor Mário de Andrade e o an-tropólogo franco-belga Claude Lévi-Strauss estiveram numa das festas dePirapora e a registram nas obras “Sauda-des do Brasil” (Cia. Das Letras) e “As-pectos da Música Brasileira” (MartinsEditora). Foi nessas festas também queGeraldo Filme, personagem importantedo samba paulista, aprendeu fundamen-tos do batuque. Filme, que inovou comum samba de sotaque rural, teve discí-pulos como Adoniran Barbosa e DonaMaria Esther.

RepressãoNo início do século 20, o samba trans-

formou-se num caso de polícia, pois asclasses dominantes o consideravam uma“coisa de marginal”. A repressão foi tan-ta que muitos negros chegaram a estimu-lar o abandono dessas tradições musicais.Na década de 50, o ritmo começou a serprestigiado.

A chegada da televisão ao País mu-dou a mentalidade da população e ossambas puderam ser vendidos comercial-mente como uma genuína expressão dacultura nacional. A arte de sambistasbrancos colaborou para revolucionar oscostumes e dar ao samba paulista novoprestígio.

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A marchinha de carnaval marcou épo-ca, reinou ao longo de muitos anos e foitransmitida de geração em geração, ten-do como principais aliados a divulgaçãoradiofônica, os bailes de salão e as pró-prias ruas. A marchinha é produto de umamistura dos ritmos que inclui a polca, oone-step e o rag-time e apareceu no car-naval carioca em 1920. Muitos foram oscompositores brasileiros que a imortali-zaram, entre eles estão Chiquinha Gonza-ga, Pixinguinha, Cartola, Braguinha,Donga, Lamartine Babo, Noel Rosa, en-tre outros.

A marchinha passou a formar duplacom o samba.Enquanto o samba é poéti-co ou filosófico, a marcha é caricatural egargalhante, maliciosa.

No cancioneiro carioca estão inscri-tas centenas de marchas carnavalescas ,consideradas como clássicos da músicapopular brasileira.

Em 1899, a marchinha “Ó AbreAlas”, de Chiquinha Gonzaga apontavapara o surgimento de um novo gêneromusical brasileiro: as músicas carnava-lescas. Essa marcha animou o carnavalcarioca por três anos consecutivos e, ain-da hoje, transcorrido mais de um século,é cantada pelo grande público.

DesaparecimentoMuitos foram os fatores que contri-

buíram para o declínio das marchinhas,mas, sem dúvida, a supremacia da músi-ca estrangeira e de outros gêneros carna-valescos (como, por exemplo, o samba-enredo), fizeram com que as gravadoras,multinacionais em sua maioria, mudas-sem de rumo.

Nas décadas de 30 e 40, o custo deprodução de um disco era baixo e a sua

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������É impossível falar de samba sem falar de Cartola. NascidoAngenor de Oliveira, em 1908, recebeu o apelido quandopassou a usar um elegante chapéu-côco. Autor de sambas

inesquecíveis como “As Rosas não Falam”, “O Mundo é umMoinho” e “O Sol Nascerá”, Cartola foi também um dos

fundadores da Estação Primeira de Mangueira, tendo sugeri-do o nome da escola e as cores verde e rosa. Nas favelas ounos redutos intelectuais, Cartola é visto da mesma maneira:

autêntico, harmonioso, lírico, genial. Morreu em 1980,deixando uma obra que hoje é referência para qualquer

estudo sério sobre a música brasileira.

O compositor Lamartine Babo nasceu no Rio de Janeiro, em 1904.Mesmo tendo sido um leigo em técnica musical, criou melodias

inesquecíveis, resultantes de seu espírito inventivo e versátil.

Lamartine tornou-se mundialmente conhecido através de suasmarchinhas carnavalescas. Em suas letras predominavam o humor

refinado e a irreverência. Como poucos, alcançou os dois extremos daalma brasileira: a gozação e o sentimento.

Sua primeira marchinha gravada foi a divertida “Os Calças-Largas”,em que debochava dos rapazes que usavam calças boca-de-sino. Em

1937, com a censura imposta por Getúlio Vargas, carnavalescosficaram proibidos de utilizar a sátira em suas composições. Sem a

irreverência costumeira, as marchinhas não foram mais as mesmas.

Francisca Edwiges Neves Gonzaga, compositora, instrumentista eregente, nasceu no Rio de Janeiro em 1847 e morreu em 1935. Aos 11

anos compôs a sua primeira música. Casou-se aos 13, e, aos 18, mãe decinco filhos, abandonou o marido (oficial da Marinha Mercante) e

levando consigo os filhos, passou a viver com um engenheiro de estradasde ferro, do qual também se separou logo depois.

Enfrentando todos os preconceitos de seu tempo, Chiquinha foi a primei-ra mulher a reger uma orquestra no Brasil. Lecionava piano para poder

sustentar seus filhos. Musicou aproximadamente 77 peças de teatro. Suaobra reúne composições dos mais variados gêneros: valsas, polcas,

tangos, maxixes, lundus, fados, serenatas, músicas sacras, entre outras.

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01. Alexandre Facchini Gimenez .......................... UFSCar ........................................... Engenharia da Computação02. Adriana de Stefano .......................................... PUCSP ........................................... Hotelaria (São Pedro)03. Alberi de Oliveira ............................................. FADITU ........................................... Direito04. Alex de Moura Campos ................................... PUCCAMP ...................................... Comércio Exterior................................................................................ MACKENZIE .................................. Comércio Exterior05. Alexandre Rocha Romboli .............................. ANHEMBI/MORUMBI .................... Turismo06. Alice Bastida .................................................... Univ. São Francisco ....................... Medicina07. Alvaro Augusto Pereira ................................... UNESP ........................................... Engenharia Cartográfica................................................................................ PUCCAMP ...................................... Engenharia da Computação................................................................................ UNIMEP .......................................... Ciências da Computação08. Ana Carina Mosca ........................................... PUCCAMP ...................................... Direito09. Ana Claudia Ribeiro da Silva .......................... USP(São Paulo) ............................. Nutrição................................................................................ UNESP (Botucatu) ......................... Nutrição10. Ana Cecília Lorenzon Carlini .......................... PUCCAMP ...................................... Odontologia................................................................................ UNIMEP .......................................... Odontologia11. Ana Luiza Fanchini Messas ............................ UNESP ........................................... Farmácia Bioquímica12. Ana Paula Betinelli Alves ................................ UNICAMP ....................................... Engenharia Química................................................................................ USP (Poli) ....................................... Engenharia................................................................................ FAENQUIL ...................................... Engenharia Química................................................................................ UFSCar ........................................... Engenharia13. André Augusto Denadai Marques ................... FAAP ............................................... Administração14. Bárbara G. S. de Camargo ............................. MACKENZIE .................................. Direito15. Bruno Christiani Limongi ................................. UNESP (Bauru) .............................. Engenharia Civil................................................................................ UFSCar ........................................... Engenharia Civil................................................................................ UNICAMP ....................................... Engenharia Civil................................................................................ FACENS ......................................... Engenharia Civil16. Bruno Del Rio Duarte ...................................... PUCCAMP ...................................... Ciências Biológicas17. Bruno Martini Bonaldo ..................................... USP/São Carlos ............................. Química18. Bruno Mazzo .................................................... UNICAMP ....................................... Estatística19. Caio Marcelo Kuan Ottoni ............................... PUCCAMP ...................................... Medicina20. Camila Maria Galvão de Souza ...................... Fac. Prud. de Moraes .................... Publ. e Propaganda21. Camila Theodora Monges ............................... FADITU ........................................... Direito22. Carolina F. Nogueira Martins .......................... UNESP/Bauru ................................ Psicologia................................................................................ PUCCAMP ...................................... Psicologia23. César Rafael F. Terrasan ................................ PUCCAMP ...................................... Ciências Biológicas24. Daniele Klopel Rosa ........................................ Univ. Sta. Catarina ......................... Eng. Aqüicultura25. Denise Lícia Boni de Oliveira .......................... USP (São Paulo) ............................ Psicologia................................................................................ UFSCar ........................................... Psicologia................................................................................ UEL ................................................. Jornalismo................................................................................ FAAP ............................................... Relações Internacionais26. Diego Barros .................................................... PUCCAMP ...................................... Engenharia da Computação................................................................................ UFSCar ........................................... Engenharia da Computação27. Diego M. X. de Aguiar ..................................... USP(São Carlos) ............................ Engenharia Mecânica................................................................................ UNICAMP ....................................... Engenharia Elétrica................................................................................ UFSCar ........................................... Engenharia de Materiais................................................................................ UFSC .............................................. Engenharia Mecânica28. Diego Plana Robert ......................................... USP(São Carlos) ............................ Química................................................................................ UNICAMP ....................................... Química................................................................................ UFSCar ........................................... Engenharia Química29. Dorilene Cristina Barbosa ............................... PUCCAMP ...................................... Relações Públicas

30. Edgar Della Nina Muzzio ................................. USP (S31. Emília Maria da S. Neves ............................... PUC/SP................................................................................ USFSC32. Felipe A. M. de Oliveira ................................... UNESP................................................................................ UNIME33. Fernanda Coluço Takeyama ........................... USP ................................................................................... PUCCA34. Filipe Marcelo T. Abe ....................................... PUCCA................................................................................ MACKE35. Flávia de M. Italiani ......................................... UEL .................................................................................... USP ................................................................................... PUC/SP36. Gustavo Guerrieri ............................................ PUCCA................................................................................ FEI .....37. Gustavo Volpato .............................................. PUC/SP................................................................................ MACKE38. Guilherme Martino de Sant’Ana ...................... PUCCA................................................................................ MACKE39.Henrique Fornari ............................................... PUCCA40. Isabel Amaral Nogueira de Sousa .................. PUCCA41. João Paulo de Moraes Limongi ...................... FACEN42. Juliano Pravatta Rezende ............................... UMC ...43. Karen Michele M. C. Gandini .......................... FMU ...44. Karla Cristina Boni ........................................... PUCCA45. Laíse Cristina Corti .......................................... PUCCA46. Leandro A. Francischinelli ............................... PUC/SP47. Lourival Augusto P. de Almeida ...................... PUCCA48. Lúcia Mettiello .................................................. UNIME49. Lucila Trevizan ................................................. PUCCA................................................................................ EFOA .50. Luís Fernando M. de Oliveira ......................... UFSCa................................................................................ UNICAM51. Luiz Fernando P. Giannecchini ....................... UNICAM................................................................................ USP ...52. Marcela Cristina Z. Ferrari .............................. PUCCA53. Maria Cecília V. Piva ....................................... FADITU54. Maria Fernanda dos S. Costa ......................... FADITU................................................................................ UNISO55. Maria Luísa Pires ............................................. UNIME................................................................................ UNIP ..56. Michel Hulmann ............................................... USP ...57. Murilo Trettel Mariano ..................................... UNESP................................................................................ EFEI ...58. Nícolas Ramos Caridiotis ................................ MACKE59. Otávio Soccol ................................................... PUCCA60. Patricia Mano Rosa ......................................... USP(Ri................................................................................ UNICAM................................................................................ UNESP61. Patricia Andreazza Rebelo ............................. PUC/SP62. Paulo Eduardo Limongi Pacheco ................... UNIMA

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ão Carlos) .......................... Química.......................................... Turismo

ar ........................................ Ciências Sociais........................................... Educação Física

P .......................................... Educação Física............................................. FonoaudiologiaMP ...................................... ArquiteturaMP ...................................... DireitoNZIE .................................. Direito

............................................. Odontologia

............................................. Odontologia.......................................... Medicina

MP ...................................... Engenharia Elétrica............................................. Engenharia Elétrica

.......................................... AdministraçãoNZIE .................................. AdministraçãoMP ...................................... Publ. e PropagandaNZIE .................................. Publ. e PropagandaMP ...................................... JornalismoMP ...................................... DireitoS ......................................... Engenharia Civil............................................. Odontologia............................................. Med. VeterináriaMP ...................................... AdministraçãoMP ...................................... Ciências Econômicas

.......................................... AdministraçãoMP ...................................... AdministraçãoP .......................................... Publ. e PropagandaMP ...................................... Farmácia............................................. Farmáciar ........................................... Engenharia Química

P ....................................... Engenharia QuímicaP ....................................... Engenharia Química

............................................. MatemáticaMP ...................................... Ciências Biológicas........................................... Direito........................................... Direito............................................ Direito

P .......................................... Fonoaudiologia............................................. Fisioterapia............................................. Ciências Sociais(Bauru) ............................... Engenharia Mecânica............................................. EngenhariaNZIE .................................. DireitoMP ...................................... Geografiabeirão Preto) ...................... Economia

P ....................................... Ciências Econômicas........................................... Ciências Econômicas.......................................... Direito

R ......................................... Med. Veterinária

63. Rafael Toschi Chiafarelli .................................. UNIMEP .......................................... Contr. de Automação64. Raquel Fruet de Moraes ................................. USP ................................................ Economia................................................................................ MACKENZIE .................................. Direito................................................................................ PUC/SP .......................................... Direito65. Renata Cristina Tomba .................................... PUCCAMP ...................................... Relações Públicas66. Renato César P. Fernandes ............................ USP / UNIFESP ............................. Medicina................................................................................ PUC/SP .......................................... Medicina................................................................................ FAC.JUNDIAÍ ................................. Medicina67. Rodolfo do A. G. de Carvalho ......................... FEI .................................................. Engenharia................................................................................ MAUÁ ............................................. Engenharia68. Rodrigo Romano .............................................. FEI .................................................. Engenharia69.Sergio C. de Souza Filho ................................. PUCCAMP ...................................... Publ. e Propaganda70. Sheila Maria Stocco ........................................ PUCCAMP ...................................... Ciências Biológicas71. Simone Sayuri Katahira .................................. UEL ................................................. Arquitetura72. Talita Matsushigue ........................................... USP / UNIFESP ............................. Medicina................................................................................ UNESP (Botucatu) ......................... Medicina................................................................................ PUCCAMP ...................................... Medicina73. Thomas dos A. Oliveira ................................... UNESP ........................................... Educação Física74. Vinicius Navarro Andrietta ............................... UNESP(Bauru) ............................... Engenharia Elétrica

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Da folia de antigamente pouca coisa res-tou. Os desfiles de escola de samba, ini-ciados na década de 30, que percorriamas principais ruas, foram confinados emsambódromos como os de São Paulo, Riode Janeiro e Manaus para não atrapalharo trânsito, e adquiriram a dimensão es-petacular de hoje. A mais famosa festapagã do mundo movimenta pelo menosR$ 2 bilhões.

Financiadas pelas prefeituras, com oapoio de grandes redes de TV efavorecidas pelos investimentos maciçosdo turismo, as escolas de samba seinstitucionalizaram. São empresas comcontabilidade e patrocínios.

Os nostálgicos costumam lamentar aperda de “autenticidade” dos sambistase da cultura popular que eles representa-vam. Dizem que as câmeras comprome-teram o brilho original por valorizar maisas socialites, emergentes, artistas e atle-tas famosos do que as cabrochas da fa-vela.

O que pode explicar essa transforma-ção é que o Carnaval atual não é somen-

te sinônimo de folia. É fonte de lucrospara cerca de 52 setores da economianacional. Bastam quatro dias para aque-cer os mais diversos ramos - do vende-dor de sorvetes na praia ao industrial quefabrica isopor.

Só no Rio de Janeiro, calcula-se, oCarnaval chega a movimentar algo emtorno de R$ 1 bilhão, e, apenas a Riotur,empresa ligada à Secretaria de Turismodo Estado, investiu R$ 14,5 milhões.Montante suficiente para atender às 120mil pessoas que lotaram a cidade paraassistir aos desfiles das escolas de sam-ba na Avenida Marquês de Sapucaí.

Empregos temporáriosEm São Paulo, a situação não foi

muito diferente. A Liga Independente dasEscolas de Samba (LIESA) avaliou oCarnaval deste ano como um dos melho-res de sua história. Segundo RenêRodrigues, diretor de comunicação daLIESA, cada uma das 14 escolas do gru-po especial investiu R$ 700 mil para des-filar.

Rodrigues lembra ainda que o Car-naval recebeu investimentos de R$ 30milhões, incluídas as verbas publicitári-as e o direito de transmissão do eventopela TV. Mas os R$ 30 milhões são ape-nas uma pequena parcela do que a festagira na economia paulistana. Cerca de 12mil empregos diretos e indiretos tambémforam criados.

E é assim todo ano. Quando acaba umCarnaval, as escolas já contratam o car-navalesco para fazer o próximo. No iní-cio, há um trabalho de pesquisa e desen-volvimento de fantasias e carros alegóri-cos. Entre maio e junho começam a des-

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montar o barracão do Carnaval anterior.As escolas começam a trabalhar com

força total entre agosto e setembro. Nes-sa época, recrutam centenas de pessoaspara confeccionar as fantasias e alegori-as. São produzidas entre 2 mil e 3 milfantasias, adereços e alegorias. Para issosão contratados, normalmente em cará-ter informal, costureiras, serralheiros,marceneiros e decoradores.

Amarildo Mello, carnavalesco da es-cola de samba Imperador do Ipirangaafirma que a maioria das pessoas que vemtrabalhar temporariamente no Carnavalpaulista é do Rio de Janeiro. Elas migram

do Rio porque o Carnaval de São Pauloé mais rentável. As escolas paulistanaspagam melhor.

Mas não é só São Paulo que contrata,não. Segundo Antonio Stelzer, diretorcomercial da Gelre, empresa que atua nosegmento de recursos humanos, a empre-sa formou um exército de 6 mil pessoasem todo o Brasil para trabalhar em di-versos setores.

O executivo afirma que cerca de 3,8mil pessoas foram recrutadas para traba-lhar no Carnaval de Salvador, na Bahia -uma festa que movimenta quase R$ 500milhões. “São seguranças, montadorese outros trabalhadores. Todos envolvidosnos já tradicionais tri-os-elétricos baianos.”

Além das escolas eseus funcionários lu-crarem com a festa, di-versos segmentos docomércio vendemmais. O mercado deplumas, cola, isopor, te-cidos e materias usadospara fazer fantasias ealegorias é um dos maisaquecidos. As vendassobem pelo menos10%.

TurismoHotéis abarrotados,

aviões lotados e o litoral brasileiro cheiode turistas. Essa é a tradução do Carna-val para a indústria do turismo. São mi-lhares de pessoas do Brasil e do exteriorgastando o seu rico dinheirinho nos qua-tro dias de festa, sonho de nove entre dezestrangeiros que escutam falar do País.

Mais de 1,7 milhão de pessoas viaja-ram dentro do Brasil no Carnaval desteano. Os números são do Instituto Brasi-leiro de Turismo (Embratur), que calcu-la ainda que o fluxo de turistas neste fe-riado gerou uma receita de US$ 504 mi-lhões.

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Lembrar a história do carnaval de Itué despertar a saudade em seus foliões, quedurante décadas animaram o povo e aju-daram a escrever novas páginas da foliade Momo.

Dezenas de escolas e blocos partici-param do Carnaval ituano. O tradicio-nal Bloco do R, Colorado, Grêmio Re-creativo Paula Souza, Bloco das Latas,Fantástico, Gorilas, Renascença, Janga-deiros, Homens da Caverna, Bloco dosÍndios, Em Cima da Hora, Imperatriz doRancho Grande, Vila Roma, Afro Brasi-leira, Associação Atlética Ituana, SanRemo, Praça das Estrelas, Heróis dasCrianças, República das Flôres, Ka-mikase, Vale do Sol, Mocidade Indepen-dente de Itu, Melhor Idade, União dasVilas, dentre outros.

Marcaram época também os inesque-cíveis grupos fantasiados, como o DomEspirro I, A Gaiola das Loucas, AsFerinhas dos Comerciários e Alegria doCarnaval, além dos amigos Edson deOliveira e Luiz Cavacchini, famosos porapresentar uma surpresa a cada ano.

ImortalCom 43 anos de existência, o Bloco

do R foi o único que permaneceu na ati-va durante os altos e baixos do Carna-val ituano, quando chegou a desfilar so-zinho.

Segundo Darcy Duarte Barros Luigi,o Darcilão, um dos fundadores do antigoBloco da Ralé, tudo começou com umabrincadeira entre amigos. “Nos reunimose decidimos sair no carnaval vestidos demulher. Escrevemos uma placa como blo-co da Ralé, pegamos algumas latas e sa-ímos batendo”. O sucesso foi grande e obloco se organizou melhor. No ano se-guinte, ganhou seu primeiro instrumen-to: um bumbo artesanal de madeira, semregulagem de couro, confeccionado pelomarceneiro Chico Bruni. Dos 30 inte-grantes iniciais, o bloco contou com 300,nos períodos de glória.

A mudança de Bloco da Ralé paraBloco do R aconteceu alguns anos apóssua fundação com a aquisição de umasede própria e a participação em carna-vais de Cabreúva, Capivari e no Estádio

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Em Itu, o entrudo também foi reprimido. Em 1832, a Câmara de Verea-dores proibiu o brinquedo, impondo uma multa de 2 mil réis aos que atiras-sem laranjinhas de cheiro ou de qualquer outra coisa. Se fosse escravo, alémda multa passava dois dias na cadeia. Apesar das proibições, o entrudo ficouna ativa até meados do século 19, quando foi substituído pelo Carnaval.

Na década de 30, já havia diversos cordões carnavalescos em Itu. O 1ºde Maio, o Bloco Flor Ituana e o Paz e Amor marcaram época e deixaramsaudade quando se extinguiram. A partir de 1936, surgiram em desfiles derua os cabeções, gigantões, boizinhos e cavalinhos, influências do folclorenordestino que mais tarde desapareceram. O primeiro rei Momo da cidadefoi Gumercindo Barranqueiros, em 1949, e a primeira rainha foi Elvira Dias,durante muitos anos.

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do Morumbi, durante uma partida entreSantos e Corinthians. Mas o maior moti-vo de orgulho foi a participação da bate-ria ituana no show realizado pelas Mula-tas do Sargentelli no Hotel San Raphael.Darcilão comenta que nos últimos trêsanos o bloco vem agonizando, o que oentristece muito.

Colorado x RenascençaQuando chegou em Itu, em 66,

Anacleto Moreira, o Sargento Moreira,encantou-se com o desfile do Clube Re-creativo Colorado, que exaltava a comu-nidade negra. Em 68, já fazia parte dobloco e revolucionou o carnaval ituanocompondo “A Volta do Colorado”, pri-meiro samba-enredo no qual exaltava aprópria escola. Naquela época não haviamestre-sala e porta-bandeira e os desta-ques eram o Rei e a Rainha, na épocaEugenio Ribeiro e Elvira Dias. Em 72,Moreira criou o bloco Renascença, umadissidência do Colorado. O primeiro des-file foi em 73 com 92 componentes edois sambas.

O Renascença não participou do Car-

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nalmente, em 74, o Fantástico, inspiradono programa de mesmo nome exibidopela Globo.

Nos anos seguintes, o bloco, que fa-zia questão de enfocar temas brasileiros,desfilou com Festa do Frevo, A Prote-ção dos Orixás aos Filhos de Oxóssi, e,por último, Alegria de Piolim no Carna-val de Outrora.

A criação de uma bateria própria foiforçada pela ausência do Bloco do R numdos carnavais. O dinheiro para a comprados instrumentos veio através de umarifa. O bloco ganhou o nome de GrêmioRecreativo Escola de Samba Fantástico,com direito a ser batizado por uma esco-la de renome, a Camisa Verde e Branca,de São Paulo.

Os jovens que compunham o grupoingressaram na faculdade e o Fantásticose extinguiu. A saudade dos velhos tem-pos levou o grupo a criar, em 81, o Itu

Elétrico, um caminhão com música ele-trônica para animar os foliões.

GorilasAo mesmo tempo que o Fantástico,

surgiu o bloco Gorilas, inspirado no su-cesso do filme Planeta dos Macacos, apartir de um grupo de amigos da VilaNova que já desfilava, em 71, em seuBloco de Sujos. No ano seguinte, utili-zaram uma fantasia de gorila que impres-sionou todo mundo, como relembra An-gelo Antônio Armenio, o Giló. O novocarnaval trouxe o bloco para o desfilecom o tema “Planeta dos Macacos”, ba-seado nas roupas e cenas do filme domesmo nome.

Com o tema “Carnaval do Alasca”,passou a contar com a presença das mu-lheres. A partir de 75 o Gorilas passou acategoria de escola de samba. Em 81, otema “Dez Anos de Alegria” fez uma re-

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naval de 75 por falta de recursos. O últi-mo desfile aconteceu no ano seguintecom o tema Palmares - A Tróia Negra ecerca de 130 componentes.

FantásticoNo início dos anos 70, a disputa en-

tre os blocos Fantástico e Gorilas pro-porcionava belos espetáculos aos ituanos.Francisco José de Moraes Macedo, umdos fundadores e presidente do Fantásti-co, lembra que a rua Floriano Peixotoficava dividida em dia de desfile. "De umlado estavam os torcedores do Fantásti-co e do outro os do Gorilas".

A história do Fantástico começou em71, quando um grupo de amigos que fre-qüentava as aulas de natação da Associ-ação Atlética Ituana resolveu sair vesti-do de hippie no Grêmio Paula Souza, daEscola Regente Feijó. Nos anos seguin-tes, o grupo desfilou com os temas: Aca-dêmicos do Feitiço, Anjos do Mal e fi-

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trospectiva de todas as fantasiasutilizadas. Com a inauguração doClube de Campo em 83, a esco-la foi deixada de lado e o desfilede rua perdeu a prioridade. Hojeem dia o Gorilas desfila espora-dicamente no Carnaval de rua deItu.

Outro bloco desse período foio Praça das Estrelas, fundado em75 por Silvio Belluci. "O blocoera composto em sua maioriapor gays da região", revela Sil-vio. O público aguardava ansioso a suapassagem, que trazia luxo e beleza paraas ruas.

Os destaques ficavam apor conta deJô Cabeleireiro, Paulo Rizzi e o mestre-sala Geraldela.

Vila RomaFundada em 1980, a Escola de Sam-

ba Unidos de Vila Roma, tricampeã docarnaval ituano, foi marco na história car-navalesca da cidade. Criada por mora-dores da Vila Roma, desfilou em 81 com200 integrantes, como bloco, com o temaRoma Antiga. Segundo a carnavalesca

campanha anti-drogas e no alerta às do-enças sexualmente transmissíveis, fanta-siando-se de Doutor Camisola -“Vulvanização de Camisinhas”. A fan-tasia representava uma borracharia de ca-misinhas.

Grupos animadosSegundo Carlos Eduardo Santoro,

mais conhecido como Dado, um dosorganizadores do bloco as Coelhinhas daPlayboy, o primeiro ano em que desfila-ram foi em 85 com As Noivinhas. Até91 o grupo foi sucesso absoluto, com te-mas como Odaliscas, Rumbeira, Dança-rinas de Can Can e Bruxas.

Outro grupo que se tornou conheci-do foi formado em 89 por Renato Rizzie um grupo de amigos. No primeiro anosairam de colã com aranha de papelãocomo tapa-sexo. No ano seguinte, come-çaram a confeccionar fantasias idênticas.

Outros temas como As Freiras Depra-

Clelia Regina Cervezon, o samba-enre-do foi composto por Luiz Aldo de Sou-za, o Tomé. A bateria era dirigida por Os-car de Moraes Neto, Mestre Oscar.

Outros temas foram levados pela es-cola: Carnaval nas Estrelas, Carnaval doOscarlão (uma homenagem ao carnava-lesco ituano) e Amazônia (que falava doChico Mendes), dentre outros. Sua últi-ma participação foi em 93. De acordocom Clelia, o que determinou o fim daescola foi o conflito existente entre a suadiretoria e a da Sociedade de Amigos deBairro.

Folião inesquecívelO pioneiro José Maria Rodrigues

Vieira, 63, conhecido como Dom Espir-ro I, alegrou as ruas de Itu com suas fan-tasias. Com a primeira, A Nega Maluca,dançava com uma boneca presa ao cor-po. Sua criatividade fez surgir O Vende-dor na Janela, na qual ficava com obumbum de fora, o Piano de Cauda, quelevava a música clássica às ruas e conta-va com a participação de Lúcio Argenti-no vestido de garçon, O Minhocão de Itu,com mais de seis metros de comprimen-to e tantas outras que fizeram parte dovasto repertório desse carnavalescoinveterado.

Dos orgulhos de Dom Espirro, valelembrar que ele também foi pioneiro na

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Vale do Sol desfilou com o enredo “OBrilho do Mar” e aproximadamente 180integrantes. O enredo contou a históriado mar e o surgimento dos primeiros se-res vivos.

A Vale do Sol chegou a desfilar commais de 400 componentes. A escola foibatizada em 93 pela Rosas de Ouro, deSão Paulo, com a presença do mestre-salae da porta-bandeira da época e tambémdo presidente Eduardo Basílio.

O Grêmio Recreativo Cultural Mo-cidade Independente de Itu desfilou nes-te carnaval com 450 integrantes. No anopassado a escola desfilou com o tema“No Brasil Real são outros 500”, e, nes-te ano, com “2001 Uma Odisséia no Es-paço”, que contou a origem do homem esua evolução nos tempos.

Pelo primeira vez o Bloco da MelhorIdade participou das festas de Momo. Obloco conta com 100 componentes e des-filou com o tema “O Carnaval de Outro-ra”, concebido para relembrar os antigoscarnavais. Entre os personagens apresen-tados estavam o Malandro Carioca, Me-lindrosa, Pierrô e Colombina, além dedois bonecões lembrando os de Olinda.

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vadas, As Putícias, as Enfer-maids e As Cleóputas perma-necem vivos na memória dopovo.

A participação de Edson deOliveira e de Luiz Cavacchinino carnaval de rua de Itu tam-bém era a garantia de risos dopúblico.

Os dois amigos de infânciacriaram uma maneira diferen-te de fazer carnaval. A primei-ra fantasia criada por eles foi ade Hittler, em 75, em plena di-tadura militar. Outro sucesso foi o 14 Bis,apresentado no ano de 76. Os persona-gens Roberval e Taillor foram apresen-tados em 77. O trabalho pioneiro levoupara as ruas uma emissora de rádio aovivo. Os dois protagonizaram tambémNapoleão e Bonaparte e muitos outros te-mas.

Em 94, Luiz saiu sozinho de lavadei-ra com bobes na cabeça. No varal roupas,os problemas sociais: rombo da previdên-cia, calcinha de criança como salário mí-nimo, FMI. Nos anos seguintes ainda foiElvis Presley, Freira Domenique e SilvioSantos. A última participação de Luiz foi

como o cantor Latin-do e suas dançarinas.

Já Edson, passoua fazer parceria comseu irmão, LuizGonzaga de Oliveira.Na primeira apresen-tação usaram o tema“A Forca - O corrup-

to brasileiro”. O pastor de igreja evangé-lica apresentado num dos carnavais como tema Pequenas Igrejas Grandes Negó-cios também é lembrado até hoje.

Carnaval de HojeO carnaval de 2001 conta com apenas

duas escolas e dois blocos. A Escola deSamba Acadêmicos do Vale do Sol, com14 desfiles no currículo e tetracampeã docarnaval ituano, a Mocidade Independen-te de Itu, fundada em 99 e os blocos daMelhor Idade e União das Vilas.

Presidida desde sua fundação, em 87,por Benedito Edson Moreira, o Tonão, a

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Música, confetes, serpentinas, lança-perfumes efantasias. Ingredientes como esses caracterizaram ocarnaval de salão. Depois dos desfiles na rua, os fo-liões dirigiam-se aos clubes para dar continuidade àfolia. Em Itu, três principais clubes estiveram pre-sentes na história do carnaval: o Clube Ituano, oClube Recreativo dos Comerciários e o Clube SãoPedro.

O primeiro era geralmente freqüentado pela eli-te ituana, o segundo pela classe média representadapelos comerciantes e bancários e o último pelo ope-rariado.

Uns 20 dias antes do carnaval, os clubes come-çavam a enfeitar os salões, colocando máscaras, fi-guras nas paredes, muita serpentina, enfeites, desdea entrada do salão até a parte de cima. “Como o lan-ça-perfume era liberado, o salão ficava todo perfu-mado”, lembra Francisco Belcufiné, o Chiquito, di-retor da Orquestra Sambrasil.

“A festa no Ituano começava às 22h e ia até as

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4h da manhã. Iam muitas famílias, erauma coisa linda, todo mundo fantasia-do, todo mundo se conhecia. O chão fi-cava repleto de confete e serpentina, co-bria os pés das pessoas. Eu e minha irmãficávamos escutando a rádio meses an-tes para decorar as marchinhas e cantá-vamos a noite inteira”, conta o comerci-ante Luiz Antonio Ribeiro.

A acirrada disputa entre os blocosGorilas e Fantástico nas ruas, refletia-setambém dentro dos salões. Como oItuano era um reduto do Fantástico, osparticipantes do Gorilas tentavam con-centrar o maior número possível de pes-soas dentro desse clube para ter a maio-ria. Ambos os blocos passavam as parti-turas de seus respectivos sambas-enredopara as orquestras que animavam o sa-lão. Cada vez que um deles tocava, agritaria era geral.

Desde a sua fundação em 1940, oClube Recreativo dos Comerciários temrealizado bailes de Carnaval contandocom uma grande participação.

Apesar da conotação popular, o Clu-be São Pedro era simpático a todas as

classes sociais, alémde ser o melhor salãode Itu para bailes, bemamplo e com umgrande palco. “Nadécada de 60, eu fre-qüentava o ClubeSão Pedro e traba-lhava no Gazzola.Eu entrava às 6h damanhã, saía do SãoPedro por volta de5h30, passava emcasa, pegava a bici-cleta e ia diretopara o trabalhocom a música decarnaval zunindo

no ouvido”, recorda o comerciante Be-nedito Pedroso, o Tuta.

O som dosbailes

Não se podefalar do carnavalde salão sem con-siderar o papel dasorquestras que ani-mavam os bailes. Aprimeira banda atocar no carnavalde Itu foi a JazzBand do Urbaninhoem 1926. Em 1939,surgiu a Jazz União,formada por músi-cos da Banda Uniãodos Artistas e regidapor Isaías Belcufiné. Houve também aJazz Odeon, por volta de 1948, sob a di-reção de Chiquito Belcufiné, que em1956 passou a se chamar Chiquito e suaOrquestra.

A Jazz São Pedro nasceu em 1959 e,sob direção do maestro Ciro Rocha, to-cava no clube São Padro. Em 1958, sur-

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giu a orquestra J. Ramires, responsávelpelos carnavais do Ituano Clube. Em1964, surgiu a Internacional Sambrasil,que está completando 37 anos de exis-tência.

A J. Ramires, pertencente a JoãoRamires, foi a única orquestra exclusi-vamente carnavalesca. Os músicos toca-vam em outras bandas e se juntavam noperíodo de Carnaval para formar essa queanimou os bailes carnavalescos do ItuanoClube por 20 anos. Ela começava a tocaràs 11h30 até às 4h30 da manhã sem in-tervalo. Os músicos se revezavam, paraque a saída de um não interferisse na exe-cução harmônica das canções.

Não havia aparelhagem, microfone enem cantor: quem cantava era o povo. Omúsico Nerone Constâncio, que come-

çou a tocar na J. Ramires em 1964, contaque quando havia uma música nova, aorquestra procurava tocá-la intercaladacom outras quatro ou cinco já conheci-das. Porém, se ela não implacasse logono primeiro dia, suspendiam a sua exe-cução. O repertório exclusivamente car-navalesco continha marchas, samba,

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frevo e marcha-rancho. Quando aconte-cia alguma briga, a orquestra tocava maisintensamente na tentativa de acalmar osânimos.

Era hábito, durante a noite, a orques-tra que tocava no Ituano, por exemplo, irao Comerciários e depois ao São Pedro evoltar ao Ituano. Os foliões saíam atrásda banda. O Rei Momo também visitavatodos os clubes, acompanhado da rainha,dos passistas e de uma bateria. Quandoele entrava, a orquestra parava de tocar.

No final da década de 30, José Araú-jo Dias, o professor Zezé da Associação,lembra que no sábado chegava o ReiMomo de trem e a banda do RegimentoDeodoro o esperava montada a cavalo evestida de “cossaco” (antigos soldadosda cavalaria russa que foi abolida em1917 com a queda do czarismo). Algunscossacos realmente vieram a Itu para fa-zer malabarismo e nasceu a idéia de abanda se vestir assim. Depois de Itu, abanda do Regimento Deodoro ia abrir ocarnaval de São Paulo.

Novos clubesMais tarde, com o surgimento dos

clubes de

campo, o carnaval passou a ser comemo-rado também em suas sedes sociais. Apartir de 1980, a Associação AtléticaItuana passou a promo-ver bailes carna-valescos em suasede.

Em 1977aconteceu o pri-meiro carnavaldo Clube deCampo Itu. Ossócios da épocalembram-se deque todos ajuda-vam na decora-ção. O último car-naval com brilhodo clube foi em1992.

Em 1983 foiinaugurada a sededo Gorila’s Coun-try Club e o pri-meiro baile de car-naval contou com a animação da bandaJ. Ramires. O Gorila’s não concorria di-retamente com os clubes tradicionais da

cidade, pois passou a re-presentar uma nova op-ção ao oferecer um es-paço amplo, ao ar livree o carnaval familiar.

Atualmente, os clu-bes escolhem um temapara o carnaval de cadaano. Além da decora-ção relacionada a ele,há a confecção de ca-misetas, como faz oclube Recreativo dosComerciários há vári-os anos. Sucessostelevisivos como Ma-lhação e Sai de Bai-

xo e eventos marcantes como as Olimpí-adas e a Copa do Mundo têm servido deinspiração para a escolha dos temas.

Baterias de algumas escolas de sambaparticiparam dos carnavais de salão comoa bateria da Rosas de Ouro em 1999 noComerciários.

Hoje, o carnaval nos clubes temacompanhado as novas tendências mu-sicais como o pagode, o axé e o forró,deixando um pouco de lado as tradicio-nais marchinhas carnavalescas que fo-ram uma das características maismarcantes do carnaval brasileiro.

Desde 1998, a Anzu vem promoven-do o seu carnaval contando com a pre-sença de celebridades como RaulGazzola, Ana Paula Arósio, GabrielaDuarte, Adriane Galisteu e Marcos Pal-meira, apostando em um som "high tec"para animar o salão.

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������������� ��Livros e outros documentos• NARDY FILHO, Francisco – A Cidade de Itu. vols. 4 e

5 2a ed., Ottoni & Cia Ltda, Itu/SP, 1999• SETTI, Kilza - Diagnóstico Geral da Cidade de Itu Para

a Implantação de um Programa de Ação Cultural, vol. V,CONDEPHAAT

• MAIA, Tereza e Tom - Vale do Paraiba - Festas Populares,ed. Cered, Centro de Recursos Educacionais, 1989

• Brasil - Os Bastidores do Carnaval - Biblioteca Eucatexde Cultura Brasileira, São Paulo, 1986

• SILVA, Francisco de Assis – História do Homem –Abordagem Integrada da História Geral e do Brasil, vol.4, São Paulo, ed. Moderna, 1996

• Enciclopédia Barsa e Grande Enciclopédia DeltaLarousse

Revistas• Problemas Brasileiros – ed. Globo –

nov/dez/99 – n 336• Veja – Ed. Abril – 03/02/2001- 25/02/98• Fenae Agora – fev/2000• Almanaque Abril 98, 5ª edição, ed. Abril

Jornais• O Estado de São Paulo – 06/02/2001• Imprensa Oficial do Município de Itu – 02/02/1980• Folha de São Paulo – 06/03/2000• Jornal Cruzeiro do Sul - Suplemento

Cruzeirinho – 05/03/2000• Gazeta Mercantil, 24 e 25/02/2001

Siteswww.epoca.globo.com.brwww.estadao.com.brwww.pie.xtec.es/itee/europa/003pt/analisiesp.htmwww.love-rio.com.brwww.cm-tvedras.pt/html/carnaval.htmlwww.2.uol.com.br/JC/serviços/carnaval99/historia.htmlwww.embratur.gov.brwww.jcruzeiro.com.brwww.analisisentrudo.com/www.jangadabrasil.com.brwww.liesa.com.brwww.liga-sp.com.brwww.geocities.com/aochiadobrasileirowww.terra.com.br/carnaval2000www.mre.gov.br/cdbrasil/itamaraty/web/por/artpop/

carnavalwww.galileu.globo.com.br

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ERRAMOS• Em nossa última edição, as legendas das fotos da página

seis estão invertidas: na foto ao alto da página a legenda cor-reta é ‘Primeiros carros Ford montados no Brasil’, e na que seencontra abaixo deve-se ler ‘Washington Luís e sua esposaem 1908’.

• Na página 17, na matéria sobre a Concessionária IrmãosFerretti erramos ao afirmar que a Agência Chevrolet iniciousuas atividades em maio de 1948. Na verdade, o prédio daatual concessionária é que foi inaugurado nesse ano, mas aempresa já existia desde 1937.

• Na página 18, o nome correto do diretor administrativooperacional da Maggi Veículos é Ednei Schincariol e nãoEdivaldo Schincariol, conforme foi publicado.

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