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PROF. Me. CLAUDEMIR GOMES IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DOS ELEMENTOS TEÓRICOS QUE CONSTITUEM A PESQUISA ACADÊMICA

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PROF. Me. CLAUDEMIR GOMES

IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DOS ELEMENTOS TEÓRICOS QUE CONSTITUEM A

PESQUISA ACADÊMICA

FACULDADE DA FUNDAÇÃO EDUCACIONAL ARAÇATUBAARAÇATUBA

2014PROF. Me. CLAUDEMIR GOMES

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IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DOS ELEMENTOS TEÓRICOS QUE CONSTITUEM A

PESQUISA ACADÊMICAProjeto de pesquisa realizado em cumprimento às exigências parciais da disciplina Seminário de Pesquisa I, sob a orientação do Prof. Me. Claudemir Gomes

FACULDADE DA FUNDAÇÃO EDUCACIONAL ARAÇATUBAARAÇATUBA

2014

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SUMARIO

1. TEXTOS DE FUNDAMENTOS CONCEITUAIS E DE APOIO PEDAGÓGICO

1.1 Considerações em torno do ato de estudar - Paulo Freire

1.1.1 Como ler1.1.1 Como ler 1.1.2 Passos1.1.2 Passos 1.2 O trabalho da crítica do pensamento - Marilena Chauí1.2 O trabalho da crítica do pensamento - Marilena Chauí 1.3 Os limites da opinião - François Chatelêt1.3 Os limites da opinião - François Chatelêt 1.4 As crenças em que vivemos - As circunstâncias e sua 1.4 As crenças em que vivemos - As circunstâncias e sua

interpretação interpretação 1.5 A noção de obstáculo epistemológico e a prática da educação - G. Bachelard

2. MODELO DE PROJETO ACADÊMICO DE PESQUISA

2.1 Modelo de capa 2.2 Modelo de página de rosto 2.3 Modelo de Sumário 2.4 Modelo de Introdução 2.5 Desenvolvimento do Conteúdo e Conclusão 2.6. Modelo de Referências Bibliográficas, anexos e

glossário

3. TÉCNICAS INDIVIDUAIS DE ESTUDO

3.1 Esquemas 3.2 Tipos de Ficha 3.3 Exemplo de Esquema e de Ficha-resumo sobre um único

texto

4. DECLARAÇÃO DE NÃO PLÁGIO

1. TEXTO DE FUNDAMENTAÇÃO CONCEITUAL

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1.1 Considerações em torno do ato de estudar - Paulo Freire

Toda bibliografia deve refletir uma intenção fundamental de quem aToda bibliografia deve refletir uma intenção fundamental de quem a elabora: a de atender ou a de despertar o desejo de aprofundarelabora: a de atender ou a de despertar o desejo de aprofundar conhecimentos naqueles ou naquelas a quem é proposta. Se falta, nos que aconhecimentos naqueles ou naquelas a quem é proposta. Se falta, nos que a recebem, a ânimo de usá-la, ou se a bibliografia, em si mesma, não é capazrecebem, a ânimo de usá-la, ou se a bibliografia, em si mesma, não é capaz de desafiá-los, se frustra, então, a intenção fundamental referida. Ade desafiá-los, se frustra, então, a intenção fundamental referida. A bibliografia se torna um papel inútil, entre outros, perdido nas gavetas dasbibliografia se torna um papel inútil, entre outros, perdido nas gavetas das escrivaninhas.escrivaninhas. Esta intenção fundamental de quem faz a bibliografia lhe exige um triplo respeito: a quem ela se dirige, aos autores citados e a si mesmo. Uma relação bibliográfica não pode ser uma simples cópia de títulos, feita ao acaso, ou por ouvir dizer. Quem a sugere deve saber o que está sugerindo e por que o faz. Quem a recebe, por sua vez, deve ter nela, não uma prescrição dogmática de leituras, mas um desafio. Desafio que se fará mais concreto na medida em que comece a estudar os livros citados e não a lê-los por alto, como se os folheasse, apenas. Estudar é, realmente, um trabalho difícil. Exige de quem o faz uma postura crítica sistemática. Exige uma disciplina intelectual que não se ganha a não ser praticando-a. Isto é, precisamente, o que a “educação bancária” não estimula. Pelo contrário, sua tônica reside fundamentalmente em matar nos estudantes a curiosidade, o espírito investigador, a criatividade. Sua “disciplina” é a disciplina para a ingenuidade em face ao texto, não para a indispensável criticidade. Este procedimento ingênuo ao qual o educando é submetido, ao lado de outros fatores, pode explicar as fugas ao texto, que fazem os estudantes, cuja leitura se torna puramente mecânica, enquanto, pela imaginação, se deslocam para outras situações. O que se lhes pede, afinal, não é a compreensão do conteúdo, mas sua memorização. Em lugar de ser o texto e

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sua compreensão, o desafio passa a ser a memorização do mesmo. Se o estudante consegue fazê-lo, terá respondido ao desafio. Numa visão crítica, as coisas se passam diferentemente. O que estuda se sente desafiado pelo texto em sua totalidade e seu objetivo é apropriar-se de sua significação profunda. Esta postura crítica, fundamental, indispensável ao ato de estudar, requer de quem a ele a se dedica:

a) Que assuma o papel de sujeito deste ato.

Isto significa que é impossível um estudo sério se o que estuda se põe em face ao texto como se estivesse magnetizado pela palavra do autor, à qual emprestasse uma força mágica. Se se comporta passivamente, domesticadamente, procurando apenas memorizar as afirmações do autor. Se se deixa “invadir” pelo que afirma o autor. Se se transforma numa “vasilha” que deve ser enchida pelos conteúdos que ele retira do texto para por dentro de si mesmo. Estudar seriamente um texto é estudar o estudo de quem, estudando o escreveu. É perceber o condicionamento histórico-sociológico do conhecimento. É buscar as relações entre o conteúdo em estudo e outras dimensões afins do conhecimento. Estudar é uma forma de reinventar, de recriar, de reescrever - tarefa de sujeito e não de objeto. Desta maneira, não é possível a quem estuda, numa tal perspectiva, alienar-se do texto, renunciando assim à sua compreensão crítica em face dele. A compreensão crítica no estudo é a mesma que deve ser tomada diante do mundo, da realidade, da existência. Uma atitude de adentramento com a qual se vá alcançando a razão de ser os fatos cada vez mais lucidamente. Um texto estará tão melhor estudado quanto, na medida em que dele se tenha uma visão global, a ele se volte, delimitando suas dimensões parciais. O retorno ao livro para esta delimitação aclara a significação de sua globalidade. Ao exercitar o ato de delimitar os núcleos centrais do texto que,

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em interação, constituem sua unidade, o leitor crítico irá surpreendendo todo um conjunto temático, nem sempre explicitado no índice da obra. A demarcação destes temas deve atender também ao quadro referencial de interesse do sujeito leitor. Assim é que, diante de um livro, este sujeito leitor pode ser despertado por um trecho que lhe provoca uma série de reflexões em torno de uma temática que o preocupa e que não é necessariamente a de que trata o livro em apreço. Suspeitada a possível relação entre o trecho lido e sua preocupação, é o caso, então, de fixar-se na análise do texto, buscando o nexo entre o seu conteúdo e o objeto de estudo sobre o que se encontra trabalhando. Impõe-se-lhe uma exigência: analisar o conteúdo do trecho em questão, em sua relação com os precedentes e com os que a ele seguem, evitando, assim, trair o pensamento do autor em sua totalidade. Constatada a relação entre o trecho em estudo e sua preocupação, deve separá-lo de seu conjunto, transcrevendo-o em sua ficha com um título que o identifique com o objeto específico de seu estudo. Nestas circunstâncias, ora pode deter-se, imediatamente, em reflexões a propósito das possibilidades que o trecho lhe oferece, ora pode seguir a leitura geral do texto, fixando outros trechos que lhe possam apontar novas meditações. Em última análise, o estudo sério de um livro, como o de um artigo de revista implica não somente numa penetração crítica em seu conteúdo básico, mas também numa sensibilidade aguda, numa permanente inquietação intelectual, num estado de predisposição à busca.

b) Que o ato de estudar, no fundo, é uma atitude em frente ao mundo.

Esta é a razão pela qual o ato de estudar não se reduz à relação leitor-livro ou leitor-texto. Os livros, em verdade, refletem o enfrentamento. E ainda quando os autores fujam da realidade concreta estarão expressando a sua maneira deformada de enfrentá-la. Estudar, e sobretudo, pensar a

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prática é a melhor maneira de pensar certo. Desta forma, quem estuda não deve perder nenhuma oportunidade, em suas relações com os outros, com a realidade, para assumir uma postura curiosa. A de quem pergunta, a de quem indaga, a de quem busca. O exercício desta postura curiosa termina por torná-la ágil do que resulta um aproveitamento maior da curiosidade mesma. Assim é que se impõe o registro constante das observações realizadas durante uma certa prática: durante as simples conversações; o registro das idéias que se têm e pelas quais se é “assaltado”, não raras vezes, quando se caminha só por uma rua. Registros que passam a constituir o que Wright Mills chama de “fichas de idéias”. Estas idéias que devem ser respondidas por quem as registra. Quase sempre, ao se transformar na incidência da reflexão dos que as anotam, estas idéias os remetem a leitura de textos com que podem instrumentar-se para seguir em sua reflexão.

c) Que o estudo de um tema específico exige do estudante

Que se ponha, tanto quanto possível, a par da bibliografia que se refere ao tema ou ao objeto de sua inquietude.

d) Que o ato de estudar é assumir uma relação de diálogo com o autor do texto, cuja mediação se encontra nos temas de que ele trata. Esta relação dialógica implica na percepção do condicionamento histórico-sociológico e ideológico do autor, nem sempre o mesmo de leitor.

e) Que o ato de estudar demanda humildade.

Se o que estuda assume realmente uma posição humilde, coerente com o pensamento crítico, não se sente diminuído quando encontra dificuldades que, às vezes, revelam-se grandes para permitir que se penetre na significação mais profunda do texto. Humilde e crítico, sabe que o texto,

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na razão mesma em que é um desafio, pode apresentar-se como algo além de sua capacidade de resposta ou não. Nem sempre o texto se dá facilmente ao leitor. Neste caso, o que se deve fazer é reconhecer a necessidade de melhor instrumentalizar-se para voltar ao texto em condições de entendê-lo. Não adianta virar a página de um livro se a sua compreensão não foi alcançada. Impõe-se pelo contrário, a insistência na busca de seu desvelamento. A compreensão de um texto não é algo que se recebe de presente. Exige trabalho paciente de quem por ele se sente problematizado. Não se mede o estudo pelo número de páginas lidas numa noite ou pela quantidade de livros num semestre. Estudar não é um ato de consumir idéias, mas de criá-las e recriá-las PAULO FREIRE - Ação Cultural para a Liberdade. Paz e Terra. pp. 9 -12.

No texto de Paulo Freire não só é possível analisar a própria atitude faceNo texto de Paulo Freire não só é possível analisar a própria atitude face ao estudo, como também se pode estudar a relação com a leitura. Não nosao estudo, como também se pode estudar a relação com a leitura. Não nos diz Paulo Freire que o ato de ler só se realiza mediante um espaço de relaçãodiz Paulo Freire que o ato de ler só se realiza mediante um espaço de relação dialógica (dialogal=conversa) com o autor? Esta postura nos remete àdialógica (dialogal=conversa) com o autor? Esta postura nos remete à questão do pensar. Todavia, na época atual, época dos meios dequestão do pensar. Todavia, na época atual, época dos meios de comunicação de massa, dos sistemas educacionais funcionalistas, decomunicação de massa, dos sistemas educacionais funcionalistas, de imediato não se consegue apreender claramente as dificuldades inerentes aoimediato não se consegue apreender claramente as dificuldades inerentes ao trabalho teórico. Mas o ato de ler, que é um ato de concentração, exigetrabalho teórico. Mas o ato de ler, que é um ato de concentração, exige distanciamento e reflexão. É um ato que só se realiza mediante osdistanciamento e reflexão. É um ato que só se realiza mediante os procedimentos lógicos de análise, síntese, interpretação, juízo crítico. procedimentos lógicos de análise, síntese, interpretação, juízo crítico. Deste modo, só seguindo uma série de atividades preparatórias é que seDeste modo, só seguindo uma série de atividades preparatórias é que se consegue alcançar um nível de interpretação aprofundado do texto, ondeconsegue alcançar um nível de interpretação aprofundado do texto, onde afinal o sentido se manifesta.afinal o sentido se manifesta.

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1.1.1. Como ler1.1.1. Como ler

Dizia um professor de filosofia “a inteligência humana é lenta”. Isto podeDizia um professor de filosofia “a inteligência humana é lenta”. Isto pode significar que passamos por um lento processo intelectual até vencermos ossignificar que passamos por um lento processo intelectual até vencermos os obstáculos pessoais e culturais e alcançarmos a exata compreensão de umaobstáculos pessoais e culturais e alcançarmos a exata compreensão de uma mensagem. Esta nem sempre se mostra de imediato no momento damensagem. Esta nem sempre se mostra de imediato no momento da comunicação. É necessário da nossa parte um espaço de tempo para quecomunicação. É necessário da nossa parte um espaço de tempo para que possamos decodificar, assimilar, o que foi revelado no texto.possamos decodificar, assimilar, o que foi revelado no texto.Deste modo, se quisermos descobrir a mensagem de um texto, de um modoDeste modo, se quisermos descobrir a mensagem de um texto, de um modo abrangente, temos de nos submeter à uma séria disciplina de trabalho.abrangente, temos de nos submeter à uma séria disciplina de trabalho.

a) Delimitar a unidade de leituraa) Delimitar a unidade de leitura que pode ser um capítulo, uma seção ou que pode ser um capítulo, uma seção ou até mesmo um grande parágrafo. até mesmo um grande parágrafo.

b) Ler repetidas vezesb) Ler repetidas vezes o mesmo texto para certificar-se do alcance da o mesmo texto para certificar-se do alcance da compreensão verdadeira do assunto da pauta, grifando as idéias principais,compreensão verdadeira do assunto da pauta, grifando as idéias principais, de cada parágrafo; ao lado, na margem, escrevendo uma frase resumo. Ode cada parágrafo; ao lado, na margem, escrevendo uma frase resumo. O que caracteriza a unidade de leitura é a apresentação do sentido de umque caracteriza a unidade de leitura é a apresentação do sentido de um modo global. Só após o entendimento dessa unidade é possível prosseguir namodo global. Só após o entendimento dessa unidade é possível prosseguir na investigação de novas unidades de leitura.investigação de novas unidades de leitura. 1.1.2. Passos1.1.2. Passosa)a) Leitura exploratóriaLeitura exploratória - é a fase em que se deve prestar atenção à - é a fase em que se deve prestar atenção à diretriz do pensamento do autor. Nesse primeiro contato, dependendo dasdiretriz do pensamento do autor. Nesse primeiro contato, dependendo das motivações da leitura, o leitor poderá levantar outros elementos que possammotivações da leitura, o leitor poderá levantar outros elementos que possam esclarecer mais a leitura. Nessa primeira leitura corrida não convém resumiresclarecer mais a leitura. Nessa primeira leitura corrida não convém resumir nem sublinhar as idéias-chave. Todavia, é possível elaborar um modonem sublinhar as idéias-chave. Todavia, é possível elaborar um modo suscinto, um esquema das grandes partes do texto, de preferência, dos trêssuscinto, um esquema das grandes partes do texto, de preferência, dos três momentos da relação: introdução, desenvolvimento do conteúdo e conclusãomomentos da relação: introdução, desenvolvimento do conteúdo e conclusão que expressam a estrutura lógica do pensamento do autor. O esquema paraque expressam a estrutura lógica do pensamento do autor. O esquema para visualizar o texto permitirá a melhor compreensão das partes que ovisualizar o texto permitirá a melhor compreensão das partes que o compõem. Poderá permitir a identificação dos dados sobre a vida e obra docompõem. Poderá permitir a identificação dos dados sobre a vida e obra do

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autor, sobre o momento histórico que ele viveu, sobre as influências queautor, sobre o momento histórico que ele viveu, sobre as influências que recebeu e até mesmo elucidar sobre o vocabulário que ele usa.recebeu e até mesmo elucidar sobre o vocabulário que ele usa.

b)b) Leitura analíticaLeitura analítica - é a fase do exame do texto, ou como diz - é a fase do exame do texto, ou como diz Paulo Freire fase da ‘relação dialógica com o autor do texto, cujo mediadorPaulo Freire fase da ‘relação dialógica com o autor do texto, cujo mediador não é o texto considerado formalmente, mas o tema, ou os temas nelenão é o texto considerado formalmente, mas o tema, ou os temas nele tratados’. Nessa etapa é necessário deixar o autor falar para tentar percebertratados’. Nessa etapa é necessário deixar o autor falar para tentar perceber o que e como ele apresenta o assunto. Quando estamos atentos ao textoo que e como ele apresenta o assunto. Quando estamos atentos ao texto geralmente surgem na mente um conjunto de perguntas, cujas respostasgeralmente surgem na mente um conjunto de perguntas, cujas respostas revelam o sentido e o conteúdo da mensagem.revelam o sentido e o conteúdo da mensagem.

Perguntas e respostasPerguntas e respostas

1)1) De que fala o texto?De que fala o texto?2)2) Como está problematizado?Como está problematizado?3)3) Qual foi o fio condutor da explanação?Qual foi o fio condutor da explanação?4)4) Que tipo de raciocínio ele segue na argumentação?Que tipo de raciocínio ele segue na argumentação?

Mas como trabalhar nesta fase de leitura?

A partir de unidades bem determinadas (parágrafos), tendo sempre à frente o tema-problema que é o fio condutor de todo o texto. Nesse trabalho de análise o texto é subdividido refazendo toda a linha de raciocínio do autor. Para deixar às claras a idéia central e as idéias secundárias do texto é fundamental a técnica de sublinhar.

Dicas de como sublinhar

1) Nunca sublinhar na primeira leitura.2) Só sublinhar as idéias principais e os pormenores significativos.

3) Elaborar um código a fim de estabelecer sinais que indiquem o seu modo pessoal de apreender a leitura. Exemplo: Um sinal de interrogação face aos pontos obscuros do parágrafo. Um retângulo para destacar as palavras-chave.

4) Reconstruir o texto a partir das palavras sublinhadas em cada parágrafo.

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A leitura analítica serve de base para a elaboração do resumo ou síntese do livro. Convém lembrar que o resumo não é uma redução de idéias apreendidas nos parágrafos, mas é fundamentalmente a síntese das idéias do pensamento do autor.

c) Leitura interpretativa - é o ato de compreender e que se afirma no processo da interpretação que afinal expressa a nossa capacidade de assimilação e crítica do texto. Nessa etapa de interpretação já não mais estamos apreendendo a perceber ou compreender o raciocínio do autor, mas sim estamos nos posicionando face ao que ele diz. Para isso precisamos muitas vezes de outras fontes de consulta. Elas deverão servir para ampliar a nossa visão sobre o assunto e o autor e deste modo servir de instrumento de avaliação do texto. Nesse momento de crítica, momento de muita ponderação, exige uma consciência dos nossos pressupostos de análise diante dos pressupostos do autor. Se não houver distinção provavelmente haverá interferência na compreensão dos fundamentos básicos da mensagem. Também é possível se estabelecer critérios de julgamento como originalidade, nova contribuição à exploração do assunto, coerência interna, etc. Todavia, esta postura considerada objetiva pode estar tão presa à diretriz de uma escola que pode até mesmo impedir a autocrítica a nos induzir a uma postura crítica inadequada em relação ao assunto e o autor. O esforço da autocrítica nos permite perceber os limites da certeza da nossa interpretação como também possibilita prestar maior atenção aos argumentos apresentados pelo autor. Deste modo, ficamos sensíveis à demonstração da verdade e o exercício da sua busca se torna o sentido do nosso estudo e trabalho acadêmicos.

d) Problematização - Para termos certeza da compreensão do que foi lido nada mais indicativo do que o levantamento dos problemas do texto. Esse esforço nos faz rever todo o texto dando-nos elementos para a reflexão pessoal e debate em grupo.

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1.2 O trabalho da crítica do pensamento - Marilena Chauí

Normalmente se imagina que a crítica permite opor um pensamentoNormalmente se imagina que a crítica permite opor um pensamento verdadeiro a um pensamento a falso. Na verdade, a crítica não é isso. Não éverdadeiro a um pensamento a falso. Na verdade, a crítica não é isso. Não é um conjunto de conteúdos verdadeiros que se oporia a um conjunto deum conjunto de conteúdos verdadeiros que se oporia a um conjunto de conteúdos falsos. A crítica é um trabalho intelectual com a finalidade deconteúdos falsos. A crítica é um trabalho intelectual com a finalidade de explicitar o conteúdo de um pensamento qualquer, de um discurso qualquer,explicitar o conteúdo de um pensamento qualquer, de um discurso qualquer, para encontrar o que está sendo silenciado por esse pensamento ou por essepara encontrar o que está sendo silenciado por esse pensamento ou por esse discurso. O que interessa para a crítica não é o que está explicitamentediscurso. O que interessa para a crítica não é o que está explicitamente pensado, explicitamente dito, mas exatamente aquilo que não está sendopensado, explicitamente dito, mas exatamente aquilo que não está sendo dito e que, muitas vezes, nem sequer está sendo pensado de uma maneiradito e que, muitas vezes, nem sequer está sendo pensado de uma maneira consciente. Ou seja, a tarefa da crítica é fazer falar o silêncio, colocar emconsciente. Ou seja, a tarefa da crítica é fazer falar o silêncio, colocar em movimento um pensamento que possa desvendar todo o silêncio contido emmovimento um pensamento que possa desvendar todo o silêncio contido em outros pensamentos, em outros discursos.outros pensamentos, em outros discursos.Qual é a finalidade de fazer falar o silêncio ou, tornar explícito o implícito?Qual é a finalidade de fazer falar o silêncio ou, tornar explícito o implícito? Essa finalidade é dupla. Essa finalidade é dupla. Se quando explicito um pensamento ou um discurso, fazendo aparecer tudoSe quando explicito um pensamento ou um discurso, fazendo aparecer tudo aquilo que estava em silêncio, tudo aquilo que estava implícito, se ao fazeraquilo que estava em silêncio, tudo aquilo que estava implícito, se ao fazer isso, o pensamento ou discurso que estou examinando se revelaisso, o pensamento ou discurso que estou examinando se revela insustentável, se começa a desmanchar, se dissolver, se destruir à medidainsustentável, se começa a desmanchar, se dissolver, se destruir à medida que vou explicitando tudo que nele havia, mas que ele não dizia, então aque vou explicitando tudo que nele havia, mas que ele não dizia, então a crítica encontrou algo muito preciso, encontrou a IDEOLOGIA. A ideologia écrítica encontrou algo muito preciso, encontrou a IDEOLOGIA. A ideologia é exatamente aquele tipo de discurso, aquele tipo de pensamento que exatamente aquele tipo de discurso, aquele tipo de pensamento que contémcontém

um silêncio,um silêncio, que se for dito, destrói a coerência, a lógica do discurso. que se for dito, destrói a coerência, a lógica do discurso.Mas, esse trabalho crítico pode encontrar uma outra coisa também. ÉMas, esse trabalho crítico pode encontrar uma outra coisa também. É perfeitamente possível que ao fazer falar o silêncio de um pensamento ou deperfeitamente possível que ao fazer falar o silêncio de um pensamento ou de um discurso, ao explicitar o seu implícito, o que se revele para nós seja umum discurso, ao explicitar o seu implícito, o que se revele para nós seja um pensamento ainda mais rico do que havíamos imaginado, ainda maispensamento ainda mais rico do que havíamos imaginado, ainda mais coerente do que havíamos imaginado, ainda mais importante, capaz de noscoerente do que havíamos imaginado, ainda mais importante, capaz de nos dar pistas para pensar caminhos novos, justamente porque pudemosdar pistas para pensar caminhos novos, justamente porque pudemos

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perceber muito mais do que o que parecia à primeira vista estar contidoperceber muito mais do que o que parecia à primeira vista estar contido nele. nele. Nesse caso, a crítica encontrou um pensamento verdadeiro e, mais doNesse caso, a crítica encontrou um pensamento verdadeiro e, mais do

que um pensamento verdadeiroque um pensamento verdadeiro, encontrou uma , encontrou uma obra de pensamentoobra de pensamento

propriamente ditapropriamente dita. Ou seja, o que diferencia uma obra de pensamento de. Ou seja, o que diferencia uma obra de pensamento de uma ideologia é o fato que , na obra de pensamento, a descoberta de tudo ouma ideologia é o fato que , na obra de pensamento, a descoberta de tudo o que estava silenciosamente contido nela, de tudo aquilo que nela pediaque estava silenciosamente contido nela, de tudo aquilo que nela pedia interpretações, de tudo aquilo que nela pedia revelação, explicitação,interpretações, de tudo aquilo que nela pedia revelação, explicitação, desdobramento revela novas e grandes possibilidades compreensivas,desdobramento revela novas e grandes possibilidades compreensivas, diferentemente acontece em uma ideologia quando a revelação daquilo quediferentemente acontece em uma ideologia quando a revelação daquilo que se escondia implica na destruição do próprio pensamento.se escondia implica na destruição do próprio pensamento.Assim, a tarefa da crítica não é trazer verdade para se opor à falsidadeAssim, a tarefa da crítica não é trazer verdade para se opor à falsidade ; ; masmas

realizar um trabalhorealizar um trabalho interpretativointerpretativo com relação a pensamentos e discursos com relação a pensamentos e discursos dadosdados, para explicitar o implícito ou fazer falar seu, para explicitar o implícito ou fazer falar seu silênciosilêncio, de tal modo que, de tal modo que a abertura de um novo campo de pensamento através da crítica revela aa abertura de um novo campo de pensamento através da crítica revela a descoberta de uma obra de pensamento, enquanto a destruição da coerênciadescoberta de uma obra de pensamento, enquanto a destruição da coerência e da lógica do que foi explicitado revela que descobrimos uma ideologia.e da lógica do que foi explicitado revela que descobrimos uma ideologia.A crítica não é, portanto, um conjunto de conteúdos verdadeiros, mas umaA crítica não é, portanto, um conjunto de conteúdos verdadeiros, mas uma forma de trabalharforma de trabalhar. A forma de um trabalho intelectual que é o trabalho. A forma de um trabalho intelectual que é o trabalho filosófico por excelência. Nesse sentido, excluir a filosofia de umafilosófico por excelência. Nesse sentido, excluir a filosofia de uma universidade é, provavelmente, abolir o lugar privilegiado da realização dauniversidade é, provavelmente, abolir o lugar privilegiado da realização da crítica. Obviamente, tem-se medo da crítica, pois se a crítica não trazcrítica. Obviamente, tem-se medo da crítica, pois se a crítica não traz conteúdos prévios, conteúdos prévios, mas é descoberta de conteúdos escondidosmas é descoberta de conteúdos escondidos, então ela é, então ela é muito perigosa...muito perigosa...

MARILENA CHAUÍ - O Papel da Filosofia na Universidade MARILENA CHAUÍ - O Papel da Filosofia na Universidade Cadernos SEAF - nº 1Cadernos SEAF - nº 1

1.3 Os limites da opinião - François Chatelêt

...Começar a filosofar é, de início, colocar em questão não só o conteúdo diverso das opiniões - estas fazem aparecer suas contradições de

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modo tão prático que se arruínam por si mesmas - como também o estatuto de uma experiência que acredita que opinar é saber, e que é suficiente estar certo para pretender ser verdadeiro. A opinião - a doxa - como o prova todo o exercício da democracia, não se considera como tal; ela reivindica a verdade, pretende saber a realidade tal qual é. Em outras palavras, está certa de si. E quando se choca com a certeza igual do outro, ela se espanta, indigna-se e entra na discussão com o sentimento de que a contestação que lhe é oposta é irrisória e que dela triunfará facilmente. De fato, no decorrer do debate ela se fecha sobre si mesma e permanece surda à argumentação adversa. O diálogo é apenas aparente: dois monólogos se desenvolvem paralelamente. Ora, nestas condições, quando a discussão tem o objetivo de definir uma ação comum, quem vai decidir entre interlocutores que recusam se compreender? Quem vai decidir quando, na assembléia dois oradores defendem pontos de vista diametralmente opostos? A maioria? Sabe-se que todos os que participam de uma determinada reunião estão psicologicamente no estado de certeza: aliam-se a uma tese ou a outra, ou a uma terceira que não foi exposta, votam em função de suas opiniões, que elevam ao nível do saber, e que, na realidade, não passam de expressões de seus interesses e paixões. ...Assim, o primeiro momento da filosofia - que se opõe no caminho da eventual ‘sabedoria’ - consiste em ‘psicanalisar’ a opinião, em revelar-lhe a consciência errônea que tem de si mesma.A opinião se apóia em que? Quais são os seus argumentos? Quer se alimente da tradição, quer esteja preparada pelo ‘ensino novo’, ela invoca, para sustentar seus raciocínios, o que ela chama de fatos. Utiliza a técnica dos exemplos. Extrai seus exemplos sem discernimento, ao acaso, da literatura edificante, do lado mítico, da história, da vida cotidiana. Ela pretende estar fundada no ‘real’ e, para ela, o real é o que ela vê, o que constata na percepção, o que experimenta na experiência. Construída com material tão frágil, ela confia às palavras o que acredita ser o desenvolvimento do pensamento: não se dá conta do caráter convencional

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da linguagem e do fato que esta só vale quando traduz um conhecimento verdadeiro. Constrói assim discursos que enfeixam em uma falsa unidade, a disparidade de sua experiência; não sabendo como as palavras devem ser empregadas, ela as utiliza, certamente, para merecer as inconstâncias, as contradições de seus julgamentos.Na realidade, o que a opinião ignora é que ela considera o que é dado na parcialidade de suas perspectivas como a totalidade do real. Com exemplos ela inventa fatos, quando na verdade constitui seus exemplos de modo contingente a partir da casualidade de seus encontros empíricos e dos interesses suscitados por seus desejos e suas paixões... o que ela chama de real, é o imaginário por ela elaborado a partir dos fragmentos de realidade que sua percepção obscurecida deixa subsistir. A natureza da doxa - da opinião - torna-se rapidamente manifesta: acredita-se segura de si e no momento em que obrigamo-la a se exprimir ela desenvolve com igual certeza temas contraditórios; a inconseqüência de seus modos de raciocínio se evidencia: ora ela se prevalece de sua experiência, ora se abandona ao fascínio dos belos discursos; ora emprega exemplos sobre os quais não refletiu, ora reflete sobre palavras sob as quais não pode colocar nenhum fato.

1.41.4 As crenças em que vivemos: As crenças em que vivemos:

A circunstância e sua interpretação - L. HegembergerA circunstância e sua interpretação - L. Hegemberger

O homem, como o animal, está cercado pelas coisas. Está numaO homem, como o animal, está cercado pelas coisas. Está numa circunstância, isto que o rodeia, o primariamente dado. Todavia, enquanto ocircunstância, isto que o rodeia, o primariamente dado. Todavia, enquanto o animal se submete à natureza, o homem aprendeu a discernir, no que oanimal se submete à natureza, o homem aprendeu a discernir, no que o cerca, aquilo que lhe causa mágoa e terror daquilo que lhe agrada e é útil.cerca, aquilo que lhe causa mágoa e terror daquilo que lhe agrada e é útil. Aprendeu a usar os objetos para adaptar-se (comunicar-se) às circunstânciasAprendeu a usar os objetos para adaptar-se (comunicar-se) às circunstâncias ou para modificá-las, tornando-as mais acolhedoras e agradáveis. O caos seou para modificá-las, tornando-as mais acolhedoras e agradáveis. O caos se

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altera: sobre o enigmático dado primitivo, constrói-se um mundo, isto é, umaaltera: sobre o enigmático dado primitivo, constrói-se um mundo, isto é, uma circunstância dotada de interpretação. O homem altera o meio, dá-lhecircunstância dotada de interpretação. O homem altera o meio, dá-lhe contornos e organização, transforma-o em mundo, local em que se podecontornos e organização, transforma-o em mundo, local em que se pode viver com maior ou menor facilidade porque muitas coisas já não sãoviver com maior ou menor facilidade porque muitas coisas já não são misteriosas, mas úteis ou inúteis, atraentes ou repugnantes.misteriosas, mas úteis ou inúteis, atraentes ou repugnantes. Nasce o homem num mundo, numa circunstância interpretada, e passa aNasce o homem num mundo, numa circunstância interpretada, e passa a contar com os objetos que encontra, segundo a interpretação vigente.contar com os objetos que encontra, segundo a interpretação vigente. Contamos com essa que é uma das mais elementares relações queContamos com essa que é uma das mais elementares relações que mantemos com as coisas. Contamos com a existência da rua, quandomantemos com as coisas. Contamos com a existência da rua, quando abrimos a porta de casa para irmos à escola ou ao trabalho. Contamos com oabrimos a porta de casa para irmos à escola ou ao trabalho. Contamos com o lugar que vimos ontem, as pedras, as casas e as árvores. Prova disso é alugar que vimos ontem, as pedras, as casas e as árvores. Prova disso é a surpresa que provocaria a ausência da rua, o deslocamento das árvores ou osurpresa que provocaria a ausência da rua, o deslocamento das árvores ou o desaparecimento das casas, no momento em que abríssemos a porta. Há emdesaparecimento das casas, no momento em que abríssemos a porta. Há em nosso comportamento, um objeto, alvo de nossa atenção. Atrás dele, semnosso comportamento, um objeto, alvo de nossa atenção. Atrás dele, sem que tenhamos nítida consciência há um sistema sui-generis de relações, emque tenhamos nítida consciência há um sistema sui-generis de relações, em virtude do qual os objetos do contorno se vinculam aos objetos de nossavirtude do qual os objetos do contorno se vinculam aos objetos de nossa atenção: contamos com eles, acreditamos que se comportam dessa ouatenção: contamos com eles, acreditamos que se comportam dessa ou daquela maneira, segundo a interpretação em que nascemos.daquela maneira, segundo a interpretação em que nascemos. Formam-se assim, as crenças. Individuais, de grupos sociais, nacionais ouFormam-se assim, as crenças. Individuais, de grupos sociais, nacionais ou mesmo de gerações. Menos firmes aquelas, mais firmes estas, formando omesmo de gerações. Menos firmes aquelas, mais firmes estas, formando o alicerce sobre o que se assentam novas crenças. Estas novas crençasalicerce sobre o que se assentam novas crenças. Estas novas crenças acompanharão o homem e se transformarão, com maior ou menoracompanharão o homem e se transformarão, com maior ou menor dificuldade, no decorrer do tempo, constituindo os vários mundos que sedificuldade, no decorrer do tempo, constituindo os vários mundos que se sucedem na história. O homem encontra, ao nascer, um sistema desucedem na história. O homem encontra, ao nascer, um sistema de crenças. Habitua-se a elas. Conta com as coisas e vive a interpretação quecrenças. Habitua-se a elas. Conta com as coisas e vive a interpretação que lhes entregam os pais, mestres, amigos e antepassados. Vai, simplesmente,lhes entregam os pais, mestres, amigos e antepassados. Vai, simplesmente, vivendo. Há momentos, porém, em que as crenças se tornam problemáticas.vivendo. Há momentos, porém, em que as crenças se tornam problemáticas. Nosso estar-na-circunstância (que não é simples estar, mas estar e contarNosso estar-na-circunstância (que não é simples estar, mas estar e contar com uma interpretação) torna-se instável. Vem a dúvida, um não saber a quecom uma interpretação) torna-se instável. Vem a dúvida, um não saber a que se ater, decorrência do choque de crenças antagônicas. Há que decidir. Ese ater, decorrência do choque de crenças antagônicas. Há que decidir. E então pensamos: O homem possui esta especial capacidade de afastar-seentão pensamos: O homem possui esta especial capacidade de afastar-se

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provisoriamente das crenças em conflito, sopesá-las para decidir a qual delasprovisoriamente das crenças em conflito, sopesá-las para decidir a qual delas emprestará a sua adesão - já que é suplício admitir crenças contraditórias.emprestará a sua adesão - já que é suplício admitir crenças contraditórias. Enquanto crê, o homem não precisa pensar. É a incerteza que o obriga aEnquanto crê, o homem não precisa pensar. É a incerteza que o obriga a meditar. Quando não sabe o que fazer com as suas crenças, o homem pensa,meditar. Quando não sabe o que fazer com as suas crenças, o homem pensa, tentando devolver ordem à circunstância que se fez problema, para torná-la,tentando devolver ordem à circunstância que se fez problema, para torná-la, de novo estável e segura. Eis, pois, um modo de conceber o que seja pensar:de novo estável e segura. Eis, pois, um modo de conceber o que seja pensar: um método de que se vale o homem para tornar efetivo o seu ajusteum método de que se vale o homem para tornar efetivo o seu ajuste intelectual com o contorno.intelectual com o contorno.

L. HegembergerL. Hegemberger

1.5 A noção de obstáculo epistemológico

No livro A Formação do Espírito Cientifico, apud Leda Miranda Huhne, Bachelard, chama a atenção para a impossibilidade de se fazer ciência sem previamente se criticar o modo de se conhecer. É à luz dos obstáculos epistemológicos que se pode perceber as forças psíquicas que atuam no processo de elaboração do mundo do objeto científico.

1. A questão dos obstáculos

“Ao procurarmos as condições psicológicas dos progressos da ciência, logo chegaremos à convicção de que o problema do conhecimento deve ser colocado em termos de obstáculos. Não se trata, contudo, de considerar os obstáculos externos, tais como a complexidade e a fugacidade dos fenômenos, nem de incriminar a fragilidade dos sentidos e do espírito humano: é no interior do próprio ato de conhecer que aparecem, por uma espécie de necessidade funcional, retardos e perturbações. É aí que mostraremos as causas da estagnação e mesmo regressão. É aí que desvendaremos causas da inércia que chamamos de obstáculos epistemológicos. O conhecimento do real é uma luz que sempre projeta

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sombras em algum lugar. Ele nunca é imediatista e pleno. As revelações do real são recorrentes. O real nunca é o que poderíamos acreditar , é sempre o que deveríamos ter pensado. O pensamento empírico só é claro depois que o aparelho das razões foi aperfeiçoado. Voltando sobre um passado de erros, encontramos a verdade num verdadeiro arrependimento intelectual. De fato, conhecemos contra um conhecimento anterior, destruindo conhecimentos mal feitos, superando o que no próprio espírito é um obstáculo para a espiritualização... Aceder à ciência, rejuvenescer-se espiritualmente, é aceitar uma mutação brusca que deve contradizer um passado.

2. Ciência e Opinião

(...) tanto em sua necessidade de acabamento quanto em seu principio, a ciência opõe-se radicalmente à opinião. Se, em algum ponto particular, ela legitima a opinião é por razões diferentes daquelas que fundam a opinião; sendo assim, de direito, a opinião está sempre errada. A opinião pensa mal; ela não pensa: ela traduz necessidades em conhecimentos. Ao designar os objetos por sua utilidade, ela se impede de conhecê-los. Nada pode fundamentar-se em opiniões: primeiramente é necessário destruí-las. É o primeiro obstáculo a ultrapassar. Não bastaria, por exemplo, retificá-la em alguns pontos. O espírito científico nos proíbe de ter uma opinião sobre questões que não sabemos formular claramente. Antes de mais nada, é preciso saber colocar o problema; na vida científica os problemas não se colocam por si mesmos. Esta capacidade de colocar o problema é precisamente a marca do espírito científico. Para um espírito científico, todo conhecimento é uma resposta a uma questão. Se não houve questão, não pode haver conhecimento cientifico. Nada é óbvio, nada é dado, tudo é construído.

3. O obstáculo epistemológico e a prática da educação

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“Muitas vezes me surpreendi com o fato de que os professores de ciências, se possível mais que os outros, não compreendem que não se compreenda. São poucos numerosos os que aprofundam a psicologia do erro, da ignorância, da irreflexão. Os professores de ciências imaginam que o espírito começa com uma lição, que sempre se pode reformular uma cultura descuidada repetindo uma aula, que se pode fazer compreender uma demonstração repetindo-a ponto por ponto. Eles não refletiram que o adolescente chega às aulas de física com conhecimentos empíricos já constituídos, não se trata então de adquirir uma cultura experimental e sim de mudar de cultura experimental, de derrubar obstáculos amontoados pela vida cotidiana. Em único exemplo, sobre o equilíbrio dos corpos flutuantes, o modo comum de seu entendimento é objeto de uma intuição familiar que congrega uma cadeia de erros. De modo mais ou menos claro, atribui-se uma atividade ao corpo que flutua, melhor ainda, ao corpo que nada. Se se tenta com a mão afundar um pedaço de madeira na água, ele resiste. Não é fácil atribuir à resistência da água a sua causa. Portanto, é bastante difícil fazer compreender o princípio de Arquimedes em sua espantosa simplicidade matemática sem antes criticar e desorganizar o impuro complexo das intuições primeiras. Sem esta psicanálise de erros iniciais, nunca se fará compreender que o corpo que emerge e o corpo submerso obedecem à mesma lei. Assim, toda cultura deve começar por uma catarse intelectual e afetiva. Resta em seguida a tarefa mais difícil: colocar a cultura científica em estado de mobilização permanente, substituir o saber fechado e estático por um conhecimento aberto e dinâmico, dialetizar todas as variáveis experimentais, enfim, fornecer à razão razões para evoluir... De uma maneira mais precisa, revelar os obstáculos epistemológicos é contribuir para fundar os rudimentos de uma análise da razão.”

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2. MODELO DE PROJETO DE PESQUISA ACADÊMICA

Modelo 01 - capa

CLAUDEMIR GOMES

IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DOS ELEMENTOS TEÓRICOS QUE CONSTITUEM A PSICOPEDAGOGIA

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FACULDADE DA FUNDAÇÃO EDUCACIONAL ARAÇATUBAARAÇATUBA-SP

2014Modelo 02 - página de rosto

CLAUDEMIR GOMES

IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DOS ELEMENTOS TEÓRICOS QUE CONSTITUEM A PSICOPEDAGOGIA

Projeto de pesquisa elaborado em cumprimento às exigências

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acadêmicas da disciplina Seminário Pesquisa I, II Orientador: Profº Gomes

FACULDADE DA FUNDAÇÃO EDUCACIONAL ARAÇATUBAARAÇATUBA-SP

2014

Modelo 03 - sumário

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO

1.1 Justificativa do tema 1.2 Explicitação do objeto e dos objetivos1.3 Exposição metodológica1.4 Situação de tempo e espaço

2 DESENVOLVIMENTO

2.1 Considerações gerais2.2 A psicopedagogia 2.2.1 Situações históricas que determinaram da origem da psicopedagogia2.2.2 Definição técnica de psicopedagogia2.2.3 Os procedimentos técnicos da psicopedagogia

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2.2.4 As técnicas psicopedagógicas utilizadas2.3 A psicopedagogia e os estudos em aprendizagem escolar

3 CONCLUSÃO

REFERÊNCIAS UTILIZADASGLOSSÁRIOAPENDICEANEXOS

Modelo 04 - introdução

1 INTRODUÇÃO

1.1 Justificativa do tema

Escrever sobre a importância do tema a ser pesquisado, sua relevância científica, atualidade teórica e contribuições que a pesquisa oferecerá à comunidade acadêmica. (+- 2 páginas)

1.2 Explicitação do objeto e dos objetivos

1.2.1 Objeto

a) Como se deu historicamente o surgimento da psicopedagogia?b) Como se define tecnicamente a psicopedagogia?c) Quais são as tecnicamente os procedimentos da psicopedagogia ?d) Quais são as técnicas utilizadas pela psicopedagogia?

1.2.2 Os Objetivos

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a) Identificar e caracterizar as situações históricas que determinaram o surgimento da psicopedagogia

b) Definir tecnicamente a psicopedagogia.c) Indicar e descrever tecnicamente os procedimentos da

psicopedagogiad) Identificar e descrever as técnicas utilizadas pela

psicopedagogia.

1.3 Metodologia* Descrever o modo pelo qual a pesquisa foi feita

Modelo 05 - páginas do Desenvolvimento e da Conclusão

2 DESENVOLVIMENTO

2.1 Considerações gerais (Natureza: apresentação)

Neste tópico, o aluno fará uma redação onde buscará apresentar os pontos relevantes que serão discutidos abaixo.

2.2 A Psicopedagogia (Natureza: discussão)

2.2.1 Sua origem

Neste ponto o aluno descreverá as situações queNeste ponto o aluno descreverá as situações que determinaram o surgimento histórico da psicopedagogia, as fases dedeterminaram o surgimento histórico da psicopedagogia, as fases de sua evolução histórica e como hoje se apresenta.sua evolução histórica e como hoje se apresenta.

2.2.2 Definição técnica de psicopedagogia2.2.2 Definição técnica de psicopedagogia

Definição Etimológica: O significado do conceito (dicionário etimológico).

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Definição Real: O que a define como saber. O seu campo teórico. Os desdobramentos teóricos e doutrinários... (dicionário técnico).

Definição Funcional: Como a ciência fundamentou a sua doutrina.

2.2.3 Os procedimentos da psicopedagogia

Apresentação e descrição dos elementos que compõem o corpo teórico da psicopedagogia e da sua lógica de procedimentos.

2.2.4As técnicas utilizadas pela psicopedagogia

Neste ponto o aluno apresentará as principaisNeste ponto o aluno apresentará as principais técnicas que foram e que são ainda utilizadas pela psicopedagogia emtécnicas que foram e que são ainda utilizadas pela psicopedagogia em seus amplos campos de aplicação. seus amplos campos de aplicação.

2.3 A psicopedagogia e os estudos em aprendizagem escolar (tópico2.3 A psicopedagogia e os estudos em aprendizagem escolar (tópico

demonstrativo) demonstrativo)

Neste tópico o aluno poderá criar qualquer tópicoNeste tópico o aluno poderá criar qualquer tópico ou sub-tema que tenha a função de demonstrar uma ou mais situaçõesou sub-tema que tenha a função de demonstrar uma ou mais situações teóricas e/ou práticas implícitas na teoria. Por exemplo: l) Osteóricas e/ou práticas implícitas na teoria. Por exemplo: l) Os desdobramentos teóricos da psicopedagogia no Brasil. 2)desdobramentos teóricos da psicopedagogia no Brasil. 2) Psicopedagogia e aprendizagem escolar. 3) Psicopedagogia e o fracassoPsicopedagogia e aprendizagem escolar. 3) Psicopedagogia e o fracasso escolar .escolar .

3 CONCLUSÃO

Neste tópico o aluno elaborará um texto, destacando dois aspectos; 1) Montagem de um resumo dos aspectos mais relevantes construídos pela pesquisa em sua ação investigativa, contendo: a) Se a pesquisa, no desenvolvimento do conteúdo, cumpriu todos os indicativos que disse que cumpriria quando da elaboração da introdução (problemas e objetivos). b) Caso não tenha conseguido cumprir, explicitar os por quês; 2) Caso haja algum aspecto que não

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tenha sido contemplado, justificar ao leitor o por quê disso ter acontecido, e procurar para tanto, oferecer subsídios ou indicações para que esse aspecto seja plenamente atendido nas próximas pesquisas.

Modelo 06 - páginas das referências, apêndice e glossário

REFERÊNCIAS UTILIZADAS

SCOZ, Beatriz. Psicopedagogia e Realidade Escolar. Petrópolis: Vozes, ano. Pag.VISCA, J. Clinica Psicopedagógica. Porto Alegre: Artes Médicas, ano. Pgs.WEISS, M. L. Intervenção educativa e diagnóstico psicopedagógico. Porto Alegre: Artes Médicas, ano. Pgs.SOUZA, João de, SILVA, Antônio da. A nova psicologia. São Paulo: Artes Médica, 2000.

GLOSSÁRIO

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Neste tópico, o aluno irá desenvolver um mini-dicionário dos principais conceitos utilizados durante a pesquisa. Deverá tomar o cuidado de escolher apenas os conceitos que sejam específicos da ciência em que estiver pesquisando.

APENDICE

Neste tópico o aluno poderá anexar os vários instrumentos constituídosNeste tópico o aluno poderá anexar os vários instrumentos constituídos durante a realização da pesquisa, tais como: cronograma das atividades,durante a realização da pesquisa, tais como: cronograma das atividades, índice onomástico, formulários de pesquisa, etc.índice onomástico, formulários de pesquisa, etc.

ANEXOSANEXOS

Neste tópico o aluno poderá anexar os vários instrumentos Neste tópico o aluno poderá anexar os vários instrumentos NÃONÃO constituídos durante a realização da pesquisa, tais como: Mapas estatísticosconstituídos durante a realização da pesquisa, tais como: Mapas estatísticos importados de jornais, revistas e etc.importados de jornais, revistas e etc.3 TÉCNICAS INDIVIDUAIS DE ESTUDO Técnicas de estudo são compreensões elaboradas durante o processo de estudo e de pesquisa e que se validam por sua eficiência econômica e de registro. São instrumentos onde o aluno se apóia para melhor estudar e compreender a idéia do autor dentro de um texto escolar. Dentro das possibilidades instrumentais de estudo é importante que o aluno saiba como anotar os principais dados daquilo em que estiver fazendo, quer seja uma palestra, conferência, leitura ou pesquisa. Para que isso aconteça, é preciso saber:

manter a atenção selecionar apenas o essencial usar linguagem concisa e clara conservar uma certa organização relacionar as frases para que não fiquem desintegradas, sem sentido

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copiar os exemplos que facilitam a compreensão

Nesse aspecto, é vantajoso:

usar o próprio sistema de abreviatura e sinais, que você poderá pessoalmente criar

evitar conjugações e artigos utilizar as anotações ao estudar para as provas ou quando

necessitar das informações coletadas

Tomar apontamentos é interessante porque:

facilita a aprendizagem permite maior participação do aluno ajuda a concentrar a atenção leva o aluno a procurar identificar o que é essencial no assunto implica o emprego de palavras próprias para reproduzir o que se

ouviu ou leu permite coletar informações úteis para os trabalhos de pesquisa formar banco de dados em pastas no seu computador Essas iniciativas favorecem a elaboração de resumos de textos

lidos, das aulas, palestras e conferências. Ao resumir, o aluno não só retem as informações básicas do texto como também as assimilam melhor.

Os resumos podem ser de dois tipos:

Resumo-esquema ou esquema propriamente dito Resumo-texto ou resumo propriamente dito

A partir do texto O Conhecimento, demonstra-se, como exemplo de um modelo já elaborado, o esquema e a ficha resumo.

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3.1 Esquema: É definido como uma técnica individual de estudo.

Portanto, a sua elaboração dependerá basicamente do estudante e de sua capacidade criativa de ver e de traduzir, por meio de símbolos, a estrutura interna do texto. Cada um pode elaborar, por conta própria, o seu modo de estruturar a síntese do texto, através de gráficos, códigos e palavras. Um esquema deve evidenciar o esqueleto da obra (a organização lógica do texto, colocando em destaque a inter-relação das idéias). 1

Características de um bom esquema:

ser fiel ao texto, possuir uma estrutura lógica, adaptar-se ao tipo de matéria e ao assunto, ser instrumento de trabalho, ser pessoal,

dar margem a reformulação _______________________1. Texto extraído do livro de HUHNE, L. Miranda. (Org). Metodologia Cientifica. RJ: Agir, 2002

Para elaborar um esquema, é fundamental:

captar a estrutura do texto usar chaves, colchetes, colunas, números ou letras para fazer as subdivisões. Tipos de esquema: Um esquema pode ser feito por meio de: Roteiro Quadro sinótico Desenho esquemático Gráfico

3.2 Tipos de Ficha: Há 2 tipos básicos de ficha: a bibliográfica e a de conteúdo.

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a) Ficha bibliográfica: contém informações básicas sobre o livro b) Ficha de conteúdo: usada para as anotações de resumos ou cópias. Na ficha de conteúdo, que se divide em ficha-cópia e ficha-resumo, é preciso anotar: assunto; nome dos autores e tradutores; titulo do livro; local de impressão; editora; ano da edição; capítulo; paginas consultadas.

1) Ficha-cópia: é fiel ao texto, reproduzindo-o entre aspas ou em itálico. Usa reticências entre parênteses para indicar trechos suprimidos.

Exemplo de ficha-cópia: 2

* Criatividade - características dos bem-dotadosSCHEIFELE, Marian. O Aluno Bem-Dotado – Atividades de Enriquecimento. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1967. Cap.1, pág 2.

“Na concepção atual, não é apenas a capacidade intelectual que caracteriza uma criança bem-dotado. Nesse trabalho consideramos como bem-dotadas as crianças com talento para mecânica, ciências, artes e relações sociais, bem como aquelas de grande inteligência para (...). criatividade ou originalidade é o que de fato distingue o trabalho e o comportamento dos realmente bem-dotados (...). “(...) Podemos definir os bem-dotados como aqueles que apresentam ‘notável capacidade criadora em um ou mais setores das conquistas humanas’. Para que esta capacidade criadora, com o seu componente habitual de alta inteligência produza algo valioso, são necessários outros elementos não identificados facilmente. Acredita-se que um forte impulso interior, além de outras qualidades ou condições, exerça decisiva influência no sentido de máxima realização (...)”. Para que o indivíduo produza trabalho criador, é preciso estimulá-lo, desenvolver seus dons, nutrir sua ânsia de criar. E também dele se exige esforço, pois sua obrigação de contribuir com o bem-estar da sociedade é maior do que a daqueles cuja capacidade é menor.”

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2) Ficha Resumo: É um outro tipo de instrumento individual de estudo. Ela pode basear-se em um ou mais livros, em um texto ou em um trabalho. Deve reproduzir as idéias do autor e precisa ser escrita em linguagem concisa e clara. Exemplo de ficha-resumo: 3

AGRUPAMENTO (o problema na idade escolar)

Ref. Bibl. - FAU, René. Crianças e Adolescentes. In: Grupos e Amizades. Rio de Janeiro: Fundo de Cultura, 1961. Cap.2, págs 37 a 45.

I – Tese: Dos 2 aos 6 anos a criança evolui entre a fixação familiar e a adaptação ao grupo.

II – Provas: 1. Nesta idade, a criança:

a) se desenvolve no meio familiar onde está fixada por imperiosas exigências;b) é egocêntrica e conseqüentemente agressiva e realista.

(tais características negam o espírito de grupo.)

2. Por outro lado:a) a formação de grupos entre crianças muito pesquenas é habitual;b) os grupos evoluem em numero de membros e duração;

(inicialmente há necessidade da intervenção direta do adulto; não é ainda o grupo verdadeiro.)

c) a partir dos 4 anos há formação de grupos para brincar;( o grupo possui certa estabilidade e duração maior. O adulto não intervêm diretamente.)d) de 5 a 6 anos existe um esboço de socialização; a criança reconhece a existência dee) indivíduos distintos de si e aceita sua coexistência.

III –Conclusão: Crianças em idade pré-escolar já formam espontaneamente grupos que dependem das qualidades individuais dos componentes (elementos dinâmicos). Os inadaptáveis são os que permanecem fixados no ambiente maternal. A criança normal, adaptada à família, é também adaptável ao grupo que satisfaz às suas necessidades afetivas e morais.

IV – Comentário critico (Opcional): Neste capítulo pode-se notar a utilização de conceitos que não são mais utilizados na psicologia de hoje, dado o seu caráter ideológico de atrelar as noções de desenvolvimento às condições evolucionistas, biologicista – via conceito de adaptação ou inadaptação. Compreendem-se hoje outras variáveis importantes do desenvolvimento da criança, tais como, a questão social, influência familiar, resiliência, fatores econômicos, linguagem e cultura, etc.

3) Exemplo de Esquema e de Ficha-resumo sobre um único texto: O CONHECIMENTO - Ana Maria Felipe Garcia. 4

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É importante distinguir o homem na realidade em que se encontra hoje e sua relação com o conhecimento. A cabeça humana pode: fazer conhecimento; usar conhecimento; posicionar-se diante do conhecimento. Para que serve o conhecimento?Se buscamos a palavra francesa connaissance, podemos observar que

conhecimento é nascer (naissance) com (con). O homem se marca como diferente dos outros seres exatamente pela sua capacidade de conhecer. Diferentemente dos outros animais, o homem é o único ser que possui razão, isto é, capacidade de relacionar e ir além da realidade imediata. O homem é o ser que supera a sua animalidade com a racionalidade.Assim, o homem ao entrar em contato com a realidade, imediatamente

apreende essa realidade em relação ao seu eu, à sua cultura, à sua história. O homem interpreta a realidade e se mostra nessa interpretação. Aí ele diz da realidade e diz de si mesmo. E quando diz, ele nasce como ser pensante juntamente com aquilo que ele pensa ou conhece. Por aí evolui o conhecimento. Quanto mais evolui o conhecimento, tanto mais o homem se conhece e se elabora. Assim, o conhecimento é uma forma de estar no mundo. E o processo do conhecimento mostra ao homem que ele jamais é alguma coisa pronta na medida em que está sempre nascendo de novo quando tem a coragem de se mostrar aberto diante da realidade.

A) Modelo de esquema sobre o texto: 3.1 Relações: Homem -> Conhecimento a) faz conhecimento (dimensão histórica) b) usa conhecimento (dimensão social) c) se posiciona face ao conhecimento (dimensão política)

- Papel do Conhecimento? 3.2 Homem = ser que renasce através do conhecimento

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Etimologicamente: connaissance (palavra francesa) Con = com Naissance = nascer - diferencia-se dos outros seres pela racionalidade: a) capacidade de ir além da realidade imediata b) capacidade de se relacionar c) capacidade de elaborar o conhecimento

3.3. Homem – abertura

a) pela linguagem interpreta o mundob) se mostra nesta interpretação

-- conhecimento: -> processo -> forma sempre nova de estar no mundo. IDÉIA-CHAVE - HOMEM -> aberto ao real (histórico)

Renasce sempre -> CONHECIMENTO

B) modelo de FICHA-RESUMO sobre o mesmo texto:

O Conhecimento

Indicaçãobibliográfica

HUHNE, Leda M. (Org). Metodologia Científica: Caderno de textos. Rio de Janeiro: Agir, 2002. p. 47. A autora analisa o sentido e o papel que o conhecimento exerce na realidade humana atual através de três relações: fazer, usar e se posicionar.a) apresenta o homem como ser racional que pela linguagem interpreta o mundo e se mostra nessa interpretação;b) caracteriza o conhecimento como renascimento, isto é, forma sempre nova de estar no mundo. O processo do conhecimento dá a verdadeira medida do homem: ser que renasce sempre quando está aberto ao mundo.Comentário pessoal.O texto destaca três possibilidades de conhecimento, mas ainda não revela o papel específico da ciência moderna.

__________________

2. GOMIDE, M. Del Valle. Aprendendo a estudar. Rio de Janeiro: Livro Técnico, 1975. p.333. Op. Cit. p. 34.

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4. HUHNE, Leda M. (Org). Metodologia Científica: Caderno de textos. Rio de Janeiro: Agir, 2002. p. 47

4 DECLARAÇÃO DE NÃO PLÁGIO

Eu,_____________________________________________________, acadêmico do curso de PEDAGOGIA da FAC-FEA, com o R.G. nº _______________________, venho DECLARAR para os devidos fins e efeitos fazendo prova junto à Coordenação do Curso de PEDAGOGIA e Coordenação do Departamento de Ensino, Pesquisa, Extensão, Pós-graduação e Publicação da FAC-FEA, que é – sob as penalidades previstas no art. 299 do Código Penal Brasileiro – de minha criação o conteúdo expresso no Trabalho de Conclusão de Curso que ora apresento, ressaltando que trechos de obras de alguns autores foram utilizados, mas que se pautaram eticamente na indicação das fontes de origem de acordo com o Caderno de Normatizações de Publicação Acadêmica da FAC-FEA e na ABNT, sendo esse comportamento pautado nas exigências expressas do parágrafo único do Art. 11 da Resolução Nº1 de 3 de abril de 2001 da câmara de Educação do Conselho Nacional de Educação.Para melhor entendimento, explica-se que o Art. 299 do Código Penal Brasileiro dispõe sobre o crime de Falsidade Ideológica indicando que: “Omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia constar, ou nele inserir declaração falsa ou diversa da que devia estar escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar verdade sobre fato relevante”; sob pena-reclusão de 1 (um) a 5 (cinco) anos e multa,

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se o documento é público, e reclusão de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa, se o documento é particular. Parágrafo Único: se o agente é funcionário público e comete o crime prevalecendo-se do cargo, ou se a falsificação ou alteração é de assentamento de registro civil, aumenta-se pena de sexta parte. Este crime engloba plágio e compra fraudulenta de documentos acadêmico-científicos.Por ser verdade e por ter ciência do referido artigo, dato e assino essa Declaração.

Assinatura: ______________________________.

Araçatuba, ________ de ______________ de 2008.

NORMATIZAÇÃO UTILIZADA NA ELABORAÇÃO DOS ARTIGOS

CONCEITO DE ARTIGO

O artigo é uma pequena parcela de um saber maior, cuja finalidade, de um modo geral, é tornar pública parte de um trabalho de pesquisa que se está realizando. São pequenos estudos, porém completos, que tratam de uma questão verdadeiramente científica, mas que não se constituem em matéria para um livro.

FINALIDADE DE UM ARTIGO CIENTÍFICOComunicar os resultados de pesquisas, ideias e debates de uma maneira clara, concisa e fidedigna.

Servir de medida da produtividade (qualitativa e quantitativa) individual dos autores e das instituições a qual servem. Servir de medida nas decisões referentes a contratação, promoção e estabilidade no emprego. É um bom veículo para clarificar e depurar suas ideias. Um artigo reflete a análise de um dado assunto, num certo período de tempo. Serve de meio de comunicação e de intercâmbio de ideias entre cientistas da sua área de atuação. Levar os resultados do teste de uma hipótese, provar uma teoria (tese, trabalho científico). Registrar, transmitir algumas observações originais. Servir para rever o estado de um dado campo de pesquisa.

ESTRUTURA DO ARTIGO

1 PreliminaresCabeçalho – Título (subtítulo) do trabalho

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Autor(es)Crédito dos autores (formação, outras publicações)

2 Resumo do texto

3 Palavras-chave

4 Corpo do artigo

Introdução – apresentação do assunto, objetivos, metodologia

Desenvolvimento - Corpo do Artigo – texto, exposição, explicação e demonstração do material; avaliação dos resultados

Conclusões e comentários – dedução lógica

PARTE REFERENCIAL

Referências Utilizadas; Apêndices ou anexos - Referências: ExemploD’ONOFRIO, Salvatore. Metodologia do trabalho intelectual. 2a.ed. São Paulo: Atlas, 2000.

ARTIGOS DE PERIÓDICO

Artigos de periódico são trabalhos técnico-científicos, escritos por um ou mais autores, com a finalidade de divulgar a síntese analítica de estudos e resultados de pesquisas. Formam a seção principal em periódicos especializados e devem seguir as normas editoriais do periódico a que se destinam.

Os artigos podem ser de dois tipos:

a) originais, quando apresentam abordagens ou assuntos inéditos;b) de revisão, quando abordam, analisam ou resumem informações já publicadas.

ESTRUTURA

A estrutura de um artigo de periódico é composta de elementos pré-textuais, elementos textuais e elementos pós-textuais.

1 ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS

Cabeçalho

O cabeçalho é composto de:

a) título do artigo, que deve ser centralizado e em negrito;b) nome do(s) autor(es), com alinhamento à direita;

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c) breve currículo do(s) autor(es), a critério do editor, que pode aparecer no cabeçalho ou em nota de rodapé.

1.2 Agradecimentos

Agradecimentos são menções que o autor faz a pessoas ou instituições das quais eventualmente recebeu apoio e que concorreram de maneira relevante para o desenvolvimento do trabalho. Os agradecimentos aparecem em nota de rodapé na primeira página do artigo ou no final deste.

1.3 Resumo

Resumo é a apresentação concisa do texto, destacando seus aspectos de maior relevância. Na elaboração do resumo, deve-se:a) apresentar o resumo precedendo o texto, e escrito na mesma língua deste;b) incluir obrigatoriamente um resumo em português, no caso de artigos em língua estrangeira

publicados em periódicos brasileiros;c) redigir em um único parágrafo, em entrelinhamento menor, sem recuo de parágrafo;d) redigir com frases completas e não com seqüência de títulos;e) empregar termos geralmente aceitos e não apenas os de uso particular;f) expressar na primeira frase do resumo o assunto tratado, situando-o no tempo e no espaço,

caso o título do artigo não seja suficientemente explícito;g) dar preferência ao uso da terceira pessoa do singular;h) evitar o uso de citações bibliográficas;i) ressaltar os objetivos, os métodos, os resultados e as conclusões do trabalho;l) elaborar o resumo com, no máximo, 250 palavras.

O resumo em inglês, nas publicações em revistas da língua portuguesa, é citado nos elementos pós textuais, e é denominado abstract, em inglês, resumen, em espanhol, résumé, em francês, riassunto, em italiano e Zusammenfassung em alemão. Não deve ser confundido com o sumário.

2 ELEMENTOS TEXTUAIS

São os elementos que compõem o texto do artigo. Dividem-se em introdução, desenvolvimento e conclusão.

2.1 Introdução

A introdução expõe o tema do artigo, relaciona-o com a literatura consultada, apresenta os objetivos e a finalidade do trabalho. Trata-se do elemento explicativo do autor para o leitor.

2.2 Desenvolvimento ou Corpo

O desenvolvimento ou corpo, como parte principal e mais extensa do artigo, visa a expor as principais ideias. É, em essência, a fundamentação lógica do trabalho.

Dependendo do assunto tratado, existe a necessidade de se subdividir o desenvolvimento nas etapas que seguem.

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2.2.1 Metodologia

Metodologia é a descrição precisa dos métodos, materiais, técnicas e equipamentos utilizados. Deve permitir a repetição do experimento ou estudo com a mesma exatidão por outros pesquisadores.

2.2.2 Resultados

Resultados são a apresentação dos dados encontrados na parte experimental. Podem ser ilustrados com quadros, tabelas, fotografias, entre outros recursos.

2.2.3 Discussão

Restringe-se aos resultados do trabalho e ao confronto com dados encontrados na literatura.

2.3 ConclusãoA conclusão destaca os resultados obtidos na pesquisa ou estudo. Deve ser breve, podendo incluir recomendações ou sugestões para outras pesquisas na área.

3 ELEMENTOS DE APOIO AO TEXTO

3.1 Citações

Citação é a menção no texto de informação extraída de outra fonte para esclarecer, ilustrar ou sustentar o assunto apresentado. Devem ser evitadas citações referentes a assuntos amplamente divulgados, rotineiros ou de domínio público, bem como aqueles provenientes de publicações de natureza didática, que reproduzem de forma resumida os documentos originais, tais como apostilas e anotações de aula. As citações são diretas (transcrição literal de um texto ou parte dele) ou indiretas (redigidas pelo autor do trabalho com base em idéias de outros autores) e podem ser obtidas de documentos ou de canais informacionais (palestras, debates, conferências, entrevistas, entre outros). As fontes de que foram extraídas as citações são indicadas no texto pelo sistema da ABNT.

3.2 Notas de Rodapé

Notas de rodapé são indicações bibliográficas, observações ou aditamentos ao texto feitos pelo

autor, tradutor ou editor. Fonte: paginas.terra.com.br

4 TÍTULO DO ARTIGO (Modelo de estrutura)

(NOME DO TEMA ABORDADO; CENTRALIZADO EM LETRAS MAIÚSCULAS;

TAMANHO DA FONTE 16) Com dois espaços 1,5

Resumo: foi elaborado um resumo que sintetizasse o artigo em parágrafo estruturado de cinco a dez linhas, sobre o tema, indicando os objetivos do estudo desenvolvido com espaço entre linha simples; tamanho da fonte 10; com parágrafo justificado, não ultrapassando 250 palavras. Com dois espaços 1,5

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5 PALAVRAS-CHAVE: foram escolhidas entre três e cinco palavras importantes sobre o tema que foi desenvolvido, e apor como palavras-chave do artigo (fonte 10; espaço entre linhas 1,5; parágrafo justificado). Com dois espaços 1,5 Iniciou-se a redação sobre o tema com estruturação de parágrafos, introdução, desenvolvimento e conclusão de forma clara e ortograficamente correta. (tamanho da fonte 12; espaço entre linhas 1,5; parágrafos justificado). Com dois espaços 1,5

ASPECTOS NORMATIVOS DA PARTE GRÁFICA

1 Tipo de fonte TIMES.

2 Papel formato A4: 210mm X 297mm.

3 Margens3.1 Superior 2.5cm3.2 Inferior 2cm3.3 Esquerda 3cm3.4 Direita 2cm4 Espacejamento: entre linhas e entre parágrafos 1,55 Parágrafos: justificados (1.25)6 Numeração de páginas: no canto superior direito 7 Estruturas de parágrafos: iniciar sempre o parágrafo com uma tabulação para indicar

o início (apor um recuo de 1.25cm no começo do parágrafo).

8 Tamanho da fonte

8.1 No título do artigo (em letras maiúsculas) = 128.2 No nome do(s) autor(es) = 10;8.3 Na titulação (nota de rodapé) 8;8.4 No resumo = 10;8.5 Nas palavras-chave = 10;8.6 Na redação do texto (introdução, desenvolvimento e conclusão) = 12;8.7 Nas citações longas = 108.8 Nas referências = 11.

9. Citação9.1 Destacou-se a fonte em negrito itálico, quando citação breve de até três linhas no mesmo

parágrafo;9.2 Utilizou-se um recuo de 4 cm, quando citação longa, com tamanho da fonte 10, com aplicação

espaço simples no parágrafo (não é necessário negrito nem itálico) no parágrafo;

9.3 Observou-se a NBR 10520/2002;9.4 Por o sobrenome do autor, ano da publicação da obra e número da página.

Estrutura de Um Trabalho Acadêmico

Capa (*) Texto: Introdução

Folha de Rosto Texto: Desenvolvimento

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Folha de Aprovação(*) Texto: Conclusão

Dedicatória (*) Pós texto: Resumo em inglês, Apêndices e Anexos

Agradecimentos (*) Referências Utilizadas

Sumário (*) Itens Não ObrigatóriosGlossário (*) Contra - Capa(*)

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