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1.Folha de Rosto Organização do Proponente Nome Completo da Organização Proponente: Instituto Paranaense de Cegos Nome do Projeto: Teatralizando a Educação Sigla da Organização: IPC CNPJ: 76.623.867/0001-65 Endereço Completo: Avenida Visconde Guarapuava Nº 4186 Batel Curitiba Paraná Telefone e Fax: 41-33426690 E-mail da Organização: [email protected] Site da Organização: http://institutoparanaensedecegos-ipc.blogspot.com/ Nome da Pessoa de Contato: Enio Rodrigues da Rosa

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1.Folha de Rosto

Organização do ProponenteNome Completo da Organização Proponente: Instituto Paranaense de CegosNome do Projeto: Teatralizando a Educação

Sigla da Organização: IPC

CNPJ: 76.623.867/0001-65

Endereço Completo: Avenida Visconde Guarapuava Nº 4186 Batel Curitiba Paraná

Telefone e Fax:41-33426690E-mail da Organização: [email protected] Site da Organização:http://institutoparanaensedecegos-ipc.blogspot.com/Nome da Pessoa de Contato:Enio Rodrigues da Rosa

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1-A CASA QUE EU GOSTARIA...Este projeto surgiu a partir de algumas questões levantadas, de ordem objetiva e subjetiva e possuem conexão

direta com o processo de desenvolvimento de jovens e crianças acolhidas em abrigo público.

Em nossa interpretação, quando uma criança ou jovem acolhido chega , este já vem com a autoestima rebaixada

e proveniente de ambiente desestruturado, seja materialmente, seja afetivamente.

Hoje, todos os dados das pesquisas divulgadas pelo MEC demonstram de forma inequívoca o quão tem crescido,

nos últimos dez anos, a presença deste alunado nas escolas públicas e privadas. A política nacional da educação

especial na perspectiva da educação inclusiva, que vem sendo implementada pelo governo brasileiro, em

colaboração com os Estados, os Municípios e as organizações governamentais e não governamentais, tem

merecido elogios dos organismos internacionais bilaterais, bem como de outras instituições de países parceiros

que também apóiam projetos na área da educação das pessoas com deficiência.

Todavia, mesmo diante desses esforços conjuntos, devido à dimensão continental e as características muito

particulares de cada região do país, os desafios que precisam ser enfrentados e superados ainda são enormes. Um

empreendimento sócio-educacional desta proporção pode obter resultados mais satisfatórios quando agentes

públicos e privados estão engajados e somam forças na mesma direção.

Mesmo diante desta conjuntura, temos constatado um crescente aumento do ingresso, permanência e

progressão com relativo sucesso dos alunos com deficiência visual nas escolas públicas e particulares. Por

exemplo, de acordo com dados obtidos junto a Secretaria de Estado da Educação do Paraná, no final de 2010,

eram mais de 3.700 alunos com deficiência visual matriculados nas escolas públicas estaduais. Esses alunos estão

distribuídos nas diversas regiões e em diversos municípios do Estado.

Para atender as necessidades educacionais específicas deste alunado, a Secretaria de Estado da Educação,

organizou uma rede constituída por Centros de Atendimento Educacional Especializado, mantido pelo poder

público e por instituições particulares. Como parte integrada desta rede de apoio especializado, destacamos o

trabalho do Instituto Paranaense de Cegos, com mais de 72 anos de existência e dedicação no atendimento das

necessidades das pessoas cegas e de baixa visão.

No momento, o Instituto está passando por um processo de reestruturação organizacional e conceitual, cujo

propósito é repensar a concepção filosófica das suas ações. Dentro desta nova perspectiva, as ações da entidade

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estarão orientadas e direcionadas para a formação de pessoas aptas para viverem na

sociedade como cidadãs plenamente constituídas dos seus direitos políticos e civis.

Entretanto, não obstante os esforços do governo estadual e dos governos municipais, das famílias das pessoas

com deficiência visual e, sobretudo dos próprios alunos com deficiência visual, ainda assim constatamos

dificuldades no relacionamento entre os professores e este alunado.

Essas dificuldades acabam, invariavelmente, interferindo negativamente no processo ensino aprendizagem dos

alunos com deficiência visual. Hoje, sabemos que uma quantidade desses alunos, por razões sociais, psicológicas

e educacionais, ainda apresentam dificuldades de aprendizagem mais ou menos acentuadas.

Praticamente todas as pesquisas feitas com a intenção de averiguar quais são as interferências, os impactos e os

reflexos das questões sociais e familiares no aprendizado dos alunos, aponta que as escolas sozinhas já não dão

mais conta de lidar e enfrentar problemas que não são somente da responsabilidade das escolas. Cada vez mais

outros campos da ciência e outras atividades artísticas, culturais e lúdicas também são importantes no despertar

das potencialidades e na criatividade dos alunos.

Como estamos tratando da educação enquanto processo de humanização, partimos do pressuposto essencial que

não existe diferença entre a educação de pessoas que enxergam com a educação de pessoas com deficiência

visual.

As vias do desenvolvimento das aptidões físicas e mentais de qualquer pessoa, são as mesmas, independente

delas possuírem uma dada deficiência ou dificuldade.

Contudo, como educadores não podemos deixar de reconhecer que a cegueira ou a perda da visão mais

acentuada, ocasiona prejuízos que podem ser de maior ou menor proporção na vida das pessoas que nasceram

ou adquiriram a deficiência mais tarde.

Se esta questão, portanto, não for enfrentada e trabalhada de modo adequado, desde a tenra idade pela família,

pelas outras instituições de socialização e aprendizagem, mas principalmente pelas escolas que são as instituições

responsáveis pela socialização do saber sistematizado, o prejuizo natural da deficiência soma-se e agrava-se com

o prejuízo da defasagem educacional.

Nossas experiências têm demonstrado que atividades sócio educacionais e culturais extracurriculares

complementares, quando bem orientadas, articuladas e coordenadas com os objetivos e as necessidades dos

processos educacionais formais ofertados pelas escolas, apresentam resultados de aprendizagens bastante

positivos.

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É com base em algumas experiências educacionais teóricas e práticas já testadas e

comprovadas com a realização de atividades teatrais na nossa instituição, que decidimos

propor este projeto de apoio pedagógico com metodologia e recursos didáticos diferenciados.

Entendemos que o teatro, pelo seu dinamismo e flexibilidade na organização, participação e interpretação das

temáticas propostas, pode ser uma importante ferramenta na superação de certas dificuldades de aprendizagem

dos alunos com deficiência visual, envolvidos no projeto.

O Teatralizando a Educação surgiu a partir da experiência no Instituto Paranaense de Cegos, em que as crianças e

jovens do IPC puderam através de projeto experimental, ter contato com o teatro.

Durante os meses de outubro e novembro de 2011, oferecemos gratuitamente a uma turma de 10

alunos do IPC uma Oficina de Introdução ao “Teatro Enquanto Forma de Expressão”. Ministrada pelo

diretor de teatro e cinema Adriano Esturilho e realizada pela Fundação Cultural de Curitiba através de

um projeto de contrapartida social de Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Curitiba, a oficina contou

com oito encontros semanais, divididos em módulos – além do ensaio de uma “Mostra em Processo”,

na qual apresentamos e compartilhamos os resultados da oficina com familiares e outros alunos e

funcionários do Instituto, durante o mês de dezembro de 2012.

Nesse período de 2 meses foram desenvolvidos:

Exercícios de Consciência e Expressão Corporal, a partir de técnicas desenvolvidas por Eugênio Barba e

Luís Otávio Burnier, e Exercícios de Projeção Vocal, a partir de técnicas desenvolvidas pelo Professor,

Maestro e Preparador Vocal Álvaro Nadolny. Com isso, procuramos demonstrar a cada participante da

Oficina que o conhecimento e reconhecimento de seu próprio corpo – através de canais sensoriais, da

respiração, do desenvolvimento do senso de localização no espaço e da conscientização dos fluxos de

energia projetadas por nosso corpo tanto para o próprio grupo de trabalho quanto para o

espectador/interlocutor – é uma forma de devolver ao aluno sua auto-estima e segurança através do o

controle em público de sua emotividade e de desenvolver um ferramental físico e ceni -corporal que

amplia os canais de expressão de idéias subjetivas e sentimentos e o espaço de diálogo e

compartilhamento do deficiente visual com a sociedade.

Para o deficiente visual, a audição ocupa um papel preponderante na sua comunicação e diálogo com

o dia-a-dia. Isso, aplicado ao longo do tempo, faz com que o deficiente abdique de seu corpo como

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ferramenta de expressão e diálogo com a sociedade e que acostume-se a

utilizar e ocupar esse espaço basicamente com a voz.

Ademais, considerando que na vida contemporânea a visão é o sentido mais acessado e utilizado por

todos em nossos tempos de “sociedade do espetáculo” e de ritmo desenfreado e “arritmia sensorial”,

não tempos mais “tempo para ter tempo” e para sentir e perceber. – os sentidos do tato e do olfato e a

sinestesia são colocados em segundo plano.

O homem contemporâneo é bombardeado por imagens e sons num ritmo incessante que amortece sua

capacidade sensitiva e até emocional. A prática teatral pode instrumentalizar o deficiente visual com um

corpo consciente e sensitivo e pró-ativo.

Em geral, o teatro proposto por Eugenia Barba busca um “corpo extra-cotidiano” para criar um espaço

diferenciado do dia-a-dia de cada pessoa. Esse seria uma das funções da arte: recriar o espaço para a

sublimação, à margem da nossa dura realidade.

No caso do trabalho com o deficiente visual, o caminho é inverso. Seguindo as Teorias de Augusto Boal e

do seu “Teatro do Oprimido”, o corpo extra-cotidiano – desperto, aguçado, sinestésico e pronto para

expressar o que passamos a expressar somente com a imagem pré-fabricada – passou a ser uma

ferramenta pelo qual o oprimido – no nosso caso o deficiente visual – de inclusão social. Assim, o

deficiente visual enfrenta a diferença de tratamento social com essa ferramenta de expressão – o corpo.

Assim, ao desenvolver com nossos alunos a Expressão Vocal e corporal e oferecermos a ele esse “corpo

extra-cotidiano”, nossa oficina utilizou o teatro como uma forma alternativa de inclusão social.

Jogos Teatrais como ferramenta de socialização, que priorizaram o desenvolvimento do trabalho em

grupo e da coletividade, a concentração, a pró-atividade e o senso de responsabilidade. Com a intenção

de quebrar o paradigma no qual o jogo é visto como uma forma de competição, que deva apontar

necessariamente vencedores e perdedores, demonstramos aos alunos na prática que, nos Jogos

Teatrais, a ideia de competição cede lugar a um espaço lúdico de grupo para o desenvolvimento

conjunto dos canais de comunicação e expressividade individual e coletiva de cada aluno. Ne lugar que

se afasta das hierarquias e da preocupação com o resultado final imediato, o importante não é que cada

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indivíduo busque sobressair-se sobre os demais ou até mesmo prejudicar seu

adversário para atingir seu resultado, mas sim que todos se vejam e se percebam

como peças de uma mesma engrenagem e de um mesmo time no qual o desenvolvimento individual de

cada peça será a verdadeira conquista.

Os jogos teatrais (de Viola Spolin e Augusto Boal) pregam o “compartilhamento de individualidade” no

lugar da dependência do próximo; o conceito de parceria está presente o tempo todo e promove um

indivíduo naturalmente mais ativo no grupo e de quem se espera que se “receba e ofereça a bola’, e não

que seja carregado pela coletividade. Os jogos permitem que tais conceitos sejam trabalhados de modo

lúdico e despretensioso, no qual a idéia de competição cede lugar ao “deguste do processo”. “O que

vale não é ganhar o jogo, mas sim que todos mantenham o jogo acontecendo”.

Mostra de Processo, ao invés de uma montagem cênica de encerramento da oficina. As atividades

cênicas anteriores dos alunos participantes – tanto nas suas atividades escolares regulares quanto em

atividades complementares no próprio Instituto Paranaense dos Cegos – estavam sempre co-

relacionadas à montagem de textos dramatúrgicos pré-elaborados, à construção de personagens – seja

psicologizada ou caricata – e à criação de cenas na qual a questão sonora e vocal substitui o

deslocamento corporal (peça radiofônica). Ademais, ficou clara que em geral sempre havia nessas

atividades cênicas anteriores a preocupação principal com a mostra de resultados acabados para um

público, que deveria assistir passivo àquele processo acabado.

Em nossa oficina apostamos no conceito de “Work in process”, no qual compartilhamos com o

espectador uma amostra do processo que foi desenvolvido com os alunos. Tal procedimento demonstra

aos pais e demais espectadores que, mais do que uma atividade que pretende formar novos atores,

nossa oficina propôs o teatro como uma ferramenta de socialização que deve deixar a sala de ensaio e

ganhar o dia-a-dia de cada aluno. A realização de uma Mostra de Processo aponta que não para uma

caminhada que já chega a um determinado fim, mas sim para um processo de crescimento que está em

andamento e que deve ser compartilhado e deve contar com a participação mais ativa de seus

espectadores/interlocutores. Novamente retomando Augusto Boal, o Teatro do Oprimido tira a figura

marginalizada (no nosso caso, o deficiente visual) da defensiva e o coloca na função de provocador de

um espectador, também acostumado a uma posição passiva.

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Ao optarmos por não realizar uma montagem cênica propriamente como

atividade de encerramento, mas sim a apresentação de jogos teatrais,

reforçamos o conceito de “processo de criação” e “desenvolvimento continuado” no lugar da

preocupação com um projeto acabado. Isso colaborou para o conceito de desapego material e para a

diminuição de ego, comum no imaginário sobre a arte. Na apresentação de encerramento aos pais, o

“clima” proposto foi de compartilhar o processo e a evolução pessoal e do grupo. Procuramos mostrar

que esse curto período de dois meses já apresentou uma mudança física e conceitual no imaginário de

cada um dos participantes e que a continuidade das atividades teatrais deve gerar mais resultados no

próximo ano.

Nos módulos, onde desenvolvemos essas técnicas, focamos no desenvolvimento destas jovens, trabalhando

corpo, espontaneidade , mobilidade e oratória.

O objetivo do projeto, não visava à formação de profissional de atores, mas sim a utilização das técnicas de

teatro, direcionadas para desenvolver competências nos jovens com deficiência visual e corrigir algumas

inadequações de comportamento que vão sendo construídas nas inter-relações.

Temos observado algumas dificuldades de conteúdo histórico, que vão aos poucos, transformando o processo de

inclusão em um campo mais complexo do que meramente estar inserido em uma sala de aula e em uma escola.

Na maior parte das vezes, estes alunos, apresentam dificuldades no acompanhamento escolar, tendo em vista

que os métodos utilizados na educação formal, são voltados às crianças e alunos sem deficiência. Não incomum,

estarem estes alunos em sala de aula, porém, totalmente excluídos da relação ensino/aprendizagem.

A falta de material adaptado tem sido uma questão a ser debatida e cobrada, porém, mais dificultador, são os

métodos de ensino e a abordagem junto à escola e alunos, sobre como incluir estes jovens.

Entendemos que a questão da inclusão, diz respeito às diversas maneiras com que estes alunos vão se

desenvolver de acordo com o ciclo de vida em que se encontram, construindo e sendo construídos pelas relações

que traçam no decorrer do período escolar.

A escola de fato opera como um elemento de socialização secundária e de suma importância na formação dos

primeiros grupos de identificação dos jovens e, conseqüentemente na construção de uma identidade própria e de

valores próprios.

Há muitas razões pelas quais estes alunos necessitam de uma intervenção no sentido de igualar o pendulo de

forças, para que possam chegar à escola e à vida social, com condições senão semelhantes aos demais, mais

equilibradas.

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Quer sejam por antigas concepções sociais que vieram contaminando a forma como

encaramos as pessoas com deficiência visual, quer seja pela maneira como a própria

família e alguns educadores o entendem, o fato é que estes alunos, parecem não fazer parte do desejo social. Ou

seja, o aprendizado, visão de futuro, formação para o trabalho, ainda são questões que não se colocam em

igualdade de condições entre estes alunos e os demais.

Não à toa que a evasão escolar, descontinuidade na vida acadêmica, desejo por uma formação universitária e

colocação no mercado de trabalho, vem caminhando a passos curtos e com pouca energia investida neste campo.

Outro elemento preponderante, que este público vem apresentando, diz respeito à vida social como um todo.

Dificilmente estes jovens têm iguais condições de participar de atividades sociais junto aos alunos sem deficiência.

Observamos durante este período escolar, que o maior convívio dos alunos com deficiência, tem sido entre si,

mesmo fora das salas de aula, ou, voltados às famílias. Com a perda da visão, a mobilidade destas pessoas fica

comprometida e junto a este fator, o medo dos familiares em relação a autonomia dos jovens, alimentando sem

querer, todo um sistema de forças retro alimentadoras. Com a mobilidade reduzida e a conseqüente limitação da

vida social, estes jovens não desenvolvem repertório social possível, para se desenvolver de acordo com seu ciclo

vital. Ou seja, muitos destes jovens ao chegarem a adolescência, possuem ainda comportamentos infantilizados e

pouca vivencia concreta, dificultando o aprendizado, a comunicação e a socialização.

Encontramos novamente um sistema retro alimentador, onde estes fatores acima citados serão elementos de

"encapsulamento" da força criativa destas pessoas e inicia-se um delineador do imaginário social, onde reside a

noção de incapacidade dos jovens, na resolução de problemas e superação de barreiras. Como bem o sabemos, a

construção de narrativas afeta e cria modelos em nossa sociedade estratificada, e não obstantes estes jovens não

apresentarem cognitivamente nenhum tipo de alteração ou disfunção, não raro serem encarados como pessoas

com dificuldades de aprendizagem, e tornam se temas de novas narrativas de professores e pais, no sentido da

confirmação da lógica da deficiência enquanto incompetência.

Embora pais e educadores, desejem a inclusão de seus filhos e educandos, sentem-se inseguros no

enfrentamento dos desafios que requerem estes jovens e, sem que percebam, de maneira quase inconsciente

acabam disseminando a falência da tentativa, reforçando nos jovens este enfoque distorcido, que não lhe

pertence, mas que fará parte de sua própria compreensão sobre si e de sua construção de identidade.

A maneira pela qual entendemos que o teatro possa ser uma importante ferramenta na desconstrução desta

identidade individual e social dos jovens com deficiência visual, é que nos mobilizou a pensar neste projeto e

ampliá-lo. Pensamos em dar um sentido de coerência às experiências de aprendizado destes jovens, tornando-os

mais pró-ativos e menos encapsulados, tentando opô-los a um sentido de alienação.

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Durante os 6 módulos, pudemos observar que: ( aqui cabe a construção de uma analise

que o Adriano poderá nos repassar para darmos continuidade ao que se espera no

futuro do projeto).

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2. Análise SWOT e esclarecimentos adicionaisPontos Fortes Pontos Fracos

Projeto já vivenciado e testado através de projeto financiado pela Fundação Cultural de Curitiba.

Organização com equipe multi e inter disciplinar em seu quadro funcional e quadro de educadores especializados com experiência em educação especial voltado à área da deficiência visual.

Localização geográfica Central, facilitando o acesso dos freqüentadores.

Organização referencia no trabalho que desenvolve junto às pessoas com deficiência visual no Estado, onde que atua há 72 anos.

Organização com espaço físico e fixo para as atividades

Organização com parceria sólida com o poder público, o que garante a permanência dos profissionais especialistas, sem risco de abandono do projeto.

Público – Alvo do projeto está matriculado na escola e no AEE da própria organização, garantindo assiduidade e aproveitamento.

Professores Itinerantes responsáveis pelo acompanhamento dos alunos nas escolas semanalmente, facilitando a avaliação constante dos resultados. O que garante contato semanal e direto com as escolas onde o público alvo que freqüenta o AEE está matriculado.

Histórico de pouca participação de familiares dos cegos nas atividades dos projetos desenvolvidos pelo IPC.

Embora a organização tenha espaço físico adequado para os atendimentos e serviços prestados em diversos projetos para cegos, o fato é que o espaço físico a ser utilizado para este projeto, em específico, e demanda ampliação e estruturação.

Oportunidades Ameaça

Mudanças legislativas e políticas públicas voltadas para inclusão de pessoas com deficiência.

Curitiba é uma cidade com vocação e boas experiências com mobiliário e estrutura urbana inclusiva. Essa vocação pode ser concretizar e criar bons exemplos e inspiração para outras cidades, especialmente quanto ao consumo e fruição de arte e cultura.

Desenvolver métodos do estudo da matemática através do contato concreto com construção de cenário, contato com objetos cênicos e de figuração.

Escolas e espaços culturais (de consumo coletivo) ainda não estão completamente estruturados para receber e conviver com pessoas com deficiência. Há um avanço no que diz respeito a pessoas cadeirantes, com a construção de rampas, por exemplo, mas para pessoas deficientes visuais há desafios diferentes de acessibilidade e socialização.

Histórico de pouco envolvimento dos professores da rede pública em projetos de inclusão que demandem mudanças metodológicas em processos de ensino. Já que essas mudanças envolvem disponibilidade para discussões, treinamentos e avaliações.

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O Instituto Paranaense de Cegos é uma instituição que a mais de 70 anos atua no Estado do Paraná atendendo a

pessoas com deficiência visual. Nossa missão é promover e facilitar o desenvolvimento pessoal e a inclusão social

e econômica de pessoas cegas ou com baixa visão. Atuamos com foco na elaboração e desenvolvimento de ações

que possam contribuir para a formação social das pessoas cegas e de baixa visão, de modo que estas possam

estar preparadas para viverem e convivem incluídas na sociedade, como cidadãs plenas, exercendo seus direitos,

desenvolvimento suas capacidades e realizando seus desejos. Nossa atuação programática está organizada em:

Programas de Atendimento Integral, que reúne as iniciativas voltadas para o atendimento direto às pessoas com

deficiência visual, ações para videntes e a comunidade. Os programas possuem como foco o atendimento e

acompanhamento nas áreas de atendimento psicossocial e da saúde, programações culturais acessivas e

inclusivas, ações preventivas e de mobilização e participação comunitária; e Programas de Educação e Pesquisa

que concentra programas voltados ampliar as possibilidades de sucesso na carreira acadêmica de pessoas com

deficiência visual; facilitar a entrada de cegos no mercado de trabalho através da promoção de cursos de

qualificação profissional e incentivar a pesquisas e o aperfeiçoamento de profissionais para atuarem com a

temática da inclusão. Dentro da área de Programas de Educação e Pesquisa temos a Escola de Educação

Especial/Centro de Atendimento Educacional Especializado que atende alunos cegos e de baixa visão do

município de Curitiba e Região Metropolitana. Fundada em 1941 mantém uma proposta pedagógica e uma

equipe especializada no ensino e acompanhamento escolar de crianças, jovens e adultos com deficiência visual.

Atendemos pessoas com cegueira congênita ou adquirida, baixa visão com resíduo visual abaixo de 20/70,

congênita ou adquirida e com patologias oftalmológica progressivas, congênita ou adquirida. Na Escola/Centro

são oferecidos: Educação Infantil Especializada, Apoio Escolar, Educação Artística,Braille,Soroban,Orientação e

Mobilidade,Serviço Itinerante (professor que acompanha e apóia alunos diretamente em suas

escolas),Estimulação Visual, Dos-vox, Educação física e AVA (Atividades da Vida Diária).

Neste sentido, como contrapartida, a instituição IPC possui pessoal capacitado para o atendimento e execução do

projeto, tanto no que tange a atuação destes profissionais no sentido de apoiar os indivíduos que serão

contratados, especificamente voltados ao teatro, como oferecer treinamento para facilitação destes profissionais

no desenvolvimento do trabalho com crianças e jovens com deficiência visual.

O prédio sede da instituição localiza-se em zona central da cidade, sendo referência para as pessoas com

deficiência visual e sociedade civil, possuindo amplo espaço, tanto no prédio da escola, como nas outras

edificações do Instituto. Possui auditório com pequeno palco, que será utilizado para este projeto, prevendo

melhorias e equipamentos adequados. Está prevista ainda prevista, para Janeiro de 2012, a montagem da sala

multifuncional, onde serão desenvolvidos, os demais projetos de arte e educação, com professora especialista

que hoje responde pela coordenação dos projetos de Arte e Cultura.

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O Teatralizando a Educação será a continuidade do trabalho que já vem sendo

realizado, com maior aprofundamento dos objetivos, ampliação do público atendido e

novas metas a serem alcançadas, voltadas às questões da inclusão social e educacional dos alunos cegos ou com

baixa visão.

Durante o último semestre de 2011, participaram da oficina de interpretação do projeto experimental de teatro,

um grupo de 15 jovens. Com exceção de uma das alunas, que deverá mudar-se de cidade, os demais, solicitaram,

bem como alguns pais, em reunião de conselho de classe, a continuidade da atividade, pois, segundo relataram,

puderam perceber alteração positiva na postura corporal dos filhos e maior desenvoltura na oratória. Até terem

contato com os módulos desenvolvidos, nenhum dos alunos havia experimentado as vivencias de teatro ou

mesmo haviam participado de grupos operativos que esta atividade proporcionou.

Além das atividades em sala e ambiente fechado, estão previstas no projeto: a saída dos alunos para visitar

museus com acompanhantes que farão descrição dos objetos e da história; intercambiar com outros alunos de

outras escolas de teatro da cidade; freqüência nas peças do festival de teatro e bonecos que existe na cidade uma

vez por ano; bem como em peças que estejam em cartaz de autores paranaenses. Tomarão contato com os

escritores e autores brasileiros de teatro com incentivo à produção de peças, buscando a ampliação do campo de

conhecimento e cultura destes alunos.

A metodologia utilizada seguirá padrões especialmente desenvolvidos para o público com deficiência visual,

através de auxilio dos educadores especialistas e alguns métodos desenvolvidos ao longo dos encontros dos

módulos executados, levando-se em conta as particularidades do grupo.

Temos observado que o grupo de crianças e jovens com deficiência visual, por ser um grupo minoritário nas

escolas, acabou por se ganhar muita coesão, e a tendência de estarem a maior parte do tempo, mesmo fora da

escola, entre os pares. O presente projeto, busca incentivar a inclusão dos mesmos em vida social mais ampliada,

levando em conta a de não desconstruir este movimento. Com a particular coesão do grupo, as questões de

gênero acabam por não se apresentar de forma a contribuir com possíveis exclusões uma vez, que o próprio

grupo busca por coesão independente das questões de gênero, já que são eles mesmos um grupo de minoria e

com repertório social encurtado, no sentido inclusivo, ou seja, tem-se observado que o convívio destes jovens

acontece na maior parte do tempo, entre o grupo de pessoas com deficiência visual.

Há a previsão no projeto, de encontros temáticos, uma vez por mês, que procure fomentar o debate e o

pensamento crítico sobre questões como sexualidade, gênero, exclusão/inclusão e outros. Os temas serão

trazidos por educadores e pelos integrantes do próprio grupo. Com a reestruturação do IPC, o que vem

permeando o trabalho da direção e dos técnicos, é a quebra de paradigma quanto à forma como as pessoas com

deficiência visual são compreendidas. Em muitas famílias, principalmente nas famílias em que pais e filhos

possuem a deficiência, educação e trabalho são pouco valorizados e vive-se somente da união dos valores que os

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provedores recebem do BPC (Beneficio de Prestação Continuada) dado pelo governo

federal. Alguns jovens, que já recebem o benefício, são incentivados a não trabalhar, sob

o sentimento de perda de tal renda. Já nas famílias onde os pais não possuem deficiência visual alguma e

somente um dos filhos a tem, percebe-se que este filho fica aquém da confiança familiar em seu desenvolvimento

para vida autônoma.

Na maior parte, através do discurso destas crianças e jovens, pudemos observar que a construção desta ideologia

os tem mantido numa espécie de comportamento passivo diante da possibilidade e das tarefas na busca por

autonomia, substituindo esta agressividade vital, por um comportamento sempre infantilizado e cristalizado.

O objetivo do presente projeto é trabalhar com a quebra deste paradigma, construindo nos grupos atendidos as

noções de auto- estima, cidadania, auto- advocacia através das ferramentas e benefícios do teatro, referenciado

pela metodologia do Teatro do Oprimido. Pretende-se, em longo prazo, que os esforços no sentido de fortalecer

nas crianças e jovens com deficiência visual, cultura e conhecimento através das artes, contribua para equilibrar

as condições de inclusão escolar e social e incentive estas pessoas à freqüência escolar visando um futuro no

mercado de trabalho, onde possam receber remuneração compatível com suas capacidades, habilidades e

investimentos feitos em formação educacional.

4. Tabelas de objetivos, meios e indicadoresObjetivos Meios IndicadoresAmpliar a experiência sensorial de alunos com deficiência visual, de forma a potencializar o aprendizado da língua portuguesa (comunicação e expressão) e das operações matemáticas concretas.

Oficinas de teatro com uso de diversos materiais cênicos possibilitando montagens, vivências, conhecimento de formas, texturas, espaços, sons e corporeidade.

Exercícios que auxiliem a orientação e mobilidade, através do desenvolvimento da capacidade de formação de imagem mental de formas e do espaço que os cerca.

Oficinas de Leitura, Adaptação e elaboração de textos/roteiros.

08 oficinas realizadas, com total de 16 horas( mensais) de exercícios com as pessoas com deficiência visual.

08 horas( semanais) de exercício que auxiliem a orientação e mobilidade, com as 40 ( 2 turmas de 20) pessoas com deficiência visual.

Desenvolvimento da capacidade de oratória e projeção de voz para uma comunicação corporal e oral adequadas.

Melhoria do desempenho escolar considerando média de aproveitamento (grau atribuído pelo professor).

Fomentar a socialização e a criação de grupos inclusivos nos espaços escolares e socioculturais freqüentados pelos alunos.

Reunião com professores e pedagogos e psicólogos de escolas com alunos cegos ou com baixa visão.Reunião com pais, familiares e amigos videntes dos alunos.

Realização de exercícios teatrais que ampliem habilidades compensatórias capazes de minimizar possíveis

Melhoria da postura, da consciência corporal e diminuição das estereotipias e maneirismos corporais comuns a algumas pessoas cegas e com baixa visão.

01 reuniões com 05 professores, 05 pedagogos e 02 psicólogos de 03 escolas com alunos cegos ou com baixa visão.

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dificuldades decorrentes da ausência ou diminuição da visão.

Passeios e visitas a teatros e espaços culturais.

08 horas ( semanais) de exercícios teatrais com os 40 cegos.

12 passeios e visitas a teatros e espaços culturais com os 40 cegos participantes do projeto.

Desenvolver e sistematizar a metodologia e as estratégias implementadas, para que outras instituições voltadas para educação inclusiva, especialmente as que atendam pessoas com deficiência visual, possam fazer uso desse modelo e tecnologia.

Registros periódicos das atividades através da produção de relatórios mensais da equipe técnica do projeto.

Entrevistas com as jovens com deficiência visual e com os professores, pedagogos e psicólogos de escolas regulares em que há alunos com deficiência visual e baixa visão.

Oficinas mensais de sistematização e avaliação dos processos.

Produção de publicação com apresentação da experiência e orientações para organizações similares desenvolverem a metodologia.

12 relatórios mensais com registros completos das atividades realizadas e analises feitas pelos técnicos da equipe.

Entrevistas realizadas com os jovens participantes do projeto e com os professores, pedagogos e psicólogos de escolas regulares em que há alunos com deficiência visual e baixa visão.

02 encontros ( mês) de sistematização e avaliação dos processos com a equipe técnica do projeto.

Lançamento de uma publicação e impressão de 1.000 cópias para compartilhamento com entidades pares.

Disponibilização da publicação, em versão digital, no website do IPC.

Deve-se elaborar uma tabela de objetivos, meios e indicadores do projeto. A tabela deverá ser revista periodicamente adequando os objetivos e os indicadores de acordo com a implantação do projeto. Os objetivos devem ser claros e concretos e descrever as mudanças que o projeto pretende causar. São objetivos, por exemplo, a melhoria no aprendizado, o aumento da renda de um determinado grupo ou preservação de um bioma. Não são objetivos, por exemplo, organização de um seminário ou curso, aumento de número de alunos ou construção de uma escola. Estes são meios para atingir os objetivos.

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5. Plano de ação contendo cronogramaAtividade Resultado Mês

1Mês 2

Mês 3

Mês 4

Mês 5

Mês 6

Mês7

Mês 8

Mês 9

Mês 10

Mês 11

Mês 12

Seleção Entrevista aberta para formação do grupo de participantes, divididos por idade.

Reunião com professores/pedagogos/psicólogos

Avaliação inicial dos alunos e apresentação do projeto. Avaliação serão feitas a partir dedados do conselho de classe do ano letivo anterior.

Exercícios de expressão corporal

Despertar a consciência , domínio corporal e psico-motricidade do aluno, no intutio de facilitar o aprendizado em orientação e mobilidade. O desenvolvimento do aluno será feito através do professor de orientação e mobilidade.

Jogos teatrais Treinar capacidade de concentração e memória, individual e em grupo.

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Exibição de curta metragem

Discutir através do cinema, temáticas pertinentes à realidade da pessoa com deficiência visual, como, capacidade de superação, disciplina, desenvolvimento de sentidos compensatórios, pré-conceito social e inclusão.

Visita guiada (Teatro) Despertar nos alunos o gosto pela cultura artística

Exercícios de expressão corporal e vocal

Desenvolver capacidade de comunicação do aluno através do conhecimento e treinamento corporal e vocal.

Jogos teatrais Trabalhar os comportamentos tímidos. Reforçar noções de grupo e desenvolver capacidade de trabalho em equipe.

Exibição de vídeos - grupos cenimusicais

Desenvolver musicalidade e ritmo, adequação de tempo e espaço.

Visita guiada – Peça Teatral no Festival de Teatro de Curitiba

Ampliar o gosto do aluno pelas atividades

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artísticas e inseri-lo no universo cultural teatral de Curitiba

Introdução à Improvisação (via Viola Spolin)

Desenvolvimento da criatividade e espontaneidade

Visita Guiada – Sessão no Festival de Cinema de Curitiba

Apresentação de novas formas de artes. Possibilitar o através do cinema, desenvolvimentode outros sentidos compensatórios em relação à cegueira.

Exercícios criativos de contação de história

Desenvolver oratória, criação de estórias e capacidade de organização de grupo.

Exercícios de Improvisação

Ampliação do campo criativo e desenvolvimento do raciocínio.

Visita guiada – Visita ao Teatro Guaíra

Desenvolver orientação e mobilidade através do reconhecimento espacial do teatro.

Reunião com pais Desenvolver a capacidade de participação dos pais e formação de grupo de pais.

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Avaliação Parcial Mensuração do desenvolvimento qualitativo dos alunos junto aos professores , pedagogos e psicólogos das escolas.

Exercícios criativos de contação de história

Desenvolver a oratória e habilidade da leitura Braille em voz alta. Desenvolver o raciocínio rápido através da criação de estórias. Promover um olhar do aluno sobre seu dia-a –dia através de estórias criadas e contadas.

Exercícios de Improvisação Teatral e cenimusical

Desenvolver conceitos básicos de musicas e ritmo, aplicados a exercícios corporais e vocais, objetivando a correção de estereotipias na fala e no corpo que pessoas com deficiência visual desenvolvem.

Visita Guiada – Festival de Bonecos de Curitiba

Apresentação de novas formas de cultura e vivencia

Piquenique com os Pais Fortalecimento do grupo de pais e alunos em

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relação ao projeto e atividades.

Audição de peça radiofônica

Desenvolver a audição ...

Exibição de curta sobre cegos

Apresentação do projeto executado no IPC que deu origem ao projeto de teatro e sua continuidade.

Visita Guiada – Visita e vivência com um grupo teatral

Desenvolver noções de formação de grupo, socialização de troca de conhecimento com os diferentes.

Introdução ao Teatro do Oprimido (teatro fórum e teatro invisível)

Aliado às demais atividades desenvolvidas, a idéia é sensibilizar os alunos, professores e pais, dentro da teoria de Augusto Boal, de modo a utilizar esta técnica como ferramenta de transformação da realidade social dos alunos.

Audição do documentário sobre Teatro do Oprimido

Atividade que vai fornecer aos alunos o aspecto geral da teoria e pratica desta linha de

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pensamento teatral, visando ampliar os resultados das atividades e debates dos trabalhos com este modelo.

Visita Guiada – Visita à orquestra do Teatro Guaíra

Apresentar outras formas de arte ao alunos.Inserir os alunos nas atividades culturais da cidade em que mora, oferecer contato com outros artistas, fomentando a inclusão dos alunos oportunizando a troca de conhecimentos.

Jogos Teatrais em local aberto e público

Sensibilizar os alunos com relação a outros espaços geográficos e de convivência cultural, fortalecendo noções de orientação e mobilidade, treinando habilidades socializadoras, ao mesmo tempo em que se divulga o projeto parcialmente.

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Improvisações de Teatro do Oprimido e Teatro Invisível

Aprofundar praticas de improvisação teatral a partir de estórias pessoais dos próprios alunos, de recortes de jornais que vão trazendo notícias e conhecimento sobre o cotidiano. Os alunos deverão criar personagens a partir deste dados concretos, trabalhando com figuras geométricas, texturas, exploração espacial e trabalho em grupo.

Visita Guiada – Visita a um set de filmagem ou produtora de cinema/tv

Apresentar outras formas de produção artísticas que envolvam diferentes os sentidos em sua construção. Socializar os alunos, permitir a exploração do espaço e técnicas concretas de montagem de cinema e TV. Explorar os sentidos do tato e da audição, conhecer novos objetos que não

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fazem parte do cotidiano do aluno. Desenvolver orientação e mobilidade, construção de textos curtos e oratória.

Coleta de depoimentos (escritos e gravados)

Reunir depoimentos de alunos, pais e professores que serão utilizados futuramente nas avaliações e montagem de encerramento.

Ensaios Preparar a apresentação final, utilizando e revisando todo o conteúdo trabalhado ao longo do período.

Ao mesmo tempo em que ocorrerão os ensaios, serão feitas as avaliações individuais com os pais, alunos e professores para o material de divulgação de resultados.

Apresentações de Encerramento

Apresentar publicamente os resultados práticos obtidos, incentivar novas turmas à participar ,

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planejar a continuidade e ampliação do projeto.

Inicio da consolidação da Sistematização/Editoração/Publicação*

Divlugar para a comunidade em geral os resultados do projeto. Registrar os resultados psico-pedagógicos obtidos. Fornecer novos métodos de abordagem de ensino aos professores e pais. Sistematizar métodos de ensino e aprendizagem que ofereçam maiores resultados a alunos com deficiência visual através de material gráfico e impresso.

(*) Essa atividade deve ser concluída após o termino e avaliação das atividades programadas.

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