1- Leia os versos abaixo. Reconheça o esquema de rimas de cada estrofe e classifique-as em ricas ou pobres, cruzadas (alternadas), paralelas (emparelhadas) ou intercaladas (interpoladas).

a) “Vagueio campos noturnos - A Muros soturnos - A Paredes de solidão - B Sufocam minha canção.” - B (Ferreira Gullar)

b) “Semanas, meses fatais Talvez eu me balançasse Mas toda a vida… é demais!” (Afonso Celso)

c) “Não sei quem seja o autor Desta sentença de peso O beijo é um fósforo aceso Na palha seca do amor!” (B. Tigrre)

d) “A menina tonta passa metade do dia a namorar quem passa pela rua, que a outra metade fica pra namorar-se no espelho A menina tonta tem olhos de retrós preto, cabelos de linha de bordar, e a boca é um pedaço de qualquer tecido vermelho.” (Manuel de Fonseca)

e) Amo a voz da tempestade. Porque agita o coração, E o espírito inflamado Abre as asas no trovão! (Castro Alves)

f) Não tenho nada com isso nem vem falar Eu não consigo entender sua lógica Minha palavra cantada pode espantar E a seus ouvidos parecer exótica. ( Caetano Veloso)

g) Cheguei. Chegaste. Vinhas fatigada E triste, e triste e fatigado eu vinha. Tinhas a alma de sonhos povoada, E a alma de sonhos povoada eu tinha… (Olavo Bilac)

h) Eu, filho do carbono e do amoníaco, Monstro da escuridão e da rutilância Sofro, desde a epigênese da infância A influência má dos signos do zodíaco. ( Augusto dos Anjos)

Aluno(a) - ___________________________________ 8º ano: ___ E.F.Professora – Suzete Beppu

ATIVIDADES DE PORTUGUÊS

Ex.: A – A – B – B , Rimas paralelas (ou emparelhadas)Noturnos / soturnos – rimas pobres (adjetivos)Solidão / canção – rimas pobres (substantivos)

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i) Discreta e formosíssima Maria Enquanto estamos vendo claramente Na vossa ardente vista o sol ardente E na rosada face a Aurora fria. (Gregório de Matos)

j) O poeta é um fingidor Finge tão completamente Que chega a fingir que é dor A dor que deveras sente. (Fernando Pessoa)

k) Esta noite – era a lua já morta – Anhangá me vedava sonhar; Eis na horrível caverna, que habito, Rouca voz começou-me a chamar. (Gonçalves Dias)

l) Mas um velho de aspecto venerando, Que ficava nas praias, entre a gente, Postos em nós os olhos, meneando Três vezes a cabeça, descontente, A voz pesada um pouco alevantando Que nós no mar ouvimos claramente C’um saber só de experiências feito, Tais palavras tirou do esperto peito: (Luís Vaz de Camões)

m) Amadurecimento? Da lei, a aplicação? Riqueza, crescimento? Progresso da Nação? (Sílvia Araújo Mota)

n) Um ferrageiro de Carmona, que me informava de um balcão: Aquilo? É de ferro fundido, foi a forma que fez, não a mão. (João Cabral de Melo Neto)

o) Já silva, já ruge do vento o pegão; Estorcem-se os leques dos verdes palmares, Volteiam, rebramam, doudejam nos ares, Até que lascados baqueiam no chão. (Gonçalves Dias)

2- Agora, faça a divisão em sílabas poéticas dos seguintes versos. Escreva a quantidade de versos encontrada. Na contagem, considere até a ´sílaba tônica da última palavra do verso.

a) “Vagueio campos noturnos.”

Va- guei- o- cam- pos- no- tur- nos- 7 sílabas poéticas

1 2 3 4 5 6 7

b) “Não sei quem seja o autor”.

c) “Amo a voz da tempestade.”

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d) “Eu não consigo entender sua lógica”.

e) “Cheguei. Chegaste. Vinhas fatigada”.

f) “O poeta é um fingidor”.

g) “Esta noite – era a lua já morta”.

h) “Da lei, a aplicação?”

i) “Aquilo? É de ferro fundido,”.

j) “Já silva, já ruge do vento o pegão;”.