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EMPREENDEDORISMO na ERA VIRTUAL Alberto Martins Júnior Mestrando em Administração de Empresas Universidade Metodista de Piracicaba - UNIMEP [email protected] Osvaldo Elias Farah Doutor Administração de Empresas Universidade de São Paulo - USP [email protected] Angela M. C. Jorge Corrêa Doutora Economia Agrária Universidade de São Paulo - ESALQ - USP [email protected] Área Temática: 4. Empreendedorismo e Tecnologia da Informação Resumo Este texto tem a finalidade de mostrar uma nova era de oportunidades para os empreendedores, apoiados pela World Wild Web na Internet, objetivando estudar os avanços tecnológicos das empresas virtuais, apontando pontos positivos e negativos da virtualização. O empreendedorismo na era digital está surgindo em todos os setores, muitas empresas tradicionais estão implantando soluções virtuais para seus clientes, novos hábitos de consumo estão surgindo, o acesso às novas tecnologias por boa parte da população está permitindo o crescimento de empresas virtuais. As tecnologias existentes na área da comunicação e informação, que proporcionam estratégias competitivas diferenciadas, inovadoras, permitem a entrada em novos mercados sejam distantes ou não. Destaque-se os dados 1

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EMPREENDEDORISMO na ERA VIRTUAL

Alberto Martins JúniorMestrando em Administração de Empresas

Universidade Metodista de Piracicaba - [email protected]

Osvaldo Elias FarahDoutor Administração de EmpresasUniversidade de São Paulo - USP

[email protected]

Angela M. C. Jorge CorrêaDoutora Economia Agrária

Universidade de São Paulo - ESALQ - [email protected]

Área Temática: 4. Empreendedorismo e Tecnologia da Informação

Resumo

Este texto tem a finalidade de mostrar uma nova era de oportunidades para os

empreendedores, apoiados pela World Wild Web na Internet, objetivando estudar os

avanços tecnológicos das empresas virtuais, apontando pontos positivos e negativos

da virtualização. O empreendedorismo na era digital está surgindo em todos os

setores, muitas empresas tradicionais estão implantando soluções virtuais para

seus clientes, novos hábitos de consumo estão surgindo, o acesso às novas

tecnologias por boa parte da população está permitindo o crescimento de empresas

virtuais. As tecnologias existentes na área da comunicação e informação, que

proporcionam estratégias competitivas diferenciadas, inovadoras, permitem a

entrada em novos mercados sejam distantes ou não. Destaque-se os dados

apresentados sobre o crescimento do comércio eletrônico. Aponta-se também para

a necessidade do uso adequado da Tecnologia da Informação, baseado nas

aplicações utilizando os recursos e serviços de Internet, Intranet e Extranet .

Palavras-chave: Empreendedorismo, Tecnologia da Informação, E-commerce.

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1. INTRODUÇÃO

Este artigo tem a finalidade de mostrar uma nova era de oportunidades de prestação

de serviços apoiados pela Word Wild Web (www) na Internet, objetivando estudar os

avanços das empresas virtuais, criadas por empreendedores, focando pontos

positivos e negativos da virtualização, mostrando dados sobre compras utilizando

meios eletrônicos.

O aumento crescente de empreendedores, muitas vezes estimulado pela diminuição

constante na oferta de empregos, o desejo de possuir seu próprio negócio com

intuito de crescimento profissional e financeiro, faz com que os empreendedores

construam suas visões de negócios com elevada desenvoltura. O

empreendedorismo na era virtual está crescendo no Brasil e no mundo de uma

forma impressionante, ressalta-se que as transações no Comércio Eletrônico

aumentam a cada dia, segundo estudo publicado pela empresa e-Bit, houve um

crescimento no Brasil de 50% no Comércio Eletrônico comparado ao primeiro

semestre de 2003 com o mesmo período do ano anterior. Estes dados são

indicadores expressivos para a economia, levando-se em consideração que o

comércio tradicional apresenta uma retração significativa com relação às vendas.

Presencia-se muito rapidamente a transformação da sociedade industrial para a

sociedade da informação. A busca pela competitividade na economia globalizada

está provocando transformações nas organizações. As tecnologias na área da

comunicação e informação existentes proporcionam estratégias competitivas

diferenciadas, inovadoras, permitindo a entrada das empresas em novos mercados,

quer estejam distantes ou não.

Destaca-se o aumento de pessoas conectadas à Internet; cada vez mais internautas

estão comprando on-line, com o intuito de buscar soluções para seus problemas

quanto a fatores como: velocidade, qualidade e preço. Os consumidores estão

aumentando a freqüência das compras e aumentando a média de gastos. Esses

buscam hoje preço baixo e qualidade alta, e no futuro, suas exigências tenderão a

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ser ainda maiores e provavelmente mais personalizadas. Ilustra essa situação a

afirmação de que.

"As empresas que terão sucesso na próxima década serão aquelas que utilizam

ferramentas digitais para reinventar sua maneira de trabalhar. Essas empresas

tomarão decisões com rapidez, atuarão com eficácia e irão atingir direta e

positivamente os seus clientes" (Gates, 1999, p. 17).

O empreendedorismo na era digital está surgindo em todos os setores; muitas

empresas tradicionais estão implantando soluções virtuais para seus clientes, novos

hábitos de consumo estão surgindo, e, o acesso às novas tecnologias por boa parte

da população está permitindo o crescimento de empresas virtuais.

2. SERVIÇOS ELETRÔNICOS

Os serviços eletrônicos não surgiram, como se pode imaginar, com a Internet

Comercial, lançada em 1996. Na verdade, este fenômeno surgiu muito antes dela,

no final dos anos 80, quando os bancos e operadoras de cartões de crédito

começaram a utilizar os recursos da rede telefônica ou da rede de dados, como a

RENPAC no Brasil, para implementarem serviços eletrônicos, na busca da projeção

empresarial em nível nacional e até mesmo internacional.

Porém, foi a partir de 1997 que os serviços eletrônicos ganharam um forte aliado no

Brasil, do ponto de vista de Tecnologia de Informação (T.I.), com a implantação da

Internet Comercial, cuja popularidade não demorou muito para acontecer. Dessa

forma, acompanhando a própria tendência da economia mundial, a Internet passou a

ser cada vez mais valiosa, enquanto seu custo cai a cada dia. Este fenômeno, que

tem sua base a interconexão, pode ser comparado ao que aconteceu com o FAX.

Quando foi lançado o primeiro equipamento, seu custo de produção era muito alto e

o valor muito baixo. Esse custo alto, que contrasta com o baixo valor agregado a ele,

pode ser compreendido tomando-se com exemplo o Brasil. O FAX surgiu aqui no

País em meados de 1984, mas apenas alguns escritórios de determinadas

companhias de telefonia é que possuíam tal equipamento. Muitos nem sabiam da

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existência dele, e não deram o devido valor ao mesmo, até que sua popularização, a

partir da redução dos preços, tornou-o um equipamento indispensável para qualquer

empresa, seja ela micro-empresa ou uma grande organização. Ratifica este contexto

a afirmação de que.

“É difícil avaliar a revolução que estamos vivendo porque é difícil precisar a sua

origem. Há pelo menos três grandes vertentes que vêm se desenvolvendo há

décadas e que se realimentam, tornando o mundo muito diferente do que era. A

primeira é o computador, que chegou às corporações em 1954 e virou febre depois

da invenção do microprocessador, em 1970. A segunda e a terceira vertentes são a

globalização e a desregulamentação (em alguns países, como o Brasil,

caracterizada pela privatização e pela descentralização). Essas três vertentes,

combinadas ao longo do tempo, são responsáveis por uma revolução atroz em toda

a economia, desde o setor automobilístico até a criação de galinhas.” (Cohen,

Revista EXAME-1999, p. 18).

Assim, este texto tem como objetivo mostrar o uso de serviços eletrônicos através

da Internet, não apenas como uma forma de expansão de negócios, mas como uma

verdadeira ferramenta em busca da vantagem competitiva, onde o foco é a criação

de facilidades e comodidades já fidelizados para a conquista de novos clientes, num

momento em que o custo da Internet Comercial está muito baixo.

A busca de novos clientes, ou usuários, ganhou força principalmente pela real

possibilidade do uso da tecnologia, não só por empresas médias e grandes, mas

também, nas micro e pequenas empresas.

Assim, tal qual o motor fora o grande achado da Era Industrial, o computador,

principalmente o PC – Personal Computer, passou a ser o grande aliado das

possibilidades criadas pela interconexão, apoiado pela tecnologia de comunicação e

dos sistemas de informação que permitiram a conexão de equipamentos dos mais

diversos fabricantes, sem a necessidade de grandes adaptações, como ocorria até o

final dos anos 80.

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Dessa forma, a Internet conquistou o planeta, pois conseguiu unir empresas e

consumidores (como verificado pelos negócios B2C – Business to Consumer), com

o uso da alta tecnologia, sobre todos aspectos: Empresas com servidores potentes,

clientes com microcomputadores também proporcionalmente potentes, e uma rede

de comunicação que praticamente independe de uma estrutura física definida.

3. CONCEITUANDO E-BUSINESS

Como principal serviço da Internet Comercial, surgiu o e-Commerce (Comércio

Eletrônico) cuja, sua abrangência não se restringe apenas ao comércio em si. Ou

seja, além de representar as funções de compra e venda, ele viabiliza um

intercâmbio entre empresas e clientes, que os limites estão restritos tão somente à

capacidade criativa de cada organização.

Nesse âmbito, observa-se que "Os negócios eletrônicos - e-business – são definidos

como as atividades econômicas que utilizam redes eletrônicas como plataforma

tecnológica. Essa expressão engloba os diversos tipos de transações comerciais,

administrativas e contábeis, que envolvem governo, empresas e consumidores"

(Socinfo, 2000, p. 18).

O comércio eletrônico é a principal atividade dessa categoria de negócios, que

envolve três tipos de agentes: o governo, as empresas e os consumidores. As

possíveis relações entre esses agentes são as seguintes:

B2B – business to business: transações entre empresas (exemplos: EDI, portais

verticais de negócios);

B2C/C2B – business to consumer / consumer to business: transações entre

empresas e consumidores (exemplos: lojas e shoppings virtuais);

B2G/G2B – business to government / government to business: transações

envolvendo empresas e governo (exemplos EDI, portais, compras);

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C2C – consumer to consumer: transações entre consumidores finais (exemplos:

sites de leilões, classificados on-line);

G2C/C2G – government to consumer / consumer to government: transações

envolvendo governo e consumidores finais (exemplos: pagamento de impostos,

serviços de comunicação);

G2G government to government: transações entre governo e governo.

Se por um lado a criatividade é o limite, não é a capacidade financeira de uma

organização o fator preponderante para que o e-Commerce aconteça, até porque no

mercado existem soluções ruins a preços que iniciam em milhares de dólares, bem

como soluções excelentes praticamente a custo zero (softwares do tipo freeware).

Esse é o grande desafio para os empreendedores, pois é preciso saber combinar os

planos: estratégico, o tático e o operacional na dose certa, e este último, apoiado

pela Tecnologia da Informação.

Dessa forma, registra-se que e-Business representa todo o conjunto de sistemas de

informação de uma empresa que estão voltados a prestação de serviços apoiado em

T.I., usando como plataforma meios eletrônicos, sendo a Internet, atualmente, o

principal meio.

E é no conhecimento dos recursos de Sistemas de Informação (S.I.), que os novos

empreendedores deverão focar a atenção para poderem entender cada mecanismo

de T.I., as dificuldades e importância de cada um, bem como a fisiologia

computacional para a integração desses recursos.

A compreensão dos Recursos de S.I. voltados a e-Business é fator preponderante

para que gestores possam desenvolver novos sistemas para poderem atender às

novas necessidades do mercado globalizado.

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Entretanto, é importante que o empreendedor, saiba que existe um relacionamento

estreito entre estes recursos, e que existe a interdependência entre os mesmos o

que pode restringir a configuração final, havendo a necessidade de compatibilidade

entre cada componente.

4. VAREJO NA REDE

Após a liberação da Internet para o uso comercial, a cada dia que passa, mais e

mais organizações aventuram-se a utiliza-lá. Contudo nem todas as empresas estão

preparadas para enfrentar o mundo da Internet. O mercado virtual está apenas em

seu início, sendo necessário a elaboração de um melhor planejamento

mercadológico.

Um fato básico do varejo pela Internet é que existe pouca diferenciação entre a

maioria dos sites. Nenhum site está mais perto dos seus clientes do que outro. Tal

diferenciação é muito importante, para as empresas encontrarem maneiras de

manter a fidelização dos clientes.

Segundo (O' Brien, 2002, p. 194-195), A chave para este objetivo é otimizar fatores

como:

Desempenho e Serviço. As pessoas não desejam ser mantidas na espera ao

consultarem, escolherem ou pagarem por produtos em uma loja eletrônica. O site

deve ser eficientemente projetado para a facilidade de acesso, escolha e compra,

com potência do servidor e capacidade de telecomunicações suficientes;

Personalização. Personalizar a experiência de compra encoraja o comprador a fazer

novas visitas. Muitos locais cadastram o cliente ou pedem a este para traçar um

perfil de seus interesses pessoais;

Socialização. Dar aos clientes on-line com interesses semelhantes, a sensação de

pertencer a um grupo único de indivíduos de mentalidade parecida, pode ajudar a

aumentar o valor para o cliente e sua lealdade. O marketing de relacionamento e o

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marketing de afinidades baseados na Internet promovem essas comunidades

virtuais;

Aparência e Impressão. Os sites na rede podem oferecer ao cliente uma fachada de

loja virtual atraente. Isto pode variar desde o fornecimento de uma experiência de

compra emocionante, com som, movimento e gráficos impressionantes, até uma

aparência e impressão mais convencional;

Incentivos. Os sites da rede precisam oferecer aos compradores incentivos à

compra e ao retorno. Normalmente, isto é feito por cupons, descontos, ofertas

especiais e vales para outros serviços da rede, às vezes em outros sites

interligados;

Segurança e Confiabilidade. Como cliente de uma loja da Internet, este precisa

sentir confiança de que seu cartão de crédito, informações pessoais e detalhes de

suas transações estejam protegidos contra uso sem autorização.

O potencial da Internet é enorme, porém utilizar conceitos das mídias tradicionais é

um erro e provavelmente não trará retorno desejado; é importante pensar em novas

técnicas. Os empreendedores que queiram marcar presença no mercado virtual

devem planejar-se e, para isso, contar com as ferramentas de administração,

planejamento e marketing.

Quem desejar entrar no comércio eletrônico deve lembrar que não basta criar uma

home page; pois deverá adotar posturas condizentes com seus clientes e adaptada

às características que a Internet possibilita. A Internet não deve ser uma mídia

simples; ela deverá se constituir em, um novo canal de distribuição do qual a

empresa se utilizará para alcançar seus objetivos. Ou seja.

"A Internet será um ícone para as empresas se adaptarem às novas exigências do

mercado, e aquela empresa que sair na frente estará desenvolvendo a lei da

liderança no marketing que afirma que é melhor ser o primeiro na sua categoria,

adaptar-se às novas exigências é como dar um passo a frente da concorrência e

ganhar vantagem competitiva" (Giuliani, 2003, p.261).

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5. VALOR PARA O CLIENTEPara muitas empresas, o valor comercial na Internet reside em sua capacidade para

ajudá-las mantendo clientes leais, antecipando suas necessidades futuras,

atendendo às exigências do mercado com a melhoria constante no atendimento.

Empresas que oferecem o melhor valor são capazes de acompanhar as preferências

individuais de seus clientes, estando atento às tendências de mercado, fornecendo

informações de modo atraente, a todo momento, em toda a parte e, através de uma

multiplicidade de formas, fornecendo serviços para atender as necessidades dos

clientes. As empresas estão descobrindo que podem alcançar muito de seus clientes

existentes e potenciais através da Internet.

O Quadro 1 a seguir, apresenta os principais objetivos comerciais que as empresas

esperam alcançar com a utilização da rede Mundial de Computadores para fornecer

atendimento ao cliente.

Quadro 1. Objetivos comerciais esperados pelas empresas com a utilização da Rede

Mundial de Computadores

Menores custos de suporte pela capacitação dos clientes para solução de problemas

de modo independente.

Fornecer a todo momento acesso mundial a informações, críticas e foros de

atendimento ao cliente.

Melhorar o atendimento pela concentração de recursos internos de suporte ao

cliente em questões complexas.

Dotar os parceiros comerciais de linhas especiais para informações associadas para

resolução de problemas online.

Criar programas de atendimento e marketing preventivos.

Integração direta entre Internet e telefone para resposta a prioridades.Fonte: Adaptado de Kalakota, Ravi e Whinston, Adrew. Eletronic Commerce: A Manager's Guide (Reading, MA: Addison-Wesley, 1997), p. 331.

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A tecnologia da informação está colocando o consumidor como um cidadão mais

informado e, com isso, ele se torna mais exigente e com maior poder de barganha.

Em decorrência.

A concorrência torna-se a cada dia mais acirrada, e ao mesmo tempo virtual e real,

exigindo-se, com isso, o desenvolvimento de produtos que fidelizem clientes globais.

Gerando e potencializando um quadro altamente competitivo o qual implica para os

empreendedores encontrarem alternativas, que possibilitem vantagens e ainda

preços competitivos apoiados em tecnologias diferenciadas.

As empresas digitais criam condições para operação em larga escala com a

personalização dos serviços, isso dependendo de uma estratégia clara para esse fim

e da criação de instrumentos operacionais e logísticos que permitam a

personalização em massa.

6. OS MERCADOS GLOBAIS E A COMPETIÇÃO

Para Haylock e Muscarella (apud Cardoso, 2001, p. 64) afirmam que pouquíssimas

empresas estão examinando seriamente como as tecnologias da Internet podem

aumentar a produtividade e economizar dinheiro por meio de Intranets e Extranets. A

maior parte do gerenciamento das empresas está ciente de que a solução Internet é

uma grande promessa para suas empresas, mas esses mesmos gerentes,

freqüentemente, são pegos pelo excesso de publicidade, querendo resultados

rápidos a baixo investimento.

A indústria da Internet, com todas as suas promessas, mudanças, velocidade e

imprevisibilidade, é uma metáfora. O mercado está se fragmentando e

transformando-se numa velocidade assustadora. As industrias estão se convergindo,

e novos modelos de negócios estão-se formando. A competição aparece de fontes

não convencionais, e alianças entre competidores tornam-se comuns.

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A concorrência está a cada dia mais acirrada, e ao mesmo tempo virtual, exigindo

com isso, o desenvolvimento de produtos que fidelizem clientes globais, procurando

encantá-los de forma inusitada. Marcas mundiais estão buscando soluções sob

medida para seus clientes.

Reduzindo os ciclos de vida de um produto e fragmentando a demanda, empresas

podem produzir grandes vantagens competitivas para os promotores dessas

mudanças, em comparação com aqueles que apenas reagem a elas.

Companhias líderes criaram processos para baixar os custos, obter volume de

produção de grandes variedades, e mesmo obter produtos e serviços para

consumidores individuais. Elas descobriram a nova fronteira na competição dos

negócios: customização maciça.

Destaca-se que os princípios da rede rejeitam a rigidez, a estrutura fechada, os

esquemas universais, a autoridade central, e os valores fixos. Em seu lugar, as

redes oferecem pluralidade, diferenças, ambigüidade, incompletitude, contingência e

multiplicidade. Ou seja.

“Não há razão para aceitar o imperativo da tecnologia sem questionamento, mas

também não há dúvida de que a marcha da tecnologia ruma claramente para a

interligação de todas as coisas em rede. Aqueles que obedecerem à lógica da rede,

e que entenderem que estamos entrando num território com novas regras, estarão

em marcante vantagem na nova economia” (Kelly, 2000, p. 31).

As empresas digitais têm na configuração de rede a sua força, sendo que todo o

seu modelo organizacional é baseado nos elos que constituem a rede de negócios

que criam, interligando todos os elementos estratégicos para a sua eficácia.

Entretanto a história recente tem mostrado que muitas empresas de Internet faliram

tanto nos Estados Unidos, Europa e também no Brasil. Independente do que

ocorreu, as oportunidades continuam existindo como nunca na rede mundial de

computadores, porem devem ser analisadas de forma criteriosa como qualquer outra

oportunidade de negócios. Os empreendedores interessados em ingressar neste

ramo de negócio, deverão ter em mente que só o trabalho árduo e competente lhes

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trarão recompensa financeira e pessoal do qual possam sentir orgulho, gerando

empregos, inovando e promovendo o crescimento do país.

7. ALGUNS DADOS INTERESSANTES

No intuito de ilustrar a importância do que se discute neste texto, registra-se em

seqüência alguns dados interessantes sobre a evolução, acessos a Internet, vendas

de comércio eletrônico e, tendências de consumo, no Brasil e Estados Unidos

(EUA), em anos recentes:

Nos EUA, o varejo virtual cresce em torno de 12% ao ano e o tradicional, apenas

2%.

Fonte: Revista e-business – edição Janeiro/2000.

Em setembro 2003, internautas brasileiros surfaram em média 12,5 horas na

rede. Revista Época N.º 283, 20 outubro 2003.

Cresce 15% número de casas com computador. IBGE 10h03 - 10/10/2003 Fonte: http://noticias.uol.com.br/inter/reuters/2003/10/10/ult27u38705.jhtm.

A cada segundo, sete pessoas se conectam à Internet pela primeira vez.

Fonte: Revista EXAME – edição especial A Empresa do Novo Milênio/2000.

Brasil – 7 milhões de usuários da Internet (IBOPE, Jornal Nacional 08/03/2003).

Brasil – Estima-se que o total de transações comerciais na rede chegará a 4

bilhões de dólares em menos de três anos. (Fernandes, 2000).

Região Metropolitana de Campinas (RMC) tem maior aumento do país em

compras pela Internet.

Média nacional 50%, na região aumento de 70%;

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A RMC obteve um volume em compras de R$12 milhões;

O valor gasto aumentou de R$150,00, em média, para cerca de R$230,00.

Fonte: Site EPTV Campinas – http://eptv.globo.com 25/03/2003 – 20h06.

Adiciona-se a essas informações a Tabela 1, que apresenta a evolução de vendas

mensais em comércio eletrônico, no Brasil, no primeiro semestre de 2003.

Tabela 1. VENDAS COMÉRCIO ELETRÔNICO - BRASILEVOLUÇÃO MENSAL - Pesquisa e-Bit

Data da Pesquisa

FATURAMENTO (R$ milhões)

Variação em relação ao

mesmo mês do ano anterior

Acumulado no ano (R$ milhões)

Ticket Médio

Julho/2003 98,5 35% 589,1 298,00Junho/2003 94,1 73% 490,6 293,00Maio/ 2003 90,0 42% 396,5 289,00Abril/ 2003 76,9 25% 306,5 270,00

Março/ 2003 78,5 34% 229,6 263,00Fevereiro/ 2003 73,2 151,1 265,00

Janeiro/ 2003 77,9 77,9 249,00Fonte: Levantamento mensal realizado pela empresa e-Bit www.ebitempresa.com.br / Compilação: www.e-commerce.org.br Nota: Não estão incluídos os sites de leilão, vendas de passagens aéreas e vendas de automóvel.

8. CONCLUSÃO

Embora seja grande a empolgação com as compras eletrônicas, acredita-se que as

compras não atinjam 100%. Muitas pessoas ainda querem contato pessoal, mas a

medida que mais pessoas utilizam computadores, espera-se um grande aumento no

volume de vendas do comércio eletrônico. Constata-se que, atualmente cada vez

mais pessoas estão conectadas à Internet, comprando on-line. Os consumidores

estão aumentando a freqüência de compras e também à média de gastos.

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Segundo Kelly (2000, p.31), na Economia da Internet faz-se qualquer coisa para

atraí-los, inclusive dar de presente produtos de valor considerável. Esse fenômeno

assinala que, na verdade os clientes são mais valiosos não apenas quando

somados, mas porque se interconectam e tornam a agregar valor ao sistema.

Muitos cuidados deverão ser tomados a respeito do empreendedorismo na era

virtual, e consequentemente quanto ao gerenciamento de empresas virtuais, o que

exigirá empreendedores qualificados e preparados para a venda desses serviços às

empresas e consumidores.

Segundo Giuliani (2003, p.260), a empresa que entrar na net deve lembrar que não

basta criar uma home page; deverá ter uma postura condizente com seus clientes e

adaptada às características que a Internet possibilita, como mídia on line; as

diretrizes de marketing elaboradas devem ser condizentes com as da Internet.

Dessa forma é possível concluir destacando que:

E-Commerce trará bons resultados para aqueles que souberem distinguir que, no

cenário virtual, tudo pode ser virtual, mas o cliente não.

“Toda empresa cria espaço para outras empresas. Toda inovação bem-sucedida

abre as portas para outras inovações de destaque”. Kelly (2000, p.34): e que.

“A Internet não é só um Eldorado para as empresas arrojadas, ou um novo

continente aberto para as grandes navegações. Ela é o mais acabado símbolo de

uma nova era, a concretização de uma nova lógica de fazer negócios, de encarar

a riqueza, de pensar o mundo. Quem se recusar a enxergar essa nova lógica não

estará perdendo o bonde da história – estará amarrado nos trilhos à sua espera”

(Cohen, Revista Exame, 1999, p.18-19).

9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

GIULIANI, Antonio Carlos, Marketing em um Ambiente Globalizado. São Paulo: Cobra, 2003.

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MINISTÉRIO DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA. Takahashi, Tadao, organizado por. Sociedade da Informação no Brasil - Livro Verde – capítulo 2 – Mercado, Trabalho e Oportunidades. Disponível no endereço http://www.socinfo.org.br/livro_verde Acessado em 09/10/2003.

O’ BRIEN, James A., Sistemas de Informação e as Decisões Gerenciais na Era da Internet. São Paulo: Saraiva, 2002.

COHEN, DAVID, Revista Exame. São Paulo. Parte Integrante da Edição N.º 701 Exame. Ano 2002. Página 10 a 46. Matéria de capa: A EMPRESA DO NOVO MILÊNIO Entrevista. I - A EMPRESA DO NOVO MILÊNIO - MUNDO INSTÁVEL e II - A EMPRESA DO NOVO MILÊNIO - VIDA OU MORTE?

FRANCO JUNIOR, Carlos F., E-business – Tecnologia da Informação e Negócios na Internet. São Paulo: Atlas, 2001.

DORNELAS, José C. A., Empreendedorismo - Transformando idéias em negócios. Rio de Janeiro: Campus, 2001.

CARDOSO, Mário Sérgio, CRM (Customer Relationship Management) em Ambiente e-business. São Paulo: Atlas, 2001.

TOMAZ, Etel. Dissertação de Mestrado, e-empreendedor: O portal do Empreendedor digital. Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina. 2001.

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GATES, Bill, A empresa na Velocidade do Pensamento: Com Um Sistema Nervoso Digital. São Paulo: Companhia das Letras, 1999.

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