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1 Contribuições para a Revolução Educacional e Revolução Individual Revolução Educacional no Brasil O Método Infalível de Estudar Técnicas de Compreensão de Textos Dissertativos Como Pesquisar na Internet Revolução Pessoal Silvio Salgueiro 1

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Contribuições para a Revolução Educacional e Revolução Individual

Revolução Educacional no Brasil

O Método Infalível de Estudar

Técnicas de Compreensão de Textos Dissertativos

Como Pesquisar na Internet

Revolução Pessoal

Silvio Salgueiro

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Revolução Educacional no Brasil

O Brasil nos últimos dezesseis anos viveu sua revolução no campo econômico. Através do Plano Real obteve a estabilidade econômica e promoveu uma profunda alteração no estilo de vida dos brasileiros, proporcionando aos mesmos uma melhoria no padrão de suas vidas.

Mas ainda restam muitas revoluções em vários campos, a saber: da segurança pública, da saúde e da educação, para ficarmos em alguns. Vale lembrar que a verdadeira revolução só ocorre quando se coloca em primeiro plano algum desses campos. Significa dizer que as mudanças estruturais de fato só ocorrerão a partir do momento em que essas áreas estiverem como prioridade.

Como estamos fechando o ciclo em que a economia era a prioridade, em minha opinião a bola da vez será a segurança pública. Quando consolidada em todos os estados será a vez da área da saúde. Infelizmente a educação será a última a ser conquistada como prioridade governamental. É uma pena uma vez que um povo educado tende a ter hábitos mais saudáveis, o que diminui as despesas com medicamentos ou tratamentos; além de promover uma redução nos acidentes de trânsito – na maioria das vezes provocados por falta de educação.

Assim, se dependermos do governo, a educação deve levar ao menos vinte e cinco anos para ser trabalhada como prioridade acima das demais áreas. Alguém pode achar o contrário, devido a tantas iniciativas atualmente. Mas o que temos são ações isoladas ou por conta de modismos, uma vez que estamos na época do ‘conhecimento como capital’. Por enquanto o que se tem é apenas a manutenção de uma educação de baixa qualidade: construção de escolas, manutenção de materiais de rotina, pagamentos por serviços administrativos e professores, dinheiro para merenda escolar. Mas qual prefeitura ou governo mantém grupos sofisticados de pesquisa educacional para melhorar essa prática?

Existe uma chance de antecipação se a iniciativa privada (empresas) e a iniciativa individual (pessoas e grupos menores) abarcarem a causa numa expansão geométrica, caso contrário é só esperar os vinte e tantos anos do governo.

Outra possibilidade seria uma ideia extremamente criativa de algum técnico, secretário, ou ministro da educação (já que dos nossos políticos parece algo improvável), que desse uma guinada no modo de gerenciamento dos rumos de nossa educação. E, por fim, outro fator seria uma crise externa, que dependesse da educação

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para dirimi-la, o que provocaria uma pressão absurda em nosso modo de priorizá-la, levando assim a uma mudança instantânea.

Enquanto uma coisa ou outra não vêm, podemos dar nossa contribuição para a revolução educacional. Os aspectos são culturais; de início se deve acabar com o preconceito de qualificar o estudante esforçado de ‘cdf’. Uma segunda ideia que ronda por aí é que ”Quem estuda muito fica doido’. Não fica não. E ainda melhora o nível de vida. A terceira coisa é achar que para tudo dependemos do governo para se desenvolver. A iniciativa pessoal e o esforço das empresas são quem realmente produzem desenvolvimento efetivo.

Revolução Educacional, Estudar é Preciso - Método Infalível de Estudo

Para termos uma boa educação temos de ter o hábito de estudar. E para isso é importante conhecer muito bem os elementos básicos envolvidos nessa prática, com o intuito de não desistirmos no meio do caminho. Veja a seguir o esquema geral do hábito de estudar continuamente:

A (alegria) F(frieza) F

Relação entre Estudo e Energia

Estudar é uma atividade que exige muita energia. Assim, a primeira coisa é estar bem preparado físicamente. O estudante deve sempre procurar atividades que envolvam geração de energia, sejam elas divertidas ou relacionadas com a alimentação. Sem energia facilmente se abandona os estudos. É aquele caso em que o indivíduo chega cansado de algo e depois dorme durante a tarefa. O segredo então é produzir muita energia.

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Energia Es Esforço

Contínuo ou do Sucesso

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Relação entre Estudo e Emoções

O segundo aspecto é emocional. O praticante tem de se sentir feliz durante o ato de estudar. Prazer na atividade. No caso do estudo, que de certo modo é uma questão opcional, se não houver simpatia pela prática não se vai muito longe. Só quem prossegue nos estudos é quem gosta de estudar, quem desenvolveu uma emoção ligada ao prazer durante o ato. Muitas vezes achamos esquisito alguém largar namoro, festas etc., em nome dos estudos. Mas é fácil entender. É simplesmente uma questão de paixão.

Em nosso esquema, colocamos um ‘A’ nessa etapa porque associamos a alegria com esse ato, o prazer é uma espécie de ‘primo’ da mesma.

Na terceira parte do esquema temos um ‘F’, de frieza. Se na etapa anterior o estudante precisou desenvolver uma emoção, aqui é preciso o oposto: controle emocional. Isso porque durante o ato é importante lidar com o sucesso e fracassos na atividade. Então só essa frieza, que de certo modo é um aspecto racional, se pode aliviar um pouco seus efeitos. Se ficarmos alegre quando formos elogiados, ou tristes quando somos criticados, então não sabemos administrar bem nossas emoções. A frieza relativiza esses efeitos.

Somatório das Partes

O resultado de tudo o que dissemos será então o esforço contínuo, aquela atitude de iniciar um ato e prosseguir até ao final, visando o sucesso da empreitada.

Perceba desse modo que o ato de estudar envolve os seguintes aspectos: um componente físico, que é a energia; um componente emocional – a alegria; e um racional – a frieza.

Causas Principais do Fracasso no Estudo

Tirando a possibilidade de uma doença séria que danifique o cérebro e impeça a pessoa de estudar, e também do atentado contra a vida de alguém, as causas principais do fracasso no estudo são três: falta de energia física; o não gostar de estudar e a falta de frieza diante das situações emocionais advindas do fracasso em algumas situações. Assim, para aquela palavra de sentido abstrato e vaga chamada ‘desinteresse’, na verdade temos todo um conjunto por trás da atividade que deve ser conquistado para que se consolide o hábito de estudar.

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Técnicas de Compreensão de Textos Dissertativos

Sabemos que existem vários tipos de textos como narrativos, descritivos, visuais e por aí vai. Entretanto, achamos importante a consolidação do hábito do estudo principalmente no texto dissertativo, em que são expostos ideias, teorias, opiniões etc. Destacamos então sete maneiras de se compreender um texto. Perceba que falamos apenas em compreensão do texto, ou seja, apenas aspectos referentes ao mesmo, deixamos de lado outras categorias como julgamentos, possibilidades expansivas das ideias.

Julgamentos de valor:

verdadeiro,falso, superficial, profundo.

Aspectos expansivos: hipóteses, possibilidades não ditas.

Por compreensão do texto entendemos a maneira como foi organizado pelo autor: sua estrutura, ordem, aspectos mais abordados etc. É aquele velho ditado: para falar de alguma coisa, temos de entendê-la primeiro na sua essência. Abaixo algumas técnicas de compreensão listadas separadamente, mas que podem ser misturadas no assunto em questão.

1) Tamanho dos parágrafos. Ora, esse é o primeiro aspecto a considerar; parágrafos maiores tendem a conter o conteúdo expressivo do texto, a ideia principal discutida; pode demonstrar a importância do autor para a questão.

Mas algumas vezes o texto tem apenas um parágrafo enorme com todo o tema. Nesse caso a estratégia deve ser outra.

2) Sublinhar todo o texto. Riscando as principais partes do texto fazemos uma espécie de resumo rápido, o que ajuda a controlar seu entendimento, já que promove a aproximação das ideias discutidas.

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J Julamentos Compreensão, aspectos do texto

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3) Sublinhar frases afirmativas e negativas. São importantes apenas aquelas que sejam assim mesmo. Frases que sugerem afirmações ou negações indiretas podem deixar dúvidas, mas o que o autor disse ou negou diretamente não se pode contestar. Como podem existir muitas afirmações ou negações, se risca apenas o início da afirmação ou negação, para facilitar sua localização.

4) Abertura e fechamento dos parágrafos. Deve ser dada muita importância porque nessas partes em muitos casos contêm a ideia a ser desenvolvida (caso do primeiro parágrafo) e a conclusão daquela situação (caso do último).

5) Ligar a ideia a seus exemplos de reforço. Encontrada alguma ideia no texto, identifique a mesma com um círculo, e com um traço sublinhe seus argumentos; promovendo assim suas ligações. Repita o processo a cada ideia importante encontrada.

6) Conjunções. Extremamente importantes quanto negligenciadas por muitos. As frases são construções lógicas que envolvem causas, consequências, explicações, condições e outras. Portanto, é importante elaborar uma tabela e conhecer seus usos. No caso do texto dissertativo, ao menos se deve dominar totalmente as conjunções: de causa, explicativas, concessivas, adversativas e conclusivas. Exemplo ilustrativo:

DE CAUSA CONCESSSIVA CONCLUSIVAPorquanto Embora LogoVisto que Ainda que PortantoPor isso que Conquanto AssimQue Apesar de que Então

É claro que no nosso português algumas conjunções mudam de valor conforme o contexto, mas ao menos se deve partir da regra geral.

7) Pontuação. A última regra diz respeito ao sentido do texto. Então atente para a pontuação do mesmo e siga fielmente a colocação de vírgulas, pontos seguidos...

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Ainda sobre a pontuação, podemos explorar as três regras básicas para uma leitura atenta de um enunciado para resolver uma questão:

Primeiro: obedeça cegamente a pontuação do enunciado. Qual o sentido da vírgula, do ponto seguido, da exclamação (se tiver!) dentro do enunciado.

Segundo: das palavras usadas na pergunta, elas encerram o sentido em si mesmas ou representam fórmulas, sistemas etc.?

Terceiro: coloque sempre do lado da pergunta o que se pede no enunciado. Em assuntos como matemática ou física, pode ser muito útil porque de cara o estudante detecta se está pedindo um todo, ou uma parte inicial e por aí vai.

Como Pesquisar na Internet

A internet é um mundo de possibilidades, mas para quem não tem capacidade ela é apenas mais um espaço para desperdício de tempo ou aproveito superficial e inadequado de suas ferramentas. Portanto, vamos aprender como obter uma excelente produtividade para nosso próprio desenvolvimento.

Primeira regra: como consigo um conteúdo? Através de textos, imagens e vídeos. Qualquer conteúdo pode ser assim pesquisado. Se o indivíduo tem intimidade com determinado assunto, talvez os textos escritos sejam os mais indicados. Mas se tem dificuldade pode começar com textos em vídeos, nos quais especialistas comentam os temas. Direito Administrativo, esquemas da área de eletricidade, mecânica de motores, tudo pode ser pesquisado em vídeos ou textos.

Segunda Regra: a data. Para conhecer todos os sites relacionados com o tema é só realizar a pesquisa de modo simples: digitar e mandar pesquisar. No entanto, se se procura apenas os sites mais atualizados, então se pode procurar nas opções mais avançadas pelas datas atuais. Geralmente se tem a escolha por notícias de um mês atrás, uma semana etc.

Terceira regra: a internet ‘sabe tudo’. Sabe aquele ditado: ‘Papai sabe tudo’, pois é a internet sabe tudo, ou quase tudo. Então o que você puder imaginar, sempre terá alguma coisa relacionada. Se tiver dores de cabeça e fizer uma pesquisa tipo ‘causas dores cabeça’, verá inúmeras causas, e se digitar ‘soluções dores cabeça’, é provável que resolva seu problema.

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Fóruns. São muito importantes também. Se tiver algum problema elétrico ou hidráulico em sua casa e digitar ‘fórum problemas elétricos’, irá ver muitos casos parecidos. Além de poder fazer diretamente uma pergunta relatando seu caso. Provavelmente alguém responderá sua pergunta.

Cultura geral teórica, cultura geral prática e cultura profissional. É a maneira que temos para desenvolver nosso conhecimento. Por cultura geral teórica se entende a busca por qualquer assunto em qualquer área, apenas com intuito de uma bagagem pessoal. A cultura geral prática também diz respeito a diversas áreas, mas com intuito prático de se resolver problemas. Por exemplo, procurar sites que ajudem no conserto de aparelhos simples, no conserto de problemas numa cerca, fazer comidas etc. É muito chato conviver com alguém que sabe tudo de boca pra fora e não consegue enfiar um prego numa tábua para resolver algum problema... Quer dizer, ter praticidade diante de situações diárias. A cultura profissional refere-se à busca pela área que se trabalha ou ganha seu sustento, sua profissão.

Pesquisa e produção de texto pela internet. Para fugir da cópia desgraçada e elaborarmos textos bem-feitos, o caminho é este: elaboração do roteiro do tema; pesquisa das partes do roteiro; texto montado ou ‘Frankenstein’; texto pessoal. O roteiro é pessoal e depende da criatividade de cada um. Se a pesquisa for ‘meio ambiente’, um roteiro poderia ser:

Determinado o roteiro (que poderia ser de outro modo), pesquisam-se individualmente cada tema. Para cada tópico recorta-se e cola no texto ‘Frankenstein’, geralmente no Word. Não precisa ser o texto inteiro, apenas algumas partes. Vale destacar que qualquer pedaço copiado e colado dever ter embaixo o endereço do site e colado no texto montagem. Feito isso se estuda a montagem para, a

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Conceito de meio ambiente

Equilíbrio ambiental Causas do desequilíbrio

Soluções Ambientais

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partir de um entendimento geral, escrever seu próprio texto. Mas isto é feito logo após a leitura do texto montado com colagens, uma vez que as ideias estão ‘frescas’ na memória. Assim fugimos do esquema da copia e colagem diretas.

Penúltima regra: use, mas não abuse da internet. Muito cuidado com o que diz, expõe, ou faz na internet. O campo virtual tem as mesmas virtudes e perigos da vida real, porque no fundo somos nós mesmos na versão on-line. Quem é ruim fora, será também lá dentro. Então, o cuidado que se tem no cotidiano, se deve ter na internet.

Segurança dos dados virtuais: em DVD. Essa opinião é bastante pessoal. Cd é muito frágil, pendrive mais ainda; no PC nem pensar. Alguém com conhecimento mediano pode descobrir em meia hora tudo o que há dentro de um PC. Acredito que o meio mais seguro atualmente é no DVD e colocado dentro de um livro que raramente usamos.

Revolução Individual

Vimos na parte dedicada ao hábito de estudar duas situações: na primeira sendo preciso desenvolver uma emoção de gosto pelo estudo. Num segundo instante, a ação era relativizar através da razão os efeitos emocionais de sucesso ou fracasso.

Quando falamos em revolução individual, estamos nos referindo a mudar a personalidade do indivíduo. Cabe a pergunta então: é possível a mudança de personalidade das pessoas? É possível uma revolução individual?

Inicialmente também cabe a pergunta: quem veio primeiro, as emoções ou a razão? Certamente é muito intrigante, mas com certeza a razão foi desenvolvida posteriormente.

Podemos dizer que uma pessoa é alegre, triste, racional, amorosa e por aí vai. Então existe uma base emocional que permite identificá-la. Partiremos assim da ideia de que existe um conjunto de emoções comuns a toda pessoa.

A – alegria; T – tristeza; R – raiva; M – medo; C – compaixão; I – insensível.9

A

T

R C

M I

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Sendo assim, o indivíduo contém esses seis tipos ‘emocionais’. A personalidade de cada um é determinada pelo desenvolvimento desta ou daquela sequência emocional. Vamos partir da ideia de apenas ‘uma emoção’ e caracterizar algumas pessoas.

Um desenvolvimento excessivo de alegria é alguém com alto astral, está sempre feliz e radiante de energia. No caso da tristeza, será o deprimido. O excesso de raiva pode ser identificado como o violento. Alguém que desenvolveu o medo seria o fóbico e seus múltiplos pavores. No caso da compaixão, as pessoas com preocupações humanitárias. E, por fim, os insensíveis em que se nota ausência emocional.

Mas as coisas não são simples assim. É possível com muito esforço identificar até duas ‘emoções’ dessa sequência de seis. Mas a partir da terceira fica muito difícil. Portanto, o que podemos determinar são mais hipóteses do que realidade sobre esse assunto. Mas a ideia da sequência emocional explica muitas situações de nosso cotidiano. Vejamos algumas.

Explicando Situações Intrigantes

Ficamos intrigados com situações em que pessoas de um mesmo estrato social, muitas vezes têm destinos tão diferentes, embora vivessem em ambientes relativamente parecidos. Pela ideia da sequência emocional, seria justamente esta a diferença: apesar de viverem em locais comuns, o desenvolvimento de uma sequencia emocional teria favorecido certo indivíduo. Daí o pai rico ficar inconformado porque ‘ele dá tudo’ e o filho não se esforça. Se o filho tem tudo, por que se esforçaria? Se ele possui tudo, o mesmo só pode almejar ‘o nada’. Então como ele consegue o nada? Acabando com o tudo. Por isso alguns torram a grana dos pais.

No caso oposto temos duas pessoas pobres. Se elas têm motivos pra buscar um padrão melhor, por que algumas não se interessam para sair da situação? Exatamente por causa das emoções. Naquelas com geradoras de energia, certamente irá buscar. Aquelas mesmo pobres, mas com dissipadoras de energia, não encontrarão forças para buscar melhoras.

Cabe aqui então caracterizar essa sequência em geradoras e dissipadoras de energia. Alegria, raiva e compaixão seriam criadoras. Enquanto tristeza e medo reduzem a energia acumulada. No caso da insensibilidade, esta se comporta como neutra: não gera, mas tampouco destrói energia.

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Podemos concretizar o exemplo com o caso de dois filhos de alguém rico: um primeiro obteria sucesso e o segundo não. Apesar do ambiente motivador de pressão, a classe alta, o segundo não se motivou para obter fortuna. A causa poderia ser então o desenvolvimento de uma emoção ligado à dissipação de energia. Já o segundo, criando emoções geradoras de energia, teria força de sobra pela ambição.

Fica explicado também porque algumas pessoas em ambientes violentos acabam permanecendo pacíficas. Mesmo com toda sorte de maus exemplos, uma emoção que não esteja ligada com a raiva, pode predominar e desmotivar suas ações rumo aos crimes. Ao passo que outro indivíduo com a raiva bastante aprimorada, embora em lugares mais calmos, tende a ser agressivo.

Mas necessariamente uma emoção não precisa se sobrepor às outras. Podem acontecer duas emoções estarem desenvolvidas num patamar de igualdade ou até três. Veja o caso no exemplo 1:

Exemplo 1 Exemplo 2

Como as Emoções se Desenvolvem?

De várias maneiras ao longo da vida. Aliás, qualquer atividade que fazemos acaba sendo geradora ou dissipadora de energia. Ir a festas, praticar esportes, aniversários, tudo isso pode gerar ou subtrair energia. Uma tristeza prolongada será uma bela dissipadora de energia. Arrumar um namorado (a) tende a ser um gerador

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Alegria, Raiva, Compaixão – Geradoras Medo, Tristeza - dissipadoras de energia

De energia Insensibilidade – neutra.

A RC

M

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de energia. Já ser traído (a) será perda de energia. Tomamos café, almoçamos e jantamos para gerar energia. Alguém pode não está concordando com a raiva sendo geradora de energia, já que aqui no Brasil associamos com algo negativo. Vale lembrar que a escolha da palavra é casual e poderíamos ter colocado confiança, que é uma espécie de ‘prima’ da raiva. Mas aí perderíamos em exatidão em face à emoção. Logo, preferimos deixá-la como raiva mesmo. Então tome cuidado com o que você faz ou deixa de fazer, cuide de sua força. Procure atividades que ao final do dia entre perdas e ganhos, te deixe ‘potencializado. ’

Geração de Energia

Perda de Energia

Algumas Combinações Perigosas

Dissemos ser muito difícil detectar a sequencia emocional de cada um, talvez até mesmo impossível. Mas é bom ficar alerta para combinações como estas em primeiro e segundo planos: raiva e tristeza – pode sobrar para os filhos (pais violentos). Tristeza e medo bastante desenvolvidos – perigo de atentar contra a própria vida. Medo e insensibilidade é a certeza do fracasso. A única vantagem é não poder atentar contra a sua vida (devido à insensibilidade).

A mente Joga Contra o Indivíduo?

Muitas pessoas se julgam ‘infernizadas’ pela sua mente. Mas aprenda uma coisa: a mente sempre joga a favor da sobrevivência da pessoa e nunca contra. O que pode vir contra são acidentes casuais ou pessoas de má-fé que atentam contra sua vida. Como imagina que os animais sobrevivem? Consegue pensar como eles vivem com pouca inteligência?

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A resposta novamente está na sequência emocional. Os animais desenvolvem a ordem emocional que lhe é favorável e sua mente se encarrega da fazer a manutenção dessas emoções. Um gatinho ao ver seu dono dispara sua alegria. Se olhar um cachorro, surge o medo. Ao perceber uma presa seu instinto de caça (raiva) é ativado. Logo, podemos imaginar uma suposta ordem bem desenvolvida nesse animal. Essa é a maneira de se virar com muita emoção e pouca razão.

Animais: operando com mais emoção do que razão.

O caso do leão, que dizem não ter adversário à altura, pode-se hipotetizar seu desenvolvimento da raiva, alegria (convívio familiar, brincadeiras) e compaixão (instinto com sua prole) em menor escala. Mas é provável que a emoção de medo esteja pouco desenvolvida.

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Voltando ao caso homem. Tenha em mente o seguinte: de qualquer modo, sempre desenvolvemos algumas emoções, para o bem ou para o mal. A partir desse desenvolvimento, o cérebro interpreta do seguinte modo: se aquela emoção foi desenvolvida, é porque é útil ou necessária para a sobrevivência da pessoa. Então, o que a mente faz? Ela faz exatamente tudo para a manutenção daquela emoção.

Em termos práticos, se a emoção em questão for a alegria, a mente procura de todos os modos, conceitos, lembranças ou qualquer coisa que possa reavivar esse estado feliz. Por isso o sujeito alto astral está sempre de bom humor. Agora se o que está em primeiro plano são a tristeza ou o medo, o que a mente fará? Buscará tudo que se relaciona com ela para continuar sua manutenção. Imagine o sofrimento do fóbico, a pessoa que tem pavores: a cada dia sua mente age aumentando seus medos, pois assim acredita está ‘ajudando’ em sua sobrevivência. Por isso tome cuidado para identificar o que você está criando dentro de si, pois sua mente vai trabalhar porque interpreta que é aquilo é necessário para sua sobrevivência. A emoção é igual em homens e animais de pouco raciocínio.

No caso do homem existe uma diferença: a emoção se associa com a razão, a linguagem. Assim, muitas palavras que temos estão ligadas com algum tipo de emoção, ao se lembrar uma, o sentimento é recuperado imediatamente

Subitamente, na cabeça de um atormentado, aparecem coisas que provocam desconforto, mas são geradas de acordo com a ordem emocional desenvolvida, que em questão pode ser medo ou tristeza, ou ambos; então ele tenta acabar com isso através dos mais diversos rituais racionais ou ‘irracionais’. E é aí que mora ‘o inferno’. Sua mente traz essas lembranças (desconfortáveis) porque julga necessárias para manutenção da emoção; quando a pessoa decide racionalmente eliminar tal situação, o cérebro trabalha agora justamente uma nova inversão: lutando contra sua decisão racional porque enxerga nela uma ameaça contra aquela situação associada

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Emoção

Linguagem (relações)

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com a emoção. Dessa luta entre razão e emoção há um enorme desperdício de energia, dependendo da intensidade. De um jeito ou de outro, nossa mente trabalha a nosso favor .

E o caso daquele maníaco que diz ‘ouvir vozes’ para matar? Como dissemos, pelo fato de ser violento, a raiva já está a todo vapor. Portanto, ele ouve vozes mesmo (manutenção da ira); mas não é apenas ele, nós também ouvimos ‘vozes’, dependendo das nossas emoções.

Desenvolvimentos e Relativizações Emocionais

Para que serve então emoções como medo, tristeza ou insensibilidade? Primeiramente, qualquer emoção desenvolvida ao extremo pode ser uma ameaça para a vida. A alegria em excesso pode provocar um infarto de tanto emoção (caso se ganhe algo extremamente prazeroso - como loteria). Existem sujeitos que pulam de avião sem páraquedas, esse excesso de confiança não é saudável para sua vida. Assim como o sujeito que na década de 70 andou de um lado para o outro, em cima de um cabo de aço nas torres gêmeas, de Nova York. Quem oferece essa ‘redução’ são justamente aquelas emoções citadas.

Revolução Individual de Personalidade: Possível ou Ilusão?

De posse do que foi exposto voltemos à pergunta do início: é possível a revolução individual? Uma mudança de personalidade?

Francamente, depende da situação. Por exemplo, uma pessoa como um serial killer, que se supõe estupidamente desenvolvidas as emoções da raiva e da insensibilidade, com mais de oitenta anos, é preciso um trabalho hercúleo de recuperação que talvez o tempo de vida seja muito escasso.

Por outro lado conhecemos pessoas que mudaram de estilo de personalidade. Algumas antes depravadas e agitadas passam a ficar comportadas. Outras mesmo assassinas que se recuperam e ajudam outras com os mesmos problemas que os seus, em centros de reabilitação. Veja então que mudanças são possíveis. Mas não é fácil.

Emoções Infladas

É o chamado ‘fogo de palha’. O indivíduo aparentemente operou uma mudança radical de transformação, mas apenas passam-se alguns meses que tudo volta ao normal. Isso se deve a uma característica de nossas emoções: temos o poder de ‘inflá-las’ por um período de tempo. Mas esse ‘inchamento’, por ser artificial não se

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sustenta por muito tempo, então mais cedo que tarde a emoção volta ao tamanho natural.

Voltando ao Normal

Preço a se Pagar pela Revolução

Tudo tem seu preço. Não adianta querer achar que se vai conseguir as coisas de modo tranquilo. O estudante que deseja passar em algum curso concorrido sabe que terá de eliminar muitas opções de lazer em troca do esforço. Portanto a primeira coisa que se deve ter em mente é isto: estou disposto a pagar o preço por uma revolução de personalidade? Disposto a enfrentar as adversidades que virão desse processo? Claro que temos de dar desconto para aqueles casos crônicos que realmente só as medicações resolvem. E também daqueles que realmente o desenvolvimento emocional parece tão exagerado que só com ajuda de outras pessoas se consegue superar. Mas se você entende que está num estado razoável de desenvolvimento emocional e tem ao menos uma centelha de esperança que consegue mudar, então essa é sua chance.

Depois de analisado todos esses pontos temos então que revolução pessoal é alterar nossos estados emocionais ou nossa sequência desenvolvida ao longo da vida.

Práticas de Mudanças

Como você se define emocionalmente? A chave da mudança começa por aqui. É preciso se conhecer muito bem para saber onde efetuar as mudanças e quais tipos de alterações queremos concretizar. Não existe receituário pronto para se operar as mudanças que cada indivíduo deseja. Portanto é uma prática ‘aberta’ e depende da capacidade pessoal. Listo aqui algumas que podem ajudar a desenvolver e relativizar emoções.

Ficar em casa sem fazer nada ou querer ir pra lugar algum pode não ser um bom sinal. Festas, aniversários, churrascos, esportes e outras diversões são geradoras

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Emoção Inflada

‘Artificialmente’’

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de energia. Assim, para quem deseja desenvolver algum tipo de emoção desse tipo, deve procurar tais atividades.

No caso da relativização emocional parece ser um pouco mais complicado. Diria até ser mais fácil procurar desenvolver outras e ultrapassar a emoção que se quer diminuir seus efeitos do que tentar ‘reduzi-la’. Mas existem algumas possibilidades como diante de uma forte emoção desencadeada pelo organismo, procurar se lembrar de uma oposta, no meio da euforia mesmo (caso seja a alegria em questão).

Outro processo de tentativa de diminuição seria quando o organismo disparar uma emoção tipo desestimuladora. Pode-se contrapor à mesma com uma imagem mental forte, que nos dê prazer. Mesmo que não ajude a desfazer a primeira, pelo menos evita que aquela cresça sem querermos.

Como vimos então, a revolução passa por mudanças de ordem na sequência de nossas emoções; e tudo o que fazemos ou deixamos de fazer acaba determinando nossa personalidade emocional.

O Prêmio pelo Fracasso: a Solidão

Sabemos que existe uma tendência de aproximação pelo sucesso. Quando um político está no auge popular os demais tentam pegar carona em seu nome. Quando o mesmo cai em desgraça, todos querem distância. Sempre se tira foto ao lado de celebridades como se quisessem ‘pegar um pouquinho da fama’ para si, ou demonstrar que se é importante porque está ‘ao lado’ de alguém famoso.

Desde já perceba então que quando se fracassa poucas pessoas buscarão ou se interessarão por você. E não adianta resmungar ou ficar triste: o mundo não quer saber de nossos fracassos, ‘ele’ procura as pessoas de sucesso, em todos os sentidos.

O Prêmio pelo Sucesso: as Multidões

Sucesso é conseguir suas metas. Realizar algo extraordinariamente bem. É sentir-se feliz na maioria das vezes consigo mesmo. As pessoas buscam indivíduos interessantes ou de sucesso porque acreditam que eles têm algo mais para oferecer ou ensinar. Um dom especial que os fazem diferentes. Saí do anonimato pode ser até uma dose de sorte, mas a regra é sempre a mesma: o sucesso é filho do mérito do esforço. Mas para chegar nesse sucesso nosso corpo deve estar muito saudável, cheio de energia e sempre jogando a nosso favor. São os requisitos mínimos. Podemos

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enveredar pelo caminho do sucesso ou do fracasso; escolha a sua opção para que o mundo não escolha por você.

[email protected]

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