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Transcript of 0% 46 2186 4 LechinuchQue gente estranha! Imigram para esta terra para uma terra de pantanos e...

  • eidot israel

    תולועפלרמה

    NOVEMBRO—I958

    Ichud Hanoar Hachalutzi

    יצולחהרעונהדגחיא

    Lechinuch46218460%

  • | | 3F/3

    filho teve Terach, de nome Abraão, do qual no futuroסמ"

    se originaria uma nação.!

    GENESIS 12

    Ora o Senhor disse a Ahrão; Sae-te da tua terra, e da

    tua parentela, e da casa de ten pai, para a terra que

    eu te mostrarei.

    E far-te-ei uma grande nação, e ahençoar-te-ei, e en-

    grandecerei o teu nome; e tu serás uma benção.E ahençoaretos que tc abençoarem, e amaldiçoarei os

    que te amaldiçoarem; e em ti serão berditas todas as

    famílias da terras

    Assim partiu Abrão.

    GENESIS 17

    Então disse a Abrão: Saibas, de certo, que estrangeira -

    será a tua semente em terra que não é suas

    DEUTERONOMIO 28

    E o Senhor vos espalhará entre todos os povos, desde

    uma extremidade da terra até a outra extremidade da

    terras

    . 200)+ -03

  • ESTE -O -POVO ESCOLHIDO

    Robert Nathan

    Estes são os escolhidos. Ele fixou

    Nas suas frontes 0 diadema Ae espinhos,A imperecível grinalda,

    A coroa da angústia, o ramo Ãe sarça do escárni A,

    “Sobre os seus ombros assentou Seus pergaminhos,

    Escuros feito o deserto, amarelos edito o meio-dias

    Dele é a voz das eras nas almas,

    A sarça ardente, a pilastra na noites

    Estes os escolhidos; Ele os nomeou a todos.

    Nenhum pode escapar à peçânha de sua graça

    Ou alguma vez aliviar-se da aflição imorredouras.

    O mel e o fel lhes é dado,

    For serem da vigilante, da permanente raça,

    E guardarem as fontes da misericórdia.

    traduçãos Zulmira Ribeiro Tavares

  • ENTRE JUDEUS E ALEMÃES - INIMIZADE ETERNA

    Toda tentativa de fusão, fracassara. O verdadeiro judeu não a

    deseja, pois considera que, assim como o homem é superior ao a

    nimal, os judeus são superiores aos outros povos. Ainda que os

    judeus vivam entre nos desde muito séculos, conservam indícios

    raciais diversos em seus rostos, figura, idioma, em sua forma

    de pensar e em seu carater. O indivíduo poderá abdicar de seu

    credo religioso mas não de sua raças também o judeu reformado e

    humanista, segue sendo judeu. Já que toda sua idiossincrasia se

    opõe as características dos povos germânicos e nordicos e em ge-

    ral, por isto são tao numerosos entre os partidos que tendem a

    subverter a ordem estabelecida. Os princípios foraneos possuem

    influencia demolidora. Por isso, Mommsen expõe, com jrgtiça, os

    judeus como fator preponderante do cosmopolitismo e da desinte-

    graçao nacionals

  • GRAÇAS

    A Deus que nos fez viver, nos manteve, e nos fez chegar até este hoje,

    O ideal de todo profeta e o anelo de todo vaticinador,

    Pois não é sonho meu, nem imagem que visiono,

    Pois que é verdade o que se vê ...

    Pois vi, eu mesmo, cair o grao em Israel,

    Das mãos de desconhecidos, famintos e sem sombra,

    E então seus foixes subiram e se fizeram

    Em Estado de Israel!

    Pois eu testemunhei grandezas, que o sangue não é vao,

    Derramado por gerações, - este sangue Judeu!

    E realizou-se todo o milagre do destino,

    E eu vivo inda estou! ..o

  • ABRAM OS FORTÕES

    Abram os portões, largamente,

    Para que passe a preciosa correntes

    Papai

    e mamãe,

    0 irmão, a irma,

    a vovô e avó

    o tio, a tia,

    Netos e bisnetos,

    Na carruagem enfeitadas.

    Abram os portões, largamente,

    Para que passe a preciosa correntes

  • PAZ

    Eu tinha uma caixa de pintura -

    Com cores brilhantes e arrojadas.

    Eu tinha uma caixa de pintura,

    Algumas cores quentes e outras muito udadas.

    Não tinha vermelho para o sangue das feridas.

    Não tinha preto para a tristeza do órgão.Não tinha branco para as mãos e faces mortas.Não tinha amarelo para as areias ardentes.

    Mas eu tinha laranja para a alegria de viver,

    E tinha verde para os botões e os ninhos,Tinha azul para os céus claros e brilhantes.

    Tinha cor de rosa para os sonhos e o descansos,

    Sentei-me

    E pintei

    A Pag

    (Tell Sorek, criança israelense

    de 12 anos)

  • A FORMAÇÃO DOS CAIDOS

    Dos montes, da planície, do deserto, chegando estão

    Eles vem, nomes, rostos, olhos, e se põem em formação

    Eles vêm num passo másculo, fortes, bronzeados

    Saem dos aviões destroçados e dos tanques queimados

    Eles erguem-se detrás das rochas, das dunas e das trincheiras

    Bravos como 0 fortes como o tigre, leves corno a águia dascordilheiras

    E, um por um; entre duas fileiras de anjos, eles vão passando

    E ao seu redor parece que flores vão brotando.

    E eu olho para eles - que animação! ;

    São esses os irmãos,meus, é.esse o.meu irmãos

    E eles se encontram. Pretos, azuis, castanhos os seus olhares

    E se recordam de nomes, objetos, lugares

    B.se servem xícaras de chá e café, ,

    E, de repente,.exclamam todos: Kifach ehi

    E, na multidão, se encontran os amigos de antes

    E os oficiais batem nos ombros dos soldados, e estes apertam

    a mão dos comandantes

    E irrompem num. canto e batem palmas .

    E quem os ouve, admirados? Moradores do céu: anjos e almas.

    E prossegue o encontro, dia e noite, noite e dia

    Porque, lá em cima, um grupo assim jamais havia.

    Súbito, eles ouvem vozes conhecidas, em choros

    E eles olham para casa, para papai, mamãe, as mulheres, .crianças,

    irmãos, em, coro,

    E. suas feições emudecem, e eles param atormentados.

    E, então, um deles murmura:. desculpe, mas fomos obrigados

    Vencemos as lutas, e, agora, o descanso merecçmose

    Esses 880 os meus irmãos,.os irmãos que temoss

    E assim estão eles, de pé, a luz nos olhos deles

    E somente Deus passa entre eles.

    E quando lhe vêm as lágrimas, ele beija em cadaum a ferida

    E diz aos seus anjos brancos, com a voz tremidas

    São esses os meus filhos, esses são os filhose

  • A CALMA E SU

    צד a 1.4 eHaim Guri

    Ouvi falar de calma.

    Não a encontrei.

    Pertence a um país

    Cujo nome não seis

    Está ligada a uma cidade ,

    cujas ruas não atravesseis

    Mora numa casa ,. 0 . e / .

    em cujos peitoris não me dobrucei.

    E como se a calma 4a

    estive lá no fim de ...

    . ד

    E eu, eu, muito aquem,

    como famintos.

    4

    tradução: Cecília Meireles

  • SOBRE O MENINO ABRÃO QUE DORME NAS

    ESCADAS DE SUA CASA NA POLÔNIA,PORTER MEDO DE DEITAR EM SUA CAMA.

    Uma cidade polonesa,

    luar alto

    E como sempre, nuvens a navegar.Ao anoitecer, deita-se o menino Abrão

    sobre as pedras da escadaria da casas.

    Sua mãe se apresenta a ele de perto,

    e seus pés não tocam o chão.

    E ela diz: Abrão, a noite é fria e úmida.Vem p'rá casa, para a cama feita.

    E Abrão lhe responde: Nao durmo em cama como todo menino,

    pois vejo-te nela,

    Ó mãe, Ô mae,dormindo e em teu coração um cutelo.

    Então seu pai se apresenta e lhe estende a mão,transparente e alto, e o repreende,

    e lhe dizs Abrão, vem logo p'rá casa.

    Meu filho Abrão, vem p'rá casa depressa.

    E Abrao lhe responde:

    Meu pai, meu pai,

    Lã tenho medo de fechar os olhos,

    Pois vejo-te lá,

    Meu pai, meu pai,inerte a dormir, sem a cabeça nos ombros

    Então se posta diante dele, sua pequena irma,e o chama para casa chorando. É

    Porem, Abrão lhe responde: Lã dormes tu

    com lagrimas de mortos sobre a faces.

    Diante dele se apresenta então as setenta nações

    e dizem:

    Caímos sobre ti!

    com setenta decretos e setenta machados

    devolver-te-emos a esta casa,

    e depositar-te-emos na cama feita,

    e tu dormiras inerte como teu pai.

    E Abrao no sonho grita: Meu pai!

    E chama pelo nome de sua mae e ela responde:

    Meu filho, bem-aventurada sou...pois não fosse pela faca, meu

    coração ter-se-ia partido em dois.

  • . Rm

    Então o silêncio lançou-so ecre ouivo,

    e a lua se apagou,

    e diante do brilho de punhais avidos de caça

    deu-se a palavra do Senhor a Abrãos para

    Abrão que dorme no corredor da casa,

    Dizendo: Nao temas,não temas, Abraão,pois tornar-te-ei grande e imerso,

    Vai-te pelo caminho da noite do cutelo e do sangue,

    para a terra que te indicareis.

    -— Vai-te pelo caminho da ncite do cutelo e do sangue,

    como um animal, como um verme, como um pássaro.

    Os que te abençoam, bendirei, Abraão

    E os que te maldizem, maldirei.

    - E Abrão se apavorou e se prostou

    e saiu da casa e do portão,

    Pois a ordem que trovejou sobre Abraão, o pai,

    troveja sobre Abrão, o menino.

    Natan Alterman

    (Ho-Tur Ha-Schevii)tradução: Zipora Rubinstein

  • A GENTE DA SEGUNDA ALIÁ| Natan Alterman

    Eles eram moços jovens

    elas eram moças jovens,

    cono imigrantes com pequenas trouxas

    chegaram à Judéia.

    Eles....

    a esta terra vieram ser primeiros pioneiros

    e quem os via

    deles dizia:

    Que gente estranha!

    Imigram para esta terra

    para uma terra de pantanos e desertos

    Com efeito, gente estranhal

    Eles disseram: Nao basta falarde Sion e terra de antepassados,

    é preciso remover pedras e cavar um poço

    e arar e semear, e preciso trabalhar

    isto falaram e fizeram...

    equecose vo so

    e quem os via

    deles dizia

    que gente estranha!

    Falam e fazem

    e partem para o trabalho

    Com efeito, que gente estranhal

    Eles diziam: O povo hebreu com o passar dos anos

    semeara o campo, contruira uma cidade...

    e quem os via

    deles dizia

    Que gente estranha!

    Exageram.na imaginação

    e sonham sonhos,

    Com efeito, gente estranha!

    Eles hoje passeiam pela terra e vêem2

    lavradores, operários, soldados judeus

    moschavot e kvutzot e cidades judias

    Quem diria, quem sonharia, uue tempos diferentes! .

    E quem os via

    deles dizia

    Que gente estranha! '

    סה

    Com efeito, gente muito estranha!

    tradução: Zipora Rubinstein

  • cc. frente a deserto e ermo

    É este o povo nascido de novo em sua pátria

    sobre esta mesma terra.

    Nesta mesma terra antiga

    banhada em sonhos e anelos

    é este c povo que abraça a terra

    que toda ela lhe pertences.

    E recordarás as gotas de suor que tua terra bebeue te erguerás então frente a montanhas e mares,

    e de fronte altiva

    bradarás com força que esta é a terra de teus avós

    que dança em teu redor.

  • VOZES NA NOITE

    Sch. Schalom

    Estas pronto?

    perguntou a voz

    no silêncio da noite.

    Estou pronto!

    Respondeu a voz

    no silêncio da noite.

    e .

    Poderas deixar

    a casa e a rua,

    o conhecido e o redentor?

    Poderei deixar

    a casa e a rua

    o conhecido e o redentorl

    Saberas caminhar

    muito longe

    e nao tremer?

    Poderei caminhar

    muito longe

    e nao tremer

    Então pega a luz em tua mao

    e parte para não retornar

    - .

    e nao olhar para tras.

    Peguei a luz em minha mão

    parto para não retornar,

    Não olho para tras!

    tradução: Zipora Rubinstein

  • NO CEMITÉRIO

    S. FRUG

    Sobre os túmulos, no cemitério,

    o pássaro gorjeia um canto.

    Jorram murmúrios de fonte,

    desatam fios de pérola

    de sua zarganta de prata.

    “Salvel Salve, túmulos vetustos,

    hoje em poeira convertidos!

    Como é surdo o vosso sonol

    Vossa noite, como é cega!

    Mas muito em breve,

    imensa e luminosa, uma Aurora há de brilhar!

    E as mortalhas fulgurarão,

    e hão de pulsar, redivivos, os corações dos mortost

    O Messias virá! Com suas mãos amorosas,

    se aproxima o Redentcxl

    Despertai, almas cativas,

    sacudi vosso torpor! "

    passaro idiota,

    ha muito tempo eu sei, de cor,

    o estribilho dessa canção ingênua,

    "OQ Messias vira, se aproxima. vs

    Oht como esta distante,

    como esta longe o Messiast

    Esperam-nos os mortos, em 1

    E os semimortos”?«e

    Há um povo inteiro

    de fontes cobertas de cinza,

    um povo de vivos que dorme «

    Ó povo de alma dolorida,

    desperta do teu sono surdol

    Sê teu próprio Messias!

    sê teu próprio Redentor!

    tradução: Carlos Ortiz

  • O PROBLEMA JUDAICO COMU PRUBLEMA RACIAL

    O problema judaico haverá de rersistir, mesmo que todos os

    judeus reneguem sua religião e se incorporem a qualquer uma das

    igrejas que sobejam entre nós, ou mesmo ainda quando desapareçam

    por completO as religiões, Afirmo que, se assim acontesesse, ha-

    veria maior urgencia de uma controvérsia entre nós e os judeus

    batizados, que sempre se introduziram, sem impedimente algum, em

    todas as esferas sociais e políticas. Ao mesmo tempo, se fizeram

    indispensáveis e, introduziram suas rezas àqueles lugares ande

    judeus praticantes não podiam adentrar. De tudo o que nos 10008

    demonstrar os fatos e a natureza da questão, chego à sonslusão

    que, ainda sendo judeus unicamente por raça e não sendo judeus

    por religiao, O leve verniz de nossa base popular pulverizado por

    este ex-povo minusculo, pode converter o problema judaico em um

    problema ainda mais arrebatador.

    E. Duhring - A questão judaica

    como questão de sa

    racteres raciais.

    LENIN NEGA A EXISTÊNCIA DE UM

    "POVO JUDEU ESPECÍFICO"

    A idéia de um povo judeu específico, completamente inexa-

    ta desde o ponto de vista científico é também reacionária 805 0

    ponto de vista político.

    O problema dos judeus está expressamente delineado da se-

    guinte maneira: ASSIMILAÇÃO UU SEFARAÇÃO?

    A idéia da nacionalidade judaica é reacionária não somen-

    te entre os devotos consequentes do sionismo, senão tamhém en -

    tre os que querem interceder entre ele e as idéias socialistas

    (Bundistas). A idéia da nacionalidade jnÃaica se opõe aos inte-

    resses do proletariado judeu, já que cria nele um espírito de

    Gueto.

    (de um artigo de 1903 )

  • TEHINÁ

    Daviã Ibn Pacuda

    Meu Senhor! O desgosto quebrou-mee por força do meu sofrimento"suspifei pelos dias de outrora!.,

    Já falei-vos das penas do espíritoe inda hoje é amarga esta queixa."Quem me traz os meus dias de outrora?!

    Minhas forças se vão desfazendoe minha alma gemendo comigo"pois recorda o meu tempo de outrora!

    Minhas lágrimas colhe, Senhor,tuas bençãos concede-me agora,"meu abrigo, Senhor meu de outrora",

    Quase morta de angústia estariase nao fora a esperança que tenho"no que os céus cavalgou como outrora!

    Ó Piedoso! Conserva a tua vinha!Qual a força que assim me castigaUse ês meu Deus e meu Rei desde outrora?!

    Onde está tua misericórdiaque os antigos nos tinham contado?"Bem fizeste, nos dias de outrora!!!

    Mas por que temeria a desgraça?For acaso o consolo do triste"nao és tu, desde os dias de outrora?!

    Até quando estarei prisioneira9 0 5 שי inimigo, feliz"estará, como em dias de outrora?!

    As palavras dos nossos profetase O amor prometido, recorda,“desde 08 pais prometido, e mmtnroga"."4

    A aflição de teu povo contemplae desmancha tua ira e desgosto."Nossos dias refaz, como outrora”,

    A Sião teus favores concede,vem chamar-nos que iremos, Senhor."Nossos dias refaz, como outrora",

    tradução: Renata Fallotini

  • MERCADOR DE VENEZA

    SEYLOCK

    Tua carne servirá de isca para os pcixes. Quando não sirva

    para mais nada, serve para saciar a minha vingança. Cobriu-mede desprezo, deixei de ganhar meio milhão por sua causa, riu-s6

    dos meus prejuizos, escarneceu dos meus ganhos, desconsiderou a

    minha nação, entravou os meus negócios, indispos-me com os meus

    amigos, excitou os meus inimigos e por que razão fazia tudo is-

    to? For eu ser judeu, Então um judeu não tem olhos? um judeunão tem mãos? nem Órgãos, nem proporções, nem sentidos, nem a-feições, nem sentimentos? Nao ge nutre con os nesmos alimentos?

    Não é ferido com as mesmas armas? Não está su jeito as mesmas

    doenças? Não se cura, com os mesmos andas” Não é aquecido e

    enregelado pelo verão ou inverno como qualquer cristão? se nos

    picardes, não deitamnos nós sangue? Se nos fizerdes cócegas, não

    nos rimos nós? Se nos envenenardes, não morreremos? Se nos ultra

    jardes, não nos haveremo: de vingar? Se nus parecemos em tudo

    convosco, não nos havemos de parecer nisto? Se um judeu -ofende

    um cristão, como é que o eristão o humilha? vingando-se Se um

    cristão ofende um judeu, que deverá dar-se à paciência do judeu,

    se ele quiser seguir o exemplo do cristao? a Vinganção 4 infaâmia

    que me ensinais hei de po-la em prática, e bem mal-irã à minha

    vida ge não exceder as instruções que vôs me daise

  • MERCADOR DE VENHZA

    SHYLOCK

    ,

    Senhor Antoniot Quantas vezes, quantas, declamastes

    contra min no Rialto? Quantas me maltratastes por causa

    do meu dinheiro e dos juros que lhe faço render? Com que

    paciencia eu vos aturava, encolhendo os ombros, por isso,

    que a paciência é a.virtude característica da 108881

    Chamavéis-me hereje, cão de malfeitor, e cuspíeis sobre

    as minhas vestes de, judeu e tudo isto pelo emprego que

    eu dou ao que é meu. Está tudo muito beml Parece, porém;

    que chegou a ocasião, de terdes. precisão de mim e vindes

    procurar-me,, dizendo: "Shylock, temos necessidade do vos-

    so dinheiro". Eis o que o dizeis, senhor, sem vos lembrar

    des de que me escarrastes na cara e me sacudistes com a

    ponta do pé, çomo se eu fosse um cão vadio que estivesse

    à vossa porta! E agora que me pedis dinheiro, que é que

    éu devia responder-vos? "Então, um cão tem dinheiro? En-

    tão, um cão tem dinheiro? Então um cachorro pode empres-

    tar três mil ducados? " Qu quereríeis que eu, inclinando -

    me até ao chão, com voz de escravo, com a respiração ofe-

    gante, com humildade que mal nos deixa falar, vos respon-

    desse: "Meu bom senhor, na última quarta-feira, vossa se-

    nhoria essarrou-me na cara; há dias, expulsou-me a ponta-

    pés; doutra vez, chamou-me cão; em paga destas delicade-

    za, vou emprestar-vos todo o dinheiro que me exigis"s

  • a

    ODE A ISRAEL

    Hei de Louvar-te com todo o meu coração. .

    Davi, salmo 156

    . . . a 2 .

    Fis aqui por fim - Hosanai - a terra prometida,

    a cunha do sangue ganho com vida.

    O novo lar antigo que no trono alvorece,5 F ו

    20808, 0 Carmel, Neguev, Sharon, Galileias

    A misteriosa lânpada que alenta-nas visões,

    peregrina do senho das geraçõeso

    À estrela uma noite fechou cada janela-. % ₪

    e hoje a devolve aberta a luz da manhas

    Israel dos prantos, Israel das penas

    Paraíso encontrado, livre e já sem cadeiase

    Jardim para os tristas, sol dos desterrados,

    mae dos perdidos coraçoes achados.

    7 . E .

    Frente à angústia delgadade fadiga,. / . . , .

    peito para a lagrima que subira em espigas

    Mão para a dura mão dos labores,,

    pes para os dobrados olhos sem resplendores,

    Lingua para os lábios consumidos sem fonte,

    vento d'alma, rio de palavra fervente.

    . 7 . .

    Vale da vitoria, monte do triunfo, altura

    conquistada na noite de tanta desventuras

    Pradaria do repouso, panal do coração,

    lenço dos largos lamentos de Siaos

    Jovem escudo ao braço dos verdes varões

    Israel, nvrimavera das novas naç0es,.

    1 . .

    irco-iris cantando depois da tormenta

    irca de paz, a quilha ensanguentada

    Davi da beleza,

    duro pequeno pastor,

    Isracl que num pesadelo

    cortaste a estatura.

  • 6 menino de firmeza,divino fundeiro forte,

    Israel, que à morte,

    cortaste a ₪34

    Enbora ocultes a espada,Não lhe empanes os fulgoresSacode os cabelos

    6 firna a mniradas

    Estende as toalhas

    parte o teu pão, tranquilo,Porém, sustenta suspensos

    à luz os lauréiss.

    Que no lar a brasa

    não esteja numa desertasPorém mantenha alertaa chave da casas.

    Que estrela acesa,

    senpre no alto do muro

    ao inimigo escuro

    quebre em sua guarida.

    Que as sombras espessas

    em seu derrubamnento

    o afugentem; que nem sequer o vento

    recorde as suas fagulnase

    Se feroz, desumano,

    uma vez gomentes

    Mas com o inocente

    povo agareno, irmão»

    Forma uma multidão-de flores, um ramos.

    Diversa, arde a chama

    nun mesmo lume .

    E pode uma pradaria

    juntar dois temporais

    e sobre dois favos

    nascer uma bandeiras.

    Louvado Israel com toda a garganta1 .

    ao som d'alma, aos sons de lingua verdadeira»

    Lovado Isracl com todo o discernimento:

    ao som da corda, aos song das bocas do vento.

    - / . .

    Louvado Israel com saltérios felizes ,

    Sobre seus séculos tristes nasçam os luninososs

  • a

    Louvado

    sob seus

    Louvado

    ,

    Israel com cimbalos sonantes, .

    pes se varrem os caminhos errantese

    Israel com flautas e pandeiros

    Por seus velhos soldados, seus novos guerrilheiross9 ו

    Louvado

    por sêéu

    Louvado

    Por sua

    Louvado

    por sua

    Louvado

    Israel com tubas e timbales

    sangue, hoje correntes de claros manaciais.

    Israel com harpas e laudes,

    estrela contando sobre a juventude.

    Israel, louvado, louvadobela ancia, nova. (juventude) alvorada conquistada.

    , .

    sem odio. louvado sem cenho, '

    na vida, na morte, na aurora, no sonhos

    Em sua noite silenciosa, aberta em-meio-dias

    Alegrial Alegrial Alegrial Alegrial Llegrial

    Rafael Alberti