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FORMAÇÃO CONTINUADA
PEDREIRO REVESTIDOR
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Formação continuada
Pedreiro revestidor
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Formação continuada
Pedreiro revestidor
© SENAI-SP 2008
Trabalho organizado a partir de seleção de textos técnicos extraídos da
Intranet pela Escola SENAI “Orlando Laviero Ferraiuolo” para o Curso de
formação continuada – Pedreiro revestidor.
Escola SENAI “Orlando Laviero Ferraiuolo”
Rua Teixeira de Melo, 106 – Tatuapé – São Paulo - SP – CEP 03067-000
Tel.: (0xx11) 2091 6176 – Fax.: (0xx11) 2295 2722
www.sp.senai.br/construcaocivil
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Sumário
Introdução ..............................................................................5Aglomerante – cal ..................................................................7Agregados ............................................................................12Cerâmica...............................................................................15Revestimentos .....................................................................17Água para argamassas ........................................................20Alisar com desempenadeira de feltro ou esponja ............22Aplicar e desempenar argamassa ......................................24Desempenadeiras ................................................................29Peneiras e cirandas..............................................................32Chapiscar com colher ..........................................................34Encher panos .......................................................................38Taliscar paredes ...................................................................44
Declividade ...........................................................................49Esquadrejar pelo processo 3/4/5 ........................................51Fazer mestra .........................................................................55Revestir piso com cerâmica com argamassa comum ......59Revestir piso com cerâmica com argamassa especial .....64Cortar cerâmica....................................................................67Referências bibliográficas ...................................................70
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O Curso de qualificação profissional de Pedreiro revestidor tempor objetivo o desenvolvimento de competências relativas atécnicas de execução de revestimento argamassado, revesti-mento cerâmico e revestimentos decorativos argamassadoscom segurança, qualidade e economia, seguindo as especifi-cações, normas e prazos estabelecidos em projeto.
Introdução
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A cal é um produto obtido através da calcinação dos calcários a temperaturas
elevadas.
Os calcários não se encontram na natureza em estado quimicamente puro. Apresentam em sua composição outras substâncias que são capazes de modificar
duas qualidades.
Fabricação de cal
A calcinação de pedras calcárias, convenientemente fragmentadas, é obtida a
temperaturas entre 800 e 1000º Celsius. Assim as pedras perdem umidade e se
decompõem, desprendendo gás carbônico (anidrido carbônico), reduzindo-se a cal
virgem ou viva (óxido de cálcio anidro).
Dentre os muitos fornos existentes para a cozedura da cal, vamos citar o forno
intermitente, empregado em pequenas instalações, geralmente rurais,
A cozedura é feita em câmaras de alvenaria de forma prismática ou cilíndrica.
Essa última proporciona melhor aproveitamento do calor.
Aglomerante – cal
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A câmara de combustão ou fornalha encontra-se na parte inferior e é arrematada por
uma abóbada feita com as pedras calcárias maiores, sobre as quais são colocados os
fragmentos maiores.
Para um bom cozimento é necessário que o calcário seja colocado em camadas de
30cm; alternadas com camadas menores de carvão, geralmente com a metade da
espessura.
Alguns desses fornos têm um cinzeiro na parte inferior, separado da fornalha por meio
de uma grelha.
O tempo de cozedura, para fornos de 75 a 80m3 de capacidade, varia de 120 a 150
horas, conforme a qualidade da lenha, e o ponto ideal de cozedura é reconhecido pela
cor rósea do material e pela facilidade em introduzir um ferro no meio da massa.
Terminada a queima, deixa-se esfriar o produto e, em seguida, retira-se a cal viva
através da abertura da fornalha, descendo toda a carga, pouco a pouco, pelo seu
próprio peso.
Antes de prosseguirmos com o assunto, é bom que você saiba o significado de alguns
termos técnicos.
Pega
É um fenômeno físico-químico segundo o qual a cal endurece mais ou menos
rapidamente aderindo aos materiais com os quais se acha em contato.
A pega é um fenômeno físico porque resulta na solidificação da pasta e é um
fenômeno químico porque ocorrem reações químicas na estrutura da pasta.
Endurecimento
É um fenômeno físico que envolve a simples secagem da pasta.
A secagem é ocasionada pela evaporação da água empregada no preparo da pasta.
Pois bem, conforme a composição química e as propriedades físicas, a cal é
classificada em duas categorias:
� Cal aérea, comum, hidratada ou apagada, que faz pega em presença do ar;� Cal hidráulica, que faz pega em presença da água.
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Cal aérea
A cal aérea, comum, hidratada ou apagada (todas essas denominações indicam o
mesmo produto) é classificada em gorda e magra.
A cal gorda provém de um calcário muito puro que contém de 0 a 5% de argila,
significando que mais de 90% do produto é constituído por óxido de cálcio.
A cal magra provém de calcários magnesianos que apresentam em sua composição de
5 a 10% de argila e até 50% de magnésio.
Tanto a cal gorda quanto a magra em estado anidro (não recebem água) são
conhecidas pelo nome de cal virgem.
Em contato com a água, ambas aumentam de volume e se desagregam e o produto
resultante apresenta propriedades cáusticas.
A reação de cal virgem em água (chamada reação de extinção ou hidratação) produz
forte desprendimento de calor.
A temperatura da reação atinge até 150 graus Celsius e o produto resultante recebe os
seguintes nomes:
� Cal extinta;
� Cal apagada ou
� Hidróxido de cálcio.
Salientemos que a cal gorda reage rapidamente com a água, chegando a absorver três
vezes seu próprio peso em água. O produto resultante forma uma pasta fina, branca,
suave e de aspecto untuoso.
Por outro lado a cal magra reage mais lentamente com a água, absorvendo até duas
vezes seu próprio peso em água.
O produto resultante será uma pasta menos fina, não untuosa e com resíduos
insolúveis.
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Diante do exposto, sobre as reações da cal gorda e magra com a água, teremos o
rendimento.
RendimentoChama-se rendimento a relação existente entre o volume de cal extinta e o volume de
cal virgem que lhe deu origem:
rendimento =virgemcaldevolume
extintacaldevolume
O rendimento de cal gorda alcança de 3 a 3,5 e o rendimento da cal magra varia de 1 a
1,5.
Cal hidráulica
As propriedades da cal hidráulica provém da argila contida nos calcários.
Uma cal hidráulica será considerada de boa qualidade quando, durante a pega, não
ocorrer o aumento da temperatura.
Se isto ocorrer, significará que em sua estrutura existem partículas não extintas que
poderão inchar e desagregar a massa.
Quando em pó, a cal hidráulica apresenta a cor amarelo-claro com tendência ao cinza.
A rigor, a cal hidráulica é um cimento.
Extinção de cal comum
A extinção da cal comum se faz por fusão, aspersão, imersão ou espontaneamente.
O processo mais comum é o de fusão. Para isso coloca uma camada de 25 a 30cm de
cal virgem ou viva em um tanque de madeira, de forma retangular. Adiciona-se água na
quantidade necessária para a hidratação completa, de modo a obter uma pasta.
Não se deve acrescentar mais água durante a reação, pois calor e o vapor
desprendidos podem causar queimaduras no operador. A cal, depois de extinta, deve
permanecer em repouso durante uma semana, para ser empregada depois de três
semanas, nos revestimentos.
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Extinção da cal hidráulica
A extinção da cal hidráulica é feita nas fábricas, que para isso dispõem de instalações
adequadas.
Atualmente a cal hidráulica é a mais usada em obras, tendo em vista a facilidade que
proporciona no armazenamento, no trabalho e no transporte.
É encontrada no comércio em sacas de papel, em forma de pó branco, com peso de
20Kg.
Armazenamento
O armazenamento da cal hidratada é simples. Constrói-se um estrado de madeira
acima do solo 10 a 30cm, em lugar seco e fechado, devendo-se empilhar os sacos de
maneira uniforme e conveniente.
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Areia chama-se o agregado de grãos soltos com qual se fabricam argamassas de cal
ou cimento.
Origem
A areia é o produto da desagregação de rochas, como por exemplo o granito, o basalto
e o calcáreo. É encontrada nos rios e riachos, nas minas e no mar.
De todas as areias para o serviço de pedreiro a mais indicada é a dos rios e riachos.
A areia das minas contém muitas impurezas e a do mar contém sal e outras
substâncias que provocam a desagregação das argamassas. Por esta razão é
condenável o seu uso para serviços na construção civil.
Razão do uso
A principal razão do uso da areia na argamassa é que ela impede a contração
demasiada da mesma e diminui consideravelmente o gasto da cal. As partículas de cal
aderem mais aos grãos de areia do que entre si, por esta razão se diz que a areia
aumenta a resistência da argamassa de cal.
Qualidade
A qualidade da areia é determinada através do tamanho dos grãos, da forma destes,
da sua pureza e da resistência da argamassa endurecida. A argamassa de areia
grossa é mais resistente do que a de areia fina.
Agregados
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Pureza
Toda a areia usada na obra deve ser pura e limpa. Não deve conter impurezas, como
argila, barro, sal, fragmentos de madeira ou de tijolo, papel, etc.
Existem vários processos simples para limpar areia. Os mais usados são: lavagem,
secagem e peneiragem.
Assim, consegue-se eliminar uma grande parte de substâncias prejudiciais.
Existem processos simples para determinar a quantidade de impurezas, como torrões
e barro na areia.
O método mais usado na obra, apesar de ser muito empírico, consiste no seguinte:
amassa-se um pouco de areia nas mãos e de acordo com a quantidade de sujeira que
ficam entre estas, pode se dizer se a areia é limpa, pouco ou muito suja.
Um exame melhor é o seguinte: Enche-se um vasilhame de vidro até 1/3 do seu
volume com areia e os 2/3 restantes com água limpa. Mexe-se o conteúdo com uma
vareta de madeira ou de ferro, deixando-se descansar.
As impurezas, por serem leves, ficarão sobre a areia. Determina-se então a
porcentagem das impurezas por simples comparação com a areia no fundo do
vasilhame.
É admissível uma porcentagem de 3% de impurezas.
Umidade na areia com 2% (dois por cento) de umidade possui 2 litros de água e 100
litros de areia seca. A umidade é tão importante que deve ser descontada daquantidade de água a adicionar na dosagem do concreto (fator de água - cimento).
Inchamento na areia é o aumento de seu volume devido a uma película de umidade
que cobre os grãos, impedindo-os de se encostarem perfeitamente.
A areia com 5% de umidade é a que apresenta o maior inchamento, que é de 30%.
Isto quer dizer que 100 litros de areia seca passam a ocupar 130 litros, quando a areiaadquirir uma umidade de 5%.
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A areia é vendida molhada, a base de m3. No peneiramento, pode-se considerar uma
perda de 5% ou seja, de 5 litros em cada 100 litros de areia peneirada.
Pedra britada
É um agregado resultante da trituração (britamento) das rochas, em máquinas
chamadas britadeiras ou então manualmente.
As rochas são trituradas pelas britadeiras ou britadores e posteriormente passam por
uma série de peneiras em forma de grade de diâmetro decrescentes que fazem a
classificação da brita.
É de grande utilidade na construção civil, pois é um dos componentes do concreto.
São classificadas segundo o tamanho dos grãos em:
a) Brita grossa
É aquela em que as pedras medem entre 3 a 7cm, também conhecida como
Brita 3.
b) Brita média
Constituída de pedras, medindo entre 1,5 a 3cm, também identificada como Brita 2.
c) Brita fina
Constituída de partículas medindo entre 0,7 a 1,5cm, identificada como Brita 1.
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São peças constituídas de uma mistura de argila, feldspato e corante, cozidas em
fornos a uma temperatura de 1 300º centígrados.
Utilizadas no revestimento de pisos sujeitos à limpeza constante, como os de cozinhas
copas, refeitórios, etc.
Quanto às formas, as mais usuais são:
Retangulares = 7,5 x 15cm
Quadradas = 20 x 20cm
Cerâmica
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Encontradas no comércio em caixas de 1,00m2, variando a quantidade das peças em
função do tamanho.
As cores mais usuais são: vermelha, amarela, cinza e preta.
Tipos de assentamento
Em damas de 2 peças
Juntas desencontradas
Juntas reticuladas
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Os revestimentos com argamassa, geralmente conhecidos como emboço e reboco,
aplicam-se nas alvenarias tanto externas como internas. As argamassas devem ser
resistentes aos choques, ter boa aparência e ser impermeáveis, quando aplicadas no
exterior.
Os revestimentos constam de uma ou duas camadas, conforme o acabamento que se
deseje dar, além de uma camada de espessura fina e rústica, conhecida como
chapisco.
Aplica-se chapisco com a finalidade de deixar a superfície mais áspera, facilitando
assim a aderência do emboço à superfície a ser revestida.
É constituído de areia, cimento e água com traço geralmente de 1:3 ou 1:4.
Emboço
O emboço, também chamado reboco grosso, é diretamente aplicado sobre o chapisco
e depois de pronto deve apresentar uma superfície plana e áspera para facilitar a
aderência do reboco. O emboço deve ser sarrafeado com régua.
A argamassa do emboço pode ser simples, de areia e cimento, ou mista, com cal, areia
e cimento, conforme a consistência que se deseja dar. Para o revestimento interno
pode-se aplicar também o emboço simples de cal e areia. Dá-se preferência às
argamassas mistas pela sua maior impermeabilidade e maior eficiência aos choques.
A espessura do emboço não deve ultrapassar 1,5 cm, exceto em casos especiais. A
argamassa mista para o revestimento interno deve ter o traço de 1:5/20. A argamassa
Revestimentos
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simples de cal deve ter o de 1:4. Para revestimento externo, deve ter 1:4/16. A
argamassa simples de cimento é empregada somente em serviços especiais, tais
como paredes que vão ser revestidas com laminado plástico, pintura
impermeabilizante, azulejos assentados com cola, etc.
Reboco
É uma camada muito fina de argamassa, aplicada sobre o emboço para dar melhor
aspecto à superfície de revestimento; sua espessura varia de 1 a 3 m/m, daí também
ser conhecida como massa fina.
Para revestimento interno, é feito com areia e cal, no traço de 1:2, usando-se areia fina
lavada e peneirada com peneira de fubá. Para o revestimento externo, onde recebe
muita umidade, adiciona-se uma quantidade mínima de cimento, geralmente 1:2/20. O
acabamento deve ser feito com desempenadeira de feltro. Em casos especiais, o
emboço e o reboco devem ser feitos com areia e cimento com traço de 1:3.
Revestimento de gesso
A argamassa de gesso é empregada no interior das construções visto que o gesso não
é material impermeável, não resistindo á ação da umidade.
O revestimento de gesso é aplicado sobre o emboço ou diretamente na alvenaria,
desde que a alvenaria esteja plana e sem rebarbas. É aplicado, nos esboços, com
desempenadeira de aço e alisado de modo a não ficarem marcas das ferramentas de
aplicação. Após 72 horas, estará pronto para ser lixado e receber a pintura do
acabamento.
Essa argamassa, tanto na mão–de–obra como no custo de material, é mais econômica
que o reboco e a massa corrida.
A argamassa deve ser preparada para uso imediato, tendo-se em vista que o gesso
tem secagem rápida. A pega da argamassa de gesso pode ser retardada, adicionando-
se água de cola.
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Outros tipos de revestimento
Chapisco com peneira
É um tipo de revestimento usado em pequena escala na construção civil. Seu empregoé restrito a muros barrados até dois metros de altura, paredes decorativas internas e
externas.
A argamassa é feita de areia e cimento, com traço de 1:3, e aplicada com uma só
demão, com peneira grana maior, geralmente peneira de café, para dar um rústico
uniforme.
Chapisco com pedra britada
É usado em decoração de ambientes como: muros, paredes decorativas, etc.
A argamassa é constituída por cimento, pedra britada e água, podendo ser adicionada
pequena quantidade de cal. A dimensão da pedra britada usada é n.º 1, ou pedrisco
com traço 1:1, 1 volume de pedra e 1 de cimento.
Os revestimentos com argamassas especiais, como Fulget, barra lustre, pedras
calcárias, minerais, mármores, etc., devem ser aplicados por pessoal especializado,
com orientação dos próprios fornecedores.
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A água destinada à formação de argamassa e concreto deve ser límpida, pura e ter a
temperatura conveniente, pois as águas muito frias ou muito quentes retardam ou
aceleram a pega. Deve estar isenta de impurezas como sais, ácidos e graxas.
Os cloretos e os sulfatos de metais ferrosos retardam e os carbonetos alcalinos
aceleram a pega.
As melhores águas são as de chuva, de fonte e de rios; ás águas de poço são boas
quando isentas de sais.
Não é fácil determinar a quantidade de água que se necessita para uma determinada
argamassa ou concreto, pois os aglomerantes requerem uma parte dela, geralmente
250 litros por tonelada, e o agregado requer outra que a absorverá diversamente,conforme a natureza e as dimensões de seus componentes.
É necessário não esquecer que a água deve ser a estritamente necessária, pois,
quando em excesso, deixa, ao evaporar-se, cavidades que são prejudiciais. E quando
insuficiente, prejudica a pega.
O teor de água para argamassa determina-se experimentalmente, fixando-o de
acordo com a natureza do trabalho a executar.
Em relação ao concreto, é difícil obter uma regra fixa, pois a quantidade de água a
empregar-se depende do grau de capacidade da pasta. Para os trabalhos de concreto
armado, a quantidade de água varia de 9 a 10,5% do volume total dos componentes,
tendo-se em conta um agregado com umidade normal; para o agregado seco, a
porcentagem se eleva a 12%.
Água para argamassas
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Estudos modernos têm mostrado a grande influência que o teor de água exerce na
resistência dos concretos. O método de dosagem racional dos concretos fixa o volume
da água em função do peso do cimento, considerando-se a resistência e a durabilidade
que deve apresentar a obra.
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É obter um acabamento granulado fino, com o desempenamento da superfície,
mediante o auxílio da desempenadeira de feltro. Freqüentemente o pedreiro realiza
este trabalho sobre os revestimentos finos de paredes e tetos.
Processo de execução
1o Passo - Coloque a desempenadeira dentro de um balde de água, a fim de que o
feltro ou a esponja fiquem elásticos.
Observação
Na falta da desempenadeira com esponja, a substituição é possível utilizando-se uma
placa de esponja plana.
2o Passo - Verifique as condições de umidade e a consistência da superfície a ser
acabada.
Observação
No caso de superfície com argamassa mole (excessivamente plástica), a
desempenadeira remove a pasta; no caso de argamassa dura, a desempenadeiraremove os grânulos.
3o Passo - Inicie a aplicação em um dos
extremos, aplicando a
desempenadeira no sentido do
comprimento, numa faixa curta
(figura ao lado).
Alisar com desempenadeira de
feltro ou esponja
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Observações
� Nos tetos, a aplicação é feita da frente para trás, e nas paredes, de cima para
baixo.
� Não se deve aplicar a desempenadeira nas superfícies já acabadas, pois isso retira
os grânulos.
� A desempenadeira deverá ser limpa cuidadosamente, após o seu uso.
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Consiste em adicionar, com a desempenadeira, uma camada de argamassa sobre a
argamassa grossa ou base, e desempenar com a mesma ferramenta, como
acabamento final ou parcial.
Processo de execução
Caso I - Aplicar na superfície
Precaução
É necessário utilizar luvas de borracha para evitar que a argamassa danifique as mãos.
1o Passo - Umedeça a superfície
Observação
Com auxílio da picadeira, retire as saliências da argamassa grossa, se necessário.
2o Passo - Limpe o piso no encontro da parede a ser revestida.
3o Passo - Aproxime a desempenadeira do caixote
Aplicar e desempenar argamassa
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a. Deposite a argamassa na desempenadeira.
4o Passo - Aplique uma faixa de argamassa fina.
a. Segure a desempenadeira pelo cabo com as duas mãos.
Observação
É necessário iniciar num extremo e na parte baixa
b. Estenda a argamassa de baixo para cima, pressionando a desempenadeira
uniformemente.
Observação
É necessário manter a desempenadeira ligeiramente inclinada, para obter uma faixa
com espessura fina de argamassa
5o Passo - Desempene, fazendo a desempenadeira deslizar sobre a argamassa fina
estendida, com amplos movimentos giratórios.
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6o Passo - Repita os passos anteriores até completar o revestimento em toda a
superfície.
Observações
� O desempeno da superfície deverá ser efetuado umedecendo-a com o auxílio de
uma broxa.
� Ao desempenar superfícies irregulares, estas deverão receber argamassa
novamente, e a regularização é posterior.
� Nos cantos internos é necessária a utilização de desempenadeiras estreitas.
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Caso II - Arrematar cantos externos ou arestas
1o Passo - Desempene, com a desempenadeira estreita, de cima para baixo e vice-
versa, em uma das faces do canto, umedecendo, se necessário.
ObservaçãoÉ necessário evitar que a aresta desalinhe.
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2o Passo - Desempene a outra face do canto, conforme o passo anterior.
3o Passo - Aplique argamassa fina, onde houver falta de material.
4o Passo - Desempene novamente, se necessário
5o Passo - Desempene com a desempenadeira estreita, retirando as rebarbas e
regularizando o canto
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Desempenadeira de madeira
É uma ferramenta de madeira fina, de formato retangular, com uma asa ou cabo
colocado em uma de suas faces, a qual é fixada por meio de tarugos ou pregos.
Desempenadeira com cabo duplo “T” Desempenadeira com cabo de uma peça
É utilizada para depositar porções de massa que posteriormente são lançadas, comauxilio da colher, nas superfícies a serem revestidas. É empregada também para
estender e desempenar os revestimentos das paredes, pisos e tetos.
O seu tamanho está relacionado com o tipo de trabalho a ser realizado.
Garlopa de pedreiro
É uma ferramenta similar a desempenadeira, porém mais comprida e mais estreitautilizada para arrematar cantos inteiros e as arestas nos trabalhos de revestimentos
com massa fina e outros similares.
Garlopa grande Garlopa pequena
Desempenadeiras
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O tamanho usual varia entre 40cm a 60cm de comprimento e 8cm a 10cm de largura.
Em determinados trabalhos e espaços pequenos, utilizam-se a de menores dimensões.
Estas ferramentas, devido à sua simplicidade e às suas características, sãoconstruídas geralmente pelo próprio pedreiro, sendo recomendado o uso de madeiras
duras, isentas de estilhas e rachaduras.
Desempenadeira de esponja
É uma desempenadeira de madeira, idêntica à comum, que possui uma placa de
esponja ou feltro presa na madeira. É utilizada para obter superfícies com um
acabamento granular fino.
Desempenadeira de aço
É uma ferramenta de metal e madeira, constituída de uma folha de aço fino e maleável,
geralmente de forma retangular, presa a um cabo de madeira ou plástico.
Utilizada para estender, assentar e alisar materiais de grânulos finos, nos
revestimentos de paredes, pisos, tetos, etc.
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Peneiras
São ferramentas utilizadas na construção civil para selecionar grãos de areia
necessários a serviços como reboco, assentamento de azulejos, etc. São constituídas
de uma rede de malhas de aço com diversas aberturas. No mercado são adquiridas
com malhas grossas, médias e finas, de acordo com o vão da malha que varia de
0,3mm a 2,0mm.
Ciranda
É uma ferramenta com a mesma função da peneira; confeccionada na própria obra,
com armação de madeira (sarrafo de pinho) e uma tela de malhas de aço. A areia é
selecionada e arremessada a pá, na parte superior da ciranda, com isso sofre um
Peneiras e cirandas
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deslizamento sobre a tela que fica ligeiramente inclinada. As telas mais utilizadas são
as de 1 e 1,5cm .
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É uma operação executada pelo pedreiro nos trabalhos de revestimento. Consiste em
aplicar uma camada de argamassa grossa e encharcada nas superfícies que serão
revestidas, obtendo-se assim uma superfície rugosa, que contribuirá para uma melhor
aderência dos demais revestimentos que posteriormente serão aplicados.
Processo de execução
Caso I - Chapiscar diretamente do caixão
Observação
Este processo geralmente é utilizado para chapiscar desde a altura do piso de trabalho
até a cinta do operador.
1o Passo - umedeça a parede sem encharcá-la.
Observação
As paredes serão molhadas para retirar a poeira e evitar a absorção da água da
argamassa. No caso de tetos, geralmente dispensa-se o umedecimento prévio.
2o Passo - Coloque o caixote de argamassa à sua direita .
3o Passo - Pegue a argamassa do caixote.
Chapiscar com colher
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Observação
É necessário pegar a argamassa com a colher e dirigi-la para a parede, inclinando-se a
ferramenta de tal forma que a argamassa não caia.
4o Passo - Aplique argamassa na parede de tal forma que fique espalhada.
Observações
� A distância para lançar a argamassa na parede deverá ser de 25cm.
� Ao lançar a argamassa, é necessário levantar a colher, evitando que bata contra a
parede.
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� Para chapiscar para o lado esquerdo do operário, é necessário colocar o caixote
desse lado. A argamassa retirada é lançada com a colher.
Caso II - Chapiscar utilizando a desempenadeira
Observação
Este processo é aplicado para revestir a parte alta das paredes e para os tetos.
1o Passo - Pegue com uma das mãos a desempenadeira, com a parte plana para cima
e aproxime-a do caixote.
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2o Passo - Coloque argamassa na desempenadeira com auxílio da colher.
Observação
É necessário colocar a maior quantidade possível de argamassa na desempenadeira,sem derramá-la.
3o Passo - Pegue a argamassa da desempenadeira com a colher.
4o Passo - Aplique na parede de tal forma que fique espalhada.
Observações
� lançamento é idêntico tanto à esquerda como à direita.
� Para chapiscar o teto, o lançamento deverá ser feito sempre à esquerda.
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2o Passo - Dê a plasticidade necessária à argamassa a ser usada.
Observação
Deve-se amolecer a argamassa com a colher, colocando água, se necessário.
3o Passo - Coloque no broquel uma porção da argamassa do caixote.
Observação
Deve-se apanhar a argamassa com a colher, usando a mão direita, enquanto a
esquerda segura o broquel.
4o Passo - Encha o pano
a. Recolha com a colher uma porção de argamassa do broquel.
b. Jogue porções sucessivas de argamassa sobre a superfície a encher entre as
faixas mestras.
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Observação
Deve-se colocar uma primeira camada de argamassa na superfície delimitada pelas
mestras.
c. Jogue outras porções de argamassa sobre a primeira, formando um a segunda
camada.
Observação
É necessário trabalhar mais de um pano, para que haja tempo da argamassa secar,
antes de receber nova camada.
d. Repita o subpasso “c” quantas vezes forem necessárias, até a argamassa atingir a
face da mestra.
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e. Passe a régua (sarrafeie) sempre apoiada nas mestras, imprimindo-lhe movimento
de vaivém.
Observações� Tratando-se de parede, sarrafeia-se de baixo para cima.
� No teto, o operador puxa a régua da frente para trás, iniciando com os braços
quase esticados.
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f. Preencha os locais do pano, onde a argamassa ficou rebaixada (não atingiu o
plano da superfície das mestras).
Observações� Deve-se voltar a sarrafear o pano ou raspar com a borda da colher (se o retoque for
pequenino).
� pano está pronto quando a régua, apoiando-se nas mestras, ajusta-se a todos os
pontos de toda a superfície, em qualquer direção em que for colocada.
� A superfície emboçada deverá ficar uniforme e rústica.
5o Passo - Emboce o canto externo, se necessário
a. Fixe uma régua na vertical.
Observações
� A régua é fixada com auxílio de guanchos de ferro.
� Nos cantos, as réguas-guias têm a função de mestras.
b. Aplique argamassa entre a régua e a mestra.
c. Sarrafeie sobre a régua e a mestra.
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Observação
Não se deve retirar a régua até que o emboço segure o suficiente, evitando que o
canto se danifique.
d. Retoque o canto com a desempenadeira, se necessário.
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É um processo executado pelo pedreiro nos trabalhos de emboco, realizado para o
revestimento de paredes, tetos, colunas, etc. Consiste em colocar, seguindo uma
técnica, pontos (taliscas) de referência que estabeleçam o correto alinhamento e a
verticalidade (prumo) da superfície que será revestida.
Processo de execução
1o Passo - Selecione as taliscas necessárias
Observação
O número de taliscas é determinado em função da área da superfície.
2o Passo - Coloque a linha superior de referência.
Taliscar paredes
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Observação
Deve-se fazer um exame rápido, a fim de verificar se toda a parede está aprumada e
plana.
a. Pregue dois pregos, um em cada canto superior da parede chapiscada.
b. Estique uma linha, prendendo-a nos dois pregos colocados no subpasso anterior.
Observações
� A linha deve ser bem esticada.
� Deve-se afastar a linha de 1,5cm a 2cm do chapisco, o que significa que teremos
de 1,5cm a 2cm de espessura para a argamassa (figura ao lado).
3o Passo - Coloque a primeira talisca.
a. Coloque um pouco de argamassa em um dos cantos superiores da parede.
Observação
A quantidade de argamassa deve ser suficiente para que a talisca, depois de colocada,
fique tangenciando a linha.
b. Posicione a talisca com as mãos, pressionando-a sobre a argamassa em
movimentos de vaivém, até alinhá-la.
Observações� A aresta superior da talisca deve acompanhar a linha a 1mm de distância.
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Observação
A distância entre duas taliscas consecutivas não deve ser superior a 1,50m.
NotaConsideramos linha superior ou canto superior, a linha que fica a 1,80m acima do piso
em que o operário está pisando, a fim de que ele possa alcançá-la.
6o Passo - Retire a linha superior .
7o Passo - Coloque a linha inferior .
a. Coloque dois pregos, um em cada canto inferior, na parede chapiscada de 10cm a
20cm acima do piso.
b. Coloque a linha bem esticada, de prego a prego.
c. Aprume a linha pelas taliscas extremas superiores.
8o Passo - Coloque as taliscas inferiores.
a. Coloque a primeira talisca inferior em um dos cantos da parede (repetindo o
3o passo) e na mesma vertical da superior correspondente.
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b. Coloque a segunda talisca inferior no canto oposto ao da primeira (repetindo o 3º
passo).
c. Coloque a talisca ou as taliscas intermediárias, conforme o caso (repetindo o 3ºpasso).
Observação
Deve-se colocar a talisca ou as taliscas intermediárias inferiores na mesma vertical ou
nas mesmas verticais das taliscas intermediárias superiores.
9o Passo - Retire a linha.
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É um caso de inclinação, isto é, desvio da vertical ou da horizontal.
Podemos dizer, pois, que declividade é a inclinação de uma reta, uma haste, um
tubo, uma superfície (um piso), sempre no sentido do mais alto para o mais baixo.
O oposto do declive é o aclive, isto é, consideramos a inclinação de baixo para
cima, subida.
Para a construção civil, particularmente para o pedreiro, a declividade é muito
importante porque dela dependem:
� O bom escoamento das águas pluviais nos telhados, nas calhas, nos
condutores, nas manilhas, nas sarjetas, etc;
� O bom escoamento das águas de lavagem, dos banheiros, cozinhas, áreas,
quadras de esporte, varandas, etc.
Está afeto ao pedreiro dar o declive certo aos pisos, a fim de que as águas de
limpeza escoem para os locais próprios (ralos ou sarjetas).
Muitas inundações ocorridas, em regiões de cidade, se deve à falta de declividade
adequada.
De modo geral, usa-se inclinar os pisos de 1%, a fim de que as águas das chuvas
escoem facilmente sobre eles.
Declividade
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O significado de 1% é o seguinte: em cada metro (100cm), deve-se descer 1cm ou
em dois metros (200cm), deve-se descer 2cm; portanto, numa distância de 4,50m
ou seja 450cm, deve-se descer 4,5cm (quatro centímetros e meio).
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Consiste em determinar, sobre uma superfície, linhas ou traços que formem um ângulo
de 90º, por meio do processo chamado “3-4-5”, geralmente utilizado na construção
para marcações gerais da obra.
Processo de execução
Caso I - Com o metro
1o Passo - Marque um pequeno traço, sobre o alinhamento conhecido, onde será feito
o alinhamento em esquadro ponto A da figura abaixo.
2o Passo - Meça e marque 30 centímetros (3) sobre o alinhamento conhecido, partindodo ponto A, obtendo o ponto B.
Esquadrejar pelo processo 3/4/5
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3o Passo - Meça e marque 40 centímetros (4), partindo do ponto A, estimativamente
em esquadro com o alinhamento conhecido, fazendo do metro um
compasso para obter uma marca em forma de arco.
4o Passo - Meça e marque 50 centímetros (5), partindo do ponto B, fazendo do metro
um compasso cujo arco cruze com arco do compasso anterior (40centímetros), obtendo o ponto C.
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Faça um traço que passe pelos pontos A e B. Este traço estará em esquadro com o
alinhamento conhecido.
Caso II - Com a trena (cinta métrica)
5o Passo - Marque um pequeno traço, sobre o alinhamento conhecido, onde será feitoo alinhamento em esquadro (ponto A da figura abaixo).
6o Passo - Pregue um prego ou similar no ponto A (figura acima).
7o Passo - Meça e marque 3 metros sobre o alinhamento conhecido, partindo do ponto
A. obtendo o ponto B (figura acima).
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Observações
� A marcação deverá ser feita cravando-se um prego no ponto B.
� zero na cinta métrica (trena) deverá estar fixo no ponto A.
8o Passo - Prolongue a trena até situar a medida de 8 metros em frente ao ponto A,
aproximadamente.
9o Passo - Continue Prolongando a trena em direção ao ponto A até unir a marca dos
12 metros neste ponto.
10o Passo - Estique a trena e pregue um prego na marca dos 8 metros, obtendo o
ponto C (figura anterior).
11o Passo - Coloque uma linha que passe sobre os pontos A e C.
Observação
Esta linha estará em esquadro com o alinhamento conhecido, passando pelo ponto A.
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No procedimento para emboçar as superfícies, a segunda etapa consiste em
estabelecer as mestras que serão as guias do emboço. É um processo executado pelo
pedreiro, em todos os casos de revestimento e compreende a ação de chapear ou
regularizar a argamassa, no espaço entre as taliscas (pontos) verticais estabelecidas,
criando uma faixa com as condições que se queiram dar ao emboço.
Processo de execução
1o Passo - Molhe o local da mestra com auxílio de pequena lata ou com broxa.
2o Passo - Encha de argamassa o local da mestra.
a. Torne a argamassa bem plástica e homogênea, misturando-a com a colher.
Fazer mestra
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Observação
Caso seja preciso, coloca-se água na massa, mexendo-a com a colher.
b. Jogue com firmeza, seguidamente, porções de massa retiradas do caixote com acolher.
Observações
� Além do movimento do braço, deve-se fazer um rápido
movimento com o pulso, auxiliando o arremesso, a fim
de que a argamassa se prenda à parede.
� A argamassa deve formar uma primeira camada entre
duas taliscas seguidas e ultrapassá-las em mais de 30
ou 40cm (figura ao lado).
c. Jogue a segunda camada de argamassa sobre a primeira, enchendo a faixa da
mestra, da mesma maneira como no subpasso “b”, para facear com as taliscas.
Observações
� Caso não atinja a face das taliscas, aplica-se a terceira camada sobre a segunda.
� Nunca se enche de um só vez toda a espessura da faixa mestra a fim de que a
mesma não se solte.
d. Sarrafeie a faixa mestra com a
régua, fazendo sempre
movimentos de vaivém.
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Observações
� Deve-se esfregar a régua sempre apoiada nas taliscas.
� É preciso inclinar ligeiramente a régua para que a aresta remova melhor o excesso
de argamassa.
e. Preencha os locais rebaixados da mestra, não atingidos pela régua, comargamassa.
Observações
� A régua deve tocar todas as superfícies da faixa da mestra.
� A largura da mestra é aproximadamente igual ao comprimento das taliscas, que
geralmente são de 10cm a 15cm.
f. Deposite o excesso de argamassa, retirado com a régua, no caixote de argamassa.
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Observação
Deve-se remover a argamassa, raspando-a com a colher.
3o Passo - Retire as taliscas com a ponta da colher, a medida que for aprontando cada
mestra.
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Em construção civil, freqüentemente torna-se necessário recobrir superfícies como pisos,
peitoris, escadas, com material duro incombustível e de bom aspecto sendo também de
fácil limpeza. Estas qualidades encontra-se na cerâmica, que é fabricada em diferentes
tamanhos, formas e cores, a qual é pressionada sobre a argamassa fresca, formando ou
não desenhos, sendo, a seguir, batida a fim de se fixar na superfície.
Processo de execução
1o Passo - Prepare o piso.
a. Faça a limpeza do contra piso.
b. Molhe.
c. Nivele e talisque.
d. Encha os panos, sarrafeie e desempene.
Revestir piso com cerâmicacom argamassa comum
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Observações
� Antes de encher as mestras e os panos, é necessário espalhar pó e cimento sobre
o contra piso, já umedecido a fim de se facilitar a aderência da argamassa.
� É necessário que a argamassa esteja bem desempenada.
2o Passo - Inicie a assentamento da cerâmica.
a. Coloque uma régua paralela à parede de referência e outra perpendicular à 1a ,
formando um ângulo de 900.
b. Coloque o esquadro para comprovar o ângulo formado pelas réguas.
Observação
A distância das réguas na parede deve ser igual a largura da cerâmica mais 1cm.
c. Pulverize pó de cimento em toda a superfície, nos limites ao alcance do braço
d. Molhe a faixa pulverizada, usando broxa.
e. Passe as costas da colher na faixa pulverizada, uniformizando toda a superfície.
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f. Assente a 1a faixa guiando-se pelas réguas.
Observações:
� As cerâmicas ao serem colocadas deverão ser pressionadas sobre a argamassa.
� As cerâmicas deverão ser umedecidas 30 minutos antes do assentamento.
g. Complete o assentamento da cerâmicas, até o comprimento das réguas.
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3o Passo - Complete o assentamento.
a. Mude as réguas, colocando-as paralelas e faceando as cerâmicas já assentadas.
Nota
Coloque uma tábua sobre as cerâmicas para poder trabalhar, sem deslocar as
mesmas.
4o Passo - Repita os passos 20 e 30 até completar todo o comprimento.
5o Passo - Dê acabamento.
a. Faça os arremates.
b. Limpe toda a superfície com auxílio de uma vassoura.
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c. Bata e acerte as cerâmicas com auxílio de uma desempenadeira.
Observações:
� Comece a bater as cerâmicas do canto mais afastado da porta de entrada.
� Ajuste e alinhe as cerâmicas à medida que for batendo.
d. Rejunte as cerâmicas espalhando a nata de cimento com auxílio do rodo.
Observação
O rejuntamento da cerâmica só poderá ser feito 24 horas após o assentamento.
e. Pulverize pó de cimento e faça a limpeza com auxílio de estopas secas.
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É uma operação que permite ao pedreiro recobrir os pisos com ladrilhos cerâmicos,
utilizando argamassa predosada ou cola.
Processo de execução
1o Passo - Limpe o piso com vassoura de piaçava.
2o Passo - Esquadreje o piso, utilizando régua.
3o Passo - Adicione água à argamassa, até esta ficar pastosa.
4o Passo - Estenda a argamassa.
Revestir piso com cerâmicacom argamassa especial
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Observação
A aplicação da argamassa deve ser feita com desempenadeira dentada.
5o Passo - Assente os ladrilhos.
a. Inicie o assentamento próximo das régua.
b. Mude as réguas, faceando-as às cerâmicas já assentadas.
c. Complete o assentamento.
6o Passo - Dê acabamento.
a. Faça os arremates.
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b. Limpe a superfície.
c. Bata e acerte as cerâmicas, com uma desempenadeira de madeira.
7o Passo - Rejunte as cerâmicas, 24 horas após o assentamento.
a. Espalhe nata de cimento com rodo.
b. Pulverize pó de cimento.
c. Limpe com pano seco.
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É uma operação manual que consiste em riscar a face externa da cerâmica com
riscador, obtendo-se um pequeno sulco, que posteriormente será seccionado.
Executada com muita freqüência, pelo pedreiro, para arrematar vãos menores que o
tamanho de uma peça de cerâmica.
Processo de execução
1o Passo - Prepare o local de corte.
a. Deposite pequena quantidade de areia úmida sobre o piso.
b. Espalhe a areia, obtendo uma camada uniforme maior que a peça a ser cortada.
c. Faça um sulco ou cavidade, na areia com o dedo.
2o Passo - Prepare a peça de cerâmica.
a. Meça o comprimento a ser cortado e
marque com lápis.
Cortar cerâmica
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Observações
� A medida deverá ser determinada com o auxílio do metro articulado.
� valor da medida será o do vão a ser preenchido ou arrematado.
3o Passo - Execute o sulco de corte.
a. Apóie a cerâmica numa superfície plana e fixa.
b. Coloque o esquadro dobre o traço, guiando-se pela aresta da cerâmica.
c. Sulque de uma só vez, guiando-se pelo esquadro.
Observação
É necessário usar riscador com ponta de vídia
4o Passo - Corte.
a. Apóie a cerâmica sobre a superfície de areia.
Observações
� A face superior deve estar voltada para cima.
� traço efetuado pelo riscador deverá coincidir com o sulco feito na areia.
b. Apóie a quina de um pequeno sarrafo sobre o traço da cerâmica.
c. Golpeie com o martelo.
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Observações
O golpe deverá ser firme para seccionar a cerâmica de uma só vez.
� Sendo necessário ajustar a peça, use a torquês.
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SENAI-SP-DMD. Parede revestida com argamassa. São Pau-lo, 1991. (Série Metódica Ocupacional, Pedreiro, 6).
SENAI-SP-DMD. Piso revestido com cerâmica. São Paulo,1991 (Série Metódica Ocupacional, Pedreiro, 8).
Referências bibliográficas